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aguardava.<br />
Abraçou-me o companheiro espiritual e saímos alegres para a tarefa que nos<br />
APONTAMENTOS<br />
Aproveitando o tempo que se fizera mais propicio, alarguei a minha habitual<br />
curiosidade e propus ao companheiro espiritual que me orientasse em certas questões, a fim<br />
de que eu pudesse mais tarde transmitir esses conhecimentos aos encarnados. Ele não fez de<br />
rogado; então comecei o meu interrogatório:<br />
_ Quanto aos banhos e ervas de defumações utilizadas pelos umbandistas,<br />
haverá algum fundamento cientifico nisso tudo?<br />
_ Fundamento há meu amigo Ângelo, embora nem sempre as pessoas que<br />
se beneficiem desses recursos o saibam. Tomemos como exemplo os chamados banhos de<br />
descarrego, tão receitados por pretos velhos e caboclos. Você sabe muito bem do poder das<br />
ervas, de seu magnetismo próprio. Quando são utilizadas adequadamente, podem operar<br />
verdadeiros prodígios, gerando equilíbrio e harmonia. As plantas guardam nesse estado de<br />
evolução muita energia, muita vitalidade e os raios absorvidos do sol no processo de<br />
fotossíntese formam uma aura particular em cada família do reino vegetal, o que se associam<br />
ao próprio quimismo da planta. Quando colocadas em infusão, transmitem à água todo o seu<br />
potencial energizante, curador, reconstituinte. É o que se passa com os florais usados<br />
atualmente. Quando o adepto toma o banho com a mistura de ervas, todo o magnetismo que<br />
está ali associado provoca em alguns casos, um choque energético ou uma reconstituição das<br />
camadas mais externas de sua aura. Na verdade, isso não tem nenhuma relação com o<br />
misticismo; é cientifico. Sob a influencia abençoada das ervas, muitos benefícios tem sido<br />
alcançados por inúmeras pessoas.<br />
Irmãos nossos de outras confissões religiosas, mesmo os espíritas, julgam<br />
que tais providências são um absurdo e recusam qualquer receituário que venha com tais<br />
indicações. Estão até indo contra os métodos empregados pelo mestre Allan Kardec, pois<br />
recusam-se a pesquisar, questionar, certificar-se cientificamente dos efeitos benéficos desses<br />
recursos da natureza. A própria essência do Espiritismo é a pesquisa, a comprovação dos<br />
fatos. Mas recusam-se a pesquisar, a comprovar e muitos reputam como misticismo algumas<br />
praticas. Felizmente na atualidade, muitos cientistas tem levado a sua contribuição com a<br />
descoberta dos florais, que obedecem ao mesmo principio terapêutico dos nossos chás e<br />
banhos de ervas.