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The Cranberries se despede ao<br />
som nostálgico de In The End<br />
Membros do grupo<br />
consideram a obra como<br />
uma das melhores de<br />
toda a trajetória<br />
Derliz Moreno<br />
Reportagem<br />
Reprodução<br />
Fotografia<br />
JR<br />
Já passaram-se três décadas desde o início da<br />
banda irlandesa The Cranberries, que se despede<br />
nesta sexta-feira, 26 de abril, com o lançamento<br />
de In The End - o oitavo e último álbum de estúdio.<br />
O material traz 11 faixas com vocais gravados<br />
por Dolores O'Riordan, cuja morte repentina<br />
aos 46 anos de idade, em 15 de janeiro do ano<br />
passado, abalou a cena musical. A vocalista faleceu<br />
em decorrência de um afogamento acidental<br />
por intoxicação alcoólica em uma banheira<br />
do hotel London Hilton on Park Lane, em Londres,<br />
na Inglaterra.<br />
Conhecido por ter uma sonoridade própria,<br />
o grupo de Rock Alternativo teve a trajetória<br />
marcada pelos três primeiros singles: Dreams<br />
(1992), Linger (1993) e Zombie (1994). Para honrar<br />
a memória de Dolores, ao longo de 2018, o<br />
baterista Fergal Lawler, o baixista Mike Hogan<br />
e o guitarrista Noel Hogan se reuniram com o<br />
antigo produtor Stephen Street na empreitada<br />
de finalizar as músicas gravadas pela colega de<br />
banda.<br />
Encorajados pela família dela, os demais<br />
membros afirmam que a obra só foi concluída<br />
devido à qualidade musical das canções, as quais<br />
formam um dos melhores álbuns da carreira.<br />
Um ano após a morte da vocalista, o grupo The<br />
Cranberries apresentou ao mundo a canção de<br />
abertura do novo trabalho: All Over Now, que<br />
teve o videoclipe divulgado posteriormente, no<br />
dia 06 de março.<br />
Na sequência, vieram The Pressure; em 28<br />
de fevereiro; Wake Me When It's Over; em 19 de<br />
março; e, no último dia 15 de abril, foi lançada a<br />
faixa-título In The End - a última do álbum. Lost,<br />
A Place I Know, Catch Me If You Can, Got It, Illusion,<br />
Crazy Heart e Summer Song compreendem as demais<br />
músicas do material, o qual carrega consigo uma sonoridade<br />
similar aos dois primeiros discos: Everybody Else<br />
Is Doing It, So Why Can't We? (1993) e No Need To Argue<br />
(1994).<br />
Sob o selo da gravadora Bertelsmann Music Group<br />
(BMG), In The End é capaz de provocar nostalgia nos fãs<br />
mais assíduos, por conta da voz singular de Dolores<br />
O'Riordan e do som dos instrumentos executados pelos<br />
demais integrantes. Houve, ainda, contribuições da musicista<br />
Johanna Cranitch, backing vocal banda na Roses<br />
Tour, em 2012. Referente à arte gráfica do trabalho,<br />
juntaram-se à equipe o fotógrafo Andy Earl e o designer<br />
Cally Callomon.<br />
Inicialmente denominado The Cranberry Saw Us, o<br />
grupo irlandês produziu três fitas demos nos dois primeiros<br />
anos. Foram eles: Anything (1989); lançado de<br />
maneira independente, com o primeiro vocalista Niall<br />
Quinn; Watercircle e Nothing Left At All -<br />
sendo estes últimos lançados pela gravadora<br />
Xeric Records, em 1990. Quase um ano antes<br />
do estrondoso sucesso nas paradas do mundo<br />
todo, por meio da mesma gravadora, The<br />
Cranberries estreou com Uncertain (1991), seu<br />
primeiro extended play (EP).<br />
Depois dos dois primeiros álbuns de estúdio,<br />
vieram os demais: To The Faithful Departed<br />
(1996), Bury The Hatchet (1999), Wake<br />
Up And Smell The Coffee (2001), Roses (2012)<br />
e Something Else (2017) - gravado com a Irish<br />
Chamber Orchestra (ICO). Vale enfatizar que<br />
In The End rende tributo à Dolores O'Riordan<br />
e marca o fim de uma era, a qual deixa seu<br />
legado registrado em mídias físicas e digitais,<br />
assim como na lembrança de quem vivenciou<br />
momentos embalados pelas canções da banda<br />
The Cranberries.