GAZETA DIARIO 811

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06 Opinião Foz do Iguaçu, quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
Vermelho
Quem conhece bem o deputado
sabe do seu jeito amistoso
e cativo. Se há, por exemplo,
uma roda de amigos, não
demora ele declama uma trova;
quando há música, ele agarra
uma gaita e manda ver. Esse
desprendimento acontece em
todos os níveis, e não seria diferente
em Brasília, entre os
poderosos. Ao embarcar na comitiva
presidencial, em
Brasília, depois que todos os
passageiros estavam acomodados,
é que o presidente Jair
Bolsonaro entrou no avião. De
cara ele viu o deputado federal
Vermelho sentado lá no fundo.
Não titubeou e disse: "Por
que que não jogaram esse Vermelho
pra baixo?". O que houve
foram gargalhadas; e o voo
até Foz foi descontraído, bem
alegre, com Bolsonaro pegando
no pé do Vermelho.
Verde e amarelo
Ao desembarcarem e seguirem
para Itaipu, logo na
chegada, quando o presidente
foi recebido por diversas autoridades,
agarrou o deputado
pelo braço e falou aos que
o rodeavam: "Esse é vermelho
por fora, mas é verde e amarelo
por dentro". Houve quem
aplaudisse timidamente a fala,
em tom bastante elevado de
humor e confiança. Na verdade
há um "quê" de metáfora
nas expressões do Bolsonaro,
que tem lá uma certa aversão
pela cor vermelha, quando o
assunto é política. Por isso
pega no pé do nosso deputado.
Mas o que se vai fazer se o
homem nasceu assim, meio
colorado? E olha que ele é
colorado roxo mesmo!
Papai Urso
O bloco nasceu no Carnaval da Saudade
e é certamente a manifestação
que mais cresce em matéria de folia
saudável. Na maioria são jovens e universitários
usando aquele bonezinho
bem original e característico, parecendo
desenho animado. É sem dúvida o
bloco mais numeroso e organizado da
cidade. Há uma ótima expectativa de
participação para este ano.
Rua Mato Grosso
Senhor Corvo, eu que uso diariamente a via na ida e volta ao trabalho
tenho a dizer que: 1) há mais de dez anos, quando a prefeitura/Foztrans
tornou "via única" boa maioria das ruas do centro, por falta de competência
e visão, deixou a Mato Grosso um pedaço com mão dupla e outro como
única. Neste tempo todo, sempre que precisava ir da Av. Costa e Silva para a
Av. das Cataratas, ou vice-versa, podia escolher entre a Av. Paraná, com seus
inúmeros semáforos, ou optar pela Rua Mato Grosso. Ainda que tivesse que
dar a volta pela Rua Minas Gerais, optava pela segunda, por ser mais rápido
e perto. 2) Agora, com as mudanças feitas com a mesma incompetência de
antes, conseguiram piorar o que já era ruim, pois ficou mais difícil o trajeto;
tenho que andar mais ou voltar a congestionar a Av. Paraná. A incompetência
continua pelo fato de se ter um acesso horrível, mal pavimentado, mal iluminado,
com muitas crianças soltas pela Rua Rio de Janeiro (única via que alcança
a Edmundo de Barros). Então temos duas situações: o mau planejamento
do sentido viário e o péssimo estado do trecho na Rua Rio de Janeiro. Eu me
faço duas perguntas: por que não repararam as vias antes de fazerem a
mudança? É como se quiséssemos comer o toucinho antes de matar o porco.
Falta de respeito com o cidadão, neste caso. A segunda pergunta é: será que
ninguém ainda percebeu que a Rua Mato Grosso é a única ligação direta
entre a Av. Costa e Silva e a Felipe Wandscheer? Então, o racional seria
permitir o trânsito em ambos os sentidos, e de preferência alargando a rua
sem a faixa de estacionamento. Ou eu estou ficando maluco? Desabafo feito,
obrigado pela atenção.
Mauricio Avelar
O Corvo responde: sua nota terá, certamente, uma resposta do Foztrans.
Mas o Corvo conversou com alguns técnicos e ficou sabendo que é quase impossível
alargar a Rua Mato Grosso no trecho onde está o Conjunto Habitacional da
Guarda Mirim, e dos dois lados. Haveria desapropriações, e não são poucas. De
outro modo, o Instituto de Trânsito está cobrando da prefeitura o
recondicionamento da Rua Rio de Janeiro, assim possivelmente teremos outra
rápida fazendo ligação entre a Costa e Silva e a Edmundo de Barros, além da
Minas Gerais — que, aliás, possui vários pontos de escoamento. Mas vamos
aguardar uma resposta mais técnica. O Corvo entende que uma das maiores
indisposições do cidadão é a locomoção no trânsito.
Prescrições
A ideia da vereadora Inês
Weizemann de obrigar o SUS a
aceitar os encaminhamentos de
médicos particulares não é ruim,
pelo contrário, seria uma solução
para muita gente. O problema é
fazer o SUS aceitar os procedimentos,
um tipo de interferência que
pode ser totalmente fora do padrão
do sistema.
"Obrigação"
Taí algo que ninguém gosta, ser
"obrigado" a isso ou àquilo. Para o
SUS aceitar uma novidade assim,
ou modificar o sistema, só passando
pelo Congresso Nacional. E isso
demora...
No particular
E qual a razão de as pessoas
irem a médicos particulares e requererem
exames? É porque a
rede pública não consegue atender
à demanda de pacientes. Entre
o serviço de saúde particular e
o público há a diferença de dois
mundos, mesmo muitos profissionais
atuando nas duas pontas. E
aqui entre nós, é algo bem esquisito
a rede pública atender a requisições
de particulares quando
não atendem à fila. A proposta de
Inês propõe uma furada de fila.
Deliberações
Os vereadores querem a todo tempo
resolver os problemas da população,
mas sempre navegam na maionese da
interferência de poderes, ou seja, no
que é "municipal", mas na competência
"federal". É possível que mais esse projeto
encalhe pela inconstitucionalidade.
Areia movediça
Independentemente do que é justo
e moralmente correto, algumas
querências são impossíveis. Uma lei
municipal, por melhor que seja e reverta
as deficiências impostas à população,
jamais irá sobrepor um dispositivo federal.
Muito do serviço de nossos ilustres
legisladores bate na trave, o que
significa tempo perdido. "Tentar" não
está errado, mas acaba custando caro.
Reafirmação
No caso do Bolsonaro é diferente, porque o processo
está bem adiantado e nas previsões de Itaipu,
além do mais parece ser uma meta do presidente
Marito, do Paraguai. Presidente Franco urge uma saída
para o Brasil.
Corvo sem bloco
Algumas pessoas procuraram os corvos propondo
a formação de um bloco, claro, utilizando o nome
da coluna. O problema é que não deu. O Corvo não
vai entrar nessa saia-justa. Vamos deixar para
incrementar a ação no carnaval do ano que vem. Pode
ser que o Corvo vá sambar no Carnaval da Saudade.
Falar em Carnaval da Saudade...
A Fundação Cultural expediu uma série de regras
para o Carnaval da Saudade. Seriam, na verdade,
"normas e recomendações". Vamos a elas: o trânsito
estará interrompido na Rua Marechal Deodoro, entre
a Quintino Bocaiuva e a Edmundo de Barros, a
partir das 9h, para montagem do palco e som do Carnaval
da Saudade, claro, no domingo e terça-feira. É
permitido o trânsito de veículos na Marechal Deodoro,
entre a Quintino Bocaiuva e a Edmundo de Barros,
para carga e descarga dos blocos, somente até as
14h; o Carnaval da Saudade começa às 15h.
Rigor
E as "normas" chamaram a atenção dos foliões
porque haverá a revista dos frequentadores na entrada,
que será na Edmundo de Barros. E quem for
até lá brincar ao som das marchinhas não poderá
entrar com cooler, caixa de bebidas, bebidas alcoólicas
ou cadeiras. É possível que com uma regra assim
no carnaval o povo prefira ir à igreja. Poxa, é carnaval,
não missa!
Comércio
Segundo as "normas", a comercialização de bebida
alcoólica na pista do Carnaval da Saudade será
realizada somente pelo comércio local e pelos blocos,
e após as 18h. Quer dizer, quem quiser molhar o
bico terá de comprar a bebida. E atenção, não será
possível levar recipientes de vidro; é proibido fumar
narguilé; e ambulantes só poderão montar
barraquinhas e comercializar seus produtos a 50
metros do evento. A Fundação Cultural deve ter se
equivocado com o evento; as regras publicadas ontem
são boas para o Desfile da Independência. Para
o carnaval fica complicado. Colocar regra em festa
irreverente não dá certo.
Novo posto
Recém-empossado diretor-geral
brasileiro de Itaipu, o
general Joaquim Silva e Luna
se mostrou muito afável com
os funcionários da binacional
e tudo o que há por lá. Segundo
este Corvo pôde pesquisar,
o perfil do novo chefe é assim
mesmo, um homem interessado
até nos detalhes. Pelo visto
os próximos dias serão de muito
trabalho com a equipe; um
processo de avaliação muito
meticuloso com a tropa. O diretor
é avançado em
tecnologia, organizado e pragmático,
mas não devemos esquecer
que, antes de tudo, ele
é um guerreiro de selva. Pessoas
assim não temem res-
Ponte
As travessias com o Paraguai sempre
estão nos discursos dos presiden-
Cadeirinhas
Muitas pessoas que vão ao Carnaval da Saudade
tes. Desde Fernando Collor de Mello, ouvimos
as promessas de aliviar a Ponte antigos carnavais e ver os netos foliar. Sem cadeiri-
possuem idade avançada; vão é matar "saudade" dos
da Amizade, porém até agora isso não nha isso fica bem complicado. O Corvo quer saber:
saiu do papel. Collor, Itamar, FHC, Lula, pode ir de muleta? E de bengala ou cadeira de rodas?
Dilma, Temer e agora o Bolsonaro, todos
manifestaram algo sobre o assunto
Sérgio Beltrame
ao longo de seus mandatos. Tomara que Ontem o nosso bom amigo Sérgio Leonel Beltrame
isso se realize, porque segunda ponte assoprou velinhas; comemorou mais um verão! Aqui
em Foz parece grito do pastorzinho: "É o vão os parabéns do Corvo, especialmente pelo fato
mungo de onça.
lobo!". Tá difícil de acreditar.
de ele ser um leitor assíduo! Feliz aniversário!
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