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GAZETA DIARIO 822

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Foz do Iguaçu, sexta-feira, 15 de março de 2019<br />

SAÚDE<br />

Taxa de mortalidade infantil<br />

em Foz cai 37% em três anos<br />

Atualmente, para cada mil nascidos vivos, o índice é de 9,7 —<br />

média muito inferior aos 15,47 registrados em 2015<br />

Da redação com PMFI/AMN<br />

Reportagem<br />

Um levantamento feito<br />

pela Secretaria de Saúde e<br />

divulgado ontem (14) revela<br />

que tanto a mortalidade<br />

infantil como a mortalidade<br />

materna estão caindo em<br />

Foz do Iguaçu. Segundo a<br />

nota, este é um dos trabalhos<br />

mais importantes realizados<br />

pela secretaria: a<br />

diminuição dos indicadores<br />

de mortalidade, que haviam<br />

voltado a crescer no<br />

ano de 2015. Hoje, para<br />

cada mil nascidos vivos, o<br />

índice de mortalidade é de<br />

9,7 — índice muito inferior<br />

aos 15,47 registrados em<br />

2015.<br />

A melhora no índice remete<br />

a uma série de fatores<br />

que incluem a utilização de<br />

serviços de saúde pública<br />

como a Atenção Básica,<br />

exames de alta e média<br />

complexidade, acompanhamento<br />

ambulatorial, entre<br />

outros utilizados por gestantes.<br />

"São elas que frequentam<br />

o maior número<br />

desses serviços, e é através<br />

desse registro que podemos<br />

ter uma base do funcionamento",<br />

comentou a responsável<br />

técnica pela vigilância<br />

do óbito maternoinfantil,<br />

Érica Ferreira da Silva.<br />

O cálculo para conhecer<br />

o índice vem do número de<br />

óbitos de recém-nascidos<br />

menores de 1 ano, dividido<br />

pelo número de nascimentos<br />

no município, totalizando<br />

uma taxa por mil habitantes.<br />

Os cálculos são feitos<br />

pela Vigilância em Saúde,<br />

para onde os números<br />

totais de nascimentos e<br />

mortes nos sistemas público<br />

e privado são encaminhados.<br />

O órgão também é<br />

responsável por manter<br />

uma câmara técnica que<br />

auxilia na investigação desses<br />

óbitos.<br />

"Com esse trabalho, é<br />

possível ter um feedback<br />

mais imediato, pois sabe-se<br />

com a investigação se algo<br />

dentro do sistema não funcionou.<br />

Logo, a gestão começa<br />

a dar resposta imediata",<br />

explicou Érica.<br />

Foto: arquivo<br />

Número de mortes de bebês vem<br />

diminuindo nos últimos anos<br />

Avanço<br />

Os avanços representam<br />

não somente maior interatividade<br />

entre os serviços,<br />

mas um maior ganho<br />

qualitativo nas equipes. "O<br />

trabalho da câmara técnica<br />

é esmiuçar todo o processo<br />

de cada óbito, e isso<br />

inclui a convocação de profissionais<br />

que fizeram atendimento<br />

a gestantes", detalhou<br />

a diretora de Atenção<br />

Básica, Regina Gonçalves<br />

Dias.<br />

O matriciamento de prénatal,<br />

parceria formada entre<br />

Atenção Básica e Unila,<br />

iniciado em 2016, vem<br />

sendo aperfeiçoado, melhorando<br />

o atendimento às<br />

gestantes disponibilizado<br />

pelo município. No programa,<br />

uma equipe de especialistas<br />

segue até as unidades<br />

espalhadas pela cidade,<br />

uma vez ao mês, para discutir<br />

com a equipe local os<br />

principais casos e demandas<br />

de pré-natal na localidade.<br />

As equipes de matriciamento<br />

são formadas por<br />

médico ginecologista/obstetra<br />

(GO), médico residente<br />

em GO e dois residentes<br />

multiprofissionais (psicóloga,<br />

fisioterapeuta, nutricionista,<br />

sanitarista, enfermeiro<br />

e dentista). "As equipes<br />

interagem e aprendem de<br />

maneira colaborativa, com<br />

visitas periódicas mensais<br />

para sanar dúvidas e discutir<br />

casos. É um aprimoramento<br />

de material humano,<br />

aprimoramento técnico e pedagógico<br />

constantes."<br />

Cidade<br />

09<br />

Exames<br />

A qualificação de profissionais da<br />

atenção básica surge como uma das<br />

principais premissas nesse salto, mas a<br />

aquisição de equipamentos e insumos<br />

para melhores serviços também é um<br />

desafio a ser cumprido pelo município.<br />

Num comparativo, em 2015/2016,<br />

quando não havia aparelhos como<br />

sonares fetais e exames laboratoriais<br />

disponibilizados, as mortes maternas,<br />

por cem mil nascidos vivos, chegavam a<br />

115; e a infantil, a 15,47 para mil<br />

nascidos vivos. Em seis meses, depois<br />

da instalação do matriciamento do prénatal,<br />

esse número caiu para 72,<br />

chegando a 27 no ano seguinte, em<br />

relação à mortalidade materna.<br />

Com foco na família, a Atenção Básica<br />

ainda oferece o pré-natal do parceiro,<br />

para que ele participe ativamente do<br />

acompanhamento da gestante. "Ainda<br />

necessitamos recursos humanos,<br />

ajustes em alguns exames como<br />

ultrassonografia. Estamos implantando<br />

o ambulatório de alto risco para<br />

acompanhar gestantes, comprando<br />

mais sonares, outros equipamentos e<br />

insumos, e ainda a programação de<br />

Estratégia Saúde da Família para<br />

proporcionar vínculo das gestantes e<br />

parceiros com a equipe médica e<br />

enfermagem e consequentemente<br />

proporcionar maior adesão de<br />

gestantes ao serviço", comentou a<br />

diretora.<br />

MORTALIDADE MATERNA<br />

Ano Óbitos Maternos<br />

2010 46,62<br />

2015 115<br />

2016 71,41<br />

2017 22,69<br />

2018 45,22<br />

MORTALIDADE INFANTIL<br />

Ano Óbitos infantis/mil nascidos vivos<br />

2010 12,12<br />

2015 15,47<br />

2016 11,9<br />

2017 12,25<br />

2018 9,72<br />

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