02.10.2019 Views

RCIA - ED. 155 - JUNHO 2018

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

1|


|2


3|


|4


5|


ÍNDICE<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>155</strong> - <strong>JUNHO</strong>/<strong>2018</strong><br />

CAPA<br />

Unimed, cuidando de você.<br />

PROJEÇÕES<br />

Presenteie seu grande amor.<br />

TEMPO DE FESTA<br />

Viva os Santos!<br />

MATÃO<br />

Nossos parabéns!<br />

10 8 14<br />

16<br />

18<br />

Programa de autismo da Unimed<br />

Araraquara é pioneiro dentro do<br />

Sistema Unimed.<br />

Dia dos Namorados promete<br />

movimentar as vendas em<br />

Araraquara em até 5%.<br />

Confira dicas para fazer seu<br />

próprio arraial, ao lado de<br />

amigos e familiares.<br />

Matão ganha um novo<br />

prédio para abrigar o Sicoob;<br />

inauguração teve casa cheia.<br />

CIESP<br />

08| Informativo mensal ressalta o<br />

trabalho da JBT Serviços e<br />

Julianeti Colchões.<br />

Sincomercio<br />

12| Jogos da Seleção Brasileira na<br />

Copa do Mundo alteram o horário<br />

de trabalho no comércio local.<br />

Sindicato Rural<br />

43| Edição deste mês ressalta o Dia<br />

do Citricultor, comemorado no dia<br />

8 de junho.<br />

Canasol<br />

58| Canasol e Sindicato Rural<br />

lançam campanha de prevenção<br />

de incêndios em canaviais.<br />

Prefeitura estipula valores para o UBER<br />

O coordenador de Administração<br />

Tributária, Milton Lopes, anunciou que o<br />

motorista de UBER em Araraquara terá<br />

que pagar pelo alvará uma taxa no valor<br />

de duas Unidades Fiscais Municipais<br />

(UFMs), hoje R$ 106,60, em uma única<br />

vez. Já o ISS, estipulado em 5 UFMs, que<br />

corresponde a R$ 266,50, deverá ser<br />

recolhido anualmente, com possibilidade<br />

de parcelamento em seis vezes, a partir<br />

de 2019. A empresa Uber também<br />

deverá recolher aos cofres municipais<br />

o ISS, com alíquota de 5% sobre o<br />

faturamento obtido na cidade.<br />

A empresa Uber vai pagar aos cofres<br />

municipais pelo menos 5% de ISS<br />

Que venha a verba<br />

Governador Márcio França reuniu<br />

prefeitos e vices da Associação dos<br />

Municípios do Centro do Estado de<br />

São Paulo para anunciar a liberação<br />

de R$ 2 milhões, destinados à<br />

contratação de diversos exames<br />

médicos para a população dos<br />

municípios que compõem a entidade.<br />

Cada município terá direito a quase<br />

R$ 50 mil desse montante. Araraquara<br />

esteve representada pelo vice<br />

Damiano Neto. A Amcesp é formada<br />

por 39 municípios. Marcos Bilancieri,<br />

prefeito de Boraceia, é o presidente.<br />

|6


DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

por: Sônia Maria Marques<br />

LPs e CDs<br />

Como nos velhos tempos.<br />

32<br />

Vendas superam mercado virtual.<br />

Para o empresário Celso Paiva<br />

(foto), tendência só tem a crescer.<br />

Glórias do passado<br />

64 | Conheça o time master da<br />

Ferroviária que reúne grandes<br />

craques da década de 80.<br />

MÚSICA<br />

Os Intocáveis<br />

68<br />

Sabaúna e Celso dos Santos<br />

nos contam a história do grupo,<br />

destaque na década de 60.<br />

Vida social<br />

72| Em sua coluna, Maribel<br />

Santos manda uma mensagem<br />

para os namorados.<br />

Vereadores analisam projetos<br />

Shakespeare: ‘algo vai mal no<br />

Reino da Dinamarca’<br />

O que não ficou bem explicado até agora para a nossa<br />

população, é quem tem responsabilidade pelas dívidas<br />

que afetam o município nos últimos anos. São mais de<br />

400 milhões de reais que tornaram a administração<br />

pública quase inviável em Araraquara. Marcelo Barbieri<br />

acusa Edinho Silva de má gestor e vice-versa; a<br />

discussão política que caminhava para uma apuração<br />

bem mais responsável que simples palavras, hoje já<br />

levadas ao vento, vai dar em nada. Coisa de uma<br />

política bastarda que começa lá em cima e termina aqui<br />

em baixo, com a população - esclarecida ou não - tendo<br />

sua inteligência subestimada pela omissão, negligência<br />

e imprudência dos nossos governantes. Ora, se João<br />

não teme, que venha a apuração. Se José não fez nada<br />

errado, que se apure então. Mas, quando há dúvidas,<br />

o melhor mesmo é silenciar, afinal de contas, o povo<br />

tem memória curta e logo tudo isso será esquecido,<br />

mesmo que existam fiscalizadores que compactuam,<br />

fecham os olhos, silenciam, deixando transparecer que<br />

há algo errado. Se voltarmos no tempo vamos encontrar<br />

a expressão «algo vai mal no reino da Dinamarca»<br />

ou «algo está podre no reino da Dinamarca», citação<br />

famosa na peça Hamlet (escrita entre 1599 e 1601), de<br />

William Shakespeare. No original “Something is rottem<br />

in the state of Denmark” (algo vai mal no reino da<br />

Dinamarca), faz-se alusão ao momento pelo qual ela<br />

passa: tomada pela corrupção moral e política.<br />

Projetos que podem<br />

conceder repouso<br />

remunerado às servidoras<br />

públicas que sofrerem<br />

aborto; procedimento<br />

de transição de governo<br />

após as eleições<br />

municipais; créditos<br />

de recursos financeiros<br />

para a pavimentação<br />

asfáltica e sinalização em<br />

algumas vias do bairro<br />

Chácara Flora; prestação<br />

de serviços de cirurgias<br />

de catarata, exames de<br />

eletroneuromiografia<br />

e ressonância nuclear<br />

magnética com sedação;<br />

aquisição de um veículo<br />

ambulância Tipo A para<br />

simples remoção, são<br />

apenas alguns dos projetos<br />

que foram analisados e<br />

discutidos pelos vereadores<br />

em Araraquara, em<br />

maio. Estas avaliações<br />

Jéferson Yashuda preside as<br />

reuniões na Câmara<br />

consideram os efeitos que<br />

a aplicação de cada uma<br />

das medidas propostas<br />

podem resultar. Nas<br />

reuniões seguintes são<br />

analisadas as condições<br />

técnicas e jurídicas dos<br />

projetos. Outro projeto<br />

em análise nas reuniões,<br />

autoriza o investimento<br />

de cerca de 2 milhões de<br />

reais na segurança de<br />

trânsito no município.<br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Editor: Matheus Vieira<br />

Design: Bete Campos e Érica Menezes<br />

PARA ANUNCIAR: (16) 3336 4433<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />

é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />

Portal <strong>RCIA</strong>RARAQUARA.COM<br />

Editora: Rita Motta<br />

* COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Atendimento: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

7|


JBT Serviços e Julianeti Colchões<br />

se associam ao Ciesp Araraquara<br />

Ao lado da entidade, empresas sedidas em Américo Brasiliense e na<br />

Morada do Sol buscam se consolidar no mercado e expandir os negócios<br />

Empresas associadas ao Centro das Indústrias<br />

do Estado de São Paulo (Ciesp) têm à disposição<br />

um conjunto de serviços e assessorias nas áreas jurídico-consultiva,<br />

técnica, econômica, comércio exterior,<br />

infraestrutura, tecnológico-industrial, responsabilidade<br />

social, meio ambiente e crédito, além do<br />

apoio em pesquisas, cursos, convênios e eventos.<br />

Com todas essas opções, cada vez mais empre-<br />

sários se associam à entidade em busca de apoio<br />

para se fortalecer no mercado. Recentemente, na<br />

Regional Araraquara, dois novos empreendimentos<br />

ingressaram como parceiros do Ciesp: a JBT Serviços,<br />

sediada em Américo Brasiliense, e a Julianeti<br />

Colchões, que possui fábrica em Araraquara.<br />

Ambas as empresas celebraram a fi liação e estão<br />

otimistas. Conheça os novos associados abaixo.<br />

Fundada com o objetivo de oferecer soluções e<br />

resolver urgências em manutenção, construção e<br />

reformas de obras prediais de empresas e indústrias,<br />

a JBT Serviços tem como prioridade a qualidade<br />

e a velocidade das atividades prestadas por<br />

seus colaboradores.<br />

A empresa trabalha com opções técnicas e economicamente<br />

viáveis, disponibilizando esforços e<br />

recursos modernos, assim como ferramentas operacionais<br />

que fomentam a dinâmica dos serviços.<br />

Ou seja, está equipada com o que há de mais atual<br />

no mercado e, ao lado do Ciesp, pretende conquistar<br />

novos clientes.<br />

“Por sermos uma empresa prestadora de serviços<br />

para a indústria no setor de obras e manutenções,<br />

buscamos constantemente a aproximação<br />

com os clientes. E agora, como associados ao Ciesp,<br />

queremos auxiliar outras empresas do segmento e<br />

gerar novos negócios”, explica José Ronaldo da Silva,<br />

diretor do departamento de engenharia.<br />

A Julianeti Colchões é uma empresa especializada<br />

na produção artesanal de colchões sob medida,<br />

Sediado em Araraquara, o parque fabril do empreendimento<br />

possui mais de 2000 m², com área total<br />

de 4000 m². Além disso, cinco lojas físicas – quatro<br />

delas na Morada do Sol e uma em São Carlos – comercializam<br />

os produtos da marca.<br />

Atualmente, a Julianeti produz 10 modelos de<br />

colchões, sendo que todos atendem diversas necessidades.<br />

A empresa trabalha também com o<br />

prático sistema no fl ip, que dispensa a necessidade<br />

de virar o colchão a cada certo tempo.<br />

Ao lado do Ciesp – Regional Araraquara, a fábrica<br />

visualiza novos acordos e a ampliação de sua<br />

capacidade produtiva e comercial. “A entidade oferece<br />

uma base jurídica que é fundamental para as<br />

empresas. Fora isso, todas as outras assessorias<br />

certamente nos ajudarão a crescer e buscar novos<br />

mercados ainda em <strong>2018</strong>”, prevê William Julianeti,<br />

diretor da marca.<br />

16 3322 1339<br />

16 3322 7823<br />

ciesp.com.br/araraquara<br />

|8<br />

facebook.com/ciespararaquara<br />

instagram.com/ciespararaquara<br />

linkedin.com/company/ciesp-araraquara<br />

ARARAQUARA


<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

por: Ivan Roberto Peroni<br />

Savegnago impulsiona economia de Araraquara<br />

com abertura de nova loja na Avenida 36<br />

Araraquara terá ainda neste ano a terceira loja da rede de supermercados Savegnago. Ela vem sendo<br />

construída na Avenida 36, proximidades do Atacadão Tonin. Com base sediada em Sertãozinho, o<br />

Savegnago construiu em Araraquara a sua primeira unidade na área que abrigava a Comapa, na Via<br />

Expressa; depois assumiu o Patrezão na Maurício Galli e com a loja da Avenida 36, onde investirá<br />

30 milhões de reais, fecha praticamente os pontos estratégicos da cidade para atendimento ao<br />

consumidor e torna-se a maior rede de supermercados no interior de São Paulo.<br />

A instalação de mais uma unidade<br />

Savegnago em Araraquara, desta<br />

feita para atendimento ao público<br />

consumidor de uma importante<br />

região em que abrange São Geraldo,<br />

Santana, Santa Angelina e<br />

adjacências, demonstra a pujança<br />

comercial da cidade que sempre se<br />

deu ao luxo de possuir belos supermercados.<br />

Comprar alimentos e remédios são<br />

atividades básicas na vida das pessoas,<br />

indepedente da situação econômica.<br />

Talvez seja essa a verdadeira<br />

razão da proliferação de tantas<br />

farmácias nos últimos 13 anos em<br />

Araraquara. A formação de redes<br />

locais e a chegada de tantas outras,<br />

demonstram que de fato se tem um<br />

consumo elevado de medicamentos<br />

e aquela conversa de que para se<br />

curar uma gripe, nada melhor do<br />

que conhaque com limão e mel, é<br />

pura balela.<br />

Da mesma maneira, a abertura de<br />

supermercados em Araraquara -<br />

alguns de grande porte - mostra a evolução do setor como sendo um<br />

dos mais estáveis do país, mesmo diante de crises, com grande volume e<br />

evolução de faturamento, além da geração de renda e emprego.<br />

Dentro da economia local, o setor supermercadista tem enfrentado com<br />

êxito as mudanças econômicas das últimas décadas. Desde os anos 70,<br />

em um cenário de expansão da globalização, diversos fatores auxiliaram<br />

o setor a se firmar entre uma das mais estáveis. Estou lembrado que este<br />

período foi marcado pela entrada de grandes redes, acirrando a concorrência<br />

e exigindo daqueles comerciantes que tínhamos na cidade, mudanças<br />

ou encerramento das atividades. Do antigo Gonçalves Sé, passando pelos<br />

Supermercados Primiano (pioneiro), chegando ao Jumbo Eletro e hoje<br />

Extra, a travessia foi extensa em função das alterações comportamentais.<br />

O que temos percebido dentro do setor em Araraquara, é que as mudanças<br />

ocorridas estão diretamente relacionadas com o desenvolvimento econômico<br />

da cidade. De 2000 para cá, a maioria dos fabricantes não vende seus produtos<br />

diretamente para os consumidores finais e se utilizam de intermediários<br />

que constituem um canal de marketing, também chamado canal comercial.<br />

O intermediário (supermercado) coloca o produto em evidência e disso o<br />

fabricante se aproveita para criar um outro canal de venda que é a internet,<br />

o correio ou o varejo (por meio de agente ou atacado). O supermercado dá<br />

base, sustentação e propagação ao trabalho do fabricante.<br />

Voltando ao Savegnago: atualmente é considerado a maior rede de supermercados<br />

do interior de São Paulo. Sua primeira loja foi inaugurada<br />

em agosto de 1976 em Sertãozinho pelo patriarca da família Savegnago<br />

e hoje a rede já possui mais de 30 lojas e quatro postos de combustíveis.<br />

9|


EXCELÊNCIA<br />

Programa Especial de Autismo da Unimed<br />

Araraquara é pioneiro no Sistema Unimed<br />

Outras cidades do Sistema<br />

Unimed têm visitado o Centro<br />

Unimed de Qualidade de<br />

Vida – Univida para conhecer<br />

o modelo do processo<br />

adotado.<br />

Segundo a entidade internacional<br />

Centers for Disease Control and<br />

Prevention (CDC)/Autism Spectrum<br />

Disorder (ASD), o autismo é uma deficiência<br />

que pode atingir uma criança<br />

para cada 59 nascidas. Por conta<br />

desse dado, bem como do desafio<br />

que é fazer parte de um processo de<br />

identificação e atenção recentes desse<br />

diagnóstico na história da medicina,<br />

o Centro Unimed de Qualidade de<br />

Vida – Univida – Unimed Araraquara<br />

investiu em um serviço próprio, o Programa<br />

Especial Autismo (PEA), que é<br />

pioneiro dentro do Sistema Unimed.<br />

O PEA atende, atualmente, sessenta<br />

pacientes e tem servido de modelo<br />

para Unimed de outras cidades<br />

como São Carlos, São João da Boa<br />

Vista e Curitiba, que enviaram equipes<br />

de profissionais para conhecer o<br />

atendimento prestado pelo Univida.<br />

Segundo Daniela Alcalde, coordenadora<br />

administrativa do Univida,<br />

o investimento no PEA foi importante,<br />

com adequação do dimensionamento<br />

dos recursos humanos e das<br />

especificidades profissionais necessárias.<br />

“Foi preciso encontrar profissionais<br />

com interesse específico pelo<br />

autismo que sejam capacitados e<br />

especialistas. Também houve a contratação<br />

de empresa que treinou a<br />

equipe multidisciplinar com aporte<br />

teórico-prático e auxiliou na elaboração<br />

do protocolo de avaliação e<br />

intervenção, do modelo Univida”.<br />

A coordenadora também afirma<br />

que o PEA está baseado em estratégias<br />

sistematizadas, com evidências<br />

Equipe da Unimed São João da Boa Vista conhecendo o Univida, em Araraquara<br />

científicas, nos princípios da Análise<br />

do Comportamento Aplicada (ABA –<br />

Apllied Behvior Analysis).<br />

Os atendimentos contam com<br />

uma equipe multidisciplinar formada<br />

por: analistas do comportamento, psicólogos,<br />

pedagogos, fonoaudiólogos,<br />

terapeutas ocupacionais, nutricionistas,<br />

fisioterapeutas e educadores físicos.<br />

No entanto, o trabalho dessa<br />

equipe só começa com o diagnóstico<br />

e encaminhamento médicos.<br />

“O diagnóstico do Transtorno do<br />

Espectro do Autismo (TEA) requer um<br />

olhar especializado dos profissionais<br />

em identificar os sinais de alerta:<br />

falta de contato visual, movimentos<br />

repetitivos, ecolalias, preferência ao<br />

isolamento, dificuldade na interação<br />

social, dificuldade na comunicação,<br />

interesses fixos ou restritos”. Mas,<br />

o programa não atende somente as<br />

pessoas com autismo. Ele também<br />

abre espaço para os pais e cuidado-<br />

res no Grupo Terapêutico de Apoio.<br />

“Esse grupo oferece um momento<br />

de atenção para com essas pessoas,<br />

de forma a fazer com que exponham<br />

suas dificuldades pessoais, seus medos,<br />

suas angústias no contato direto<br />

com a pessoa com autismo”, explica<br />

Daniela Alcalde.<br />

Além das visitas presenciais, o<br />

Programa Especial Autismo tem despertado<br />

pelo pioneirismo, o interesse<br />

de outras cidades do Sistema Unimed<br />

para troca de informações.<br />

“O Univida já recebeu contatos<br />

por e-mail e telefone de Novo Hamburgo<br />

– Rio Grande do Sul, Goiânia<br />

– Goiás, Cascavel - Paraná e Três<br />

Lagoas – Mato Grosso do Sul. Todos<br />

querem saber mais do Programa Especial<br />

Autismo que busca promover<br />

saúde, desenvolver habilidades e<br />

melhorar qualidade de vida para as<br />

pessoas com autismo e para quem<br />

cuida delas”, finaliza.<br />

|10


11|


ADITAMENTO À CONVENÇÃO COLETIVA - HORÁRIO DE TRABALHO<br />

JOGOS DA SELEÇÃO BRASILEIRA NA COPA DO MUNDO – <strong>2018</strong><br />

O SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE ARARAQUARA - SINCOMERCIÁRIOS, inscrito no CNPJ sob o nº 43.976.430/0001-56 com sede à<br />

Rua Rui Barbosa, nº 920, Vila Xavier, Araraquara/SP, neste ato representado por seu Presidente, José de Mattos Filho e o SINDICATO DO COMÉRCIO<br />

VAREJISTA DE ARARAQUARA – SINCOMERCIO, inscrito no CNPJ sob o nº 43.975.432/0001-20, com sede à Rua Voluntários da Pátria, nº 1435,<br />

Centro, Araraquara/SP, neste ato representado por seu Presidente Antonio Deliza Neto, em conformidade com a Convenção Coletiva – Horário de<br />

Trabalho, de 30 de junho de 2017, firmam Aditamento à Convenção Coletiva – Horário de Trabalho, exclusivamente com a finalidade de estabelecer<br />

normas sobre as condições de trabalho dos comerciários durante a realização dos jogos da Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo de<br />

<strong>2018</strong>, para os municípios de Araraquara, Américo Brasiliense, Boa Esperança do Sul, Borborema, Gavião Peixoto, Ibitinga, Itápolis, Motuca, Nova<br />

Europa, Rincão, Santa Lúcia, Tabatinga, Trabiju e seus respectivos distritos, nos seguintes termos:<br />

1. Nos dias de jogos da Seleção Brasileira de Futebol, disputados na primeira fase da Copa do Mundo em <strong>2018</strong>, fica fixado o trabalho dos comerciários<br />

nas empresas do comércio varejista (em geral), nos seguintes horários:<br />

I – no dia 22 de junho de <strong>2018</strong> (sexta-feira), das 12h às 18h, com intervalo de 15 minutos, que deverá ser concedido neste período e considerado<br />

como de efetivo trabalho realizado;<br />

II – no dia 27 de junho de <strong>2018</strong> (quarta-feira), das 08h às 14h, com intervalo de 15 minutos, que deverá ser concedido neste período e considerado<br />

como de efetivo trabalho realizado.<br />

2. As horas de trabalho não exercidas nestas datas deverão ser compensadas com as horas excedentes da jornada de trabalho dos dias 11 de junho<br />

de <strong>2018</strong> (segunda-feira), véspera do “Dia os Namorados”; 10 de agosto de <strong>2018</strong> (sexta-feira), antevéspera do “Dia dos Pais”; e 11 de outubro de<br />

<strong>2018</strong> (quinta-feira), véspera do “Dia das Crianças”.<br />

3. Em caso de classificação da Seleção Brasileira de Futebol a partir das oitavas de final (jogos eliminatórios):<br />

I – para os jogos com previsão de início às 11h, nos dias úteis, fica fixado o trabalho dos comerciários nas empresas do comércio varejista (em<br />

geral), das 14h às 20h, com intervalo de 15 minutos, que deverá ser concedido neste período e considerado como de efetivo trabalho realizado;<br />

II – para os jogos com previsão de início às 15h, nos dias úteis, fica fixado o trabalho dos comerciários nas empresas do comércio varejista (em<br />

geral), das 08h às 14h, com intervalo de 15 minutos, que deverá ser concedido neste período e considerado como de efetivo trabalho realizado.<br />

4. As horas de trabalho não exercidas nos dias dos jogos eliminatórios poderão ser compensadas a livre critério de cada estabelecimento, em banco<br />

de horas próprio ou, excepcionalmente, exclusivo para o evento da Copa do Mundo.<br />

5. As empresas que não se utilizam da dilação do horário na véspera ou antevéspera do “Dia dos Namorados”, do “Dia dos Pais” e dos “Dia das<br />

Crianças”, poderão compensar o horário não trabalhado nos jogos da Seleção Brasileira, em banco de horas próprio ou, excepcionalmente, exclusivo<br />

para o evento da Copa do Mundo.<br />

6. Os Hipermercados, Supermercados e congêneres, poderão manter empregados em atividade em horários diferenciados aos estabelecidos neste<br />

aditamento, respeitados os limites legais e convencionais de horário de trabalho, sendo que as horas de trabalho eventualmente não exercidas<br />

nos dias dos jogos classificatórios e eliminatórios poderão ser compensadas a livre critério de cada estabelecimento, em banco de horas próprio<br />

ou, excepcionalmente, exclusivo para o evento da Copa do Mundo.<br />

7. Para o comércio varejista estabelecido nos Shopping Centers, fica proibido o trabalho dos comerciários nos dias de jogos classificatórios e<br />

eliminatórios da Seleção Brasileira, a partir de 30 minutos antes do início de cada partida até 30 minutos após o seu término, respeitados os limites<br />

legais e convencionais de horário de trabalho, sendo que as horas de trabalho não exercidas nos dias dos jogos classificatórios e eliminatórios<br />

poderão ser compensadas a livre critério de cada estabelecimento, em banco de horas próprio ou, excepcionalmente, exclusivo para o evento da<br />

Copa do Mundo.<br />

8. Ficam mantidas as demais cláusulas da Convenção Coletiva – Horário de Trabalho, firmada entre os sindicatos convenentes em 30 de junho de<br />

2017 e seus respectivos Aditamentos, inclusive no tocante às penalidades pelo seu descumprimento, não conflitantes com o presente aditamento.<br />

Araraquara (SP), 22de maio de <strong>2018</strong>.<br />

Antonio Deliza Neto<br />

Presidente SINCOMERCIO<br />

José de Mattos Filho<br />

Presidente SINCOMERCIÁRIOS<br />

|12


13|


12 DE <strong>JUNHO</strong><br />

Dia dos Namorados pode aumentar<br />

as vendas do comércio local em 5%<br />

Segundo Délis Magalhães,<br />

economista do Sincomercio,<br />

proximidade da Copa<br />

do Mundo e o Inverno<br />

prometem esquentar a data.<br />

O comércio de Araraquara está<br />

preparado para o Dia dos Namorados<br />

(12/06), última data comemorativa<br />

do primeiro semestre do ano. Segundo<br />

levantamento do Núcleo de Economia<br />

do Sindicato do Comércio Varejista<br />

de Araraquara (Sincomercio),<br />

espera-se um aumento nas vendas<br />

de até 5% em relação a 2017.<br />

Alguns fatores serão primordiais<br />

para alavancar as vendas, como a<br />

proximidade com a Copa do Mundo<br />

e a chegada do inverno. Ainda em<br />

2017, o comércio já apresentou uma<br />

retomada nessa data em relação a<br />

2016. Nesse ano, a tendência deverá<br />

ser mantida.<br />

Além do comércio, o setor de serviços<br />

costuma ter uma alta demanda<br />

no período, principalmente o segmento<br />

de alimentação. A proximidade com<br />

a Copa do Mundo também promete<br />

um grande aumento na movimentação<br />

de bares e restaurantes e um<br />

aumento nos presentes relacionados<br />

a futebol.<br />

“A chegada do inverno também representa<br />

uma boa notícia paras lojas<br />

de vestuário e calçados, que com certeza<br />

terão um aumento nas vendas<br />

em junho”, explica Délis Magalhães,<br />

economista do Sincomercio.<br />

Ainda para Délis, os segmentos<br />

Délis Magalhães<br />

|14


que possuem mais representatividade<br />

na data continuam sendo as<br />

joalherias, perfumarias, floriculturas,<br />

lojas de vestuário e calçados, além<br />

dos citados bares e restaurantes.<br />

No que tange às contratações de<br />

temporários, o clima continua frio. Os<br />

lojistas buscam manter o quadro de<br />

funcionários intacto e evitar as contratações<br />

como forma de evitar um<br />

possível excedente de mão de obra.<br />

“Com as boas perspectivas do momento,<br />

o comércio deverá viver uma<br />

boa recuperação nas vendas nesse<br />

mês de junho, terminando o primeiro<br />

semestre do ano com saldo positivo”,<br />

finaliza a economista.<br />

Para o presidente Antonio Deliza<br />

Neto, o cenário político que se apresenta<br />

indefinido, assim como nas<br />

outras datas comemorativas, deve<br />

influenciar o movimento nas lojas de<br />

Araraquara.<br />

Além do comércio, o setor de serviços,<br />

como restaurantes, também ganha novo<br />

fôlego, afinal, nada melhor que um<br />

jantar romântico neste dia tão especial<br />

15|


TRADIÇÃO<br />

Festa Junina<br />

em casa<br />

Na Pipocopos você compra<br />

tudo e prepara seu próprio<br />

arraial ao lado de amigos e<br />

familiares.<br />

Neste mês, escolas, igrejas, clubes<br />

e várias comunidades de todo o<br />

Brasil entram no clima de Festa Junina.<br />

A estética da comemoração todos<br />

conhecem, com suas tradicionais<br />

quadrilhas sempre regadas à comida<br />

boa.<br />

Mas se você é da turma que adora<br />

ficar em casa, receber os amigos<br />

e familiares e organizar seu próprio<br />

arraial, é uma ótima pedida. E na<br />

hora de comprar, a dica é consultar<br />

os preços e as opções da Pipocopos.<br />

Lá, nada passa despercebido: da<br />

decoração aos pratos típicos. Assim,<br />

você pode levar produtos com ótimo<br />

custo benefício. Por exemplo, algumas<br />

guloseimas são fundamentais<br />

em qualquer festa do gênero: pipoca,<br />

paçoca, doce de abóbora, bolo de<br />

fubá, canjica, arroz doce, pé-de-moleque,<br />

doce de abóbora, fora especiarias<br />

para fazer o tradicional quentão.<br />

Ainda na Pipocopos, você compra<br />

Pipocopos: a casa da sua Festa Junina<br />

balões e bexigas, além de papéis ou<br />

tecidos para as famosas bandeirinhas,<br />

aquelas coloridas em formato<br />

de retângulos com corte bem no<br />

meio. Caso não tenha tesoura para<br />

o artesanato, você também pode<br />

comprar no local, bem como pratos,<br />

copos e outras infinidades de opções<br />

descartáveis. A decoração também<br />

pode ser incrementada com outras<br />

diversas peças exclusivas. Basta pedir<br />

ajuda a um vendedor.<br />

CONTEXTO<br />

As Festas Juninas nasceram da<br />

tradição católica de homenagear<br />

três santos populares: Santo Antônio<br />

(13/09), São João Batista (24/06) e<br />

São Pedro (29/06), cujas festas litúrgicas<br />

celebram-se em junho. Um dos<br />

santos mais queridos no Brasil e Portugal,<br />

Fernando de Bulhões, nasceu<br />

em Lisboa.<br />

Foi quando mudou da ordem de<br />

Santo Agostinho para a ordem de São<br />

Francisco, em 1220, que Fernando<br />

passou a ser chamado de Antônio.<br />

Santo casamenteiro, também é lembrado<br />

por ajudar a encontrar objetos<br />

perdidos e por ser protetor dos soldados<br />

e comerciantes varejistas.<br />

Conhecido por ser festeiro, São<br />

João nasceu com o nome de João<br />

Batista. Ele instituiu o batismo, pela<br />

prática da purificação, por meio da<br />

imersão das pessoas dentro da água.<br />

|16


Outra lenda muito comum é a de<br />

que São João adormece no dia do<br />

seu aniversário pois, se estivesse<br />

acordado, não resistiria aos festejos<br />

e desceria à Terra, podendo se<br />

queimar na fogueira. Esse é um dos<br />

motivos dos fogos de artifício, justamente<br />

para acordá-lo.<br />

São Pedro, um homem de origem<br />

humilde, apóstolo de Cristo e<br />

fundador e primeiro Papa da Igreja<br />

Católica, é considerado protetor dos<br />

pescadores e das viúvas.<br />

Segundo a tradição católica,<br />

depois de morrer, São Pedro foi<br />

nomeado chaveiro do céu, ou seja,<br />

para alguém entrar lá, o santo tem<br />

de abrir as portas. Também lhe é<br />

atribuída a responsabilidade fazer<br />

chover. Por isso dizemos que quando<br />

está aquele aguaceiro, é porque<br />

São Pedro está lavando o céu e mudando<br />

os móveis de lugar.<br />

Em sentido horário,<br />

imagens de Santo Antônio,<br />

São João Batista e São<br />

Pedro. Estes festejos<br />

chegaram no Brasil pelas<br />

mãos de colonizadores,<br />

principalmente os Jesuítas<br />

Franciscanos. Foram esses<br />

padres que trouxeram estes<br />

santos e as homenagens a<br />

eles para cá.<br />

17|


Em primeiro plano, o presidente da Diretoria Executiva do Sicoob (agência 4434), Antonio Tomazetti Gaban e o vice-prefeito de<br />

Matão, Moacir Matturro. Também na foto, destaque para o diretor administrativo, Walter Francisco Orloski.<br />

MERCADO FINANCEIRO<br />

Em noite de festa Matão ganha<br />

novo prédio para abrigar o Sicoob<br />

Associados do Sicoob, empresários e convidados participaram na quinta-feira (23 de maio), da<br />

solenidade de inauguração da nova sede da cooperativa em Matão, agência 4434.<br />

Tudo ocorreu como a diretoria do<br />

Sicoob - Agência 4434, estabelecida<br />

na Avenida Barroso em Araraquara,<br />

havia planejado: Casa cheia.<br />

A comemoração nem poderia ser<br />

diferente, pois a cooperativa não apenas<br />

conquistou a cidade de Matão<br />

como também demonstrou seu avanço,<br />

tornando-se uma das principais<br />

instituições financeiras da região, coroando<br />

o espírito pioneiro da entidade<br />

nascida no interior da antiga Villares,<br />

posteriormente Iesa. “Na época, um<br />

sonho, hoje a mais grata realidade”,<br />

disse o presidente da Diretoria Executiva,<br />

Antonio Tomazetti Gaban.<br />

|18


Luiz Flavio Gonçalves Borges, diretor<br />

Operacional do Sicoob Central Cecresp<br />

José Antonio Fragali, do Conselho de<br />

Administração do Sicoob 4434<br />

Walter Francisco Orloski, diretor<br />

Administrativo da cooperativa<br />

Ao desejar boas-vindas aos cooperados,<br />

o presidente do Conselho<br />

de Administração do Sicoob 4434,<br />

José Antonio Fragali, disse que eles<br />

eram a razão maior da cerimônia. “Se<br />

não tivéssemos os nossos cooperados<br />

não teríamos a nossa cooperativa”,<br />

comentou. Ele enalteceu o trabalho<br />

do presidente Antonio Gaban e seus<br />

diretores, dizendo que eles devem<br />

ser considerados a peça-chave para<br />

execução dos projetos estipulados<br />

pela diretoria executiva. Mais adiante,<br />

agradeceu o empenho de Marcos<br />

Vinícius Viana Borges, diretor de Meios<br />

Eletrônicos de Pagamentos do Banco<br />

Cooperativo do Brasil S/A (Bancoob)<br />

e Luiz Flavio Gonçalves Borges, diretor<br />

Operacional do Sicoob Central<br />

Cecresp, representando o presidente<br />

Manoel Messias da Silva.<br />

Fragali em seu discurso, salientou<br />

que a cooperativa veio para fazer um<br />

contraponto aos bancos comerciais<br />

que buscam em suas atividades, acima<br />

de tudo, a rentabilidade e o lucro.<br />

“O grande empresário tem como se<br />

defender, tem mecanismos de negociação<br />

com os bancos comerciais, porém<br />

os pequenos, os micro, os médios,<br />

as pessoas físicas ficam reféns deste<br />

atendimento predatório que temos<br />

hoje no sistema financeiro comercial”.<br />

Fragali também procurou lembrar<br />

o histórico da fundação da agência<br />

do Sicoob em Matão oito anos atrás,<br />

quando o presidente do Sindicato do<br />

Comércio Varejista, Antonio Gianini,<br />

entendeu que os empresários precisavam<br />

de uma cooperativa para<br />

auxiliá-los no desenvolvimento dos<br />

seus negócios. “Visitamos algumas<br />

cooperativas e encontramos em Araraquara,<br />

o Sicoob Iesacred, originário<br />

de uma cooperativa de funcionários da<br />

antiga Villares. Criou-se então a parceria<br />

com o sindicato e assim nasceu a<br />

nossa cooperativa, em abril de 2011,<br />

sempre com o apoio do sindicato”,<br />

argumentou Fragali.<br />

O COMEÇO DE TUDO<br />

O diretor Administrativo Walter<br />

Francisco Orloski durante o evento,<br />

relembrou a fundação da cooperativa<br />

em 1983 com a participação dos<br />

funcionários da Equipamentos Villares<br />

e passados 35 anos, o momento é<br />

de satisfação, disse ele. “O cooperativismo<br />

cresceu em todo o País e<br />

criamos a nossa cooperativa em uma<br />

época em que a inflação atingia 40%<br />

no mercado. Outra decisão ousada foi<br />

tomada em outubro de 2007 quando<br />

houve a incorporação da Concred que<br />

pertencia à CDL (Câmara de Dirigentes<br />

Lojistas) presidida por Mário Hokama,<br />

que empunhou essa bandeira no<br />

período de 2001 a 2007”, comentou<br />

Orloski.<br />

Com a união dos conselhos e das<br />

diretorias, a cooperativa deixou de<br />

ser uma cooperativa de capital e de<br />

empréstimos para ser uma cooperativa<br />

financeira, disponibilizando todos<br />

os produtos bancários e financeiros,<br />

explicou o diretor administrativo.<br />

Moacir<br />

Matturro,<br />

vice-prefeito<br />

de Matão<br />

Marcos<br />

Vinicius<br />

Viana<br />

Borges,<br />

diretor do<br />

Bancoob<br />

Antonio Gaban, presidente da Diretoria<br />

Executiva do Sicoob Agência 4434<br />

19|


ELOGIOS<br />

O diretor Operacional do Sicoob<br />

Central Cecresp, Luiz Flavio Gonçalves<br />

Borges, representando o presidente<br />

Manoel Messias da Silva, assegurou<br />

que a entrega da nova sede tem um<br />

significado especial para a instituição:<br />

“Costumo dizer que o nosso propósito<br />

é auxiliar as cooperativas e o seu desenvolvimento<br />

para que os associados<br />

estejam satisfeitos com o que recebem<br />

das cooperativas”. Segundo ele,<br />

o melhoramento dignifica a população<br />

de Matão que acredita no Sicoob, fortalecendo<br />

o atendimento e fazendo a<br />

diferença na vida das pessoas.<br />

Em seguida, Marcos Vinícius Viana<br />

Borges, diretor de Meios Eletrônicos<br />

de Pagamentos do Banco Cooperativo<br />

do Brasil S/A (Bancoob), fez referência<br />

ao papel das cooperativas financeiras<br />

em Matão, pois das cinco existentes,<br />

quatro têm a marca Sicoob.<br />

Agência ficou lotada para acompanhar a inauguração<br />

Além disso, Borges considera o<br />

cooperativismo muito forte na cidade<br />

pois das dez instituições financeiras<br />

existentes, pelo menos cinco são<br />

cooperativas de crédito e de forma<br />

clara, realçou aos presentes a diferença<br />

entre ser acionista de uma<br />

empresa qualquer e ser associado<br />

de uma cooperativa. Para ele, uma<br />

empresa de capital aberto ou fechado<br />

é uma sociedade formada de capital.<br />

Já uma cooperativa é essencialmente<br />

uma instituição cujo capital é formado<br />

por pessoas. “Haja visto que não<br />

faz a menor diferença um cooperado<br />

com 1 real de capital ou ter 1 milhão<br />

de reais de capital. O voto dele é da<br />

pessoa e não proporcional às ações<br />

ou ao capital que ele possui naquela<br />

instituição”, completou.<br />

SICOOB 4434, DEFINITIVAMENTE NA HISTÓRIA DE MATÃO<br />

O sonho de um grupo de pessoas, transformado em realidade, leva segurança ao<br />

empreendedor e lhe dá a chance de ser o dono de uma instituição financeira.<br />

Diretores e colaboradores da Agência Sicoob 4434, responsáveis pelo sucesso da instituição financeira nascida em Araraquara<br />

|20


HÁ DIFERENÇAS<br />

Nova agência na Rua Rui Barbosa, 1075, em Matão<br />

Ao usar a palavra, o vice-prefeito<br />

Moacir Matturro resumiu o que é ser<br />

parte do cooperativismo: “Sou professor,<br />

sei onde aprendo e onde devo<br />

ensinar; hoje tive uma aula de economia<br />

e de como se deve poupar, não<br />

ser cliente de um grande banco, de<br />

um nome famoso, mas sim ser dono,<br />

nada mais importante que isso”. Ele<br />

também ressaltou que estava feliz em<br />

ver uma instituição financeira privilegiar<br />

pessoas da cidade para lidar<br />

conosco. “Sei a diferença em tomar<br />

um empréstimo entre um banco comercial<br />

e numa agência do Sicoob”,<br />

completou.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

O presidente Antonio Tomazetti Gaban,<br />

ao encerrar os pronunciamentos,<br />

agradeceu a presença de todos e argumentou<br />

que o objetivo de se criar<br />

uma nova casa para o Sicoob foi de<br />

ampliar o atendimento e o acesso para<br />

mais de 900 cooperados na cidade.<br />

“Com essa nova etapa, buscamos<br />

acompanhar o crescimento de Matão,<br />

oferecendo uma cooperativa de<br />

crédito à altura da cidade”, finalizou.<br />

O descerramento da placa marcou<br />

definitivamente a inauguração da<br />

nova sede da cooperativa, expressando<br />

assim o sentimento de evolução<br />

que a agência 4434 vem obtendo nos<br />

últimos tempos. No ano passado, a<br />

diretoria inaugurou uma agência em<br />

Dobrada, fato dos mais significativos<br />

pois a cidade até então não contava<br />

naquele momento com uma instituição<br />

financeira que atendesse a comunidade.<br />

O FUTURO<br />

Para Gaban, a agência que antes<br />

estava localizada na Avenida Sete de<br />

Setembro, agora passa a atender os<br />

Presidente do Conselho<br />

de Administração, José<br />

Antonio Fragali com<br />

Manoel Braga, diretor da<br />

HDS MecPar e Antonio<br />

Carlos Tadioti, diretor da<br />

Predilecta Alimentos, que<br />

também é presidente e<br />

vice respectivamente, da<br />

APAE de Matão<br />

seus cooperados na Rua Rui Barbosa,<br />

nº 1075, em frente ao restaurante Lopes,<br />

bem na região central da cidade.<br />

“As novas instalações trazem também<br />

avanços e benefícios para Matão e<br />

pode oferecer um leque maior de serviços<br />

para pessoas físicas e empresas<br />

da cidade”, disse.<br />

O Diretor Administrativo do Sicoob<br />

4434, Walter Francisco Orloski, salienta<br />

que a ampliação vem ao encontro<br />

da expansão regional e parte de uma<br />

demanda natural da cidade que passa<br />

a exigir maior e melhor estrutura.<br />

“Passamos a oferecer uma agência à<br />

altura da cidade de Matão, que conta<br />

com uma diretoria presente e dedicada<br />

ao avanço e evolução da cidade<br />

como um todo”.<br />

21|


PERSPECTIVAS<br />

Mara Luquet critica ‘fake news’ em<br />

evento sobre economia na cidade<br />

Colunista da Rádio CBN<br />

e da TV Globo, Mara<br />

Luquet defende veracidade<br />

das informações para<br />

entendimento do atual<br />

cenário político econômico<br />

brasileiro.<br />

Destaque durante o evento Agenda<br />

Araraquara, promovido pela EPTV em<br />

Araraquara e que, na edição deste<br />

ano, teve como tema “Economia –<br />

Oportunidades, Desafios e Reflexões,<br />

a jornalista Mara Luquet, da Rádio<br />

CBN e TV Globo pontuou que as saídas<br />

para o Brasil nos próximos anos se<br />

Mara, ao fundo, durante sua participação no Agenda Araraquara <strong>2018</strong><br />

Mara<br />

Luquet<br />

relacionam diretamente com a eleição<br />

presidencial deste ano. Dentro<br />

deste cenário, Mara deixou claro que<br />

a busca por informações verdadeiras<br />

na imprensa são de suma importância<br />

para que o brasileiro possa analisar<br />

e entender o atual cenário econômico<br />

e político do País. “Em tempos de<br />

crise, combater as fake news é algo<br />

essencial. Neste cenário, boatos são<br />

facilmente espalhados”, disse. Além<br />

da jornalista, fizeram parte do debate<br />

a gerente geral de Projetos de Investimentos<br />

da agência estadual Investe<br />

São Paulo, Ana Beatriz Fernandes e o<br />

economista Elton Eustáquio Casagrande,<br />

que é professor-assistente doutor<br />

da Universidade Estadual Paulista Júlio<br />

de Mesquita Filho (Unesp) de Jaboticabal<br />

(SP). Políticos e autoridades<br />

locais também marcaram presença.<br />

|22


23|


|24


PAISAGISMO<br />

37ª Expoflora<br />

atrai público<br />

da cidade<br />

Realizada em agosto na<br />

cidade de Holambra/SP, feira<br />

é uma ótima oportunidade<br />

para produtores<br />

araraquarenses conhecerem<br />

as novidades da floricultura.<br />

Maior exposição de flores e plantas<br />

ornamentais da América Latina,<br />

realizada anualmente em Holambra/<br />

SP para dar as boas-vindas à primavera,<br />

a Explofora chega este ano a sua<br />

37ª edição - de 24 de agosto a 23<br />

de setembro - com a expectativa de<br />

receber cerca de 300 produtores, o<br />

que atrai muitos araraquarenses que,<br />

como empresários do ramo, ou meros<br />

Holambra fica a 2 horas e 20 minutos de Araraquara, em um percurso de carro<br />

visitantes, buscam as novidades em<br />

flores e plantas ornamentais, afinal,<br />

o evento é, hoje, a grande vitrine das<br />

novidades da floricultura nacional.<br />

Em sua primeira edição, em 1981,<br />

a Explofora atraiu mais de 12 mil pessoas<br />

em um único final de semana.<br />

Hoje, mais de 300 mil turistas visitam<br />

o evento a cada ano. Apesar de contar<br />

com pouco mais de 11 mil habitantes,<br />

a cidade de Holambra é o maior centro<br />

de cultivo e comercialização de flores<br />

e plantas ornamentais do país e responde<br />

por cerca de 40% das vendas<br />

do setor. Informações sobre ingressos<br />

www.explofora.com.br<br />

25|


POR UM FUTURO MELHOR<br />

Mais uma<br />

conquista da<br />

Paz e Bem<br />

Proposta feita pela ONG<br />

Paz e Bem foi aprovada<br />

pela população na última<br />

plenária realizada na região<br />

3 do Orçamento Participativo<br />

(OP) de Araraquara.<br />

Local onde será o Parque Linear aprovado no Orçamento Participativo de 2017, visando <strong>2018</strong><br />

Em meio ao conceito de sustentabilidade<br />

na qual o mundo vive<br />

atualmente, a maior preocupação<br />

é relacionada ao meio ambiente, e<br />

nada melhor do que começar pelo<br />

local onde moramos. Foi assim que<br />

a ONG Paz e Bem iniciou as suas atividades<br />

há 3 anos, buscando conscientizar<br />

a população da região norte<br />

de Araraquara quanto à degradação<br />

da biodiversidade, da flora e da fauna<br />

local e a importância da preservação<br />

das águas do córrego Tanquinho, cuja<br />

nascente está localizada no bairro<br />

Jardim Roberto Selmi Dei.<br />

Assim, se vem lutando pelo espaço.<br />

Já foram retiradas mais de 40<br />

toneladas de lixo das margens do<br />

córrego Tanquinho e incêndios que<br />

consomem anualmente a área de<br />

preservação, contam com a ajuda<br />

dos moradores e da ONG para serem<br />

amenizados, por isso e por muitos outros<br />

motivos, a ONG levou para as plenárias<br />

do Orçamento Participativo da<br />

região Norte do Município, a proposta<br />

de se realizar no local um Parque Linear,<br />

onde a população possa usufruir<br />

do espaço como é devido. Com<br />

80 votos, prazerosamente a proposta<br />

foi aprovada e entrará no orçamento<br />

de 2019. A ONG comemora e torna-se<br />

um exemplo para a cidade.<br />

|26


27|


CRESCIMENTO<br />

Número de franquias<br />

cresceu 8,3% em 2017<br />

Segmentos de alimentação, saúde, beleza e bem-estar são os<br />

mais procurados pelos empreendedores em Araraquara<br />

|28<br />

As franquias são bastante populares<br />

entre os países e vêm crescendo<br />

nos últimos anos no Brasil. Essa sistemática<br />

tem sido um grande impulsionador<br />

para o crescimento do setor de serviços<br />

e também desempenha um papel<br />

importante no comércio, uma vez que<br />

esse modelo oferece mais segurança e<br />

credibilidade do que a abertura de um<br />

negócio começando do zero.<br />

Assim como o e-commerce, o setor<br />

de franquias, ou sistema de franchising,<br />

como também é conhecido, tem<br />

se mostrado muito mais resistente à<br />

atual crise econômica do que os estabelecimentos<br />

convencionais. O setor<br />

apresentou um crescimento estável<br />

nos últimos cinco anos e só entre 2016<br />

e 2017 registrou um aumento de 8% no<br />

faturamento nacional.<br />

Se observarmos pela ótica da geração<br />

de empregos, houve uma evolução<br />

significativa no número de contratados<br />

até 2015. Já entre os anos<br />

de 2016 e 2017, o número de vagas<br />

criadas foi mínimo, com aumentos<br />

de apenas 0,2% e 0,1% no quadro<br />

de trabalhadores, respectivamente.<br />

Apesar do resultado pouco significativo,<br />

o setor conseguiu manter um<br />

equilíbrio entre as demissões e as<br />

admissões em um período de grande<br />

aumento de desemprego, quando a<br />

grande maioria dos setores terminou<br />

com saldo negativo.<br />

Segundo levantamento do Núcleo<br />

de Economia do Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Araraquara (Sincomercio),<br />

a abertura de uma franquia tem re-<br />

presentado uma solução interessante<br />

durante a crise, principalmente para<br />

pessoas que perderam seus empregos<br />

e não possuíam ideias para empreender<br />

com um negócio próprio, fator que<br />

ajudou na sustentação desse sistema<br />

nos últimos dois anos. Os setores que<br />

têm apresentado melhor desempenho<br />

dentro desse modelo de negócio<br />

em 2017 foram: saúde, beleza e bem-<br />

-estar (12,1%) e hotelaria e turismo<br />

(9,7%). Os que apresentaram crescimento<br />

mais modesto foram os setores<br />

de entretenimento e lazer (3,7%) e serviços<br />

automotivos (5,1%).<br />

Araraquara tem se mostrado bastante<br />

atrativa para as franquias, com<br />

um aumento de 8,3% no número de<br />

estabelecimentos franqueados entre<br />

2016 e 2017, passando de 193<br />

para 209, respectivamente. Na comparação<br />

com 2015, o aumento foi de<br />

16,8%. Os dados são da Associação<br />

Brasileira de Franchising e demonstram<br />

que grande parte das redes está<br />

concentrada nos segmentos de alimentação,<br />

saúde, beleza e bem-estar<br />

e serviços educacionais.<br />

Antônio Deliza, presidente do Sincomercio,<br />

acredita que a franquia, por ser<br />

um modelo de negócio pronto, é extraordinária<br />

para quem quer empreender<br />

com as próprias pernas e ainda gerar<br />

empregos e novos fatores de consumo<br />

para a cidade. “Apesar das facilidades,<br />

é preciso fazer uma análise criteriosa<br />

antes de investir em franquias, pois<br />

como todo negócio, existe risco e é preciso<br />

ser calculado” afirma Deliza.<br />

6%<br />

SERVIÇOS E<br />

OUTROS NEGÓCIOS<br />

7%<br />

SERVIÇOS<br />

AUTOMOTIVOS<br />

15%<br />

SAÚDE, BELEZA<br />

E BEM-ESTAR<br />

Franchising<br />

em Araraquara<br />

Participação<br />

dos Segmentos


12%<br />

SERVIÇOS<br />

<strong>ED</strong>UCACIONAIS<br />

Evolução<br />

do Setor de<br />

Franquias<br />

no Brasil -<br />

Faturamento<br />

11%<br />

MODA<br />

As franquias são bastante populares entre os países e vêm crescendo pelos empreendedores<br />

nos<br />

Evolução do Setor de Franquias no Brasil – Faturamento<br />

últimos anos no Brasil. Essa sistemática tem sido um grande impulsionador<br />

As franquias são bastante populares entre os países e vêm crescendo no<br />

para o crescimento do setor de serviços e também desempenha um papel<br />

Evolução (%) Faturamento últimos Franchising anos (Em bilhões) no Brasil. Essa sistemática tem sido um grande impulsionado<br />

importante no comércio, uma vez que esse modelo oferece mais segurança e<br />

para o crescimento do setor de serviços e também desempenha um pape<br />

credibilidade do que a abertura de um negócio começando do zero.<br />

8%<br />

8,3%<br />

importante no comércio, uma vez que esse modelo oferece mais segurança<br />

8,3%<br />

Assim como o e-commerce, 9%<br />

o setor credibilidade de franquias, 163,319 do ou que sistema a abertura de de franchising, um negócio começando do zero.<br />

139,593<br />

151,247<br />

como também é conhecido, 128,876 tem se mostrado muito mais resistente à crise<br />

118,273<br />

Assim como o e-commerce, o setor de franquias, ou sistema de franchising<br />

econômica contemporânea do que os estabelecimentos convencionais. O setor<br />

como também é conhecido, tem se mostrado muito mais resistente à cris<br />

apresentou um crescimento estável nos últimos cinco anos e só entre 2016 e<br />

econômica contemporânea do que os estabelecimentos convencionais. O seto<br />

2017 registrou um aumento de 8% no faturamento nacional.<br />

apresentou um crescimento estável Lucimara nos últimos dos Santos cinco Perdonatti anos e só entre 2016<br />

é um exemplo positivo no setor de<br />

Evolução do 2013Setor de 2014 Franquias 2015 no 2017 Brasil 2016 registrou – Faturamento<br />

2017 um aumento de 8% no faturamento nacional.<br />

beleza. Ela investiu na franquia O<br />

Boticário e apostou no potencial da<br />

Evolução (%) Faturamento Evolução Franchising (Em do bilhões) Setor de Franquias no Brasil – Faturamento<br />

cidade e tem grande expectativa<br />

Se observarmos pela ótica da geração de Evolução empregos,<br />

em relação ao negócio. “Acredito<br />

8% (%) houve Faturamento uma evolução Franchising (Em bilhões)<br />

8,3%<br />

8,3%<br />

que Araraquara ainda tem muito<br />

9%<br />

163,319<br />

significativa no número de contratados 151,247 até 2015. Já entre os anos o de que 2016 crescer e<br />

139,593<br />

e<br />

8%<br />

ainda estamos<br />

128,876<br />

8,3%<br />

118,273<br />

8,3%<br />

2017, o número de vagas criadas foi mínimo, com<br />

colaborando com a geração de<br />

9% aumentos de apenas 0,2% e<br />

163,319<br />

151,247<br />

139,593 empregos. Na minha opinião, o<br />

128,876<br />

0,1% no quadro de trabalhadores, respectivamente. 118,273 Apesar do resultado mercado pouco de franquia é hoje a<br />

significativo, o setor conseguiu manter um equilíbrio entre as demissões<br />

melhor<br />

e as<br />

opção para quem quer<br />

2013 2014 2015 2016 2017 empreender”, explica.<br />

admissões em um período de grande aumento de desemprego, quando O empresário a Valquírio Cabral,<br />

2013 2014 2015 de Araraquara, 2016 trabalhou 2017 durante<br />

grande maioria dos setores terminou com saldo negativo.<br />

Se observarmos pela ótica da geração de empregos, houve uma 20 anos evolução como executivo e há cinco<br />

significativa no número de contratados até 2015. Já entre os anos é empreendedor 2016 e multifranqueado,<br />

Se observarmos pela ótica em da várias geração cidades, de empregos, com um total houve de uma evoluçã<br />

2017, o número de vagas criadas foi mínimo, com aumentos de apenas 0,2% e<br />

significativa no número de contratados 20 franquias até de 2015. grandes Já entre marcas, os anos de 2016 e<br />

0,1% no quadro de trabalhadores, respectivamente. Apesar do resultado entre elas pouco<br />

2017, o número de vagas criadas foi mínimo,<br />

Mr. Cat.<br />

com<br />

Para<br />

aumentos<br />

ele, que<br />

de apenas 0,2%<br />

significativo, o setor conseguiu manter um equilíbrio entre as demissões também e oferece as consultoria para<br />

0,1% no quadro de trabalhadores, respectivamente. Apesar do resultado pouc<br />

admissões em um período de grande aumento de desemprego, novos quando empreendedores, a<br />

o setor<br />

significativo, o setor conseguiu apresenta manter um segurança equilíbrio entre e todo as demissões e a<br />

grande maioria dos setores terminou com saldo negativo.<br />

36%<br />

admissões em um período suporte de grande estrutura aumento e de treinamento. desemprego, quando<br />

ALIMENTAÇÃO grande maioria dos setores terminou Mas é com importante saldo negativo. ficar atento a<br />

algumas dicas antes de investir.<br />

“Analisar e acreditar em marcas<br />

conceituadas e maduras com no<br />

mínimo 10 anos de mercado e<br />

que não terão mudanças em curto<br />

prazo; alimentação e vestuário são<br />

bens de consumo de primeiro uso<br />

e sempre estão em alta”, avalia.<br />

O empresário ainda afirma<br />

que Araraquara tem um público<br />

de consumo alto e um poder<br />

aquisitivo muito bom e que às<br />

4%<br />

vezes precisa fazer compras<br />

CASA E<br />

na região por não encontrar o<br />

CONSTRUÇÃO<br />

que precisa na própria cidade:<br />

“Araraquara tem possibilidade<br />

3%<br />

de receber mais franquias, mas<br />

HOTELARIA<br />

4%<br />

1%<br />

E TURISMO<br />

COMUNICAÇÃO, os futuros franqueados precisam<br />

LIMPEZA E<br />

CONSERVAÇÃO<br />

INFORMÁTICA E saber que não basta ter apenas o<br />

ELETRÔNICOS<br />

poder aquisitivo, é preciso ter alma<br />

de empreendedor e ser engajado<br />

1%<br />

ENTRETENIMENTO<br />

naquilo que propõe”.<br />

E LAZER<br />

29|


|30


TECNOLOGIA<br />

Aplicativo Recicla Tech é premiado na<br />

Feira Nacional de Empreendedorismo<br />

Projeto desenvolvido por alunos de um curso de Assistente Administrativo em Araraquara,<br />

ganhou o primeiro lugar na categoria ‘Serviços’ em evento realizado em Londrina.<br />

Luis Ricardo Ferreira Leite e Gabrielly<br />

Macs de Oliveira, e um curso<br />

de Assistente Administrativo em<br />

Araraquara, venceram a categoria<br />

‘Serviços’ na Feira Nacional de Empreendedorismo<br />

(FNE) <strong>2018</strong> com<br />

um aplicativo que indica o local mais<br />

próximo para se descartar material<br />

reciclável na cidade.<br />

Batizado de Recicla Tech, o app<br />

já está disponível para download em<br />

Android e iPhone. A orientação do projeto<br />

é assinada pelo educador Sandro<br />

Polizel Laurentino. O projeto, que<br />

rendeu um prêmio de R$ 2 mil aos<br />

araraquarenses, também possibilita<br />

agendar uma coleta residencial, industrial<br />

ou comercial para quem tem<br />

uma grande quantidade de recicláveis<br />

ou não tem disponibilidade de ir<br />

até os pontos de coleta.<br />

“É difícil encontrar alguém que<br />

não tenha um smartphone hoje em<br />

dia! A tecnologia veio para facilitar<br />

a vida, inclusive quando o assunto<br />

é a reciclagem. Por isso criamos o<br />

aplicativo ReciclaTech, que oferece<br />

aos seus usuários um meio único,<br />

inovador e sustentável de auxiliar no<br />

cuidado com o meio ambiente, oferecendo<br />

diversos meios de se fazer o<br />

descarte de materiais recicláveis, de<br />

forma limpa e correta. Recicle sua forma<br />

de reciclar as coisas”, informam<br />

Luis, Gabrielly e Sandro para nossa<br />

reportagem.<br />

Os vencedores: Luis Ricardo, o educador<br />

Sandro e Gabrielly<br />

31|


MERCADO<br />

Vendas de CDs e LPs superam<br />

downloads pela 1ª vez desde 2011<br />

Para proprietários de Sebos em Araraquara, principais vias de compra de livros, discos, cds, o<br />

crescimento não é novidade; por aqui, fãs de rock, jazz e MPB são os principais consumidores.<br />

Álbum musical é quase sempre um projeto complexo: criação e escolha do repertório, trabalho gráfico e distribuição, diz Celso Paiva<br />

Engana-se quem pensa que a internet<br />

matou a venda de CDs e LPs.<br />

Claro que plataformas online mudaram<br />

a maneira de muita gente ouvir<br />

música, porém a parcela que não<br />

abre mão de uma mídia física ainda<br />

existe. E cada vez mais mostra sua<br />

força. Ao menos é o que indica recente<br />

relatório da Associação da Indústria<br />

de Gravação da América (Recording<br />

Industry Association of America),<br />

órgão que contabiliza as produções<br />

musicais do continente.<br />

Segundo o levantamento, os<br />

downloads digitais despencaram<br />

25% (faturaram 1,3 bilhão de dólares)<br />

em relação ao ano anterior. A receita<br />

de produtos físicos, como Lps<br />

e CDs, por outro lado, caiu apenas<br />

4% (1,5 bilhão). Logo, o documento<br />

aponta que as vendas de produtos<br />

físicos superaram então os virtuais,<br />

fato que não ocorria desde 2011.<br />

Além disso, a indústria da música<br />

cresceu pelo segundo ano consecutivo,<br />

alcançando 8,7 bilhões de dólares<br />

em receita total, melhor resultado<br />

desde 2008.<br />

Em Araraquara o assunto repercute,<br />

no mundo daqueles que amam<br />

a música e a arte, de maneira geral.<br />

Fomos às ruas para ouvir a opinião de<br />

dois proprietários de sebos da cidade,<br />

afinal, espaços do tipo são as principais<br />

vias de consumo para aqueles<br />

que cultivam o hábito de comprar<br />

CDs e LPs. Para Celso Monari Paiva,<br />

do Uraricoera, a venda de discos de<br />

vinil segue em constante crescimento,<br />

com novas fábricas surgindo no<br />

mundo todo. Uma prova disso é que<br />

cada vez mais artistas contemporâneos<br />

lançam seus trabalhos em LP e<br />

inúmeros relançamentos são anunciados<br />

todo mês.<br />

“Esse mercado ainda deve crescer<br />

nos próximos anos, uma vez que<br />

somente em 2016, começaram a reaparecer<br />

fabricantes de equipamento<br />

para produção de discos. Até então,<br />

todas as fábricas de discos de vinil<br />

em atividade no mundo atuavam com<br />

o escasso maquinário do século passado,<br />

muitas vezes recuperado da<br />

|32


condição de sucata.<br />

Este entrave para o surgimento de<br />

novas fábricas acabou, o que deve<br />

ampliar a oferta de discos para um<br />

mercado que tem absorvido bem sua<br />

produção atual”, analisa Celso.<br />

E sobre a eterna discussão sobre<br />

a qualidade de cada meio de reprodução,<br />

no caso CD e LP, o empresário<br />

pontua que existe um público<br />

para cada um deles, ou ainda quem<br />

quer desfrutar de todos eles. Para<br />

ele, mesmo o CD, que segue uma<br />

tendência de baixa, deve encontrar<br />

um ponto de estabilidade, pois muita<br />

gente continua não abrindo mão de<br />

uma boa mídia física.<br />

“Um álbum de música é quase<br />

sempre um projeto complexo, que<br />

vai da criação e escolha do repertório<br />

ao trabalho gráfico e sua distribuição.<br />

Ouvir músicas aleatoriamente no celular<br />

distancia um pouco os ouvintes<br />

desse universo de criação. Já a mídia<br />

física representa a síntese de todo<br />

esse processo, sua materialização.<br />

Acabam de sair duas pessoas aqui<br />

da loja levando discos para presentear:<br />

um Beatles (‘Sgt. pepper’s Lonely<br />

Hearts Club Band’) e um Queen (The<br />

Game). Imagine se ao invés desses<br />

presentes, o felizardo ganhasse uma<br />

assinatura do Spotify? Duvido que a<br />

sensação seria a mesma”, finaliza.<br />

Para Ricardo Sother Sciubba, da<br />

Ricks Records, o público que ainda<br />

procura CD´s e LP´s vai ao encontro<br />

de fãs de estilos como jazz,<br />

rock e MPB. Para ele, que viaja o<br />

Brasil em feiras do tipo, amantes<br />

dessa arte ganham força em eventos<br />

relacionados, que apresentam<br />

muita coisa antiga, o que desperta<br />

ainda mais a vontade de colecionar.<br />

“A BBC divulgou uma pesquisa<br />

que atesta como até mesmo o streaming<br />

de música digital, tem impulsionado<br />

a venda dos bons e velhos<br />

bolachões nos últimos anos, no que<br />

parece ser uma convivência cada vez<br />

mais azeitada entre os diferentes formatos”,<br />

diz Sciubba.<br />

EU COMPRO E VOCÊ<br />

VEM COMPRAR<br />

Para a fotógrafa e guitarrista/vocalista<br />

da banda La Burca, de Araraquara,<br />

Amanda Rocha, comprar discos<br />

de vinil é um hábito de mais de<br />

anos, que ela adquiriu junto aos pais.<br />

Quanto a CDs, hoje, ela não compra<br />

com frequência, mas aceita como<br />

presente. Para ela, a mídia física nunca<br />

morrerá, afinal, com a solidão e<br />

frieza que uma música online pode<br />

passar, é superada pela aproximação<br />

com o artista através do encarte, com<br />

letras e textos específicos. “Tem que<br />

caçar, mas dá para achar coisa boa,<br />

com certeza”, revela.<br />

Ricardo Sother<br />

Sciubba, da<br />

Ricks Records<br />

A fotógrafa<br />

e musicista<br />

Amanda Rocha<br />

33|


MÚSICA<br />

Um cantinho<br />

com Beatles<br />

O empresário araraquarense,<br />

João Luis Roveri, abre as<br />

portas de seu escritório à<br />

nossa reportagem para<br />

mostrar sua admirável coleção<br />

de itens ligada aos quatro<br />

garotos de Liverpool.<br />

Réplicas dos intrumentos de John e Paul<br />

Roveri em sua mesa: detalhe para o quadro de Lennon feito por sua mulher, Jussara Roveri<br />

Achar um lugar para estacionar o<br />

carro próximo ao escritório do empresário<br />

João Luis Roveri não foi uma tarefa<br />

fácil. Aliás, essa missão é sempre<br />

complicada quando nos referimos ao<br />

perímetro central de Araraquara.<br />

Então, caminhar alguns quarteirões<br />

sob um sol quente seria a única<br />

alternativa. E os passos precisavam<br />

ser rápidos, pois a entrevista estava<br />

marcada para às 15h. O relógio era<br />

mais veloz que a minha velocidade,<br />

mas tinha em mente que os dez<br />

minutos de atraso seriam tolerados.<br />

Deu tudo certo. E ao ser convidado<br />

por Roveri para adentrar ao lugar,<br />

mal sabia que passar por uma simples<br />

porta branca me levaria a um<br />

ambiente praticamente impensável,<br />

em um primeiro momento.<br />

É que bem em meio a um espaço<br />

que carrega um “certo peso” por conta<br />

de decisões de um diretor administrativo<br />

de empresa, no caso a Fonteri,<br />

Roveri decorou a sala de uma maneira<br />

que, segundo suas próprias palavras,<br />

transformou-se no “canto que<br />

ele encontra a paz para trabalhar ou<br />

À direita, tela de Nájela Faiad<br />

mesmo receber clientes e amigos”.<br />

E boa parte dessa magia não vem<br />

apenas do café expresso forte, ou da<br />

temperatura amena que faz discrepância<br />

com a Morada do Sol. Vem<br />

do ambiente, onde dentro daquelas<br />

paredes, está estampada, de diferentes<br />

maneiras, uma de suas maiores<br />

paixões: os Beatles.<br />

Tudo é muito organizado e de<br />

muito bom gosto. Ali, fui exposto a<br />

fantásticas telas da artista plástica<br />

são-carlense Nájela Faiad; quadros e<br />

fotos que ele ganhou de outros amigos<br />

beatlemaníacos; miniaturas e<br />

bonecos; réplicas da guitarra e baixo<br />

de John Lennon e Paul McCartney e<br />

muitos outros itens pessoais. Fora o<br />

tempero final: caixas de som ligadas<br />

em uma rádio on-line que toca Beatles<br />

o dia todo.<br />

“A decoração dessa sala foi muito<br />

|34


Detalhe para o quadro alusivo ao show de Ringo Starr; há outro semelhante para Paul<br />

natural. Em casa mesmo, não tenho<br />

praticamente nada. Resolvi concentrar<br />

tudo aqui, equilibrando entre<br />

compras e presentes. Inclusive, já<br />

disse aos meus filhos: quando eu não<br />

estiver mais aqui, presenteie as pessoas<br />

com tudo isso. Doe para quem<br />

vai ter este carinho especial, assim<br />

como eu tenho”, diz o empresário.<br />

Sem dúvidas, algumas das peças<br />

que mais me chamaram atenção (depois<br />

dos quadros de Nájela), foram os<br />

painéis dos shows que Rovelli pôde<br />

assistir aqui no Brasil, no caso Ringo<br />

Starr e Paul McCartney. Ele esteve<br />

em todas as apresentações dos ex-<br />

Beatles a partir da década de 90. Em<br />

algumas, ele reuniu todas as fotos da<br />

aventura, disponibilizadas em telas<br />

com frente e verso.<br />

“Do Paul, tive a oportunidade de<br />

participar da passagem de som. Ou<br />

soundcheck, se preferir. Foi incrível<br />

e tudo está registrado e, devidamente<br />

guardado. Tudo, do ingresso aos<br />

impressos que recebemos durante<br />

o evento. Não vislumbro poder<br />

conhecê-lo um dia, mas queria um<br />

autógrafo na minha pele, que viraria<br />

uma tatuagem. Inclusive, vou tatuar<br />

o rosto dos quatro em um braço em<br />

breve”, revela o empresário.<br />

Pai de três filhos, João Luis Roveri<br />

vê na identificação de sua neta Helena,<br />

de 2 anos e 9 meses, a longevidade<br />

da obra dos Beatles, que ele<br />

conheceu em 1977 por influência de<br />

um amigo. “Ela adora a história do<br />

‘Yellow Submarine’, por exemplo. Não<br />

sou daqueles que pesquiso os mínimos<br />

detalhes da vida de cada Beatle.<br />

Gosto do todo, do contexto. A cada dia<br />

me encanto mais”, completa.<br />

THE BEETLES ONE<br />

Quem pensa que as mais fortes<br />

emoções de João Luis Roveri em relação<br />

a Beatles ficam restritas apenas<br />

a sua linda sala ou os shows ao<br />

vivo, ou mesmo a tour que ele fez<br />

em Liverpool, na Inglaterra (terra dos<br />

meninos), se engana. Durante a entrevista,<br />

ele nos contou, com muito orgulho,<br />

sua relação de amizade com o<br />

grupo The Beetles One, de São Carlos.<br />

Ele descobriu a banda por acaso em<br />

2004, por indicação da citada artista<br />

plástica Nájela Faiad.<br />

A identificação ultrapassou os limites<br />

da sanidade, no primeiro encontro.<br />

“Parecia que eu estava ouvindo<br />

os próprios Beatles. Foi surreal”,<br />

confessa.<br />

A banda é formada por duplas de<br />

primos de São Carlos. Curiosamente,<br />

Cléber Harrison Tiossi faz John<br />

Lennon e não George. O guitarrista<br />

é irmão de Wesley Tiossi, o baterista<br />

(Ringo Starr). No baixo, Renato Tiossi<br />

é Paul McCartney e, na outra guitarra,<br />

Carlos Tiossi é George Harrison.<br />

Por um tempo, Roveri passou a<br />

atuar como empresário da banda,<br />

ajudando os garotos a conseguirem<br />

shows para viabilizarem uma viagem<br />

para a Inglaterra. Também auxilou<br />

em processos burocráticos, como<br />

vistos europeus, por exemplo. Tudo<br />

deu certo e hoje o empresário atua<br />

apenas como “conselheiro”, como ele<br />

mesmo diz.<br />

Vale dizer que o grupo já residiu<br />

na Itália, porém o sucesso veio quando<br />

se mudaram para a cidade de Birmingham,<br />

na Inglaterra, em 2006.<br />

No país, apresentaram-se centenas<br />

de vezes em aproximadamente<br />

setenta cidades do Reino Unido, incluindo<br />

performances no lendário<br />

Cavern Club, local onde os Beatles<br />

fizeram seu primeiro show.<br />

Em 2012, a The Beetles One foi<br />

considerada “Destaque do Ano” dentre<br />

outros 66 grupos de 24 países<br />

diferentes, de acordo com os organizadores<br />

da Beatle Week, o maior<br />

festival de Beatles do todo o mundo.<br />

Roveri é hoje conselheiro da banda cover The Beetles One, de São Carlos/SP<br />

35|


ENTRETENIMENTO<br />

Ozzy e um<br />

araraquarense<br />

Em sua última turnê mundial,<br />

o lendário vocalista do Black<br />

Sabbath fez fotos com muitos<br />

fãs, inclusive Luis Zeferino<br />

Fundador do site Ozzy Brasil, o jornalista<br />

e publicitário araraquarense<br />

Luis Fernando Zeferino, mais uma vez,<br />

esteve ao lado do lendário vocalista<br />

Ozzy Osbourne, podendo conversar<br />

e tirar uma foto com seu ídolo. O primeiro<br />

contato ocorreu há dez anos.<br />

Porém, este tem um gosto especial,<br />

afinal, o Madman viaja o mundo<br />

com a ‘No More Tours’, turnê solo que<br />

promete ser a sua última ao redor do<br />

mundo. Pelo Brasil, Ozzy esteve, neste<br />

ano, em São Paulo (13/05), Curitiba<br />

(16/05), Belo Horizonte (18/05) e Rio<br />

de Janeiro (20/05). O encontro de Zeferino<br />

e Ozzy ocorreu em São Paulo,<br />

‘O fator principal para a criação do portal Ozzy Brasil foi a necessidade de viabilizar o<br />

acesso à informação e artigos raros do Madman para os fãs brasileiros’, diz Zeferino<br />

durante o famoso programa de ‘Meet<br />

And Greet’, atividade que coloca fãs<br />

em contato com seus ídolos.<br />

“É sempre uma grande honra e<br />

isso nos motiva a seguir em frente,<br />

trazendo todas as informações sobre<br />

a vida e a carreira do Ozzy. Missão<br />

cumprida”, conta Zeferino, orgulhoso<br />

em sentir como os projetos vão se<br />

desenvolvendo.<br />

|36


37|


DIA DE VISITA<br />

CHICO SANTORO<br />

EM NOSSA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

Uma das figuras mais queridas de<br />

Araraquara, Chico Santoro é o que<br />

podemos chamar de simplicidade.<br />

Brilhante arquiteto, um brilhante músico<br />

e o agradável jeito de se comunicar na<br />

Uniara FM. Veio trocar figurinhas da<br />

Copa do Mundo com Humberto Perez.<br />

ALZEMIRO IANELLI<br />

FATOS & FOTOS<br />

DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

AÇÃO ‘LIMPA’ A FACHADA DO MUSEU<br />

SUBINDO<br />

A campanha<br />

‘Aniversário<br />

Cidades Vizinhas’<br />

é sucesso no<br />

Shopping Jaraguá.<br />

Nela, moradores<br />

das cidades<br />

aniversariantes da<br />

região estacionam<br />

gratuitamente<br />

durante o dia do<br />

aniversário das<br />

mesmas. Em junho,<br />

podem aproveitar<br />

habitantes de<br />

Pradópolis e Taiúva<br />

(dia 13), Bariri (16),<br />

Ribeirão Preto (19),<br />

Analândia (21) e Rio<br />

Claro e Ibaté (24).<br />

DESCENDO<br />

No mês de maio,<br />

em uma escola do<br />

Jardim Indaiá, um<br />

professor foi ferido<br />

com uma agulha de<br />

seringa. Enquanto a<br />

Guarda Municipal<br />

atendia o caso, a<br />

diretora da mesma<br />

unidade teria sido<br />

desacatada com<br />

palavrões por outro<br />

aluno. Ambos os<br />

estudantes têm 13<br />

anos. Até quando<br />

vamos conviver com<br />

esse desrespeito com<br />

aqueles que lutam<br />

por uma educação<br />

melhor?<br />

Ufa, ainda bem. Uma ação<br />

comunitária de pintura retirou<br />

as pichações nas paredes<br />

externas do Museu Histórico<br />

e Pedagógico Voluntários da<br />

Pátria de Araraquara. Em nossa<br />

edição de maio, relatamos, nesta<br />

mesma coluna ‘Fatos e Fotos’ o<br />

vandalismo presente no local, com<br />

frases agressivas e palavrões de<br />

baixíssimo calão. A iniciativa partiu<br />

da ABATur - Associação de Bueno<br />

de Andrada para Cultura e Turismo<br />

Rural. O apoio cultural foi da<br />

Morvillo Materias de Construção<br />

e também da Prefeitura de<br />

Araraquara. Parabéns, pessoal.<br />

Mais asfalto<br />

A Prefeitura iniciou os<br />

trabalhos de pavimentação<br />

do acesso norte do VI<br />

Distrito Industrial, no<br />

complemento da Avenida<br />

Aroeiras e na alça de<br />

acesso da Rodovia Antônio<br />

Machado Sant’Anna (SP<br />

255). O investimento de<br />

R$ 333 mil na primeira<br />

etapa é oriundo de emenda<br />

parlamentar do deputado<br />

estadual Roberto Massafera,<br />

no valor de R$ 273 mil<br />

(pavimentação, guias e<br />

sarjetas) e de recursos<br />

próprios. A Prefeitura<br />

destinou R$ 60 mil para<br />

os serviços de drenagem.<br />

Ótima iniciativa.<br />

O adeus ao Dr. Hugo Fernando Salinas Fortes<br />

Alzemiro Ianelli, presidente do Grupo da<br />

Melhor Idade em Araraquara, contando<br />

em nossa redação o sucesso dos bailes<br />

organizados pela entidade recreativa,<br />

considerada uma das mais atuantes na<br />

região.<br />

Foto do Dr. Hugo estampada<br />

na galeria da Ordem dos<br />

Advogados do Brasil (OAB),<br />

onde ele exerceu a presidência<br />

Araraquara se despediu do advogado Doutor<br />

Hugo Fernando Salinas Fortes no dia 14 de<br />

maio. Fortes foi presidente da 5ª Subseção<br />

da Ordem dos Advogados do Brasil de<br />

Araraquara na gestão de 1975 a 1977.<br />

Em nota em seu site oficial, a diretoria da<br />

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB SP)<br />

lamentou a perda e mostrou-se solidária à<br />

família, os amigos e a advocacia da região,<br />

que conviveram de perto com a liderança<br />

do advogado. Aos 82 anos, Fortes deixa<br />

a esposa, Dra. Luiza Fortes e filhos. Como<br />

profissional, teve extraordinário desempenho,<br />

angariando sempre o respeito dos colegas.<br />

|38


FRASE<br />

“Episódio da Rádio<br />

Morada do Sol<br />

derrubou deputada<br />

Márcia Lia. Sua sorte Geraldo Polezze<br />

é a Copa do Mundo antes das eleições.<br />

Mas, depois, a rede social será implacável<br />

e influenciará nas urnas, além da imprensa<br />

profissional. Mulher que cobrou promessa<br />

de emprego da deputada foi triste, pela<br />

essência”.<br />

Comentário do jornalista Geraldo Polezze<br />

em sua página no facebook. O texto<br />

faz alusão ao vídeo com a discussão<br />

entre a deputada do PT e o também<br />

comunicador José Carlos Magdalena. Ao<br />

final dele, uma mulher aparece cobrando<br />

Márcia Lia, que teria prometido emprego<br />

à sua filha. O vídeo viralizou no WhatsApp.<br />

Empreender, sempre<br />

Um grupo de 22 moradores do<br />

Assentamento Bela Vista, a maioria<br />

mulheres, participa de um mutirão<br />

que tem gerado renda a suas famílias.<br />

Durante o período da colheita do<br />

milho, que acontece entre os meses<br />

de março a maio, esses produtores<br />

familiares do assentamento chegam<br />

a faturar R$ 300 por semana, com a<br />

extração da palha do milho, que<br />

atende o mercado de cigarros de<br />

palha. O Assentamento Bela Vista<br />

também é um produtor de cereais,<br />

além dos hortifrútis do qual é bem<br />

conhecido e é por meio da produção<br />

de grãos que os assentados diversificam<br />

sua produção, conquistam mais<br />

segmentos do mercado e não ficam<br />

dependendo de uma única cultura.<br />

Clima de Copa<br />

A exposição “Seleção Brasileira –<br />

Estação Ferroviária”, que propõe um<br />

aquecimento para a Copa do Mundo,<br />

é destaque no Museu do Futebol e<br />

dos Esportes de Araraquara até o dia<br />

31 de julho. A visitação gratuita é de<br />

segunda a sábado, a partir das 9h.<br />

39|


CONQUISTA<br />

Grupo Escoteiro Morada do Sol-378<br />

entrega seu o primeiro ‘Lis de Ouro’<br />

Prêmio é sinônimo de comprometimento e orgulho para todo o grupo, fundado há quatro anos.<br />

O distintivo especial “Lis de Ouro”<br />

é um dos mais importantes símbolos<br />

a serem conquistados por jovens escoteiros<br />

entre 11 e 14 anos. Tal honraria<br />

comprova comprometimento e<br />

é motivo de orgulho para o grupo e<br />

também para o condecorado.<br />

E o Grupo Escoteiro Morada do Sol<br />

-378 agregou essa felicidade recentemente,<br />

ao entregar seu primeiro “Lis<br />

de Ouro” ao escoteiro Elwis Gustavo<br />

de Souza Mello, que sempre foi dedicado<br />

e fiel à sua Promessa Escoteira<br />

e às Leis Escoteiras.<br />

No mesmo dia da entrega da<br />

condecoração ao garoto, o grupo celebrou<br />

a passagem de vários jovens<br />

para um ramo superior, cumprindo<br />

assim uma etapa na vida escoteira e<br />

ingressando em outra para dar continuidade<br />

à sua progressão.<br />

“Os ramos escoteiros têm a finalidade<br />

de reunir crianças e jovens de<br />

acordo com sua faixa etária, possibilitando<br />

assim atender de forma mais<br />

eficaz aos seus interesses. São eles:<br />

de 6,5 a 10 anos (ramo lobinho); 11<br />

a 14 anos (escoteiro); 15 a 17 anos<br />

(sênior) e 18 a 21 anos (pioneiro)”,<br />

No programa, o voluntário e o jovem criam uma relação de amizade e confiança<br />

Valnei Pinotti<br />

explica Valnei Pinotti, chefe dos<br />

escoteiros.<br />

A HISTÓRIA<br />

O Grupo Escoteiro Morada do Sol<br />

fundado em 15 de março de 2014,<br />

tem como objetivo, assim como todos<br />

os membros do movimento escoteiro,<br />

fazer deste mundo um mundo melhor.<br />

Fiel ao método escoteiro, os jovens<br />

desenvolvem seu caráter e suas habilidades<br />

sociais, físicas, intelectuais,<br />

espirituais, afetivas e emocionais, em<br />

um sistema de progressão que tem a<br />

intenção de estimular suas capacidades<br />

e interesses.<br />

“A evolução é acompanhada individualmente<br />

por um adulto voluntário,<br />

que identifica suas qualidades<br />

e deficiências a fim de orientá-lo da<br />

melhor forma, criando oportunidades<br />

para que ele se desenvolva e se supere<br />

cada vez mais”, finaliza Valnei<br />

Pinotti. O Grupo Escoteiro Morada<br />

do Sol, cumprindo suas finalidades e<br />

demonstrando acentuada preocupação<br />

com o amanhã dos cidadãos, tem<br />

suas atividades aos sábados, das 14h<br />

às 17h, no CER Cotinha de Barros,<br />

Rua dos Estados, 1061, Jardim Brasil.<br />

Outras informações pelo blog:<br />

http://grupoescoteiromoradadosol.<br />

blogspot.com.br/<br />

|40


INÉDITO<br />

Copa do Mundo de botão<br />

chega em Araraquara<br />

Jogadores das categorias<br />

sub-15, 17 e 20 participam<br />

de evento realizado na sede<br />

da própria Ferroviária.<br />

Às vésperas da Copa do Mundo<br />

da Rússia que começa no dia 14 de<br />

junho, as categorias de base da Ferroviária<br />

entraram no clima do mundial<br />

e disputaram a Copa do Mundo de<br />

Futebol de Botão. O evento, que foi<br />

realizado na sede do clube, promoveu<br />

a cultura do jogo de botão e contou<br />

com a parceria do Profut – Grupo de<br />

Estudos e Pesquisas dos Aspectos Pedagógicos<br />

e Sociais do Futebol.<br />

O grupo, sediado na Universidade<br />

Federal de São Carlos (UFSCAR),<br />

faz pesquisas relacionadas, principalmente,<br />

às relações que o futebol<br />

estabelece com as ciências humanas<br />

através da pedagogia, sociologia, antropologia<br />

e história. Dentre os estudos<br />

e atividades desenvolvidas, está<br />

o resgate à cultura dos jogos lúdicos<br />

relacionados ao futebol. O “jogo de<br />

botão” ou nos tempos modernos “futebol<br />

de botão” faz parte dos anos 50<br />

e foi moda em nossa cidade.<br />

“O objetivo era levar aos meninos um<br />

olhar diferente sobre o futebol, com a<br />

proposta de resgatar o jogo de botão<br />

Procuramos mostrar que é possível fazer<br />

outras narrativas a partir do futebol”,<br />

explicou o Coordenador do Profut, Osmar<br />

Moreira de Souza Júnior.<br />

Após o campeonato, os jogadores<br />

das categorias sub-15, 17 e 20 receberam<br />

da Super Tela – empresa especializada<br />

em artefatos de madeira<br />

– a doação de cinco mesas que serão<br />

colocadas no alojamento dos atletas<br />

em Araraquara.<br />

41|


|42


AGRO<br />

INFORMATIVO<br />

N E G Ó C I O S<br />

Edição: Junho/<strong>2018</strong><br />

8 de junho<br />

Dia do Citricultor<br />

Louvável o trabalho do citricultor que dentro<br />

da história, contribui para o desenvolvimento<br />

econômico do nosso País. Através dos tempos, o<br />

que era então ‘plantador’, depois ‘produtor’ e na<br />

atualidade ‘citricultor’, a laranja deu a cada um à<br />

sua época, o sentido exato da responsabilidade e<br />

grandiosidade da atividade que exercia.<br />

Temos sim orgulho do lavrador que planta e faz da<br />

colheita seu ganha pão, movimenta o mercado e<br />

desempenha importante papel na geração de renda<br />

e de emprego na agricultura familiar, contribuindo<br />

para a melhoria da qualidade de vida e, com isso,<br />

ampliando as possibilidades de permanência da<br />

família rural no seu meio de origem.<br />

Neste 8 de junho rendemos nossas homenagens aos<br />

citricultores, pequenos, médios e grandes, que de<br />

forma ousada, desafiaram o tempo e ajudaram as<br />

processadoras de sucos a abastecerem o mundo,<br />

tornando-se reconhecidamente como grandes<br />

empresas do setor.<br />

O citricultor é agente importantíssimo e<br />

responsável por otimizar os investimentos,<br />

melhorar a produtividade e preservar os pomares.<br />

Então, nada mais justo que ele tenha o seu próprio<br />

dia, comemorado acima de tudo com muita<br />

dignidade, principalmente respeito.<br />

Nicolau de Souza Freitas<br />

Presidente do Sindicato Rural de Araraquara<br />

Membro da Câmara Setorial da Citricultura<br />

43|


HORIZONTE<br />

O tomate como fonte<br />

de renda para o pequeno<br />

produtor rural<br />

O curso é realizado visando o trabalho em ambiente familiar.<br />

Usado como salada, no<br />

preparo de molhos, para<br />

rechear tortas e sanduíches<br />

ou mesmo como ingrediente<br />

de sopas e sucos, o<br />

tomate é um fruto repleto<br />

de sementes, carnoso,<br />

suculento e dotado de<br />

propriedades benéficas<br />

à saúde.<br />

* Fotos: Aulas práticas sobre<br />

preparo da área e condições do<br />

solo para o plantio dos tomates.<br />

Desde março de <strong>2018</strong> ocorrem no<br />

Assentamento Monte Alegre as aulas<br />

dos primeiros módulos do Programa<br />

Tomate Orgânico. Esta atividade é<br />

resultado da parceria entre Sindicato<br />

Rural de Araraquara, SENAR SP e<br />

Fundação Itesp.<br />

O primeiro módulo, segundo o<br />

instrutor Marcelo Sambiase, refere-se<br />

ao preparo do solo. Toda a produção<br />

orgânica já possui este diferencial inicial,<br />

visto que a base para o sucesso<br />

do plantio é um preparo de solo adequado.<br />

As aulas práticas ocorrem na área<br />

do produtor José Prudente, onde a família<br />

tem se empenhado na busca de<br />

modelos orgânicos. A área explorada<br />

pela família localiza-se no Assentamento<br />

Monte Alegre 2, município de<br />

Motuca.<br />

Nas aulas iniciais, o instrutor Marcelo<br />

Sambiase explorou toda a questão<br />

macro, como clima, formação de<br />

solos, vegetação, contexto natural,<br />

para depois disso regionalizar e explorar<br />

as questões de Araraquara e<br />

suas peculiaridades naturais. O ensinamento<br />

acontece de forma bem espontânea<br />

e participativa, argumenta<br />

o instrutor.<br />

Nas aulas práticas ocorrem o preparo<br />

da área, com foco na adequação<br />

do solo e os passos iniciais para o<br />

plantio dos tomateiros.<br />

O plantio é indicado entre os meses<br />

de agosto a janeiro e de fevereiro<br />

a maio em áreas mais quentes.<br />

A maioria das cultivares plantadas<br />

atualmente é híbrida.<br />

|44


45|


A GRANDE FEIRA<br />

Araraquarenses<br />

apostaram no sucesso<br />

da Agrishow em <strong>2018</strong><br />

Não há como negar a importância da Agrishow em Ribeirão<br />

Preto para a economia brasileira, onde empresas de todos os<br />

cantos apresentam seus produtos e abrem novos mercados.<br />

Não é a primeira vez que empresas<br />

de Araraquara, ligadas ao setor do<br />

agronegócio, expõem sua marca na<br />

Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia<br />

Agrícola em Ação. Interpretado<br />

como o principal evento tecnológico e<br />

de negócios do agronegócio na América<br />

Latina e a mais importante vitrine<br />

de tendências para o segmento, o<br />

evento foi encerrado no dia 4 de maio<br />

apresentando novidades em máquinas,<br />

implementos agrícolas, sistemas<br />

de irrigação, insumos, sistemas para<br />

agricultura de precisão, soluções de<br />

monitoramento e automação, acessórios,<br />

peças, serviços e outros produtos<br />

de 800 marcas, do Brasil e do exterior.<br />

O Sindicato Rural de Araraquara e<br />

a Revista Comércio, Indústria e Agronegócio<br />

prestigiando as empresas locais<br />

participantes do evento, mostram<br />

a dedicação de algumas delas ao expor<br />

seus produtos e também propagar<br />

as riquezas da cidade.<br />

|46<br />

A Lumagi que foi fundada<br />

em 1986 por Giuseppe<br />

Nigro, ocupou um dos<br />

espaços da Agrishow;<br />

a empresa é pioneira<br />

no desenvolvimento de<br />

produtos para lubrificação<br />

e abastecimento<br />

de movimentação<br />

manual; na feira esteve<br />

representada pelos<br />

seus diretores Marcos<br />

Camargo e a esposa<br />

Maria, os colaboradores<br />

Wagner e Elaine<br />

A GRA que é uma das principais revendas da marca Massey Fergusson em<br />

todo país, ocupou um dos espaços mais estratégicos da feira, com o gerente<br />

Fernando realizando importante trabalho de vendas<br />

Hugo Renan Velásquez, gerente da Unidade<br />

Colorado (John Deere) em Araraquara mostrou a<br />

tecnologia das suas máquinas na Agrishow<br />

A agricultura é uma<br />

das principais forças da<br />

economia brasileira, por<br />

isso o desenvolvimento<br />

e a aplicação de novas<br />

tecnologias são constantes.<br />

Regularmente, presenciamos<br />

o surgimento de novas<br />

máquinas e implementos<br />

agrícolas que combinam<br />

diferentes conjuntos<br />

eletrônicos para alcançar<br />

altos níveis de eficiência em<br />

processos produtivos.<br />

“<br />


Área destinada à New Holland,<br />

representada pela Marka Veículos de<br />

Araraquara; a empresa com unidade<br />

aqui na cidade, esteve representada<br />

pelo seu gerente comercial Israel de<br />

Freitas Aguiar, que recebeu em seu<br />

stand o diretor Marcelo Benedette,<br />

do Sindicato Rural<br />

Equipe da Comper também levando para a Agrishow a qualidade da marca<br />

Valtra: Alexandre, Stephany (Valtra), Paulo Amador, Adriana, Jipe e Joel<br />

Marcelo Benedette, em nome do Sindicato Rural,<br />

foi cumprimentar o gerente da Coopercitrus,<br />

Bruno Gagliardi Ducatti, durante a Agrishow. Vale<br />

lembrar que a Coopercitrus é considerada uma das<br />

maiores cooperativas da região na comercialização<br />

de insumos, máquinas e implementos agrícolas<br />

Ricardo Adriano Horacio, da Racine<br />

Tratores que representa a marca Case IH<br />

em Araraquara, ao lado dos consultores<br />

de venda. Da esquerda para a direita:<br />

Rafael Bezerra e Jhonata Barbisan<br />

47|


SEGURANÇA<br />

Trabalho na lavoura, realizado com pulverizador de barras<br />

Investimento para garantir<br />

pulverização com qualidade<br />

Sabe João, disse o instrutor, é importante<br />

saber que hoje orientamos<br />

mais um grupo de pessoas, graças<br />

ao apoio do Sindicato Rural e do SE-<br />

NAR; isso me deixa feliz. De fato, pois<br />

para atender ao aumento da produção<br />

agrícola nos últimos anos, há a<br />

exigência de se desenvolver novas<br />

tecnologias, desde o preparo do solo<br />

até a colheita e beneficiamento dos<br />

produtos, seguindo a NR 31 que estabelece<br />

preceitos a serem observados<br />

na organização e no ambiente de trabalho,<br />

de forma a tornar compatível o<br />

planejamento e desenvolvimento das<br />

atividades da agricultura com a segurança<br />

de saúde e meio ambiente do<br />

trabalho. Além do uso do agrotóxico,<br />

o maquinário está inserido neste novo<br />

contexto, salienta o instrutor.<br />

A aplicação de agrotóxicos pode<br />

variar de alta a baixa toxicidade;<br />

Cada vez mais as lavouras<br />

acompanham o avanço da<br />

tecnologia e para isso exigem<br />

profissionais capacitados<br />

para o desempenho de cada<br />

função. Daí o cuidado na<br />

preparação dos operadores.<br />

Pulverizador com<br />

capacidade de mil<br />

litros com barras<br />

ajustadas ao trator<br />

para a pulverização,<br />

tema central do curso<br />

ministrado pelo SENAR<br />

e o Sindicato Rural. A<br />

barra tem cerca de 14m<br />

e o investimento chega<br />

aos 30 mil reais.<br />

Participantes do curso sobre pulverização de agrotóxicos<br />

Naquele finalzinho do dia 4 de<br />

maio, o instrutor Cláudio Barbosa, do<br />

SENAR SP, estava terminando mais<br />

um curso de capacitação destinado<br />

aos trabalhadores rurais da Usina<br />

Santa Cruz, em Américo Brasiliense.<br />

Se dava por feliz, é verdade, pois sua<br />

missão era orientar pessoas interessadas<br />

em aprender as notas técnicas<br />

de pulverização das lavouras, mas<br />

principalmente cuidar de si mesmas<br />

e se conscientizarem sobre a importância<br />

da natureza na atualidade.<br />

Ao seu lado também está o coordenador<br />

regional do SENAR, João Henrique<br />

de Souza Freitas, que ao pedir<br />

ao instrutor uma análise sobre a atividade<br />

desenvolvida por três dias na<br />

usina, quebrou o silêncio mergulhado<br />

no dia cansativo que não chegou a<br />

atrapalhar a comemoração dos trabalhadores<br />

certificados.<br />

portanto, é de extrema importância<br />

que, para utilizarmos esses produtos,<br />

tenhamos o conhecimento quanto à<br />

sua escolha, mistura, aplicação e carência.<br />

Daí a importância do conhecimento.<br />

A Usina Santa Cruz, pertencente<br />

ao Grupo São Martinho, solicitou a capacitação<br />

dos seus trabalhadores ao<br />

Sindicato Rural e SENAR que disponibilizam<br />

recursos para organização e<br />

execução dos trabalhos acompanhados<br />

pelo coordenador João Henrique<br />

de Souza Freitas.<br />

|48


49|


CURSOS<br />

ANO / <strong>2018</strong><br />

CURSOS EM <strong>JUNHO</strong><br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />

COM PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />

18/06 até 20/06 - Grupo Fechado<br />

Local: Raízen<br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS<br />

COM PULVERIZADOR DE BARRAS<br />

04/06 até 06/06 - Grupo Fechado<br />

Local: São Martinho (Américo)<br />

Almoxarifado da Prefeitura em Américo onde parte do curso foi realizada<br />

OPERAÇÃO DE RETROESCAVADEIRA<br />

Curso capacita<br />

e valoriza os<br />

trabalhadores<br />

O ensinamento proposto pelo<br />

Sindicato Rural e SENAR aos<br />

servidores se traduz em lucros<br />

para o município, afinal, ao<br />

diminuir os erros, diminuemse<br />

os gastos para corrigi-los.<br />

Além das funções já conhecidas<br />

no meio urbano e na construção civil,<br />

as retroescavadeiras também são<br />

usadas na abertura de adutoras e outros<br />

serviços ligados à irrigação e, ainda,<br />

na conservação das estradas de<br />

terra. Por essa razão, é que o prefeito<br />

Dirceu Pano solicitou a realização<br />

Aula prática em área do município<br />

deste programa para os servidores<br />

que atuam nesta área em Américo<br />

Brasiliense, em maio, durante três<br />

dias, para que eles aprendessem o<br />

manuseio correto da máquina.<br />

O instrutor Marcelo Baccar Lopes,<br />

do SENAR SP, explicou aos servidores<br />

que o mercado de máquinas de construção<br />

(linha amarela) é crescente no<br />

setor agropecuário e com isso a demanda<br />

pela capacitação de funcionários<br />

para a operação delas também<br />

tem aumentado e o Sindicato Rural<br />

está atento a isso.<br />

Durante as aulas, os participantes<br />

conhecem todos os componentes da<br />

máquina, desde subir e descer do<br />

equipamento até fazer uma leitura do<br />

painel de instrumentos e conduzir o<br />

maquinário.<br />

De acordo com João Henrique de<br />

Souza Freitas, coordenador regional<br />

do SENAR, todo veículo tem regras<br />

que precisam ser seguidas, afinal, disse<br />

ele, “possuímos normas de trânsito.<br />

Ao aprender a forma correta dessa<br />

condução, aperfeiçoando a técnica<br />

de operação, os participantes estarão<br />

dentro das regras e isso significa mais<br />

segurança para eles e para quem os<br />

emprega”, admitiu.<br />

Após a realização do curso, os próprios<br />

participantes além de elogiarem<br />

os treinamentos, disseram que a partir<br />

de agora vão se sentir muito mais<br />

seguros. Isso é importante para que<br />

o profissional se sinta valorizado e o<br />

município ganhe com isso. Ao mesmo<br />

tempo, trata-se de uma ação social de<br />

grande importância.<br />

• APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS COM<br />

TURBO PULVERIZADOR<br />

25/06 até 27/06 - Grupo Fechado<br />

Local: São Martinho<br />

• FEIRA DO PRODUTOR RURAL<br />

- PRODUTOS RURAIS PARA<br />

COME<strong>RCIA</strong>LIZAÇÃO (Módulo III)<br />

23/05 até 06/06 - Grupo Fechado<br />

Local: Monte Alegre (Araraquara)<br />

• FEIRA DO PRODUTOR RURAL -<br />

CONSTRUÇÃO DO ESTANDE DE BAMBU<br />

(MÓDULO IV)<br />

18/06 até 31/07 - Grupo Fechado<br />

Local: Monte Alegre (Araraquara)<br />

• JOVEM AGRICULTOR DO FUTURO<br />

(MÓDULO III)<br />

04/06 até 28/06<br />

Local: Motuca<br />

• INCÊNDIO - PREVENÇÃO E COMBATE<br />

NO CAMPO - TÉCNICAS<br />

11/06 até 12/06<br />

Local: Canasol<br />

• MARACUJÁ - MANEJO E TRATOS<br />

CULTURAIS<br />

13/06 até 15/06<br />

Local: Uniara<br />

• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE<br />

TRATORES AGRÍCOLAS<br />

11/06 até 15/06 - Grupo Fechado<br />

Local: Citrosuco (Boa Esperança do Sul)<br />

• MEL NA GASTRONOMIA - TÉCNICAS<br />

26/06 até 28/06<br />

Local: Canasol<br />

• PROGRAMA PROMOVENDO A SAÚDE<br />

NO CAMPO - ANIMAIS PEÇONHENTOS,<br />

ESPÉCIES, PREVENÇÃO DE ACIDENTES E<br />

PRIMEIROS SOCORROS<br />

27/06 até 28/06 - Canasol<br />

• TOMATE ORGÂNICO - CONTROLE DE<br />

PRAGAS E DOENÇAS (MÓDULO IV)<br />

11/06 até 18/06 - Grupo Fechado<br />

Local: Monte Alegre (Araraquara)<br />

Coordenador SENAR/SP Araraquara:<br />

João Henrique de Souza Freitas<br />

|50


51|


CUIDADOS<br />

Como dar<br />

manutenção<br />

aos tratores<br />

agrícolas<br />

Atendendo pedido das<br />

empresas associadas que se<br />

preocupam com a segurança<br />

dos seus trabalhadores, o<br />

SENAR SP e o Sindicato Rural<br />

levaram para a Usina Santa<br />

Cruz, um dos seus mais<br />

importantes programas de<br />

capacitação.<br />

Participantes do curso junto com o instrutor Vitor Junqueira, na Usina Santa Cruz<br />

Ao ministrar o curso Operação<br />

e Manutenção de Tratores Agrícolas<br />

para os trabalhadores da Usina<br />

Santa Cruz, durante quatro dias de<br />

maio, o instrutor Vitor Junqueira, do<br />

SENAR SP, explicou aos alunos que<br />

“entende-se por manutenção o conjunto<br />

de procedimentos realizados<br />

com o propósito de prolongar a vida<br />

útil do trator, mantê-lo disponível para<br />

o trabalho, em perfeitas condições de<br />

funcionamento e, consequentemente,<br />

reduzir o custo operacional”.<br />

Quando a aplicação do programa<br />

foi solicitada, a direção da usina buscava<br />

aprimorar ainda mais conhecimento<br />

dos operadores de máquinas.<br />

De fato, o conhecimento dos componentes<br />

e sistemas do trator e sua<br />

manutenção permitem ao operador<br />

executar as diversas tarefas e operações<br />

agrícolas, tornando-o apto a<br />

exercer sua função de forma correta<br />

e segura.<br />

Acompanhando a abertura do curso,<br />

o coordenador regional do SENAR<br />

SP, João Henrique de Souza Freitas,<br />

explicou que para o trabalhador que<br />

se responsabiliza pela manutenção<br />

do trator, é importante observar alguns<br />

cuidados gerais a fim de diminuir<br />

riscos de acidentes e adequar a<br />

postura para evitar dores, principalmente<br />

nas costas, ombros, punhos<br />

e pescoço.<br />

TÉCNICA E SEGURANÇA<br />

Num ambiente em que os participantes<br />

prestavam muita atenção,<br />

Junqueira destacou que o trator agrícola<br />

é uma máquina bastante complexa,<br />

constituída por um motor de<br />

combustão interna, vários tipos de<br />

sistemas de transmissões e rodados,<br />

utilizados para realizar tarefas<br />

em diferentes locais e condições de<br />

trabalho. E completou: “Por isso, é<br />

importante adotar procedimentos<br />

adequados de manutenção antes e<br />

depois das operações, de modo a evitar<br />

falhas no funcionamento, o que<br />

poderia causar quebras e prejuízos.<br />

Após aulas teóricas e práticas, os<br />

alunos, o instrutor e o coordenador do<br />

SENAR se cumprimentaram de maneira<br />

cordial, com o agradecimento<br />

da empresa aos parceiros que apoiaram<br />

a iniciativa.<br />

“É importante recebermos este<br />

agradecimento e elogio, pois trata-se<br />

de um reconhecimento ao nosso trabalho<br />

e a disposição do sindicato e do<br />

SENAR em continuarem a fortalecer o<br />

conhecimento destes trabalhadores”,<br />

disse João Henrique, orgulhoso com<br />

o cumprimento da missão.<br />

Estudo sobre a máquina<br />

A familiarização com o trator<br />

O trabalho em meio ao laranjal<br />

|52


PREVENÇÃO E CONTROLE DO FOGO NA AGRICULTURA<br />

Com o tempo seco surgem<br />

os riscos de queimadas<br />

Sindicato Rural e SENAR<br />

disponibilizam instrutores<br />

para usinas e produtores<br />

rurais capacitarem e<br />

formarem brigadas que vão<br />

atuar no combate a incêndios<br />

no campo, durante este<br />

período de estiagem.<br />

Com a chegada do outono, a aridez<br />

do ar e do solo são potencializadas,<br />

representando um perigo para<br />

incêndios no campo, bem como na<br />

região urbana. Araraquara tem essa<br />

característica por possuir clima quente<br />

e seco. De acordo com dados da<br />

Defesa Civil, houve um decréscimo<br />

das notificações das queimadas entre<br />

2011 e 2015, porém, durante os<br />

últimos três anos, as ocorrências permaneceram<br />

altas. Apenas em 2017,<br />

foram 505 ocorrências.<br />

Anualmente, o Sindicato Rural<br />

e o SENAR estabelecem parcerias<br />

visando formar novas brigadas de<br />

combate aos incêndios. Para tanto,<br />

há solicitação das usinas e dos produtores<br />

rurais, que também preocupados,<br />

disponibilizam funcionários<br />

que formados através destes cursos,<br />

tornam-se brigadistas.<br />

Só na Usina Santa Cruz, hoje pertencente<br />

ao Grupo São Martinho, foram<br />

realizados dois cursos em maio;<br />

durante vários dias os trabalhadores<br />

Instrutor Henry com os participantes do primeiro curso realizado na Santa Cruz<br />

conviveram com as orientações do<br />

instrutor Henry Lopes e com a presença<br />

de João Henrique de Souza Freitas,<br />

coordenador regional do SENAR SP.<br />

UNINDO FORÇAS<br />

O que se observa é<br />

uma preocupação<br />

cada vez maior<br />

dos produtores e<br />

dos trabalhadores<br />

rurais com os<br />

incêndios, pois com<br />

o fogo no campo<br />

ou na área urbana,<br />

todos perdem<br />

Para o presidente do Sindicato<br />

Rural, Nicolau de Souza Freitas, um<br />

dos maiores incentivadores para a<br />

formação de brigadistas no campo,<br />

é verdade que as frequentes, longas e<br />

intensas estiagens pelas quais centenas<br />

de cidades brasileiras têm passado<br />

nos últimos anos, é imprescindível<br />

que haja um alerta para as principais<br />

causas de incêndio e as formas de<br />

prevenção.<br />

É neste particular que a presença<br />

do instrutor Henry Lopes tornou-se<br />

importante, comentando que a intenção<br />

da parceria sindicato e SENAR<br />

é levar para os produtores e os técnicos,<br />

como o proprietário vai poder<br />

lidar com as questões dos incêndios<br />

dentro da sua propriedade, pois o<br />

que se presume é que a época de<br />

seca seja cada vez mais intensa e<br />

duradoura.<br />

O coordenador João Henrique<br />

salienta que o sindicato e o SENAR<br />

desejam que todos os produtores<br />

compartilhem as iniciativas que estão<br />

sendo desenvolvidas nesse sentido,<br />

porque o interesse é replicar as informações<br />

de prevenção e controle do<br />

fogo em toda a região e, assim, aumentar<br />

o número de produtores capacitados<br />

para evitarmos os incêndios<br />

nas propriedades rurais”.<br />

Ele conta ainda que quando o fogo<br />

começa, se espalha rapidamente e<br />

se os colaboradores não estiverem<br />

bem preparados e souberem como<br />

agir, acaba virando uma confusão e<br />

o prejuízo pode ser ainda maior. Há<br />

produtores rurais que já viram tratores<br />

sendo queimados e diversos outros<br />

tipos de acidentes causados por<br />

falta de experiência para combater o<br />

fogo em situação de emergência. Sindicato<br />

Rural e SENAR estão atentos à<br />

capacitação dos trabalhadores neste<br />

período de estiagem.<br />

53|


Formandos em mais um curso de capacitação na antiga Usina Zanin (Raízen)<br />

PULVERIZADOR COSTAL MANUAL<br />

Os cuidados<br />

com seu uso<br />

Empresas como o Grupo<br />

Raízen, estão cada vez mais<br />

atentas às exigências da<br />

legislação que descreve os<br />

cuidados com o uso dos<br />

agrotóxicos na lavoura.<br />

Quando os trabalhadores da antiga<br />

Usina Zanin, hoje pertencente ao<br />

Grupo Raízen, se aproximaram para o<br />

início do curso Aplicação de Agrotóxicos<br />

nos dias 10, 11 e 12 de maio, estavam<br />

cientes sobre a importância do<br />

aprendizado destinado pelo instrutor<br />

Celso Nogueira. A empresa, sempre<br />

preocupada com a capacitação dos<br />

seus profissionais e as exigências da<br />

legislação, havia solicitado ao Sindicato<br />

Rural o cumprimento deste programa<br />

em parceria com o SENAR SP,<br />

convicta dos resultados e os benefícios<br />

aos trabalhadores.<br />

Sindicato Rural<br />

e o SENAR<br />

orientam o<br />

trabalhador no<br />

seu trabalho<br />

Nogueira destacou inicialmente<br />

que de acordo com a cartilha elaborada<br />

pelo SENAR, “trabalhador na<br />

Aplicação de Agrotóxicos é a ocupação<br />

que efetua a aplicação de produtos<br />

agrotóxicos nas várias formas<br />

(líquida, pó, granulados, etc.), para<br />

proteger a lavoura de doenças, pragas,<br />

plantas daninhas e evitar os<br />

prejuízos”.<br />

VENDO O FUTURO<br />

Na verdade, essa aplicação é efetuada<br />

com equipamentos específicos,<br />

entre os quais o pulverizador costal<br />

manual, quando a indicação técnica<br />

a recomenda nas áreas infestadas ou<br />

sujeitas à infestação. A própria diretoria<br />

técnica do SENAR explica que<br />

para se fazer uma boa aplicação, é<br />

necessário conhecer os materiais<br />

específicos, o produto e a forma de<br />

sua utilização e de sua aquisição, o<br />

E.P.I. (Equipamento de Proteção Individual),<br />

os equipamentos de aplicação,<br />

o modo de preparar a calda<br />

e de fazer a desinfecção, o descarte<br />

das embalagens e os primeiros socorros.<br />

Tudo isso está fundamentado a<br />

partir da promulgação da lei 7.802,<br />

de 11 de julho de 1989 e do decreto<br />

regulamentador nº 98.816, de<br />

11/01/1990, quando os agrotóxicos<br />

passaram a ser definidos como: “produtos<br />

e agentes de processos físicos,<br />

químicos ou biológicos destinados ao<br />

uso nos setores de produção”.<br />

O coordenador regional do SENAR,<br />

João Henrique de Souza Freitas, considera<br />

que essa rigidez demonstra a<br />

preocupação das autoridades para<br />

Explicação sobre a postura no trabalho<br />

Segurança com o uso dos EPIs<br />

com os trabalhadores e também o<br />

meio ambiente: “A interação entre<br />

todos é de extrema necessidade e<br />

se cada um fizer sua parte, teremos<br />

um mundo melhor, construído com<br />

responsabilidade”, assegura o coordenador.<br />

|54


Instrutor Ricardo Marinheiro passando aos agricultores<br />

familiares as orientações teóricas<br />

FRUTICULTURA BÁSICA<br />

Nem sempre descascar o<br />

abacaxi é um mau negócio<br />

Aliás, vale muito a pena quando sob a casca da fruta<br />

se revela uma polpa suculenta, saborosa e refrescante.<br />

Também conhecido como ananás, o abacaxi é bem aceito<br />

pelo brasileiro.<br />

Dando sequência aos trabalhos<br />

de capacitação relacionados à diversificação<br />

da produção, produtores dos<br />

Assentamentos Monte Alegre participaram<br />

de capacitação sobre Fruticultura<br />

Básica, realizada no próprio<br />

assentamento, sendo uma parceria<br />

entre Sindicato Rural de Araraquara,<br />

SENAR e Fundação Itesp.<br />

Nos dias 7, 8 e 9 de maio os produtores<br />

tiveram a oportunidade de<br />

aprender sobre o plantio correto de<br />

abacaxi, a fim de dinamizar a produtividade<br />

e aproveitamento comercial<br />

dos frutos, que são vendidos pelos<br />

produtores para supermercados,<br />

feiras e outros intermediários. O instrutor<br />

Ricardo Marinheiro conduziu a<br />

atividade, dividida entre aula teórica<br />

e prática.<br />

ESTIMULAR A PRODUÇÃO<br />

As aulas práticas ocorreram na<br />

área do produtor Tadaci Roberto Haragushi,<br />

localizada no Assentamento<br />

Monte Alegre VI, que dedica sua área<br />

à produção de hortaliças e sempre<br />

participa dos cursos e capacitações,<br />

visando diversificar a produção de<br />

sua área.<br />

“Estas atividades são importantes<br />

pois estimulam a diversificação da<br />

produção e o manejo adequado dos<br />

plantios. Buscamos sempre enfatizar<br />

a importância que os agricultores<br />

familiares possuem no contexto da<br />

produção de alimentos”, comentou<br />

Maria Clara Piaí da Silva, da Fundação<br />

Itesp.<br />

O instrutor Ricardo Marinho lembrou<br />

aos participantes que o professor<br />

possui visão ampla do mercado<br />

regional, o que vai além dos conhecimentos<br />

técnicos e amplia o horizonte<br />

dos produtores. Ele também explicou<br />

que todos estes aspectos são trabalhados<br />

diariamente pelos técnicos<br />

agrícolas e engenheiros agrônomos<br />

da Fundação Itesp, que prestam<br />

assistência técnica a estes assentamentos.<br />

Paralelo a isto, estão as<br />

capacitações que são oportunidades<br />

de aproximar produtores que atuam<br />

em áreas afins, otimizando as orientações<br />

técnicas”.<br />

As aulas práticas propiciam a aprendizagem concreta, pois<br />

esclarecem várias dúvidas, como tirar mudas para replantar<br />

55|


Homenagem<br />

O QUE A VIDA CONTA<br />

O mundo da Família Bergamo<br />

construído em terra estranha<br />

Dorival Bergamo que<br />

teve sua vida voltada<br />

para o campo,<br />

hoje relembra com<br />

a esposa Ignez,<br />

antigas histórias de<br />

família<br />

“No dia em que nasci, minha mãe cortou cana até às quatro<br />

horas da tarde; sete horas depois, eu nascia na Fazenda<br />

Boa Vista, do Constante Ometto, em Piracicaba” (Dorival<br />

Bergamo).<br />

Quando o vapor Las Palmas<br />

procedente de Gênova (Itália), ancorou<br />

no Porto de Santos no dia 5 de<br />

agosto de 1892, com o casal Luigia-<br />

Natale Bergamo a bordo, também<br />

estavam os filhos Gerólamo, Maria,<br />

Donato, Secondiano e Antonio.<br />

A esperança saltava nos olhos de<br />

todos e eles sentiam que o mundo<br />

poderia lhes sorrir, bem melhor do<br />

que na Itália que ficara para trás.<br />

Natale, o patriarca da família<br />

Bergamo, tinha então 45 anos e<br />

a esposa Luigia, 44. O filho mais<br />

velho, Gerólamo, 16 anos, no desembarque<br />

ajudava o pai a carregar<br />

os sonhos nas poucas malas de<br />

couro surrado, agora em direção<br />

ao Memorial do Imigrante, em São<br />

Paulo. De lá a família foi encaminhada<br />

para um vilarejo chamado<br />

“Tatú”, mais tarde Tatuí, próspera<br />

cidade na confluência das bacias<br />

dos rios Sorocaba e Tatuuvú (hoje<br />

Bairro do Barreiro). Um ano depois,<br />

os Bergamo’s se encontravam em<br />

uma fazenda no município de Rincão,<br />

trabalhando na cultura do café.<br />

Em 1894, Natale levou a família<br />

para trabalhar em uma lavoura em<br />

Secondiano chegou<br />

ao Brasil com<br />

apenas 5 anos de<br />

idade; na foto ao<br />

lado de Rosa, sua<br />

segunda esposa<br />

e com ela teve 15<br />

filhos<br />

Tatuí; passado algum tempo todos<br />

estavam em Tietê e ele trabalhando<br />

no desmatamento de uma fazenda.<br />

Natale foi acompanhando o crescimento<br />

dos filhos no campo. A esta<br />

altura, o filho mais velho, Gerólamo,<br />

estava com quase 20 anos, era<br />

final do século. Donato e Secondiano<br />

também ajudavam o pai.<br />

Ao chegar 1906, cada um já havia<br />

entendido o que era trabalhar na<br />

roça. Adultos eles se casam. Secondiano,<br />

com pouco mais de 18 anos,<br />

havia conhecido Albina e com ela<br />

se casou para ter ao longo de 19<br />

anos de relacionamento 10 filhos,<br />

dos quais 4 morrem pela deficiência<br />

na assistência médica da época.<br />

Albina também morre por volta<br />

de 1925, deixando os filhos Lídia,<br />

Artur, Antonia, Alfredo, Florindo,<br />

Júlio e Auta. Secondiano vai então<br />

trabalhar com o usineiro Constante<br />

Ometto, em Iracemapolis (pertencia<br />

a Piracicaba), cerca de 100 km de<br />

Tatuí. A esta altura, ele com 40 anos,<br />

tinha uma profissão definida, toneleiro<br />

em um engenho dos Ometto<br />

e casa-se novamente, agora com a<br />

viúva Rosa Bizan, de 19 anos que<br />

vai cuidar dos seis filhos, além de<br />

uma filha que ela possuía com um<br />

colono chamado Luís. A criança se<br />

chamava Luísa. Ao todo então são<br />

7 filhos.<br />

Neste período, Natale vai para<br />

São Paulo com os filhos Gerólamo,<br />

Maria, Donato e Antonio. Apenas<br />

Secondiano ficou e alguns meses<br />

depois, deixa Iracemapolis para vir<br />

trabalhar na Fazenda Marilú, de Augusto<br />

Transdorff (1941). Interessado<br />

na venda da propriedade, Secondiano<br />

pede prioridade e recorre ao<br />

antigo patrão e amigo Constante<br />

Ometto que lhe empresta parte do<br />

|56


Nesta casa a<br />

segunda geração<br />

dos Bergamo’s se<br />

desenvolveu e hoje<br />

Dorival, o filho de<br />

Secondiano, dá<br />

continuidade<br />

dinheiro para fechar o negócio.<br />

Plantando cana e produzindo cachaça,<br />

ele atendia aos trabalhadores<br />

da Usina Tamoio, causando desconforto<br />

ao usineiro Hélio Morganti<br />

que decide lhe fazer uma proposta<br />

e compra a Marilú, agregando-a à<br />

refinadora.<br />

A esta altura na Fazenda Marilú<br />

estão os filhos do primeiro casamento<br />

e os que nasceram em Iracemapolis:<br />

José, Aurora, Dorival,<br />

Segundiano, Lairton e Valdomiro,<br />

mais Orlando, Nelson, Luís e Pedro<br />

nascidos na Marilú.<br />

Com o dinheiro da venda da<br />

Marilú, Secondiano compra os 105<br />

alqueires da Fazenda Americana e<br />

ali nascem os filhos Maria e Luísa<br />

que são gêmeas, Alcides e Iracema.<br />

Quando do nascimento da última<br />

filha, Iracema, já haviam falecido<br />

15 filhos.<br />

A DIVISÃO DAS TERRAS<br />

Nove anos depois de ter comprado<br />

a fazenda se passam; era<br />

1956 e Secondiano inicia a divisão<br />

das terras, primeiro com os filhos<br />

do casamento com Albina (1906).<br />

Para cada um destina 5 alqueires<br />

e sobram 55 alqueires que a partir<br />

de 1970, serão destinados aos filhos<br />

que teve com Rosa, frutos do<br />

Abaixo, Dorival e Ignez, casamento<br />

realizado em Iracemapolis em 1955; à<br />

direita o casal 63 anos depois.<br />

segundo casamento.<br />

Nesta divisão, as filhas receberam<br />

sua parte em dinheiro e para<br />

os filhos foram dados 5 alqueires<br />

cada. Secondiano arrendou a parte<br />

que lhe sobrou - 20 alqueires - para<br />

o filho Dorival explorar, fazendo um<br />

contrato por 6 anos. Neste meio<br />

tempo com o falecimento do pai,<br />

Dorival esperou o final do contrato<br />

para nova divisão, agora correspondente<br />

aos 20 alqueires do pai<br />

Secondiano. No rateio, Dorival hoje<br />

possui 12 alqueires, onde está a<br />

sede da Fazenda Americana, sendo<br />

9 alqueires de cana, mais o pasto<br />

e a plantação de mil pés de café.<br />

Atualmente com 83 anos de idade<br />

e o único filho vivo, ele relembra<br />

com saudades o legado deixado<br />

pelo pai que teve uma vida extremamente<br />

difícil, porém, com ativa<br />

participação no desenvolvimento da<br />

agricultura na região. Um dos fatos<br />

marcantes, segundo ele, foi sua<br />

participação na fundação da Associação<br />

dos Fornecedores de Cana<br />

de Araraquara, em 1952. Secondiano<br />

fez parte da primeira diretoria,<br />

período de 1952/1954, como<br />

membro do Conselho Fiscal. A partir<br />

daí o vínculo da Família Bergamo<br />

Secondiano<br />

Bergamo,<br />

ao todo 25<br />

filhos<br />

foi crescendo e justamente Dorival,<br />

que possuía um relacionamento<br />

mais amplo com o campo, passou<br />

a substituir o patriarca.<br />

Por 22 anos, lembra Dorival, me<br />

mantive como um dos responsáveis<br />

ao lado de Edgard Iost, pelo Ambulatório<br />

da Associação dos Fornecedores<br />

de Cana, onde também fui diretor<br />

em diversos cargos. Da mesma<br />

forma essa convivência ocorreu com<br />

o Sindicato Rural, sempre de forma<br />

participativa. Recentemente, Dorival<br />

Bergamo assumiu o cargo de vogal<br />

no Conselho de Administração da<br />

Credicentro, cooperativa destinada<br />

a dar orientação e assistência financeira<br />

aos produtores rurais.<br />

HOMENAGEM<br />

Dorival Bergamo é o que dá sequência<br />

ao espírito pioneiro do avô<br />

Natale e do pai Secondiano, além<br />

dos quatro tios que desembarcaram<br />

em 1892 no Porto de Santos. Dorival<br />

é casado com Ignez Castellari<br />

Bergamo, há 63 anos. O casal não<br />

tem filhos, porém, uma afetividade<br />

familiar que mostra a importância<br />

do trabalho em três gerações.<br />

Por ser considerado um brilhante<br />

produtor de cana, Dorival<br />

Bergamo recebe esta homenagem<br />

da Canasol e do Sindicato Rural de<br />

Araraquara, como reconhecimento<br />

ao seu trabalho em prol da classe.<br />

Uma história que só merece elogios.<br />

57|


NOTÍCIAS<br />

CANAS L<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO<br />

<strong>JUNHO</strong> | <strong>2018</strong><br />

Luís Henrique Scabello de<br />

Oliveira, presidente da<br />

Canasol<br />

Lançamento da campanha de conscientização no programa Jornal da Morada<br />

Nicolau de Souza Freitas,<br />

presidente do Sindicato<br />

Rural de Araraquara<br />

CANASOL E SINDICATO RURAL NA CAMPANHA<br />

O combate e a prevenção de incêndios<br />

nos canaviais ganham força em <strong>2018</strong><br />

No programa “Jornal da Morada”, apresentado pelo<br />

jornalista José Carlos Magdalena, os presidentes Luís<br />

Henrique Scabello de Oliveira (Canasol) e Nicolau de<br />

Souza Freitas (Sindicato Rural), iniciaram importante<br />

movimento visando conscientizar a população de<br />

que com queimadas todo mundo perde.<br />

“A estiagem e o longo período<br />

de seca tão comum nesta época do<br />

ano são os principais fatores para o<br />

aumento da ocorrência de incêndios<br />

tanto na zona rural como na cidade”.<br />

A frase é do presidente da Canasol,<br />

Luís Henrique Scabello de Oliveira,<br />

ao apresentar ao lado do presidente<br />

do Sindicato Rural, Nicolau de Souza<br />

Freitas, com apoio do jornalista José<br />

Carlos Magdalena da Rádio Morada<br />

do Sol, teor de uma campanha que<br />

objetiva mostrar à população, que<br />

queimadas no campo ou incêndios<br />

na cidade são prejudiciais para todos.<br />

Segundo o dirigente, com a falta<br />

de chuva e a baixa umidade relativa<br />

do ar, a vegetação seca se torna um<br />

combustível perigoso para que ocorram<br />

incêndios de grandes proporções<br />

e capazes de destruir lavouras inteiras,<br />

trazendo prejuízos para os produtores<br />

e para o meio ambiente, atingindo<br />

a comunidade como um todo.<br />

Pensando nas consequências desastrosas<br />

que um incêndio possa provocar<br />

e buscando prevenir tais ocorrências,<br />

a Canasol participa de uma<br />

campanha de orientação, prevenção<br />

e combate de incêndios nos canaviais<br />

e nas demais áreas de vegetação nativa,<br />

terrenos baldios, margens de rodovias<br />

e estradas municipais.<br />

A campanha desenvolvida numa<br />

parceria Canasol e Sindicato Rural<br />

de Araraquara, tem ainda o apoio da<br />

Polícia Ambiental com divulgação por<br />

meio de inserções durante programa<br />

|58


jornalístico, cartilhas, palestras e<br />

através da rede social, objetivando<br />

que os produtores e a população<br />

estejam conscientes da importância<br />

de prevenir e evitar o surgimento de<br />

focos de incêndio e propagação tanto<br />

no campo como na cidade.<br />

O respeito à legislação ambiental,<br />

com manutenção de aceiros às<br />

margens de rodovias e estradas municipais<br />

ou vicinais, assim como nas<br />

áreas de APP, reservas legais, unidades<br />

de conservação e todo o tipo de<br />

vegetação nativa, é um fator que contribui<br />

e em muito para a prevenção<br />

de incêndios nas propriedades rurais,<br />

afirma Guilherme Lui de Paula Bueno,<br />

técnico florestal da Canasol.<br />

A CONSCIENTIZAÇÃO<br />

Para que os associados conheçam<br />

as normas que regem a lei, a Canasol<br />

participa do PAME – Plano de Auxílio<br />

Mútuo em Emergências e realiza periodicamente<br />

palestras e encontros<br />

com a presença de representantes<br />

da Polícia Ambiental e das usinas.<br />

Outra orientação importante para os<br />

O Secretario Estadual<br />

do Meio Ambiente<br />

Mauricio Brusadin,<br />

a Presidente do<br />

Conselho da<br />

ABAG, Mônika<br />

Bergamaschi e o<br />

Técnico Florestal da<br />

Canasol, Guilherme<br />

Lui de Paula Bueno,<br />

durante lançamento<br />

da campanha em<br />

Ribeirão Preto.<br />

produtores, segundo Bueno, é que<br />

sempre tenham ao alcance das mãos<br />

o telefone da Brigada de Incêndio.<br />

Com relação à população de maneira<br />

geral, deve colaborar não queimando<br />

lixo em terreno baldio, evitar<br />

jogar bituca de cigarro ou qualquer<br />

outra situação que possa provocar<br />

fogo às margens de rodovias e estradas.<br />

Deve ficar atenta e em caso de<br />

incêndio, acionar o Corpo de Bombeiros<br />

com urgência, destaca Guilherme.<br />

O presidente do Sindicato Rural,<br />

Nicolau de Souza Freitas, em sua fala<br />

durante a entrevista na Rádio Morada<br />

do Sol, considerou que esta ação é de<br />

extrema importância e deve ser entendida<br />

até mesmo como uma ação<br />

social ou serviço de utilidade pública<br />

diante dos riscos que a comunidade<br />

corre por causa dos incêndios. “São<br />

atitudes simples por parte da população<br />

e dos produtores rurais capazes<br />

de evitar danos incalculáveis para o<br />

meio ambiente e grandes prejuízos<br />

para os produtores e moradores”,<br />

conclui o presidente do Sindicato<br />

Rural.<br />

VISITA<br />

Associados<br />

na Agrishow<br />

Considerada uma das mais importantes<br />

feiras agrícolas do Mundo,<br />

a Agrishow <strong>2018</strong> realizada em Ribeirão<br />

Preto no período de 30 de abril<br />

a 4 de maio recebeu grande público<br />

neste ano, na maioria, produtores<br />

rurais e empresas ligadas ao Agronegócio.<br />

Os fornecedores de cana ligados<br />

à Canasol não poderiam estar<br />

ausentes do evento e uma parceria<br />

da entidade com o SEBRAE, Coplacana<br />

e Coopercitrus, lotou três ônibus<br />

com aproximadamente noventa<br />

pessoas, entre produtores, técnicos<br />

e diretores que visitaram a feira.<br />

O objetivo da visita segundo o<br />

presidente Luís Henrique, foi proporcionar<br />

aos associados da Canasol, a<br />

oportunidade de entrar em sintonia<br />

com o que de mais moderno existe<br />

no tocante às inovações tecnológicas<br />

e equipamentos de ponta visando<br />

o aumento da produção agrícola.<br />

Para o engenheiro agrônomo<br />

Lautinê Antonelli, o que se observou<br />

na feira deste ano, em relação aos<br />

anos anteriores, com o crescimento<br />

da demanda por parte dos pequenos<br />

e médios produtores, foi uma maior<br />

participação das empresas de equipamentos<br />

destinados à chamada<br />

Agricultura de Precisão. Principalmente<br />

para o setor canavieiro, esse<br />

aumento na participação das empresas<br />

e a própria concorrência tornou<br />

tais produtos mais acessíveis e mais<br />

próximos da realidade do médio produtor,<br />

destaca Tone. Outro fator positivo<br />

que se notou neste ano, foi a<br />

presença mais atuante dos bancos<br />

oferecendo financiamento para a<br />

aquisição desses produtos, encerra<br />

o Agrônomo.<br />

Tenente Rodrigo,<br />

Capitão Leandro da<br />

Polícia Ambiental e<br />

Guilherme Bueno<br />

no Auditório da<br />

Canasol.<br />

59|


SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

SAMUEL BRASIL BUENO - IN MEMORIAM<br />

RÔMULO SGOBBI<br />

Ele foi um homem simples,<br />

honesto e trabalhador<br />

Sem títulos maiores, agigantou-se, deixando marcas nos<br />

caminhos por onde trilhou. Fez da bondade e do amor ao<br />

próximo o motivo principal da sua jornada terrena.<br />

O casal Berenice e<br />

Rômulo Sgobbi, parte<br />

da história de nossa terra<br />

Nascido na fazenda Capão Quente,<br />

nos arredores de Araraquara, em 20<br />

de junho de 1902, Rômulo era filho<br />

de Agabitto Sgobbi e Amábile Bragha,<br />

naturais da Itália. Rômulo era filho<br />

caçula e tinha três irmãos: Eugênio,<br />

Luiza e João.<br />

Com o falecimento de sua mãe, em<br />

decorrência do parto, no dia seguinte<br />

ao seu nascimento, ele foi criado por<br />

sua avó materna.<br />

Eram tempos difíceis e Rômulo não<br />

teve grandes oportunidades para estudar,<br />

porém aprendeu a ler e escrever<br />

com apoio de um senhor residente no<br />

mesmo sítio.<br />

A família viveu e trabalhou por muitos<br />

anos numa fazenda nos arredores<br />

de Tutóia, onde hoje se localiza o Jardim<br />

Indaiá. Ali cultivava café, arroz e<br />

milho.<br />

Com o passar dos anos, a família<br />

adquiriu a fazenda Sant´Ana, local<br />

onde atualmente localiza-se o Jardim<br />

Roberto Selmi Dei. Nesta gleba de<br />

terra, além da agricultura, a família<br />

Direitos de publicação doados<br />

pela Família Brasil Bueno à Revista<br />

Comércio, Indústria e Agronegócio e<br />

à disposição para consultas<br />

Rômulo Sgobbi faleceu em outubro de<br />

1981; sua esposa Berenice, em 1975<br />

também criava gado leiteiro. Durante<br />

quase toda sua vida, Rômulo, através<br />

de um carrinho de tração animal, entregava<br />

o leite diariamente na cidade,<br />

de porta em porta, logo nas primeiras<br />

horas da manhã.<br />

Rômulo Sgobbi casou-se em Araraquara<br />

em 10 de abril de 1926, com<br />

Rômulo com seus irmãos<br />

|60


O filho Waldemar e a nora Ermelinda A filha Olívia e o genro Aldo Zavanela A filha Yolanda e o genro Ercílio<br />

Berenice Bergamim, filha de Anselmo<br />

Bergamim e Maria Baldoni. Desse matrimônio<br />

nasceram sete filhos: Olívia,<br />

casada com Aldo Zavanella, pais de<br />

Antonio, Valderez e Angelina; Isabel,<br />

casada com Antônio Jerônimo, pais<br />

de Edelbison; Waldemar, casado com<br />

Ermelinda Pacini Sgobbi, pais de Ronaldo,<br />

Paulo Sérgio e Flávio; Yolanda,<br />

casada com Ercilio Sotratti, pais de Rodolfo<br />

e Roberto; Olympio, casado com<br />

Maria Verônica Geroma Sgobbi, pais<br />

de Sandra, Solange e Silvio; Marides,<br />

casada com Cícero de Marco, pais de<br />

Carlos Augusto; e Guiomar, casada<br />

com Odemir Faria, pais de Márcia e<br />

Alexandre. Até o momento, 21 bisnetos<br />

completam sua descendência.<br />

Após vários anos de residência na<br />

zona rural, Rômulo mudou-se para<br />

a cidade, vindo a residir na Avenida<br />

Padre Oscar Chagas de Azevedo, uma<br />

travessa da Rua Américo Brasiliense.<br />

Mesmo não tendo a oportunidade de<br />

frequentar escolas, Rômulo tinha predileção<br />

por boas leituras.<br />

Com o falecimento de sua esposa<br />

Berenice, Rômulo, aos 73 anos de idade,<br />

foi morar com a filha Olívia.<br />

Deixou um belo exemplo de trabalho<br />

e dedicação à sua grande e operosa<br />

família.<br />

Rômulo Sgobbi faleceu aos 79<br />

anos, no dia 18 de outubro de 1981 e<br />

sua esposa faleceu em 12 de outubro<br />

de 1975, estando ambos sepultados<br />

no Cemitério São Bento.<br />

Seu nome está na rua através do<br />

Decreto 4.558, de 23 de novembro<br />

de 1981, assinado pelo então prefeito<br />

Waldemar De Santi, que denomina<br />

Avenida Rômulo Sgobbi, a antiga “Rua<br />

20”, do Jardim Roberto Selmi Dei, neste<br />

município.<br />

RUA RÔMULO SGOBBI<br />

1983<br />

<strong>2018</strong><br />

61|


Nelson Lima com sua jaqueta exclusiva ao lado de quadro todo autografado<br />

HISTÓRIA QUE SEMPRE SERÁ LEMBRADA<br />

O cabelereiro que tingia um dos<br />

‘mamonas’ atende hoje na cidade<br />

Com salão no Vale do Sol,<br />

Nelson Lima gravou, em<br />

vídeo, famosa premonição<br />

de Júlio Rasec, dos Mamonas<br />

Assassinas; no guardaroupa,<br />

muitos itens do<br />

amigo, que faleceu em<br />

acidente aéreo em 1996.<br />

Uma notícia estampada nas manchetes<br />

dos jornais chocou o País<br />

numa manhã de domingo de 1996.<br />

No auge do sucesso, a banda Mamonas<br />

Assassinas desaparecia num<br />

trágico acidente aéreo quando voltava<br />

de um show em Brasília (DF).<br />

O jatinho que transportava os integrantes<br />

do grupo de canções e performances<br />

irreverentes, chocou-se no<br />

fim da noite do dia 2 de março com a<br />

Serra da Cantareira, a poucos minutos<br />

do pouso em Guarulhos, cidade<br />

natal dos músicos.<br />

Com apenas um álbum lançado,<br />

cujo título levava o nome da banda,<br />

os meninos humildes venderam mais<br />

de 2 milhões de cópias em semanas<br />

e se transformaram nos artistas preferidos<br />

do público adulto e infantil.<br />

Influenciados pelo rock´n´roll,<br />

o Mamonas Assassinas nasceu em<br />

1990 das cinzas do grupo Utopia.<br />

Alcançou o sucesso após a parceria<br />

com o produtor paulistano Rick Bonadio,<br />

que lapidou o som do grupo,<br />

trazendo diversas influências musicais/regionais,<br />

fora a consolidação<br />

de um humor ácido e direto, cheio de<br />

críticas sociais sutis. Assim nascia um<br />

dos maiores fenômenos comerciais<br />

do mercado fonográfico brasileiro.<br />

Em cerca de 9 meses de carreira,<br />

o grupo fez 182 shows e participou<br />

de muitos programas de televisão. O<br />

quinteto já se preparava para a sua<br />

primeira turnê internacional. O próximo<br />

pouso seria em Portugal. Seria.<br />

E uma das mais curiosas e famosas<br />

lendas envolvendo a morte dos<br />

Mamonas Assassinas vai ao encontro<br />

da premonição do tecladista e vocalista<br />

Júlio Rasec (Júlio Cesar Barbosa)<br />

que, poucas horas antes confessava,<br />

em vídeo, um sonho envolvendo o<br />

acidente. “Não sei. Esta noite sonhei<br />

com um negócio assim. Parece que o<br />

avião caia. Não sei”, disse o jovem, à<br />

época, com 28 anos.<br />

O responsável por registrar o material<br />

foi seu cabeleireiro de confiança,<br />

Nelson Lima, 56, que atende hoje<br />

em um salão montado no bairro do<br />

Vale do Sol, em Araraquara. Lá, ele<br />

nos recebeu e contou com detalhes<br />

essa história, que ganhou o Brasil.<br />

“O Júlio era meu cliente desde os<br />

12 anos de idade. Depois que ficou<br />

famoso, continuava a vir, só que quinzenalmente,<br />

mais ou menos. Tudo virava<br />

uma bagunça, porque muita gente<br />

vinha pedir autógrafo e conversar<br />

com ele, sempre muito atencioso com<br />

todo mundo”, conta Lima.<br />

E para registrar esses momentos,<br />

Nelson Lima resolveu comprar uma<br />

câmera de vídeo e foi justo nela que<br />

gravou a fatídica premonição. “Como<br />

sabia que eles iriam para Portugal,<br />

pedi que ele contasse alguma piada<br />

de português. Ele contou e saiu do<br />

quadro, mas logo voltou e proferiu o<br />

sonho”, revela.<br />

Ao ficar sabendo da tragédia, o<br />

cabeleireiro sabia que tinha um material<br />

importante em mãos, afinal a<br />

comoção no Brasil era geral e muito<br />

intensa. Assim, ele tentou contato<br />

com SBT e Rede Manchete, sempre<br />

tratado como louco, segundo ele.<br />

Fotos da época com Júlio cortando o cabelo no salão de Lima, em Guarulhos/SP<br />

|62


Cabelo de Júlio Rasec guardados com carinho: note que a tintura ainda persiste<br />

Sua melhor recepção foi na Rede<br />

Globo, que mostrou interesse, porém<br />

com certa descofiança. E foi durante<br />

o velório dos Mamonas que Lima cruzou<br />

com o repórter Caco Barcellos.<br />

Ciente do material, Barcellos pediu<br />

para assistir a fita e, ao comprovar<br />

que não era fraude, entrou em contato<br />

com a produção da emissora. “O<br />

vídeo acabou rodando muito. Eu tive,<br />

inclusive, alguns problemas por direitos<br />

autorais, que me fizeram até abrir<br />

processos. Tenho esse VHS ainda<br />

comigo, mas penso em passar para<br />

algum fã dos Mamonas. Meus filhos<br />

não ligam, então tenho medo que o<br />

material se perca de vez”, lamenta.<br />

MUITA AMIZADE<br />

O acervo de itens de Nelson Lima<br />

vai muito além de uma fita de vídeo.<br />

Sua coleção, recebida do próprio Júlio<br />

Rasec, inclui CDs, diversas revistas e<br />

jornais, ingressos para shows, jaquetas<br />

exclusivas e, talvez, a peça mais<br />

curiosa: cachos vermelhos do cabelo<br />

do músico, guardados em um pote.<br />

“Nós escolhemos juntos essa cor,<br />

algo misturando laranja, rosa e vermelho.<br />

O Júlio queria ficar diferente<br />

no palco. Realmente ficou. E ele só<br />

deixava que eu fizesse os retoques.<br />

As tinturas que usávamos, eu ainda<br />

guardo comigo. Para prestar uma<br />

homenagem, batizei um dos meus<br />

filhos de Júlio Rasec Sparapan Lima.<br />

Ele nasceu 1 ano e quatro dias após<br />

o acidente”, revela.<br />

A relação de Nelson com Júlio Rasec<br />

(César, ao contrário) estende-se<br />

à família, principalmente ao pai do<br />

músico, Júlio Cesar Barbosa. Ele também<br />

frequentava seu salão. Até hoje,<br />

ambos têm contato. Com autorização<br />

dele, o cabeleireiro usa uma mamona<br />

no nome de seu estabelecimento.<br />

“Certa vez, o Júlio trouxe a banda<br />

toda aqui: o Dinho, o Bento Hinoto e<br />

os dois irmãos Reoli, Sérgio e Samuel.<br />

Imagina como ficou o lugar? A simplicidade<br />

deles era grande. Lamento só<br />

não ter conversado mais com eles,<br />

justamente por conta desses tumultos”,<br />

brinca.<br />

Técnico em eletrônica e torcedor<br />

do São Paulo, Júlio Rasec foi o último<br />

a entrar para banda. Isso ocorreu por<br />

intermédio de Dinho, que já era seu<br />

amigo. Começou como roadie do Utopia,<br />

grupo pré-Mamonas, onde também<br />

tocou teclado.<br />

Junto com Dinho era o principal<br />

compositor dos Mamonas Assassinas.<br />

Além de tecladista, Júlio também<br />

fazia vocal em algumas músicas. Interpretava<br />

Maria em ‘Vira-Vira’ e,<br />

nas apresentações ao vivo, cantava<br />

‘Sábado de Sol’ e ‘Sabão Crá Crá’.<br />

também imitava o cantor Belchior em<br />

‘Uma Arlinda Mulher’.<br />

Lima e seu<br />

filho, Júlio<br />

Rasec Lima: a<br />

identidade ao<br />

lado comprova a<br />

homenagem ao<br />

Mamona<br />

63|


38 ANOS DE SAUDADES<br />

Amizade,<br />

saudosismo<br />

e amor pela<br />

Ferroviária<br />

Ex-atletas da década de<br />

80, reúnem-se em projeto<br />

master e mantêm vivas as<br />

lembranças dessa época tão<br />

importante para a história<br />

do clube.<br />

Esquadrão afeano: Narciso, Anderson, Douglas Onça, Marcão, Vavá, Divino, Marco<br />

Antonio, Hermínio, Mauro Pastor, Edmilson, Juca, Marinho Rã, Gallo, Carlos Henrique,<br />

Rosa, Miltinho, Gerson, Donato e Edu Rosa<br />

Uma geração de ouro. Jogadores<br />

que, acima da qualidade ímpar dentro<br />

de campo, cultivavam uma amizade<br />

além das quatro linhas. Assim podemos<br />

resumir o sentimento que pairava<br />

entre os atletas que defenderam as<br />

cores da Ferroviária nos anos 80.<br />

Os torcedores mais novos da AFE<br />

podem não saber, mas nessa época,<br />

mais precisamente em 1982, ela venceu<br />

o Torneio Seletivo da Federação<br />

Paulista de Futebol, numa decisão<br />

contra o América FC, de São José do<br />

Rio Preto.<br />

Também terminou o Paulistão em<br />

6º lugar, garantindo vaga no Brasileirão<br />

(Taça de Ouro) do ano seguinte,<br />

onde conseguiu históricos resultados,<br />

como a vitória de 3 a 1 sobre o Grê-<br />

Herminio e o ídolo do Flamengo Adílio,<br />

em jogo na Arena da Fonte<br />

Registro da partida contra o XV de Jaú<br />

mio, de Renato Gaúcho, no Rio Grande<br />

do Sul.<br />

Com o objetivo de manter essa<br />

chama acesa e evitar um possível<br />

distanciamento entre os amigos, o<br />

ex-zagueiro Hermínio Palombo, que<br />

defendeu a AFE em 1982, deu origem<br />

ao time master da Ferroviária. Hoje,<br />

na diretoria do projeto, ele conta com<br />

a companhia de outros antigos companheiros<br />

de campo: Mauro Pastor,<br />

Edmílson e Rosão.<br />

A ideia começou simples, há mais<br />

de cinco anos, com as famosas confraternizações<br />

de fim de ano e o direito<br />

ao churrasco no final.<br />

Atualmente, a atividade ficou mais<br />

séria e os amigos se reúnem com<br />

mais frequência, com quase um jogo<br />

por mês contra equipes da Região<br />

dentro e fora da cidade.<br />

Os uniformes utilizados por todos<br />

foram cedidos pela diretoria atual da<br />

Ferrinha. “Praticamente todos nós encerramos<br />

a carreira ao mesmo tempo.<br />

Começamos juntos, há 38 anos, do<br />

amador ao profissional. Agora, nos<br />

divertimos”, conta Herminio.<br />

Fora seus membros diretores, o<br />

grupo conta com várias estrelas como<br />

Douglas Onça, o garoto de Ouro da<br />

Vila Xavier, o ex-atacante Marcão, os<br />

xerifes Dama e Marco Antônio, o ex-<br />

-atacante Marinho Rã e até os técnicos<br />

de futebol Dorival Júnior e PC de<br />

Oliveira. Ainda, no plantel, temos Milton,<br />

Marco Antônio, Vica, Vavá, Divino,<br />

Zé Rubens, Carlos Henrique, Donato,<br />

Douglas Neves, Gerson, Julimar, Gallo,<br />

Lavinho, Miltinho, Claudinho, Sergio<br />

Miranda, Carlos, Edu Rosa, Caico, Sidney<br />

e Marcão.<br />

O técnico desse time é o Lua, torcedor<br />

símbolo da Ferroviária. E por<br />

falar em professor, vale ressaltar que<br />

todos esses nomes foram treinados<br />

|64


ou tiveram contato direto com o ídolo<br />

maior da AFE, Olivério Bazzani Filho, ou<br />

apenas Bazzani, falecido em 2007.<br />

“Temos um grupo fixo, mas nada<br />

nos impede de chamar mais gente<br />

para brincar conosco. Tudo é feito com<br />

muito amor e também, sempre que<br />

possível, realizamos ações beneficentes<br />

para ajudar alguma instituição ou<br />

mesmo algum ex-atleta que passa por<br />

dificuldades. Saber que algum amigo<br />

nosso está mal nos incomoda demais.<br />

E vou dizer, dentro do campo, perdemos<br />

apenas para o Flamengo. Quem quiser<br />

nos chamar para algum amistoso, basta<br />

entrar em contato”, finaliza Herminio.<br />

Acima, a<br />

Ferroviária de<br />

1982. Na foto,<br />

em pé: Marinho<br />

Paranaense,<br />

Abelha, Vica,<br />

Hermínio,<br />

Zilinho, Divino,<br />

Armandão<br />

(massagista),<br />

José Carlos<br />

Porsani<br />

(diretor social).<br />

Agachados:<br />

Marinho Rã,<br />

Miltinho,<br />

Douglas Neves,<br />

Sidinei Alástico<br />

e Claudinho.<br />

65|


Texto: Benedito<br />

Salvador Carlos, o Benê,<br />

com a colaboração de<br />

Pedro Scabello<br />

VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS<br />

500 milhas de Interlagos<br />

em 1974: “Era impossível<br />

crer que estávamos lá”<br />

,<br />

Cheguei em Interlagos<br />

com um segredo. Confesso<br />

que queria ser eu, o piloto<br />

a participar da prova em<br />

dupla com Edivilmo Moraes.<br />

Tinha um plano traçado e a<br />

conivência de seu cunhado<br />

Wanderlei Cavalari. ,Benê<br />

Na verdade, se conseguisse andar<br />

bem na chance que me fosse dada<br />

nos treinos de apronte, tudo se tornaria<br />

mais fácil e o convencimento se<br />

daria naturalmente. Como todo menino<br />

abusado, confiava plenamente<br />

no meu “taco”. Minha “pseudo experiência”<br />

vinha do histórico como participante<br />

na 50cc de três provas da<br />

Copa Centauro, com uma Zundapp<br />

e da pilotagem do meu dia a dia da<br />

minha mais nova motocicleta, uma<br />

Ducati Mark 3, 250cc um cilindro.<br />

A comemoração no pódio<br />

A Ducati era um “canhão”. Com o<br />

escapamento dimensionado, popularmente<br />

conhecido como funil, sua<br />

aceleração só cruzava acima dos<br />

4.000 RPM. Sua arrancada era brutal<br />

e os braços do piloto precisavam<br />

estar sempre firmes, usando muita<br />

força e talento para manter o guidão<br />

estável, de seu arisco e indomável<br />

motor. Dirigi-la era um prazer indescritível,<br />

emoção pura controlá-la com<br />

suas inúmeras nuances, chegava a<br />

170 km/h de velocidade final.<br />

Há um mito entre os pilotos que<br />

a Ducati é única e quem já a guiou,<br />

na acepção da palavra, nunca mais<br />

esquece. Seu motor, um puro sangue,<br />

que bate descompassado, extremamente<br />

agressivo e seu chassi super<br />

esporte, faz o piloto sentir magias ao<br />

pilotá-la. Tem um comportamento<br />

único, em alta velocidade, na entrada<br />

da curva, naturalmente tem um<br />

movimento de dança, ficando literalmente<br />

de lado, torcida, escorrega na<br />

pista, transmite a sensação de que<br />

com tanta potência, a roda traseira<br />

quer ultrapassar a dianteira. E essa<br />

era minha maior experiência e ao<br />

guiá-la, também, meu maior respeito<br />

perante a comunidade de pilotos<br />

locais. Por sorte e destino, o Moto<br />

Clube Araraquara, historicamente foi<br />

uma escola de pilotos “ducateiros”:<br />

Antonio Carlos Aguiar que corria por<br />

Araraquara, Eduardo Luzia, Victorinho<br />

Barbugli, Evaldo Salerno, Olimpyo<br />

Bernardes Ferreira Neto, Celso<br />

(Baiano Faito) Martinez e Dario Pires,<br />

sempre pilotaram com exímio talento,<br />

e com modéstia, eu fui incluso nesse<br />

seleto grupo.<br />

Nesta prova, o Moto Clube Araraquara<br />

participou com duas duplas:<br />

Eduardo Luzia e Neto, com uma Suzuki<br />

380cc 2 cilindros e 2 tempos, e<br />

Edivilmo Queiroz com José da Penha<br />

Moreira, na Yamaha TD2B de fábrica.<br />

Dario Pires, Antonio Carlos Selvino e<br />

Pinho (José Manoel do Amaral Sampaio)<br />

faziam o estafe técnico da equipe<br />

Suzuki. Vanderlei Cavalari, Baiano<br />

Faito, Peixeiro (Luizinho Ventrilo) e eu<br />

da Yamaha. Dinho Dall’acqua, como<br />

sempre, na gerência da logística.<br />

No sábado, logo pela manhã, os<br />

|66


Edivilmo Moraes, na Yamaha 31 e Neto<br />

treinos começaram e tudo caminhava<br />

com normalidade, os ajustes de<br />

corrida iam sendo realizados por<br />

Edivilmo e Penha, até que a Yamaha<br />

quebrou. Quebraram os anéis, furou<br />

um pistão e o cilindro teve a sua<br />

“camisa” riscada. Para uma equipe<br />

normal a corrida estava terminada,<br />

para Araraquara, jamais. Edivilmo e<br />

Penha, de Chevette preto, tomaram<br />

o caminho de volta para Araraquara,<br />

somente com o motor e rumaram diretamente<br />

para a fábrica de pistões<br />

Rocatti, abusando da solidariedade<br />

de Joaquim Luis Caratti, que abriu a<br />

sua fábrica e cedeu gratuitamente as<br />

peças a serem repostas. Penha era<br />

genial, tinha sempre uma solução,<br />

além de todo seu conhecimento em<br />

mecânica, era um torneiro mecânico<br />

mágico. Edivilmo também muito talentoso.<br />

Conhecia o sistema eletromecânico<br />

como poucos. Neste intervalo<br />

de tempo, Eduardo Luzia, Dario e<br />

Selvino, com mais posses, foram para<br />

um hotel. Neto, eu, Baiano, Pinho,<br />

Vanderlei, Peixeiro e Edson (Dinho)<br />

Dall’acqua ficamos no autódromo,<br />

onde dormimos. Havia no local um<br />

vestiário simples, com um chuveiro de<br />

água fria, bem modesto, onde ali em<br />

mínimas condições tomamos nosso<br />

banho, que independentemente de<br />

suas condições, para nós estava tudo<br />

ótimo. O dia se recolheu, os treinos<br />

terminaram, a noite ficou estrelada,<br />

os motores foram se calando e restaram<br />

apenas nós no autódromo. A<br />

fome chegou e, como todos bons jovens,<br />

não tínhamos nada para comer,<br />

estávamos à deriva. Por sorte, Baiano<br />

e Pinho descobriram um carrinho de<br />

pipoca, ali deixado certamente para<br />

atender os boxes no dia seguinte, e<br />

com todo talento, o liberaram para<br />

funcionamento, não sobrando milho<br />

para nunca mais. Jantamos pipoca<br />

com os Refrigerantes Mimosa da família<br />

Ciomino, refeição inesquecível.<br />

Fomos acordados às três horas da<br />

manhã do domingo com a chegada<br />

dos dois, o motor já estava “refeito”.<br />

Ato contínuo, com a ajuda de todos,<br />

foi instalado e funcionou ainda no crepúsculo<br />

da madrugada. Serviço feito<br />

e descanso merecido até o sol raiar.<br />

Diante do ocorrido e com tanta<br />

determinação de Penha, meus planos<br />

de realizar uma corrida com a Yamaha<br />

TD2B, foi “justamente” adiado.<br />

Interlagos - Yamaha TD2B e Diogo<br />

Faito. À esquerda, o carrinho de<br />

pipoca e ao fundo, o vestiário<br />

Saudosa Ducati Mark 3, 250cc, do Benê<br />

Com muita determinação, Edivilmo,<br />

Penha, Luzia e Neto fizeram um corridaço<br />

de regularidade, chegando<br />

em posições superiores, muito além<br />

de suas possibilidades. A prova foi<br />

vencida magistralmente por Johnny<br />

Ceccotto e Carlos Alberto Pavan (Jacaré),<br />

dois jovens e pilotos excepcionais,<br />

ficando o segundo lugar para<br />

os pilotos oficiais da Team Yamaha,<br />

Valter “Tucano” Barchi e Nivanor Bernardes,<br />

que substituía Denisio Casarini,<br />

naquele dia acidentado. Tempos<br />

depois, no velho barracão nº 959 da<br />

Rua Carvalho Filho, num daqueles<br />

dias de “Remember”, entre um copo<br />

e outro, onde saudade se confunde<br />

com sonhos não realizados, Baiano<br />

Faito e Pinho me confidenciaram, que<br />

foram para Interlagos neste dia, com<br />

os mesmos objetivos que eu também<br />

sonhara. Imaginavam que na primeira<br />

“sopa”, seriam eles os pilotos substitutos.<br />

Quando perguntei, qual seria<br />

o critério, se por ventura uma vaga<br />

sobrasse, foi uma gargalhada geral,<br />

e cada um de nós, até hoje se sente<br />

no direito de ser o escolhido. O sonho<br />

é de cada um, e quem terá o direito<br />

e a coragem de renunciá-lo....... com<br />

certeza ia ser uma briga interminável.<br />

Restou-me a experiência e a magia de<br />

ter andado anteriormente na Yamaha<br />

TD2B em outras duas oportunidades.<br />

Maravilhosa, 100 km/h em 4 segundos<br />

e 215 km/h de velocidade final.<br />

Velhos tempos, belos dias...<br />

67|


Meninos mostram, com orgulho, seus equipamentos em show no asilo: Percy, Celso, Bila, Sabaúna, Carlinhos, Getúlio e Tony Pent; a arma<br />

de plástico é alusão ao seriado americano de mesmo nome, pendurada no amplificador, foi ideia de Celso para a abertura do show<br />

Atenção! Os Intocáveis estão no palco<br />

Os Intocáveis foram um dos primeiros grupos de baile de Araraquara, que chamou atenção<br />

entre os anos de 1964 e 1967 por sua formação de instrumentos de sopro (metais).<br />

Quem nos conta essa história, que está interligada ao The Jungles (banda da mesma época),<br />

é o fundador Sabaúna e seu companheiro de palco, Celso Aparecido dos Santos.<br />

Seriado de televisão americano<br />

exibido de 1959 a 1963 na TV<br />

Tupi e baseado no livro de Eliot<br />

Ness e Oscar Fraley, Os Intocáveis<br />

mostrava a luta de Ness e equipe<br />

contra o “Império de Crimes”, de<br />

Chicago, montado pelo gângster<br />

Al Capone, além de vários casos<br />

de crimes e criminosos da época<br />

da Lei Seca implantada pelo governo<br />

americano, que tinha fechado<br />

todos os bares e botecos.<br />

Aqui em Araraquara, a produção<br />

serviu de inspiração para um conjunto<br />

musical, que adotou o mesmo<br />

nome, seguindo também o sucesso<br />

da música de Moreira da Silva, “Os<br />

Intocáveis”. A escolha cinematográfica<br />

em nada surpreende quando conhecemos<br />

quem é o mentor deste projeto:<br />

Américo Borges, pianista responsável<br />

pela trilha sonora dos filmes “Santo<br />

Antônio e a Vaca”, “Férias no Arraial”,<br />

“A Vida Quis Assim”, mais significativas<br />

obras rodadas em Araraquara nas<br />

décadas de 50 e 60.<br />

Na verdade, em seus primórdios,<br />

lá pelos idos de 1964, Os Intocáveis<br />

iniciava sua trajetória como Intocáveis<br />

Bossa Trio e com a seguinte formação:<br />

Sabaúna (bateria), Fiico – irmão de<br />

Américo Borges - (piano) e Edmur (baixo).<br />

“Fomos o primeiro trio da cidade<br />

a apostar nessa sonoridade. O Fiico e<br />

eu éramos vizinhos, na Avenida Prudente<br />

de Moraes. O Américo nos uniu<br />

e chamou o Edmur”, revela Sabaúna,<br />

67, à nossa reportagem.<br />

“Série Bandas e Grupos Musicais da Cidade<br />

é um projeto da Revista Comércio, Indústria<br />

e Agronegócio, visando resgatar a história<br />

musical da cidade em todos os tempos.<br />

CONTINUA NAS PÁGINAS SEGUINTES<br />

|68


O baterista arremata. “Fizemos<br />

apresentações memoráveis, como<br />

no avant premiere do filme Santo Antônio<br />

e a Vaca, além de um inesquecível<br />

show ao lado do renomado Zimbo<br />

Trio, no Teatro Municipal”, recorda.<br />

Pouco tempo depois, em virtude<br />

do crescimento da Jovem Guarda no<br />

Brasil, uma nova diretriz artística foi<br />

pensada por Sabaúna. Para tal, foram<br />

recrutados Celso Aparecido dos Santos<br />

(guitarra base), Getúlio (guitarra<br />

solo) e Bila (baixo), que substituiu<br />

Edmur, quando este se mudou com<br />

seu pai para outra cidade. Agora o<br />

trio viraria um grupo, sendo chamado<br />

apenas por Os Intocáveis.<br />

”Fui convidado por Sabaúna e<br />

aceitei logo de cara, pois conhecia o<br />

grupo e suas músicas. Pedi que chamassem<br />

um guitarrista solista e assim<br />

o Getúlio, um grande instrumentista,<br />

entrou para a turma”, lembra<br />

Celso, hoje com 72 anos.<br />

Sabaúna, Fiico, Edmur, Getúlio e<br />

Celso, recrutaram os outros músicos<br />

através das Domingueiras Alegres ou<br />

Brincadeiras Dançantes, eventos que<br />

aconteciam pelos clubes da cidade.<br />

“O pessoal se reunia nesses eventos<br />

e íamos conhecendo quem realmente<br />

tocava bem ou não. Fomos selecionando<br />

os melhores, pois éramos<br />

exigentes”, pontua Celso.<br />

Show no Clube 22 de Agosto: Getúlio, Percy, Tony Pent, Celso e Bila<br />

Com ensaios na casa de Sabaúna,<br />

o repertório básico do grupo reunia<br />

samba, MPB, jovem guarda e até música<br />

internacional. As apresentações<br />

eram constantes, normalmente de<br />

quarta a domingo. Clubes como 22<br />

de Agosto, 27 de Outubro e Araraquarense<br />

eram os principais palcos.<br />

Quermesses também estavam na<br />

pauta. Inclusive, foi num evento na<br />

Igreja Nossa Senhora das Graças (importante<br />

e disputada festa da época)<br />

a pitoresca estreia do baixista Bila,<br />

que substituiu Edmur.<br />

“O Bila estava muito nervoso. Então<br />

sugeri que ele tomasse um pouco<br />

de uísque, que o Vilcides tinha trazido.<br />

Ele foi lá e tomou, só que, na<br />

verdade, aquilo era um líquido para<br />

limpar o instrumento dele. Brincadeiras<br />

à parte, ele gostou de tocar e<br />

perdeu o medo”, ri Celso.<br />

Outra pessoa muito importante<br />

na trajetória do grupo foi Benedito<br />

Selante, que virou empresário do<br />

grupo na sua formação completa,<br />

viabilizando roteiros e logísticas para<br />

que os meninos se apresentassem<br />

em outras cidades da região. O pai de<br />

Sabaúna, senhor Chrispim Servino,<br />

também fez parte da produção do grupo,<br />

acompanhando shows e ensaios<br />

sempre que possível. Os Intocáveis<br />

tinham roupas impecavelmente confeccionadas<br />

por Sérgio Milanez, ótimo<br />

e concorrido alfaiate local da época.<br />

Assim, com essa nova formação, o<br />

grupo abriu as portas para outros músicos<br />

e possibilidades sonoras, com<br />

bateria (Sabaúna), guitarra base (Celso),<br />

guitarra base 1/8 acima (Percy),<br />

guitarra solo (Getúlio), teclado (Fiico),<br />

baixo (Bila), trompetes (Giba e Carlinhos),<br />

trombone de vara e saxofone<br />

(Vilcides e Waltinho) e voz com Tony<br />

Pent, transformando-se assim, em<br />

um dos primeiros grupos de baile de<br />

Araraquara, segundo Celso.<br />

Diferentemente dos outros grupos da<br />

época, Os Intocáveis se diferenciavam por<br />

usar metais no palco, como trompetes,<br />

trombone de vara e saxofones<br />

69|


Banda Moog Boys (esquerda) e Os Intocáveis (direita) com o pai de Sabaúna, Chrispim Servino, ao lado de Pedro Rodrigues, que foi<br />

empresário dos Jungles; os grupos, na ocasião, se preparavam para se exibir no Clube 22 de Agosto, uma das principais casas de show<br />

da época, ponto de encontro de toda a juventude. A apresentação seria de Osvaldo Zaniollo (Rádio Voz), primeiro à direita<br />

O vocalista Dimas e Carlão (saxofone)<br />

também passaram pelo grupo.<br />

“Tínhamos muita gente no palco, mas<br />

nem sempre conseguíamos reunir<br />

todo mundo nas fotos. A maioria era<br />

adolescente, entre 14 e 20 anos de<br />

idade”, pontua o guitarrista Celso.<br />

Um ponto importante a ser lembrado<br />

é que a banda não vivia dos<br />

cachês, direcionando o dinheiro para<br />

investimentos em instrumentos e<br />

equipamentos. “Assim, tínhamos ótimos<br />

equipamentos para a época e<br />

isso nos ajudava a condicionar excelentes<br />

shows e chamar o público, que<br />

sempre nos acompanhava. Muitos<br />

instrumentistas entusiastas apareciam<br />

em nossas apresentações para<br />

aprender as músicas. Hoje, conseguir<br />

uma cifra é muito fácil, pois tem tudo<br />

na internet. Naquela época não tínhamos<br />

este recurso. Neste quesito, o<br />

Vilcides tinha um papel muito importante,<br />

pois sabia fazer bem a leitura<br />

de partituras e transcrevia para os<br />

outros metais”, lembra Celso.<br />

O ponto alto da carreira dos araraquarenses<br />

foi a aparição na TV<br />

Tupi (Canal 4), no programa “J R e<br />

a Juventude”, do conhecido Júlio Rosemberg,<br />

em 1965. Faziam também,<br />

shows beneficentes no Asilo de Mendicidade<br />

de Araraquara. Em 1966, Os<br />

Intocáveis ficaram em 3º lugar no 1º<br />

Festival de Conjuntos no IEBA, vencido<br />

pelos Condor Boys.<br />

THE JUNGLES E O FIM<br />

DA AMIZADE<br />

O guitarrista Celso conhecia o vocalista<br />

Tony Pent desde a infância, na<br />

época, chamado apenas de Toninho,<br />

quando eram vizinhos e estudaram<br />

juntos na Vila Xavier. Inclusive, os sinos<br />

da Igreja Santo Antônio embalaram<br />

uma das composições de Pent,<br />

chamada “Soninha”.<br />

“Eu acabei dando uma ajuda pra<br />

ele entrar para Os Intocáveis. Na audição,<br />

eu cantei o tom da música no<br />

ouvido dele, para ele não errar. Ele<br />

tinha uma ótima presença de palco,<br />

que seguia a postura de grandes estrelas<br />

da época, como Roberto Carlos”,<br />

diz Celso.<br />

Certa vez, Celso e Tony viajaram<br />

até Santos para buscar uma guitarra<br />

Fender e um amplificador Valiant, que<br />

Celso tinha ganho do seu irmão pois,<br />

até então, usava um instrumento feito<br />

por seu tio, Elídio da Cunha (Celso<br />

a tem guardada até hoje, com muito<br />

carinho). E nesta viagem, um episódio<br />

chamou atenção: os dois foram convidados<br />

para uma festa por algumas<br />

meninas que conheceram na praia.<br />

Neste dia, Tony se apresentou a uma<br />

delas, como Tony Pent Lupo, fazendo<br />

referência a uma família tradicional<br />

de Araraquara. “Após essa jogadinha<br />

dele, pensamos que nos daríamos<br />

bem. O que não esperávamos era que<br />

uma das meninas que estava na festa<br />

fosse sobrinha da inspetora da escola<br />

em que Tony e eu estudávamos (Francisco<br />

Pedro Monteiro da Silva, mais<br />

conhecido como Chicão). Imagine<br />

a confusão na qual nos metemos”,<br />

brinca Celso.<br />

Tony Pent e Celso dos Santos: amigos<br />

desde adolescência na Vila Xavier; hoje,<br />

os dois se falam eventualmente<br />

|70


Celso com a guitarra feita pelo tio<br />

E justamente Tony Pent foi o primeiro<br />

a deixar Os Intocáveis, seduzido<br />

por uma proposta do grupo The<br />

Jungles e ter um microfone sem fio.<br />

Sendo assim, Sabaúna encontrou o<br />

novo vocalista Dimas, que era um<br />

excelente cantor de uma orquestra<br />

em São Carlos. “A estreia de Dimas<br />

foi fantástica. Sua semelhança com<br />

Simonal, tanto em timbre quanto em<br />

aparência, deixou todos boquiabertos.<br />

Ele era extremamente afinado<br />

e eu tive e certeza que fiz a escolha<br />

certa”, lembra Sabaúna.<br />

Tudo parecia tranquilo na carreira<br />

do grupo Os Intocáveis, mas um show<br />

cancelado às pressas na Universidade<br />

Federal de Curitiba/PR (onde tiveram<br />

que vender todos os instrumentos<br />

para pagar a multa rescisória por<br />

não terem comparecido ao evento)<br />

mexeu com a união dos meninos.<br />

Esse cancelamento culminou em uma<br />

discussão acalorada entre Sabaúna e<br />

Getúlio que, por pouco, não terminou<br />

em pancadaria.<br />

“Sabaúna e Getúlio se ameaçaram.<br />

Um não ficaria na banda com a<br />

presença do outro. Com isso, somando<br />

o fato da perda da nossa aparelhagem<br />

de som, senti que era o começo<br />

do fim. E foi! Eu fiquei tão triste, que<br />

nunca mais toquei profissionalmente”,<br />

conta Celso. “Não tinha mais clima.<br />

Então aceitei o convite e também<br />

fui para os The Jungles. Como eu era<br />

o único membro fundador ainda no<br />

time, Os Intocáveis acabaram encerrando<br />

as atividades, em meados de<br />

1967. Continuei na música, mas guardo<br />

um carinho especial pelo grupo Os<br />

Intocáveis”, diz Sabaúna.<br />

Depois de anos, alguns integrantes<br />

ainda mantém contato, lembrando<br />

com saudades os bons tempos em<br />

que faziam sucesso na cidade e na<br />

Região. Carlão e Tony Pent moram em<br />

Ribeirão Preto, Edmur vive em São<br />

Paulo, Waltinho em Botucatu, Vilcides<br />

em Boa Esperança do Sul. Em<br />

Araraquara, ainda vivem Sabaúna,<br />

Celso, Fiico, Carlinhos e Bila. Dimas<br />

nunca mais foi visto. Giba e Percy já<br />

faleceram. E para fechar esta reportagem,<br />

fica aqui um sentimento mútuo,<br />

transmitido a nós por Sabaúna e<br />

Celso dos Santos: o maior orgulho de<br />

ambos é ver o amor da música dos<br />

dois, transmitido a outras gerações<br />

da família. No caso do guitarrista,<br />

seu filho Daniel Bernardo é guitarrista<br />

solo na Banda Bruce Brothers. O neto<br />

de Sabaúna, Werley, é percussionista.<br />

Sabaúna também fez carreira na capital<br />

71|


E o amor?<br />

VIP<br />

VIDA SOCIAL por Maribel Santos<br />

Olá, querido leitor! E o que dizer do amor no mês mais romântico<br />

do ano? O sociólogo polonês, de descendência judaica falecido ano<br />

passado, Zygmunt Bauman escreveu: “A modernidade líquida em que<br />

vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos,<br />

um amor líquido. A segurança inspirada por essa condição estimula<br />

desejos conflitantes de estreitar esses laços e ao mesmo tempo<br />

mantê-los frouxos”. Mas, apesar de tudo ainda existem casais<br />

apaixonados, companheiros e que vivem a totalidade do amor.<br />

Parabéns aos “corajosos” e eternos românticos!<br />

VIPS<br />

EM DESTAQUE<br />

Fotos: Maribel Santos<br />

Fotos: Marcela Campos<br />

Clube Araraquarense<br />

Flávia Moreira<br />

Spadafora,<br />

Ana Paula<br />

Coan Pierri,<br />

Ana Maria<br />

Coan e<br />

Reinolds Frais<br />

Fernando Giroto e Georgia Colino<br />

Neusa Guatelli e<br />

Luiz Aufieri<br />

Família Magilli reunida:<br />

Elaine, Pedro e Paulo<br />

|72


Wladimir Domingues Soldado e<br />

Claides Soldado<br />

Vera Zenatti e Cris Zanin<br />

Leila Zaniolo Paulucio e<br />

Paulo Antônio Paulucio<br />

Renata Maria Fleury e<br />

Lineu Hamilton Cunha<br />

Cidinha Veiga e<br />

Ana Lúcia Santos<br />

Ana Araujo e Jocelito Machado<br />

Laís Souza e<br />

Roni Willian<br />

73|


VIPS<br />

EM DESTAQUE<br />

Karina Iamada e Márcia Iamada<br />

Cristinéia Maestre Mendes com o casal Spaniol,<br />

Monalisa e Mário<br />

Kátia Sassi<br />

Camila<br />

Melhado<br />

Vivian Almeida e<br />

Mayra Almeida<br />

|74<br />

Fransérgio Martins e Isaac Samuel


75|


VITRINE<br />

JOÃO DA R<strong>ED</strong>AÇÃO CARLOS<br />

INAUGURAÇÃO DO INTERATIVO<br />

O Colégio Interativo inaugura sua<br />

nova unidade na Avenida Padre<br />

Anchieta, no final de julho. A<br />

educação em Araraquara só tem<br />

a ganhar, pois trata-se de uma<br />

obra de imprescindível valor e que<br />

demonstra o interesse da direção<br />

da escola em oferecer ensino de<br />

qualidade. O investimento realizado<br />

também mostra que o Interativo está<br />

de olhos voltados para o futuro.<br />

Parabéns e boa sorte.<br />

O prédio do Interativo a ser inaugurado até o final de julho<br />

André Boalin consegue unir o útil ao agradável: sua vida<br />

empresarial na Aliança e a carreira de DJ<br />

Mauro Solssia recebe na Solssia Corretora de<br />

Seguros para um café da manhã, os amigos<br />

Osmar Alberto Volpe (Pio), Ivan Roberto Peroni,<br />

Wilson Pedroso (Índio) e Humberto Perez<br />

ANIVERSÁRIOS<br />

Junho|<strong>2018</strong><br />

A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA NOME<br />

EMPRESA<br />

DATA NOME<br />

EMPRESA<br />

02/06<br />

04/06<br />

04/06<br />

05/06<br />

06/06<br />

06/06<br />

06/06<br />

06/06<br />

09/06<br />

09/06<br />

10/06<br />

10/06<br />

11/06<br />

11/06<br />

11/06<br />

13/06<br />

Luzia Nucci Garitta<br />

Ademir Barbosa dos Santos<br />

João Luíz Ribeiro Santos<br />

Tarso Esteves Rodrigues<br />

Henrique Luís Carrascossi<br />

Irineu Ramos Júnior<br />

Marcelo Benedito Murcia<br />

Mayara Cristina Jacon<br />

Everton Arnaldo Simões<br />

Jaqueline Cristina Branco<br />

Antônio Bruno Montoro<br />

Giacomo Dalla Vecchia<br />

Carlos André do Nascimento<br />

Paulo André Alves Pinto<br />

Ronaldo Hercílio Mattos<br />

Antônia Dalva Carvalho Pilon<br />

Remo Garitta<br />

Maquifísica<br />

Imobiliária São Paulo<br />

Megabat Baterias<br />

Chefor<br />

Multi Catálogos<br />

Movbase Infraestrutura<br />

AJ Citrus<br />

Auto Vans Mec. e Auto Peças<br />

Jacke Shoes Calçados e Bolsas<br />

Rádio Morada do Sol<br />

Lojas Cem<br />

Nascimento Sol. Empresariais<br />

Vilacopos<br />

R M Telecomunicações<br />

Jopasa<br />

14/06<br />

15/06<br />

18/06<br />

19/06<br />

19/06<br />

19/06<br />

20/06<br />

21/06<br />

21/06<br />

24/06<br />

25/06<br />

26/06<br />

27/06<br />

28/06<br />

30/06<br />

Alfredo Haddad Neto<br />

Carlos Massayuki Miyai<br />

Luis Fávero de Souza<br />

Denise Ap. Roseghini<br />

Neusa Santana<br />

Roberto Donizeti Braguini<br />

João Gossain<br />

Laércio Grili Grande<br />

Sílvia Mahfuz<br />

Clélia Aparecida Santos<br />

Reginaldo Fernando Jorgin<br />

Luciana Cristina Caetano<br />

Dorival Rodrigues Júnior<br />

Sônia Cristina da Silva<br />

Antônio Donizete dos Santos<br />

HDZ Imóveis<br />

Big Real<br />

Grafite Papelaria<br />

Sucos Naturais da Rua 04<br />

Quatro Estações<br />

Blocos Belfort<br />

Mercearia Avenida<br />

Com. e Repres. Grili Grande<br />

J Mahfuz<br />

Clélia<br />

Agaeli Distr. Peças<br />

Lojas Certeza<br />

Turística Sonhomeu<br />

Casa Deliza<br />

Zetti Auto Peças<br />

|76


Inauguração da nova sede do Sicoob 4434, um dos<br />

principais eventos sociais de Matão nesta temporada.<br />

Ademar Ramos da Silva e a esposa Maria<br />

Regina na inauguração<br />

Antonio Tomazetti Gaban e esposa Maria<br />

Casal Cristina e Walter Francisco Orloski<br />

José Janone Júnior, presidente da ACIA e<br />

Mário Thuyosi Hokama, do Sicoob 4434<br />

Angela Maria e Aparecido Luís dos Santos<br />

Ligiane e Eduardo Antonialli Del’Acqua<br />

Ivani Reis de<br />

Lima e Daniela<br />

Curti Batista,<br />

integrantes da<br />

equipe Sicoob<br />

em Matão<br />

Walter Francisco Orloski, diretor administrativo<br />

do Sicoob 4434, recebe em noite festiva Carlos<br />

Augusto de Macedo Chiaraba, presidente do<br />

Conselho de Administração do Sicoob Cooperaso,<br />

de Sorocaba e Francisco Rao, presidente da<br />

Crediconsumo de Santo André<br />

Júlio Pascoal<br />

Basso, membro<br />

do Conselho<br />

Fiscal do<br />

Sicoob 4434<br />

e o advogado<br />

Gesiel de Souza<br />

Rodrigues<br />

77|


Luís Carlos<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e cronista da Revista Comércio,<br />

Indústria e Agronegócio de Araraquara<br />

Velhos amigos pescadores<br />

Pedaço de rio, num final de tarde, com suas águas<br />

serenas e tranquilas, próprias para reflexões<br />

Nesta época de tanta confusão<br />

na política, coisa jamais vista antes<br />

no País e apenas a quatro meses das<br />

eleições, não adianta ficar a imaginar<br />

quem serão os tantos pré-candidatos<br />

ou candidatas que disputarão a<br />

Presidência da República, ou os dois<br />

que conseguirão chegar ao fim no segundo<br />

turno (caso ocorra).<br />

Além do mais, em respeito à opinião<br />

dos esclarecidos leitores e das<br />

inteligentes leitoras, não confessarei<br />

quem é o meu pré-candidato. Mas<br />

afirmo que não deixarei de ir votar,<br />

não votarei em branco, nem anularei<br />

meu voto, coisa jamais feita antes em<br />

minha vida de votante.<br />

É que vocês, pelo<br />

menos os mais jovens,<br />

sequer podem imaginar<br />

o quão gratificante<br />

é os cidadãos, depois<br />

de mais de duas décadas,<br />

terem conseguido<br />

recuperar o direito de<br />

voto, pela redemocratização,<br />

antes proibido<br />

pela intervenção militar.<br />

Apenas darei uma<br />

dica, que até já devem<br />

supor pelo vernáculo:<br />

é do sexo masculino, não é nem da<br />

chamada ‘esquerda’, menos ainda da<br />

intitulada ‘direita’, posições essas indefiníveis<br />

neste século.<br />

Então, no aguardo dos acontecimentos,<br />

nada como partir para<br />

amenidades, como falar sobre pescarias.<br />

E a recordar dos velhos amigos<br />

pescadores que já partiram, há muito<br />

tempo, para o Oriente Eterno.<br />

Como o Mário Barbugli. Um<br />

homem metódico que passava todo<br />

o fim de semana com os amigos em<br />

seu pesqueiro nas margens do Moji<br />

Guaçu. Sabia quando estava bom para<br />

se pescar dourado, ao encher um copo<br />

da água do rio. Como? Pelo grau de<br />

transparência, se ela estivesse mais ou<br />

menos turva.<br />

Então colocava seu motor Johnson<br />

na água e ia pescar de rodada. Caso<br />

contrário, apoitava no barranco, em<br />

lugar cevado, para pescar piavas; isso<br />

quando não ficava em sua estiva coberta.<br />

Como o Dr. Domingos Abritta,<br />

seu companheiro de pescaria e que<br />

preferia ficar na estiva fumando um<br />

enorme charuto, enquanto<br />

esperava o<br />

puxão das piracanjubas,<br />

pois elas ainda<br />

lá existiam. Sentado<br />

numa cadeirinha, mais<br />

filosofava do que pescava.<br />

Como o italiano<br />

Ferruccio Miari, dono<br />

do antigo Bar da Estação,<br />

quando ainda<br />

a ferrovia era direcionada<br />

aos passageiros,<br />

hoje inexistente, possuidor<br />

de uma paciência de Jó, nem<br />

tanto para pescar, mas para sintonizar<br />

no dial de seu rádio as ondas curtas,<br />

procurando notícias do exterior, principalmente<br />

as italianas.<br />

Como o Jorge Bedran que, quando<br />

não ficava na estiva, obstinado e paciente<br />

até o fim da tarde, tentando<br />

pegar os ximburés e as piavas, subia<br />

em seu barco e ia pescar num córrego,<br />

o Guariroba, afluente do Moji, onde se<br />

divertia fisgando pequenas piavas e<br />

E assim, a deixar de<br />

lado provisoriamente as<br />

preocupações sobre o<br />

futuro do País enquanto<br />

as eleições não chegam,<br />

lembro-me dos antigos<br />

amigos pescadores,<br />

pessoas politizadas, que<br />

nunca poderiam imaginar<br />

que pudéssemos chegar a<br />

tal estado de coisas, a um<br />

nível tão baixo de nossos<br />

representantes.<br />

lambaris, às vezes até sozinho. Numa<br />

dessas vezes sua canoa bateu numa<br />

pequena árvore que tinha um cacho<br />

de abelhas. Elas se agitaram e ele foi<br />

obrigado a cair na água, pendurado na<br />

canoa (não sabia nadar) durante uma<br />

eternidade, até o enxame se dispersar.<br />

Disse-me ele que foi difícil de se safar<br />

e depois subir na canoa, pois era um<br />

tanto gordo e pesado.<br />

Esses quatro amigos, verdadeiros<br />

irmãos, depois do jantar se reuniam<br />

para jogar buraco que varava a madrugada<br />

e a bater papo, recordando antigas<br />

pescarias, quando havia fartura<br />

de peixes. Nem existia televisão para<br />

impedir o diálogo como ocorre atualmente<br />

nos ranchos modernos: hoje<br />

parece que os pescadores são movidos<br />

a álcool para se distrair. Talvez<br />

porque não haja mais tanto peixe<br />

como no passado.<br />

Outro antigo companheiro de<br />

pescaria era o Engº Marco Antonio<br />

Dentillo, que faleceu tragicamente<br />

num acidente na estrada quando ia<br />

pescar no Rio Taquari, no Estado do<br />

Mato Grosso do Sul. Embora convidado,<br />

não pude ir com ele. Também<br />

pescávamos no Anhumas, Jacaré e<br />

Moji. Perseverante e paciente, ficava<br />

o dia inteiro na beira do rio e depois<br />

voltava completamente revigorado<br />

para a cidade.<br />

E assim, a deixar de lado provisoriamente<br />

as preocupações sobre o<br />

futuro do País enquanto as eleições<br />

não chegam, lembro-me dos antigos<br />

amigos pescadores, pessoas politizadas,<br />

que nunca poderiam imaginar<br />

que pudéssemos chegar a tal estado<br />

de coisas, a um nível tão baixo de nossos<br />

representantes.<br />

|78


79|


|80

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!