Revista Ruminates Sheep Auto Drafter
Entrevista a Rui Lynce, responsável da Herdade Couto dos Carvalhos, em Idanha-a-Nova, à Revista Ruminantes. Desde 2016, tem vindo a aumentar a rentabilidade da sua exploração com um efetivo aproximado a 3000 cabeças graças à manga separadora de ovinos da Gallagher que adquiriu à Agrovete – Sheep Auto Drafter.
Entrevista a Rui Lynce, responsável da Herdade Couto dos Carvalhos, em Idanha-a-Nova, à Revista Ruminantes.
Desde 2016, tem vindo a aumentar a rentabilidade da sua exploração com um efetivo aproximado a 3000 cabeças graças à manga separadora de ovinos da Gallagher que adquiriu à Agrovete – Sheep Auto Drafter.
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PRODUÇÃO<br />
A TECNOLOGIA NA EXPLORAÇÃO<br />
Uma manga de maneio, um programa de gestão desenhado à medida,<br />
e a identificação eletrónica dos animais, são as ferramentas tecnológicas<br />
que Rui Lynce não dispensa para o ajudar na gestão.<br />
“As minhas raízes estão na produção de<br />
equinos onde se trabalha em pequena<br />
escala, com 30, 40 animais. Quando tenho<br />
um desafio com 3000 animais, preciso<br />
de tecnologia para saber o que se está<br />
a passar. Permite-me reduzir custos e<br />
mão-de-obra, e também a probabilidade<br />
de existirem erros, já que se bem<br />
programadas as máquinas não erram.”<br />
Foi este desafio que levou Rui Lynce<br />
a decidir pela aquisição duma manga<br />
Gallagher à Agrovete: “Para as pesagens,<br />
ou quando preciso de fazer uma<br />
intervenção para separar os animais em<br />
grupos com diferentes critérios: parir,<br />
vacinar, com resultados negativos na<br />
ecografia… esta tecnologia permite-me<br />
um milhão de opções. Na prática, ajudame<br />
a saber os animais que parem e os<br />
que não parem, os que parem e o animal<br />
se vende, ou os animais cujos filhos<br />
aproveitamos para recria.<br />
Por exemplo, eu aqui quero aumentar<br />
o número de animais por parto. No<br />
cruzamento industrial, o objetivo é ter<br />
dois borregos por ovelha sem aumentar<br />
os custos com alimentação e mão-deobra.<br />
Estes cruzamentos que fazemos<br />
têm muita rusticidade de Merino e a<br />
parir a dois facilmente afilham os dois<br />
filhos. No nosso sistema, as ovelhas<br />
parem, são postas num parque e ficam<br />
um dia em vigilância; depois passam<br />
para um parque onde estão três dias<br />
para ver se desafilham ou não, e depois<br />
juntam-se ao grupo. Faço grupos de<br />
parições de 15 dias. Isto permite-me<br />
reduzir mão-de-obra a separar os<br />
borregos para os grupos de venda. Temos<br />
brincos com cores consoante os grupos,<br />
em que cada animal tem um número<br />
que permite através do software associar<br />
o borrego à mãe. Por vezes, há algum<br />
borrego que não atingiu o tamanho<br />
necessário e aí passamo-lo para outro<br />
grupo. Mas só de olhar para ele, pelo<br />
brinco, já sabemos que vem de um grupo<br />
anterior.<br />
Quais as principais características<br />
deste equipamento?<br />
É uma manga que permite a presença<br />
de apenas um operador desde que os<br />
animais já estejam habituados pelo<br />
maneio. Esta manga tem também um<br />
comando à distância que facilita bastante<br />
e reduz o stress dos animais e a mão-deobra.<br />
Sou fã da marca, acho que tem uma<br />
enorme qualidade e resistência: já vi<br />
vídeos onde se vêem carros a passar por<br />
cima destes equipamentos, em que os<br />
12 ruminantes julho . agosto . setembro 2019