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cercanias daquela paisagem umbralina, que, neste momento se mostrava como palco de uma<br />
atividade de grandes conseqüências para todos nós. Fiquei emocionado com a visão dos<br />
caboclos.<br />
Euzália baixou a mão no exato momento em que os médiuns assumiam seus<br />
corpos físicos e ativavam com suas vibrações mentais que começaram a fazer efeito. Foi tudo<br />
muito rápido e organizado.<br />
Primeiramente começou uma espécie de fogo ou energia radiante, que<br />
consumia a construção de baixo para cima e de cima para baixo, desfazendo a estrutura<br />
imponente e provocando o desmoronamento da construção fluídica. Parecia uma fornalha<br />
atômica em expansão. Depois pudemos observar descargas magnéticas e elétricas que saiam<br />
do interior do prédio em destruição e toda a paisagem em volta do que restava da construção<br />
das sombras era literalmente queimada pela ação eficaz das descargas de energias. Acima do<br />
edifício, viam-se formas-pensamento esvoaçando e sendo queimadas pelo fogo elétrico que a<br />
tudo devorava e desfazia, promovendo o saneamento da atmosfera psíquica ambiente. Eram<br />
tão fortes os efeitos magnéticos que, no plano físico, os encarnados puderam ver uma imensa<br />
tempestade que se abatia sobre a região da cidade onde, em correspondência, estava<br />
localizada o reduto das trevas. Raios e trovões descarregavam-se na atmosfera física e<br />
espiritual daquele lugar, enquanto chuva torrencial descia das nuvens sob a região física<br />
correspondente à vibração do local. O rio da capital estava ameaçando ultrapassar suas<br />
margens com a tempestade imprevista, mas não somente as águas das chuvas como também<br />
os fluidos deletérios acumulados pelas mentes invigilantes dos homens na psicosfera da<br />
cidade, estavam sendo despejados naquelas águas revoltas e lamacentas do rio para serem<br />
absorvidas depois pelo solo abençoado do planeta, onde seriam destruídas as criações mentais<br />
inferiores.<br />
Grande quantidade de espíritos saia correndo dos escombros da construção<br />
no desespero que os invadia. Seres apavorados tentavam escapar, enquanto os guardiões<br />
apertavam o cerco com suas lanças e tridentes de energia, contendo qualquer tentativa de<br />
fuga.<br />
Os outros espíritos que se apresentavam como caboclos, vinham velozes do<br />
alto como que cavalgando sobre nuvens fluídicas, impondo respeito e pavor àqueles espíritos<br />
que não esperavam uma ação conjunta que destruísse suas atividades. Era de uma beleza<br />
indescritível a cena geral. Ao comando de Euzália, a Vovó Catarina da tenda de umbanda, as<br />
redes foram ativadas enquanto a falange das trevas saia em debandada e desfalecia ante a<br />
visão aterradora de guardiões e caboclos que lançavam suas flechas de energia e seus dardos<br />
magnéticos, desarmando a legião das trevas.<br />
Nunca vivenciei tão grande ações deste lado da vida, desde que aqui<br />
cheguei. A natureza parecia estar satisfeita com o saneamento do ambiente astral e do lado