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As chuteiras de lona As chuteiras de lona desta historia nada tem com aquelas denominadas “Chuteiras de Ouro” que se premiam os melhores futebolistas do mundo, nos finais dos campeonatos de cada ano, em solenidades de divulgação mundial. Nesta, acontecida por aqui, o protagonista e o Luiz Gonzaga Colli Beguini, ou Zaga, como ele era mais conhecido. Infelizmente o Zaga morreu precocemente vítima de um câncer, era guerreiro em tudo o que fazia, lutou muito para superar o mal que lhe acometeu, foi vencido em sua última batalha, mas não derrotado. Conhecido por todos de Serra Negra e região, por ser futebolista carismático, simpático e tantas outras qualidades pessoais, gozava de um grande círculo de amizades, dentre as quais uma era especial, sua amizade com o Neu Menegati. O Neu era empresário no ramo da fabricação de sandálias, e tinha como clientes a conhecida “Casa Baby” de Campinas, onde desenvolveu um bom relacionamento com o gerente de compras daquele estabelecimento, a ponto de nascer uma amizade sincera entre os dois. Na época a marca “Gaeta Stadiun” era fabricante de material esportivo, especialmente de chuteiras, e estes tinham desenvolvido e estavam lançando um novo modelo, chuteiras confeccionadas em lona e sem similar, a qual o Neu logo pensou: porque não dar um par daquelas chuteiras de presente ao seu amigo Zaga e assim o fez. E o Zaga todo contente com o presente recebido do amigo, estava ansioso na realização de um evento futebolístico, onde pudesse estrear sua inédita chuteira de lona; eram umas chuteiras com leveza de plumas, não deviam pesar mais que cem Por Balo Angeli gramas, eram de uma delicadeza extrema, dando a impressão que seriam mais adequadas para um bailarino numa turnê de balé que para uma partida de futebol. E o dia do evento tão esperado pelo Zaga finalmente chegou, então ele poderia estrear suas badaladas chuteiras. Nas sextas feiras daquele tempo, funcionários do Fórum local e convidados, realizavam alguma coisa chamada de racha, pelada, rachão ou treino amistoso no gramado do estádio municipal, e neste ambiente, o Zaga estrearia suas chuteiras; ela foi apresentada aos 22 jogadores e o José Oscar Gallo era um deles. Quem comandava tudo era o promotor Dr. Santoro, democrático, nada autoritário, escalava os dois times, jogava, apitava ao mesmo tempo, e as regras eram as dele, marcava e expulsava quem queria e mais etc. etc.... E foi nesta feliz tarde que o trágico ocorreu. Por ser cômico e até hilário, o Zaga com suas chuteiras novas, que pareciam sapatilhas de um bailarino pela sua leveza, chegava até a flutuar. Mas na primeira bola dividida, o destino põe em sua frente o José Oscar Gallo, ou simplesmente o Gallo, pés 44, joanetes protuberantes, dedos remontados, esporão, olho de peixe e um enorme calo no dedo mindinho. Suas chuteiras de pregos expostos, mais pareciam tanques de guerra com suas lagartas metálicas sedentas prontas para estraçalharem tudo o que aparecesse em sua frente E deu no que deu, a chuteira de lona do Zaga foi esmigalhada pela chuteira do Gallo. Para quem vai achar que esta historia tem alguma coisa em comum com o tesouro perdido dos templários do filme com o ator Nícolas Cage, digo que não, o tesouro perdido desta historia foi perdido aqui mesmo, e este, diferente do tesouro do filme que foi encontrado e deixou seus descobridores ricos, nunca será encontrado, pois acredito que este foi perdido para sempre, assim como perdemos quase tudo que representa nossa historia e nossas tradições. Como é sabido, em Serra Negra poucos dão importância para a preservação de nossa história, pois o nosso museu parece museu itinerante, foi fundado e instalado no casarão da antiga Fazenda Nhana Pires, depois foi desativado e teve o seu acervo recolhido numa sala do Centro de Convenções, foi remontado no Mercado Cultural e ali ficou por algum tempo, dali, lugar de onde nunca deveria ter saído, foi transferido para um prédio, localizado no lugar conhecido como Casco de Ouro, de onde está novamente de mudança e desta vez,virá para o Palácio Primavera, atual sede da Diretoria Municipal de Cultura. E os nossos tesouros arquitetônicos, estes foram apagados um a um, sendo que o poder publico teve culpa em boa parte deste apagão, pois foram eles quem mandaram derrubar a antiga estação ferroviária, o casarão da Nhana Pires, o histórico prédio da prefeitura e outros monumentos. Bem, agora que já sabemos o que acontece em nossa cidade quando o assunto é O tesouro perdido Por Nestor Souza Leme historia,vamos para o esclarecimento sobre o assunto do titulo acima que teve início no ano de 1910, quando devotos de São Benedito começaram a erigir uma igreja para abrigar uma imagem do Santo, nos altos da Av. Santos Pinto. E desde o projeto ficou decidido que no prédio deveria existir uma sala separada, onde aqueles que recebessem graças e milagres de São Benedito e Santa Efigênia, teriam um lugar para expressarem sua gratidão; e assim foi feito. Do lado esquerdo da igreja existiu uma sala onde por décadas, devotos destes Santos deixaram ex-votos, fotografias, cartas de agradecimento e outras coisas que pudessem mostrar os milagres recebidos. E estas relíquias, ficaram lá por décadas, sendo que as portas daquela sala só eram abertas no dia da festa dos Santos, para que todos as pudessem ver. E onde foi parar tudo aquilo? O que sabemos é que, em uma das reformas que aquela igreja recebeu, as paredes que separavam a sala dos milagres da igreja foram derrubadas e ali, surgiu uma capela. Daí perguntamos que fim tiveram as relíquias da Sala dos Milagres da Igreja de São Benedito. Será que foram guardadas em algum lugar? Se foram, deveriam ir para o Museu Municipal. Mas com tristeza, eu afirmo que tudo aquilo pode ser considerado como mais um tesouro perdido da nossa historia. Que maravilha se eu estivesse errado!! Dengue - Zika Vírus e Chikungunya - Não espere acontecer com você!! Algumas precauções podem evitar a proliferação deles SÓ VOCÊ PODE Jornal VOCÊ CIDADE DIRETORA - Fernanda Dalla Rosa Bueno JORNALISTA RESPONSÁVEL Fábio José Bueno - MTB n. 0080.978 - SP CIRCULAÇÃO - Mensal PUBLICIDADE - Fábio (19) 9.9686.1420 - e-mail: vocecidadesn@gmail.com TIRAGEM - 2.000 Exemplares “O homem fiel será cumulado de bênçãos.” Provérbios (28.20) Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores; as opiniões de cada um não implicará com as do Jornal Você Cidade
O Futsal em Serra Negra Por Nestor Souza Leme Foi o início do ano letivo de 1958 que o amparense Juarez Monteiro surgiu aqui em Serra Negra para lecionar matemática no antigo Ginásio Estadual da Estância de Serra Negra. E o recém chegado, além de seus conhecimentos na matéria que lecionava, também trouxe uma novidade, o futebol de salão, único esporte inventado no Brasil e já era praticado na cidade vizinha. E o professor Juarez, logo conseguiu que as autoridades adaptassem a quadra do ginásio para a prática daquele esporte, que necessitava de tabelas para impedirem a saída das bola pelas laterais. Tão logo as modificações ficaram prontas, o professor levou a moçada para a quadra, e com uma bola comprada com seu próprio dinheiro, ensinou as regras do novo esporte e deu início aos treinos. A novidade não demorou em se espalhar entre os desportistas locais que logo organizaram o primeiro campeonato de futsal, que contou com a participação de várias equipes serranas. Portuguesa A.C., Gelca, Jabaquara, Comercial, Escola de Comércio, Serra Negra E.C.etc. E a maior novidade para prática daquele esporte era o peso da bola, estas eram pesadas, pois eram cheias de crinas e quando algum atleta recebia uma bolada, era como se recebesse um soco com luvas de boxe, indo quase a nocaute, como aconteceu com o goleiro Bariri do Serra Negra E.C., que nas disputas de pênaltis, do Torneio Início, foi atingido no rosto por um petardo desferido por um dos cobradores e levou alguns minutos para saber o que tinha acontecido. O Comercial, time formado por frequentadores do Café do Barulho, venceu aquele campeonato, derrotando a equipe do Gelca no jogo final com centenas de assistentes, lotando os barracos da antiga quadra do Ginásio. Depois disto, o futebol de salão pegou firme entre os futebolistas locais, com organização de dezenas de campeonatos. Hoje, devido à instalação de quadras de grama sintética para prática do futebol soçaite, o futsal está quase que esquecido pela moçada, assim como foi esquecido completamente o professor Juarez Monteiro, introdutor do Futebol de Salão em nossa cidade. A este, as honras merecidas do nosso jornal, pelo seu feito!! FONE:(19) 3892-1544 / 99909.1544 Rua José Bonifácio, 212 - Centro Serra Negra/SP
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