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06 Opinião Foz do Iguaçu, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
Correria
Muitas coisas aconteceram ao longo
do período ontem, tanto que o Corvo
resolveu selecionar bem os temas e
publicar na coluna de amanhã. Visitas
presidenciais meio que engessam os
jornalistas de opinião.
Papagaios de pirata
Não faltaram os ilustres desconhecidos
fazendo careta atrás dos ombros
das autoridades. Que coisa mais feia
isso. Algumas pessoas deveriam ler livrinhos
de comportamento em eventos
importantes como o de ontem.
A bordo
O avião presidencial decolou de
Brasília às 7h50, e o nosso deputado
Vermelho estava a bordo, além de outras
20 pessoas, entre ministros, diplomatas,
militares, um senador e apenas
quatro deputados paranaenses: Felipe
Francischini, Ricardo Barros,
Schiavinato e Vermelho. Durante quase
duas horas de voo, deu para conversar
bastante; certamente assuntos de muita
relevância.
Carreata
Corvo, as coisas estão mesmo mudando,
caro colunista. Caminhões do
Exército estavam circulando por Foz
com uma porção de civis em cima. E tinha
até gente soltando rojões! Será que
o comandante do batalhão estava sabendo
disso?
Leopoldo Vilela
O Corvo responde: prezado, os caminhões
não pertencem ao Exército Brasileiro
e menos ainda ao batalhão. São
veículos comprados em leilões e restaurados
pelos proprietários. Aliás, muita
gente faz isso como hobby; há quem possua
até tanques de guerra na garagem, e
não é proibido, desde que não saia por aí
esmagando o trânsito e dando tiros de
canhão. Em Foz há peças genuínas e restauradas
brilhantemente. O Corvo viu o
desfile; aliás, de muita originalidade. Os
veículos estão tão bem conservados que,
em caso de necessidade, podem ser emprestados
para as Forças Armadas.
Ansiedade
Na tardinha da
segunda-feira é que
houve a carreata com
direito a rojões,
sirenes e buzinas, tudo
para festejar a primeira
visita oficial do
presidente Bolsonaro a
Foz. Como este Corvo
já comentou, entre os
veículos restaurados
havia inclusive uma
"baratinha", como
eram chamadas as
radiopatrulhas da
Polícia Civil nos anos
60 e 70.
Protesto
Para variar, o tema "previdência"
estava em faixas nos
portões de Itaipu. Aliás, o protesto
que ensaiaram lá ontem
continha quatro faixas e umas
oito pessoas. Não deu quórum.
Patrulha
Corvo, suas notas sobre um
possível conflito com a
Venezuela me causaram um pesadelo.
Não faça isso com a gente,
não. Mas concordo com a
análise, devemos estar preparados
para tudo. É que ontem
havia helicópteros militares de
um lado ao outro e me lembrei
dos comentários. Devemos rezar
para uma guerra não acontecer
agora, pelo menos na véspera
do carnaval. Já pensou uma
coisa dessas?
Jairo Magalhães
O Corvo responde: os países
reunidos no Peru, conhecidos
como o Grupo de Lima, defenderam
uma "não" intervenção na
Venezuela. Isso já é um alívio, mas
se o Nicolás Maduro continuar
aprontando e desafiando os vizinhos,
essa opinião pode mudar.
No mais, vamos lembrar a música:
"Se a guerra for declarada, em
pleno domingo de carnaval; verás
que um filho não foge à luta;
Brasil, recruta o teu pessoal". Provavelmente
teremos um período
carnavalesco bem tranquilo.
Aos leitores
Aqui vai uma pesquisa, e o
Corvo aguarda a opinião das
pessoas que se correspondem
com esta coluna: você, caro leitor,
o que pensa sobre as escolas
tocarem o Hino Nacional
logo cedo e os professores gravarem
seus filhos cantando?
Você concorda com a utilização
de um lema de campanha nas
salas de aula (O Brasil acima de
tudo, Deus acima de todos!)?
Stamm
Foz do Iguaçu deve um agradecimento ao
hoje ex-diretor-geral brasileiro de Itaipu. Pelo
pouco tempo em que permaneceu no posto,
promoveu várias iniciativas que marcarão a história
da cidade, como a construção da segunda
ponte com o Paraguai, que será bancada pela
binacional. Além do mais, outras obras deixarão
a sua marca; é o caso do Mercado Municipal,
em franco processo de concretização. Proporcionalmente,
Stamm e Vianna deram uma atenção
muito especial a Foz do Iguaçu.
Blocos construídos
Corvo, sou mestre de
obras e conheço bem o assunto
do Condomínio Duque
de Caxias. Uma sobrinha me
levou para conhecer a obra e
na hora eu percebi que o acabamento
era ruim. Avisei a ela,
inclusive. Mas conhecendo de
construções civis, garanto pra
você, Corvo: os prédios não
precisam ser demolidos. Será
um absurdo caso isso aconteça.
Criaram um alarme falso,
e nessa tuba tem gato! A
reforma daquilo que está aparentemente
deteriorado custa
dez vezes menos do que o
valor da construção dos blocos
novos! Por questões óbvias,
seu Corvo, não publique
o meu nome, mas lhe asseguro
que isso está errado! O
prefeito Chico deveria meter
a colher nisso e defender os
moradores.
(O leitor pediu para não
ter o nome publicado)
Mistééééééééério
O assunto da demolição
do Condomínio Duque de
Caxias está provocando muitos
comentários por parte de
pessoas envolvidas com o
mercado imobiliário. Há a
desconfiança pela maneira
abrupta com a qual querem
derrubar e rapar o terreno.
Depois do novo zoneamento,
a área subiu nas cotações do
metro quadrado. Isso mexeu
muito com o imaginário das
pessoas.
Zona de conforto
Então vamos raciocinar
como fazem os moradores: a
casa própria e o sonho dourado
de todos os brasileiros.
Logo, uma pessoa faz a inscrição
no Fozhabita, fica anos
na fila, faz planos e quando
se muda, compra mobília, coloca
os filhos em creches e colégios
nas proximidades, faz
caderneta no mercadinho,
enfim, passa a possuir um endereço
para as correspondências,
vivendo decentemente
na segurança do lar,
do nada alguém aparece
alertando que o prédio pode
cair, e vira aquele sufoco. As
pessoas vão para o meio da
rua desorientadas, sem saber
o que será da vida, apesar das
promessas da Caixa, aluguel
social e a possibilidade de
relocar os moradores para
outros condomínios. É exatamente
aí que mora o problema:
outros condomínios?
Valorização
Os moradores querem seus apartamentos ou
casas no mesmo lugar. Para muitos deles, vai ser
difícil mudar a rotina; além do mais, os imóveis
valorizaram desde que foram construídos, e mudar
alguém de uma casa que era própria não é
algo assim tão fácil. Apesar dos aluguéis e imóveis
que foram revendidos, a maioria cumpre os pagamentos
com a Caixa. Um boato de que o novo
condomínio seria construído em área distante está
causando pavor nas pessoas do Duque de Caxias.
E o laudo?
Deu o que falar a revelação feita a este colunista,
compartilhada na tarde da segunda-feira, de que
haveria um laudo contrariando a demolição do
Duque de Caxias. Segundo se sabe, a prefeitura foi
informada, e o assunto pode ir parar no Ministério
Público. Se os blocos possuem condições de reparo,
qual a razão da demolição? Isso, no mínimo,
merece uma atenção das autoridades.
Na reta
A demolição dos blocos, dada como certa, estava
balançando na manhã de ontem. Vai ver caiu
a ficha na Caixa Econômica Federal, que fiscalizou,
realizou as medições e pagou pela construção. E o
profissional que fiscalizou a obra não viu que o
serviço era meia-boca? Não percebeu que o reboco
era uma porcaria? Há sinais de incompetência
nisso, e estamos falando de pouco mais de R$ 6
milhões, cujo furo pode ultrapassar a casa dos R$
15 milhões, porque derrubar e limpar o terreno
custam tão caro quanto construir.
Pedágios
Este colunista teve acesso a uma informação
secreta. O Governo do Estado pode surpreender
as concessionárias. Haveria um estudo que propõe
uma alteração quase que radical no processo
de escolha de quem ocupará as guaritas. Vamos
aguardar.
Revelação
Contaram para este Corvo que a nova discussão
sobre a Estrada do Colono gerou alguns frutos
interessantes. Como o presidente Bolsonaro
levantou a bandeira da sustentabilidade, é possível
que o governo federal lance um pacote de estradas
ecológicas para cinco parques espalhados
pelo país. Permitir a visitação controlada é uma
forma de ajudar a preservar. Quem frequenta uma
reserva ecológica não leva em mente a destruição
nem as ofensas contra a flora e a fauna.
Meninas Veneno
O carnaval de Foz, faz tempo, é balizado por
dois eventos: o que abre, o Concurso Meninas
Veneno, e o que fecha, a Canja do Galo Inácio. Tanto
o bloco irreverente como a Canja estão por completar
marcas importantes: ano que vem, 2020, o
Meninas Veneno chega aos 40 anos; e a Canja, aos
20. São instituições carnavalescas que garantem a
tradição da cidade. Os dois eventos, se somados,
geraram muita mídia nacional em favor da cidade.
Turminha Pet
Nem começou o carnaval e a Páscoa, já está nos
supermercados, não é seu Corvo? Dá uma passeada
que verá ovos de chocolate pendurados por todas
as gôndolas. E, para a minha surpresa, na coluna
Pet do jornal o que mais deu foi coelho. Nada
menos que cinco orelhudos ocuparam a página de
ontem. Mas tem cada fofura, hein Corvo?
O Corvo responde: os coelhos estão em alta.
Muitas pessoas optam por criá-los porque são silenciosos,
inteligentes e muito bonitos. Um coelho não é
diferente de um gato ou cão, a diferença é que não
late nem mia; no mais, interage com os donos. Muitas
fotos de coelhos chegam todos os dias. A coluna
é um sucesso e já caiu nas graças dos leitores.