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Amazônia por uma economia

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É chocante o contraste entre a ousadia do Brasil<br />

democrático em preservar metade da <strong>Amazônia</strong><br />

brasileira e a incapacidade de que esta determinação<br />

seja efetivamente respeitada. Mais de um terço<br />

do desmatamento recente no Mato Grosso foi feito<br />

em áreas sem categoria fundiária definida 1 , ou seja,<br />

superfícies provavelmente de domínio público e<br />

que o desmatamento visa privatizar.<br />

As estimativas sobre áreas não destinadas na<br />

<strong>Amazônia</strong> variam entre 70 e 80 milhões de hectares,<br />

como visto nos parágrafos 23 e 24 anteriores.<br />

Permitir que estas áreas sejam desmatadas traz<br />

dois imensos prejuízos ao País. O primeiro é a perda<br />

dos serviços ecossistêmicos ligados ao ciclo da<br />

água, à captação do carbono e à biodiversidade.<br />

O segundo é a complacência diante dos métodos<br />

ilegais e violentos de apropriação de terras públicas<br />

na região, que alimenta <strong>uma</strong> cadeia de criminalidade,<br />

destrutiva da convivência democrática.<br />

1 https://www.icv.org.br/2018/01/09/8880/. Última consulta<br />

21.7.2019.

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