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Texto – São Paulo 2028<br />

‣ O texto tem título?<br />

São Paulo 2028.<br />

‣ O texto tem assinatura?<br />

Silvio Caccia Bava.<br />

‣ Quais Referencias?<br />

Revista Le Monde Diplomatique Brasil. Janeiro 2019.<br />

‣ Que texto é esse?<br />

Texto critico futurista, narrando situações inexistentes e<br />

desejáveis.<br />

‣ Qual o propósito comunicativo?<br />

Além de criticar, mostrar aos leitores uma qualidade de vida<br />

possível, existente em alguns lugares no mundo, apesar de ter<br />

falado apenas de um lugar chamado La Joya. O autor até narra<br />

programas de governo que uma vez bem gerenciado pode dar<br />

certo.<br />

‣ Qual a crítica do texto?<br />

Falha na gestão dos programas de governos para benefícios da<br />

população.<br />

‣ O editorial está defendendo um ponto de vista, qual?<br />

Qualidade de vida da população.


Análise do texto<br />

Parágrafo 1<br />

A redução da desigualdade social e a violência trouxe bem-estar a população.<br />

Parágrafo 2<br />

Redução da criminalidade após legalização das drogas. O desemprego já não existe e<br />

o salário mínimo atende as necessidades da população.<br />

Parágrafo 3<br />

Reestruturação da educação.<br />

Parágrafo 4<br />

A saúde pública e seus sistemas funcionam.<br />

Parágrafo 5<br />

A sociedade participa nas decisões da cidade.<br />

Parágrafo 6<br />

Transporte público com qualidade.<br />

Parágrafo 7<br />

Cidade totalmente saneada. Não há favelas. Existe lazer para a população e<br />

conscientização sobre o uso da água. A cidade tornasse sustentável.<br />

Parágrafo 8<br />

Existe atividades culturais, conservação dos espaços públicos e cursos<br />

profissionalizantes.<br />

Parágrafo 9<br />

Utilização de espaços públicos em benefício da população.<br />

Parágrafo 10<br />

Espaços públicos voltado a dança e músicas afim do lazer da população.<br />

Parágrafo 11<br />

Respeito a diversidade cultural e de gênero.<br />

Parágrafo 12<br />

Desejo de morar em São Paulo.


Texto – Rockstar Games<br />

‣ O texto tem título?<br />

Por dentro da Rockstar Games<br />

‣ O texto tem assinatura?<br />

Dominique Pinsolle<br />

‣ Quais Referencias?<br />

Dominique Pinsolle<br />

‣ Que texto é esse?<br />

Editorial, texto critico que narra e descreve sobre a Rockstar<br />

games como fabricante de jogos, sua evolução e relação dos<br />

seus trabalhadores.<br />

‣ Qual o propósito comunicativo?<br />

Além de relatar um acontecimento sobre a fabricante de<br />

videogames, mostrar aos leitores uma qualidade de vida de um<br />

trabalhador da área e como uma das maiores empreses do<br />

ramo lida com isso. Exploração do trabalhador.<br />

‣ Qual a crítica do texto?<br />

Que uma empresa de videogames visa apenas a qualidade do<br />

jogo e sua rentabilidade e esquece a qualidade de vida do<br />

trabalhador como seu maior colaborador, com mais de 100<br />

horas semanais.<br />

‣ O editorial está defendendo um ponto de vista, qual?<br />

Qualidade no trabalho de um desenvolvedor de jogos.


Análise do texto<br />

Inicialmente o editorial mostra que há dois lados da fabricante de videogames, Rockstar<br />

Games.<br />

O título “Por dentro da Rockstar” indica que existe muito mais do ela apresenta ou como é<br />

conhecida.<br />

O texto é divido em dois blocos. O primeiro bloco contem 6 parágrafos e o segundo contem 2.<br />

Bloco 1:<br />

Parágrafo 1<br />

No primeiro parágrafo relata a origem e a evolução da fabricante Rockstar Games. Além de<br />

descrever o seu maior sucesso, GTA, famoso por sua dinâmica e como é feito, inspirado na vida<br />

real, ele atinge um grande público, mesmo com críticas negativas por incentivar a violência.<br />

Parágrafo 2<br />

Fala sobre a existência de um forte público, maior de idade, e da rentabilidade do GTA.<br />

Parágrafo 3<br />

O terceiro parágrafo enaltece a versão de 2008, o GTA IV, por sua criatividade, contexto do jogo<br />

e realidade. Já sua versão de 2013, recebe comentário negativos por não ter superado as<br />

expectativas do jogo anterior, a nova versão é reconhecida como subversivo, com um espirito<br />

punk. Gerando uma nova fama para a fabricante.<br />

No mesmo parágrafo introduz o novo jogo, Red Dead Redemptin, da Rockstar Games, porem<br />

como uma paródia ao GTA, seguindo o mesmo modelo, com características anarquistas. E fala<br />

que a sociedade norte-americana gosta dos jogos por possuir uma violência incontida.<br />

Parágrafo 4<br />

Relata a expansão do jogo e como foi rentável para a fabricante.<br />

Parágrafo 5<br />

Onde começa o segundo ponto do editorial, a relação da Rockstar com seus funcionários.<br />

Parágrafo 6<br />

O sexto parágrafo relata a desvalorização do trabalhador da Rockstar Games, como a falta de<br />

pagamento das horas extras para seus colaboradores. Além de dizer que a fabricante visa<br />

apenas o lucro e nega as acusações.<br />

BLOCO 2:<br />

Parágrafo 1<br />

O primeiro parágrafo do segundo bloco é acompanhado do título ‘’semanas de 72 horas’’, que faz<br />

referência com a jornada de trabalho de um funcionário da Rockstar Games.<br />

Inicia-se com dados da organização norte américa que procura melhorar as condições de<br />

trabalho na indústria de games e que a maioria de seus funcionários são jovens sem filhos, além<br />

de dizer que há uma pressão para entrega de resultados na empresa entre seus colaboradores.<br />

Parágrafo 2<br />

O segundo parágrafo do bloco 2, relata o comentário ríspido de um ex-presidente da Rockstar<br />

Games sobre as condições de trabalho, mostrando que o que realmente importa é a qualidade do<br />

jogo e consequentemente o seu retorno de capital.


Texto – ÍNDIOS (Renato Russo)<br />

‣ O texto tem título?<br />

Índios.<br />

‣ O texto tem assinatura?<br />

Renato Russo.<br />

‣ Quais Referencias?<br />

Coleção Legião Urbana: Dois / Abril Coleções. São Paulo:<br />

Abril, 2011. 48p.<br />

‣ Que texto é esse?<br />

Uma canção retratando interesses econômicos, religiosos e<br />

sociais.<br />

‣ Qual o propósito comunicativo?<br />

Proporcionar uma análise nos relacionamentos entre as<br />

pessoas onde muitos de forma ingênua são prejudicados,<br />

dessa forma, o autor faz comparação histórica com<br />

interesses econômicos, religiosos e sociais nos primeiros<br />

anos do “descobrimento” do Brasil.<br />

‣ Qual a crítica do texto?<br />

Ambição aplicada a inocência indígena associada a<br />

ingenuidade do ser.


Análise do texto e/ou canção<br />

Estrofe 1<br />

Interesse econômico observando a ingenuidade.<br />

Estrofe 2<br />

Inocência e ingenuidade confiando nas pessoas enquanto ele era enganado.<br />

Estrofe 3<br />

O tempo de hoje ou futuro não é mais como antigamente. Depois que os europeus<br />

chegaram ao brasil tudo mudou.<br />

Estrofe 4<br />

Ambição. O que tem nunca é o bastante, assim como foi na época do “descobrimento do<br />

brasil”.<br />

Estrofe 5<br />

Priorizar o mais importante (saúde, educação), ao invés da troca de “espelhos” por<br />

interesses.<br />

Estrofe 6<br />

A difícil compreensão para os índios de um Deus triuno e que foi morto por nós. Antes<br />

toda a divindade era concentrada nas formas da natureza.<br />

Estrofe 7<br />

Problema pessoal do autor onde tentou suicídio e depois refletiu que Deus sempre<br />

esteve com ele do início ao fim.<br />

Estrofe 8<br />

Ironia de acreditar que o mundo é perfeito retomando a ideia da cultura indígena antes<br />

do “descobrimento’ do brasil.<br />

Estrofe 9<br />

Retoma a existência de um Deus que está presente em tudo e ninguém agradece.<br />

Estrofe 10<br />

Os índios atacados e escravizados por serem ingênuos.<br />

Estrofe 11<br />

Problema pessoal do autor onde tentou suicídio e depois refletiu que Deus sempre<br />

esteve com ele do início ao fim.<br />

Estrofe 12<br />

Novamente o autor mostra o interesse econômico dos europeus na troca de espelhos<br />

por bens valiosos dos índios. O autor fica entre o lamentar e o se conformar quando diz<br />

“Tentei chorar e não consegui”.


Texto – Rockfilosofia<br />

‣ O texto tem título?<br />

Rockfilosofia.<br />

‣ O texto tem assinatura?<br />

Marcia Tiburi.<br />

‣ Quais Referencias?<br />

Publicado em 19/03/2012.<br />

‣ Que texto é esse?<br />

Texto colunista com comentários voltado a observar a<br />

filosofia dentro do gênero musical rock.<br />

‣ Qual o propósito comunicativo?<br />

Mostrar a importância da relação do rock com a filosofia,<br />

estilo de vida e de pensamento radical.<br />

‣ Qual a crítica do texto?<br />

Na verdade, há proposta e pensar no rock como estilo de<br />

vida seja no pensar ou no vestir, afetando o sentido de<br />

mundo.


Análise do texto<br />

BLOCO 1<br />

Parágrafo 1<br />

A importância de refletir sobre o rock no aspecto filosófico.<br />

Parágrafo 2<br />

O rock é uma transformação cultural tão quanto a psicanálise e o feminismo.<br />

Parágrafo 3<br />

O rock propõe filosoficamente um método de pensamento, ação e expressão<br />

de forma a termos sensação de liberdade.<br />

BLOCO 2<br />

Parágrafo 4<br />

Exposição de uma visão platônica no aspecto do cuidado com o que os<br />

jovens ouvem.<br />

Parágrafo 5<br />

Modos musicais que alteram o sentimento e o comportamento dos jovens.<br />

Parágrafo 6<br />

O rock é uma emoção contagiante e eletrizante.<br />

Parágrafo 7<br />

Rock como novo estilo de ser estético contra os padrões autoritaristas.<br />

Parágrafo 8<br />

O grito do rock necessariamente não é feio.<br />

Parágrafo 9<br />

O rock é um grito que vai além da poesia, da voz humana, ele é a guitarra<br />

elétrica que quebra processos históricos e autoritaristas.<br />

Parágrafo 10<br />

O grito do rock que irrita, afronta e nos salva.<br />

Parágrafo 11<br />

O grito do rock nos salva, é uma descarga de dores. O rock é o inconsciente<br />

musical.


Os dois textos têm uma relação bem próxima. No texto<br />

de Marcia Tiburi, ela enaltece o gênero musical rock, suas<br />

letras e performances de forma a observar filosoficamente<br />

e consequentemente ontologicamente (implica no estudo<br />

do comportamento do ser humano por si mesmo, o<br />

conhecimento do seu íntimo e da razão de sua existência).<br />

As expressões e os gritos podem retratar as<br />

inconformidades políticas, econômicas, religiosas e sociais.<br />

Na canção Índios do autor Renato Russo, podemos ver<br />

parte do que a colunista relatou, onde o Renato relaciona a<br />

revolta, o seu grito em seu momento de dor, com o período<br />

de “descoberta do brasil”. Essa revolta que foi muito<br />

elevada em Renato de forma a externar em suas palavras<br />

e canções, apesar das grandes perseguições que os<br />

artistas passavam nesse período. Hoje não se vê com<br />

tamanha força ou frequência, a ousadia nas palavras afim<br />

de gritarmos contra as opressões políticas e outras.


COMPLEXO DE VIRA<br />

LATAS<br />

Texto – Complexo de vira-latas<br />

‣ O texto tem título?<br />

Complexo de vira-latas.<br />

‣ O texto tem assinatura?<br />

Nelson Rodrigues.<br />

‣ Quais Referencias?<br />

À sombra das chuteiras imortais. São Paulo: CIA das<br />

Letras, 1993. P.51-52.<br />

‣ Que texto é esse?<br />

Texto colunista.<br />

‣ Qual o propósito comunicativo?<br />

Mostrar que o brasileiro é capaz de superar suas<br />

dificuldades, vencer e conquistar seus objetivos, apesar<br />

dele mesmo desacreditar de sua capacidade. O brasileiro<br />

precisa de convencer de que não precisar viver um<br />

“viralatismo”.<br />

‣ Qual a crítica do texto?<br />

O brasileiro se coloca inferior ao resto do mundo, apesar<br />

de tantas qualidades que tem.


COMPLEXO DE VIRA<br />

LATAS<br />

Análise do texto<br />

Informação contextual<br />

Informa que o texto foi editado na revista Manchete esportiva, e<br />

republicado em À sombra das chuteiras imortais no modelo de crônica.<br />

Parágrafo 1<br />

A seleção brasileira partiu para o jogo e os brasileiros ficam entre o<br />

pessimismo e a esperança de ganhar o jogo e se classificar.<br />

Parágrafo 2<br />

A derrota frente ao Uruguai traz um sentimento de derrota que marcou os<br />

brasileiros por muito tempo.<br />

Parágrafo 3<br />

Desacreditar da seleção atual tem relação com a frustração da derrota<br />

sofrida frente ao Uruguai. Existe o medo diante de uma possível desilusão,<br />

mas também a fé ao acreditar na seleção sendo campeã na Suécia.<br />

Parágrafo 4<br />

Apesar de entender racionalmente que a seleção não tem possibilidades<br />

concretas, o autor é levado pela emoção de torcer e o patriotismo fervoroso,<br />

acreditando na vitótia.<br />

Parágrafo 5<br />

Quando o jogador brasileiro se desprende da timidez, se torna único no<br />

mundo em improviso e invenção, porém o sentimento de “complexo de viralatas”<br />

atrapalha.<br />

Parágrafo 6<br />

O “complexo de vira-latas” ou “Vira-latismo” é o complexo de inferioridade<br />

que o brasileiro se coloca em tudo no mundo, inclusive no futebol.<br />

Parágrafo 7<br />

O problema do brasileiro não está ligado ao futebol, ele precisa acreditar no<br />

seu potencial.


Texto – Extrativismo Digital<br />

Cena Enunciativa:<br />

O texto está contido na página 6, dedicada a política, da Revista Quatro<br />

Cinco Um, do mês de Abril, de 2019.<br />

‣ O texto tem título?<br />

Extrativismo Digital<br />

‣ O texto tem assinatura?<br />

Rafael Zanatta<br />

‣ Gênero textual:<br />

Resenha.<br />

Os leitores da Revista e dessa resenha, podem ser considerados como os<br />

coenunciadores desse texto.<br />

Na resenha, Rafael Zanatta fala de Evgeny Morozov. Bielorrusso que ataca<br />

os gigantes do Vale do Silício. Sustentando que as novas regras Europeias,<br />

de regulamentação das Big Techs, não deterão seu poderio antidemocrático.<br />

A resenha destaca de uma forma geral, os pensamentos e as críticas de<br />

Evgeny Morozov ao “extrativismo” dos dados e das ferramentas do mundo<br />

digital e da internet, pelas gigantes da tecnologia mundial. Comparando a<br />

forma como está sendo extraída, com o petróleo.<br />

‣ Proposito comunicativo do texto: Mostrar como esse extrativismo dos<br />

dados acontece, e a sua relação com a economia política, muito<br />

destacada no seu livro “Big Tech”.<br />

O texto pode ser dividido em três blocos:<br />

BLOCO 1: Do início da resenha, até o começo do primeiro subtítulo,<br />

denominado de Economia Política. Este bloco possui 9 parágrafos.<br />

BLOCO 2: Do início do subtítulo denominado de Economia Política, até o<br />

começo do segundo subtítulo, denominado de Dados e Petróleo. Este bloco<br />

possui 3 parágrafos.<br />

BLOCO 3: Do início do subtítulo Dados e Petróleo, até o final da resenha.<br />

Este bloco possui 4 parágrafos.


Análise do texto<br />

BLOCO 1:<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

1° Parágrafo: Destaca quem é Evgeny Morozov; E a sua atuação nos campos<br />

da economia politica, da comunicação e da governança da internet, nos últimos<br />

10 anos.<br />

2° Parágrafo: Destaca as críticas de Evgeny Morozov ao “solucionismo<br />

tecnológico” e a liberdade da internet, diagnosticado por pensadores como<br />

Manuel Castells e Lawrence Lessig; As críticas de Morozov, são feitas através<br />

de obras literárias até consideradas céticas, publicadas durante a euforia das<br />

tecnologias da informação na Primavera Árabe, e nos movimentos, como o<br />

Occupy, em Wall Street.<br />

3° Parágrafo: Destaca o Google e o Facebook como promotores inconstantes<br />

do acesso ao conhecimento; E as críticas profundas de Morozov, a estrutura do<br />

debate sobre a internet e o otimismo exacerbado em torno de uma tecnologia<br />

propícia de controle.<br />

4° Parágrafo: As analises críticas de Morozov, antes vistas como radicais, hoje<br />

soam como razoáveis; E o reconhecimento a Morozov e a sua obra “Big Tech”,<br />

por reorientar nos últimos anos, as discussões sobre a interface, entre a<br />

sociedade e a tecnologia.<br />

5° Parágrafo: Morozov é um importante intelectual bielorrusso.<br />

6° Parágrafo: O livro “Big Tech” de Morozov é diferente dos publicados pelo<br />

mesmo, anteriormente no passado; A coletânea possui um total de 10 textos de<br />

intervenção, publicados em veículos internacionais.<br />

7° Parágrafo: Os “textos de intervenção” são pelo fato de Morozov ser um<br />

mestre na arte de causar fissuras em narrativas dominantes; Os textos de<br />

Morozov são publicados importantes veículos de formação de opinião, feitos<br />

para provocar fortes reações e incômodos ao leitor; Os textos possuem duas<br />

características das quais podemos destacar, que são os títulos e as frases de<br />

impacto, das quais atacam as vísceras das empresas de tecnologia.<br />

8° Parágrafo: Morozov não tem um inimigo intelectual, mas sim se opõe ao<br />

conjunto de narrativas corporativas produzidas pelo Vale do Silício; Empresas<br />

como Google, Uber e Airbnd gastam bilhões na produção de discursos de<br />

formatação da opinião pública, enquanto Morozov parece se arrogar em uma<br />

posição contralobista, em um esforço de desconstrução das narrativas<br />

produzidas na Califórnia.


9° Parágrafo: Os dos ataques de Morozov com a obra “Big Tech” estão no “solucionismo”.<br />

Um conjunto de crenças disseminadas sobre o papel transformador das tecnologias, as<br />

eficiências a serem atingidas pela regulamentação algorítmica e o progresso gerado pela<br />

constante disrupção de aplicativos e soluções de conectividade.<br />

BLOCO 2 (Economia Política)<br />

1° Parágrafo: Uma tônica dos textos de Morozov, é a necessidade de discutirmos as<br />

tecnologias atuais como consequências de fenômenos estruturas mais profundos,<br />

especialmente a intersecção entre política, finanças e direito;<br />

2° Parágrafo: Como autor bielorrusso, vindo de um país considerado periférico na<br />

geopolítica global, Morozov tem como referências intelectuais pensadores de economia<br />

política periféricos, como o economista indiano Sanjay Reddy e o teórico social brasileiro<br />

Roberto Mangabeira Unger. Estes autores são mobilizados a criticar a “Epistemologia do<br />

Vale do Silício” e a pobreza de arranjos institucionais alternativos para se pensar o futuro<br />

da “Economia do conhecimento”; Morozov julga excessivamente tecnocrata e ultrapassado,<br />

a opção da União Europeia por uma orientação “exclusivamente jurídica”. O projeto<br />

europeu de regulamentação das Big Techs por meio do Regulamento Geral de Proteção de<br />

Dados Pessoais e de instrumentos do direito concorrencial é tímido e insuficiente.<br />

3° Parágrafo: Morozov defende um projeto ambicioso de rediscussão a natureza coletiva<br />

da propriedade dos dados, afastando qualquer tendência de mercantilização dos dados<br />

pessoais e a adoção as soluções de mercado; O livro “Big Tech” aponta a centralidade da<br />

economia política, como lente teórica para sua discussão.<br />

Bloco 3 (Dados e Petróleo)<br />

1° Parágrafo: A centralidade da economia política do livro “Big Tech” conecta-se com o<br />

“modelo de capitalismo dadocêntrico” adotado pelo Vale do Silício, que, segundo Morozov,<br />

“busca converter todos os aspectos da existência cotidiana em ativo rentável”; É a logica<br />

do Google, tão bem adaptada por chinesa como Baidu e Alibaba.<br />

2° Parágrafo: Morozov conceitua os dados pessoais como “um resíduo digital das<br />

inúmeras redes e relações sociais, econômicas e culturas que se entrecruzam em nossas<br />

vidas”. Fazendo um paralelo com os setores extrativistas de recursos naturais, como o<br />

petróleo, Morozov coloca no centro da discussão o modo de produção dessa economia,<br />

que ele chama de “extrativismo de dados”<br />

3° Parágrafo: Apesar de a frase “os dados são o novo petróleo” ser um chavão franco em<br />

termos conceituais, Morozov acha o modismo útil para debatermos a matriz extrativista<br />

desse modo de produção, em especial a forma como as grandes empresas de tecnologia<br />

“continuam escavando a nossa psique tal como as empresas de petróleo escavam o solo”;<br />

Coloca-se em pauta, enfim, a reinvenção de um ambientalismo digital.<br />

4° Parágrafo: Morozov propõe um exercício intelectual semelhante à “heurística do medo”<br />

proposta na década de 1970 pelo filósofo Hans Jonas. É preciso pensar no que de pior<br />

pode acontecer; Existe uma tendência a sermos tragados por um “espetáculo individualista<br />

e favorável ao consumidor”. Morozov busca a retomada da “noção de política como<br />

empreendimento comunitário” como boia de salvação.

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