GAZETA DIARIO 947
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04 Geral<br />
Chico de<br />
Alencar<br />
chicoalencarfoz@hotmail.com<br />
Perguntar não ofende<br />
Se alguém souber ou tiver um palpite, por<br />
favor ligue para a gente: quantos<br />
candidatos nós teremos para prefeito na<br />
próxima eleição? E mais: Dobrandino será<br />
candidato ou pendurou de vez a chuteira?<br />
Mais pergunta<br />
Nós teremos na próxima eleição algum dos<br />
atuais vereadores candidato?<br />
Mais pergunta II<br />
Com estas mudanças todas no comando<br />
da Itaipu, Tercio Albuquerque continua<br />
assessor do diretor?<br />
Comercial gratuito<br />
Totalmente gratuito: o Plano SAFF<br />
realmente é um amigo da nossa família.<br />
Governo militar<br />
Nada contra a indicação de militares para o<br />
governo Jair Bolsonaro, ele que também é<br />
um militar, mas que este governo está<br />
parecendo com o tempo da saudosa<br />
ditadura militar, isto está...<br />
Presente da Crystal<br />
Bem recebida, pelo menos pela<br />
“homarada”, a divulgação das meninas da<br />
Boate Crystal. Um colírio para os olhos<br />
masculinos.<br />
Temperatura legal<br />
Na opinião geral da nossa comunidade, o<br />
inverno que está aí está numa<br />
temperatura legal, que dá até para usar<br />
camisa de manga curta. Melhor ainda: sem<br />
chuva, porque os dois juntos são um saco.<br />
De volta pra cadeia<br />
Depois de uma prisão domiciliar fraudada,<br />
aquele médico taradão, que foi condenado<br />
por abuso sexual e estupro de mais de 30<br />
mulheres, suas pacientes, está voltando a<br />
cumprir uma peninha de 180 e poucos<br />
anos. Vai ter de curtir seu tesão com os<br />
colegas presos.<br />
Alô, alô, Grupo Muffato<br />
Vou repetir o apelo feito ao Grupo Muffato:<br />
fazer parceria com algum posto de<br />
combustíveis para oferecer as mesmas<br />
vantagens nas compras que oferecem em<br />
Cascavel. Afinal Foz do Iguaçu sempre foi<br />
uma grande parceira do Grupo Muffato.<br />
Fica o pedido.<br />
Boa notícia<br />
O preço do pedágio em alguns pontos da<br />
nossa rodovia BR-277 acaba de baixar, e é<br />
uma pena que não seja em todo o trecho<br />
entre Cascavel e a nossa Foz do Iguaçu.<br />
Contrabando lucrativo?<br />
Já demos esta ideia aqui e vamos repeti-la:<br />
a Receita Federal e a Polícia Federal, em<br />
vez de destruir o cigarro apreendido no<br />
contrabando, vendê-lo para a indústria que<br />
o fabrica no Paraguai. O preço poderia ser<br />
o mínimo, de acordo com o interesse da<br />
empresa. Mesmo assim, seria uma boa<br />
graninha para nossos cofres públicos, sem<br />
parar com a caça ao contrabando.<br />
ECONOMIA<br />
Instabilidade gera<br />
desconfiança sobre o peso<br />
argentino no comércio de Foz<br />
Mesmo com cotação baixa, a inflação alta no país tem levado<br />
milhares de argentinos às compras no lado brasileiro da fronteira<br />
Ronildo Pimentel<br />
Reportagem<br />
A instabilidade política<br />
e econômica pela qual<br />
passa a Argentina tem<br />
provocado uma certa<br />
desconfiança em relação<br />
à sua moeda no comércio<br />
de Foz do Iguaçu, no<br />
lado brasileiro das Três<br />
Fronteiras. Não que isso<br />
tenha levado à recusa de<br />
clientes oriundos de Puerto<br />
Iguazú, mas comerciantes<br />
têm agido com<br />
cautela. Em algumas lojas,<br />
o pagamento não é<br />
aceito em peso.<br />
O desempenho da<br />
economia argentina nos<br />
últimos meses não tem<br />
sido muito satisfatório,<br />
com desvalorizações do<br />
peso frente ao dólar. A<br />
eleição primária do último<br />
final de semana, com<br />
a vitória da oposição sobre<br />
o presidente Mauricio<br />
Macri, que tenta manter-se<br />
no cargo, fez essa<br />
disparidade entre as moedas<br />
aumentar.<br />
A desconfiança dos<br />
comerciantes brasileiros<br />
sobre a moeda argentina<br />
foi levantada pela artesã<br />
Daniela Borba, logo após<br />
adquirir alguns produtos<br />
em um bazar no centro<br />
de Foz do Iguaçu. "Na<br />
hora de pagar, reparei<br />
que a caixa ao lado, que<br />
atendia um argentino, falou<br />
que não estavam aceitando<br />
pagamento em<br />
peso", contou.<br />
Borba informou que,<br />
após a saída do cliente,<br />
dirigiu-se à moça do caixa<br />
para saber o que estava<br />
acontecendo. "Ela disse<br />
que caiu muito [a cotação<br />
do peso], e o prejuízo<br />
era certo. Por isto<br />
não estão mais aceitando",<br />
completou.<br />
Muitos argentinos<br />
Quem anda pelas ruas<br />
de Foz do Iguaçu, especialmente<br />
nos bairros<br />
próximos à fronteira com<br />
Puerto Iguazú, tem notado<br />
uma grande presença<br />
de argentinos. Com a inflação<br />
subindo no país,<br />
eles cruzam a Ponte Tancredo<br />
Neves para adquirir<br />
produtos em lojas populares<br />
e especialmente<br />
em supermercados do<br />
bairro Porto Meira.<br />
O Gazeta Diário conversou<br />
com lideranças do<br />
comércio para saber um<br />
pouco sobre o movimento<br />
da economia na região.<br />
O empresário do<br />
ramo de informática Dutra<br />
Adevair diz que costuma<br />
receber pagamentos,<br />
além de real, em<br />
peso, dólar e guarani, a<br />
moeda do Paraguai.<br />
"Olha, às vezes recebemos",<br />
confirmou ao<br />
ser questionado sobre os<br />
pagamentos em peso.<br />
"Mas pegamos no valor<br />
que a casa de câmbio<br />
compra, que sai mais<br />
caro [para eles]", informou.<br />
Ele admite, no entanto,<br />
que está complicado<br />
receber peso: "Está<br />
caindo muito".<br />
Sem problemas<br />
O empresário Ismail<br />
Magrão, do ramo de lojas<br />
populares, confirmou<br />
que atende muitos clientes<br />
estrangeiros e não<br />
tem problemas em aceitar<br />
a moeda deles. "Não<br />
tenho uma estimativa<br />
certa, mas nesta época<br />
acredito que de 5% a 10%<br />
dos clientes são argentinos",<br />
afirmou.<br />
A empresária Tânia<br />
Ferrari, que atua no ramo<br />
de bazar na região do Porto<br />
Meira, declarou não ter<br />
Foz do Iguaçu, quinta-feira, 15 de agosto de 2019<br />
Com inflação alta, argentinos têm comprado cada vez<br />
mais no comércio varejista de Foz do Iguaçu<br />
problema em receber pagamentos<br />
em peso argentino<br />
e que não notou mudanças<br />
no movimento nos<br />
últimos dias. "Eles estão<br />
comprando normal, até<br />
mais essa semana", contou.<br />
Unila acompanha os preços<br />
da cesta básica na fronteira<br />
O professor de Economia da Universidade Federal<br />
Latino-Americana (Unila) Henrique Kawamura<br />
coordena uma pesquisa de preços em Foz do Iguaçu<br />
e Ciudad del Este (Paraguai). De acordo com ele,<br />
trata-se de um acompanhamento para medir as<br />
variações de uma cesta padrão.<br />
"Essa cesta é a mesma utilizada pelos órgãos oficiais<br />
de cada país para o cálculo da inflação", disse. Os<br />
produtos pesquisados são alimentos e artigos de<br />
higiene pessoal e limpeza. "Geralmente as variações<br />
nos preços aqui acompanham as variações nacionais<br />
[da inflação oficial]. No entanto, não são os mesmos<br />
justamente porque temos uma fronteira de grande<br />
movimentação, de paraguaios e argentinos vindo<br />
comprar aqui, e brasileiros lá."<br />
Isso pode, ainda de acordo com Kawamura, de<br />
alguma maneira modificar os preços porque essas<br />
cidades não atendem apenas a sua população, mas<br />
sim pessoas de outros países.<br />
"No caso da Argentina, na minha opinião, ainda<br />
compensa vir comprar aqui [em Foz] porque a<br />
inflação lá está muito alta, e o preço dos produtos<br />
básicos, sobretudo alimentação, não permanece<br />
estável. Assim, acaba sendo mais barato vir comprar<br />
aqui, como tem ocorrido", concluiu o professor.