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Livro assembleia Tríduo Pascal 2019

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CATEDRAL DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA<br />

CELEBRAÇÕES DA<br />

SEMANA SANTA<br />

Presididas por sua Eminência<br />

D. Arlindo Gomes Furtado<br />

Bispo de Santiago de Cabo Verde<br />

Praia <strong>2019</strong><br />

2


DOMINGO DE RAMOS<br />

NA PAIXÃO DO SENHOR<br />

COMEMORAÇÃO DA ENTRADA DO SENHOR EM JERUSALÉM<br />

Estando reunidos os fiéis com os ramos nas mãos, aproxima-se o Cardeal, os<br />

concelebrantes e os ministros, entretanto canta-se:<br />

Levantai, ó portas, os vossos umbrais, / alteai-vos, pórticos antigos, /<br />

e entrará o Rei da glória.<br />

Proclamação do Evangelho da entrada do Senhor.<br />

ACLAMAÇÃO<br />

Bendito o que vem em nome do Senhor!<br />

Hossana nas alturas!<br />

3


EVANGELHO Lc 19, 28-40<br />

«Bendito o que vem em nome do Senhor»<br />

V/. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

Naquele tempo, Jesus seguia à frente dos seus discípulos, subindo para Jerusalém.<br />

Quando Se aproximou de Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras,<br />

enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente<br />

e, ao entrardes nela, encontrareis um jumentinho preso, que ainda ninguém<br />

montou. Soltai-o e trazei-o. Se alguém perguntar porque o soltais, respondereis:<br />

‘O Senhor precisa dele’». Os enviados partiram e encontraram tudo como<br />

Jesus lhes tinha dito. Quando estavam a soltar o jumentinho, os donos perguntaram:<br />

«Porque soltais o jumentinho?». Eles responderam: «O Senhor precisa<br />

dele». Então levaram-no a Jesus e, lançando as capas sobre o jumentinho,<br />

fizeram montar Jesus. Enquanto Jesus caminhava, o povo estendia as suas<br />

capas no caminho. Estando já próximo da descida do monte das Oliveiras,<br />

toda a multidão dos discípulos começou a louvar alegremente a Deus em alta<br />

voz por todos os milagres que tinham visto, dizendo: «Bendito o Rei que vem<br />

em nome do Senhor. Paz no Céu e glória nas alturas!». Alguns fariseus disseram<br />

a Jesus, do meio da multidão: «Mestre, repreende os teus discípulos».<br />

Mas Jesus respondeu: «Eu vos digo: se eles se calarem, clamarão as pedras».<br />

Palavra da salvação.<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

PROCISSÃO COM OS RAMOS<br />

O coro e a <strong>assembleia</strong> cantam a Cristo, Rei e Salvador:<br />

1.<br />

4


Povos todos, batei palmas,<br />

aclamai a Deus com brados de alegria,<br />

porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,<br />

o Rei soberano de toda a terra.<br />

Submeteu os povos à nossa obediência<br />

e pôs as nações a nossos pés.<br />

Para nós escolheu a nossa herança,<br />

glória de Jacob, por Ele amado.<br />

Deus subiu entre aclamações,<br />

o Senhor subiu ao som da trombeta.<br />

Cantai hinos a Deus, cantai,<br />

cantai hinos ao nosso Rei, cantai.<br />

2.<br />

F. Santos<br />

Refrão: Glória, honra e louvor a Vós, ó Cristo, Rei e Redentor;<br />

a quem graciosas crianças cantavam hossanas,<br />

hossanas com amor.<br />

Glória, honra e louvor a Vós, ó Cristo, Rei e Redentor.<br />

3.<br />

Vós sois o Rei d’ Israel / de David ínclito Filho;<br />

Ó ditoso Rei bendito, / Vindes em nome do Senhor.<br />

A corte celestial / Vos louva lá nas alturas, / com todas as criaturas /<br />

Vos louva o homem mortal.<br />

O povo hebreu com palmas, / ao vosso encontro veio: /<br />

até Vós vamos também, / com nossas súplicas e hinos.<br />

A Vós que íeis sofrer / rendiam eles louvor; /<br />

A Vós que reinais na glória, / nós Vos cantamos com fervor.<br />

Aplaudi o Senhor, povos de todo o mundo;<br />

Aclamai o Senhor com brados de alegria.<br />

Excelso é o Senhor, excelso e portentoso!<br />

É poderoso Rei que reina sobre o mundo!<br />

5


O Senhor concedeu-nos domínio sobre os povos,<br />

e pôs aos nossos pés, vencidas, as nações.<br />

Para nós escolheu nossa bendita herança:<br />

a glória de sermos seu povo bem-amado.<br />

O Senhor Deus se eleva por entre aclamações.<br />

O Senhor Deus se eleva ao som das trombetas.<br />

Chegada a procissão à igreja, o coro canta:<br />

Glória honra e louvor a Vós,<br />

Ó Cristo, Rei e Redentor,<br />

A quem graciosas crianças<br />

Cantavam Hossana com amor<br />

Vós sois Rei de Israel,<br />

De David ínclito Filho,<br />

Vós, o Rei bendito,<br />

Vindes em nome do Senhor.<br />

6


LITURGIA DA PALAVRA<br />

LEITURA I Is 50, 4-7<br />

«Não desviei o meu rosto dos que Me ultrajavam, mas sei que não ficarei desiludido»<br />

Leitura do <strong>Livro</strong> de Isaías<br />

O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer<br />

uma palavra de alento aos que andam abatidos. Todas as manhãs Ele desperta<br />

os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. O Senhor<br />

Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as<br />

costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não<br />

desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus<br />

veio em meu auxílio, e, por isso, não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto<br />

duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

SALMO RESPONSORIAL Salmo 21<br />

Todos os que me vêem escarnecem de mim,<br />

estendem os lábios e meneiam a cabeça:<br />

«Confiou no Senhor, Ele que o livre,<br />

Ele que o salve, se é seu amigo».<br />

Matilhas de cães me rodearam,<br />

cercou-me um bando de malfeitores.<br />

Trespassaram as minhas mãos e os meus pés,<br />

posso contar todos os meus ossos.<br />

Repartiram entre si as minhas vestes<br />

e deitaram sortes sobre a minha túnica.<br />

Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim,<br />

sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me.<br />

7


Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos,<br />

hei-de louvar-Vos no meio da <strong>assembleia</strong>.<br />

Vós, que temeis o Senhor, louvai-O,<br />

glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,<br />

reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel.<br />

LEITURA II Fil 2, 6– 11<br />

«Humilhou-Se a Si próprio; por isso Deus O exaltou»<br />

Leitura da Epístola do Apóstolo São Paulo aos Filipenses<br />

Cristo Jesus, que era de condição divina, não Se valeu da sua igualdade com<br />

Deus, mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo a condição de servo, tornou-<br />

Se semelhante aos homens. Aparecendo como homem, humilhou-Se ainda<br />

mais, obedecendo até à morte e morte de cruz. Por isso Deus O exaltou e Lhe<br />

deu um nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus<br />

todos se ajoelhem no céu, na terra e nos abismos, e toda a língua proclame<br />

que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

Segundo uma antiga tradição, a leitura da Paixão do Senhor faz-se com uma grande sobriedade<br />

de elementos, acentuando o conteúdo da leitura – a história da Paixão de Cristo.<br />

Nesta linha, não se usam o incenso nem as velas durante a leitura da Paixão. Também se<br />

omitem a saudação ao povo, o sinal da cruz sobre o livro e consequentemente o sinal da<br />

cruz de cada fiel sobre si mesmo. Depois da narração da morte do Senhor todos se ajoelham<br />

reverentemente e faz-se uma breve pausa.<br />

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Filip 2, 8-9<br />

Cristo obedeceu até à morte<br />

e morte de cruz.<br />

Por isso Deus O exaltou<br />

e lhe deu um nome que está acima de todos os nomes.<br />

8


EVANGELHO Lc 22, 14 - 23, 56<br />

Omite-se a aclamação Glória a Vós, Senhor.<br />

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas<br />

Quando chegou a hora, Jesus sentou-Se à mesa com os seus Apóstolos e disse-lhes:<br />

J «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de padecer; pois<br />

digo-vos que não tornarei a comê-la, até que se realize plenamente no reino de Deus».<br />

N Então, tomando um cálice, deu graças e disse:<br />

J «Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira,<br />

até que venha o reino de Deus».<br />

N Depois tomou o pão e, dando graças, partiu-o e deu-lho, dizendo:<br />

J «Isto é o meu Corpo entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim».<br />

N No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo:<br />

J «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue, derramado por vós. Entretanto, está<br />

comigo à mesa a mão daquele que Me vai entregar. O Filho do homem vai partir, como<br />

está determinado. Mas ai daquele por quem Ele vai ser entregue!».<br />

N Começaram então a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante coisa.<br />

Levantou-se também entre eles uma questão: qual deles se devia considerar o maior?<br />

Disse-lhes Jesus:<br />

J «Os reis das nações exercem domínio sobre elas, e os que têm sobre elas autoridade<br />

são chamados benfeitores. Vós não deveis proceder desse modo. O maior entre vós<br />

seja como o menor, e aquele que manda seja como quem serve. Pois quem é o maior:<br />

o que está à mesa ou o que serve? Não é o que está à mesa? Ora Eu estou no meio de<br />

vós como aquele que serve. Vós estivestes sempre comigo nas minhas provações. E<br />

Eu preparo para vós um reino, como meu Pai o preparou para Mim: comereis e bebereis<br />

à minha mesa, no meu reino, e sentar-vos-eis em tronos, a julgar as doze tribos de<br />

Israel. Simão, Simão, Satanás vos reclamou para vos agitar na joeira como trigo. Mas<br />

Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, uma vez convertido, fortalece<br />

os teus irmãos».<br />

N Pedro respondeu-Lhe:<br />

R «Senhor, eu estou pronto a ir contigo, até para a prisão e para a morte».<br />

N Disse-lhe Jesus:<br />

J «Eu te digo, Pedro: Não cantará hoje o galo, sem que tu, por três vezes, negues conhecer-Me».<br />

N Depois acrescentou:<br />

J «Quando vos enviei sem bolsa nem alforge nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?».<br />

N Eles responderam que não lhes faltara nada. Disse-lhes Jesus:<br />

J «Mas agora, quem tiver uma bolsa pegue nela, bem como no alforge; e quem não<br />

tiver espada venda a capa e compre uma. Porque Eu vos digo que se deve cumprir em<br />

Mim o que está escrito:<br />

‘Foi contado entre os malfeitores’. Na verdade, o que Me diz respeito está a chegar ao<br />

fim».<br />

N Eles disseram:<br />

R «Senhor, estão aqui duas espadas».<br />

N Mas Jesus respondeu:<br />

J «Basta».<br />

N Então saiu e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras, e os discípulos<br />

acompanharam-n’O. Quando chegou ao local, disse-lhes:<br />

9


J «Orai, para não entrardes em tentação».<br />

N Depois afastou-Se deles cerca de um tiro de pedra e, pondo-Se de joelhos, começou<br />

a orar, dizendo:<br />

J «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice. Todavia, não se faça a minha vontade,<br />

mas a tua».<br />

N Então apareceu-Lhe um Anjo, vindo do Céu, para O confortar. Entrando em angústia,<br />

orava mais instantemente, e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue,<br />

que caíam na terra. Depois de ter orado, levantou-Se e foi ter com os discípulos, que<br />

encontrou a dormir, por causa da tristeza. Disse-lhes Jesus:<br />

J «Porque estais a dormir? Levantai-vos e orai, para não entrardes em tentação».<br />

N Ainda Ele estava a falar, quando apareceu uma multidão de gente. O chamado Judas,<br />

um dos Doze, vinha à sua frente e aproximou-se de Jesus, para O beijar. Disselhe<br />

Jesus:<br />

J «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do homem?».<br />

N Ao verem o que ia suceder, os que estavam com Jesus perguntaram-Lhe:<br />

R «Senhor, vamos feri-los à espada?».<br />

N E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. Mas Jesus<br />

interveio, dizendo:<br />

J «Basta! Deixai-os».<br />

N E, tocando na orelha do homem, curou-o. Disse então Jesus aos que tinham vindo<br />

ao seu encontro, príncipes dos sacerdotes, oficiais do templo e anciãos:<br />

J «Vós saístes com espadas e varapaus, como se viésseis ao encontro dum salteador.<br />

Eu estava todos os dias convosco no templo e não Me deitastes as mãos. Mas esta é a<br />

vossa hora e o poder das trevas.<br />

N Apoderaram-se então de Jesus, levaram-n’O e introduziram-n’O em casa do sumo<br />

sacerdote.<br />

Pedro seguia-os de longe. Acenderam uma fogueira no meio do pátio, sentaram-se em<br />

volta dela,<br />

e Pedro foi sentar-se no meio deles. Ao vê-lo sentado ao lume, uma criada, fitando os<br />

olhos nele, disse:<br />

R «Este homem também andava com Jesus».<br />

N Mas Pedro negou:<br />

R «Não O conheço, mulher».<br />

N Pouco depois, disse outro, ao vê-lo:<br />

R «Tu também és um deles».<br />

N Mas Pedro disse:<br />

R «Homem, não sou».<br />

N Passada mais ou menos uma hora, afirmava outro com insistência:<br />

R «Esse homem, com certeza, também andava com Jesus, pois até é galileu».<br />

N Pedro respondeu:<br />

R «Homem, não sei o que dizes».<br />

N Nesse instante __ ainda ele falava __ um galo cantou. O Senhor voltou-Se e fitou os<br />

olhos em Pedro. Então Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse:<br />

‘Antes de o galo cantar, Me negarás três vezes’. E, saindo para fora, chorou amargamente.<br />

Entretanto, os homens que guardavam Jesus troçavam d’Ele e maltratavamn’O.<br />

Cobrindo-Lhe o rosto, perguntavam-Lhe:<br />

R «Adivinha, profeta: Quem Te bateu?».<br />

10


N E dirigiam-Lhe muitos outros insultos. Ao romper do dia, reuniu-se o conselho dos<br />

anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas. Levaram-n’O ao seu tribunal<br />

e disseram-Lhe:<br />

R «Diz-nos se Tu és o Messias».<br />

N Jesus respondeu-lhes:<br />

J «Se Eu vos disser, não acreditareis e, se fizer alguma pergunta, não respondereis.<br />

Mas o Filho do homem sentar-Se-á doravante à direita do poder de Deus».<br />

N Disseram todos:<br />

R «Tu és então o Filho de Deus?».<br />

N Jesus respondeu-lhes:<br />

J «Vós mesmos dizeis que Eu sou».<br />

N Então exclamaram:<br />

R «Que necessidade temos ainda de testemunhas? Nós próprios o ouvimos da sua<br />

boca».<br />

N Levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos. Começaram a acusá-l’O, dizendo:<br />

R «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o<br />

tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei».<br />

N Pilatos perguntou-Lhe:<br />

R «Tu és o Rei dos Judeus?».<br />

N Jesus respondeu-lhe:<br />

J «Tu o dizes».<br />

N Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão:<br />

R «Não encontro nada de culpável neste homem».<br />

N Mas eles insistiam:<br />

R «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até<br />

aqui».<br />

N Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição<br />

de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém.<br />

Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria<br />

ver, pelo que ouvia dizer d’Ele,<br />

e esperava que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-Lhe muitas perguntas, mas<br />

Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam acusavam-n’O<br />

com insistência. Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e,<br />

por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes<br />

e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes<br />

dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes:<br />

R «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo. Interroguei-O<br />

diante de vós<br />

e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais. Herodes também não,<br />

uma vez que no-l’O mandou de novo. Como vedes, não praticou nada que mereça a<br />

morte. Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar».<br />

N Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa. E todos se puseram<br />

a gritar:<br />

R «Mata Esse e solta-nos Barrabás».<br />

N Barrabás tinha sido metido na cadeia por causa de uma insurreição desencadeada na<br />

cidade<br />

e por assassínio. De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra, querendo libertar Jesus. Mas<br />

eles gritavam:<br />

R «Crucifica-O! Crucifica-O!».<br />

11


N Pilatos falou-lhes pela terceira vez:<br />

R «Mas que mal fez este homem? Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte. Por<br />

isso vou soltá-l’O, depois de O mandar castigar».<br />

N Mas eles continuavam a gritar, pedindo que fosse crucificado, e os seus clamores<br />

aumentavam de violência. Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam: soltou aquele<br />

que fora metido na cadeia por insurreição e assassínio, como eles reclamavam, e<br />

entregou-lhes Jesus para o que eles queriam. Quando O conduziam, lançaram mão de<br />

um certo Simão de Cirene, que vinha do campo,<br />

e puseram-lhe a cruz às costas, para a levar atrás de Jesus. Seguia-O grande multidão<br />

de povo e mulheres que batiam no peito e se lamentavam, chorando por Ele. Mas Jesus<br />

voltou-Se para elas e disse-lhes:<br />

J «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos<br />

vossos filhos; pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, os ventres que não<br />

geraram e os peitos que não amamentaram’. Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre<br />

nós’; e às colinas: ‘Cobri-nos’. Porque, se tratam assim a madeira verde, que<br />

acontecerá à seca?».<br />

N Levavam ainda dois malfeitores para serem executados com Jesus. Quando chegaram<br />

ao lugar chamado Calvário, crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores, um à direita<br />

e outro à esquerda.<br />

Jesus dizia:<br />

J «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».<br />

N Depois deitaram sortes, para repartirem entre si as vestes de Jesus. O povo permanecia<br />

ali a observar. Por sua vez, os chefes zombavam e diziam:<br />

R «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo, se é o Messias de Deus, o Eleito».<br />

N Também os soldados troçavam d’Ele; aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre,<br />

diziam:<br />

R «Se és o Rei dos Judeus, salva-Te a Ti mesmo».<br />

N Por cima d’Ele havia um letreiro: «Este é o Rei dos Judeus». Entretanto, um dos<br />

malfeitores que tinham sido crucificados insultava-O, dizendo:<br />

R «Não és Tu o Messias? Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».<br />

N Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:<br />

R «Não temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça,<br />

pois recebemos o castigo das nossas más acções. Mas Ele nada praticou de condenável».<br />

N E acrescentou:<br />

R «Jesus, lembra-Te de mim, quando vieres com a tua realeza».<br />

N Jesus respondeu-lhe:<br />

J «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».<br />

N Era já quase meio-dia, quando as trevas cobriram toda a terra, até às três horas da<br />

tarde,<br />

porque o sol se tinha eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio. E Jesus exclamou<br />

com voz forte:<br />

J «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito». N Dito isto, expirou. Vendo o que sucedera,<br />

o centurião deu glória a Deus, dizendo: R «Realmente este homem era justo».<br />

N E toda a multidão que tinha assistido àquele espectáculo, ao ver o que se passava,<br />

regressava batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres<br />

que O acompanhavam desde a Galileia, mantinham-se à distância, observando estas<br />

coisas. Havia um homem chamado José, da cidade de Arimateia, que era pessoa recta<br />

e justa e esperava o reino de Deus.<br />

12


Era membro do Sinédrio, mas não tinha concordado com a decisão e o proceder dos<br />

outros. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. E, depois de o ter descido da<br />

cruz, envolveu-o num lençol e depositou-o num sepulcro escavado na rocha, onde<br />

ninguém ainda tinha sido sepultado. Era o dia da Preparação e começavam a aparecer<br />

as luzes do sábado. Entretanto, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia<br />

acompanharam José e observaram o sepulcro e a maneira como fora depositado o<br />

corpo de Jesus. No regresso, prepararam aromas e perfumes. E no sábado guardaram<br />

o descanso, conforme o preceito.<br />

Palavra da salvação.<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

ORAÇÃO UNIVERSAL<br />

R. Kyrie, eleison.<br />

CÂNTICOS DE APRESENTAÇÃO DE DONS<br />

1.<br />

Como é bom para os justos,<br />

Para os homens de coração puro!<br />

A mim, porém, quase me falharam os pés<br />

Ao ver o bem-estar dos pecadores.<br />

Eu, porém, estarei sempre convosco:<br />

Vós me tomastes pela mão direita,<br />

Guiais-me com o vosso conselho<br />

E por fim me recebereis na glória<br />

Quem, fora de Vós, há para mim no céu?<br />

Nem na terra outra coisa desejo.<br />

Podem desfalecer a minha carne e o meu coração,<br />

Deus será sempre o meu refúgio e a minha herança.<br />

13


2.<br />

SANTO<br />

Nós bida é um oferta<br />

nu ta intrega nhô na altar de Nhó Nhordés<br />

Nós luta rixo pa nu ganha bida<br />

Nho abençoano el / nhu consagrano el.<br />

Refrão: Nhu recebe nos oferta Nhor Dés<br />

é poco mas é tudo qui nu tene<br />

Nho mandano spríto de nhô<br />

pa nu pode fase um mundo novo<br />

Djunto cu és pon nu traze nôs cansera<br />

Djunto cu és vinho nu traze alegria<br />

cu nôs esforço de ser midjor<br />

Nhu abençoano el Nhu consagrano el.<br />

14


DOXOLOGIA<br />

CORDEIRO<br />

CÂNTICO DA COMUNHÃO<br />

Coro: O Filho do homem não veio para ser servido,<br />

Mas para dar a Sua vida em resgate de muitos,<br />

em resgate de muitos.<br />

Refrão:<br />

F. Santos<br />

Esperei no Senhor com toda a confiança<br />

e Ele atendeu-me.<br />

Pôs em meus lábios um cântico novo,<br />

um hino de louvor ao nosso Deus.<br />

15


Muitos e maravilhosos são os vossos prodígios<br />

sobre nós, Senhor meu Deus;<br />

Quisera anunciá-los e proclamá-los,<br />

mas são tantos que não se podem contar.<br />

Proclamei a justiça na grande <strong>assembleia</strong>,<br />

não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.<br />

Não ocultei a vossa bondade e fidelidade,<br />

no meio da grande <strong>assembleia</strong>.<br />

Não me recuseis, Senhor, a vossa misericórdia,<br />

protejam-me sempre a vossa bondade e fidelidade.<br />

Caíram sobre mim males sem conta,<br />

assediaram-me os pecados e já não posso ver.<br />

Senhor, vinde em meu auxílio,<br />

socorrei-me e salvai-me.<br />

Alegrem-se e exultem em Vós<br />

todos os que Vos procuram.<br />

CÂNTICO DEPOIS DA COMUNHÃO<br />

C. Silva<br />

Refrão: O Senhor salvou-me, o Senhor salvou-me.<br />

O Senhor salvou-me porque me tem amor.<br />

O Senhor salvou-me porque me tem amor.<br />

Por aquilo que o Senhor fez por ti,<br />

reconhece quanto vales para Ele.<br />

Não há maior prova de amor<br />

do que dar a sua vida pelo amigo<br />

Quando éramos seus inimigos<br />

Jesus Cristo deu a vida por nós.<br />

16


CÂNTICO FINAL<br />

D. Julien<br />

Vitória! Tu reinarás. Ó cruz, tu nos salvarás. (2x)<br />

Estenda-se a todo o mundo / teu reino de redenção,<br />

ó cruz, manancial fecundo / d’ amor e consolação.<br />

Congrega os irmãos dispersos / à sombra dos braços teus:<br />

por ti tornamos de novo / a ser filhos de Deus.<br />

O Verbo, em ti pregado, / morrendo, nos resgatou;<br />

por ti, lenho abençoado, / a vida no mundo entrou.<br />

Ao fraco dá confiança / nas lutas que travará:<br />

só tu és nossa esperança, / que a Deus nos conduzirá.<br />

Cantai, belas criaturas, / um hino ao Criador:<br />

Hossana Iá nas alturas! / Hossana a Cristo Senhor!<br />

Irmãos, unidos no amor, / cantai um hino de glória,<br />

um cântico de louvor. / A Cristo cantai vitória.<br />

17


18


SAGRADO<br />

TRÍDUO PASCAL<br />

19


MISSA DA CEIA DO SENHOR<br />

CÂNTICO DE ENTRADA<br />

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,<br />

resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.<br />

Na terra se conhecerão o vossos caminhos<br />

e entre os povos a vossa salvação.<br />

Os povos Vos louvem, ó Deus,<br />

todos os povos Vos louvem.<br />

Alegrem-se e exultem as nações<br />

porque julgais os povos com justiça.<br />

A terra produziu os seus frutos,<br />

o Senhor nosso Deus nos a bençoa.<br />

Deus nos dê a sua bênção<br />

e chegue o seu temor aos confins da terra.<br />

ACTO PENITENCIAL<br />

Coro:<br />

Senhor, Cordeiro <strong>Pascal</strong>, predestinado antes da criação do mundo<br />

e manifestado nos últimos tempos.<br />

20


Coro:<br />

Cristo, que sois Mestre e Senhor e lavastes os pés aos vossos discípulos.<br />

Coro:<br />

Senhor, que entregastes à Igreja o cálice da nova e eterna aliança do vosso<br />

sangue.<br />

GLÓRIA<br />

Cardeal: Glória a Deus nas alturas<br />

Tocam-se os sinos. Depois o coro continua:<br />

e paz na terra aos homens por Ele amados.<br />

F. Santos<br />

Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso:<br />

nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos,<br />

nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos,<br />

nós Vos damos graças, por vossa imensa glória.<br />

Senhor Jesus Cristo, Filho Unigénito,<br />

Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai:<br />

Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós;<br />

Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica;<br />

Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós.<br />

21


Só Vós sois o Santo; só Vós, o Senhor;<br />

só Vós o Altíssimo, Jesus Cristo;<br />

com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. .<br />

Amen. Refrão<br />

LITURGIA DA PALAVRA<br />

LEITURA I Ex 12, 1-8.11-14<br />

Preceitos sobre a ceia pascal<br />

Leitura do <strong>Livro</strong> do Êxodo<br />

Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés e a Aarão na terra do Egipto:<br />

«Este mês será para vós o princípio dos meses;<br />

fareis dele o primeiro mês do ano.<br />

Falai a toda a comunidade de Israel e dizei-lhe:<br />

No dia dez deste mês, procure cada qual um cordeiro por família,<br />

uma rês por cada casa.<br />

Se a família for pequena demais para comer um cordeiro,<br />

junte-se ao vizinho mais próximo, segundo o número de pessoas,<br />

tendo em conta o que cada um pode comer.<br />

Tomareis um animal sem defeito, macho e de um ano de idade.<br />

Podeis escolher um cordeiro ou um cabrito.<br />

Deveis conservá-lo até ao dia catorze desse mês.<br />

Então, toda a <strong>assembleia</strong> da comunidade de Israel o imolará ao cair da tarde.<br />

Recolherão depois o seu sangue, que será espalhado<br />

nos dois umbrais e na padieira da porta das casas em que o comerem.<br />

E comerão a carne nessa mesma noite;<br />

comê-la-ão assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas.<br />

Quando o comerdes, tereis os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão<br />

Comereis a toda a pressa: é a Páscoa do Senhor.<br />

Nessa mesma noite, passarei pela terra do Egipto<br />

e hei-de ferir de morte, na terra do Egipto, todos os primogénitos,<br />

desde os homens até aos animais.<br />

Assim exercerei a minha justiça contra os deuses do Egipto, Eu, o Senhor.<br />

O sangue será para vós um sinal, nas casas em que estiverdes:<br />

ao ver o sangue, passarei adiante e não sereis atingidos pelo flagelo<br />

exterminador,<br />

quando Eu ferir a terra do Egipto.<br />

Esse dia será para vós uma data memorável,<br />

que haveis de celebrar com uma festa em honra do Senhor.<br />

Festejá-lo-eis de geração em geração, como instituição perpétua».<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

22


SALMO RESPONSORIAL Salmo 115<br />

Como agradecerei ao Senhor<br />

tudo quanto Ele me deu?<br />

Elevarei o cálice da salvação,<br />

invocando o nome do Senhor.<br />

É preciosa aos olhos do Senhor<br />

a morte dos seus fiéis.<br />

Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:<br />

quebrastes as minhas cadeias.<br />

Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,<br />

invocando, Senhor, o vosso nome.<br />

Cumprirei as minhas promessas ao Senhor,<br />

na presença de todo o povo.<br />

LEITURA II 1 Cor 11, 23-26<br />

«Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice,<br />

anunciareis a morte do Senhor »<br />

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios<br />

Irmãos: Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti:<br />

o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue,<br />

tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse:<br />

«Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim».<br />

Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse:<br />

«Este cálice é a nova aliança no meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes,<br />

fazei-o em memória de Mim».<br />

Na verdade, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice,<br />

anunciareis a morte do Senhor, até que Ele venha.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

23


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO<br />

Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:<br />

Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.<br />

EVANGELHO Jo 13, 1-15<br />

«Amou-os até ao fim»<br />

V/. O Senhor esteja convosco.<br />

R/. Ele está no meio de nós.<br />

V/. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

Antes da festa da Páscoa,<br />

sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele,<br />

que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.<br />

No decorrer da ceia,<br />

tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão,<br />

a ideia de O entregar,<br />

Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade,<br />

sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava,<br />

levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura.<br />

Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a<br />

enxugá-los com a toalha que pusera à cintura.<br />

Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os<br />

pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora,<br />

mas compreendê-lo-ás mais tarde».<br />

Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés».<br />

Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo».<br />

Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés,<br />

mas também as mãos e a cabeça».<br />

Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo<br />

e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos».<br />

Jesus bem sabia quem O havia de entregar.<br />

Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos».<br />

Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa.<br />

Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz?<br />

Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou<br />

Mestre e Senhor, vos lavei os pés,<br />

também vós deveis lavar os pés uns aos outros.<br />

24


Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».<br />

Palavra da salvação.<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

O Cardeal profere a HOMILIA.<br />

LAVA-PÉS<br />

O Cardeal lava os pés a doze pessoas, simbolizando o cumprimento do mandato<br />

recebido de Cristo para estar ao serviço dos irmãos.<br />

Entretanto canta-se:<br />

M/H Jesus ergueu-se da ceia<br />

Jarro e bacia tomou,<br />

Lavou os pés aos discípulos.<br />

Este exemplo nos deixou<br />

Aos pés de Pedro inclinou-se<br />

I<br />

Pedro: Senhor, Tu vais lavar-me os pés?<br />

Jesus: Se não te lavar os pés/não terás parte comigo.<br />

Pedro: És o Senhor, Tu és o mestre, os meus pés não lavarás .<br />

Jesus: O que ora faço não sabes, mas depois compreenderás,<br />

Se eu vosso mestre e Senhor, vossos pés hoje lavei<br />

Lavai os pés uns aos outros: eis a lição que vos dei.<br />

H: Se vos ameis uns aos outros,<br />

disse-lhes o Filho de Deus,<br />

terá o mundo certeza<br />

que vós sois meus discípulos.<br />

M: Eu vos dou novos preceitos,<br />

Deixo, ao partir, nova lei<br />

que vos ameis uns aos outros,<br />

assim como eu Vos amei.<br />

H: Fé, esperança e ca r idade<br />

sempre em vós hão-de habitar.<br />

25


II<br />

Felizes os que seguem o caminho perfeito,<br />

que andam na lei do Senhor!<br />

Felizes os que guardam seus preceitos<br />

e O procuram de todo o coração.<br />

Felizes os que não fazem a iniquidade.<br />

mas trilham as sendas do Senhor!<br />

ORAÇÃO UNIVERSAL<br />

CÂNTICOS DE APRESENTAÇÃO DOS DONS<br />

I<br />

Refrão<br />

26


Aqui nos reuniu o amor de Cristo:<br />

alegremo-nos e exultemos em seu nome.<br />

Com temor e amor cantemos ao Deus vivo<br />

e amemo-nos de todo o coração.<br />

Quando em nome de Deus nos reunimos,<br />

não nos separemos pela discórdia.<br />

Acabem discussões e contendas<br />

para ficar no meio de nós o Senhor, Jesus Cristo.<br />

E assim com os Anjos e os Santos<br />

veremos um dia, ó Cristo, a glória do vosso rosto.<br />

Alegria eterna e gloriosa,<br />

pelos séculos sem fim .<br />

II<br />

Pe. João Augusto<br />

Refrão: Jesus Nhô é altar di alegria,<br />

na Nhô Deus pônu tudo si amor.<br />

Nôs sem Deus é tchom sem agu;<br />

Nhô compon, Nhô pon xinta na si mesa.<br />

Nhôr Dês, Nhu aceita primícia qui nu trazi<br />

tomal sima di justo Abel;<br />

é pôco, mas tomanu êl pa tcheu ê di amizadi<br />

cu Cristo qu’ê primícia nôs bida.<br />

Jesus bem pa mundo El bem ama tudo alguêm,<br />

sê oferta ê um bom perfume,<br />

qui Deus pônu canto nu naci na baptismo;<br />

nu debê s’padja ês bom perfume.<br />

N’tene gana’l tchiga na altar pa s’ta cu Deus<br />

quê dreto n’cré dá Cristo;<br />

nha armun s’ta n’birad’ul mi mo n’ta bai sim!<br />

Ser sô pam sabi pa Deus cetan.<br />

27


SANTO<br />

DOXOLOGIA<br />

28


CORDEIRO<br />

Coro: Agnus Dei qui tollis peccata mundi:<br />

Coro: dona nobis pacem.<br />

CÂNTICOS DA COMUNHÃO<br />

I<br />

29


Saciastes o vosso povo com o alimento dos Anjos,<br />

destes-lhe a comer o pão do Céu,<br />

que tinha em si todas as delícias<br />

e satisfazia todos os gostos.<br />

Este alimento revelava a doçura<br />

que tendes para os vossos filhos;<br />

adaptava-se ao gosto de quem o comia<br />

acomodava-se ao desejo de cada um.<br />

Quem obedece à palavra do Senhor<br />

encontra a luz para fazer o bem;<br />

quem n’ Ele põe toda a confiança<br />

revigora a sua força para vencer o mal.<br />

Todos têm os olhos postos em Vós<br />

e a seu tempo lhes dais o alimento.<br />

Abris a vossa mão<br />

todos saciais generosamente.<br />

Refrão: Bendito sejais, Senhor,<br />

És o Pão que nos Sacia!<br />

Nós te adoramos, Jesus,<br />

Na divina eucaristia!<br />

II<br />

A. Cartageno<br />

Sagrado Corpo de Cristo, És o Pão que sustenta!<br />

Tua Divina Palavra a nossa fé alimenta!<br />

Tomai e saboreai Jesus Cristo nosso Pão,<br />

Que na cruz Se ofereceu para nossa Salvação!<br />

Do seu Corpo e do seu Sangue fez-Se pão e fez-Se vinho!<br />

Assim ele nos convida a seguirmos Seu Caminho!<br />

30


TRASLADAÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO<br />

Leva-se o Santíssimo Sacramento em procissão, através da igreja, para o lugar da<br />

reserva, preparado no altar convenientemente ornamentado, enquanto se canta:<br />

C. Silva<br />

Celebremos o mistério / Da divina Eucaristia,<br />

corpo e sangue de Jesus: / O mistério de Deus vivo,<br />

Tão real no seu altar / Como outrora sobre a cruz.<br />

Refrão: O Senhor está connosco: dêmos graças ao Senhor<br />

Vindo à terra, que O chamava, / Cristo foi a salvação<br />

E a alegria do seu povo. / Foi profeta, foi palavra<br />

E palavra que, pregada, / Fez do mundo um mundo novo.<br />

Foi na noite derradeira / Que, na ceia com os Doze,<br />

Coração a coração, / Se deu todo e para sempre.<br />

Mãos em bênção sobre a mesa / Da primeira comunhão.<br />

Chegada a procissão ao lugar da reserva, o Cardeal depõe a píxide. Depois incensa o<br />

Santíssimo Sacramento. Entretanto canta-se:<br />

Veneremos, adoremos a presença do Senhor,<br />

nossa luz e pão da vida; cante a alma o seu louvor.<br />

Adoremos no sacrário Deus oculto por amor.<br />

Dêmos glória ao Pai do Céu, infinita majestade;<br />

glória ao Filho e ao Santo Espírito, em espírito e verdade.<br />

Veneremos, adoremos a Santíssima Trindade. Amen.<br />

31


SEXTA-FEIRA<br />

DA PAIXÃO DO SENHOR<br />

Celebração<br />

da Paixão do Senhor<br />

Hoje e amanhã, segundo uma tradição antiquíssima, a Igreja não celebra a Eucaristia.<br />

O altar deve estar totalmente despido: sem cruz, sem candelabros, sem toalhas.<br />

Primeira parte<br />

Liturgia da palavra<br />

LEITURA I Is 52, 13 - 53, 12<br />

«Foi trespassado por causa das nossas culpas»<br />

Leitura do <strong>Livro</strong> de Isaías<br />

Vede como vai prosperar o meu servo: subirá, elevar-se-á, será exaltado.<br />

Assim co- mo, à sua vista, muitos se encheram de espanto - tão desfigurado<br />

estava o seu rosto que tinha perdido toda a aparência de um ser humano - assim<br />

se hão-de encher de assombro muitas nações e, diante dele, os reis ficarão<br />

calados, porque hão-de ver o que nunca lhes tinham contado e observar o que<br />

nunca tinham ouvido. Quem acredi- tou no que ouvimos dizer? A quem se<br />

revelou o braço do Senhor? O meu servo cres- ceu diante do Senhor como um<br />

rebento, como raiz numa terra árida, sem distinção nem beleza para atrair o<br />

nosso olhar nem aspecto agradável que possa cativar-nos. Desprezado e<br />

repelido pelos homens, homem de dores, acostumado ao sofrimento, era<br />

como aquele de quem se desvia o rosto, pessoa desprezível e sem valor para<br />

nós. Ele suportou as nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores.<br />

Mas nós vía- mos nele um homem castigado, ferido por Deus e humilhado.<br />

Ele foi trespassado por causa das nossas culpas e esmagado por causa das<br />

nossas iniquidades. Caiu sobre ele o castigo que nos salva: pelas suas chag as<br />

fomos curados. Todos nós, como ovelhas andávamos errantes, cada qual<br />

seguia o seu caminho. E o Senhor fez cair sobre ele as faltas de todos nós.<br />

Maltratado, humilhou-se voluntariamente e não abriu a boca. Como cordeiro<br />

levado ao matadouro, como ovelha muda ante aqueles que a tosqui- am, ele<br />

não abriu a boca. Foi eliminado por sentença iníqua, mas, quem se preocupa<br />

com a sua sorte? Foi arrancado da terra dos vivos e ferido de morte pelos<br />

pecados do seu povo. Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios e um túmulo no<br />

meio de malfeito- res, embora não tivesse cometido injustiça nem se tivesse<br />

encontrado mentira na sua boca. Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo pelo<br />

sofrimento. Mas, se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma<br />

descendência duradoira, viverá lon- gos dias e a obra do Senhor prosperará<br />

em suas mãos. Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua<br />

sabedoria. O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas<br />

iniquidades.<br />

32


Por isso, Eu lhe darei as multidões como prémio e terá parte nos despojos no<br />

meio dos poderosos; porque ele próprio entregou a sua vida à morte e foi contado<br />

entre os malfeitores, tomou sobre si as culpas das multidões e intercedeu<br />

pelos pecadores.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

SALMO RESPONSORIAL Salmo 30<br />

Em Vós, Senhor, me refugio, jamais serei confundido,<br />

pela vossa justiça, salvai-me.<br />

Em vossas mãos entrego o meu espírito,<br />

Senhor, Deus fiel, salvai-me.<br />

Tornei-me o escárnio dos meus inimigos,<br />

o desprezo dos meus vizinhos e o terror dos meus conhecidos:<br />

todos evitam passar por mim.<br />

Esqueceram-me como se fosse um morto,<br />

tornei-me como um objecto abandonado.<br />

Eu, porém, confio no Senhor:<br />

Disse: «Vós sois o meu Deus, nas vossas mãos está o meu destino».<br />

Livrai-me das mãos dos meus inimigos<br />

e de quantos me perseguem.<br />

Fazei brilhar sobre mim a vossa face,<br />

salvai-me pela vossa bondade.<br />

Tende coragem e animai-vos,<br />

vós todos que esperais no Senhor.<br />

33


LEITURA II Heb 4, 14-16; 5, 7-9<br />

«Aprendeu a obediência<br />

e tornou-Se causa de salvação para todos os que Lhe obedecem»<br />

Leitura da Epístola aos Hebreus<br />

Irmãos: Tendo nós um sumo sacerdote que penetrou os Céus, Jesus, Filho de<br />

Deus, permaneçamos firmes na profissão da nossa fé. Na verdade, nós não<br />

temos um sumo sacerdote incapaz de Se compadecer das nossas fraquezas.<br />

Pelo contrário, Ele mes- mo foi provado em tudo, à nossa semelhança,<br />

excepto no pecado. Vamos, portanto, cheios de confiança, ao trono da graça,<br />

a fim de alcançarmos misericórdia e obter- mos a graça de um auxílio oportuno.<br />

Nos dias da sua vida mortal, Ele dirigiu preces e súplicas, com grandes<br />

clamores e lágrimas, Àquele que O podia livrar da morte, e foi atendido por<br />

causa da sua piedade. Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no<br />

sofrimento. E, tendo atingido a sua plenitude, tornou-Se, para todos os que<br />

Lhe obe- decem, causa de salvação eterna.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO<br />

Cristo obedeceu até à morte e morte de cruz.<br />

Por isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todos os nomes.<br />

EVANGELHO Jo 18, 1 - 19, 42<br />

Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo<br />

Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João<br />

Omite-se a aclamação Glória a Vós, Senhor.<br />

N Naquele tempo, Jesus saiu com os seus discípulos para o outro lado da<br />

torrente do Cedron. Havia lá um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos.<br />

Judas, que O ia entregar, conhecia também o local, porque Jesus<br />

Se reunira lá muitas vezes com os discípulos. Tomando consigo uma<br />

34


companhia de soldados e alguns guardas, enviados pelos príncipes dos<br />

sacerdotes e pelos fariseus, Judas chegou ali, com archotes, lanternas e<br />

armas.<br />

Sabendo Jesus tudo o que Lhe ia acontecer, adiantou-Se e perguntou-lhes:<br />

J «A quem buscais?».<br />

N Eles responderam-Lhe:<br />

R «A Jesus, o Nazareno».<br />

N Jesus disse-lhes:<br />

J «Sou Eu».<br />

N Judas, que O ia entregar, também estava com eles. Quando Jesus lhes disse:<br />

«Sou Eu», recuaram e caíram por terra. Jesus perguntou-lhes novamente:<br />

J «A quem buscais?».<br />

N Eles responderam:<br />

R «A Jesus, o Nazareno».<br />

N Disse-lhes Jesus:<br />

J «Já vos disse que sou Eu. Por isso, se é a Mim que buscais, deixai que estes<br />

se retirem».<br />

N Assim se cumpriam as palavras que Ele tinha dito:<br />

«Daqueles que Me deste, não perdi nenhum».<br />

Então, Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu um<br />

servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O servo chamavase<br />

Malco.<br />

Mas Jesus disse a Pedro:<br />

J «Mete a tua espada na bainha. Não hei-de beber o cálice que meu Pai Me<br />

deu?».<br />

N Então, a companhia de soldados, o oficial e os guardas dos judeus apoderaram-se<br />

de Jesus e manietaram-n’O. Levaram-n’O primeiro a Anás, por<br />

ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote nesse ano. Caifás é que tinha<br />

dado o seguinte conselho aos judeus: «Convém que morra um só homem<br />

pelo povo».<br />

Entretanto, Simão Pedro seguia Jesus com outro discípulo. Esse discípulo<br />

era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo<br />

sacerdote, enquanto Pedro ficava à porta, do lado de fora. Então o outro<br />

discípulo, conhecido do sumo sacerdote, falou à porteira e levou Pedro<br />

para dentro. A porteira disse a Pedro:<br />

R «Tu não és dos discípulos desse homem?».<br />

N Ele respondeu:<br />

R «Não sou».<br />

N Estavam ali presentes os servos e os guardas, que, por causa do frio, tinham<br />

acendido um braseiro e se aqueciam. Pedro também se encontrava<br />

com eles a aquecer-se. Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca<br />

dos seus discípulos e da sua doutrina. Jesus respondeu-lhe:<br />

35


J «Falei abertamente ao mundo. Sempre ensinei na sinagoga e no templo,<br />

onde todos os judeus se reúnem, e não disse nada em segredo. Porque Me<br />

interrogas? Pergunta aos que Me ouviram o que lhes disse: eles bem sabem<br />

aquilo de que lhes falei».<br />

N A estas palavras, um dos guardas que estava ali presente deu uma bofetada<br />

a Jesus e disse-Lhe:<br />

R «É assim que respondes ao sumo sacerdote?».<br />

N Jesus respondeu-lhe:<br />

J «Se falei mal, mostra-Me em quê. Mas, se falei bem, porque Me bates?».<br />

N Então Anás mandou Jesus manietado ao sumo sacerdote Caifás.<br />

Simão Pedro continuava ali a aquecer-se. Disseram-lhe então:<br />

R «Tu não és também um dos seus discípulos?».<br />

N Ele negou, dizendo:<br />

R «Não sou».<br />

N Replicou um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro<br />

cortara a orelha:<br />

R «Então eu não te vi com Ele no jardim?».<br />

N Pedro negou novamente, e logo um galo cantou.<br />

Depois, levaram Jesus da residência de Caifás ao Pretório. Era de manhã<br />

cedo. Eles não entraram no pretório, para não se contaminarem e assim<br />

poderem comer a Páscoa. Pilatos veio cá fora ter com eles e perguntoulhes:<br />

R «Que acusação trazeis contra este homem?».<br />

N Eles responderam-lhe:<br />

R «Se não fosse malfeitor, não t’O entregávamos».<br />

N Disse-lhes Pilatos:<br />

R «Tomai-O vós próprios e julgai-O segundo a vossa lei».<br />

N Os judeus responderam:<br />

R «Não nos é permitido dar a morte a ninguém».<br />

N Assim se cumpriam as palavras que Jesus tinha dito, ao indicar de que<br />

morte ia morrer. Entretanto, Pilatos entrou novamente no pretório, chamou<br />

Jesus e perguntou-Lhe:<br />

R «Tu és o Rei dos judeus?».<br />

N Jesus respondeu-lhe:<br />

J «É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?».<br />

N Disse-Lhe Pilatos:<br />

R «Porventura sou eu judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te<br />

entregaram a Mim. Que fizeste?».<br />

N Jesus respondeu:<br />

J<br />

«O meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, os<br />

meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o<br />

meu reino não é daqui».<br />

N Disse-Lhe Pilatos:<br />

R «Então, Tu és Rei?».<br />

36


N Jesus respondeu-lhe:<br />

J «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho<br />

da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».<br />

N Disse-Lhe Pilatos:<br />

R «Que é a verdade?».<br />

N Dito isto, saiu novamente para fora e declarou aos judeus:<br />

R «Não encontro neste homem culpa nenhuma. Mas vós estais habituados a<br />

que eu vos solte alguém pela Páscoa. Quereis que vos solte o Rei dos judeus?».<br />

N Eles gritaram de novo:<br />

R «Esse não. Antes Barrabás».<br />

N Barrabás era um salteador. Então Pilatos mandou que levassem Jesus e O<br />

açoitassem. Os soldados teceram uma coroa de espinhos, colocaram-Lha<br />

na cabeça e envolveram Jesus num manto de púrpura. Depois aproximavam-se<br />

d’Ele e diziam:<br />

R «Salve, Rei dos judeus».<br />

N E davam-Lhe bofetadas. Pilatos saiu novamente para fora e disse:<br />

R<br />

«Eu vo-l’O trago aqui fora, para saberdes que não encontro n’Ele culpa<br />

nenhuma».<br />

N Jesus saiu, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura.<br />

N Pilatos disse-lhes:<br />

R «Eis o homem».<br />

N Quando viram Jesus, os príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:<br />

R «Crucifica-O! Crucifica-O!».<br />

N Disse-lhes Pilatos:<br />

R «Tomai-O vós mesmos e crucificai-O, que eu não encontro n’Ele culpa<br />

alguma».<br />

N Responderam-lhe os judeus:<br />

R «Nós temos uma lei e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque Se fez<br />

Filho de Deus».<br />

N Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou assustado. Voltou a entrar no<br />

pretório e perguntou a Jesus:<br />

R «Donde és Tu?».<br />

N Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-Lhe então Pilatos:<br />

R «Não me falas? Não sabes que tenho poder para Te soltar e para Te crucificar?».<br />

N Jesus respondeu-lhe:<br />

J «Nenhum poder terias sobre Mim, se não te fosse dado do alto. Por isso,<br />

quem Me entregou a ti tem maior pecado».<br />

N A partir de então, Pilatos procurava libertar Jesus. Mas os judeus gritavam:<br />

R «Se O libertares, não és amigo de César: todo aquele que se faz rei é contra<br />

César».<br />

37


N Ao ouvir estas palavras, Pilatos trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal,<br />

no lugar chamado «Lagedo», em hebraico «Gabatá». Era a Preparação<br />

da Páscoa, por volta do meio-dia. Disse então aos judeus:<br />

R «Eis o vosso Rei!».<br />

N Mas eles gritaram:<br />

R «À morte, à morte! Crucifica-O!».<br />

N Disse-lhes Pilatos:<br />

R «Hei-de crucificar o vosso Rei?».<br />

N Replicaram-lhe os príncipes dos sacerdotes:<br />

R «Não temos outro rei senão César».<br />

N Entregou-lhes então Jesus, para ser crucificado. E eles apoderaram-se de<br />

Jesus. Levando a cruz, Jesus saiu para o chamado Lugar do Calvário, que em<br />

hebraico se diz Gólgota. Ali O crucificaram, e com Ele mais dois: um de cada<br />

lado e Jesus no meio. Pilatos escreveu ainda um letreiro e colocou-o no alto<br />

da cruz; nele estava escrito: «Jesus, o Nazareno, Rei dos judeus». Muitos judeus<br />

leram esse letreiro, porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado era<br />

perto da cidade. Estava escrito em hebraico, grego e latim. Diziam então a<br />

Pilatos os príncipes dos sacerdotes dos judeus:<br />

R «Não escrevas: ‘Rei dos judeus’, mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o Rei dos<br />

judeus’».<br />

N Pilatos retorquiu:<br />

R «O que escrevi está escrito».<br />

N Quando crucificaram Jesus, os soldados tomaram as suas vestes, das quais<br />

fizeram quatro lotes, um para cada soldado, e ficaram também com a túnica.<br />

A túnica não tinha costura: era tecida de alto a baixo como um todo.<br />

Disseram uns aos outros:<br />

R «Não a rasguemos, mas lancemos sortes, para ver de quem será».<br />

N<br />

Assim se cumpria a Escritura: «Repartiram entre si as minhas vestes e<br />

deitaram sortes sobre a minha túnica». Foi o que fizeram os soldados.<br />

Estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher<br />

de Cléofas, e Maria Madalena. Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,<br />

Jesus disse a sua Mãe:<br />

J «Mulher, eis o teu filho».<br />

N Depois disse ao discípulo:<br />

J «Eis a tua Mãe».<br />

N E a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.<br />

Depois, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a<br />

Escritura, Jesus disse:<br />

J «Tenho sede».<br />

N Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja<br />

embebida em vinagre e levaram-Lha à boca. Quando Jesus tomou o vinagre,<br />

exclamou:<br />

J «Tudo está consumado».<br />

N E, inclinando a cabeça, expirou.<br />

38


Faz-se um momento de silêncio e todos genuflectem reverentemente. Depois continua-se:<br />

N Por ser a Preparação, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o<br />

sábado, - era um grande dia aquele sábado - os judeus pediram a Pilatos<br />

que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados. Os soldados vieram e<br />

quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado<br />

com ele. Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram<br />

as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e<br />

logo saiu sangue e água.<br />

Aquele que viu é que dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele<br />

sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis.<br />

Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe<br />

será quebrado».<br />

Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que<br />

trespassaram».<br />

Depois disto, José de Arimateia, que era discípulo de Jesus, embora oculto<br />

por medo dos judeus, pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus.<br />

Pilatos permitiu-lho. José veio então tirar o corpo de Jesus. Veio também<br />

Nicodemos, aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus.<br />

Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés.<br />

Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em ligaduras juntamente com<br />

os perfumes, como é costume sepultar entre os judeus.<br />

No local em que Jesus tinha sido crucificado, havia um jardim e, no jardim,<br />

um sepulcro novo, no qual ainda ninguém fora sepultado. Foi aí que,<br />

por causa da Preparação dos judeus, porque o sepulcro ficava perto, depositaram<br />

Jesus.<br />

Palavra da salvação.<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

O Cardeal profere a HOMILIA<br />

39


O sacerdote apresenta a Cruz e canta:<br />

APERSENTAÇÃO DA SANTA CRUZ<br />

ADORAÇÃO DA CRUZ<br />

I<br />

Para te salvar flagelei os egípcios e os seus filhos primogénitos<br />

e tu entregaste-Me à morte, depois de Me teres flagelado!<br />

Libertei-te do Egipto, submergindo o faraó no Mar Vermelho<br />

e tu entregaste-Me aos príncipes dos sacerdotes!<br />

Abri o mar diante de ti<br />

e tu abriste-Me o peito com uma lança!<br />

Caminhei à tua frente numa coluna de nuvem<br />

e tu conduziste-Me ao pretório de Pilatos!<br />

Alimentei-te com o maná, no deserto,<br />

e tu Me feriste com bofetadas e açoites!<br />

40


Matei-te a sede com água saída do rochedo<br />

e tu Me deste a beber fel e vinagre!<br />

Para te salvar, feri os reis de Canaã<br />

e tu Me feriste a cabeça com uma cana!<br />

Dei-te o ceptro real<br />

e tu Me colocaste na cabeça uma coroa de espinhos!<br />

Pelo meu poder elevei-te acima dos outros povos<br />

e tu Me suspendeste no patíbulo da cruz!<br />

II<br />

Glorifica, Jerusalém, o Senhor,<br />

louva, Sião, o teu Deus.<br />

Ele reforçou as tuas portas<br />

e abençoou os teus filhos.<br />

Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras<br />

e saciou-te com a flor da farinha.<br />

Envia à terra a sua palavra,<br />

corre veloz a sua mensagem.<br />

Faz cair a neve como lã,<br />

espalha a geada como cinza.<br />

41


Faz cair o granizo como migalhas de pão<br />

e com o seu frio gelam as águas.<br />

Envia a sua palavra e derrete-as,<br />

faz soprar o vento e correm as águas.<br />

Revelou a sua palavra a Jacob,<br />

suas leis e preceitos a Israel.<br />

Não fez assim com nenhum outro povo,<br />

a nenhum outro manifestou os seus juízos.<br />

III<br />

Perdoai, Senhor! Perdoai ao vosso povo!<br />

Dos abismos em que vivo / Ergo a Deus o meu clamor:<br />

Escutai a minha prece, / Clementíssimo Senhor.<br />

Vossos ouvidos atendam / Com divina compaixão<br />

Minha voz que Vos implora: / Escutai minha oração!<br />

Se todas as nossas faltas / Tendes em vossa lembrança,<br />

Quem, Senhor, há-de salvar-se? / Quem pode ter esperança?<br />

Mas junto de Vós, Senhor, / Só encontramos perdão<br />

Para que todos Vos sirvam / Em perfeita adoração.<br />

Eu espero no Senhor, / No Senhor omnipotente;<br />

Em sua palavra espera / A minha alma ardentemente.<br />

IV<br />

Deus Santo, Deus forte, Deus imortal,<br />

Tende piedade de nós.<br />

M: Eu te fiz sair do Egipto.<br />

Com Maná te alimentei<br />

Preparei-te bela terra,<br />

Tua a Cruz para o teu rei.<br />

H: Bela vinha eu te plantara.<br />

Tu plantaste a lança em mim<br />

Água doce eu te dava<br />

Foste amargo até ao fim.<br />

42


M: Flagelei por ti, ó Egipto,<br />

Primogénitos matei<br />

Tu, porém, me flagelaste<br />

Entregaste o próprio rei.<br />

H: Eu te abri o mar vermelho.<br />

Tu me abriste o caração<br />

A Pilatos me levaste<br />

E levei-te pela mão<br />

M: Só na cruz me exaltaste.<br />

Quando em tudo te exaltei<br />

Que mais podia eu ter feito<br />

Em que foi que te faltei.<br />

Por nosso amor, morreu o Senhor.<br />

Numa cruz, morreu o Senhor,<br />

Recomendou dar a vida como irmãos<br />

Em sinal de amor.<br />

V<br />

H: Planearam sua morte em silêncio.<br />

Assustaram com gritos o povo<br />

E num lenho pregaram o seu corpo<br />

À hora de noa. À hora de noa.<br />

O Senhor, o Senhor morreu. O Senhor morreu.<br />

M: É a hora de noa na terra,<br />

As sirenes de alarme soaram,<br />

Mas ninguém se decide acordar<br />

E o meu irmão chora, e o meu irmão morre.<br />

E o clamor da sua voz não nos dói!<br />

O meu irmão morre.<br />

H: É hora de noa na terra,<br />

É hora da fome e da morte,<br />

É hora de ódio e da guerra, é hora de noa,<br />

Quando sofre o meu povo,<br />

Quando cresce a dor e o engano,<br />

Quando falta o amor.<br />

43


VI<br />

Nós vos louvamos, Senhor Jesus Cristo,<br />

Que pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.<br />

Salvé, ó Cruz, devisa do amor de Deus<br />

Salvé, ó Cruz, misteriosa claridade.<br />

Salvé ,ó Cruz, árvore da vida<br />

Salvé, ó Cruz, madeiro da salvação.<br />

Salvé, ó Cruz, terror dos demónios<br />

Salvé, ó Cruz, abalo dos antros do pecado.<br />

Salvé, ó Cruz, flagelo da morte<br />

Salvé ó Cruz, manancial da vida.<br />

Salvé, ó Cruz, ruina do pecado<br />

Salvé, ó Cruz, estandarte da reconciliação.<br />

Salvé, ó Cruz, do Deus-Homem, do nosso servo<br />

Salvé, ó Cruz, do Homem-Deus, nosso Rei.<br />

Salvé, ó Cruz, escândalo e loucura<br />

Salvé, ó Cruz, fonte de Justificação.<br />

VII<br />

Vitória! Tu reinarás. Ó cruz, tu nos salvarás. (2x)<br />

Estenda-se a todo o mundo / teu reino de redenção,<br />

ó cruz, manancial fecundo / d’ amor e consolação.<br />

Congrega os irmãos dispersos / à sombra dos braços teus:<br />

por ti tornamos de novo / a ser filhos de Deus.<br />

O Verbo, em ti pregado, / morrendo, nos resgatou;<br />

por ti, lenho abençoado, / a vida no mundo entrou.<br />

Ao fraco dá confiança / nas lutas que travará:<br />

só tu és nossa esperança, / que a Deus nos conduzirá.<br />

Cantai, belas criaturas, / um hino ao Criador:<br />

Hossana Iá nas alturas! / Hossana a Cristo Senhor!<br />

Irmãos, unidos no amor, / cantai um hino de glória,<br />

um cântico de louvor. / A Cristo cantai vitória.<br />

44


CÂNTICO DA COMUNHÃO<br />

M. Frisina/Adap. E. Gonçalves<br />

Refrão: Alma di Kristu santifikan,<br />

Korpu di Kristu salvan,<br />

Sangi di Kristu inebrian,<br />

Agu di ladu di Kristu laban.<br />

Solista 1: Paixon di Kristu konfortan<br />

Ó bon Jesus obin<br />

Dentu di bus xagas, sukundin.<br />

Solistas 2: Ka Nhu permiti kin separa di Nho<br />

Di spritu malignu difenden<br />

Na hora di nha morti, txoman.<br />

Solistas 1 e 2: I mandan pa n ba ter ku Nho<br />

I ku tudus Santus nu louva Nho<br />

Pa infinitu i pa sempri. Amen.<br />

45


VIGÍLIA PASCAL NA NOITE SANTA<br />

Primeira parte<br />

Solene início da Vigília ou Lucernário<br />

Segundo uma antiquíssima tradição, esta é uma noite de vigília em nome do Senhor<br />

(Ex 12, 42), noite que os fiéis celebram, segundo a recomendação do Evangelho<br />

(Lc 12, 35ss.), de lâmpadas acesas na mão, à semelhança dos servos que esperam o<br />

Senhor, para que, quando Ele vier, os encontre vigilantes e os faça sentar à sua mesa.<br />

PROCISSÃO<br />

O Sacerdote toma o círio pascal e, levantando-o, canta sozinho:<br />

A <strong>assembleia</strong> responde:<br />

PRECÓNIO PASCAL<br />

Tendo recebido a bênção do Cardeal , o ministro dirige-se para o ambão.<br />

Depois de incensar o livro e o círio, proclama o precónio pascal, conservando-se<br />

todos de pé, com as velas acesas na mão. A cada uma das aclamações Glória a Vós,<br />

Senhor - entoada pelo ministro e repetida pela <strong>assembleia</strong> - todos levantam as velas.<br />

Exulte de alegria a multidão dos Anjos, exultem as <strong>assembleia</strong>s celestes,<br />

ressoem hinos de glória para anunciar o triunfo de tão grande Rei.<br />

Rejubile também a terra, inundada por tão grande claridade,<br />

porque a luz de Cristo, o Rei eterno, dissipa as trevas de todo o mundo.<br />

Alegre-se a Igreja, nossa mãe, adornada com os fulgores de tão grande luz, e<br />

ressoem neste templo as aclamações do povo de Deus.<br />

46


E vós, irmãos caríssimos,<br />

aqui reunidos para celebrar o esplendor admirável desta luz,<br />

invocai comigo a misericórdia de Deus omnipotente,<br />

para que, tendo-Se Ele dignado, sem mérito algum da minha parte,<br />

admitir-me no número dos seus ministros,<br />

infunda em mim a claridade da sua luz,<br />

para que possa celebrar dignamente os louvores deste círio.<br />

V/. O Senhor esteja convosco.<br />

R/. Ele está no meio de nós.<br />

V/. Corações ao alto.<br />

R/. O nosso coração está em Deus.<br />

V/. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.<br />

R/. É nosso dever, é nossa salvação.<br />

É verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação proclamar com todo o<br />

fervor da alma e toda a nossa voz os louvores de Deus invisível, Pai omnipotente,<br />

do seu Filho Unigénito, Jesus Cristo, nosso Senhor.<br />

Ele pagou por nós ao eterno Pai a dívida por Adão contraída e com seu<br />

Sangue precioso apagou a condenação do antigo pecado.<br />

Celebramos hoje as festas da Páscoa,<br />

em que é imolado o verdadeiro Cordeiro,<br />

cujo Sangue consagra as portas dos fiéis. Esta é a noite,<br />

em que libertastes do cativeiro do Egipto os filhos de Israel, nossos pais, e os<br />

fizestes atravessar a pé enxuto o Mar Vermelho.<br />

Esta é a noite, em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado. Esta é a<br />

noite, que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo aqueles que<br />

hoje por toda a terra crêem em Cristo,<br />

noite que os restitui à graça e os reúne na comunhão dos Santos.<br />

Esta é a noite, em que Cristo, quebrando as cadeias da morte, Se levanta vitorioso<br />

do túmulo.<br />

De nada nos serviria ter nascido, se não tivéssemos sido resgatados.<br />

47


Oh admirável condescendência da vossa graça! Oh incomparável predilecção<br />

do vosso amor! Para resgatar o escravo, entregastes o Filho.<br />

Oh necessário pecado de Adão, que foi destruído pela morte de Cristo! Oh<br />

ditosa culpa, que nos mereceu tão grande Redentor!<br />

Oh noite bendita, única a ter conhecimento do tempo e da hora em que Cristo<br />

ressuscitou do sepulcro!<br />

Esta é a noite, da qual está escrito: A noite brilha como o dia e a escuridão é<br />

clara como a luz. Esta noite santa afugenta os crimes, lava as culpas; restitui a<br />

inocência aos pecadores, dá alegria aos tristes; derruba os poderosos, dissipa<br />

os ódios, estabelece a concórdia e a paz.<br />

Nesta noite de graça, aceitai, Pai santo, este sacrifício vespertino de louvor,<br />

que, na solene oblação deste círio,<br />

pelas mãos dos seus ministros Vos apresenta a santa Igreja. Agora conhecemos<br />

o sinal glorioso desta coluna de cera,<br />

que uma chama de fogo acende em honra de Deus:<br />

esta chama que, ao repartir o seu esplendor, não diminui a sua luz;<br />

esta chama que se alimenta de cera, produzida pelo trabalho das abelhas,<br />

para formar este precioso luzeiro.<br />

Oh noite ditosa, em que o céu se une à terra, em que o homem se encontra<br />

com Deus!<br />

Nós Vos pedimos, Senhor,<br />

que este círio, consagrado ao vosso nome,<br />

arda incessantemente para dissipar as trevas da noite;<br />

e, subindo para Vós, como suave perfume,<br />

junte a sua claridade à das estrelas do céu.<br />

Que ele brilhe ainda quando se levantar o astro da manhã,<br />

aquele astro que não tem ocaso: Jesus Cristo vosso Filho,<br />

que, ressuscitando de entre os mortos,<br />

iluminou o género humano com a sua luz e a sua paz e vive glorioso pelos<br />

séculos dos séculos.<br />

R/. Amen.<br />

48


Terminado o Precónio pascal, todos apagam as velas e se sentam.<br />

SEGUNDA PARTE<br />

LITURGIA DA PALAVRA<br />

LEITURA I Gen 1, 1 – 2, 2<br />

«Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo muito bom»<br />

Leitura do <strong>Livro</strong> do Génesis<br />

No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra estava deserta e vazia, as<br />

trevas cobriam a superfície do abismo e o espírito de Deus pairava sobre as<br />

águas. Disse Deus: «Faça-se a luz». E a luz apareceu. Deus viu que a luz era<br />

boa, e separou a luz das trevas. Deus chamou ‘dia’ à luz e ‘noite’ às trevas.<br />

Veio a tarde e, em seguida, a manhã: era o primeiro dia.<br />

Disse Deus: «Haja um firmamento no meio das águas, para as manter separadas<br />

umas das outras». Deus fez o firmamento e separou as águas que estavam<br />

debaixo do firmamento das águas que estavam por cima dele. E ao firmamento<br />

chamou ‘céu’. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o segundo dia.<br />

Disse Deus: «Juntem-se as águas que estão debaixo do firmamento num só<br />

lugar e apareça a terra seca». E assim sucedeu. À parte seca Deus chamou<br />

‘terra’ e ‘mar’ ao conjunto das águas. E Deus viu que isto era bom. Disse<br />

Deus: «Cubra-se a terra de verdura: ervas que dêem sementes e árvores de<br />

fruto, que produzam sobre a terra frutos com a sua semente, segundo a própria<br />

espécie». E assim sucedeu. A terra produziu verdura: erva que produz<br />

semente, segundo a sua espécie, e árvores que dão frutos com a sua semente,<br />

segundo a própria espécie. Deus viu que isto era bom. Veio a tarde e, em<br />

seguida, a manhã: foi o terceiro dia.<br />

Disse Deus: «Haja luzeiros no firmamento do céu, para distinguirem o dia da<br />

noite e servirem de sinais para as festas, os dias e os anos, para que brilhem<br />

no firmamento do céu e iluminem a terra». E assim sucedeu. Deus fez dois<br />

grandes luzeiros: o maior para presidir ao dia e o menor para presidir à noite;<br />

e fez também as estrelas. Deus colocou-os no firmamento do céu para<br />

iluminarem a terra, para presidirem ao dia e à noite e separarem a luz das<br />

trevas. Deus viu que isto era bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o<br />

quarto dia.<br />

Disse Deus: «Povoem as águas inúmeros seres vivos e voem as aves na terra<br />

sob o firmamento do céu». Deus criou os monstros marinhos e todos os seres<br />

vivos que se movem nas águas, segundo as suas espécies, e todos os animais<br />

voadores, segundo as suas espécies. Deus viu que isto era bom; e abençoouos,<br />

dizendo: «Crescei e multiplicai-vos, enchei as águas dos mares e multipliquem-se<br />

as aves sobre a terra». Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o<br />

quinto dia.<br />

49


Disse Deus: «Produza a terra seres vivos, segundo as suas espécies: animais<br />

domésticos, répteis e animais selvagens, segundo as suas espécies». E assim<br />

sucedeu. Deus fez os animais selvagens,<br />

segundo as suas espécies, os animais domésticos, segundo as suas espécies, e<br />

todos os répteis da terra, segundo as suas espécies. Deus viu que isto era bom.<br />

Disse Deus: «Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Domine<br />

sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos,<br />

sobre os animais selvagens e sobre todos os répteis que rastejam pela terra».<br />

Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus. Ele o criou<br />

ho- mem e mulher. Deus abençoou-os, dizendo: «Crescei e multiplicaivos,<br />

enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves<br />

do céu e sobre todos os animais que se movem na terra».<br />

Disse Deus: «Dou-vos todas as plantas com semente que existem em toda a<br />

superfí- cie da terra, assim como todas as árvores de fruto com semente, para<br />

que vos sirvam de alimento. E a todos os animais da terra, a todas as aves do<br />

céu e a todos os seres vivos que se movem na terra dou as plantas verdes<br />

como alimento». E assim suce- deu. Deus viu tudo o que tinha feito: era tudo<br />

muito bom. Veio a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia.<br />

Assim se completaram o céu e a terra e tudo o que eles contêm. Deus<br />

concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera e, no sétimo dia, descansou do trabalho<br />

que tinha realizado.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33)<br />

Refrão<br />

A palavra do Senhor é recta,<br />

da fidelidade nascem as suas obras.<br />

Ele ama a justiça e a rectidão:<br />

a terra está cheia da bondade do Senhor.<br />

A palavra do Senhor criou os céus,<br />

e o sopro da sua boca os adornou.<br />

Foi Ele quem juntou as águas do mar<br />

e distribuiu pela terra os oceanos.<br />

50


Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,<br />

o povo que Ele escolheu para sua herança.<br />

Do céu o Senhor contempla<br />

e observa todos os homens.<br />

A nossa alma espera o Senhor:<br />

Ele é o nosso amparo e protector.<br />

Venha sobre nós a vossa bondade,<br />

porque em Vós esperamos, Senhor.<br />

LEITURA II Gen 22, 1-18<br />

O sacrifício do nosso pai Abraão<br />

Leitura do <strong>Livro</strong> do Génesis<br />

Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o: «Abraão!» Ele<br />

respondeu: «Aqui estou». Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho,<br />

a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em<br />

holocausto, num dos montes que Eu te indicar». Abraão levantou-se de<br />

manhã cedo, aparelhou o jumento, tomou consigo dois dos seus servos e o<br />

seu filho Isaac. Cortou a lenha para o holocausto e pôs-se a caminho do<br />

local que Deus lhe indicara. Ao terceiro dia, Abraão ergueu os olhos e viu<br />

de longe o local. Disse então aos servos: «Ficai aqui com o jumento. Eu e<br />

o menino iremos além fazer adoração e voltaremos para junto de vós».<br />

Abraão apanhou a lenha do holocausto e pô-la aos ombros do seu filho<br />

Isaac. Depois, tomou nas mãos o fogo e o cutelo e seguiram juntos o caminho.<br />

Isaac disse a Abraão: «Meu pai». Ele respondeu: «Que queres, meu<br />

filho?» Isaac prosseguiu: «Temos aqui fogo e lenha; mas onde está o cordeiro<br />

para o holocausto?» Abraão respondeu: «Deus providenciará o cordeiro<br />

para o holocausto, meu filho». E continuaram juntos o caminho.<br />

Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar<br />

e colocou a lenha sobre ele, atou seu filho Isaac e pô-lo sobre o altar, em<br />

cima da lenha. Depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o<br />

filho. Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu: «Abraão, Abraão!»<br />

«Aqui estou, Senhor», respondeu ele. O Anjo prosseguiu: «Não levantes a<br />

mão contra o menino, não lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade<br />

temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu filho único».<br />

Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres<br />

num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho.<br />

Abraão deu ao local este nome: «O Senhor providenciará». E ainda<br />

hoje se diz: «Sobre a colina o Senhor providenciará». O Anjo do Senhor<br />

chamou Abraão, do Céu, pela segunda vez, e disse-Lhe: «Por Mim próprio<br />

te juro - oráculo do Senhor já que assim procedeste, e não Me recusaste o teu<br />

filho, o teu filho único, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas<br />

do céu e como a areia que está nas praias do mar, e a tua descendência conquistará as<br />

51


portas das cidades inimigas. Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão<br />

abençoadas todas as nações da terra».<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

SALMO RESPONSORIAL Salmo 15 (16)<br />

Refrão<br />

Senhor, porção da minha herança e do meu cálice,<br />

está nas vossas mãos o meu destino.<br />

O Senhor está sempre na minha presença,<br />

com Ele a meu lado não vacilarei.<br />

Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta,<br />

e até o meu corpo descansa tranquilo.<br />

Vós não abandonareis a minha alma na mansão dos mortos,<br />

nem deixareis o vosso fiel sofrer a corrupção.<br />

Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida,<br />

alegria plena em vossa presença,<br />

delícias eternas à vossa direita.<br />

LEITURA III Ex 14, 15 – 15, 1<br />

«Os filhos de Israel penetraram no mar a pé enxuto»<br />

Leitura do <strong>Livro</strong> do Êxodo<br />

Naqueles dias, disse o Senhor a Moisés: «Porque estás a bradar por Mim? Diz<br />

aos filhos de Israel que se ponham em marcha. E tu ergue a tua vara, estende<br />

a mão sobre o mar e divide-o, para que os filhos de Israel entrem nele a pé<br />

enxuto. Entretanto, vou permitir que se endureça o coração dos egípcios, que<br />

hão-de perseguir os filhos de Israel. Manifestarei então a minha glória,<br />

triunfando do Faraó, de todo o seu exército, dos seus carros e dos seus<br />

cavaleiros. Os egípcios reconhecerão que Eu sou o Senhor, quando Eu manifestar<br />

a minha glória, vencendo o Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros».<br />

52


O Anjo de Deus, que seguia à frente do acampamento de Israel, deslocou-se<br />

para a retaguarda. A coluna de nuvem que os precedia veio colocar-se atrás<br />

do acampamento e postou-se entre o campo dos egípcios e o de Israel. A<br />

nuvem era tenebrosa de um lado e do outro iluminava a noite, de modo que,<br />

durante a noite, não se aproximaram uns dos outros. Moisés estendeu a mão<br />

sobre o mar e o Senhor fustigou o mar, durante a noite, com um forte vento<br />

de leste. O mar secou e as águas dividiram-se. Os filhos de Israel penetraram<br />

no mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à<br />

esquerda. Os egípcios foram atrás deles: todos os cavalos do Faraó, os seus<br />

carros e cavaleiros os seguiram pelo mar dentro. Na vigília da manhã, o<br />

Senhor olhou da coluna de fogo e da nuvem para o acampamento dos<br />

egípcios e lançou nele a confusão. Bloqueou as rodas dos carros, que<br />

dificilmente se podiam mover.<br />

Então os egípcios disseram: «Fujamos dos israelitas, que o Senhor combate<br />

por eles contra os egípcios».<br />

O Senhor disse a Moisés: «Estende a mão sobre o mar e as águas precipitar-se<br />

-ão sobre os egípcios, sobre os seus carros e os seus cavaleiros».<br />

Moisés estendeu a mão sobre o mar e, ao romper da manhã, o mar retomou o<br />

seu nível normal, quando os egípcios fugiam na sua direcção. E o Senhor<br />

precipitou-os no meio do mar. As águas refluíram e submergiram os carros,<br />

os cavaleiros e todo o exército do Faraó, que tinham entrado no mar, atrás dos<br />

filhos de Israel. Nem um só escapou. Mas os filhos de Israel tinham andado<br />

pelo mar a pé enxuto, enquanto as águas formavam muralha à direita e à<br />

esquerda.<br />

Nesse dia, o Senhor salvou Israel das mãos dos egípcios e Israel viu os<br />

egípcios mortos nas praias do mar. Viu também o grande poder que o Senhor<br />

exercera contra os egípcios, e o povo temeu o Senhor, acreditou n’Ele e em<br />

seu servo Moisés.<br />

Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este hino em honra do Senhor:<br />

«Cantemos ao Senhor, que fez brilhar a sua glória, precipitou no mar o cavalo<br />

e o cavaleiro».<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

53


SALMO RESPONSORIAL Ex 15, 1-6.1-18<br />

Refrão<br />

Cantarei ao Senhor, que fez brilhar a sua glória:<br />

precipitou no mar o cavalo e o cavaleiro.<br />

O Senhor é a minha força e a minha protecção:<br />

a Ele devo a minha liberdade.<br />

Ele é o meu Deus: eu O exalto;<br />

Ele é o Deus de meu pai: eu O glorifico.<br />

O Senhor é um guerreiro, Omnipotente é o seu nome;<br />

precipitou no mar os carros do Faraó e o seu exército.<br />

Os seus melhores combatentes afogaram-se no Mar Vermelho,<br />

foram engolidos pelas ondas, caíram como pedra no abismo.<br />

A vossa mão direita, Senhor, revelou a sua força,<br />

a vossa mão direita, Senhor, destroçou o inimigo.<br />

Levareis o vosso povo e o plantareis na vossa montanha,<br />

na morada segura que fizestes, Senhor,<br />

no santuário que vossas mãos construíram.<br />

O Senhor reinará pelos séculos dos séculos.<br />

LEITURA IV Is 54, 5-14<br />

«Na sua eterna misericórdia, o Senhor, teu Redentor, teve compaixão de ti»<br />

Leitura do <strong>Livro</strong> de Isaías<br />

O teu Criador, Jerusalém, será o teu Esposo e o seu nome é ‘Senhor do<br />

Universo’. O teu Redentor será o Santo de Israel, que se chama ‘Deus de toda<br />

a terra’. Como à mulher abandonada e de alma aflita, o Senhor volta a chamar<br />

-te: «A esposa da juventude poderá ser repudiada?» - diz o teu Deus. Por um<br />

momento abandonei-te, mas no meu grande amor volto a chamar-te. Num<br />

acesso de ira, escondi de ti a minha face, mas na minha misericórdia eterna<br />

tive compaixão de ti, diz o Senhor, teu Redentor. Comigo sucede como no<br />

tempo de Noé, quando jurei que as águas do dilúvio não mais invadiriam a<br />

terra. Assim Eu juro não tornar a irritar-Me contra ti, não voltar a ameaçar-te.<br />

54


Ainda que sejam abaladas as montanhas e vacilem as colinas, a minha misericórdia<br />

não te abandonará, a minha aliança de paz não vacilará, diz o Senhor,<br />

compadecido de ti. Pobre cidade, batida pela tempestade e desolada, vou assentar<br />

as tuas pedras sobre jaspe e os teus alicerces em safiras; vou fazer-te<br />

ameias de rubis, portas de cristal e todas as tuas muralhas de pedras preciosas.<br />

Todos os teus habitantes serão instruídos pelo Senhor e gozarão de uma grande<br />

paz. Serás fundada sobre a justiça, longe da violência, porque nada terás a<br />

temer, longe do pavor, porque não poderá atingir-te.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

SALMO RESPONSORIAL Salmo 29 (30)<br />

Refrão<br />

Eu Vos glorifico, Senhor, porque me salvastes<br />

e não deixastes que de mim se regozijassem os inimigos.<br />

Tirastes a minha alma da mansão dos mortos,<br />

vivificastes-me para não descer ao túmulo.<br />

Cantai salmos ao Senhor, vós os seus fiéis,<br />

e dai graças ao seu nome santo.<br />

A sua ira dura apenas um momento<br />

e a sua benevolência a vida inteira.<br />

Ao cair da noite vêm as lágrimas<br />

e ao amanhecer volta a alegria.<br />

Ouvi, Senhor, e tende compaixão de mim,<br />

Senhor, sede Vós o meu auxílio.<br />

Vós convertestes em júbilo o meu pranto:<br />

Senhor meu Deus, eu Vos louvarei eternamente.<br />

55


LEITURA V Is 55, 1-11<br />

«Vinde a Mim e a vossa alma viverá. Farei convosco uma aliança eterna»<br />

Leitura do <strong>Livro</strong> de Isaías<br />

Eis o que diz o Senhor: «Todos vós que tendes sede, vinde à nascente das<br />

águas. Vós que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei. Vinde e comprai,<br />

sem dinheiro e sem despesa, vinho e leite. Porque gastais o vosso dinheiro<br />

naquilo que não alimenta e o vosso trabalho naquilo que não sacia? Ouvi-<br />

Me com atenção e comereis o que é bom, saboreareis manjares suculentos.<br />

Prestai-Me ouvidos e vinde a Mim; escutai-Me e vivereis. Firmarei convosco<br />

uma aliança eterna, com as graças prometidas a David. Fiz dele um testemunho<br />

para os povos, um chefe e legislador das nações. Chamarás povos que<br />

não conhecias; nações que não te conheciam acorrerão a ti, por causa do Senhor<br />

teu Deus, do Santo de Israel que te glorificou. Procurai o Senhor enquanto<br />

Se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu<br />

caminho e o homem perverso os seus pensamentos. Converta-se ao Senhor,<br />

que terá compaixão dele, ao nosso Deus, que é generoso em perdoar. Porque<br />

os meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos são os<br />

meus - oráculo do Senhor. Tanto quanto os céus estão acima da terra, assim<br />

os meus caminhos estão acima dos vossos e acima dos vossos estão os meus<br />

pensamentos. E assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam<br />

para lá sem terem regado a terra, sem a haverem fecundado e feito produzir,<br />

para que dê a semente ao semeador e o pão para comer, assim a palavra que<br />

sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido<br />

a minha vontade, sem ter realizado a sua missão».<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

SALMO RESPONSORIAL<br />

Is 12, 2-3.4bde.5-6<br />

Refrão<br />

56


Deus é o meu Salvador,<br />

tenho confiança e nada temo.<br />

O Senhor é a minha força e o meu louvor.<br />

Ele é a minha salvação.<br />

Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.<br />

Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,<br />

Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,<br />

proclamai a todos que o seu nome é santo.<br />

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,<br />

anunciai-as em toda a terra.<br />

Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião,<br />

porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.<br />

LEITURA VI Bar 3, 9-15.32 – 4, 4<br />

«Caminha para o esplendor da luz do Senhor»<br />

Leitura do <strong>Livro</strong> de Baruc<br />

Escuta, Israel, os mandamentos da vida; inclina os teus ouvidos para aprenderes<br />

a prudência. Porque será, Israel, que te encontras em país inimigo e envelheces<br />

em terra estrangeira? Porque te contaminaste com os mortos, foste<br />

contado entre os que descem ao sepulcro e abandonaste a fonte da Sabedoria.<br />

Se tivesses seguido o caminho de Deus, viverias em paz eternamente. Aprende<br />

onde está a prudência, onde está a força e a inteligência, para conheceres<br />

também onde se encontra a longevidade e a vida, onde está a luz dos olhos e a<br />

paz. Quem descobriu a morada da Sabedoria? Quem penetrou nos seus tesouros?<br />

Aquele que tudo sabe conhece-a; descobriu-a com a sua inteligência<br />

Aquele que firmou a terra para sempre, enchendo-a de animais quadrúpedes,<br />

Aquele que envia a luz e ela vai, que a chama e ela obedece-Lhe tremendo.<br />

As estrelas brilham vigilantes nos seus postos cheias de alegria; Ele chama<br />

por elas e respondem: «Aqui estamos» e resplandecem alegremente para<br />

Aquele que as criou. Este é o nosso Deus, e nenhum outro se Lhe pode<br />

comparar. Penetrou todos os caminhos da Sabedoria e mostrou-os a Jacob seu<br />

servo, a Israel seu predilecto. Depois, ela apareceu sobre a terra e habitou no<br />

meio dos homens. Ela é o livro dos mandamentos de Deus e a lei que permanece<br />

eternamente. Os que a seguirem alcançarão a vida, mas aqueles que a<br />

abandonarem morrerão. Volta, Jacob e abraça-a, caminha para o esplendor da<br />

sua luz. Não cedas a outros a tua glória, nem os teus privilégios a uma nação<br />

estrangeira. Felizes de nós, Israel, porque nos foi revelado o que agrada a<br />

Deus.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

57


SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 (19)<br />

Refrão<br />

A lei do Senhor é perfeita, ela reconforta a alma;<br />

as ordens do Senhor são firmes, dão sabedoria aos simples.<br />

Os preceitos do Senhor são rectos e alegram o coração;<br />

os mandamentos do Senhor são claros e iluminam os olhos.<br />

O temor do Senhor é puro e permanece eternamente;<br />

os juízos do Senhor são verdadeiros, todos eles são rectos.<br />

São mais preciosos que o ouro, o ouro mais fino;<br />

são mais doces que o mel, o puro mel dos favos.<br />

LEITURA VII<br />

Ez 36, 16-17a.18-28<br />

«Derramarei sobre vós água pura e dar-vos-ei um coração novo»<br />

Leitura da Profecia de Ezequiel<br />

A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: «Filho do homem, quando<br />

os da casa de Israel habitavam na sua terra, mancharam-na com o seu<br />

proceder e as suas obras. Fiz-lhes então sentir a minha indignação, por causa<br />

do sangue que haviam derramado no país e dos ídolos com que o tinham<br />

profanado. Dispersei-os entre as nações, espalhei-os entre os outros povos;<br />

julguei-os segundo o seu proceder e as suas obras. Em todas as nações para<br />

onde foram, profanaram o meu santo nome; e por isso se dizia deles: ‘São o<br />

povo do Senhor: tiveram de deixar a sua terra’. Quis então salvar a honra do<br />

meu santo nome, que a casa de Israel profanara entre as nações para onde<br />

tinha ido. Por isso, diz à casa de Israel: Assim fala o Senhor Deus: Não faço<br />

isto por causa de vós, israelitas, mas por causa do meu santo nome, que<br />

profanastes entre as nações para onde fostes. Manifestarei a santidade do meu<br />

grande nome, profanado por vós entre as nações para onde fostes. E as nações<br />

58


econhecerão que Eu sou o Senhor – oráculo do Senhor Deus – quando a<br />

seus olhos Eu manifestar a minha santidade, a vosso respeito. Então retirarvos-ei<br />

de entre as nações, reunir-vos-ei de todos os países, para vos restabelecer<br />

na vossa terra. Derramarei sobre vós água pura e ficareis limpos de todas<br />

as imundícies; e purificar-vos-ei de todos os falsos deuses. Dar-vos-ei um<br />

coração novo e infundirei em vós um espírito novo. Arrancarei do vosso peito<br />

o coração de pedra e dar-vos-ei um coração de carne. Infundirei em vós o<br />

meu espírito e farei que vivais segundo os meus preceitos, que observeis e<br />

ponhais em prática as minhas leis. Habitareis na terra que dei a vossos pais;<br />

sereis o meu povo e Eu serei o vosso Deus».<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

SALMO RESPONSORIAL Salmo 41 (42)<br />

Refrão<br />

Como suspira o veado pelas correntes das águas,<br />

assim minha alma suspira por Vós, Senhor.<br />

Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo:<br />

Quando irei contemplar a face de Deus?<br />

A minha alma estremece ao recordar<br />

quando passava em cortejo para o templo do Senhor,<br />

entre as vozes de louvor e de alegria<br />

da multidão em festa.<br />

Enviai a vossa luz e verdade,<br />

sejam elas o meu guia e me conduzam<br />

à vossa montanha santa<br />

e ao vosso santuário.<br />

59


E eu irei ao altar de Deus,<br />

a Deus que é a minha alegria.<br />

Ao som da cítara Vos louvarei,<br />

Senhor, meu Deus.<br />

GLÓRIA<br />

Cardeal: Glória a Deus nas alturas<br />

Tocam-se os sinos. Depois continua-se:<br />

e paz na terra aos homens por Ele amados.<br />

Refrão<br />

Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso:<br />

nós Vos louvamos,<br />

nós Vos bendizemos,<br />

nós Vos adoramos,<br />

nós Vos glorificamos,<br />

nós Vos damos graças, por vossa imensa glória. Refrão<br />

Senhor Jesus Cristo, Filho Unigénito,<br />

Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai:<br />

Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós;<br />

Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica;<br />

Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Refrão<br />

Só Vós sois o Santo;<br />

só Vós, o Senhor;<br />

só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo;<br />

com o Espírito Santo,<br />

na glória de Deus Pai. Refrão<br />

Amen.<br />

60


EPÍSTOLA Rom 6, 3-11<br />

«Cristo, ressuscitado dos mortos, já não pode morrer»<br />

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos<br />

Irmãos: Todos nós que fomos baptizados em Jesus Cristo fomos baptizados<br />

na sua morte. Fomos sepultados com Ele pelo Baptismo na sua morte, para<br />

que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também<br />

nós vivamos uma vida nova. Se, na verdade, estamos totalmente unidos a<br />

Cristo pela semelhança da sua morte, também o estaremos pela semelhança<br />

da sua ressurreição. Bem sabemos que o nosso homem velho foi crucificado<br />

com Cristo, para que fosse destruído o corpo do pecado e não mais fôssemos<br />

escravos dele. Quem morreu, está livre do pecado. Se morremos com Cristo,<br />

acreditamos que também com Ele viveremos, sabendo que, uma vez ressuscitado<br />

dos mortos, Cristo já não pode morrer; a morte já não tem domínio sobre<br />

Ele. Porque na morte que sofreu, Cristo morreu para o pecado de uma vez<br />

para sempre; mas a sua vida é uma vida para Deus. Assim vós também,<br />

considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Cristo Jesus.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

Todos se levantam. O Cardeal entoa solenemente o Aleluia sozinho.<br />

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO Salmo 117 (118)<br />

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,<br />

porque é eterna a sua misericórdia.<br />

Diga a casa de Israel:<br />

é eterna a sua misericórdia.<br />

A mão do Senhor fez prodígios,<br />

a mão do Senhor foi magnífica.<br />

Não morrerei, mas hei-de viver<br />

para anunciar as obras do Senhor.<br />

A pedra que os construtores rejeitaram<br />

tornou-se pedra angular.<br />

Tudo isto veio do Senhor:<br />

é admirável aos nossos olhos.<br />

61


EVANGELHO Lc 24, 1-12<br />

«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?»<br />

V/. O Senhor esteja convosco.<br />

R/. Ele está no meio de nós.<br />

V/. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

No primeiro dia da semana, ao romper da manhã,<br />

as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia<br />

foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado.<br />

Encontraram a pedra do sepulcro removida<br />

e, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus.<br />

Estando elas perplexas com o sucedido,<br />

apareceram-lhes dois homens com vestes resplandecentes.<br />

Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão,<br />

enquanto eles lhes diziam:<br />

«Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?<br />

Não está aqui: ressuscitou.<br />

Lembrai-vos como Ele vos falou,<br />

quando ainda estava na Galileia:<br />

‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores,<br />

tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’».<br />

Elas lembraram-se então das palavras de Jesus.<br />

Voltando do sepulcro,<br />

foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros.<br />

Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago.<br />

Também as outras mulheres que estavam com elas<br />

diziam isto aos Apóstolos.<br />

Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario,<br />

e não acreditaram nelas.<br />

Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro.<br />

Debruçando-se, viu apenas as ligaduras<br />

e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.<br />

Palavra da salvação.<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

O Cardeal profere a HOMILIA.<br />

62


TERCEIRA PARTE<br />

LITURGIA BAPTISMAL<br />

LADAINHA DOS SANTOS<br />

Os solistas:<br />

Senhor, tende piedade de nós.<br />

Senhor, tende piedade de nós.<br />

Cristo, tende piedade de nós.<br />

Cristo, tende piedade de nós.<br />

Senhor, tende piedade de nós.<br />

Senhor, tende piedade de nós.<br />

Santa Maria, Mãe de Deus,<br />

rogai por nós.<br />

São Miguel,<br />

rogai por nós.<br />

Santos Anjos de Deus,<br />

rogai por nós.<br />

São João Baptista,<br />

rogai por nós.<br />

São José,<br />

rogai por nós.<br />

São Pedro e São Paulo,<br />

rogai por nós.<br />

Santo André,<br />

rogai por nós.<br />

São João,<br />

rogai por nós.<br />

Santa Maria Madalena,<br />

rogai por nós.<br />

Santo Estêvão,<br />

rogai por nós.<br />

Santo Inácio de Antioquia,<br />

rogai por nós.<br />

São Lourenço,<br />

rogai por nós.<br />

São Vicente,<br />

rogai por nós.<br />

São João de Brito,<br />

rogai por nós.<br />

Santa Perpétua e Santa Felicidade,<br />

rogai por nós.<br />

Santa Inês,<br />

rogai por nós.<br />

São Gregório,<br />

rogai por nós.<br />

Santo Agostinho,<br />

rogai por nós.<br />

Santo Atanásio,<br />

rogai por nós.<br />

São Basílio,<br />

rogai por nós.<br />

São Martinho,<br />

rogai por nós.<br />

São Bento,<br />

rogai por nós.<br />

São Martinho de Dume, São Frutuoso e São Geraldo, rogai por nós.<br />

São Teotónio,<br />

rogai por nós.<br />

São Francisco e São Domingos,<br />

rogai por nós.<br />

Santo António de Lisboa,<br />

rogai por nós.<br />

São João de Deus,<br />

rogai por nós.<br />

São Francisco Xavier,<br />

rogai por nós.<br />

São João Maria Vianney,<br />

rogai por nós.<br />

Santa Isabel de Portugal,<br />

rogai por nós.<br />

Santa Catarina de Sena,<br />

rogai por nós.<br />

Santa Teresa de Jesus,<br />

rogai por nós.<br />

Santa Beatriz da Silva,<br />

rogai por nós.<br />

63


Todos os Santos e Santas de Deus,<br />

Sede-nos propício,<br />

De todo o mal<br />

De todo o pecado<br />

Da morte eterna<br />

Pela vossa encarnação,<br />

Pela vossa morte e ressurreição,<br />

Pela efusão do Espírito Santo,<br />

A nós, pecadores,<br />

Dignai-Vos dar uma vida nova a estes eleitos<br />

pela graça do Baptismo,<br />

Jesus, Filho de Deus vivo,<br />

Cristo, ouvi-nos.<br />

Cristo, atendei-nos.<br />

rogai por nós.<br />

livrai-nos, Senhor.<br />

livrai-nos, Senhor.<br />

livrai-nos, Senhor<br />

livrai-nos, Senhor.<br />

livrai-nos, Senhor.<br />

livrai-nos, Senhor.<br />

livrai-nos, Senhor.<br />

ouvi-nos, Senhor.<br />

ouvi-nos, Senhor.<br />

ouvi-nos, Senhor.<br />

Cristo, ouvi-nos.<br />

Cristo, atendei-nos.<br />

DEPOIS DO BAPTISMO<br />

DEPOIS DA CONFIRMAÇÃO<br />

64


RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BAPTISMO<br />

Cardeal:<br />

Irmãos caríssimos: Pelo mistério pascal, fomos sepultados com Cristo no<br />

Baptismo, para vivermos com Ele uma vida nova. Por isso, tendo terminado<br />

os exercícios da observância quaresmal, renovemos as promessas do santo<br />

Baptismo, pelas quais renunciámos outrora a Satanás e às suas obras e prometemos<br />

servir fielmente a Deus na santa Igreja católica.<br />

Cardeal:<br />

Renunciais a Satanás?<br />

Todos:<br />

Sim, renuncio.<br />

Cardeal:<br />

E a todas as suas obras?<br />

Todos:<br />

Sim, renuncio.<br />

Cardeal:<br />

E a todas as suas seduções?<br />

Todos:<br />

Sim, renuncio.<br />

Cardeal:<br />

Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?<br />

Todos respondem, cantando:<br />

Cardeal:<br />

Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, que nasceu da<br />

Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e está sentado<br />

à direita do Pai?<br />

Todos:<br />

65


Cardeal:<br />

Credes no Espírito Santo, na santa Igreja católica, na comunhão dos santos,<br />

na remis- são dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna?<br />

Todos:<br />

O Cardeal conclui:<br />

Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer<br />

pela água e pelo Espírito Santo e nos perdoou todos os pecados, nos guarde<br />

com a sua graça, em Jesus Cristo Nosso Senhor, para a vida eterna.<br />

Todos: Amen.<br />

ASPERSÃO DE ÁGUA BENTA<br />

O Cardeal asperge o povo com água benta, enquanto todos cantam:<br />

Coro:<br />

Vi a fonte de água viva do coração do Senhor. Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: Quem se lavar nessa fonte será salvo e cantará: Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: Vi a água transformar-se nas águas dum grande rio. Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: E os filhos de Deus cantando porque foram resgatados. Aleluia.<br />

Todos:<br />

66


Coro: Vi o Templo do Senhor aberto a todos os homens. Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: E Cristo vitorioso mostrando a chaga do lado. Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: Vi o Verbo que trazia a paz de Deus em seu nome. Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: Todos os que acreditámos fomos salvos e cantamos: Aleluia.<br />

Todos:<br />

ORAÇÃO UNIVERSAL<br />

67


CÂNTICOS DE APRESENTAÇÃO DOS DONS<br />

I<br />

Carmelo Erdozaín<br />

Na madrugada da Ressurreição<br />

Dirigem-se ao sepulcro onde está o Redentor.<br />

E perguntaram-se ao chegar:<br />

Quem moverá, quem abrirá<br />

a pedra onde está o Senhor?<br />

Refrão: O Senhor nosso Deus ressuscitou!<br />

Aleluia, aleluia, aleluia!<br />

Na madrugada da Ressurreição<br />

Vivemos a esperança de um mundo melhor.<br />

Testemunhas do Senhor.<br />

devemos mudar, devemos lutar<br />

Por um mundo de justiça e paz.<br />

II<br />

A. Cartageno<br />

Já a Luz se levantou,<br />

Deixando o Céu inundado Coro: Aleluia<br />

Com a glória e o triunfo<br />

Do Senhor ressuscitado.<br />

A semente que caíra<br />

Sob a terra germinou: Coro: Aleluia<br />

Dono da vida e da morte,<br />

O Senhor ressuscitou.<br />

Renascidos pela graça,<br />

De coração renovado, Coro: Aleluia<br />

Sejamos as testemunhas<br />

De Cristo ressuscitado.<br />

Refrão: Acreditamos! Acreditamos! Ressuscitou Jesus Cristo o Senhor!<br />

68


SANTO<br />

V. Mistério da fé para a salvação do mundo!<br />

DOXOLOGIA<br />

69


CORDEIRO<br />

CÂNTICOS DA COMUNHÃO<br />

I<br />

M. Simões<br />

Refrão: Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado:<br />

celebremos a festa do Senhor. Aleluia. Aleluia.<br />

Abri-me as portas da justiça:<br />

entrarei para dar graças ao Senhor.<br />

Eu Vos darei graças porque me ouvistes<br />

e fostes o meu salvador.<br />

A pedra que os construtores rejeitaram<br />

tornou-se pedra angular.<br />

Este é o dia que o Senhor fez:<br />

exultemos e cantemos de alegria.<br />

Vós sois o meu Deus: eu Vos darei graças.<br />

Vós sois o meu Deus: eu Vos exaltarei.<br />

70


II<br />

A. Cartageno<br />

Refrão: A nossa Páscoa imolada, Aleluia!<br />

É Jesus Cristo, o Senhor, Aleluia!<br />

PÓS-COMUNHÃO<br />

Oh nova Páscoa! Oh festa do triunfo<br />

de Cristo glorioso, que nos veio salvar!<br />

Oh nova Páscoa! Alegria do mundo!<br />

A vida nos abriu suas portas de glória!<br />

Oh nova Páscoa! A sala do festim<br />

encheu-se de convivas, celebrando o Senhor!<br />

Oh nova Páscoa! Os baptizados vêm<br />

com túnicas de festa às bodas do Cordeiro!<br />

Oh nova Páscoa! O vencedor da morte,<br />

Jesus ressuscitado, nos dá a vida eterna.<br />

Refrão<br />

Deus reina, Cristo impera! Aleluia!<br />

A morte foi vencida, a cruz venceu o inferno!<br />

Chegou o dia do Senhor! Aleluia!<br />

A morte foi vencida, a cruz venceu o inferno.<br />

O Senhor ressuscitou, chegou a hora do Senhor! Aleluia!<br />

Ó Cristo, amor supremo, ó Cristo, glória a Vós!<br />

71


SAUDAÇÃO A NOSSA SENHORA<br />

CÂNTICO FINAL<br />

Eutrópio Lima da Cruz<br />

Refrão: O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia! Aleluia!<br />

Ele que por nós foi cravado na cruz. Aleluia! Aleluia!<br />

Nasceu o Sol da Páscoa gloriosa,<br />

Ressoa pelo céu um canto novo,<br />

Exulta de alegria a terra inteira.<br />

Dos abismos da morte e da tristeza<br />

Sobe o Senhor Jesus à sua glória,<br />

Libertando os antigos Patriarcas.<br />

Sem saber que o sepulcro está vazio,<br />

A guarda, vigilante, testemunha<br />

O poder do Senhor ressuscitado.<br />

Rei imortal, contigo glorifica<br />

Neste dia de glória os que em teu nome<br />

Renasceram das águas do Baptismo.<br />

72


E desça sobre a Igreja e sobre o mundo,<br />

Como penhor de paz e de esperança,<br />

A luz da tua Páscoa esplendorosa.<br />

Cantemos a Deus Pai e a seu Filho,<br />

Louvemos o Espírito de amor,<br />

Agora e pelos séculos sem fim.<br />

73


CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA DO SENHOR<br />

CÂNTICO DE ENTRADA<br />

Refrão<br />

Eu Vos amo, Senhor, minha força,<br />

minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador.<br />

Invoquei o Senhor – louvado seja Deus<br />

e fiquei salvo de meus inimigos.<br />

Cercaram-me as ondas da morte<br />

e encheram-me de terror as torrentes malignas;<br />

envolveram-me laços funestos<br />

e a morte prendeu-me em suas redes.<br />

Na minha aflição invoquei o Senhor<br />

e clamei pelo meu Deus.<br />

Do seu templo Ele ouviu a minha voz<br />

e o meu clamor chegou aos seus ouvidos.<br />

Do alto, Ele estendeu a mão e segurou-me,<br />

retirou-me das águas imensas.<br />

Salvou-me de inimigos poderosos,<br />

de adversários que me dominavam.<br />

Levantaram-se contra mim no dia da adversidade,<br />

mas o Senhor veio em meu auxílio;<br />

levou-me para lugar seguro,<br />

salvou-me porque me tem amor.<br />

74


RITO DA ASPERSÃO<br />

O Cardeal asperge o povo com água benta, enquanto todos cantam:<br />

Coro:<br />

Vi a fonte de água viva do coração do Senhor. Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: Quem se lavar nessa fonte será salvo e cantará: Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro:<br />

a água transformar-se nas águas dum grande rio. Aleluia.<br />

Vi<br />

Todos:<br />

Coro: E os filhos de Deus cantando porque foram resgatados. Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: Vi o Templo do Senhor aberto a todos os homens. Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: E Cristo vitorioso mostrando a chaga do lado. Aleluia.<br />

Todos:<br />

75


Coro: Vi o Verbo que trazia a paz de Deus em seu nome. Aleluia.<br />

Todos:<br />

Coro: Todos os que acreditámos fomos salvos e cantamos: Aleluia.<br />

Todos:<br />

GLÓRIA<br />

F. Santos<br />

Cardeal: Glória a Deus nas alturas<br />

e paz na terra aos homens por Ele amados.<br />

Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso:<br />

76


Senhor Jesus Cristo, Filho Unigénito,<br />

Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai:<br />

Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós;<br />

Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós<br />

Com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai.<br />

Amen.<br />

77


LITURGIA DA PALAVRA<br />

LEITURA I<br />

Act 10, 34a.37-43<br />

«Comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos »<br />

Leitura Actos dos Apóstolos<br />

Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse:<br />

«Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia,<br />

depois do baptismo que João pregou:<br />

Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré,<br />

que passou fazendo o bem e curando a todos os que eram oprimidos pelo<br />

Demónio, porque Deus estava com Ele.<br />

Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez no país dos judeus e em<br />

Jerusalém; e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.<br />

Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu-Lhe manifestar-Se,<br />

não a todo o povo, mas às testemunhas de antemão designadas por Deus,<br />

a nós que comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos<br />

mortos. Jesus mandou-nos pregar ao povo e testemunhar<br />

que ele foi constituído por Deus juiz dos vivos e dos mortos.<br />

É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho:<br />

quem acredita n’Ele recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

SALMO RESPONSORIAL Salmo 117<br />

Refrão<br />

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,<br />

porque é eterna a sua misericórdia.<br />

Diga a casa de Israel:<br />

é eterna a sua misericórdia.<br />

78


A mão do Senhor fez prodígios,<br />

a mão do Senhor foi magnífica.<br />

Não morrerei, mas hei-de viver<br />

para anunciar as obras do Senhor.<br />

A pedra que os construtores rejeitaram<br />

tornou-se pedra angular.<br />

Tudo isto veio do Senhor:<br />

é admirável aos nossos olhos.<br />

LEITURA II Col 3, 1-4<br />

«Aspirai às coisas do alto, onde está Cristo »<br />

Leitura da Epístola do apóstolo S. Paulo aos Colossenses<br />

Irmãos:<br />

Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto,<br />

onde Cristo Se encontra, sentado à direita de Deus.<br />

Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.<br />

Porque vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.<br />

Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar,<br />

então também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.<br />

Palavra do Senhor.<br />

R/. Graças a Deus.<br />

79


SEQUÊNCIA PASCAL<br />

80


À Vítima pascal<br />

Ofereçam os cristãos<br />

sacrifícios de louvor.<br />

TRADUÇÃO<br />

O Cordeiro resgatou as ovelhas:<br />

Cristo, o Inocente,<br />

reconciliou com o Pai os pecadores.<br />

A morte e a vida<br />

travaram um admirável combate:<br />

Depois de morto,<br />

vive e reina o Autor da vida.<br />

Diz-nos, Maria,<br />

Que viste no caminho?<br />

Vi o sepulcro de Cristo vivo<br />

e a glória do Ressuscitado.<br />

Vi as testemunhas dos Anjos,<br />

vi o sudário e a mortalha.<br />

Ressuscitou Cristo, minha esperança:<br />

precederá os seus discípulos na Galileia.<br />

Sabemos e acreditamos<br />

Cristo ressuscitou dos mortos:<br />

Ó Rei vitorioso, tende piedade de nós.<br />

ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO<br />

Cristo, nosso Cordeiro <strong>Pascal</strong>, foi imolado:<br />

celebremos a festa do Senhor .<br />

81


EVANGELHO Jo 20, 1-9<br />

«Ele tinha de ressuscitar dos mortos »<br />

V/. O Senhor esteja convosco.<br />

R/. Ele está no meio de nós.<br />

V/. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

No primeiro dia da semana,<br />

Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro<br />

e viu a pedra retirada do sepulcro.<br />

Correu então e foi ter com Simão Pedro<br />

e com o discípulo predilecto de Jesus e disse-lhes:<br />

«Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram».<br />

Pedro partiu com o outro discípulo e foram ambos ao sepulcro.<br />

Corriam os dois juntos,<br />

mas o outro discípulo antecipou-se, correndo mais depressa do que Pedro,<br />

e chegou primeiro ao sepulcro.<br />

Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.<br />

Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.<br />

Entrou no sepulcro e viu as ligaduras no chão<br />

e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,<br />

não com as ligaduras, mas enrolado à parte.<br />

Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro ao sepulcro:<br />

viu e acreditou.<br />

Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,<br />

segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos .<br />

Palavra da salvação.<br />

R/. Glória a vós, Senhor.<br />

HOMILIA<br />

ORAÇÃO UNIVERSAL<br />

82


CÂNTICOS DE APRESENTAÇÃO DOS DONS<br />

I<br />

Na sua dor os homens encontraram / Uma pura semente de alegria,<br />

O segredo da vida e da esperança: / Ressuscitou o Senhor Jesus!<br />

Os que choravam cessarão o pranto. / Brilhará novo Sol nos corações,<br />

Pode o homem cantar o seu triunfo: / Ressuscitou o Senhor Jesus!<br />

Os que nos duros campos trabalharam / Voltarão entre vozes de alegria,<br />

Erguendo ao alto os frutos da colheita: / Ressuscitou o Senhor Jesus!<br />

Já ninguém viverá sem luz da fé, / Já ninguém morrerá sem esperança;<br />

O que crê em Jesus venceu a morte: / Ressuscitou o Senhor Jesus!<br />

II<br />

A. Cartageno<br />

Já a Luz se levantou,<br />

Deixando o Céu inundado Coro: Aleluia<br />

Com a glória e o triunfo<br />

Do Senhor ressuscitado.<br />

A semente que caíra<br />

Sob a terra germinou: Coro: Aleluia<br />

Dono da vida e da morte,<br />

O Senhor ressuscitou.<br />

Renascidos pela graça,<br />

De coração renovado, Coro: Aleluia<br />

Sejamos as testemunhas<br />

De Cristo ressuscitado.<br />

Refrão: Acreditamos! Acreditamos! Ressuscitou Jesus Cristo o Senhor!<br />

83


SANTO<br />

V. Mistério da fé para a salvação do mundo!<br />

84


DOXOLOGIA<br />

CORDEIRO<br />

CÂNTICOS DA COMUNHÃO<br />

I<br />

A. Cartageno<br />

Refrão: A nossa Páscoa imolada, Aleluia!<br />

É Jesus Cristo, o Senhor, Aleluia!<br />

Oh nova Páscoa! Oh festa do triunfo<br />

de Cristo glorioso, que nos veio salvar!<br />

Oh nova Páscoa! Alegria do mundo!<br />

A vida nos abriu suas portas de glória!<br />

Oh nova Páscoa! A sala do festim<br />

encheu-se de convivas, celebrando o Senhor!<br />

85


Oh nova Páscoa! Os baptizados vêm<br />

com túnicas de festa às bodas do Cordeiro!<br />

Oh nova Páscoa! O vencedor da morte,<br />

Jesus ressuscitado, nos dá a vida eterna.<br />

II<br />

M. Simões<br />

Refrão: Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado:<br />

celebremos a festa do Senhor. Aleluia. Aleluia.<br />

Abri-me as portas da justiça:<br />

entrarei para dar graças ao Senhor.<br />

Eu Vos darei graças porque me ouvistes<br />

e fostes o meu salvador<br />

A pedra que os construtores rejeitaram<br />

tornou-se pedra angular.<br />

Este é o dia que o Senhor fez:<br />

exultemos e cantemos de alegria.<br />

Vós sois o meu Deus: eu Vos darei graças.<br />

Vós sois o meu Deus: eu Vos exaltarei.<br />

86


PÓS-COMUNHÃO<br />

Refrão<br />

Deus reina, Cristo impera! Aleluia!<br />

A morte foi vencida, a cruz venceu o inferno!<br />

Chegou o dia do Senhor! Aleluia!<br />

A morte foi vencida, a cruz venceu o inferno.<br />

O Senhor ressuscitou, chegou a hora do Senhor! Aleluia!<br />

Ó Cristo, amor supremo, ó Cristo, glória a Vós!<br />

SAUDAÇÃO A NOSSA SENHORA<br />

87


CÂNTICO FINAL<br />

Eutrópio Lima da Cruz<br />

Refrão: O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia! Aleluia!<br />

Ele que por nós foi cravado na cruz. Aleluia! Aleluia!<br />

Nasceu o Sol da Páscoa gloriosa,<br />

Ressoa pelo céu um canto novo,<br />

Exulta de alegria a terra inteira.<br />

Dos abismos da morte e da tristeza<br />

Sobe o Senhor Jesus à sua glória,<br />

Libertando os antigos Patriarcas.<br />

Sem saber que o sepulcro está vazio,<br />

A guarda, vigilante, testemunha<br />

O poder do Senhor ressuscitado.<br />

Rei imortal, contigo glorifica<br />

Neste dia de glória os que em teu nome<br />

Renasceram das águas do Baptismo.<br />

E desça sobre a Igreja e sobre o mundo,<br />

Como penhor de paz e de esperança,<br />

A luz da tua Páscoa esplendorosa.<br />

Cantemos a Deus Pai e a seu Filho,<br />

Louvemos o Espírito de amor,<br />

Agora e pelos séculos sem fim.<br />

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