Revista Degusta - DGST#1
Comer é um aprendizado, é herança. A comida simples do dia-a-dia, os pratos típicos preparados há gerações, os lanches de rua e os pratos mais classe da banda assumem a mesma importância nesse contexto. A primeira edição da revista suavemente vai envolvendo pessoas da comunidade, profissionais, empresários, chefs, produtores e gastrônomos num debate democrático sobre os alimentos que consumimos e servimos. E sobre como a gastronomia influencia as experiências que vivemos aqui.
Comer é um aprendizado, é herança. A comida simples do dia-a-dia, os pratos típicos preparados há gerações, os lanches de rua e os pratos mais classe da banda assumem a mesma importância nesse contexto. A primeira edição da revista suavemente vai envolvendo pessoas da comunidade, profissionais, empresários, chefs, produtores e gastrônomos num debate democrático sobre os alimentos que consumimos e servimos. E sobre como a gastronomia influencia as experiências que vivemos aqui.
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Menu Estação<br />
A delicada poesia dos<br />
elementos da terra e do mar<br />
Pesca Artesanal de Tainha<br />
De rolê com os pescadores,<br />
acompanhamos a abertura da<br />
temporada de pesca desse ano.<br />
Temporada de casamentos<br />
+ Vichyssoise<br />
Morro do Fortunato<br />
Engenho de Mandioca
Saúde não tem hora e nem lugar<br />
Conheça nossa linha de sucos alcalinos, vivos e<br />
naturais. Sabores deliciosamente combinados<br />
para tonificar, nutrir e proteger o seu corpo.<br />
Sem açúcar e conservantes, 100% artesanal.<br />
Nos melhores estabelecimentos perto de você.<br />
Acessa o código com o leitor do celular para ver<br />
o processo de preparação do Live Ibira. O suco<br />
vivo feito com dedicação e frutas fresquinhas.
@jeffersongazaniga é chef do Bistrô Pedra da Vigia, nas horas vagas corre atrás de inspiração e ingredientes inusitados.<br />
Botou muita pilha no projeto da revista e compartilhou o seu olhar sobre os vários aspectos da gastronomia. Somos gratos por<br />
cada contato e conversa que tivemos ao longo do processo de construção e esperamos que as observações da @revistadegusta<br />
possam contribuir para um debate positivo sobre a gastronomia, o turismo e a cultura. Desejamos que cada Inverno seja<br />
singular e encantador, que a revolução venha através do paladar e que a essência do Rosa floresça e movimente as energias.<br />
A gastronomia decodifica em<br />
sabores, aromas e texturas<br />
saberes profundos de um povo.<br />
Cada prato carrega em si a<br />
delicada missão de representar<br />
uma perspectiva sobre a cultura<br />
e a tradição de uma região.<br />
Olhar para o presente sem pressa e perceber<br />
o que a natureza oferta. Despertar os<br />
sentidos pisando descalço na areia, sair da<br />
cozinha para conversar com a natureza.<br />
O olhar muda constantemente. Cada nova<br />
experiência contempla um novo universo.<br />
A proposta é perceber os alimentos com<br />
sensibilidade. Encontrar novas maneiras<br />
de pensar os tradicionais sabores dessa<br />
terra. Transformar sabores em memórias,<br />
saberes em histórias.<br />
A revolução só chega na cozinha quando<br />
nos abrimos para novas experiências.<br />
Quando a sabedoria popular contracena<br />
com o aprendizado acadêmico, surgem<br />
novas criações e abre-se espaço para a<br />
contribuição de novos profissionais que<br />
trazem outras perspectivas sobre este<br />
território.<br />
Descobrimos que há um vasto caminho<br />
a percorrer na luta por ingredientes<br />
saudáveis, livres de agrotóxicos,<br />
carregados de história e cultivados com<br />
técnica e amor. A profissionalização<br />
da cozinha parece indicar um caminho<br />
para o fortalecimento do Rosa como<br />
rota gastronômica de referência e a<br />
valorização da essência cultural da<br />
comunidade oferece um solo fértil para<br />
suas raízes. Temos que gerar sementes<br />
para a constante renovação.
Conselho Editorial<br />
@jeffersongazaniga<br />
@lovesuxx<br />
@lucas_grundling<br />
Contribuiram (muito) nessa edição:<br />
@dessa_doula e @danicardoso81<br />
Rolê com os pescadores Pág 08<br />
Rolê da Praia Pág 18<br />
Rolê do Rei Pág 22<br />
Jornalista Responsável<br />
Melina Zanotto MTB 15417<br />
Fotografia: Lucas Gründling<br />
Projeto gráfico: Danielle Rossi<br />
Revisão: Melina Zanotto<br />
Rolê na Ibiraquera Pág 26<br />
Impressão: Coan<br />
Tiragem: 2.000 unidades<br />
Circulação: Inverno 2019<br />
Distribuição: Imbituba, Garopaba,<br />
Porto Alegre, Caxias do Sul e São Paulo.<br />
Jantar Estação Pág 32<br />
A delicada poesia dos<br />
elementos da terra e do mar<br />
Rolê na garopaba Pág 36<br />
Para elaborar a primeira edição da <strong>Revista</strong> <strong>Degusta</strong>,<br />
fomos atrás de colher as histórias que encantaram<br />
nosso olhar. Somos gratos ao universo por nos<br />
encaminhar justamente por esses caminhos.<br />
Agora andamos pela Ibiraquera e percebemos<br />
outras nuances daquilo que julgávamos conhecer.<br />
Passamos a enxergar o inverno com outro olhar.<br />
Gratidão a todas as histórias compartilhadas<br />
com a gente. Gratidão aos que acreditaram<br />
e apoiaram essa empreitada!<br />
Agradecimentos: Seu Domingos e família,<br />
Seu Antônio, Dona Custódia e seu Antônio Silveira e<br />
família, Maurício Ferreira, Frank Bin, Roberta Magro,<br />
Rodrigo Paz, Drica Avelar, Ana e família,<br />
seu Biluca e família. Agradecemos especialmente<br />
ao Fede do Umami pelo apoio e orientação.<br />
Rolê pelas hortas Pág 44<br />
Acesse +<br />
conteúdos<br />
com o código.<br />
Receita Pág 42<br />
Temporada de Inverno<br />
Pág 54<br />
Carnes Nobres Pág 64<br />
Gastronomia e Turismo<br />
Tendência à mesa Pág 62<br />
48 99800.2146 | revistadegusta@gmail.com<br />
@revistadegusta<br />
Tendência na Cozinha Pág 52<br />
Consciência Pág 66
Rolê com os pescadores<br />
Pesca artesanal de tainha<br />
Da 3ª geração<br />
tem o neto<br />
Vinícius.<br />
É Temporada de Tainha<br />
A pesca começa cedo no barracão do seu Domingos.<br />
Quando o sol aponta no horizonte todos já estão de pé,<br />
preparando o café e colocando os barcos pra fora.<br />
A família fica no barracão por meses, na temporada<br />
de pesca emprega até 16 pessoas.<br />
A segunda<br />
cabeça é do<br />
filho José.<br />
São dois barcos, muito bonitos e bem<br />
cuidados, com as redes arrumadas<br />
impecavelmente dentro de cada um.<br />
Os barcos levam dois tipos de rede,<br />
uma para Tainhota, outra para Tainha.<br />
O barraco está na família há gerações.<br />
Conversa vai, conversa vem, entendemos<br />
que já não é tão fácil contabilizar<br />
quantos anos se passaram.<br />
Seu Domingos<br />
ainda faz<br />
questão de<br />
comandar o<br />
barracão.<br />
Há poucos registros de quando<br />
Domingos era jovem, mas percebemos<br />
que os mais antigos se ocuparam<br />
em passar suas histórias adiante.<br />
Os registros orais talvez não sejam<br />
tão precisos, mas as marcas de orgulho<br />
no olhar do patriarca pescador se<br />
refletem nos rostos de cada um de<br />
seus filhos e filhas. A união da família<br />
mostra que é preciso muito mais que<br />
conhecimento técnico pra extrair do mar<br />
seu sustento. Viver da pesca artesanal<br />
requer respeito e apreço pela natureza.<br />
9
A mariscada foi colhida nas<br />
pedras, logo ao amanhecer ,<br />
e rendeu o café da manhã.<br />
Tudo pronto no lado de fora<br />
do barracão, olheiros nos<br />
seus postos e começam os<br />
afazeres diários. Os homens<br />
ficam ligados o tempo inteiro<br />
no rádio, pois a qualquer<br />
momento pode vir o sinal dos<br />
olheiros avisando que o peixe<br />
chegou na baía.<br />
As mulheres cuidam da<br />
comida do pessoal, preparam<br />
o café, cozinham mariscos<br />
para começar bem o dia.<br />
Todos conversam e contam<br />
histórias de tempos passados.<br />
11
As filhas do Domingos cuidam de deixar a galera passando bem.<br />
A abóbora e o chuchu são produzidos na horta da família. Outro item que<br />
não falta é o aipim, seja em forma de tubérculo ou em forma de farinha.<br />
Muito hospitaleiros, oferecem um lugar à mesa, preocupam-se e cuidam<br />
um do outro. O almoço é servido primeiro para os olheiros, que comem lá<br />
no seu posto mesmo, pois o peixe pode chegar a qualquer momento.<br />
Os homens estão comendo no barraco quando é dado um sinal.<br />
Um dos olheiros avisa que o peixe chegou. Naquele momento a tensão toma<br />
conta, o ambiente que até então era calmo muda como uma tempestade que<br />
se aproxima. Todos largam os pratos e saem correndo do barraco em direção ao<br />
barco. Cada homem sabe exatamente em que local deve ficar e o que deve fazer.<br />
13
Os poucos turistas que estavam por<br />
ali olham atentos, não entendendo o<br />
movimento dos homens. O barco vai<br />
dando uma volta na baía, enquanto<br />
os homens lançam a rede ao mar para<br />
abraçar o cardume. Naquele breve<br />
momento em que o barco se move<br />
pela baía, alguns homens que ficaram<br />
em terra correm para o outro lado, já<br />
esperando a chegada do barco com a<br />
outra ponta da rede.<br />
É uma rede grande,<br />
de 620 braças, cada ponta da<br />
rede tem uma corda, forte<br />
o suficiente para aguentar<br />
a força do mar e dos peixes.<br />
O peso da rede ao mar é muito<br />
grande, mas todos dão tudo<br />
de si para realizar o serviço.<br />
Seu Domingos coordena tudo,<br />
dizendo exatamente o que cada<br />
um deve fazer, sempre com muita<br />
calma, sem nunca perder o foco.<br />
Todos começam a puxar a rede.<br />
Nesse momento toda ajuda é bem vinda.<br />
Os olheiros descem dos seus postos para<br />
ajudar, os turistas que olhavam o movimento<br />
são convocados a ajudar, até mesmo eu, que<br />
não tinha experiência alguma nesse tipo de<br />
pesca, sou chamado para ajudar.<br />
15
Quando finalmente a rede é trazida à<br />
praia, podem-se ver todos os peixes,<br />
que apesar de não estarem em grande<br />
quantidade naquele dia, deram muito<br />
trabalho para todos. Assim que eles<br />
chegam à areia, os homens começam a<br />
pegar os peixes, que são colocados em<br />
uma rede menor, com dois sarrafos de<br />
madeira, para serem transportados<br />
para dentro do barracão.<br />
Enquanto alguns homens cuidam dos peixes, outros já<br />
providenciam para que a rede seja colocada novamente<br />
no barco, de forma organizada, para que tudo esteja<br />
pronto para o próximo lanço. Enquanto os olheiros se<br />
deslocam para os seus postos novamente, as mulheres<br />
ajudam a organizar a rede e os turistas olham atentos.<br />
Seu Domingos, com a certeza de um bom trabalho,<br />
senta e começa a trançar uma rede, com olhar sereno<br />
para tudo o que acontece.<br />
Os homens vão se organizando aos poucos, tomando<br />
um banho de mar ou uma ducha para tirar o suor do<br />
corpo, todos com um sorriso no rosto, nitidamente<br />
felizes, pois estava oficialmente aberta a temporada<br />
de pesca 2019.<br />
Antes dos turistas saírem cansados do barracão, seu Domingos<br />
fala que cada homem que ajudou vai levar um peixe, separando os<br />
peixes dos turistas, como forma de agradecimento pelo trabalho<br />
deles. Após o serviço concluído, os homens voltam a seus afazeres,<br />
trançando as redes, organizando o barracão e deixando tudo<br />
pronto para o próximo lanço, já que a qualquer hora os olheiros<br />
podem dar um novo sinal.<br />
O Daniel Cardoso é arquiteto, foi de camarada dar um apoio e<br />
colher as informações para a matéria. Voltou com um saco de<br />
tainha fresca e a história do dia em que ajudou a puxar o cerco. Se<br />
quiser saber o que mais rolou lá na vermelha, acesse o código.<br />
17
Rolê na Praia<br />
sabor clássico do litoral<br />
com a melhor vista<br />
A beira da praia é local de múltiplos encontros. Num cenário<br />
especial de inverno, surfistas encontram baleias, banhistas<br />
encontram o sol e os restaurantes, os pescadores. Num<br />
desses encontros, eis que Osmar traz uma tainha imensa<br />
e Cris, chef do Pimenta Rosa, dá uma pausa nas férias e<br />
assume a cozinha para um almoço especial.<br />
O sabor pronunciado da tainha dispensa muita frescura<br />
na hora da preparação. Reverenciando a simplicidade<br />
da cozinha do barracão, o peixe é preparado aberto pela<br />
espinha e temperado com sal e azeite, para preservar seu<br />
sabor marcante.<br />
19
Um prato normalmente servido para dois,<br />
se transforma num verdadeiro banquete.<br />
Nessa tainha encontramos<br />
as ovas, e o Lionel logo se<br />
voluntariou para fazer uma<br />
farofa. Um pirão de peixe na<br />
cumbuquinha de barro, um<br />
arroz branco e fritas bem<br />
sequinhas acompanham<br />
o prato principal. A mesa<br />
posta no deck e uma tarde<br />
espetacular de sol em pleno<br />
junho completam o melhor<br />
rolê na beira da praia.<br />
Aproveitamos a tarde no Rosa Sul e provamos o<br />
Bee Gin, que leva mel, gin e tônica. Suave e refrescante,<br />
super combina com a brisa do mar. Registramos a<br />
experiência desse almoço em video, acesse o código.<br />
21<br />
@restobarpimentarosa Frutos do Mar & Drinks Especiais • Atende na beira da praia e no deck • 9h | 17h • Ótimo para avistar baleias.
Rolê Do Rei<br />
SABOREAR UMA PAELLA INCRÍVEL!<br />
A Marinada leva exclusivamente frutos do mar.<br />
Lindamente decorada com ervas e temperos da horta, a Marinada é servida com amor e<br />
simplicidade, destacando a riqueza de cada elemento. O melhor acompanhamento para<br />
esse prato é a luz poética das velas, mas um bom vinho do porto vai muito bem também.<br />
A estrela do restaurante é<br />
certamente a Paella Marinada.<br />
Seguindo um rigoroso método de preparação, a receita, favorita dos<br />
proprietários Fernanda e Frederico e da equipe, veio sendo trabalhada para<br />
se adaptar ao paladar brasileiro. Os frutos do mar protagonizam, o arroz<br />
amarelo-açafrão tem um toque de alegria bem azeitada : ) com um bom<br />
azeite espanhol . \O/ Dentre as várias paellas que você pode degustar no<br />
Rosa, essa fica guardada no coração. O ambiente aconchegante, a equipe<br />
acolhedora e a playlist maravilhosa complementam a experiência.<br />
23
Compartilhando do clima slow da Hospedaria das Brisas,<br />
a decoração suave, o clima de paz e a lareira que aquece<br />
o salão no inverno combinam com a tranquilidade do<br />
Caminho do Rei.<br />
O som delícia, um<br />
bartender querido e a<br />
simpatia da chef vão te<br />
fazer querer saborear<br />
cada detalhe dessa<br />
experiência com toda a<br />
sua presença.<br />
Numa sinfonia de<br />
sabores, cada elemento<br />
ocupa seu lugar com<br />
harmonia. O ritual de<br />
preparação, passado<br />
pessoalmente pelo<br />
Frederico para a chef<br />
Jessica Cordeiro, envolve<br />
acima de tudo o respeito<br />
pelo processo e pelos<br />
ingredientes. Captamos<br />
o trampo da Jess no<br />
vídeo pra você ver como a<br />
Marinada é preparada.<br />
Depois de jantar à luz de velas, aproveite pra ver a<br />
lua no jardim super aconchegante e peça um drink<br />
pra acompanhar.<br />
25<br />
@refugiodopescador é o charme da @hospedariadasbrisas. Menu divino é executado pela @jesscordeiro. Reserve: 51 99388.0795
Rolê na Ibiraquera<br />
A tradição no cultivo de mandioca<br />
Engenho de Farinha<br />
A história da Ibiraquera está enraizada no<br />
cultivo herdado dos povos indígenas que<br />
ocuparam este lugar antes de nós.<br />
A lenda indígena diz que Mani era uma indiazinha de pele bem branca<br />
que morreu e foi enterrada no meio da oca. As lágrimas de todos da tribo<br />
fizeram brotar no chão uma planta de casca grossa e marrom, por dentro<br />
branca como Mani. Daí veio o nome da raiz, usada para fazer a farinha,<br />
base de diversos pratos tradicionais, e o cauim, uma bebida ritualística<br />
indígena, usada para conexão espiritual.<br />
Por aqui a comunidade mantém a tradição do cultivo da mandioca. Alguns<br />
engenhos sobreviveram aos tempos modernos e continuam a fazer parte<br />
das tradições de famílias, como a dos Silveira. Juntam-se todos os anos<br />
para colher, descascar, moer, torrar e fazer a farinha de mandioca.<br />
Conversas despertam memórias antigas e histórias sobre os antepassados<br />
se transformam em registros orais sobre o desenvolvimento da Ibiraquera.<br />
E assim os valores vão sendo transmitidos para a próxima geração,<br />
fundando as raízes da comunidade nativa.<br />
27
Cedo da manhã o comboio segue<br />
para a roça de mandioca. Os bois,<br />
muito bem cuidados, descansam<br />
à sombra antes de puxarem<br />
a mandioca pelas ruas da<br />
Ibiraquera até o engenho. Muita<br />
coisa mudou, foi adaptada para<br />
os dias de hoje, mas o costume do<br />
carro de boi ainda é fundamental<br />
para algumas famílias. Ainda<br />
vai fazer parte das memórias de<br />
infância de muita gente.<br />
29<br />
Mandioca x Aipim: só se come a mandioca depois que ela é transformada em farinha, o aipim sim, pode ser cozido e servido.
A mandioca desfila de carro de<br />
boi pela Geral da Ibiraquera e vai<br />
arrancando sorrisos de quem<br />
cruza o caminho. Quando chega<br />
no engenho é descarregada<br />
e logo vão chegando os<br />
parentes e amigos para ajudar<br />
a descascar, lavar, moer, torrar,<br />
peneirar. A função começa cedo<br />
e vai até o fim do dia.<br />
Acompanhamos um dia de<br />
trabalho na roça e no engenho.<br />
Acesse o código pra ver o vídeo.<br />
31
Inspirado pela paisagem da praia recortada entre as montanhas, o chef Jeferson<br />
Gazaniga teve o insight de trazer esse conceito para uma experiência muito<br />
especial no Bistrô Pedra da Vigia.<br />
A proposta era unir elementos tradicionais do bistrô com sabores regionais,<br />
trabalhando novas texturas e sabores inusitados. A edição especial do menu<br />
chamado de Estação aconteceu em maio e teve a elegante participação da<br />
vinícola boutique Thera.<br />
Jantar Estação<br />
A delicada poesia dos elementos da terra e do mar<br />
O primeiro tempo do jantar abriu com a entrada Serra Mar. Viera<br />
canadense selada em manteiga de sálvia, sob bisquê, caviar e brioche,<br />
harmonizada com o premiado Thera Rosé .<br />
Seguida pelo prato Mar e Montanha, a intensa expressão da terra no ravioli<br />
recheado com ragu de frango caipira, contrastou com o camarão, suave<br />
sabor do mar, sob consome de legumes e gema curada. O sauvignon blanc<br />
cuidou de oferecer uma nova perspectiva para os sabores tão dissonantes.<br />
33
O terceiro tempo celebrou os sabores do filé<br />
mignon e da taioba entrelaçados no vapor.<br />
Os legumes da estação chapeados e creme<br />
de cogumelo reforçam a força e a suavidade<br />
presentes na experiência do menu Estação. O<br />
delicado equilíbrio entre os elementos do prato<br />
Frutos da Terra se destacou nas notas doces e<br />
persistentes do Madai, também harmonizado<br />
com a sobremesa.<br />
O olhar atento do chef parece não se abalar com a correria da<br />
cozinha e a sincronia entre a equipe e as bocas do fogão fez o timing<br />
perfeito na entrega de cada prato.<br />
Para saber: A mistura de proteínas da água e da terra, popular na<br />
costa mediterrânea desde sempre, fez sucesso na costa leste dos<br />
EUA no período Kitsch.<br />
O Bistrô Pedra da Vigia e a pousada Regina's Guest House,<br />
ficam no Caminho do Rei, num antigo engenho de mandioca<br />
adaptado para proporcionar conforto aos hóspedes.<br />
Aproveite a paz em meio ao verde e não deixe de curtir um<br />
dos tratamentos oferecidos pelo Spa Pedra da Vigia.<br />
35<br />
Frutos da Estação trouxe as<br />
diferentes texturas do tartre<br />
de queijo produzido na serra<br />
catarinense e do confit de<br />
limão siciliano sustentando<br />
delicadamente o pralinê da<br />
amêndoas salgadas.<br />
@jeffersongazaniga é responsável pela experiência gastronômica no @pedradavigiapraiadorosa • Reserve 48 3355.6247
Rolê na garopaba<br />
Produção de cachaça artesanal.<br />
Cachaça do Vô Zeca / Alambique no Macacu<br />
Cachaças, licores, açúcar, melado e farinha de mandioca,<br />
tudo feito com o que a terra tem pra oferecer.<br />
A cachaça do Vô Zeca é tradição na família já<br />
faz mais de século. O Biluca aprendeu com<br />
o pai e agora ensina o ofício para o filho, que<br />
além de manter viva essa história, dedica-se a<br />
estudar melhores formas de cultivo da cana.<br />
O velho alambique foi reativado há 14 anos, depois<br />
da restauração atenciosamente acompanhada por<br />
seu pai, o Vô Zeca. O chão batido de antigamente<br />
ficou na memória, junto com histórias de outros<br />
tempos… a roda d’água que tocava o alambique, a<br />
plantação do algodão de que eram feitas as calças<br />
da roça, o feijão que cozinhava no fogão à lenha, o<br />
peixe seco no sol, as rodas de familiares e vizinhos<br />
que vinham ajudar a descascar mandioca.<br />
Nesse tempo se produzia no sítio tudo que dava:<br />
o açúcar mascavo, o melado, a farinha, o polvilho.<br />
Um tempo que ensinou a entender os ciclos da<br />
natureza e a agradecer pela abundância da terra.<br />
A história marcada nas expressões e nas mãos do<br />
Biluca transmitem seu respeito e admiração pelos<br />
que ocuparam esse ofício antes dele.<br />
37
O trabalho no alambique<br />
começa cedo. Cada dia rende<br />
uma jornada de 8 horas.<br />
A moenda da cana gera<br />
o bagaço, que é enviado<br />
para ser aproveitado numa<br />
produção de cogumelos na<br />
Encantada. O balde cheio<br />
do suco da cana vai pra<br />
dorna, onde a fermentação<br />
transforma os açúcares em<br />
álcool, num processo que<br />
dura 24 horas. No inverno,<br />
a fermentação é mais lenta,<br />
leva três dias em média, mas<br />
de agosto em diante começa<br />
a esquentar e um dia inteiro<br />
é o tempo necessário pra<br />
obter a cachaça.<br />
Esse é o Biluca<br />
Cana<br />
Bagaço<br />
A plantação, no alto do morro do Macacu,<br />
exige que a colheita seja transportada em<br />
carro de boi.<br />
moendo cana com o irmão.<br />
39
Os 250 litros de álcool que vêm<br />
da dorna, passam 8 horas no<br />
fogo antes de se converterem<br />
em 75 litros de cachaça.<br />
Seu Biluca cuida da<br />
temperatura, e explica que a<br />
cachaça é obtida através do<br />
choque térmico que o vapor do<br />
álcool leva ao se encontrar com<br />
a água. Ele conta com carinho<br />
que a cachaça do Vô Zeca usa a<br />
água que nasce a mais ou<br />
menos 1km acima da queda da<br />
cachoeira do Macacu.<br />
Vai vedando as saídas de ar do<br />
alambique com uma mistura<br />
de cinza, farinha e água, e nos<br />
confessa que não é um grande<br />
apreciador de destilados, mas<br />
que conhece uma boa cachaça<br />
só pelo cheiro.<br />
Conta que o interesse pelo<br />
alambique nasceu do amor<br />
que tem pela roça e que a<br />
boa conversa e a troca de<br />
experiências com os amigos<br />
e os visitantes é que fazem a<br />
cachaça ficar cada vez melhor.<br />
Quer saber mais sobre como<br />
é feita a cachaça do vô Zeca?<br />
Então acesse as redes sociais<br />
e saiba o que acontece com a<br />
cana até virar cachaça.<br />
=) Se quiser ver como<br />
Biluca testa o teor<br />
alcóolico, acesse<br />
@revistadegusta.<br />
Não poderíamos sair<br />
de lá sem dar uma<br />
bicadinha na cachaça<br />
do Vô Zeca!<br />
Ao reagirmos com<br />
surpresa ao sabor<br />
suave e delicado,<br />
seu Biluca nos<br />
fita desconfiado…<br />
depois de um<br />
rápido teste, ele nos<br />
garante que o teor<br />
alcóolico é de 55%.<br />
O delicioso sabor é<br />
fruto da dedicação<br />
e da experiência,<br />
a cachaça não é fraca!<br />
Se estiver de rolê no Macacu, passe no @alambique_vozeca e leve uma garrafa de cachaça linda pra dar de presente.<br />
41
Receita<br />
Chef Maurício Ferreira<br />
@mauricciof<br />
Se liga nos ingredientes<br />
1 cebola média | 2 batatas brancas médias | caldo de frango | 500ml leite infusionado<br />
2 folhas sálvia | 200ml creme de leite fresco | sal a gosto | 1 dente de alho pequeno<br />
5g manteiga clarificada<br />
Esses para o caldo de frango<br />
2 talos alho poró | 1 cenoura | 1 cebola | 1 cabeça alho<br />
| 1 carcaça de frango | 5gr pimenta do reino | 3gr grão<br />
mostarda | 1 folha de louro<br />
Sopa / pra servir quente ou fria<br />
Preparo / Picar a cebola em cubos bem pequenos, o mesmo vale para a batata.<br />
Depois, picar o alho poró em rodelas finas. Saltear na manteiga clarificada a cebola.<br />
Quando branquear, adicione o alho poró e por último a batata.<br />
Em outra panela/ Em fogo baixo, deixe o leite com as folhas de sálvia e<br />
o dente de alho infusionando, para dar mais camadas de sabor.<br />
Na panela dos legumes/ Adicione o caldo de<br />
frango, quando ferver, adicione o leite. O ponto para<br />
mixar é quando a batata estiver desmanchando<br />
e a coloração mudar para verde amarelado.<br />
O chef francês Louis Diat resgatou<br />
na sua infância a inspiração para<br />
criar a Vichyssoise. No verão, ele e seu<br />
irmão colocavam a sopa que sua mãe e<br />
avó faziam pra esfriar e adicionavam leite.<br />
Servida quente ou fria/<br />
Se for servir fria, adicione<br />
250g de creme de leite.<br />
43
Rolê na horta<br />
Sobre a origem do que é servido por aqui.<br />
A motivação para produzir alimentos<br />
saudáveis tem muito a ver com<br />
a conexão com a natureza. Tem<br />
gente que herdou de seus pais o<br />
conhecimento da lida, tem quem<br />
veio de um lugar maior atrás da<br />
simplicidade, tem quem se empenha<br />
em conhecer a ecologia para<br />
desenvolver novas soluções.<br />
Onde se tem respeito pela natureza e seus ciclos, se produz com amor.<br />
Amar a terra é respeitar seus ciclos e produzir com equilíbrio.<br />
O cultivo de alimentos orgânicos<br />
vem crescendo e se transformando.<br />
Técnicas diferentes de plantio e cuidado<br />
como a biodinâmica e a agrofloresta<br />
se transformam em novos negócios e<br />
enriquecem as opções na feira.<br />
Profissionais da agronomia e<br />
gastronomia encontram novas<br />
possibilidades para o cultivo,<br />
impactando na criação de pratos.<br />
45
A irrigação<br />
da horta vem da<br />
nascente, da cachoeira.<br />
As mudas são plantadas de forma<br />
alternada para garantir que<br />
o solo não se esgote. O<br />
alface é colhido de<br />
30 em 30 dias.<br />
O inverno é tempo de abundância na horta, bem protegida da maresia no<br />
topo do morro, cercada pela mata. A nossa conversa evoca memórias. Os<br />
alimentos do sítio, da horta, o engenho, a farinha. Lembram do sabor do<br />
charque, da banha que conservava os alimentos e se orgulham de manter<br />
ainda essa terra que tanto deu. Lembram com carinho que acompanhavam<br />
os pais na roça e que mesmo de criança já ajudavam na lida. Aprenderam<br />
técnicas de plantio e aprenderam a amar aqueles alimentos.<br />
O selo de produtor orgânico<br />
só é entregue depois de um<br />
ano de análises de diversos<br />
fatores, um deles é a<br />
qualidade da terra.<br />
Algumas árvores da mata testemunham a<br />
história da comunidade do Morro do Fortunato.<br />
Símbolos de Gente que valoriza a sua terra, seus ancestrais<br />
e o conhecimento que tem para passar adiante.<br />
47<br />
"Tu colhe uma cebola com cuidado pra<br />
levar pra feira um alimento bonito."<br />
Para hortaliças frescas, ligue pra @hilarioverduras: 48 99117.5987 | 99815.2955 | 99124-6078. ou procure na feira @feira_livre_grp.
A abundância da natureza logo se manifestava e pra não ir fora, o<br />
pai saia pra vender pelo Macacu, Costa, Siriú, cada vez ampliando<br />
mais o raio de ação. Quando o pai adoeceu, as meninas é que<br />
passaram a vender. Quem já conhecia pedia, quem ainda não<br />
conhecia logo ganhava simpatia. A horta já existe há 15 anos e<br />
fornece hortaliças para restaurantes e para os cardápios das<br />
escolas. A feira do produtor ajudou muito a impulsionar as vendas.<br />
É um conforto saber que alimentos produzidos assim compõem o<br />
cardápio das escolas públicas da região.
A antroposofia serve de base para o desenvolvimento da biodinâmica.<br />
Aborda o ser humano nos níveis físico, vital e espiritual, e mostra<br />
a inter-relação desses aspectos. Do ponto de vista da agricultura,<br />
emerge um entendimento mais profundo sobre as relações do<br />
homem com a terra, seu cultivo, e sobre a nossa própria existência.<br />
Então cada projeto de horta ou plantação é específico: analisam-se<br />
os setores, identificam-se energias potenciais, o espírito do local<br />
e o posicionamento dos elementos naturais antes de plantar.<br />
51<br />
O Pedro, da @plano.cultural faz intervenções em Permaculture Design •Biodynamic • Land Art • 51 99774.5892
Tendência na Cozinha<br />
O renascimento da confeitaria<br />
Jovens e super descolados, têm um<br />
olhar atento para novos modelos<br />
de consumo, reinventam a doceria<br />
tradicional agregando novas<br />
camadas ao sabor de suas criações.<br />
O uso de pancs e o emprego<br />
de técnicas clássicas resultam<br />
em combinações inovadoras e<br />
deliciosamente equilibradas.<br />
A doçura obtida da sacarose<br />
das frutas substitui o açúcar<br />
processado, exigindo técnica<br />
e conhecimento na hora de<br />
combinar elementos. A sobremesa<br />
ganha um novo status dentro do<br />
serviço e deixa para os comensais<br />
um pouco da inquietação desses<br />
novos e vigorosos chefs.<br />
Aproveitando a estação<br />
das jaboticabas, o<br />
Frank Bin criou essa<br />
lindeza de sorvete.<br />
O suspiro de frutas<br />
vermelhas e o creme<br />
inglês escondem o<br />
elemento surpresa<br />
dessa sobremesa,<br />
a ganache de umê,<br />
a ameixa japa<br />
fermentada.<br />
Siga @ofrankbin pra encher os olhos de cores e texturas inesperadas. Ele está sempre inventando algum sabor.<br />
53<br />
A profusão<br />
de cores, texturas<br />
e sabores valorizam<br />
frutas da época e dialogam<br />
com a grande quantidade de opções<br />
disponíveis para criar. Chefs jovens e<br />
curiosos testam novas combinações,<br />
desconstruindo sabores<br />
típicos e tradicionais<br />
para obter sobremesas<br />
profundas e carregadas<br />
de significado.<br />
A herança portuguesa<br />
na tradição de fazer doces<br />
e sobremesas mostra seu<br />
valor e a técnica passa a ser<br />
um ponto ainda mais importante<br />
na formulação da nova confeitaria.<br />
A combinação de frutas, cremes, massas,<br />
ervas, chás e flores ainda oferece muito<br />
que se explorar.
Temporada de Inverno<br />
O mercado dos casamentos aquecendo a<br />
praia na baixa temporada. Ou será alta?<br />
Sobre este casamento<br />
O casamento dos empresários Luciano<br />
e Ana, do Beleza Pura, foi planejado por<br />
eles mesmos e executado pela equipe da<br />
casa, na Praia do Rosa . Ancorados pelos<br />
tempo de trabalho com o restaurante,<br />
o bistrô e as festas, cuidar dos<br />
preparativos da sua própria cerimônia<br />
tão de perto foi uma experiência<br />
enriquecedora que acabou abrindo um<br />
novo nicho de mercado para o Beleza.<br />
Foto: @cicerocavalli<br />
55<br />
Casamentos de todos os tipos,<br />
para todos os gostos, com<br />
muita personalidade e charme.<br />
Surgem novos simbolismos e<br />
formatos de cerimônia. Junto com<br />
novos protocolos, cria-se todo um<br />
vocabulário. A despedida de solteiro<br />
hoje chama pre-wedding e pode ser<br />
feita pelo casal, casar sem convidar<br />
ninguém chama elopment e o first<br />
look é um momento lindo que<br />
preserva a intimidade do casal.<br />
E tanto no Rosa, quanto em<br />
Garopaba tem gente casando todo<br />
fim de semana. Super consolidados<br />
como um dos principais destinos<br />
de casamento no Brasil nos últimos<br />
anos, o mercado de eventos tem<br />
crescido e garantido o turismo<br />
no litoral também no inverno,<br />
movimentando uma grande cadeia<br />
de profissionais que se dedicam<br />
a materializar os desejos de uma<br />
celebração inesquecível.
O trabalho de profissionais<br />
gestores da grande organização<br />
que se forma para a realização<br />
de um evento de casamento é<br />
desafiante. Sempre em busca<br />
de novidades e de olho em mil<br />
possibilidades, cumprem a<br />
função de atar os laços entre os<br />
diversos fornecedores.<br />
Cerimonialistas são fundamentais<br />
Para que esse dia seja realmente inesquecível, o trabalho<br />
de planejamento e organização são indispensáveis. Fomos<br />
conversar com alguns profissionais envolvidos neste mercado<br />
pra saber o que rola até que se jogue o buquê.<br />
E tem muito trabalho envolvido! A ocasião do casamento é<br />
tão especialmente planejada que merece ser celebrada em<br />
detalhes. Ainda mais quando noivos, familiares e convidados<br />
vão passar um fim de semana inteiro na praia. Indicar locais de<br />
hospedagem e bons restaurantes, marcar o salão e até pensar<br />
na recreação infantil são atividades que precisam fazer parte do<br />
checklist de um casamento bem sucedido.<br />
57<br />
Nessa imagem a Bartira, grande casamenteira<br />
do Rosa, dá as últimas dicas para os padrinhos<br />
fazerem uma linda participação na cerimônia.
Criar momentos inesquecíveis é a tendência.<br />
E a gastronomia tem poder de elevar a<br />
experiência através dos sentidos.<br />
Se organizar a celebração<br />
dá trabalho, então imagina<br />
cozinhar pra galera toda! O<br />
planejamento para o jantar<br />
de um casamento de grande<br />
porte começa com bastante<br />
antecedência. Conforme nos<br />
conta o Fede, do Umami,<br />
desde a prova do cardápio até<br />
o dia da festa pode se passar<br />
um ano inteiro!<br />
As comidas servidas são<br />
elaboradas e especiais, portanto<br />
dependem de disponibilidade,<br />
encomendas, correria pra achar<br />
os elementos certos. E não dá pra<br />
chegar na hora e se virar... tem<br />
que ser planejado e estruturado,<br />
nos mínimos detalhes, pra não<br />
dar bola fora. O serviço num<br />
evento é muito diferente do<br />
serviço num restaurante. O<br />
Fede nos botou na missão de<br />
acompanhar a galera da cozinha<br />
no dia do casamento pra gente<br />
sentir a vibe.<br />
O trabalho na pré-produção da Pata<br />
de Ternera, um dos pontos altos da<br />
gastronomia na festa foi captado em<br />
vídeo alguns dias antes do evento.<br />
A gastronomia é uma atração à parte no evento de<br />
casamento. Os modelos mais tradicionais de celebração<br />
envolvem um momento de jantar antes da galera se<br />
jogar na pista, mas em algumas festas, a gastronomia<br />
invade o palco e protagoniza ao lado dos noivos. Neste<br />
casamento a Pata de Ternera foi assada no maçarico<br />
pelos próprios noivos antes de ser servida.<br />
59
As flores estavam sendo delicadamente arrumadas.<br />
E a vibe é loka!<br />
Registramos em fotos a missão de acompanhar o coletivo<br />
na organização do Casamento.<br />
maquiadoras • cabeleireiras • manicures • recepcionista<br />
Conscientes de que para o dia do evento dar certo tem que haver uma preparação<br />
intensa no planejamento, observamos a dedicação dos profissionais envolvidos.<br />
florista • marceneiros • ajudantes<br />
Chegamos no final da manhã, depois da cerimonialista.<br />
Logo depois chegava a van do Umami, o Fede e o sol.<br />
O trampo rolando pra todos os lados. Povo descarregando, levando, movendo coisas pra lá e cá.<br />
Além da cozinha e do salão percebemos a movimentação na pousada, hóspedes pra todo lado.<br />
Um trabalho de gente bem humorada, que sorri, coopera, canta e abraça a tarefa. Conta<br />
demais a sinergia da equipe, bem como o preparo para atender um evento dessa magnitude.<br />
técnico de som e iluminação • doceiras • decoradores<br />
Pra encher a van organizada assim teve muita preparação<br />
Cozinha > espetáculo à parte. +12h/trampo só no dia!<br />
Mil de equipes montando o salão pra festa enquanto a cozinha se monta.<br />
cada prato tem seus processos<br />
os meninos e meninas experientes • os calouros Os convidados chegam e outro mood vai tomando conta.<br />
chapelaria<br />
A galera hiper jovem na cozinha • revolution & evolution<br />
Admirável a confiança do Fede em sua equipe super jovem<br />
A cozinha pega fogo na hora crítica • O serviço vai saindo com classe.<br />
A galera na cozinha canta no ritmo do trabalho.<br />
Assistir a gastronomia acontecendo é maravilhoso! gratidão
Tendência à mesa<br />
A redescoberta deste metal na decoração<br />
veio para permitir a expressão autoral de<br />
arquitetos, decoradores e artistas.<br />
Dos primeiros metais trabalhados<br />
pelo homem na antiguidade.<br />
A maleabilidade e a resistência à<br />
corrosão garantiram sua popularidade.<br />
A possibilidade de um design mais<br />
fluído e contemporâneo conecta-se<br />
com o charme da simplicidade<br />
estética, trazendo para a mesa<br />
um ar de modernidade.<br />
Os doces dessas fotos foram<br />
elaborados pela talentosa<br />
Sabrina da Ombak.<br />
Os cliques são do<br />
Keith Iamamura.<br />
Segundo a Daiane, da Limone, o tema cobre veio como<br />
tendência a partir de 2017, mas a cada ano que passa vem<br />
se consolidando como estilo a ser descoberto em muitas<br />
possibilidades. Os tons acobreados fluem nos casamentos,<br />
aparecendo em maquiagens, vestidos, utensílios e até na<br />
decoração de doces e bolos. Tons de chocolate ficam super<br />
elegantes sobre os cobres, principalmente quando têm um<br />
acabamento mais artesanal ou valorizam as características<br />
naturais dos alimentos.<br />
Dá uma olhadinha nas lindas composições<br />
feitas com os pratos da Limone . Se você está começando a<br />
planejar casamento, não deixe de segui-los no Instagram!<br />
Rua João Lino da Silva Neto, 678 - Garopaba<br />
63<br />
O perfil da @limonelocacoesparaeventos está cheio de imagens lindas pra você se inspirar. Fone: 48 98478.9883 | 3254.6275
Um salve pro Diogo!<br />
O prime rib é esculpido<br />
majestosamente por um<br />
açougueiro especializado<br />
e isso faz toda a diferença<br />
no corte da carne.<br />
A bananinha ou entrecostela, está localizada entre os<br />
ossos da costela bovina. Muito saborosa e macia é uma<br />
excelente opção para aperitivo no seu churrasco.<br />
É daqui<br />
que sai a<br />
bananinha<br />
Onde tem gaúcho tem churrasco!<br />
Foi pensando nisso que a Marca Toro Cortes Especiais cravou sua bandeira em<br />
solo catarinense e hoje trabalha com os principais cortes para um churras de<br />
primeira, em Garopaba e região.<br />
Segundo os sócios Paulo e Aristeu: “nosso objetivo é oferecer qualidade e<br />
atendimento aos apaixonados por churrasco, que apreciam e valorizam uma<br />
carne como a nossa”.<br />
O autêntico açougue gaúcho, conforme seu slogan, afirma que os cortes mais<br />
pedidos são as tiras uruguaias, prime rib, entrecote e o famoso “costelão”.<br />
Portanto se você quer encontrar novilho super precoce, raças como angus,<br />
hereford, devon e as incríveis carnes uruguaias, já sabe, passa na Marca Toro!<br />
Onde fica: SC 434 - Km12 - Garopaba | 48 3254.4353 | @marca_toro<br />
Além da carne, a casa<br />
também oferece<br />
temperos, farinhas,<br />
facas artesanais,<br />
bebidas e artigos para<br />
completar o sabor do<br />
churras no litoral.<br />
Sobre este corte<br />
1 peça de Prime Rib<br />
tem cerca de 700g.<br />
Bem temperada<br />
com azeite de<br />
oliva e sal já<br />
fica saboroso.<br />
Também vai bem<br />
com um mix de<br />
pimenta rosa,<br />
branca e preta,<br />
alecrim e tomilho.<br />
Dica > Asse junto alguns<br />
dentes de alho com a casca ; )<br />
Acompanhamos o corte de um pedação<br />
de novilho super precoce. Acesse o<br />
vídeo através do código ao lado!<br />
65
Quantas tampinhas de plástico têm na foto? Um quilo de<br />
tampinha vale R$2,50. Se o pigmento for vermelho, vale ainda<br />
mais. Se reciclada, vira cabide, balde, vaso de flor e outros<br />
utensílios! Nunca mais será uma tampa, nem será lixo.<br />
A indústria do plástico agradece!<br />
Tem gente que consegue botar<br />
comida na mesa catando latinhas<br />
pra reciclar... Dava pra melhorar<br />
se não botasse bituca dentro!<br />
E obviamente se não misturasse<br />
com lixos diversos...<br />
Serio que não dava pra<br />
consertar UMA madeirinha<br />
quebrada e aumentar a vida<br />
útil da caixa?<br />
Se a cadeira de praia<br />
quebrou, você pode<br />
reciclar o tecido. Que tal<br />
transformar numa bolsa<br />
de praia?<br />
Fora que a parte de metal poderia ir para o<br />
ferro velho em vez de ir pro aterro...<br />
Nessa foto não tem "propaganda"<br />
de supermercado, porque o saco<br />
preto escondeu bem. Se todos<br />
tivessem consciência do impacto<br />
que têm no meio ambiente, acho<br />
que dariam muito mais valor para<br />
essas caixas de papelão...<br />
É plástico misturado com<br />
papel, resto de comida,<br />
alumínio e itens obscuros<br />
que nunca imaginaríamos<br />
encontrar na beira da praia...<br />
desde peixe morto podre<br />
e fedido até camisinhas<br />
cheias! e fraldas também...<br />
Todos devemos assumir a<br />
responsabilidade sobre o<br />
lixo que geramos. Desde<br />
o canudinho do suco<br />
até o caroço da maçã,<br />
precisamos entender de<br />
que forma nossa decisão<br />
de consumir impacta no<br />
ambiente que ocupamos.<br />
Usufruir deste espaço sem<br />
ter a preocupação com<br />
o descarte correto traz<br />
problemas sérios.<br />
Quando for à praia, o lixo deve voltar com você. Recicle tudo o que puder.<br />
67
E quando falamos do Rosa, é<br />
preciso lembrar que além daqueles<br />
que moram aqui, há um fluxo<br />
intenso de turistas ao longo do<br />
ano inteiro. Dos mais de 600 locais<br />
de hospedagem, entre pousadas,<br />
hostels, casas de aluguel formais e<br />
informais, somente 62 colaboram<br />
com o Jogue Limpo. Com a<br />
contribuição destes empresários, é<br />
possível realizar apenas uma parte<br />
da manutenção que a praia exige.<br />
A compra de sacos de lixo,<br />
equipamentos de segurança,<br />
ferramentas e manutenção de<br />
equipamentos e o trabalho de<br />
limpeza e poda são pagos com a<br />
contribuição vinda de pousadas,<br />
restaurantes e lojas.<br />
Vem com a gente pra saber como separar<br />
direitinho o lixo. Repense seus hábitos.<br />
A limpeza e poda das trilhas,<br />
do centrinho, da orla e a coleta<br />
dos lixos soltos na Geral do Rosa<br />
e do Bicão até o posto Ale são<br />
responsabilidade de apenas<br />
três pessoas. Tenso, né?!<br />
Quantas latinhas você põe no<br />
lixo por ano? Quantos copos<br />
descartáveis você chega a usar<br />
numa festa? Quantas bolas<br />
dessas você já furou?<br />
São eles três que entram de trator<br />
pelo Rosa Sul pra deixar a praia<br />
limpa para o fim de semana. E ainda<br />
recolhem descartes “inconscientes”<br />
que aparecem nas ruas e lixeiras. A falta<br />
de noção na separação de recicláveis<br />
e atenção aos horários de coleta se<br />
somam ao problema dos animais<br />
abandonados que furam os sacos de<br />
lixo em busca de alimento.<br />
O projeto se mantém através da<br />
Contribuição de Turismo, uma taxa<br />
cobrada do turista por pousadas,<br />
restaurantes, lojas e estabelecimentos<br />
participantes. O valor repassado ao<br />
projeto é de 4 reais por acomodação<br />
em pousadas ou de 2 reais por compra<br />
em lojas e restaurantes. Esse valor<br />
paga a mão de obra, os sacos de<br />
lixo, a manutenção do trator e das<br />
ferramentas e materiais de limpeza e<br />
proteção individual.<br />
Os meninos do Jogue Limpo são<br />
funcionários da prefeitura e recebem<br />
ajuda de custo mensal para trabalhar<br />
todos os dias do mês, inclusive aos<br />
domingos e feriados, seja na alta ou na<br />
baixa temporada.<br />
Segue o @joguelimpopdr no insta e<br />
lembre de tratar bem o seu lixo. Quer<br />
ver como os caras trabalham? Então<br />
acessa o video através do código QR<br />
nesta página, se puder encontrá-lo...<br />
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