GAZETA DIARIO 823

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06 Opinião Foz do Iguaçu, sábado e domingo, 16 e 17 de março de 2019
O peso da legenda
Pois então, querido Corvo, se o Nilton
Bobato carregava um saco de cimento nos
ombros, era pelo fato de ser um "comunista",
e isso se deve ao partido ao qual pertencia,
o PCdoB, um ninho de camaradas
com doutrinas um tanto antiquadas e que
não deram certo em canto algum do mundo;
muito menos isso colaria no Brasil de
tantas querências e correntes políticas.
Pode-se dizer que o Chico pagou preço igual,
pois pertenceu ao mesmo partido antes de
migrar para o PSD. De "comunista" não vai
dar mais para chamar o Nilton, não acha?
Raimundo Palhares
O Corvo responde: ideologia é algo um
pouco mais complicado de se discutir, especialmente
no tocante ao Nilton Bobato, nosso
ilustre vice-prefeito. Ele leva o assunto a sério;
pode até sair do partido, mas é difícil o
comunismo sair dele, depois de tantos anos
de labuta partidária, desde os tempos dos
"aparelhos". Antes de mais nada, devemos
explicar que Nilton é um "comunista democrata"
e que incorpora a luta contra a desigualdade.
Isso de comunismo na democracia
é algo que dá um nó na cabeça de muita gente.
No Brasil, o mosaico de partidos mudou
um pouco o conceito ideológico de cada legenda,
e boa maioria se alinhou mais ao centro
do que à esquerda e à direita. No fim, os
discursos são muito parecidos. Mas Nilton está
de olho nas mudanças, e o PCdoB, por exemplo,
é um dos partidos que não atingiram a
cláusula de barreira, e aí fica difícil a
militância. Mudar sempre é bom.
Semana agitada
O prefeito Chico passou os últimos dias
no eixo Brasília/Curitiba. Na capital federal,
ele precisou comprar um par de sapatos,
de tanto que gastou a sola entre os ministérios.
Foi uma atividade atrás da outra; quem
confidenciou isso ao Corvo foi o deputado
Vermelho, que prestou todo o apoio ao prefeito.
Chico finalista!
Bom, em todo o caso, é bem melhor que
estar na "finaleira". Mas os programas que
o governo emplacou são como santos de
casa, que não fazem milagres, mas aparecem
nos índices de desenvolvimento, o que
conta e vale, quando há o controle de órgãos
como Sebrae. Chico, além de "destravar",
também "desenvolve". Tudo bem que
destravar é um pouco mais complicado, mas
como diz a música: parece que "agora vai".
Atento
O prefeito está bem mais solto do que
antes, como é o caso de correr ministérios
e o Governo do Estado com bem mais
frequência. Ele não quer deixar o sabonete
cair, e se isso acontecer já sabe quem vai
abaixar para pegar. A turma que tome tento,
porque parece que vem uma nova reforma
por aí.
Condomínio do Idoso
Que notícia esta, hein seu
Corvo? Algumas entidades dão
um duro danado para cuidar
dos velhinhos, e aparece o governador
com um condomínio?
Não seria o ideal reverter a verba
para ajudar uma entidade
que cuida de tantos idosos, no
lugar de privilegiar outros?
Jussara Galvão Chiasa
O Corvo responde: prezada,
infelizmente uma coisa nada tem
a ver com a outra. O projeto do
governo visa a outras perspectivas
para a melhor idade. As 40
casas proporcionarão vida digna
aos moradores, numa área
contemplada com praça, tudo
em acordo às necessidades impostas
pela idade. Quanto às entidades
que dedicam serviços à
melhor idade, elas devem
adequar-se aos
novos tempos realizando
projetos para atrair
recursos nas áreas sociais,
mas para isso devem
possuir a documentação
em dia.
Morador
ilustre
Segundo uma nota
expedida pelo setor de
comunicação de Itaipu
e publicada no site Não
Viu?, o novo diretorgeral
brasileiro, general
Silva e Luna, está
residindo em Foz. É o
primeiro diretor que procedeu
assim, o que certamente economizará
um bom dinheiro em
passagens aéreas e hospedagens.
Como sabemos,
antecessores optavam por hotéis
de quatro ou cinco estrelas,
que em geral eram licitados
para a finalidade.
Austeridade
E o DGB está dando o tom
dos novos tempos; ele faz uma
avaliação detalhada de como
os recursos estão sendo utilizados
e, claro, tomará todas as
decisões cabíveis. Como este
colunista já relatou, segundo
informações, o general está
atento a tudo, do preço de uma
simples lâmpada à instalação
de novas turbinas. Para um
bom administrador, um real investido
sem critérios pode gerar
o prejuízo de milhões, ainda
mais em Itaipu, onde tudo
possui um gigantismo ímpar.
Canudinhos
O projeto sobre o uso de canudinhos
biodegradáveis nos estabelecimentos de
Foz foi modificado. Agora exclui a multa e
penalizações em caso de descumprimento.
Quer dizer, será difícil cumprirem. A ideia é
preconizar "consciência coletiva" por meio
de um selo que não se sabe ainda quem
pagará. Ou será que já sabem?
Os primeiros contatos
Silva e Luna está visitando todos
os escritórios e setores da usina;
pessoas com quem ele conversou
nessa rotina de contatos disseram
que o homem é muito atencioso,
agradável e, o melhor, transmite
segurança. "Isso a gente percebe
no apertar de mãos, porque o
general é o tipo de pessoa que sorri,
olhando no olho", relatou uma
das visitadas.
Reforço na patrulha
A vereadora Rosane Bonho quer
reeditar um requerimento de 2017.
Claro, com evidência nos acontecimentos
em Suzano. Algumas pessoas
receberam o tema com estranheza,
porque ele surgiu um dia
após a entrega da Moção de Aplauso
à Patrulha Escolar. De qualquer
maneira, o sargento Eliseu Pinto da
Silva e o chefe do Núcleo Regional
de Educação, Laércio Antônio
Boufleuer, acreditam que o aumento
do efetivo representa um controle
maior nas instituições de ensino.
Tudo o que é reforço é bom.
Flanelinhas
A RPC está fazendo uma devassa
num assunto que muito interessa
aos iguaçuenses, a ação dos
flanelinhas no centro e também nos
bairros. Andam muito abusados esses
"cuidadores" daquilo que já é
cuidado pelos donos, empresas e
estabelecimentos públicos, quando
dispõem estacionamento para o
conforto dos contribuintes. Não há
a menor graça em estacionar o veículo
numa vaga de posto de saúde
público e depois precisar submeter-se
ao achaque de um
imprestável, porque essa gente não
cuida de absolutamente nada. As
reportagens mostraram casos de
polícia, como o de uma mulher que
não deu a "propina" e teve o carro
todo riscado.
Superpasseio!
No rol dos sorteios do GDia nas redes sociais,
que, aliás, estão fazendo um baita sucesso, houve
grande participação em busca de um passeio no
Itaipu Kattamaram, ofertado pela empresa Pôr do
Sol. Almires Aparecida Simonetti foi a contemplada;
ela foi acompanhada pelo maridão, Roberto Fraga
Barbosa.Charge do corvo
Seu Arif
Circula pelas redes sociais uma carta do presidente
do Foz do Iguaçu FC pedindo a mudança de
domicílio para a cidade de Medianeira. Ele coloca
em discussão o apoio financeiro. Pode ser que seja
mais feliz com o apoio das cooperativas instaladas
por lá, quiçá a fábrica de biscoito. Enfim, e o nome
do clube, vai mudar também? A torcida está de bucho
virado. Mas como o Arif é quem segura as pontas
e sabe dos compromissos, deve saber muito
bem o que está fazendo. Futebol sem patrocínio
fica difícil.
Jesus e o advento fake
Corvo, muito bacana a maneira como relatou o
caso em que Jesus ensinou os perigos da difamação.
Sei uma versão um pouco diferente, mas a lição
é a mesma. Pensa, se hoje ele fizesse algo parecido,
seria impiedosamente escrachado por esses
seres maléficos que usam e abusam de algo
tão extraordinário como a internet. Combater a ação
dessas pessoas desqualificadas e que ofendem de
graça deveria ser uma meta da sociedade. Mas tenho
fé que um dia isso acabará. De certa forma
acaba "rapidão" para uns e outros, porque não fazem
a cabeça dos leitores e muito menos da opinião
pública. Em uma frase se autodestroem. É uma
pena, pois é essa gente que acaba com a
credibilidade no ambiente de algo tão inovador e
importante, que encurta inclusive as distâncias.
Josué Monteiro
O Corvo responde: o leitor tem razão. A audiência
dos maledicentes está mais por baixo que umbigo de
cobra. Primeiro que se expressam mal e não sabem
escrever; segundo que cometem erros medonhos ao
acusarem as pessoas sobre casos que já foram resolvidos.
Tentar inventar o que não há é algo temerário,
e a primeira consequência é o rabisco na credibilidade.
O Corvo não perde tempo em dar audiência a essas
pessoas.
Em São Miguel
A cidade está abalada e sensibilizada pela morte
do presidente da Câmara, Edson Ferreira. Este
colunista ouviu um amigo que reside em São Miguel,
e a narrativa foi muito emocionada. Edson, após
exames médicos, teria descoberto um câncer, o que
o teria levado ao desespero, decerto imaginando o
que enfrentaria. É bem possível que tenha escolhido
um caminho mais curto, infelizmente. Várias pessoas
remediam a situação assim, porque acreditam
que sofrerão menos e também não afetarão
tanto a família. O câncer é ingrato, muda o destino
de todos que acompanham a despedida de um ente
querido. A dor é muito grande. Que Deus receba o
Edson e o conforte em tão breve decisão. Mas tentar
a cura ainda é a melhor saída, embora as enormes
dificuldades.