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Revista Ruminates Sheep Auto Drafter

Entrevista a Rui Lynce, responsável da Herdade Couto dos Carvalhos, em Idanha-a-Nova, à Revista Ruminantes. Desde 2016, tem vindo a aumentar a rentabilidade da sua exploração com um efetivo aproximado a 3000 cabeças graças à manga separadora de ovinos da Gallagher que adquiriu à Agrovete – Sheep Auto Drafter.

Entrevista a Rui Lynce, responsável da Herdade Couto dos Carvalhos, em Idanha-a-Nova, à Revista Ruminantes.
Desde 2016, tem vindo a aumentar a rentabilidade da sua exploração com um efetivo aproximado a 3000 cabeças graças à manga separadora de ovinos da Gallagher que adquiriu à Agrovete – Sheep Auto Drafter.

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ANO 9 - Nº 34 - 5,00€<br />

JULHO | AGOSTO | SETEMBRO 2019 (TRIMESTRAL)<br />

WWW.REVISTA-RUMINANTES.COM<br />

A REVISTA DA AGROPECUÁRIA<br />

Produzir ovinos<br />

de carne<br />

com tecnologia<br />

Entrevista a Rui Lynce<br />

BETERRABA FORRAGEIRA ORDENHA GIRATÓRIA SINCRONIZAÇÃO DA OVULAÇÃO<br />

Como utilizar na alimentação animal<br />

Uma solução em ovinos de leite<br />

Para aumentar a eficiência reprodutiva<br />

1 capa.indd 1 08/07/2019 17:29


PRODUÇÃO<br />

ENTREVISTA A RUI LYNCE<br />

PRODUZIR COM TECNOLOGIA<br />

Na Herdade Couto dos Carvalhos, em Idanha-a-Nova, visitámos uma exploração de ovinos<br />

para carne com cerca de 2700 animais, entre cruzamentos industriais e animais das raças Merino<br />

Alemão e Suffolk. Rui Lynce, gestor do negócio, mostrou-nos as ferramentas que utiliza<br />

para lhe facilitar o dia-a-dia e ter um conhecimento global da exploração.<br />

FOTOGRAFIAS RUMINANTES E MAFALDA PEREIRA<br />

Rui Lynce apresentou-se assim:<br />

"Sou agricultor, lavrador, gestor...<br />

Atualmente, 100% do meu trabalho<br />

é agricultura. Iniciei este projeto em<br />

Idanha-a-Nova após um desafio do meu<br />

sogro. No entanto, também venho de<br />

uma família de agricultores. O meu avô já<br />

era o maior produtor de arroz em Alcácer<br />

e quando na escola perguntavam o que<br />

gostava de ser quando fosse grande,<br />

respondia sempre “agricultor”. A minha<br />

formação esteve sempre mais ligada<br />

aos cavalos, mas devido a um problema<br />

na coluna tive que parar. Trabalhava<br />

muito com a parte reprodutiva do<br />

cavalo lusitano e acabei por adaptar<br />

esse trabalho a este desafio. Quando<br />

comecei aqui, não percebia de ovelhas.<br />

A primeira coisa que fiz foi ir para<br />

Espanha, com a Nanta, onde estive três<br />

dias a visitar as melhores e as piores<br />

explorações com diferentes abordagens<br />

ao nível do maneio, da genética e da<br />

alimentação. Depois, tentei aplicar<br />

o que tinha visto de mais positivo na<br />

exploração."<br />

necessidade de melhorar o rebanho, para<br />

ter reprodutores para mim. Entretanto,<br />

comecámos a ter excedente e atualmente<br />

vendemos também reprodutores, mas<br />

seleciono os animais que quero para<br />

nós de acordo com as características<br />

que pretendo. Temos atualmente 100<br />

ovelhas Merino Alemão e 10 Suffolk<br />

que pretendo aumentar rapidamente<br />

para 100. Depois temos os cruzamentos<br />

industriais para vender borregos. Claro<br />

que tudo isto é trabalhoso e exige muita<br />

dedicação! Temos problemas com mãode-obra<br />

com frequência, mas como a<br />

minha disponibilidade é inteiramente<br />

para isto, todos os dias, de manhã à<br />

noite,continua a funcionar bem.<br />

O que gosta mais de fazer na<br />

exploração?<br />

Gosto muito da parte reprodutiva<br />

e da genética. E gosto também da fase<br />

de acompanhar o crescimento dos<br />

animais.<br />

Como descreve o seu negócio?<br />

É uma exploração de ovinos como<br />

principal negócio, e temos também<br />

a produção de forragens como<br />

complemento. Dentro dos ovinos, temos<br />

duas áreas diferentes de atividade, a<br />

genética e o cruzamento industrial.<br />

A parte de genética, com as raças<br />

Merino Alemão e Suffolk, começou pela<br />

8 ruminantes julho . agosto . setembro 2019


Produzir com tecnologia<br />

O que é um dia típico para si, qual a<br />

sua primeira preocupação quando<br />

chega?<br />

Típico é vir à manga e passar as ovelhas<br />

no pedilúvio. Assim que chego vou logo<br />

ver os animais que estão aqui na parte<br />

reprodutiva e à parte dos borregos para<br />

ver se está tudo bem, se há animais<br />

doentes.<br />

Qual o seu desafio, agora, enquanto<br />

produtor?<br />

Produzir o mesmo número de animais<br />

ou mais, mas com menos custos. No<br />

fundo manter ou reduzir a despesa,<br />

mas com melhores resultados. Com o<br />

investimento na manga, por exemplo, já<br />

reduzi a mão-de-obra em duas pessoas.<br />

Tem muitos animais e poucos<br />

empregados, qual é o segredo para<br />

uma gestão controlada?<br />

A tecnologia facilita bastante, o software<br />

de gestão e o facto de termos a manga,<br />

para além do maneio que usamos, com<br />

muitos parques de diferentes dimensões.<br />

O contacto que temos diariamente com<br />

os animais também faz com que eles<br />

se tornem mais dóceis. Eu costumo<br />

dizer que os animais não são racionais,<br />

mas educam-se. Adicionalmente, a<br />

alimentação faz também diferença, um<br />

animal que chegue à manga bem nutrido<br />

irá ter um comportamento mais calmo.<br />

Os cães de rebanho também nos ajudam<br />

bastante no maneio; as ovelhas têm-lhes<br />

respeito mas não entram em stress, como<br />

por vezes se vê com o pastor; temos cães<br />

pastores border collie e temos também<br />

para guarda, cães Serra da Estrela que<br />

dormem com os rebanhos.<br />

Que investimento considera ter sido<br />

mais rentável para a exploração?<br />

O software e a manga aumentam muito a<br />

rentabilidade. Já trabalho com manga há<br />

6/7 anos e com programas de software.<br />

Quando apareceu a identificação<br />

eletrónica quis logo adquirir porque<br />

percebi que seria uma mais-valia.<br />

Os números não serem bons é um<br />

motivo para refugar um animal?<br />

Antigamente olhava para uma ovelha e<br />

dizia “esta ovelha é muito boa”, gostava<br />

muito dela por ser bonita. Atualmente,<br />

quando quero saber se a ovelha é boa,<br />

primeiro vou abrir o computador para<br />

ver os números. Já não me enganam por<br />

serem bonitas.<br />

DADOS DA<br />

EXPLORAÇÃO<br />

Localização Idanha-a-Nova<br />

Área total 1500 ha<br />

Área de regadio 600 ha<br />

Empregados 12<br />

Total de animais cc 2700<br />

Animais adultos 2600 F. reprod. e 60 M.<br />

Nº animais/empregado 850<br />

Nº borregos/ovelha 1,75<br />

Peso médio ao nascimento 3,8 kg<br />

Peso médio (6-7 semanas) 14 a 18 kg<br />

Peso ao desmame 30kg aos 90/100dias<br />

ruminantes julho . agosto . setembro 2019<br />

9


PRODUÇÃO<br />

desmamo por volta dos três meses e, além<br />

da feno-silagem e de andarem nos prados,<br />

faço também um acompanhamento com<br />

ração. São os únicos animais que comem<br />

ração, mas nem sempre é necessário.<br />

Que forragens utiliza?<br />

Utilizo trevo e ervilhaca. Gosto muito de<br />

ervilhaca. Há quem faça luzerna nesta<br />

região, mas eu acho muito sensível para<br />

este clima e estes solos.<br />

Disse-me que em relação aos animais<br />

cruzados vende a preço fixo o ano<br />

todo, acha que é um bom negócio?<br />

Para mim é, porque dá-me estabilidade<br />

financeira. Todos os meses faturamos,<br />

todos os meses vendemos borregos.<br />

Vendo os borregos para o centro de<br />

engorda aqui para o Fundão, para o<br />

Paulo Brito que tem protocolo com a<br />

Jerónimo Martins. Já temos uma relação<br />

comercial de confiança que nos permite<br />

ter alguma flexibilidade ao nível dos<br />

pagamentos de ambas as partes, são sete<br />

anos a trabalhar em conjunto.<br />

Que cruzamento “industrial” costuma<br />

fazer e porquê essas raças?<br />

Começou com merino da Beira Baixa,<br />

depois comprámos um rebanho de 1500<br />

ovelhas Merino Alentejano que já tinham<br />

algum cruzamento com Merino Alemão.<br />

Cruzámos depois estas fêmeas com<br />

Suffolk e Merino Alemão. Relativamente<br />

ao Merino da Beira Baixa que havia na<br />

exploração inicialmente, não quero ser<br />

mal interpretado, é uma ótima raça para<br />

alguém que tenha uma propriedade<br />

só de sequeiro e que tenha mato para<br />

limpar. Os borregos que têm, por ano<br />

pagam o ordenado do pastor, mantêm o<br />

terreno limpo, mas não é suficiente para<br />

quem se quer dedicar à produção de<br />

ovinos. As raças autóctones portuguesas<br />

de carne, no meu entender, perderam<br />

o caminho e não foram desenvolvidas<br />

para produzir mais e dar rentabilidade<br />

económica.<br />

Qual é o critério para cruzar com uma<br />

ou outra raça? Porquê duas raças e não<br />

só uma?<br />

O objetivo é ter um grande núcleo de<br />

fêmeas quase puras de Merino Alemão<br />

e depois cruzar com Suffolk. Estou<br />

agora à espera dos resultados de um<br />

cruzamento que fiz entre animais puros<br />

das duas raças. As fêmeas que nascem<br />

destes cruzamentos com Merino Alemão,<br />

salvo raras exceções, fico com elas para o<br />

futuro efetivo da exploração.<br />

Qual a vantagem deste cruzamento?<br />

Quem irá ganhar com isso, o produtor<br />

ou o centro de engorda?<br />

Ganhamos todos. Eu, como produtor,<br />

consigo fazer o desmame mais cedo. O<br />

centro de engorda tem menos custos<br />

com estes animais porque atingem o<br />

peso de abate mais rápido. Por isso, ao<br />

reduzir estes custos, consigo também<br />

negociar melhor o meu produto. Temos<br />

uma relação de proximidade.<br />

Que maneio alimentar tem?<br />

É extensivo, prados, e depois temos fenosilagem.<br />

Na recria altero um bocado,<br />

Qual o maneio reprodutivo que faz?<br />

Costumam pesar todos os animais?<br />

Desmamo aos 45 dias. Os animais que<br />

ficam, permanecem junto das mães até<br />

perto dos três meses. Entre os 9 meses<br />

e 1 ano de idade começo a juntá-las no<br />

grupo da cobrição. O primeiro parto varia<br />

normalmente entre 1 ano e 2 meses, ou<br />

1 ano e meio. Após o desmame aos 45<br />

dias faço a secagem e, posteriormente,<br />

são novamente cobertas. Nos animais<br />

puros faço o desmame mais tarde, aos 3<br />

meses. Em relação à pesagem, pesamos<br />

todos os animais puros, e os restantes por<br />

amostragem.<br />

Quais os problemas de saúde animal<br />

que mais o preocupam?<br />

Tenho aqui alguns problemas de pieira,<br />

por causa do regadio. É o que mais me<br />

preocupa.<br />

E onde investe o dinheiro nesta área,<br />

na prevenção ou tratamento?<br />

Na prevenção. Faço 4 desparasitações<br />

por ano e tenho atenção às vacinações,<br />

fazendo duas a três ao ano.<br />

Que indicadores utiliza para perceber<br />

que o negócio está a correr bem?<br />

O principal indicador é a faturação (risos).<br />

Guio-me pela faturação anual porque este<br />

negócio tem picos.<br />

Acha que o valor pago nesta área é um<br />

valor justo?<br />

O valor de mercado não é um valor justo,<br />

10 ruminantes julho . agosto . setembro 2019


Produzir com tecnologia<br />

As raças autóctones<br />

portuguesas de carne,<br />

no meu entender,<br />

perderam o caminho,<br />

não foram desenvolvidas<br />

para produzir mais e dar<br />

rentabilidade económica.<br />

nem nos ovinos nem nas outras áreas<br />

da produção agrícola. Se não fossem<br />

as ajudas comunitárias, dificilmente<br />

poderia haver produtos aos preços<br />

que temos. Estas ajudas têm vantagens<br />

e desvantagens. Por um lado, dão<br />

alguma estabilidade a quem não quer<br />

trabalhar tanto. Por outro lado, também<br />

nos limitam porque existem muitas<br />

condicionantes.<br />

A seu ver, como está posicionada a<br />

carne de ovino na distribuição em<br />

Portugal?<br />

Acho que está num valor baixo.<br />

Principalmente nas épocas típicas do<br />

Natal e da Páscoa em que as grandes<br />

superfícies colocam estes produtos em<br />

promoção. Nós trabalhamos muito mal<br />

o marketing. Comparativamente com os<br />

espanhóis, por exemplo. Ainda há muita<br />

margem para melhorar a promoção d a<br />

carne de ovino.<br />

Como vê o futuro dos ovinos na<br />

Europa?<br />

O consumo, segundo os números que<br />

tenho acompanhado, está a crescer.<br />

A produção está a diminuir.<br />

Portanto,diria que está no bom<br />

caminho?<br />

Não necessariamente. Porque se não<br />

divulgamos esta produção, começa<br />

a haver menos conhecimento e não<br />

se aumenta o consumo. Por isso,<br />

para mim é preocupante a redução<br />

do efetivo que está a acontecer na<br />

Europa. Talvez esteja relacionada<br />

com uma maior necessidade<br />

de mão-de-obra na produção<br />

comparativamente com os bovinos.<br />

Por outro lado, a classe médica tem<br />

vindo a aconselhar cada vez mais a<br />

carne de borrego porque é a gordura<br />

animal menos saturada. Tanto que<br />

é a primeira carne que se deve<br />

dar às crianças. O consumo está a<br />

aumentar bastante. Acho que existem<br />

boas perspetivas, se apoiadas na<br />

modernização da produção.<br />

ruminantes julho . agosto . setembro 2019<br />

11


PRODUÇÃO<br />

A TECNOLOGIA NA EXPLORAÇÃO<br />

Uma manga de maneio, um programa de gestão desenhado à medida,<br />

e a identificação eletrónica dos animais, são as ferramentas tecnológicas<br />

que Rui Lynce não dispensa para o ajudar na gestão.<br />

“As minhas raízes estão na produção de<br />

equinos onde se trabalha em pequena<br />

escala, com 30, 40 animais. Quando tenho<br />

um desafio com 3000 animais, preciso<br />

de tecnologia para saber o que se está<br />

a passar. Permite-me reduzir custos e<br />

mão-de-obra, e também a probabilidade<br />

de existirem erros, já que se bem<br />

programadas as máquinas não erram.”<br />

Foi este desafio que levou Rui Lynce<br />

a decidir pela aquisição duma manga<br />

Gallagher à Agrovete: “Para as pesagens,<br />

ou quando preciso de fazer uma<br />

intervenção para separar os animais em<br />

grupos com diferentes critérios: parir,<br />

vacinar, com resultados negativos na<br />

ecografia… esta tecnologia permite-me<br />

um milhão de opções. Na prática, ajudame<br />

a saber os animais que parem e os<br />

que não parem, os que parem e o animal<br />

se vende, ou os animais cujos filhos<br />

aproveitamos para recria.<br />

Por exemplo, eu aqui quero aumentar<br />

o número de animais por parto. No<br />

cruzamento industrial, o objetivo é ter<br />

dois borregos por ovelha sem aumentar<br />

os custos com alimentação e mão-deobra.<br />

Estes cruzamentos que fazemos<br />

têm muita rusticidade de Merino e a<br />

parir a dois facilmente afilham os dois<br />

filhos. No nosso sistema, as ovelhas<br />

parem, são postas num parque e ficam<br />

um dia em vigilância; depois passam<br />

para um parque onde estão três dias<br />

para ver se desafilham ou não, e depois<br />

juntam-se ao grupo. Faço grupos de<br />

parições de 15 dias. Isto permite-me<br />

reduzir mão-de-obra a separar os<br />

borregos para os grupos de venda. Temos<br />

brincos com cores consoante os grupos,<br />

em que cada animal tem um número<br />

que permite através do software associar<br />

o borrego à mãe. Por vezes, há algum<br />

borrego que não atingiu o tamanho<br />

necessário e aí passamo-lo para outro<br />

grupo. Mas só de olhar para ele, pelo<br />

brinco, já sabemos que vem de um grupo<br />

anterior.<br />

Quais as principais características<br />

deste equipamento?<br />

É uma manga que permite a presença<br />

de apenas um operador desde que os<br />

animais já estejam habituados pelo<br />

maneio. Esta manga tem também um<br />

comando à distância que facilita bastante<br />

e reduz o stress dos animais e a mão-deobra.<br />

Sou fã da marca, acho que tem uma<br />

enorme qualidade e resistência: já vi<br />

vídeos onde se vêem carros a passar por<br />

cima destes equipamentos, em que os<br />

12 ruminantes julho . agosto . setembro 2019


Produzir com tecnologia<br />

ruminantes julho . agosto . setembro 2019<br />

13


PRODUÇÃO<br />

põem no meio do fogo, e eles continuam<br />

a funcionar.<br />

Que outras funcionalidades tem?<br />

Permite-me passar até 700 ovelhas por<br />

hora. É portátil, podemos mudá-la de<br />

sítio. É feita em fibra de carbono e por<br />

isso mais leve, embora resistente. Está<br />

preparada para estar à chuva. Uso-a<br />

muito para fazer seleção de pesos da<br />

recria, e para a parte reprodutiva e<br />

separação de grupos. Também uso para<br />

vacinações, sanidade e sincronizações.<br />

Tal como está, consigo criar três grupos,<br />

mas se comprar outro módulo posso ficar<br />

com cinco ou seis grupos.<br />

Utiliza o Software Wezoot. Porquê?<br />

Em primeiro lugar, porque fala a nossa<br />

língua: é português, feito em Portugal.<br />

Tem uma boa assistência porque<br />

tem uma equipa de programadores<br />

atrás disto a tempo inteiro. Tenho o<br />

telefone direto dos programadores<br />

que me vêm visitar uma vez por ano<br />

para compreenderem o maneio e<br />

conhecerem a realidade, para poderem<br />

ajudar quando existe um problema.<br />

Neste programa, consigo acompanhar<br />

tudo o que diz respeito a reprodução,<br />

crescimento, sanidade, consigo exportar<br />

dados para excel, e interagir com a<br />

plataforma do IFAP. Eu uso bastante,<br />

mas acho que não utilizo nem 10% do<br />

potencial deste software. Tem ainda um<br />

perfil para carne, para leite, e um para<br />

quem só faz raças puras onde podemos<br />

introduzir o livro genealógico e dar nomes<br />

aos animais. É um software sempre em<br />

atualização conforme as necessidades dos<br />

produtores.<br />

Conseguiu reduzir custos com a<br />

utilização deste software?<br />

Para começar, reduzi duas pessoas de<br />

mão-de-obra. E aumentei o número de<br />

partos. Tenho a certeza que o investimento<br />

já está pago.<br />

Estamos a falar de um investimento de<br />

que ordem?<br />

Se tivermos em conta o investimento<br />

com a manga, podemos apontar para uns<br />

dezassete mil euros. O tempo em que se<br />

paga depende do perfil da exploração, do<br />

produtor e do número de animais.<br />

WEZOOT: APRESENTAÇÃO GÁFICA DE DADOS DA EXPLORAÇÃO<br />

14 ruminantes julho . agosto . setembro 2019

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