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RCIA - ED. 115 - FEVEREIRO 2015

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Artigos<br />

ÍNDICE<br />

05 | Da redação Sônia Maria Marques<br />

comenta a triste situação da saúde em<br />

Araraquara<br />

09 | Editorial Ivan Roberto Peroni<br />

relembra quando o comércio era<br />

a porta de acesso ao primeiro emprego<br />

30 | Jurídico Dra. Thaís Costa Domingues<br />

comenta o Regime Geral da Previdência<br />

Social e as alterações trazidas pela MP<br />

664/2014<br />

42 | Esporte é Aventura Carlinhos<br />

Tavares em sua coluna comenta a<br />

importância das avaliações físicas para<br />

o treinamento<br />

Lançamento<br />

Capa<br />

ARAQUIMICA<br />

A ascensão de uma<br />

empresa araraquarense<br />

na fabricação de produtos<br />

de limpeza<br />

pág. 10<br />

06 | Shopping Virtual ACIA em<br />

busca do comércio aliado à tecnologia<br />

Economia<br />

12 | Dia de Feira Empresários da cidade<br />

na Couromoda em São Paulo<br />

14 | Banco de Empregos Ele está<br />

chegando pelas mãos da ACIA<br />

18 | Rota do Empreendedor<br />

Micro e pequenos empresários se<br />

encontram na capital em fevereiro<br />

Cidade<br />

21 | Lixo Eletrônico O ITEC que traçar<br />

o destino dos entulhos eletrônicos e<br />

cuidar do meio ambiente<br />

22 | Concurso Público O brasileiro está<br />

de olho nele; hoje é mais seguro em<br />

razão da estabilidade<br />

24 | Nova Feira Entidades se juntam em<br />

torno de evento beneficente<br />

Paulo Simões, Joel Aranha e Ricardo<br />

Merlos em nossa redação falam como<br />

será a nova feira da solidariedade<br />

pág. 24<br />

Banco de Emprego chega<br />

em boa hora<br />

pág. 14<br />

25 | Em New York Grupo de<br />

empresários conheceu a maior feira<br />

de varejo do mundo<br />

26 | Animais de estimação<br />

Os gastos com eles em Araraquara<br />

chegam aos R$ 500,00 mensais<br />

32 | Coxinha O salgadinho preferido<br />

dos brasileiros em 2014<br />

Agronegócios<br />

Grandes Clubes<br />

43 | Academia<br />

Era um time do São<br />

Geraldo que surpreendeu<br />

a cidade na década de 60<br />

37 | Código Florestal Sindicato Rural de<br />

Araraquara começa a fazer o Cadastro<br />

Ambiental Rural dos seus associados<br />

38 | Palavra do Presidente Nicolau de<br />

Souza Freitas diz que tudo isso é ótimo, desde<br />

que os agricultores não sejam penalizados<br />

40 | Roberto Massafera<br />

Ao falar do CAR, o deputado diz que a lei<br />

atual possui atenuantes que irão facilitar nas<br />

exigências ambientais, evitando transtornos<br />

Tudo era festa naquele<br />

fevereiro de 1969, quando os<br />

jogadores da Academia São<br />

Geraldo saiam do armário<br />

com saias, vestidos e sutiãs<br />

para mostrar seus dotes no<br />

Chapadão do bairro, na Rua<br />

9. Era um tempo de alegria<br />

com o jogo entre Homens x<br />

Mulheres e que a comunidade<br />

não esquecerá jamais.<br />

pág. 43<br />

Falta de Respeito I<br />

Empresários da Avenida 36, um dos<br />

principais corredores comerciais,<br />

condenam a ação da CPFL em trocar<br />

um poste na quarta-feira, 28 de janeiro,<br />

desligando a energia elétrica das 13h às<br />

16h, causando prejuízos ao consumidor.<br />

A substituição do poste que já estava<br />

inclinado há quatro dias bem que poderia<br />

ter sido feita num domingo, porém, a falta<br />

de planejamento e a “mardita preguiça”<br />

prevaleceu.<br />

Falta de Respeito II<br />

Desde julho do ano passado que um<br />

poste está pendurado na Rua José<br />

Palamone Lepre por culpa dos canalhas<br />

que incendeiam acostamentos. Pior que<br />

isso é o desrespeito da antiga Telefônica,<br />

que sabendo que o poste é seu, não<br />

toma nenhuma atitude, para substituílo<br />

ou arrancá-lo. É coisa prá Segurança<br />

Pública e Defesa Civil se mexer e exigir<br />

que alguma coisa seja feita. Parece que a<br />

cidade está ao Deus dará.<br />

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DA R<strong>ED</strong>AÇÃO<br />

Sônia Maria Marques<br />

Gota de Leite e UPA, o<br />

contraste na saúde pública<br />

Arquitetura & Construção<br />

49 | Telhado Substituir a madeira pela<br />

esquadria metálica vale a pena?<br />

52 | O Residencial Quattro Seu<br />

lançamento aconteceu em janeiro<br />

mobilizando a sociedade local<br />

56 | Arquitetos Convidados pela RCI<br />

eles falam do bom momento vivido pela<br />

arquitetura em Araraquara<br />

59 | Veja o que está chegando<br />

Aquarela Tintas lança através da Montana<br />

um novo produto, que por sinal, vai<br />

encantar a todos<br />

Variedade<br />

34 | Éramos o Charlie Hebdo dos<br />

anos 60 O mestre do jornalismo Roberto<br />

Barbieri, do antigo Diário do Araraquarense,<br />

fez a história da cidade com seus jornalistas.<br />

Em muitas matérias pesavam o escárnio e<br />

a sátira<br />

72 | Em Foco Os eventos sociais da<br />

cidade mostrando o que acontece na<br />

santificada terrinha<br />

78 | Luis Carlos Bedran Uma<br />

deliciosa crônica sobre os carnavais<br />

realizados em nossa cidade<br />

Na mesma cidade, uns 20 quarteirões de distância, dois órgãos<br />

vivem o céu e o inferno, envolvendo uma mesma categoria profissional<br />

e serviço semelhante: a saúde pública. Curioso nisso tudo, que<br />

enquanto a Gota de Leite recebe prêmios, elogios e dá exemplo de<br />

que é possível se fazer algo de bom pelo próximo, a UPA demonstra<br />

total fragilidade no atendimento, críticas e falta de respeito com o<br />

ser humano. A pergunta “se dá certo num lugar, por que no outro<br />

dá tudo errado?”. Seria simples a resposta se no meio da correnteza<br />

não existisse um enrosco chamado ser humano e um outro coitado<br />

que é ignorado como paciente. Não é de hoje que a avaliação do<br />

serviço prestado pela UPA enquanto unidade de saúde, é extremamente<br />

lamentável; em determinadas situações o atendimento é<br />

vergonhoso expondo as pessoas ao grau de miserabilidade. Ainda<br />

recentemente, o vídeo mostrando um paciente caído ao chão, se<br />

contorcendo e gemendo, exibe a mais cruel das realidades: despreparo<br />

de profissionais que passam e confundem o doente com um saco de<br />

lixo, sem lhe dar a mínima atenção. O que mais entristece é que ninguém<br />

toma uma postura séria, responsável, para dar fim às mazelas<br />

que ocorrem por lá, pontuadas por alguns profissionais desumanos.<br />

Já passou da hora de rever o tipo de atenção que se dispensa aos<br />

que vão em busca de socorro. Se a Gota de Leite é modelo por uma<br />

questão de gestão, que se leve então a sua diretoria para tomar<br />

conta da UPA, em respeito à dignidade do doente.<br />

Primeiro a dúvida, depois a<br />

certeza de um belo carnaval<br />

Quem imaginou<br />

que o carnaval em<br />

Araraquara passaria<br />

em brancas nuvens<br />

caiu do cavalo. Milagre<br />

ainda existe nos<br />

tempos de carnaval.<br />

Recursos surgiram e<br />

Renato Haddad, secretário<br />

de Cultura,<br />

coloca o bloco na rua<br />

para dar à cidade a<br />

euforia que ela necessita<br />

nos dias 15<br />

(apresentação) e 17 Mancha Araraquara, campeã do carnaval 2014<br />

de fevereiro (desfile<br />

das campeãs) no Cear, com entrada Renato considera que o carnaval<br />

franca ao público. A apuração ocorrerá<br />

na segunda-feira, dia 16, a par-<br />

a oportunidade que todos têm de se<br />

é imprescindível para o brasileiro: “É<br />

tir das 15h, no Palacete das Rosas. juntarem num espaço único para dar<br />

A locação e montagem das arquibancadas<br />

para acomodar o pú-<br />

No dia 15, desfilarão a Mancha<br />

alegria ao povo”.<br />

blico na Passarela do Samba, assim Araraquara, Benê do Victório de Santi,<br />

Nação Quilombola e Gaviões do<br />

como a definição do corpo de jurados,<br />

ficarão sob a responsabilidade Selmi Dei. Todos os desfiles serão<br />

da Liga das Escolas de Samba. realizados a partir das 19h30.<br />

REVISTA<br />

COMÉRCIO<br />

INDÚSTRIA<br />

e agronegócio<br />

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni<br />

Supervisora Editorial: Sônia Marques<br />

Redação: Rafael Zocco<br />

Depto. Comercial: Gian Roberto, Silmara Zanardi, Marcos Assumpção, Heloísa Nascimento<br />

Design: Mário Francisco, Carolina Bacardi, Bete Campos<br />

Tiragem: 5 mil exemplares<br />

Impressão: Grafinew - (16) 3322-6131<br />

A Revista Comércio & Indústria é distribuida gratuitamente em Araraquara e região<br />

INFORMAÇÕES ACIA: (16) 3322 3633<br />

COORDENAÇÃO, <strong>ED</strong>ITORAÇÃO, R<strong>ED</strong>AÇÃO E PUBLICIDADE<br />

Fone/Fax: (16) 3336 4433<br />

Rua Tupi, 245 - Centro<br />

Araraquara/SP - CEP: 14801-307<br />

marzo@marzo.com.br<br />

<strong>ED</strong>IÇÃO N°<strong>115</strong> - <strong>FEVEREIRO</strong> / <strong>2015</strong><br />

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SHOPPING VIRTUAL<br />

Lançamento será<br />

em 3 de março<br />

A cidade aguarda ansiosa<br />

o início das atividades do<br />

VIPLojas, o shopping virtual<br />

que permitirá ao consumidor<br />

comprar sem sair de casa. É<br />

um belo empreendimento da<br />

Associação Comercial.<br />

Os outlets virtuais vêm<br />

ganhando espaço entre<br />

aqueles que querem<br />

desconto e entrega<br />

rápida na porta de<br />

casa. Essa será uma<br />

das vantagens em<br />

se comprar pelo<br />

shopping virtual da<br />

ACIA, com a garantia<br />

de entrega dos<br />

Correios<br />

Passado o período de pré-lançamento<br />

e avaliação da criação do shopping virtual<br />

VIPLOJAS.COM que teve início em dezembro<br />

de 2014, a ACIA fará em seu auditório o<br />

lançamento oficial do shopping em março,<br />

dia 3, às 20h, apresentando os primeiros<br />

resultados e a experiência de alguns dos<br />

empresários que aderiram à modalidade<br />

empresarial de vendas no varejo que mais<br />

cresce no Brasil e no mundo, que é<br />

vender pela internet.<br />

Para chegar ao sucesso alcançado<br />

no VIPLOJAS.COM, a ACIA contou<br />

com o desenvolvimento e knowhow<br />

técnico da empresa Sunrise<br />

Net, pioneira em internet em Araraquara<br />

e com mais de 20 anos de experiência<br />

de mercado, que também<br />

fará o monitoramento das vendas e<br />

dará o suporte completo para o êxito<br />

das lojas virtuais dos integrantes<br />

do shopping.<br />

Os Correios foram fundamentais<br />

para o sucesso deste projeto, pois<br />

possuem a maior malha de distribuição<br />

de encomendas e detêm 90% de<br />

todo o mercado de entregas de e-commerce<br />

no país. Às empresas associadas da ACIA e<br />

participantes do shopping virtual, os Correios<br />

oferecerão atendimento diferenciado<br />

e guichê particular, condições especiais de<br />

contratação de serviços de entrega, seguros<br />

e descontos em sua tabela de preços<br />

que podem chegar em até 50%.<br />

No dia do lançamento oficial, além do<br />

depoimento de algumas empresas participantes,<br />

haverá uma rápida palestra sobre<br />

o progresso do e-commerce no Brasil e também<br />

a explicação detalhada dos Correios<br />

e dos serviços especiais disponibilizados<br />

para a ACIA – VIPLOJAS.COM.<br />

José Janone Júnior, coordenador do VipLojas<br />

Haverá no local uma equipe de consultores<br />

de negócios para tirar dúvidas dos<br />

presentes e também receber a adesão de<br />

novos integrantes no shopping virtual. Na<br />

sequência, os participantes serão convidados<br />

para um coquetel no local.<br />

As empresas interessadas em fazer parte<br />

deste projeto, devem procurar a secretaria<br />

da associação.<br />

A partir de março, a ACIA inicia uma<br />

grande campanha publicitária para divulgar<br />

o seu shopping virtual VIPLOJAS.COM e viabilizar<br />

o seu crescimento, o fortalecimento<br />

e a diversificação de atuação comercial das<br />

empresas associadas.<br />

A camisa do seu clube preferido poderá ser<br />

adquirida através do VipLojas e a certeza de<br />

recebê-la em sua casa<br />

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<strong>ED</strong>ITORIAL<br />

O comércio sempre foi a porta de<br />

acesso ao primeiro emprego...<br />

A capacitação tem<br />

sido diferencial<br />

competitivo,<br />

sobretudo quando<br />

entendido que<br />

esse pode ser o<br />

caminho para uma<br />

menor rotatividade<br />

de funcionários e<br />

melhor qualidade<br />

no atendimento e<br />

serviços oferecidos<br />

ao consumidor<br />

“Vou arrumar um emprego, nem se for para trabalhar<br />

no comércio”. A frase embora antiga, ainda hoje expressa<br />

um sentimento profundamente real e que não muda o traçado<br />

histórico do mercado de trabalho nos últimos 30 anos<br />

pois muitos ainda pensam assim. Quando não, o pai dizia<br />

ao amigo comerciante - arruma um lugar na sua loja pr’o<br />

meu filho trabalhar. Logo se vê, que o comércio sempre foi<br />

visto como porta de entrada para o primeiro emprego. Não<br />

se criava afinidade e muito menos comprometimento com o<br />

serviço; alí se trabalhava até surgir coisa melhor, deixando<br />

transparecer que ser vendedor no varejo, era uma atividade<br />

de segundo plano.<br />

Patrão nenhum se aventurava até bem pouco tempo, a<br />

avaliar o perfil do contratado, desconhecendo que ingressar<br />

e permanecer no comércio varejista exige vocação, persistência,<br />

criatividade, motivação e gostar de pessoas. De todas<br />

as habilidades e competências necessárias para se tornar<br />

um profissional do varejo, a mais importante é saber se relacionar<br />

com pessoas. Quem possuir essa habilidade pode<br />

superar algumas deficiências técnicas. É mais fácil aprender<br />

as técnicas de atendimento e vendas, do que modificar o<br />

comportamento de quem não gosta de atender clientes.<br />

Por incrível que pareça, ao longo do tempo se tornou voz<br />

corrente o atendimento precário do nosso comércio, só que<br />

não podemos generalizar, pois uma grande parcela busca<br />

preservar a fidelidade do cliente através do bom serviço que<br />

o seu vendedor dispensa. O que nos entristece, é saber que<br />

são poucos os patrões que acabam tendo conhecimento das<br />

queixas dos consumidores nas lojas.<br />

Na verdade, o mau atendimento é a principal falha em<br />

muitas empresas. Ele pode ser decorrente da má vontade<br />

dos atendentes e vendedores, deficiências técnicas, gerenciamento<br />

inadequado, entre outros motivos. Embora algumas<br />

empresas estejam atentas sobre<br />

a importância do atendimento para<br />

cativar os clientes, essa meta exige<br />

esforço constante. É um trabalho em<br />

equipe e os gestores são imprescindíveis<br />

para treinar e qualificar os funcionários da “linha de<br />

frente”. Aquele que vê o comércio como porta de acesso ao<br />

trabalho, deve saber que para se tornar um excelente profissional<br />

do varejo, é preciso conhecer o mercado, que objetiva<br />

estudar as necessidades e desejos dos consumidores, subsidiando<br />

a criação, produção e venda de produtos e serviços.<br />

Como se observa, a qualificação do profissional em<br />

qualquer atividade, hoje em dia, é bem mais importante que<br />

antigamente, pois hoje a concorrência não é só com o vizinho<br />

mas com as redes sociais; empresário que se preza sabe<br />

que na nova visão estratégica de negócio, as pessoas, são o<br />

principal “bem” da empresa. Isso significa que a organização<br />

que investe em treinamento e qualificação profissional é<br />

diferenciada no mercado. O empresário precisa estar atento<br />

às mudanças internas e externas para descobrir as competências<br />

necessárias ao seu negócio.<br />

O treinamento é a oportunidade para o colaborador conhecer<br />

e se alinhar aos objetivos da empresa. Porém, não<br />

vemos esse tipo de iniciativa no setor do comércio. O que<br />

acontece, ainda de forma muito tímida, é a procura dos empresários<br />

por gente qualificada e não interessada em qualificar<br />

o que possui ao seu lado. O exemplo e o incentivo<br />

têm de vir do empresário. Ele é o agente de mudança. O<br />

colaborador é o reflexo do seu líder. Também não adianta o<br />

funcionário buscar qualificação, se o empregador não estiver<br />

disposto a ouvi-lo.<br />

O empresário precisa exigir o conhecimento e as habilidades<br />

necessárias, pois um funcionário qualificado é garantia<br />

de um bom trabalho, e por consequência, resultados.<br />

Mas, é claro, que este profissional precisa ser bem remunerado,<br />

afinal, o que é raro, também é mais caro!<br />

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A fachada do prédio da Araquimica na Via Expressa ganhou novo visual em janeiro<br />

REPORTAGEM DE CAPA<br />

Receita de sucesso da Araquimica está<br />

no trabalho e na inovação tecnológica<br />

Dez anos depois de criarem<br />

a Araquimica, Cesar Augusto<br />

Martins, Silvana Gomes<br />

Martins e Rosa Chiconato<br />

Gomes avaliam os resultados<br />

obtidos pela empresa. Além<br />

do crescimento das vendas<br />

de produtos para limpeza,<br />

descartáveis, automotivos,<br />

piscinas e matéria-prima, a<br />

Araquimica se posicionou<br />

como fábrica conquistando<br />

importante fatia do mercado.<br />

assistência para manuseio de produtos,<br />

além da completa linha Dino, toda produzida<br />

na própria empresa, englobando vários<br />

produtos, obedecendo as mais rígidas exigências.<br />

A marca Dino, que está no mercado há<br />

2 anos, foi desenvolvida pela Araquimica,<br />

conduzindo a empresa à posição de indústria.<br />

A marca engloba inúmeros produtos<br />

como desinfetante, amaciante, detergente,<br />

alvejante sem cloro, água sanitária, limpadores<br />

perfumados, sabão líquido e multiu-<br />

Uma história familiar voltada para o<br />

trabalho, ousada, cheia de iniciativas<br />

e incansável na reformulação<br />

constante dos seus projetos.<br />

É desta forma que se descreve a ação<br />

da Araquimica que está completando 10<br />

anos no mercado, prezando pelo excelente<br />

atendimento, produtos de ótima qualidade,<br />

Ampla loja para exposição e comercialização dos produtos<br />

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LINHA DE PRODUTOS<br />

“Dino”, produtos fabricados<br />

pela Araquimica conquistam<br />

as prateleiras nas lojas,<br />

fortalecendo a marca que<br />

surgiu em 2012.<br />

• desinfetante<br />

•amaciante<br />

•detergente<br />

• alvejante sem cloro<br />

• água sanitária<br />

• limpadores perfumados<br />

• sabão líquido e multiuso<br />

As mais famosas marcas de produtos para limpeza em sua<br />

suas prateleiras<br />

Exposição da sua linha de produtos Dino<br />

so. Todos os produtos são desenvolvidos<br />

em seu laboratório e fabricados com os padrões<br />

de qualidade e competitividade exigidos<br />

pelo mercado, seguindo as exigências<br />

da ANVISA, Vigilância Sanitária, CETESB,<br />

CRQ – Conselho Regional de Química, o<br />

que lhe garante um rígido controle no seu<br />

processo fabril. O laboratório conta com químico<br />

responsável e técnicos que trabalham<br />

diariamente na empresa.<br />

1. Composição<br />

A Araquimica hoje está consolidada no<br />

mercado, apresentando linha completa de<br />

produtos de limpeza, tratamento de piso,<br />

utilidades domésticas em geral, limpeza de<br />

carros, polimento, cristalização, descartáveis,<br />

matéria-prima e essências específicas<br />

para o desenvolvimento de produtos de limpeza,<br />

limpeza de piscinas, vendendo tanto<br />

para as donas de casas e pessoas jurídicas.<br />

Nesse caso, é importante salientar que<br />

a Araquimica dá todo suporte para quem<br />

tem empresas nesse segmento, com explicações<br />

e indicações, inclusive, com orientações<br />

quanto à documentação para que os<br />

fabricantes fiquem em conformidade com<br />

todas as exigências e leis que se fazem<br />

necessárias para a produção desses materiais,<br />

como produtos de limpeza, sabonetes<br />

O PROCESSO DE FABRICAÇÃO DA ARAQUIMICA<br />

A Araquimica utiliza equipamentos dos<br />

mais modernos e insumos químicos de alta<br />

qualidade para composição e fabricação<br />

dos seus produtos, além de manter químico<br />

responsável e técnico em seu laboratório.<br />

3. Envasamento<br />

e outros. Há também<br />

na empresa, toda<br />

parte para manutenção<br />

de piscinas com<br />

diversos produtos e<br />

indicações e orientações<br />

de como devem<br />

ser usados e manuseados.<br />

Araquimica Produtos<br />

de Limpeza e<br />

Equipamentos para<br />

o envasamento<br />

Descartáveis atende<br />

clientes de Araraquara<br />

e região,<br />

como São Carlos,<br />

Jaú, Bauru, Pederneiras,<br />

Boa Esperança<br />

do Sul, Santa<br />

Lúcia, Américo Brasiliense,<br />

Rincão, Matão, Nova Europa e até<br />

de São Paulo.<br />

A empresa, que começou<br />

na Rua Gonçalves<br />

Dias, 31, em fevereiro de<br />

2005 pelos fundadores<br />

Cesar Augusto Martins,<br />

Silvana Gomes Martins e<br />

Rosa Chiconato Gomes,<br />

hoje está na Via Expressa,<br />

656 – Vila Suconasa,<br />

contando com uma<br />

equipe especializada,<br />

desde o atendimento até<br />

as orientações que os<br />

clientes necessitam, inclusive,<br />

com entrega em<br />

domicílio. Hoje é um orgulho<br />

para o campo industrial e comercial<br />

de Araraquara.<br />

ATENDIMENTO ARAQUIMICA<br />

Via Expressa. 656 - Vila Suconasa<br />

Tel.: (16) 3301-0026<br />

2. Armazenamento<br />

4. Consumidor<br />

11<br />

www.araquimica.net.br


VISITANDO A FEIRA<br />

Empresários da cidade conheceram a<br />

Couromoda e São Paulo Prêt-à-Porter<br />

ACIA e SEBRAE levaram para<br />

a Couromoda e São Paulo<br />

Prêt-à-Porter em janeiro, mais<br />

de duas dezenas de lojistas da<br />

cidade que foram acompanhar<br />

as tendências para outono e<br />

inverno. Foi um sucesso.<br />

A Couromoda é a mais importante feira de<br />

calçados e artefatos de couro da América Latina,<br />

e marcou em janeiro o início do calendário<br />

de negócios no Brasil como a maior vitrine da<br />

indústria nacional, atraindo lojistas de todos os<br />

Estados e de 66 países em busca da identidade,<br />

do design e da criatividade Made in Brazil.<br />

“Com mais de 40 anos de história, a Couromoda<br />

vai além de uma feira de negócios e<br />

se posiciona como plataforma completa de<br />

moda, com desfiles, exposições e iniciativas<br />

de atualização profissional; tudo para oferecer<br />

ao varejo uma experiência exclusiva e enriquecedora”,<br />

ressaltou o presidente da ACIA,<br />

Renato Haddad, pouco antes do embarque<br />

dos empresários ao Expo Center Norte.<br />

Ao todo, duas mil coleções outono e inverno<br />

<strong>2015</strong> e meia-estação em calçados femininos,<br />

masculinos e infantis estavam presentes<br />

na feira pelos espaços dos importadores de<br />

mais de 60 países. Passaram por lá 110 mil<br />

visitantes, já que a 5ª edição da São Paulo<br />

Prêt-à-Porter aconteceu dentro da Couromoda,<br />

gerando negócios imediatos e contatos<br />

que devem se converter em vendas até 60<br />

dias após as feiras.<br />

A São Paulo Prêt-à-Porter apresentou<br />

mais de 500 marcas entre moda feminina,<br />

masculina, jeans, camisaria,<br />

tricô, moda festa, malharia,<br />

acessórios para os quatro<br />

dias de feira.<br />

Para a lojista Tatiana<br />

Codonho Vasconcelos,<br />

da Tati Modas, foi muito<br />

importante participar<br />

da missão: “É uma<br />

oportunidade rara para<br />

acompanharmos as inovações<br />

que se praticam<br />

em nosso segmento; na<br />

verdade, é uma forma de ficarmos atentos à<br />

aplicação da tecnologia não apenas no produto,<br />

mas na comercialização”, disse.<br />

A missão foi comandada por José Carlos<br />

dos Santos, agente de Desenvolvimento Empreender<br />

da Associação Comercial e Industrial<br />

de Araraquara..<br />

Missão levada pela ACIA e SEBRAE ao Expo Center Norte<br />

Negócios acontecendo na Couromoda<br />

Futuras<br />

tendências<br />

Inverno <strong>2015</strong><br />

Mariana Weickert, Jorge Bischoff e Ana<br />

Cláudia Michels, novidades do inverno <strong>2015</strong><br />

12


13


A NOVIDADE<br />

Banco de Emprego<br />

já está chegando<br />

Após o sucesso com a criação<br />

do Banco de Talentos voltado<br />

para acesso ao mercado de<br />

trabalho e primeiro emprego,<br />

a ACIA anuncia a implantação<br />

de um novo benefício para<br />

atender as empresas.<br />

Acompanhando a mais nova tendência<br />

do mercado de trabalho e dos recursos humanos,<br />

a ACIA disponibilizará ainda este<br />

mês em seu portal, um serviço que irá ampliar<br />

as chances de sucesso na busca do<br />

emprego ideal por parte do indivíduo e do<br />

profissional mais qualificado por parte da<br />

empresa. O comentário foi feito pelo presidente<br />

Renato Haddad, durante reunião com<br />

sua diretoria em janeiro.<br />

Lançado na primeira gestão de Haddad,<br />

o Banco de Talentos foi o serviço que permitiu<br />

sem nenhum custo, o cadastramento no<br />

site da associação de qualquer profissional<br />

que estivesse em busca de emprego ou estágio,<br />

e proporcionou a aproximação destes<br />

interessados com os empresários associados<br />

da ACIA, resultando em centenas de<br />

contratações.<br />

O Banco de Empregos vai ajudar as<br />

empresas que chegam<br />

Nesta segunda fase, diz o presidente da<br />

ACIA, o novo Banco de Talentos, irá manter<br />

os serviços prestados na primeira fase e irá<br />

incrementar o projeto que permitirá às empresas<br />

associadas, fazerem<br />

a oferta de vagas de empregos<br />

ou estágios no portal da<br />

ACIA, que é conhecido como<br />

Banco de Empregos. Além<br />

desta novidade, a ACIA também<br />

irá prestar um serviço<br />

exclusivo às empresas associadas,<br />

que será a triagem<br />

e pré-seleção de currículos<br />

para atender a demanda<br />

das empresas que estão em<br />

busca de mão-de-obra.<br />

Empresas poderão encontrar com mais<br />

facilidade o profissional que deseja<br />

A partir deste mês, este novo portal de<br />

serviços já estará à disposição de todos os<br />

cidadãos de Araraquara e região que queiram<br />

cadastrar seus currículos e também de<br />

todas as empresas associadas que queiram<br />

oferecer suas vagas.<br />

De acordo com Luiz Carlos Romio da<br />

Silva, que coordena o Banco de Empregos,<br />

a implementação do serviço visa beneficiar<br />

as empresas de uma forma geral, facilitando<br />

a localização de profissionais: “Sabemos<br />

que Araraquara vive um momento de expansão,<br />

motivado pela vinda e instalação<br />

de novas empresas e o papel da ACIA é de<br />

uma entidade facilitadora, disponibilizando<br />

profissionais”, comenta Luiz Carlos.<br />

Sua experiência neste setor, atuando<br />

pela Associação Comercial, é muito importante<br />

neste próximo projeto. Luiz Carlos participou<br />

do lançamento da Feira do Emprego<br />

no CEAR em 2013, quando a entidade montou<br />

um posto de atendimento aos interessados<br />

em ter acesso ao mercado de trabalho.<br />

São detalhes que favorecem o lançamento<br />

de um novo benefício às empresas, justifica<br />

o presidente Renato Haddad.<br />

Para anunciar o novo benefício, a ACIA<br />

fará intensa campanha de divulgação a partir<br />

de março, quando ocorrerá oficialmente<br />

o lançamento do projeto em encontro com<br />

os empresários.<br />

Luiz Carlos Romio da<br />

Silva, responsável pelo<br />

funcionamento do Banco de<br />

Empregos<br />

14


15


POLÍTICA<br />

Dilma quer o ex-tesoureiro<br />

Edinho em estatal olímpica<br />

Pelas notícias veiculadas nas<br />

primeiras semanas de janeiro,<br />

a nossa cidade tem como certa<br />

a indicação do ex-prefeito<br />

e atual deputado estadual<br />

Edinho Silva, para o cargo de<br />

responsável pela Autoridade<br />

Pública Olímpica ainda no<br />

primeiro trimestre de <strong>2015</strong>.<br />

Araraquara já está comemorando a escolha<br />

feita por Dilma Rousseff que indicou<br />

seu amigo petista Edinho Silva para comandar<br />

a Autoridade Pública Olímpica, estatal<br />

responsável por planejar a preparação dos<br />

Jogos Olímpicos no Rio, em 2016. Edinho foi<br />

tesoureiro da campanha de Dilma em 2014<br />

e termina seu mandato como deputado estadual<br />

em São Paulo em fevereiro.<br />

A indicação feita não está apenas no desejo<br />

da presidente: Dilma deve encaminhar<br />

o nome do petista ao Senado na reabertura<br />

do ano legislativo, no começo de fevereiro. A<br />

Dilma e Edinho<br />

indicação para a Autoridade Olímpica precisa<br />

ser aprovada pelos parlamentares. Para<br />

assumir, Edinho Silva passará por um processo<br />

de sabatina oficial pelos senadores<br />

na Comissão de Assuntos Econômicos.<br />

Na APO (Autoridade Pública Olímpica),<br />

Edinho, se confirmado pelo Senado, substituirá<br />

o general Fernando Azevedo e Silva.<br />

A ideia de nomeá-lo partiu da própria Dilma,<br />

que quer uma pessoa de seu círculo de<br />

confiança para tocar a Olimpíada de 2016.<br />

Edinho, segundo ela, seria a pessoa indicada,<br />

pois foi o coordenador financeiro da sua<br />

campanha no ano passado, recebendo elogios<br />

pelo seu desempenho. Ele foi um dos<br />

homens da confiança da presidente.<br />

Dilma e Edinho se aproximaram pouco<br />

antes da campanha de 2014, quando a presidente<br />

pediu que ele cuidasse do cofre petista.<br />

Edinho também é ligado ao ex-presidente<br />

Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro<br />

Aloizio Mercadante (Casa Civil).<br />

Durante a reforma ministerial, a presidente<br />

chegou a cotá-lo para o Ministério do<br />

Esporte, mas precisou da vaga para acomodar<br />

o PRB de George Hilton, deputado baiano<br />

que fez carreira como radialista,<br />

apresentador, teólogo e animador.<br />

Sem saber lidar com o esporte, ele<br />

terá como principal tarefa coordenar<br />

os esforços do Rio para a Olimpíada<br />

de 2016. E é na Olímpiada que<br />

Dilma pretende contar com Edinho<br />

Silva, que segundo consta, tem interlocução<br />

com os setores esportivos.<br />

O general Fernando Azevedo e<br />

Silva foi escolhido para presidir a<br />

Autoridade Pública Olímpica (APO) em<br />

outubro de 2013, também nomeado<br />

por Dilma. Edinho poderá assumir a<br />

função.<br />

16


FATOS E FOTOS<br />

SAÚDE NOSSA DE CADA DIA<br />

Hilton Tolói, secretário de Saúde<br />

Somente em 2014, a Saúde pública de<br />

Araraquara consumiu 36% do orçamento da<br />

Prefeitura, ou 21% a mais do índice exigido<br />

pela Constituição. Do total destinado à<br />

Saúde, mais de 60% são recursos do próprio<br />

município.<br />

Já foi autorizada a abertura de um Crédito<br />

Adicional Especial até o valor de R$<br />

3.600.000,00, para atender despesas de<br />

contratação de Organização Social (O.S.)<br />

para atuar na UPA da Via Expressa, sendo<br />

a unidade o maior problema enfrentado até<br />

hoje pelo prefeito Marcelo Barbieri.<br />

A OS que atuará na UPA terá um Pediatra,<br />

um Ortopedista e três Clínicos Gerais<br />

por escala de seis horas. Em alguns horários,<br />

de maior demanda de pacientes, o número<br />

de médicos pode chegar a sete, sendo dois<br />

Pediatras, quatro Clínicos Gerais e um Ortopedista.<br />

O serviço da O.S. deve se iniciar<br />

em fevereiro.<br />

O prefeito Barbieri<br />

tem conversado<br />

muito com<br />

Duarte Nogueira,<br />

novo secretário de<br />

Estado de Logística<br />

e Transportes<br />

sobre a volta de<br />

voos regulares no<br />

Duarte Nogueira<br />

aeroporto Bartholomeu<br />

de Gusmão, em Araraquara. Segundo o<br />

prefeito, Duarte Nogueira elogiou o novo terminal<br />

de passageiros e disse que os investimentos feitos<br />

pelo Estado já colocam Araraquara à frente de<br />

outros municípios na questão da aviação. É desagradável<br />

ver o Estado investir e não aproveitar o<br />

empreendimento, tornando o aeroporto em mais<br />

um elefante branco a exemplo da Arena da Fonte.<br />

A horrível participação dos juniores da Ferroviária<br />

na Copinha, deve levar o presidente Carlos<br />

Alberto Salmazo a repensar<br />

num projeto para a<br />

formação da base no clube.<br />

Política caseira com<br />

amplitude regional talvez<br />

seja o caminho para revitalizar<br />

a pobreza do futebol<br />

afeano que foi uma<br />

decepção no torneio. Há<br />

muito tempo que não se<br />

Carlos Salmazo revela ninguém.<br />

Ambulatório Veterinário Municipal<br />

SUBINDO<br />

Gabriel Medina<br />

tomou posse como<br />

secretário nacional de<br />

Juventude. Neto do<br />

ex-prefeito Clodoaldo<br />

Medina, Gabriel<br />

era Coordenador de<br />

Políticas da Juventude<br />

da Prefeitura de São<br />

Paulo.<br />

DESCENDO<br />

Troca de empresas<br />

responsáveis por<br />

obras públicas atrasa<br />

a entrega de projetos<br />

executados. É preciso<br />

mais cuidado na<br />

análise das firmas<br />

que participam das<br />

concorrências em<br />

nossa cidade.<br />

Com um mês, o ambulatório no Pinheirinho já<br />

atende um animal a cada 20 minutos. Por sorte,<br />

agora, donos de cães e gatos, com baixo poder<br />

aquisitivo têm a oportunidade de levar o animal<br />

a uma consulta veterinária. O vereador William<br />

Affonso que ajudou a implantar a unidade, também<br />

auxilia na coordenação.<br />

Lagoa da Aparecidinha<br />

A ampliação da lagoa de detenção de águas pluviais<br />

na Vila Nossa Senhora Aparecida, a Aparecidinha, na<br />

zona leste de Araraquara, suportou bem as chuvas de<br />

dezembro e deste início de ano. O bairro está livre de<br />

antigos problemas de alagamento. A obra foi executada<br />

com investimento de R$ 1 milhão oriundo do Estado<br />

e do Município. A Aparecidinha é porta de entrada<br />

para a Randon e, além das melhorias na drenagem<br />

com ampliação da lagoa de detenção, também foram<br />

pavimentadas algumas vias públicas beneficiando moradores<br />

dos bairros Satélite e Hortênsias.<br />

17


Abrir ou formalizar um<br />

negócio pelo regime<br />

do Microempreendedor<br />

Individual (MEI) - já<br />

soma mais de 1 milhão<br />

de empresas no Estado<br />

de São Paulo. Apesar<br />

da praticidade, estudo<br />

recente do SEBRAE<br />

junto a formalizados<br />

mostra que quase 60%<br />

ainda buscam ajuda no<br />

procedimento.<br />

DIA DE FEIRA<br />

ACIA e SEBRAE levam para<br />

a Feira do Empreendedor no<br />

Anhembi em São Paulo, dia<br />

10 de fevereiro, com saída às<br />

6h, dezenas de empresários<br />

que poderão sentir as<br />

mudanças que vêm ocorrendo<br />

no mundo dos negócios em<br />

todo o país.<br />

Marcada para o período de 7 a 10 de fevereiro,<br />

já em dezembro do ano passado, as<br />

400 áreas disponíveis da Feira do Empreendedor<br />

em São Paulo já tinham sido comercializadas.<br />

Para <strong>2015</strong>, a previsão é de que<br />

sejam gerados R$ 5,6 milhões em negócios<br />

– 15% a mais do que em 2014. A feira<br />

18<br />

Do Center Norte, a Feira do Empreendedor vai para o Anhembi<br />

A rota do Empreendedor<br />

Daniel Palácio, do Sebrae Araraquara<br />

(quarta edição) acontecerá no Pavilhão de<br />

Exposições do Anhembi, e a estimativa de<br />

público é de 85 mil visitantes. Após o sucesso<br />

da última edição em 2014, que contou<br />

com cerca de 350 empresas expositoras<br />

e um total de R$ 4,8 milhões em negócios<br />

gerados – o evento, que antes acontecia a<br />

cada dois anos, passou a ser anual.<br />

Neste ano a área da feira também aumentou<br />

– de 21mil m² para 30mil m² – e foram<br />

programadas diversas atividades para<br />

os quatro dias, em diferentes espaços que<br />

serão voltados às áreas de franquias, indústria,<br />

equipamentos, agronegócios e varejo,<br />

além de consultorias, palestras e um espaço<br />

dedicado a startups.<br />

A Feira do Empreendedor, realizada pelo<br />

SEBRAE, tem o intuito de disseminar conhecimento<br />

e oportunidades de negócios a micro<br />

e pequenos empresários e aos futuros<br />

empreendedores.<br />

“Ser dono do próprio negócio tem atraído<br />

cada vez mais interessados. A feira representa<br />

uma grande oportunidade por proporcionar<br />

a potenciais empreendedores e micro e<br />

pequenas empresas, acesso a informações<br />

sobre uma variedade de temas ligados à<br />

gestão de negócios em diversos segmentos<br />

de atuação”, comenta o gerente regional do<br />

SEBRAE-SP Araraquara, Daniel Palácio.<br />

Já o presidente da ACIA, Renato Haddad,<br />

além de destacar a importância do<br />

evento, diz que é uma excelente oportunidade<br />

do empreendedor conhecer as novidades<br />

do mercado atual e as tendências previstas<br />

para os próximos anos. “É dos mais<br />

relevantes o papel da feira, apresentando o<br />

objetivo de fomentar a criação de um ambiente<br />

favorável para geração de oportunidades<br />

de negócio, além de estimular o surgimento,<br />

a ampliação e a diversificação de<br />

empreendimentos sustentáveis, difundindo<br />

o empreendedorismo como um estilo de<br />

vida”, avalia Renato Haddad.


DIA NACIONAL DO MILHO<br />

Araraquara está<br />

pronta pra festa<br />

A partir de agora, todo dia 24<br />

de maio estará reservado para<br />

se comemorar o Dia Nacional<br />

do Milho.<br />

Théo Bratfish que organiza o Festival Delícias<br />

do Milho<br />

Embora pareça se tratar de lei inusitada,<br />

sancionada pela presidente da República, Dilma<br />

Roussef, é verdade que o seu propósito é<br />

evidenciar a importância do produto na cultura<br />

agrícola do país. Araraquara já teve a cultura<br />

do milho como seu carro-chefe, substituída por<br />

monoculturas, principalmente a cana-de-açúcar<br />

e a laranja.<br />

Desde 2010, com embasamento pragmático<br />

desenvolvido pelo publicitário araraquarense<br />

Théo Bratfisch, é realizado no distrito de<br />

Bueno de Andrada, o Festival Delícias do Milho,<br />

como iniciativa privada que atrai cerca de 60<br />

mil visitantes à localidade no período do evento,<br />

instituído para ser realizado anualmente no<br />

segundo fim de semana do mês de junho.<br />

“Estamos no caminho certo, este projeto<br />

visa à promoção social para o desenvolvimento<br />

socioeconômico e sustentável da localidade<br />

rural, com o objetivo de minimizar o êxodo rural,<br />

como alternativa real de gerar empregos e<br />

renda naquela localidade, que devido à mecanização<br />

das colheitas na região, necessita de<br />

projetos específicos e de qualidade técnica, desenvolvendo<br />

toda a cadeia produtiva do milho,<br />

desde o plantio com orientações técnicas fornecidas<br />

gratuitamente aos participantes e com<br />

prioridade aos pequenos produtores rurais dos<br />

assentamentos no município, em parceria com<br />

instituições diversas, passando por cursos de<br />

culinária para manufatura de produtos alimentícios<br />

diversos e com orientação mercadológica”,<br />

ressalta Bratfisch.<br />

19


LANÇAMENTO<br />

Conquista da<br />

ACIA vira selo<br />

O Prêmio AC Mais recebido<br />

pela Associação Comercial<br />

através da FACESP, marca o<br />

início de uma nova fase na<br />

trajetória da entidade. A<br />

premiação reconhece o avanço<br />

que a ACIA deu em suas ações<br />

nos últimos anos.<br />

A partir deste mês, a Associação Comercial<br />

e Industrial de Araraquara transforma em<br />

selo de identificação a homenagem que recebeu<br />

recentemente durante o Congresso da<br />

FACESP em Águas de Lindóia, no Hotel Monte<br />

Real Resort. O Prêmio AC Mais na categoria<br />

Desenvolvimento Local em município de médio<br />

porte, reconhece o trabalho da diretoria<br />

pela aplicação das melhores práticas e resultados<br />

obtidos em 2014.<br />

O presidente Renato Haddad considera<br />

que por estar classificada entre as melhores<br />

associações comerciais - resultado de uma<br />

avaliação em dezenas de itens - a ACIA se fortalece<br />

e ganha projeção entre os municípios<br />

de médio porte no estado de São Paulo. Araraquara<br />

aparece ao lado de cidades como São<br />

José do Rio Preto, Marília, Arthur Nogueira, Piracicaba,<br />

Agudos, Ribeirão Preto, Mogi Guaçu,<br />

Olímpia, Limeira, Itatiba e Bariri. No total foram<br />

avaliadas cerca de 320 associações comerciais<br />

paulistas.<br />

De acordo com o Programa AC Mais, desenvolvido<br />

pela FACESP, a federação tem como<br />

objetivo com este projeto,<br />

destacar e reconhecer as<br />

associações comerciais por<br />

meio de melhores práticas<br />

e resultados. Todas as associações<br />

comerciais participaram<br />

da premiação que<br />

foi dividida nas categorias:<br />

Gestão, Desenvolvimento<br />

Econômico Local, Produtos<br />

e Serviços, e das Melhores<br />

Práticas com a Boa Vista<br />

Serviços.<br />

O vice-presidente Ademar<br />

Ramos, também presente<br />

ao evento na oportunidade,<br />

disse que considera importante<br />

estar entre as melhores<br />

20<br />

Selo criado por Chiquito Pedrolongo,<br />

da Marzo, para a ACIA<br />

Renato Haddad, presidente da ACIA,<br />

exibe o prêmio recebido da FACESP<br />

associações do estado na categoria Desenvolvimento<br />

Local: “Isso mostra claramente que temos<br />

trabalhado e merecidamente alcançamos<br />

os objetivos, representando com seriedade o<br />

nosso quadro associativo”.<br />

A análise sobre o comportamento administrativo<br />

de uma associação se dá com base<br />

em recursos humanos, marketing, finanças,<br />

rotinas administrativas, patrimônio entre outros<br />

detalhes da área de gestão. Existem três<br />

categorias: pequeno porte, médio porte e grande<br />

porte, em que as associações comerciais<br />

foram classificadas. A ACIA está entre as três<br />

melhores em médio porte.<br />

O selo criado por Mário Francisco Pedrolongo,<br />

da agência Marzo, será utilizado<br />

no encaminhamento de correspondências<br />

da ACIA a partir de fevereiro, bem como impressos,<br />

email MKT e terá ainda sua identificação<br />

na fachada da sede da entidade. A<br />

própria Revista Comércio & Indústria a partir<br />

desta edição, estampa<br />

em sua capa a imagem<br />

do selo para massificar<br />

a divulgação.<br />

Temos que divulgar<br />

ao máximo essa conquista,<br />

diz o presidente<br />

Renato Haddad. É um<br />

prêmio do qual devemos<br />

compartilhar com todos<br />

os diretores, e a classe<br />

empresarial que sabe da<br />

importância de uma associação<br />

comercial em<br />

sua cidade a defender<br />

seus ideais. Em <strong>2015</strong>, a<br />

ACIA está completando<br />

81 anos de fundação.


LOGÍSTICA REVERSA<br />

Lixo Eletrônico<br />

Seu destino<br />

O ITEC em Araraquara está<br />

preocupado com as questões<br />

ligadas ao meio ambiente e<br />

promove a primeira reunião<br />

com algumas entidades para<br />

colocar em prática a Logística<br />

Reversa do Lixo Eletrônico.<br />

Embora nova no mercado brasileiro, a<br />

“Logística Reversa” já está inserida com<br />

muita cautela no dicionário tecnológico,<br />

explica Manoel Soffner, presidente do ITEC<br />

- Instituto Tecnológico de Araraquara. “A<br />

quantidade de material eletrônico que vem<br />

sendo descartado tem aumentado significativamente;<br />

anualmente são descartadas<br />

centenas de toneladas de materiais como<br />

Ana Paula, da empresa Result, apresentou aos convidados a Cadeia Produtiva<br />

da Logística Reversa<br />

computadores, televisão, geladeiras, impressoras,<br />

celulares e similares, o que nos<br />

coloca como um grande gerador de resíduos<br />

eletrônicos”, diz Manoel<br />

Soffner.<br />

É neste contexto que entra<br />

a “logística reversa”,<br />

que segundo a Política<br />

Nacional de Resíduos<br />

Sólidos é um instrumento<br />

de desenvolvimento econômico<br />

e social caracterizado<br />

por um conjunto de<br />

ações, procedimentos e<br />

meios destinados a viabilizar<br />

a coleta e a destinação<br />

correta dos resíduos,<br />

para o reaproveitamento.<br />

Como empresário do setor de tecnologia<br />

e inovação, Manoel que recentemente<br />

assumiu o ITEC, decidiu com sua comissão,<br />

reunir instituições e empresas que cuidam<br />

do meio ambiente em Araraquara, buscando<br />

dar um destino ecologicamente correto<br />

ao lixo eletrônico: “Atualmente, tornou-se<br />

impossível ignorar os reflexos negativos que<br />

o retorno dessas quantidades crescentes<br />

de produtos descartados causam no meio<br />

ambiente”, destaca.<br />

Em parceria com instituições e Sincomercio,<br />

o ITEC une forças neste novo projeto<br />

que pode gerar benefícios e qualidade de<br />

vida para novas e futuras gerações.<br />

De acordo com Manoel Soffner, mais<br />

reuniões já estão sendo agendadas para<br />

continuidade dos debates.<br />

Milena Soffner, Manoel Soffner, Prof. Adalberto Cunha, Dr. Fábio Cerqueira<br />

Leite, Fábio Furlan, Lenin De Matos e Ana Paula D’Avoglio, participaram<br />

da reunião realizada no auditório da Maq Soffner<br />

21


CONCURSO PÚBLICO<br />

Em tempos de crise<br />

a salvação da pátria<br />

Mais de dez empresas hoje<br />

em Araraquara transformam a<br />

preparação do candidato aos<br />

concursos públicos em algo<br />

rentável, formando um novo<br />

tipo de economia.<br />

Quando é divulgado um concurso público<br />

nas páginas dos jornais e na internet, há<br />

um certo furor entre as pessoas, todas tendo<br />

um só objetivo: passar e ter um emprego<br />

para o resto da vida. Grande parte dessas<br />

pessoas fazem a temida prova e acabam<br />

não concretizando este sonho, muitas vezes<br />

mais por nervosismo do que pelos estudos.<br />

Há três anos, Damaris Grace de Jesus<br />

estuda para prestar concursos. Com a rotina<br />

entre a faculdade e o trabalho, se dedica<br />

exclusivamente aos estudos nos finais de<br />

semana, quando está de folga. “Durante a<br />

semana é bem complicado estudar, mas<br />

estou sempre buscando o objetivo que é<br />

passar na prova”.<br />

A ansiedade é um grande inimigo na<br />

hora das provas, e Damaris alerta para outro<br />

fato que atrapalha momentos antes da<br />

prova começar. “Chegar bem cedo e começar<br />

a conversar com pessoas que querem<br />

tirar dúvidas com você, aí acabam surgindo<br />

novas dúvidas. Isso não é bom, pois aumenta<br />

mais a ansiedade”.<br />

Já Pedro Santos estuda há um ano e<br />

meio. Além da rotina de estudos, pratica<br />

atividade física nos finais do dia para se<br />

manter mais relaxado. “Estudo de manhã,<br />

das 9h às 13h, e de tarde, das 16h às 20h.<br />

Separo duas horas por matéria, subtraídos<br />

Pedro sugere<br />

pular questões<br />

duvidosas e depois<br />

voltar para não<br />

perder tempo<br />

Damaris Grace de<br />

Jesus em estudo<br />

permanente para<br />

obtenção de vaga<br />

no serviço público,<br />

que parece ser<br />

o caminho mais<br />

prático e seguro<br />

no momento de<br />

instabilidade da<br />

economia que afeta<br />

as empresas<br />

alguns minutos de descanso. Nos finais de<br />

semana apenas estudo sábado de manhã”.<br />

Outro nervosismo apontado por Pedro<br />

durante a prova são as questões que, a princípio,<br />

não sabe respondê-las. “A dica é pular<br />

estes itens e ao final da prova, com calma,<br />

resolvê-los, ou chutar. Ansiedade pode atrapalhar<br />

no início, mas depois de alguns minutos,<br />

a atenção já está voltada à resolução<br />

das questões”.<br />

DICAS QUE VALEM<br />

22<br />

Professora Julia Gorla<br />

Ir bem na prova e não conseguir o objetivo<br />

alcançado não pode ser de todo mal<br />

assim, mas se deve tirar lições. “Se você foi<br />

bem na prova, significa que está no caminho<br />

certo. Isso, sem dúvida, é motivador<br />

para continuar estudando. Lembrando o<br />

lema clássico dos estudantes: “concurso<br />

não se faz para passar, mas até passar””.<br />

Alguns candidatos que têm dificuldades<br />

para estudar sempre buscam ajuda, se preparando<br />

bem para a prova. Uma das saídas<br />

são os cursinhos preparatórios. O sucesso<br />

no concurso demanda dedicação e disciplina,<br />

pois o conteúdo é sempre muito extenso.<br />

Logicamente, um candidato preparado<br />

tem vantagens sobre os concorrentes.<br />

“Horas de estudo e treino com provas<br />

anteriores, leitura dos títulos indicados,<br />

além de leituras de temas da atualidade<br />

vão fazer diferença quanto ao conteúdo cobrado.<br />

Portanto, as vantagens de um candidato<br />

treinado sobre outro que treinou pouco<br />

são imensas. Não existe sorte nesse tipo de<br />

situação; não é loteria. É preparo”, conta<br />

Julia Gorla, professora de Língua Portuguesa<br />

e proprietária do Polo de Educação Julia<br />

Gorla, com o CRIAR.<br />

Um “concurseiro” deve estabelecer metas<br />

para seguir à risca. Respeitando-se o estilo<br />

de cada um, o candidato deve encontrar<br />

o seu melhor esquema. “Estabelecer metas<br />

de estudo em curto, médio e longo prazo.<br />

Um cronograma de organização de seus objetivos<br />

ajuda. Deve-se ter de 8 a 10 horas de<br />

estudo diárias, que podem ser divididas entre<br />

frequentar aulas e cumprir tarefas como<br />

exercícios, provas anteriores e simulados,<br />

além de dominar completamente a língua<br />

portuguesa”.<br />

A vantagem de quem frequenta cursinhos<br />

preparatórios é que os professores<br />

são bem treinados para ensinar os “macetes”<br />

dos concursos específicos. Dominar as<br />

estratégias das provas é importante.<br />

“Além disso, o material geralmente enfoca<br />

as particularidades de cada concurso.<br />

A Fundação Carlos Chagas é diferente da<br />

Vunesp, por exemplo, na elaboração das<br />

provas; cada um tem um estilo de questões,<br />

uma filosofia que permeia o exame e os cursinhos<br />

conhecem a fundo as instituições<br />

que elaboram as provas”, explica Julia.


SAT EM OPERAÇÃO<br />

Impressora Fiscal está<br />

com os dias contados<br />

Um novo equipamento chega para substituir a<br />

impressora fiscal. Sendo exigência para empresas<br />

paulistas, o SAT traz vantagens para empresários e<br />

consumidores.<br />

Nilson, do Posto Presidente<br />

Uma nova regulamentação exige que os<br />

estabelecimentos comerciais substituam o<br />

tradicional ECF (Emissor de Cupom Fiscal) por<br />

um novo equipamento, o SAT, que realiza automaticamente<br />

a autenticação do cupom fiscal<br />

na Secretaria da Fazenda (Sefaz).<br />

“O equipamento pode se conectar a mais<br />

de um caixa e o software envia o arquivo XML<br />

gerado para o SAT, que valida e retorna o arquivo<br />

assinado”, explica Thiago Moura, diretor<br />

comercial da JN Moura Informática. Uma das<br />

pioneiras no desenvolvimento de softwares<br />

para a Nota Fiscal Paulista (NFP) e a Nota Fiscal<br />

Eletrônica (NF-e), a empresa foi também a<br />

primeira na região de Araraquara a oferecer o<br />

sistema de automação comercial compatível<br />

com o SAT, além de comercializar o equipamento.<br />

“Após adotar o SAT, o estabelecimento<br />

não precisará mais emitir diariamente a redução<br />

Z (relatório das transações realizadas) ou<br />

enviar os arquivos RFD da impressora fiscal”,<br />

completa Thiago.<br />

Para o consumidor, o novo sistema também<br />

traz mudanças. O cupom da venda será<br />

não fiscal e virá com uma chave de acesso<br />

e um QR Code, possibilitando a consulta do<br />

cupom fiscal no site da Sefaz. Será possível<br />

ainda optar entre as formas simplificada e<br />

completa da impressão. Na primeira, também<br />

conhecida como ecológica, aparecerão<br />

somente o valor da compra e os códigos para<br />

consulta. Já a segunda também incluirá a descrição<br />

dos itens adquiridos.<br />

Carlos Braga, da Droga 4<br />

PRIMEIRO ATO: OS POSTOS<br />

Para postos de combustível, o prazo para<br />

adequação à nova regra vence dia 1º de julho.<br />

O Posto Presidente, em Araraquara, resolveu<br />

se adiantar e implantou o SAT em janeiro. “É<br />

uma tecnologia que está chegando para ficar<br />

e temos um tempo maior para a adequação”,<br />

explica Nilson Domingues, gerente do posto.<br />

Mesmo em um período de transição entre<br />

o sistema antigo e o novo, Nilson conta que já<br />

nota algumas vantagens no SAT. “Ele é mais<br />

ágil que o sistema anterior”, afirma. “Se precisar,<br />

consigo fazer um cancelamento de cupom<br />

fiscal até meia hora depois da emissão”.<br />

Para outros tipos de estabelecimentos, os<br />

prazos para implantação do SAT são maiores.<br />

No entanto, a partir de 1º de julho também<br />

não será mais possível lacrar novas impressoras<br />

fiscais. Isso quer dizer<br />

que os estabelecimentos<br />

que forem abertos após a<br />

data, assim como aqueles<br />

cujas impressoras atuais<br />

tiverem sido lacradas há<br />

mais de cinco anos, não<br />

poderão adquirir novo<br />

ECF. Nesses casos, também<br />

será necessária a<br />

adoção do SAT.<br />

De olho na regra, outros<br />

estabelecimentos de<br />

Araraquara já estão fazendo a mudança. É o<br />

caso da Avelino Auto Peças, que implantou<br />

o SAT no início do ano. “Como não gosto de<br />

deixar as coisas para a última hora, mudei<br />

agora”, diz Taís Regina dos Santos, sócia-proprietária<br />

da Avelino. O fato de o equipamento<br />

enviar os dados das vendas diretamente para<br />

a Secretaria da Fazenda trouxe mais agilidade<br />

para a gestão do empreendimento dela. “Tomava<br />

muito tempo enviar os arquivos para o<br />

escritório de contabilidade”, relata. “Com todas<br />

as atividades do dia a dia, às vezes eu tinha<br />

que dedicar um tempo fora do expediente<br />

para fazer isso”.<br />

A economia de tempo também foi notada<br />

por Aldeni Pereira, balconista da farmácia Droga<br />

Quatro, outro estabelecimento da cidade<br />

que adotou o SAT. Ele destaca que o sistema<br />

23<br />

Taís, da Avelino Auto Peças<br />

trouxe mudanças para o empreendimento e<br />

também para os consumidores. “Além de não<br />

precisarmos mais emitir a redução Z, o cliente<br />

já consegue visualizar a Nota Fiscal Paulista<br />

em alguns minutos”, diz.<br />

“É importante que os empresários estejam<br />

antenados a essas novas tecnologias, tanto<br />

devido às exigências fiscais como também por<br />

causa da necessidade de o estabelecimento<br />

estar sempre atualizado”, avalia Thiago Moura.<br />

“Quem ignora isso, além de estar sujeito<br />

a multas, corre o risco de ficar defasado em<br />

relação à concorrência”.<br />

SOBRE A JN MOURA<br />

A JN Moura Informática é uma software<br />

house que desenvolve sistemas para automação<br />

comercial. Com mais de duas décadas<br />

de atuação, atende aproximadamente<br />

três mil<br />

clientes em todo o Brasil.<br />

Focada na atualização<br />

da gestão comercial e<br />

do aparato fiscal de empresas,<br />

oferece inovação<br />

tecnológica por meio de<br />

seis divisões especializadas<br />

em diferentes tipos<br />

de negócios: Pet Moura,<br />

referência nacional e<br />

líder do mercado de softwares<br />

para pet shops; Posto Moura, voltado<br />

para postos de combustível; Far Moura, para<br />

farmácias e drogarias; Magazine Moura, para<br />

lojas de roupas e calçados; O.S. Moura, para<br />

estabelecimentos que utilizam ordem de serviço;<br />

e Cardápio Moura, para restaurantes, bares<br />

e lanchonetes.<br />

Thiago<br />

Moura


Hélio Correia (Criações Cláudia), Felipe Trevisan (Barra & Cia), Antônio Deliza Neto (Pipocopos<br />

e Sincomercio), Marcelo Vieira da Silva (Vestylle) e José Natal de Moura (Moura Informática)<br />

na NRF Big Show<br />

VAREJO<br />

A maior feira do<br />

mundo em NY<br />

A NRF Big Show é o maior<br />

evento de varejo no mundo e<br />

reúne milhares de executivos<br />

tomadores de decisão. Em<br />

New York empresários de<br />

Araraquara acompanharam<br />

a evolução do mercado.<br />

Na Times Square, principal cartão<br />

postal de New York, um aplicativo da Nike<br />

mapeia os locais onde as pessoas andam<br />

com tênis. Os passos dos consumidores<br />

são monitorados e transformados em banco<br />

de dados, com informações dos locais<br />

percorridos pelos corredores, bem como<br />

de onde param e se encontram com outros<br />

corredores. Esse tipo de tecnologia se renova<br />

rapidamente e parece uma sentença<br />

de morte ao pequeno varejo. Qual a chance<br />

do pequeno comércio ao competir com as<br />

grandes lojas que possuem esse tipo de informação?<br />

A sensação inicial na National Retail Federation<br />

(NRF), em New York, era de impotência<br />

diante da velocidade das mudanças<br />

e do nível de expansão das grandes redes.<br />

As informações sobre inovação e tecnologia<br />

eram repassadas com deslumbre e temor.<br />

Com 248 palestras realizadas no Jacob<br />

K. Javits Convention Center, a feira, segundo<br />

Antônio Deliza Neto, presidente do SINCO-<br />

MERCIO, integrante da missão, exigiu uma<br />

preparação para ser bem aproveitada e a<br />

meta era não desperdiçar a oportunidade<br />

e tentar fazer uma ligação entre as tendências<br />

e o que pode ser pensado para o Brasil.<br />

Na NRF, diz José Natal de Moura, da<br />

Moura Informática, uma das empresas visitantes,<br />

o que chamou atenção foi a grande<br />

presença do empresariado brasileiro preocupado<br />

em trazer e aplicar em suas lojas<br />

as novidades de gestão e tecnológicas. O<br />

stand da INTEL, assegura Moura, foi um dos<br />

mais visitados, pois conseguiu demonstrar<br />

a aplicação da “internet das coisas” no comércio<br />

varejista.<br />

Moura lembra também da visita feita ao<br />

Vale do Silício às empresas Google, Linkedin,<br />

Yahoo e Facebook: “Foi um show de<br />

conhecimento em tecnologia, sendo que<br />

o Yahoo foi a empresa que conquistou a<br />

nossa comitiva pela enorme quantidade<br />

de bandeiras brasileiras, placas de boas<br />

vindas, palestras, passeios internos e em<br />

especial, apresentação dos seus estúdios.<br />

No Google, a palestra sobre a formação dos<br />

googler e a cultura da empresa, as bicicletas<br />

coloridas, os estacionamentos de carros<br />

elétricos, o carro sem motorista e o almoço<br />

ao ar livre serão coisas sempre presentes<br />

em nossas lembranças desta gigante”.<br />

Os modelos, entretanto, não podem ser<br />

cristalizados e forçam o varejo a exercitar<br />

mais rapidamente o seu poder de adaptação.<br />

“Na verdade os negócios estão sendo<br />

realizados com a velocidade dos pensamentos.<br />

A vantagem dos brasileiros é a facilidade<br />

de adaptação”, diz Toninho Deliza.<br />

As mudanças sobre o comportamento<br />

do cliente e quais os valores que irão moldar<br />

o futuro do varejo representam um desafio.<br />

Por essa razão, além de investimentos em<br />

pesquisas, redes de lojas estão testando<br />

novas estratégias e procurando um relacionamento<br />

maior com os clientes através de<br />

novos serviços.<br />

A estratégia tenta também agradar a<br />

população classificada como “baby boom”,<br />

que em 2016 chega aos 70 anos. A iluminação<br />

das lojas mudou e os produtos ganharam<br />

informações de preço com letras maiores<br />

e em locais de fácil acesso.<br />

A ida dos empresários demonstrou interesse<br />

em acompanhar essa evolução, principalmente<br />

com a aplicação da tecnologia e<br />

as novas formas de condução dos negócios.<br />

Hélio, Felipe, Moura e Toninho Deliza na<br />

visita técnica à sede do Yahoo, Vale do Silício<br />

- Califórnia<br />

Hélio (Criações Claudia), Toninho Deliza<br />

(Pipocopos), Moura (Moura Informática) e<br />

Marcelo (Vestylle) em visita à sede do Google,<br />

no Vale do Silício, Califórnia<br />

24<br />

Os espaços utilizados pela feira


SOLIDARI<strong>ED</strong>ADE<br />

Nova feira surge para ajudar no<br />

atendimento social em Araraquara<br />

Instituições sociais estão se<br />

mobilizando para a realização<br />

em <strong>2015</strong> de feira filantrópica.<br />

Da primeira reunião onze<br />

entidades participaram.<br />

Primeiro encontro<br />

para o novo evento<br />

Representantes de entidades que aderiram à realização da feira<br />

As dificuldades financeiras enfrentadas<br />

pelas entidades que prestam assistência social<br />

levaram algumas delas a se reunir em<br />

janeiro para adoção de um projeto de trabalho<br />

que visa alcançar recursos para sua<br />

manutenção. O movimento encabeçado pelo<br />

empresário Joel Roberto Aranha que já foi presidente<br />

da Associação Comercial e Industrial<br />

de Araraquara e da FACIRA, ganhou força: o<br />

prefeito Marcelo Barbieri já disponibilizou os<br />

Pavilhões Waldemar De Santi, no CEAR; os deputados<br />

Roberto Massafera e Vanderlei Macris<br />

se prontificaram em colaborar, bem como<br />

a Câmara Municipal. Sendo assim, comentou<br />

Aranha, só resta definirmos o projeto.<br />

Um dos primeiros passos foi definir a diretoria<br />

entre os representantes das entidades<br />

que compareceram, sendo escolhidos Ricardo<br />

Merlos (presidente), Joel Roberto Aranha<br />

(vice), Álvaro Guedes (secretário) e Nelson<br />

Fernandes Júnior (tesoureiro). O nome da feira<br />

ainda vem sendo discutido e sua primeira<br />

realização deverá ocorrer em agosto por ocasião<br />

do aniversário de Araraquara.<br />

Buscar apoio da comunidade é fundamental,<br />

ressalta Ricardo Merlos, filho do casal<br />

de empresários Célia e Valter Merlos. Tanto é<br />

que Ricardo já inseriu no movimento a entidade<br />

que ele preside, Recanto Senhor, bem<br />

como os clubes de serviço, Rotarys e Lions,<br />

as lojas maçônicas e mais de uma dezena de<br />

instituições sociais.<br />

A partir de agora, comentam os diretores,<br />

vamos formatar o modelo do evento com foco<br />

no social, abrangendo comércio, indústria<br />

e serviços. A feira terá sua praça de alimentação,<br />

shows, comercialização de produtos<br />

artesanais e outras atrações e uma das prerrogativas<br />

é o aproveitamento da experiência<br />

de presidentes que passaram pela antiga<br />

FACIRA, como Jorge Lorenzetti Neto e Ricardo<br />

Capparelli.<br />

Ricardo Merlos é presidente do Recanto<br />

do Senhor, entidade sem fins lucrativos,<br />

Ricardo Merlos<br />

que trata de dependentes químicos em<br />

uma chácara de um alqueire na região de<br />

Araraquara. Por ano, cerca de 50 pessoas<br />

são assistidas no espaço que conta com<br />

médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais,<br />

professores de inglês e educação física,<br />

além de área para atividades de lazer,<br />

como quadras de vôlei, futebol e horta.<br />

ENTIDADES FUNDADORAS<br />

São consideradas entidades fundadoras<br />

da feira: Associação Parkinson Araraquara<br />

(Paulo Roberto Simões), Lar São Francisco<br />

(José Alberto Santarelli), Casa Cairbar<br />

(Nelson Fernandes Júnior), Banco de<br />

Cadeiras de Rodas do Rotary Carmo (José<br />

Carlos de Campos), Lar da Criança<br />

Renascer (Ricardo Capparelli), UDEFA<br />

(César Augusto Ferrenha), Casa Betânia<br />

(José Mendes Petrucelli), Recanto do Senhor<br />

(Ricardo Merlos), Banco de Óculos do<br />

Rotary Leste (Robson Corodato), Lar<br />

Redenção (Jorge Lorenzetti) e SABSA (José<br />

Carlos Porsani).<br />

25


Adriana e Simba<br />

posaram para um<br />

book elaborado pelo<br />

fotógrafo Daniel<br />

Barreto quando o cão<br />

completou 15 anos<br />

Foto Daniel Barreto<br />

ECONOMIA ANIMAL<br />

Gastos com animais de estimação<br />

podem chegar a R$ 500 ao mês<br />

Quem tem um animal de<br />

estimação sabe como são as<br />

coisas: gastos com veterinário,<br />

medicação, alimento, higiene,<br />

entre outros. Mas até onde vai<br />

o limite para os exageros e<br />

excessos?<br />

Reportagem: Jean Cazellotto<br />

Apesar da desaceleração do crescimento<br />

econômico de modo geral no país em<br />

<strong>2015</strong>, o Sindicato Nacional de Alimentação<br />

Animal (Sindirações), prevê um aumento<br />

de 3% na produção de rações para cães e<br />

gatos, de acordo com o vice-presidente da<br />

instituição, Ariovaldo Zani.<br />

Silene Bueno é proprietária de um Pet<br />

Shop na Vila Xavier há quatro anos e vende<br />

muito mais que ração. Em seu estabelecimento<br />

é possível encontrar caminhas de<br />

diversos tamanhos, coleiras, roupas, rações<br />

específicas para animais que precisam de<br />

uma alimentação adequada e até um car-<br />

rinho para levar um gato ou cão de porte<br />

pequeno a médio.<br />

“Sempre procuro um jeito de inovar e<br />

com isso crescer o pet de alguma forma.<br />

Mesmo assim, os clientes estão gastando<br />

menos com produtos para seus bichinhos,<br />

porém ainda é muito cedo para saber como<br />

será <strong>2015</strong>. Sei que o ano passado foi muito<br />

bom”, explica Silene.<br />

Para a jornalista Adriana Nagazako, os<br />

“mimos” devem ser comedidos. “Acho um<br />

exagero pintar unhas, tingir o<br />

pelo do cachorro, coleiras de<br />

ouro. O animal não precisa disso,<br />

ele precisa de amor e carinho”.<br />

Nagazako é dona do Simba,<br />

um vira-lata de 16 anos<br />

que ganhou de um tio. “Como<br />

ele já é um cão idoso, os mimos<br />

que dou a ele são caminhas<br />

para descansar. Assim<br />

que uma fica velha, já compro<br />

outra. Atualmente o Simba tem<br />

cinco camas”, diz aos risos.<br />

Em média, ela gasta de R$<br />

200 a R$ 300 com o cão, por<br />

26<br />

ter uma idade avançada, mas revelou que<br />

quando Simba era mais novo, dava ossinhos<br />

e palitinhos para morder.<br />

“Acho que a única definição quando me<br />

pego fazendo carinho nele antes de dormir<br />

é amor, apenas isso”, finaliza Adriana.<br />

CUIDADOS<br />

Para a médica veterinária Eloíza Sgarbosa,<br />

cães são como crianças. “Precisam<br />

de carinho, cuidados, disciplina,<br />

investimento, paciência e<br />

serem educados corretamente.<br />

Se algo disso falhar, um problema<br />

pode se instalar e o animal<br />

se tornar mimado, birrento e<br />

até violento. Cães seguem líderes,<br />

que são os humanos”,<br />

explica.<br />

Eloíza explica que é preciso<br />

ter uma folga financeira<br />

para ter um cão ou gato dentro<br />

Carrinho para o transporte<br />

de animais


de casa. “Os gastos variam muito de<br />

acordo com a espécie, porte e raça.<br />

Devemos oferecer uma alimentação<br />

de qualidade aos animais, um bom<br />

espaço e um lugar adequado para<br />

que eles se abriguem do frio e do calor,<br />

água a vontade e fresca, vacinas,<br />

vermífugos, exames e controle de ectoparasitos<br />

(pulgas e carrapatos). Os<br />

gastos podem variar em torno de R$<br />

100 a R$ 500 reais por animal. Não<br />

é barato e eles precisam dos mesmos<br />

cuidados que nós, seres humanos.<br />

Portanto, pense bem antes de ter um<br />

bichinho.”<br />

A atenção que deve se ter com a<br />

saúde do animal é essencial. “O exagero<br />

é totalmente prejudicial aos bichos<br />

de estimação. Eles não precisam<br />

de roupas de grife, de perfumes, de<br />

guarda-roupa cheio de roupas, sapatos<br />

e nem grandes regalias. Cachorro<br />

não é gente e o que é bom para nós pode<br />

não ser bom para eles”, afirma.<br />

Entre outras atitudes, a que mais é possível<br />

ver no trânsito, principalmente em Araraquara,<br />

são cães “pendurados” na janela<br />

Doutora Eloíza Sgarbosa, médica veterinária e sua<br />

pequena lhasa apso Cookie<br />

do carro. A veterinária alerta que isso é um<br />

risco à saúde do cão. “Andar com um cachorro<br />

na janela do carro é proibido por lei,<br />

tanto para a nossa segurança quanto para<br />

a segurança deles. Além disso, pode causar<br />

doenças como otite e traumas por objetos<br />

e pequenos insetos que porventura possam<br />

bater em seus olhos, ouvidos ou boca”.<br />

É bom lembrar que animais são sensíveis<br />

assim como humanos. “O sentimento<br />

do dono, positivo ou negativo, é passado<br />

ao animal. Eles percebem nossas dores,<br />

frustrações, alegrias e felicidades. Portanto,<br />

transmitir segurança, amor e carinho aos<br />

bichos é essencial”.<br />

ADOTE<br />

Eloíza faz uma recomendação quanto à<br />

adoção de cães e gatos: “Adotem ao invés<br />

de comprar. Existem muitos cães e gatos<br />

nas ruas, nos abrigos, nos centros de zoonoses<br />

precisando de um bom lar, de cuidados,<br />

de carinho. Esses animais só precisam<br />

de uma chance para serem felizes e para<br />

nos fazerem mais felizes. Abra seu coração<br />

e deixe um animal surpreendê-lo. Você não<br />

estará apenas salvando a vida desses animais,<br />

mas tornando a sua muito mais alegre<br />

e prazerosa”, finaliza a veterinária.<br />

Silene Bueno, proprietária de<br />

um pet shop, se reinventa para<br />

atender seu público e crescer<br />

27


SEU NOME ESTÁ NA RUA<br />

TEXTO: SAMUEL BRASIL BUENO<br />

DANTE GIAZZI<br />

O empreendedor que<br />

conquistou Araraquara<br />

Movido pelo entusiasmo e visão empresarial, Dante Giazzi era<br />

conhecido como “negociador nato”, pontuando sua vida pelo<br />

trabalho, ousadia e um largo sorriso. Dentre suas obras estavam<br />

ações sociais e a antiga Arauto, concessionária Volkswagen.<br />

Dante Giazzi, uma vida voltada para o<br />

empreendedorismo<br />

Entre os imigrantes que chegaram à região<br />

central de São Paulo, em 1888,<br />

estavam os Giazzi, oriundos de Mantova,<br />

norte da Itália. Eles rumaram para o cultivo<br />

de café, em Moji-Mirim. Um dos membros<br />

da família, Tomaso, buscando melhores<br />

condições de trabalho, aventurou-se até a<br />

localidade de Graminha (próxima a Jaboticabal),<br />

onde conseguiu ganhar bom dinheiro<br />

trabalhando em empreitadas de café,<br />

recebendo também, em paga de colheitas,<br />

terras em Taiaçu, onde se fixou. Nessa cidade,<br />

encontrou Amábile, moça nascida<br />

em Araraquara, cuja família, os Reami, para<br />

ali se mudara em função de oscilações da<br />

economia cafeeira. Tomaso Giazzi e Amábile<br />

Reami se casaram e tiveram oito filhos:<br />

Dante, Adelaide, Humberto, Delphina, Lydia,<br />

Ebe, Peregrino e Santina.<br />

O primogênito, Dante, nascido em<br />

1/12/1908, por terem seus pais comprado<br />

estabelecimento comercial em Jaboticabal<br />

e por demonstrar afinidades para a arte da<br />

administração, foi estimulado, por professores<br />

e parentes, a prosseguir estudos na<br />

capital.<br />

Em São Paulo, Dante concluiu com êxito,<br />

em 1929, o curso de Contador.<br />

De volta ao interior, além de assessorar<br />

o pai nos negócios da família,<br />

passou a cuidar da contabilidade<br />

de pequenas empresas da região.<br />

De sólida formação, desde moço,<br />

Dante se dedicou também às atividades<br />

ligadas à Igreja Católica: tocava<br />

flauta no coro da Matriz, onde<br />

também atuava Maria da Glória de<br />

Siqueira, jovem de tradicional família<br />

de Caçapava. Casaram-se em<br />

20/6/1934 e tiveram cinco filhos.<br />

Maria Pia, professora universitária,<br />

casou-se com o cirurgião-dentista<br />

Edison Nassri, já falecido; José<br />

Carlos, engenheiro-civil, é casado<br />

com a Profª Gladys Maroni; Dr. João<br />

Flávio é Professor-Adjunto da Faculdade<br />

de Ciências Farmacêuticas<br />

da UNESP, casado com a Aparecida<br />

da Graça Mattioli; Maria Isabel<br />

farmacêutica bioquímica, casada<br />

com o administrador de empresas<br />

Rui Mattioli, e a Profª Maria Lúcia<br />

casou-se com Clorivaldo de Abreu,<br />

já falecido. Sua descendência completa-se<br />

com 8 netos e 14 bisnetos.<br />

Dante Giazzi, em Taiaçu, além<br />

28<br />

das atividades profissionais, achou<br />

tempo para participar de grupo teatral<br />

amador, chegando a dirigir peças. Participou<br />

também da construção da nova Igreja<br />

Matriz de Taiaçu. Após o falecimento de seu<br />

pai, em 1943, Dante rumou com a família<br />

para a nova fronteira agrícola que surgia no<br />

oeste do Estado, escolhendo a cidade de<br />

Dante e a esposa Maria da Glória durante reunião do<br />

Lions Clube no Restaurante Gimba


Valparaíso. Ali participou da administração<br />

do empreendimento Noroara, dedicado à indústria<br />

e comércio de algodão, amendoim,<br />

arroz, café, etc. Ele continuou achando tempo<br />

para atividades assistenciais, participando<br />

do movimento responsável pela construção<br />

da Santa Casa de Misericórdia de<br />

Valparaíso, da qual veio a ser Diretor. Também<br />

foi eleito vereador do município. Ainda,<br />

participou da criação do Asilo São Vicente<br />

de Paulo. Paralelamente às atividades principais,<br />

na Noroara, Dante também assumiu<br />

riscos empresariais testando o potencial de<br />

pequenas indústrias.<br />

Com o avanço do Plano de Metas do Governo<br />

Juscelino Kubistchek (1956-1960),<br />

a Economia do País mudava rapidamente,<br />

e o tirocínio de Dante apontou-lhe novo caminho:<br />

veio para Araraquara, onde ingressou<br />

no ramo da distribuição de derivados<br />

de petróleo, na empresa Petroara, idealizada<br />

por seu cunhado Nélson Campanhã.<br />

Pouco depois, com instalação no País da<br />

Volkswagen do Brasil, a Petroara passou a<br />

ser representante da montadora na região,<br />

transformando-se na empresa ARAUTO –<br />

Distribuidora Araraquara de Automóveis,<br />

com admissão de vários outros sócios: era<br />

a euforia do País que estava dando certo.<br />

Na Arauto (hoje Ápia), Dante dedicou os últimos<br />

vinte anos de sua curta existência, pois<br />

que faleceu em 7 de fevereiro 1978.<br />

Como em Taiaçu, Valparaíso e também<br />

em Araraquara, Dante dedicou-se de corpo<br />

e alma às obras sociais, participou por vários<br />

anos da diretoria do Asilo de Mendicidade<br />

de Araraquara, também foi membro<br />

atuante do Lions Club/Santa Cruz, onde é<br />

ainda lembrado como presidente-sorriso.<br />

Católico Convicto, durante muitos anos foi<br />

Ministro da Eucaristia da Igreja Matriz de<br />

São Bento, e também apresentava o programa<br />

radiofônico Ave-Maria, transmitido diariamente<br />

pela Rádio Cultura de Araraquara.<br />

Entrevista à Rádio Cultura (Nildson Leite<br />

Amaral) e A Voz da Araraquarense (Denisar<br />

Alves) nos anos 60<br />

O sorriso estampando incontida felicidade<br />

era a marca registrada de Dante Giazzi em<br />

todos os momentos<br />

Além de grande<br />

empresário, era<br />

considerado um<br />

ótimo orador; nas<br />

inaugurações ele<br />

sempre estava à<br />

frente para passar<br />

mensagens de<br />

otimismo e confiança<br />

no futuro. Ao seu<br />

lado estão os<br />

repórteres da época:<br />

Geraldo Polezze<br />

e Wagner Belline<br />

29<br />

Dante estava sempre<br />

envolvido com as<br />

questões sociais e<br />

empresariais da sua<br />

cidade; o respeito<br />

ao seu perfil lhe deu<br />

a condição de ser<br />

vereador em Taiaçu<br />

e em Araraquara,<br />

participou ativamente<br />

das discussões<br />

políticas e de grandes<br />

empreendimentos.<br />

Seu súbito desaparecimento, em 1978<br />

(infarto fulminante), abriu lacuna até hoje<br />

sentida por familiares e pessoas que tiveram<br />

o privilégio de seu convívio. Respeitado<br />

e admirado não só pela seriedade de atuação<br />

profissional, mas também pela disposição<br />

que demonstrava para atividades culturais,<br />

sociais e assistenciais, onde quer que<br />

estivesse. Segundo palavras de seu filho<br />

mais velho, uma de suas citações frequentes<br />

era: “Vigiai, pois não sabeis o dia, nem<br />

a hora...”.<br />

Seu nome está na rua através do Decreto<br />

nº 3971 de 02/03/1978, que denomina Rua<br />

Dante Giazzi, a via pública conhecida por Rua<br />

105, Vila Independência, que inicia-se na Avenida<br />

Professor Virgílio Abranches Quintão e<br />

termina na Rua 113, da mesma Vila.


JURÍDICO<br />

O regime geral da Previdência Social e as<br />

alterações trazidas pela Medida Provisória<br />

n° 664/2014<br />

1 - Auxílio-doença<br />

Antes, o salário do incapacitado era<br />

pago pelo empregador até o 15º dia de<br />

afastamento. Contudo, a medida provisória<br />

incumbiu a empresa de pagar o salário do<br />

empregado incapacitado pelos primeiros<br />

30 dias. Nesse sentido, o auxílio-doença<br />

será concedido somente a partir do 31º dia,<br />

o que traz grandes prejuízos aos empregadores,<br />

que terão que arcar com 30 dias de<br />

salário do empregado incapacitado. Foi ainda,<br />

estabelecido um teto para o valor do benefício.<br />

Desta forma, o valor pago não poderá<br />

ultrapassar a média aritmética simples<br />

dos 12 últimos salários de contribuição.<br />

Dra. Thaís Costa Domingues<br />

Advogada do Sincomercio Araraquara<br />

2 - Perícias médicas<br />

A perícia médica, que antes era efetuada<br />

tão somente por peritos do INSS, agora<br />

também poderá ser realizada por peritos<br />

ligados a órgãos ou entidades públicas e<br />

empresas privadas através de convênios,<br />

o que, obviamente, exigirá rigoroso controle<br />

da Previdência.<br />

O INSS em Araraquara está instalado na<br />

Avenida La Salle, 50, Jardim Primavera<br />

Publicada no Diário Oficial da União<br />

em 30/12/2014, a medida provisória nº<br />

664/2014 trouxe mudanças significativas<br />

para o Regime Geral da Previdência Social,<br />

que afetam diretamente empregado e empregador.<br />

Algumas regras já estão valendo e outras<br />

passarão a ser aplicadas somente em<br />

março deste ano.<br />

Em síntese, as principais alterações se<br />

concentram no auxílio-doença, pensão por<br />

morte e perícias médicas.<br />

Passamos a analisar brevemente algumas<br />

dessas alterações a fim de esclarecer<br />

as dúvidas que porventura acometam empresas<br />

e colaboradores.<br />

“A perícia médica, que antes era efetuada<br />

tão somente por peritos do INSS, agora<br />

também poderá ser realizada por peritos<br />

ligados a órgãos ou entidades públicas e<br />

empresas privadas através de convênios, o<br />

que, obviamente, exigirá rigoroso controle<br />

da Previdência.”<br />

3 - Pensão por morte<br />

Anteriormente, a concessão da pensão<br />

por morte não exigia tempo mínimo de contribuição,<br />

mas com a medida provisória, a<br />

Previdência passou a exigir o mínimo de 24<br />

recolhimentos mensais do contribuinte que<br />

foi a óbito, salvo se o segurado falecido já<br />

estava em gozo de auxílio-doença ou aposentadoria<br />

e se a morte do segurado decorreu<br />

de acidente de trabalho ou doença<br />

profissional.<br />

Além disso, com a nova regra, para que<br />

o cônjuge/companheiro(a) tenha direito ao<br />

benefício, é necessário que o casamento/<br />

união estável tenha ocorrido há mais de<br />

dois anos da data do óbito do instituidor<br />

do benefício, salvo nos casos<br />

em que o óbito do segurado seja<br />

decorrente de acidente posterior<br />

ao casamento/união estável ou o<br />

cônjuge/companheiro(a) for considerado<br />

incapaz e insuscetível<br />

de reabilitação para o exercício<br />

de atividade remunerada que lhe<br />

garanta subsistência, mediante<br />

exame médico-pericial a cargo<br />

do INSS, por doença ou acidente<br />

ocorrido após o casamento/união estável e<br />

anterior ao óbito.<br />

A pensão por morte que consistia no<br />

mesmo valor da aposentadoria que o segurado<br />

recebia ou a que teria direito se estivesse<br />

aposentado por invalidez na data do<br />

seu falecimento também foi alterada. Dessa<br />

forma, com a medida provisória, o valor<br />

da referida pensão corresponde a 50% do<br />

valor da aposentadoria que o segurado<br />

recebia ou a que teria direito se estivesse<br />

aposentado por invalidez na data do seu<br />

falecimento com o acréscimo de 10% a<br />

cada dependente, limitado a cinco. Além<br />

disso, haverá uma cota de 10% na hipótese<br />

de filho órfão, ou seja, caso o segurado<br />

venha a falecer e o filho dependente passar<br />

a não ter mais pai e mãe, terá o acréscimo<br />

de 10%, desde que não exista pensão por<br />

morte do primeiro falecido.<br />

O benefício também não é mais vitalício<br />

para todos os dependentes, sendo que a<br />

vitaliciedade dependerá da expectativa de<br />

sobrevida do dependente no momento do<br />

falecimento do segurado.<br />

Além disso, a medida provisória prevê<br />

que o condenado pela prática de crime doloso<br />

(quando existe a intenção de cometêlo)<br />

de que tenha resultado a morte do segurado,<br />

não terá direito à pensão por morte.<br />

É importante ressaltar que as novas regras<br />

afetam somente futuros beneficiários,<br />

ou seja, quem já está recebendo tais recursos<br />

não será atingido.<br />

Por fim, vale frisar que a medida provisória<br />

é uma norma legislativa adotada pela<br />

Presidente da República em casos de relevância<br />

e urgência, mas que para se tornar<br />

uma lei, precisa ser aprovada pelo Congresso<br />

Nacional no prazo máximo de 120 dias,<br />

contados do início dos trabalhos legislativos<br />

neste mês de fevereiro. Dessa forma, caso<br />

a medida provisória em análise não seja<br />

aprovada pelas duas Casas do Congresso<br />

Nacional (Câmara dos Deputados e Senado<br />

Federal) até este prazo final, ela perderá a<br />

validade, cabendo aos parlamentares editar<br />

decreto legislativo para disciplinar os<br />

efeitos gerados durante sua vigência.<br />

30


PESQUISA<br />

Com preços em aceleração, <strong>2015</strong><br />

deve preocupar o orçamento familiar<br />

Todo início de ano se ouve<br />

dizer que o primeiro trimestre<br />

é aquele mais difícil para<br />

o orçamento das famílias<br />

brasileiras. É neste período<br />

que impactam o IPTU, IPVA,<br />

matrícula e materiais escolares,<br />

gastos com presentes de Natal<br />

e férias, anuidade de entidades<br />

representativas profissionais,<br />

entre outros.<br />

Mas só isso não basta, comenta Jaime<br />

Vasconcellos, economista do Núcleo de Economia<br />

do Sincomercio Araraquara e Pesquisador<br />

do Núcleo de Extensão em Conjuntura<br />

e Estudos Econômicos UNESP Araraquara. E<br />

continua: “Como se não bastasse a este ‘ingrato’<br />

rol de contas, é de se considerar como<br />

o avanço do nível geral de preços da economia<br />

tem impactado o bolso do consumidor. A<br />

inflação em 2014 beirou os 6,5% e já começa<br />

janeiro de <strong>2015</strong> de forma acelerada.<br />

Especificamente em Araraquara, a Pesquisa<br />

da Cesta Básica do Núcleo de Economia<br />

do Sincomercio, realizada<br />

semanalmente em dez<br />

supermercados da cidade<br />

em parceria com o Núcleo<br />

de Extensão de Conjuntura e<br />

Estudos Econômicos (NECEE)<br />

da UNESP, mostrou que os<br />

preços médios da cesta cresceram<br />

7,5% ano passado. Tal<br />

variação foi predominantemente<br />

puxada pelas carnes,<br />

neste caso tanto vermelhas<br />

quanto brancas. Este avanço<br />

dos preços dos bens essenciais<br />

explicita uma realidade<br />

preocupante da economia<br />

brasileira e muito corrosiva<br />

à população mais pobre, que<br />

possui maior propensão ao consumo e, com<br />

isso, deixa maior parte do seu orçamento no<br />

supermercado.<br />

Em <strong>2015</strong>, lembra o economista, o cenário<br />

parece pouco se modificar. Segundo a pesquisa<br />

do sindicato, o preço médio da cesta<br />

básica atingiu em janeiro seu maior patamar<br />

desde que a coleta semanal de preços fora<br />

reiniciada para parceria entre a entidade e a<br />

UNESP, em 2011. O valor atingiu R$ 450,73<br />

na segunda semana do mês. É um avanço de<br />

2,55% em relação ao mesmo período do último<br />

mês de dezembro. A cifra desta segunda<br />

semana só não foi maior que o avaliado na<br />

semana imediatamente anterior, quando a<br />

média de preços foi de R$ 451,06. O “vilão”<br />

tem sido a batata (com crescimento de quase<br />

90% em relação ao mês passado, cebola<br />

(+15%) e carne de primeira (+3,3%), enfatiza<br />

Vasconcellos.<br />

O crescimento dos preços é comum, por<br />

sazonalidade, no início dos anos. Porém a<br />

persistência do avanço inflacionário nos últimos<br />

24 meses tornou-se um grande desafio à<br />

nova equipe econômica do governo. A seca de<br />

março a outubro do ano passado manteve em<br />

alta os valores médios dos produtos agrícolas.<br />

Preços anteriormente represados de energia<br />

elétrica e combustíveis já não puderam ser<br />

mantidos e o real desvalorizado impõe um<br />

estrangulamento ainda maior da cadeia de<br />

preços da nossa economia.<br />

Jaime Vasconcellos: cadeia de preços da<br />

economia está estrangulada<br />

31<br />

Economia arrebentada num carrinho pequeno e vazio<br />

Se por um lado o consumidor vê seu<br />

poder de compra cada vez mais fragilizado,<br />

observa também como isso é potencializado<br />

no começo do ano, pelos motivos citados no<br />

início deste texto. Enquanto se espera por<br />

ajustes fiscais e monetários de âmbito macroeconômico<br />

que segure nossa inflação, o que o<br />

consumidor deve fazer para organizar melhor<br />

suas finanças? A resposta é o simples, e ao<br />

mesmo tempo tão complicado, planejamento<br />

mensal do orçamento familiar.<br />

Passou da hora das famílias firmarem um<br />

pacto de melhor controle de gastos. A análise<br />

mensal do receitas e despesas é um bom início.<br />

Saber que se deve controlar é o primeiro<br />

passo de se saber o que se deve controlar. Dividir<br />

gastos fixos e variáveis é um passo adiante,<br />

de extrema importância. Provisionar os gastos<br />

fixos anuais e mensais é simples, controlar os<br />

gastos variáveis é mais difícil. Porém só assim<br />

se pode perceber com o que se gasta e o quanto<br />

é necessário de poupança mensal para gerar<br />

uma segurança às finanças.<br />

Só há duas saídas para uma maior folga<br />

do orçamento. Ou se ganha mais ou se gasta<br />

menos. A segunda ação é de maior controle<br />

do consumidor. Naturalmente a população<br />

tem na ponta da língua o quanto é seu salário<br />

líquido. Esta mesma população não tem, salvo<br />

raríssimas exceções, a mesma rigidez com<br />

seus gastos. Este empecilho a transpor é uma<br />

das grandes barreiras a um melhor planejamento<br />

familiar, não calcado apenas no imediatismo<br />

do curto prazo, mas na qualidade de<br />

vida no decorrer dos anos. Que em <strong>2015</strong> seja<br />

diferente.


ALIMENTAÇÃO<br />

A coxinha começa a ganhar diversas<br />

formas, porém, o sabor continua<br />

concentrado no preparo tradicional<br />

envolvendo todas as classes<br />

Araraquara tem o privilégio<br />

de ser um dos municípios<br />

brasileiros que mais tem<br />

contribuido na propagação<br />

da coxinha como alimento<br />

top e pop. Elas são delicosas,<br />

tradicionais e podem ser<br />

encontradas com facilidade<br />

nos mais diversos sabores e<br />

formatos. As coxinhas<br />

agradam o paladar das mais<br />

diferentes classes sociais e são<br />

capazes de juntar famílias<br />

nos fins de semana como<br />

normalmente acontece nas<br />

Coxinhas Douradas em<br />

Bueno de Andrada.<br />

Coxinha é eleita como o salgadinho<br />

preferido dos brasileiros em 2014<br />

Rainha dos salgados no Brasil, a coxinha<br />

é o terror das pessoas que evitam frituras<br />

e o prazer das que se permitem deliciar<br />

com o quitute mais querido dos brasileiros.<br />

Infelizmente, como a maioria das especiarias<br />

culinárias em nosso país, quem sabe<br />

do mundo, a coxinha não possui registros<br />

históricos oficiais.<br />

Acredita-se, no entanto, que o salgado<br />

tenha surgido do gosto por galinhas do filho<br />

da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, que<br />

moravam numa fazenda no interior de São<br />

Paulo, em Limeira. O garoto, recluso devido<br />

a uma delimitação mental, era cheio de<br />

caprichos. Sempre que gostava de alguma<br />

comida, encasquetava com a dita cuja e exigia<br />

que sua cozinheira preparasse apenas o<br />

prato da vez: o frango.<br />

Certo dia, da falta de frango suficiente<br />

para fazer os pratos que o garoto lhe pedira,<br />

a cozinheira da família resolveu transformar<br />

uma galinha inteira em coxas. Teria surgido<br />

assim a popular coxinha, que depois de experimentada<br />

pela Imperatriz Tereza Cristina,<br />

ganhou fama nas festas da realeza da<br />

época. A história parece um tanto inventada,<br />

mas o que nos interessa mesmo, é que<br />

a coxinha existe!<br />

32


Sônia e Paulo<br />

de Freitas, da<br />

Mercearia Freitas,<br />

hoje são referência<br />

nacional na<br />

produção das<br />

coxinhas douradas<br />

de Bueno de<br />

Andrada<br />

A COXINHA<br />

Você está longe de casa e bate aquela<br />

vontade de comer um salgado - por fome<br />

ou pura gulodice. Qual é o seu preferido?<br />

O texto em questão é a base de uma<br />

pesquisa realizada no final do ano passado<br />

buscando definir - qual o salgadinho preferido<br />

dos brasileiros. Finalizada, a enquete<br />

apontou a coxinha como a grande vencedora<br />

com 34% da preferência popular.<br />

Araraquara tem ativa participação na<br />

produção e consumo de coxinha, segmento<br />

gastronômico fortalecido pelas famosas<br />

coxinhas douradas de Bueno que foram<br />

criadas nos anos 90 e que até hoje perduram<br />

graças à técnica empregada pelo casal<br />

Sônia e Paulo de Freitas. As coxinhas douradas<br />

se tornaram famosas sendo foco para<br />

programas de televisão, jornais e revistas<br />

ao longo do tempo.<br />

A pesquisa realizada ouviu 622<br />

pessoas, a grande parte envolvida<br />

pelo “vai-e-vem” agitado das ruas<br />

e que busca na alimentação rápida<br />

uma forma de “encher o estômago”.<br />

As consultas foram feitas junto às<br />

classes D e E que estão na verdade,<br />

mais próximas do aproveitamento<br />

dos horários: “Saí do emprego e<br />

aproveitei para pagar conta d’água,<br />

o carnê da loja e autorizar a guia<br />

para exames laboratoriais”, confessa<br />

Maria do Carmo de Lima, operadora<br />

de telemarketing que duas vezes por<br />

mês realiza este mesmo ritual para aproveitar<br />

o horário do almoço e tratar de questões<br />

particulares.<br />

No questionário apresentado aos consumidores<br />

outros produtos foram sugeridos,<br />

porém, a coxinha tem um índice de<br />

preferência disparadamente maior: a esfirra<br />

por exemplo atinge 12% da preferência<br />

e o pastel 10%. Outros itens seguem bem<br />

abaixo: risoles (5%), pão de queijo (4%), quibe<br />

(3%), empada (2%) e outras respostas<br />

(28%).<br />

Tradicionalmente frita e recheada com<br />

frango, a coxinha é a Rainha dos Balcões de<br />

Salgados em qualquer parte do Brasil, indo<br />

dos botequins às padocas goumert com<br />

os mais diversos sabores: frango, catupiry,<br />

carne-seca e assim por diante.<br />

Em Araraquara são mais de 950 pontos de vendas<br />

de coxinhas e o consumo chega a 5.500 unidades<br />

diariamente variando o preço de R$ 2,50 a R$ 3,00<br />

33


CARTUNISMO<br />

O LIXO POR TRÁS DA VIDA ATENDIMENTO PÚBLICO AMANTES, SEM RUSGAS<br />

Um meio de conhecer a privacidade<br />

familiar foi recolher o lixo que as<br />

personalidades colocavam nas ruas.<br />

Coleta feita antes da passagem<br />

do caminhão do lixo, permitiu ver<br />

o que comiam, bebiam e como se<br />

comportavam na intimidade.<br />

Todo cidadão tem direito de saber<br />

onde seu vereador mora para melhor<br />

atendê-lo. Era o pensamento na época.<br />

Assim, a reportagem mostrou a fachada<br />

da casa de cada um, endereço e telefone,<br />

afinal - “é dando que se recebe”.<br />

O amante dá o carro a mulher, porém,<br />

quando o romance acaba ele pede o<br />

carro de volta e ela se julga no direito de<br />

ter a metade. O jornal divide a foto de<br />

um carro para acabar a briga amorosa.<br />

Todo mundo na polícia, até o jornalista.<br />

Éramos o Charlie nos Anos 70<br />

Com cerca de três décadas<br />

de história, o Charlie Hebdo<br />

sempre incomodou alguns<br />

grupos ao desafiar tabus e<br />

usar o escárnio e a sátira<br />

escrachada para expressar<br />

seu ponto de vista. Assim, foi<br />

também em Araraquara a<br />

lendária passagem do Diarim,<br />

um encarte dominical do jornal<br />

Diário da Araraquarense.<br />

Foi em 1971, que o jornal O Diário da<br />

Araraquarense, de propriedade do advogado<br />

e jornalista Roberto Barbieri, começou a<br />

adquirir as chamadas “tiras” com desenhos<br />

apresentando personagens criados inicialmente<br />

por desenhistas, anos mais tarde, reconhecidos<br />

como cartunistas. Mensalmente<br />

o jornal era visitado por um “vendedor” que<br />

espalhava na mesa da redação os produtos<br />

(desenhos) em disponibilidade. Nessa época<br />

Maurício de Souza estava colocando no mercado<br />

a Turma da Mônica.<br />

A publicação continuada n’O Diário incentivou<br />

alguns desenhistas que decidiram<br />

investir também na criação de personagens<br />

e histórias para revistas em quadrinhos,<br />

como Romário Garcia de Paula e Evaldo de<br />

Oliveira, ambos falecidos. Os dois, trabalhando<br />

em conjunto num pequeno prédio da Rua<br />

Nove de Julho (transformado mais tarde em<br />

Café do Dirceu, ao lado da Imperial Modas),<br />

chegaram a vender por um bom tempo material<br />

para diversas editoras, porém, abandonaram<br />

a ideia e passaram a confeccionar faixas<br />

publicitárias, fachadas de lojas, banners,<br />

ainda de forma bem artesanal, na Rua São<br />

Bento, proximidades do Parque Infantil. Era<br />

um período também em que os publicitários<br />

Lineu Carlos de Assis e Washington Leite,<br />

da W&L Publicidade, encaminhavam muitos<br />

trabalhos da agência para Romário e Evaldo.<br />

Jornalista<br />

Roberto<br />

Barbieri<br />

em 1978<br />

O CARTUNISTA<br />

Foi praticamente na época da ditadura,<br />

final dos anos 60, que surgiu o cartunismo.<br />

Jaguar, se transformou num dos pioneiros do<br />

“cartoon”, criticando o regime político com<br />

desenhos para a revista Senhor, colaborando<br />

também na Revista Civilização Brasileira, na<br />

Revista da Semana, no semanário Pif-Paf e nos<br />

jornais Última Hora e Tribuna da Imprensa. Foi<br />

quando lançou, para satirizar o sistema ditatorial,<br />

sua primeira coleção em 1968, Átila, você<br />

é bárbaro.<br />

No ano seguinte, Jaguar fundou o jornal O<br />

Pasquim com Tarso de Castro e Sérgio Cabral,<br />

sendo o único a permanecer até o fim da publicação,<br />

em 1991, quando passou a editar o<br />

jornal A Notícia.<br />

Em Araraquara, o jornalista Roberto Barbieri<br />

buscava algo semelhante ao Pasquim, criando<br />

então, o Diarim com perfil satírico para ironizar<br />

situações sensacionalistas principalmente<br />

dentro da política local. O editor Ivan Roberto<br />

Peroni, d’O Diário da Araraquarense, acumulava<br />

funções no Diarim ao lado dos jornalistas<br />

Binho Volpe, Ana Maria Volpe, José Conde Sobrinho,<br />

Wagner Bellini e Hamilton Mendes. Os<br />

cartunistas Romário Garcia de Paula e Evaldo<br />

Oliveira, atuavam na área de criação.<br />

34<br />

O cartunista é o desenhista especializado<br />

em humor, com um estilo de desenho, compatível<br />

com o tema, que costuma ser caricatural<br />

ou estilizado de forma humorística. O termo<br />

também pode ser aplicado naqueles que produzem<br />

quadrinhos de forma geral (humorístico<br />

ou não), assim como para desenhistas de<br />

Mangá, bem como qualquer outro tipo de desenhista<br />

cujo estilo se assemelhe ao do cartoon.<br />

O cartunista geralmente esboça seu desenho<br />

simplesmente com um lápis, para depois<br />

adicionar tinta nanquim ou similar, usando<br />

pincel ou caneta esferográfica. Essa última<br />

etapa do processo, conhecida como arte final,<br />

também pode ser feita digitalmente. Cartunistas<br />

também são aquelas pessoas que fazem<br />

desenhos animados depois de projetá-los em<br />

um HQ ou simplesmente ter vendido sua ideia<br />

para uma empresa cinematográfica que fazem<br />

animações.<br />

TAL COMO O CHARLIE<br />

Corredores policiais e judiciais foram por<br />

um bom tempo a sina dos jornalistas d’O<br />

Diário e Diarim pelas denúncias que tornavam<br />

públicas e a forma destemida com que<br />

buscavam esclarecer os fatos. Ameaças não<br />

faltavam e perseguições surgiam, com a necessidade<br />

de seguranças para preservar a<br />

liberdade e o direito de expressão. Embora<br />

tenha encerrado suas atividades, até hoje O<br />

Diário está na história da cidade.<br />

Mas, nada do que ocorreu no passado<br />

em Araraquara se assemelha à manhã de<br />

7 de janeiro em Paris, quando atiradores invadiram<br />

a redação da revista satírica Charlie<br />

Hebdo, e mataram 12 pessoas, deixando<br />

outras 11 feridas. Uma diferença: o Diarim<br />

jamais se envolveu em questões religiosas.<br />

Até agora, a hashtag #JeSuisCharlie continua<br />

no topo do trending topics mundial, e<br />

diversos desenhistas e cartunistas demonstraram<br />

seu pesar criando charges que<br />

rememoram seus cartunistas ou que destacam<br />

o poder de um papel e lápis sobre a<br />

tentativa de cercear a liberdade de expressão.


HISTÓRIA DO JORNALISMO LOCAL EM DUAS ÉPOCAS: ANTES E DEPOIS D’O DIÁRIO<br />

A criatividade jornalística era forte no final<br />

dos anos 70. Profissionais se juntavam<br />

na formatação de pautas e transformavam<br />

os fatos em sátiras que movimentavam a<br />

opinião pública para satisfazer 5 mil assinantes<br />

que O Diário possuía na época.<br />

As charges se pontuavam no talento de<br />

Evaldo e Romário, quando não, criavam-se<br />

fotonovelas e histórias em quadrinhos para<br />

mostrar situações que envolviam a comunidade.<br />

A intranquilidade da população era um<br />

dos pontos mais visados dos noticiários nos<br />

dois jornais diários que circulavam na época:<br />

O Imparcial e o próprio Diário. Era o tipo<br />

de jornalismo que se praticava na época<br />

muito mais pelo idealismo, iniciativa e comprometimento<br />

à profissão.<br />

Mudanças no comportamento da sociedade,<br />

falecimento de Roberto Barbieri em<br />

1980 e outros fatores foram enfraquecendo<br />

a criatividade jornalística que durou mais de<br />

15 anos. Nos anos 90, a imprensa araraquarense<br />

passou a viver uma outra fase, mantendo<br />

uma linha bem menos agressiva e se<br />

ajustando aos padrões de cada período.<br />

SEBASTIÃO SEABRA<br />

É o mestre<br />

do desenho<br />

Profissional araraquarense,<br />

tem seus trabalhos editados<br />

em várias partes do mundo.<br />

Sebastião<br />

Seabra<br />

O DIÁRIO JÁ IRONIZANDO A FALTA DE SEGURANÇA EM 1978<br />

Foto: Stúdio Eureka<br />

Sebastião Rodrigues Seabra, nascido<br />

em Araraquara aos 12 de maio de 1958,<br />

é o nosso mais importante cartunista.<br />

Em 1986 ganhou o prêmio Angelo Agostini,<br />

como melhor desenhista do ano e<br />

em 1990 criou para a editora Phenix, talvez<br />

seu personagem mais conhecido: o<br />

Vingador Mascarado. Também em 1990<br />

começou a publicar na Europa, através<br />

de uma agência belga, os álbuns Rose,<br />

A Mulher Gato, A Volta da Mulher Gato,<br />

John Àskesis e A Porta Dourada, todos<br />

de sexo e aventura. Nos anos seguintes,<br />

publicou pela editora Escala, Como Desenhar<br />

Mulheres e A Figura Masculina e<br />

desenvolveu um Curso de Desenho, passando<br />

a lecionar em Araraquara.<br />

Atores convidados para a foto: José Conde Sobrinho, Rubens Volpe e Ivan Roberto<br />

Vingador Mascarado foi criado por<br />

Sebastião SEABRA, Mestre da HQ<br />

Brasileira, no ano de<br />

1991. O soturno herói<br />

estreou na revista<br />

Almanaque Phenix<br />

Superação, da Phenix<br />

Editorial. Teve duas<br />

outras aventuras em<br />

1999 na revista SUPER<br />

CLUB. O personagem<br />

também deu as caras em<br />

aventuras eróticas na Noblet.<br />

Sua última aventura “O Hacker”<br />

saiu em uma “revista fanzine”,<br />

autoral, de Seabra.<br />

35


36


AGRO<br />

N E G Ó C I O S<br />

INFORMATIVO<br />

edição fevereiro <strong>2015</strong><br />

João Henrique de Souza Freitas,<br />

técnico do Sindicato Rural para<br />

orientar o proprietário rural no<br />

preenchimento do CAR<br />

Dois anos depois da aprovação do Código<br />

Florestal, o governo lançou as regras para<br />

inscrição dos proprietários de áreas rurais no CAR<br />

- Cadastro Ambiental Rural. Entre outras funções,<br />

o registro eletrônico vai integrar informações das<br />

propriedades e servir como base de dados para<br />

monitorar e controlar o desmatamento. Segundo<br />

João Henrique de Souza Freitas, agente da FAESP,<br />

o Sindicato Rural de Araraquara já a partir do dia<br />

primeiro de fevereiro, iniciou o cadastramento e<br />

elaboração do CAR (Cadastro Ambiental Rural),<br />

diante do disposto no Novo Código Florestal (Lei<br />

37<br />

Federal 12.651/12). Segundo ele, com o advento<br />

do Novo Código Florestal - Lei n° 12.651/2012<br />

– através do artigo 29, passou a ser exigida dos<br />

produtores rurais, a inscrição no CAR, instrumento<br />

fundamental criado para auxiliar no processo<br />

de regularização ambiental de propriedades e<br />

posses rurais. O país tem cerca de 5,5 milhões de<br />

propriedades e até maio, todas serão obrigadas a<br />

fazer o CAR. A orientação que o proprietário rural<br />

precisa, o Sindicato Rural já disponibiliza, com<br />

a presença de um técnico preparado para esta<br />

função.


PALAVRA DO PRESIDENTE<br />

Imaginando o futuro<br />

O MEIO AMBIENTE AGRADECE<br />

Uma propriedade<br />

sem embaraços<br />

Nicolau de Souza Freitas<br />

É importante perceber as necessidades<br />

dos agricultores, principalmente dos<br />

pequenos e médios, entender sua<br />

dinâmica de trabalho, antes de impor<br />

algum tipo de intervenção no sentido de<br />

adequar e controlar sua atividade, pois<br />

as necessidades não são necessariamente<br />

as mesmas. Vários fatores interferem<br />

nas questões dos valores adotados por<br />

cada agricultor, uma vez que valor é um<br />

parâmetro relativo às necessidades de<br />

cada indivíduo.<br />

A introdução do novo Código Florestal<br />

tendo em seu conteúdo a necessidade<br />

de se fazer o CAR (Cadastro Ambiental<br />

Rural) e em algumas situações, o PRA<br />

(Programa de Regularização Ambiental),<br />

exige outra vez o empenho e a atenção<br />

dos prorietários de áreas rurais. E neste<br />

caso se estabelecem valores que podem<br />

impedir o reacerto de muitos casos.<br />

A partir de agora implanta-se<br />

definitivamente a educação ambiental,<br />

que será um processo permanente no<br />

qual os indivíduos e a comunidade<br />

tomam consciência do seu meio ambiente<br />

e adquirem conhecimentos, valores,<br />

habilidades, experiências e determinação<br />

que os tornem aptos a agir e resolver<br />

problemas ambientais presentes e futuros<br />

O Sindicato Rural de Araraquara<br />

compartilha com a Federação de<br />

Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP)<br />

e o Serviço Nacional Rural (SENAR), a<br />

necessidade das mudanças, desde que,<br />

os produtores rurais não sejam ainda<br />

mais penalizados pelo rigor das leis.<br />

Nicolau de Souza Freitas<br />

Presidente do Sindicato Rural de Araraquara<br />

O Sindicato Rural de<br />

Araraquara se alia à FAESP<br />

e ao SENAR com o objetivo<br />

de estabelecer práticas que<br />

ajudem o proprietário rural a<br />

cadastrar suas propriedades<br />

até maio. É através deste<br />

cadastramento que o dono<br />

de terras poderá promover<br />

a regularização, se houver a<br />

necessidade, e desenvolver<br />

projetos que resultarão<br />

em benefícios, como por<br />

exemplo, subsídios para o<br />

desenvolvimento da cultura<br />

e crescimento dos negócios<br />

no campo.<br />

João Henrique de Souza Freitas é o técnico<br />

preparado pela Federação de Agricultura<br />

do Estado de São Paulo (FAESP) para fornecer<br />

orientações aos proprietários de terra<br />

para o cadastramento de suas áreas. Segundo<br />

ele, o produtor tem mais três meses para<br />

fazer o CAR, mas esse prazo poderá ser prorrogado<br />

por mais um ano, mas ele alerta: não<br />

deixe para amanhã: faça hoje.<br />

Para ele, o CAR não é instrumento de regularização<br />

da propriedade ou posse rural,<br />

mas é um dos requisitos<br />

para se obter a regularização,<br />

que será objeto dos futuros<br />

programas de regularização<br />

ambiental. (art. 59,<br />

Parág. 2, do Código Florestal-<br />

Lei Federal 12.651/12).<br />

O CAR é a principal ferramenta<br />

prevista na nova<br />

lei florestal para a conservação<br />

do meio ambiente,<br />

a adequação ambiental de<br />

propriedades, o combate<br />

ao desmatamento ilegal e o monitoramento<br />

de áreas em restauração, auxiliando no cumprimento<br />

das metas nacionais e internacionais<br />

para manutenção de vegetação nativa e<br />

restauração ecológica de ecossistemas.<br />

38<br />

logomarca que identifica o CAR<br />

João Henrique, técnico do Sindicato Rural de<br />

Araraquara<br />

Ainda sim, lembra João Henrique, o CAR<br />

facilitará a vida do proprietário rural na obtenção<br />

de licenças ambientais, pois a comprovação<br />

da regularidade da propriedade<br />

acontecerá por meio da inscrição e aprovação<br />

do CAR e o cumprimento no disposto no<br />

Plano de Regularização Ambiental, que será<br />

em breve instituído pelo Estado. Com isso,<br />

não haverá mais a necessidade de procedimentos<br />

anteriormente obrigatórios, como a<br />

averbação em matrícula de Reservas Legais<br />

no interior das propriedades.<br />

Todo o procedimento<br />

para essa regularização poderá<br />

ser feito online.<br />

O produtor, orientado<br />

pelo agente do Sindicato<br />

Rural, entra na página do<br />

CAR na internet, passa para<br />

o clique aqui e acessa o<br />

site, baixando o programa,<br />

como se faz com o Imposto<br />

de Renda. Aí ele preenche<br />

os dados pessoais e da propriedade<br />

e o próprio sistema fornecerá as<br />

imagens de satélite do imóvel rural.<br />

Em cima da imagem de satélite, o proprietário<br />

deverá marcar qual a situação do<br />

sítio ou fazenda. “O produtor irá desenhar o


Reserva Legal<br />

APPs<br />

Matas ciliares, encostas<br />

e topos de morros são<br />

APPs - Áreas de Preservação<br />

Permanente - e não devem<br />

ser desmatadas. Se foram<br />

desmatadas no passado,<br />

devem ser recuperadas<br />

Na região da mata<br />

Atlântica todas as<br />

propriedades devem<br />

ter uma reserva legal<br />

de 20%<br />

Plantio de<br />

Árvores Nativas<br />

Plantio de<br />

Árvores Exóticas<br />

O reflorestamento com<br />

árvores exóticas deve<br />

ser feito fora das Áreas<br />

de Preservação<br />

Permanente.<br />

O reflorestamento com<br />

árvores nativas, para<br />

corte no futuro, deve ser<br />

feito fora das Áreas de<br />

Preservação<br />

Permanente.<br />

Psicultura,<br />

Agricultura e<br />

Pecuária<br />

Essas atividades produtivas<br />

não devem ser realizadas<br />

em Áreas de Preservação<br />

Permanente<br />

Apicultura<br />

e SAFs<br />

A apicultura e os<br />

sistemas agroflorestais<br />

são ótimas alternativas<br />

para a produção<br />

familiar<br />

RPPN<br />

Toda propriedade ou<br />

parte dela pode ser<br />

transformada em Reserva<br />

Particular do Patrimônio<br />

Natural, colaborando<br />

ainda mais com a<br />

preservação<br />

Construções<br />

e Estradas<br />

Devem ser feitas em lugares<br />

seguros, fora das Áreas de<br />

Preservação Permanente<br />

e sempre que possível<br />

respeitando curvas<br />

de nível<br />

Layout que apresenta as formas de uma propriedade totalmente regularizada<br />

seu imóvel rural, indicar suas áreas de reserva<br />

legal, o curso d’água existente na propriedade,<br />

a eventual existência de estrada e o<br />

sistema irá calcular as áreas de preservação<br />

permanente e as áreas a serem recuperadas.<br />

O sistema irá conferir se as informações<br />

são verdadeiras ou não. O prazo para o cadastramento<br />

vai até 6 de maio.<br />

Já o presidente do Sindicato Rural, Nicolau<br />

de Souza Freitas, ressalta que o cadastramento<br />

e elaboração do CAR aos associados<br />

sindicalizados inicialmente serão realizados<br />

sem nenhum custo, devendo os mesmos<br />

procurarem a secretaria da entidade, agendando<br />

horário com o setor responsável.<br />

Em dezembro passado, João Henrique<br />

de Souza Freitas, do Sindicato Rural de Araraquara,<br />

participou em São Paulo de um treinamento<br />

promovido pela FAESP sobre o CAR<br />

– Cadastro Ambiental Rural, para prestar aos<br />

associados todas as informações relacionadas<br />

com o preenchimento do questionário<br />

para dar toda assistência aos interessados.<br />

ARARAQUARA<br />

Sindicato Rural de Araraquara possui<br />

hoje cerca de 120 associados, diretamente<br />

envolvidos com os mais diversos tipos de<br />

cultura; a maioria no entanto, está voltada<br />

para o plantio da cana-de-açúcar ou cessão<br />

da área para que usinas explorem a cultura.<br />

Da mesma forma, porém<br />

em menor número, está a<br />

produção da laranja. No total,<br />

dentro do município há cerca<br />

de 900 propriedades rurais<br />

e todas têm a oportunidade<br />

de regularizar sua situação,<br />

seguindo as normas estabelecidas<br />

pelo novo Código Florestal.<br />

Para João Henrique, o<br />

processo que ora se desenvolve<br />

visando este reacerto<br />

das propriedades rurais, num<br />

primeiro momento, pode ocasionar um forte<br />

impacto, até mesmo assustador, contudo,<br />

após a conclusão deste realinhamento, os<br />

resultados deverão apresentar resultados<br />

positivos: “É a garantia de que os proprietários<br />

de terras estarão deixando para as<br />

próximas gerações um espaço seguro e<br />

onde deverá prevalecer continuadamente a<br />

qualidade de vida da população brasileira”.<br />

A FAESP orientou no Estado, técnicos que poderão auxiliar o<br />

produtor quando do preenchimento do questionário<br />

39


VISÃO POLÍTICA<br />

Massafera diz que o CAR vai<br />

ajudar os produtores rurais<br />

Qual o impacto que o CAR - Cadastro Ambiental Rural causará<br />

na atividade do produtor rural a partir de maio? As explicações<br />

são dadas pelo deputado estadual Roberto Massafera à nossa<br />

revista, logo após o governador Geraldo Alckmin sancionar o<br />

Programa de Regularização Ambiental (PRA) em 15 de janeiro.<br />

Massafera é membro efetivo da Comissão de Meio Ambiente<br />

da Assembleia Legislativa.<br />

PARA QUE VOCÊ ENTENDA<br />

O PRA (Programa de Regularização<br />

Rural) é regulamentação específica<br />

de normativa do Código Florestal<br />

e representa a segunda etapa da<br />

regularização das propriedades<br />

rurais que suprimiram vegetação<br />

sem autorização antes de 22 de<br />

julho de 2008.<br />

A primeira etapa da regularização<br />

é o Cadastro Ambiental Rural (CAR),<br />

que acontecerá a partir<br />

de maio, sendo ele a identificação<br />

dos problemas ambientais da<br />

propriedade.<br />

RCI: Reflexos positivos e negativos<br />

na vida dos produtores<br />

rurais<br />

Massafera: O novo Código Florestal, já<br />

em vigor, obrigou os estados a fazerem a<br />

regulamentação específica que é o PRA,<br />

quase uma repetição das normas federais,<br />

podendo os estados restringirem a sua aplicação.<br />

O CAR - Cadastro de Áreas Rurais é<br />

uma regularização obrigatória para todas as<br />

propriedades rurais, da mesma forma que<br />

já nos impuseram o geo-referenciamento,<br />

ITR (Imposto Territorial Rural), CCIR (Certificado<br />

de Cadastro de Imóvel Rural). Ressalte-se<br />

que hoje os cartórios de registro de<br />

imóveis não mais registram uma transação<br />

imobiliária sem o CAR. Idem os Bancos que<br />

financiam o crédito agrícola para os produtores<br />

rurais. Logo o Estado de SP, ao regulamentar<br />

o CAR, está ajudando em muito<br />

os produtores rurais (pequenos, médios e<br />

grandes): todos. Os aspectos negativos são<br />

de que a burocracia um dia vai parar o pais.<br />

Para um pequeno e médio produtor rural, é<br />

insuportável atender toda a parafernália da<br />

legislação federal: ambiental, rural, etc.<br />

Destaque a existência do Ministério do Desenvolvimento<br />

Agrário que tem sob a sua<br />

subordinação o INCRA - Instituto de Colonização<br />

e reforma agrária e o ministério<br />

do Meio Ambiente que somente cuida das<br />

questões ambientais, tendo subordinada<br />

a ele o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio<br />

Ambiente.<br />

RCI: Sua visão de futuro sobre<br />

o que poderá ocorrer.<br />

Massafera: Os produtores rurais poderão<br />

se organizar através dos sindicatos e atender<br />

a legislação ambiental que pelo menos<br />

já tem normas bem definidas. Também poderemos<br />

dizer que em 20 anos todas as<br />

propriedades estarão enquadradas na legislação<br />

ambiental. Na minha opinião, tudo<br />

que fizermos hoje, na questão ambiental,<br />

será pouco para o futuro dos nossos filhos.<br />

RCI: Qual orientação sob a ótica<br />

da política pode ser passada<br />

aos produtores rurais.<br />

Massafera: Procurem seus sindicatos rurais<br />

e sigam a orientação dos seus advogados<br />

e técnicos, pois a lei atual possui muitos<br />

atenuantes que irão facilitar nas exigências<br />

ambientais.<br />

RCI: O governo em nossa região<br />

deve enfrentar resistência para<br />

o cumprimento das normas?<br />

Massafera: Não acredito, pois o Estado de São<br />

Paulo já tem atendido a legislação ambiental.<br />

Pode até ser que os pequenos proprietários<br />

rurais tenham um pouco mais de dificuldade,<br />

mas bem orientados, poderão saná-las.<br />

O Cadastro Ambiental Rural é um instrumento<br />

fundamental que vai auxiliar no processo de<br />

regularização ambiental de propriedades e<br />

posses rurais também dos pequenos<br />

produtores.<br />

40


“<br />

Roberto Massafera,<br />

Engenheiro Civil,<br />

especializado em<br />

empreendimentos,<br />

gestão pública e<br />

planejamento urbano.<br />

Foi prefeito de<br />

Araraquara e hoje é<br />

deputado estadual pela<br />

nossa região.<br />

Massafera é membro<br />

efetivo da Comissão de<br />

Meio Ambiente e<br />

Desenvolvimento<br />

Sustentável da<br />

Assembleia Legislativa<br />

Procure o Sindicato Rural e siga a orientação do seu técnico<br />

e advogado, pois a lei atual possui atenuantes que irão<br />

facilitar nas exigências ambientais, evitando transtornos.<br />

Roberto Massafera<br />

“<br />

RCI: Os produtores rurais que<br />

não se cadastrarem devem<br />

passar a ter restrições no acesso<br />

ao crédito rural. Pela legislação,<br />

a partir de 2017 eles<br />

terão formalmente essas restrições,<br />

mas a expectativa do<br />

governo é que os bancos passem<br />

a exigir o cadastro como<br />

critério já a partir deste ano.<br />

Isso não vai se transformar em<br />

problema social?<br />

Massafera: Você tem que declarar anualmente<br />

o seu imposto de renda, fazer a cédula<br />

rural (G), cadastro de produtor, vacinação<br />

de gado, licença para plantar, remover vegetação,<br />

cortar árvores, crimes ambientais,<br />

certidão negativa criminal, protesto, CND,<br />

IR, ITR, IPTU, etc. Os Bancos oficiais e particulares<br />

já exigem formalmente tudo isso e<br />

mais alguma coisa. Problema social teremos<br />

quando ninguém mais quiser plantar arroz<br />

e feijão. Todos já sofrem muitas restrições.<br />

O PRA é apenas mais uma imposta por uma<br />

burocracia despreparada, que não sabe usar<br />

as informações que já tem e cada vez exige<br />

mais do produtor que trabalha e não visa<br />

simplificar e ajudar a vida no campo.<br />

RCI: Análise final<br />

Considerando-se a Lei Florestal que é Federal,<br />

o PRA é uma exigência obrigatória<br />

para os Estados. O CAR - Cadastro Ambiental<br />

Rural é uma consequência de tudo isto.<br />

São Paulo fez a sua tarefa de casa e com<br />

certeza irá ajudar os produtores paulistas.<br />

Um elogio ao governador Geraldo Alckmin:<br />

O novo código florestal permite que você<br />

faça o reflorestamento obrigatório em outra<br />

bacia hídrica ou outro bioma, ou seja em<br />

Goiás, Minas, Bahia ou Mato Grosso por<br />

exemplo. Você pode adquirir áreas de florestas<br />

no Acre e averbá-las como reserva. São<br />

Paulo vetou esse item, mas nosso governador<br />

autorizou que áreas na Serra da Mantiqueira,<br />

mesmo estando em Minas Gerais,<br />

desde que as nascentes corram para São<br />

Paulo, para a Serra da Cantareira poderão<br />

ser averbadas como reserva florestal do Estado.<br />

O futuro será cada vez mais incerto e<br />

temos que nos preparar para dias difíceis,<br />

sem chuvas e com pouca água. Massafera<br />

é engenheiro civil, especializado em empreendimentos,<br />

gestão pública e planejamento<br />

urbano.<br />

Ferramenta importante para auxiliar no<br />

planejamento do imóvel rural e na<br />

recuperação de áreas degradadas, o<br />

CAR fomenta a formação de corredores<br />

ecológicos e a conservação dos demais<br />

recursos naturais, contribuindo para a<br />

melhoria da qualidade ambiental<br />

41


COLUNA<br />

ESPORTE É AVENTURA<br />

A importância das Avaliações<br />

Físicas periódicas para o<br />

treinamento<br />

42<br />

Carlinhos Tavares<br />

Absolute Fit | 16 3114.8664<br />

As avaliações físicas são testes (antropométricos<br />

e ergométricos) que identificam o estado<br />

atual de condicionamento físico, seja muscular,<br />

cardiorrespiratório e percentual gordura.<br />

Existem inúmeros protocolos de teste.<br />

O importante é o profissional saber detectar<br />

qual o melhor protocolo para aquele indivíduo,<br />

levando em consideração sexo, idade, tipo físico,<br />

etnia e equipamento que será utilizado.<br />

Após escolhido o melhor protocolo, muitos<br />

equipamentos podem ser utilizados para aferir<br />

os dados, uns mais precisos e outros menos.<br />

Pensando nisso a Absolute Fit investiu em<br />

uma tecnologia inovadora para o nosso setor<br />

de avaliação: o BodyMetrix. Um aparelho de<br />

ultrassom que permite mensurar não só o percentual<br />

de gordura, mais também a hipertrofia<br />

muscular.<br />

Como isso é possível?<br />

Este aparelho ultrassom trabalha como<br />

um scanner, que mapeia a região do corpo<br />

escolhida, gerando uma imagem que possibilita<br />

observar o tecido adiposo assim como o<br />

muscular.<br />

Para o treinador e atleta, isso é de extrema<br />

valia, já que é possível monitorar com mais<br />

precisão as evoluções de perda no percentual<br />

de gordura assim como visualizar a mudança<br />

da qualidade muscular, avaliando se houve hipertrofia<br />

ou não.<br />

Outro fator de extrema importância que este<br />

equipamento nos traz é a avaliação de risco cardíaco<br />

e doenças oriundas do aumento da gordura<br />

na região do abdômen. Já que com o escaneamento<br />

desta área, é possível visualizar a gordura<br />

tanto subcutânea quanto a visceral, sendo esta<br />

segunda péssima para nossa saúde.<br />

Outros testes também são realizados<br />

em uma avaliação física, como os testes cardiorrespiratórios,<br />

para calcular o VO2max do<br />

indivíduo (capacidade de captar, transportar<br />

e metabolizar o oxigênio durante o esforço).<br />

Uma vez aferido o VO2max é possível prescrever<br />

treinos aeróbios com precisão. Essa é<br />

única forma que o treinador tem para montar<br />

treinos em diversos métodos, proporcionando<br />

resultados aos seus alunos.<br />

Também realizamos na Absolute Fit testes<br />

neuromusculares, para avaliar a capacidade<br />

muscular do aluno. Uma vez testado<br />

as capacidades neuromusculares, cardiorrespiratórias<br />

e aferido índices de percentual<br />

de gordura, é hora de montar o programa de<br />

treinamento. O sucesso do programa depende<br />

do treinador saber utilizar no treinamento<br />

os dados coletados em avaliação, do contrário<br />

a mesma não serve para nada. Por exemplo,<br />

se o VO2max do aluno é 48ml/kg.min, o<br />

treinador irá utilizar percentuais deste valor<br />

para prescrever cada treinamento, em cima<br />

de cada método e objetivo. Se 48ml/Kg.min<br />

equivale a 100%, qual percentual devo utilizar<br />

para determinado método ou período do<br />

treino?<br />

Mas tão importante quanto a primeira<br />

avaliação, são as avaliações subsequentes,<br />

já que com a realização dos treinamentos o<br />

aluno tende a melhorar, e com isso as cargas<br />

de treino passam a ficar todas desajustadas.<br />

Ou seja, se ele continuar treinando sem reavaliar,<br />

todas as cargas de treino ficarão abaixo<br />

da intensidade correta.<br />

Por isso na Absolute Fit avaliamos periodicamente<br />

nossos alunos. Isso é um dos pilares<br />

do nosso Sistema de Treinamento Exclusivo, o<br />

Pride 7.<br />

Para saber mais, como dicas de treino,<br />

etc., curta nossa página no Facebook (www.<br />

facebook.com/absolutefit). Neste canal, você<br />

leitor poderá interagir, compartilhar fotos e fazer<br />

perguntas.


Academia, campeã amadora da Segunda Divisão em 1968: Carlos, Dumont, Bino, Nóe, Zé Luis, Zinho, Nico Bode, Jurandir, Dito, Sita, Hugo,<br />

Mário e Plínio; Pui Loco, Paulo Borges, Ditinho Saravá, Pantera, Zé Armando, Oswaldinho, Ademir, Cal, Daniel, Durvalino e Zé Japonês<br />

GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />

Academia transformava o São<br />

Geraldo num pedaço do céu<br />

Chão de terra batido<br />

caído em direção a oeste,<br />

quatro eucaliptos fincados<br />

suportando o peso do que se<br />

chamava de travessão. Não<br />

havia rede e o vento zunia<br />

fazendo um som agudo e<br />

sibilante que atravessava<br />

frestas por entre ramas de<br />

árvores e bananeiras. Por alí<br />

é que os “tizius” se ajeitavam<br />

e sobre cinco pulos, cantavam<br />

a semana toda na estação<br />

chuvosa de novembro a<br />

março, como a predizer que<br />

domingo a Academia ia jogar.<br />

Para os meninos pobres de<br />

pés no chão, olhar aquele<br />

Chapadão do São Geraldo<br />

era se envolver nos sonhos do<br />

belo Maracanã. Descalços,<br />

corríamos naquela chapa<br />

quente, sem temor das bolhas<br />

e unhas perdidas no bater do<br />

capotão ensebado por culpa<br />

do “João do Açougue”.<br />

O São Geraldo era um<br />

pedaço do céu na modinha<br />

desencontrada do Padre<br />

Armando que alertava nas<br />

missas - primeiro a igreja,<br />

depois o futebol.<br />

43<br />

Bom mesmo era o footing<br />

das quermesses que o velho<br />

Magrini, pedreiro competente,<br />

ajudava a montar, e pelos<br />

corredores afunilados por<br />

garotos ainda, as mocinhas<br />

passavam; e quantos dos que<br />

se esfolaram no Chapadão<br />

não prolongaram seus passos<br />

até os pés do santo adorado<br />

prá dizer sim, pois como<br />

dizia o padre na hora do<br />

casamento: a Academia é<br />

uma extensão da igreja...<br />

Texto: Ivan Roberto Peroni<br />

SEGUE A HISTÓRIA DA ACADEMIA<br />

SÃO GERALDO


COMO TUDO COMEÇOU<br />

A escola que se<br />

transformou em<br />

academia<br />

Era por um dos bairros mais<br />

antigos da cidade que o ainda<br />

jovem treinador Dumont,<br />

circulava sempre em busca de<br />

garotos que poderiam compor<br />

uma equipe de futebol. Ele era<br />

muito respeitado e suas ações<br />

na preparação do time, davam<br />

aos jogadores confiança e<br />

amor à camisa da Academia.<br />

Reportagem: Rafael Zocco<br />

Academia São Geraldo em1970: Zé Armando, Ditinho, Pantera, Durvalino, Cláudio Botina,<br />

Xixico e Dumont (Técnico); agachados: Cal, Zinho, Oswaldo, Zé Maria e Noé<br />

Ao bom boleiro que se preze, qualquer<br />

lugar que havia uma bola rolando era um<br />

campo como se fosse o Maracanã, mesmo<br />

que surrado, sem grama, esburacado e com<br />

terra. Poderia ser tênis, chuteira, descalço e<br />

sem luvas para guardar o gol. Para um menino<br />

entre 10, 12 anos, jogar bola era algo<br />

indispensável, não importando a maneira<br />

como fosse. Foi assim que esses meninos<br />

foram crescendo e o amor à bola era mútuo,<br />

até surgir, em 1965, oficialmente, a Academia<br />

do São Geraldo.<br />

Na época, o bairro do São Geraldo contava<br />

com dois times, o Corinthians e o São<br />

Geraldo Futebol Clube, este tendo um time<br />

juvenil. A garotada sempre almejava chegar<br />

ao time principal do bairro, com o trabalho<br />

duro e árduo dentro no gramado ou chão<br />

batido. Mas, muitos desses meninos viram<br />

que não teriam chances de chegar ao primeiro<br />

time, sem contudo, perder a esperança:<br />

foi assim que um grupo de garotos saiu<br />

do São Geraldo FC para fundar a saudosa<br />

Academia.<br />

“Na época, o nosso grupo disputava o<br />

Campeonato Juvenil. Com o passar dos jogos,<br />

percebemos que não conseguiríamos<br />

chegar ao time principal do São Geraldo.<br />

Então, decidimos sair do São Geraldo para<br />

formarmos uma nova equipe para a disputa<br />

de jogos na região e Amadorzão da cidade.<br />

Daí surgiu a ideia de fundarmos a Academia<br />

do São Geraldo, tendo como primeiro<br />

presidente Adão de Souza, que ajudou na<br />

compra dos uniformes, menos chuteira”,<br />

conta Carlos Roberto Marques, o Pezinho,<br />

primeiro técnico da Academia.<br />

Pezinho tinha a mesma idade que os<br />

garotos na época, mas não tinha intimidade<br />

com a bola. Ele gostava muito de acompanhar<br />

e administrar as coisas. E, por unanimidade,<br />

se tornou o técnico logo de cara.<br />

“Então, decidimos treinar e mandar os nossos<br />

jogos no campo do “Chapadão” (era<br />

localizado na Rua Comendador Pedro Morganti,<br />

próximo ao Piscinão). Revezávamos o<br />

campo com o São Geraldo FC e nunca tivemos<br />

qualquer problema ou rivalidade com<br />

eles”.<br />

E assim começou a história de mais um<br />

grande time de nossa cidade. Dos treina-<br />

Pezinho, primeiro<br />

treinador da<br />

Academia no São<br />

Geraldo<br />

1967/68: Pezinho e o primeiro time da Academia: Dito, Ditinho Saravá, Henrique, Zé<br />

Thomé, Geraldinho e Docão; Bino, Ademir Piva, Dr. Olindo, Guarú, Cal e Daniel<br />

44


O vereador Carlos Alberto Manço<br />

sempre teve um carinho muito<br />

grande pela Academia São<br />

Geraldo; foi com a votação no<br />

bairro e apoio dos atiradores do<br />

Tiro de Guerra que ele chegou à<br />

Câmara Municipal e para manter<br />

as raízes no bairro, o vereador<br />

continuou dando todo apoio ao<br />

time de futebol onde desfrutava<br />

de muita simpatia. Certa vez<br />

Manço disse em uma reunião de<br />

eleitores no bairro: “Uma das<br />

coisas que me prende no São<br />

Geraldo é o time de futebol da<br />

Academia e os incontáveis amigos<br />

que consegui criar no bairro”.<br />

mentos à disputa de torneios amistosos, a<br />

Academia do São Geraldo foi se encorpando<br />

e conseguindo o seu espaço no cenário<br />

futebolístico da cidade. Em um dos jogos<br />

emblemáticos, Pezinho recorda de um que<br />

ficou marcado em sua memória. “Na Vila<br />

Xavier havia um time chamado Bela Vista,<br />

equipe de respeito e que era excelente.<br />

Nesta época o Bela Vista estava com cerca<br />

de 38 partidas invictas. Então marcaram<br />

um jogo contra nosso time no “Chapadão”.<br />

Ganhamos de 2x0. Quinze dias depois fomos<br />

jogar na Vila Xavier, próximo ao Tiro de<br />

Guerra. Ganhamos de 3x1. Depois desse<br />

jogo, eles decidiram nunca mais jogar contra<br />

uma equipe jovem (risos)”.<br />

Outra coisa quase típica que acontecia<br />

em jogos amadores, era o polêmico envolvimento<br />

que os árbitros tinham com os times<br />

da casa, coisa que a Academia sentiu na<br />

pele jogando um amistoso em Silvânia contra<br />

uma equipe local. “Estava com mais de<br />

60 minutos do segundo tempo e o árbitro,<br />

obviamente, estava comprado”. O adversário<br />

conseguiu virar o jogo e os jogadores<br />

da Academia tiveram que sair correndo de<br />

campo por tamanha confusão.<br />

Pezinho destaca também a ajuda que o<br />

então vereador Carlos Alberto Manço e Flávio<br />

Piva, que virou presidente da Academia,<br />

deu aos atletas. “Financeiramente e moralmente,<br />

sempre participaram da equipe”.<br />

A Academia tinha um trabalho de base em 1970; era o Dente de Leite com Paulo Barca, Celso<br />

Biffi (Padre da Paróquia São Geraldo), Perci Thomé, Toninho Marteli, Marcão e Toninho Silva;<br />

Luiz Carlos, Paulinho Preto, Mário, Português e Cidão<br />

45


As brincadeiras dos meninos do São Geraldo no carnaval de 1968 no jogo Homens x Mulheres: Marião, Bino, Dito, Silvinho, Ditinho Saravá,<br />

Oswaldinho, Henrique, Zé Armando, Geraldinho, Zé (irmão do Cal), Marmorato e Pezinho. Agachados - Macarrão, Ademir, Zinho, Deolindo,<br />

Zé Carlos, Gerson, Wagner, Cal, Chico Salisete e Daniel<br />

GRANDES CLUBES DA NOSSA TERRA<br />

Para eles, tudo era uma festa<br />

Era no carnaval que eles<br />

se juntavam para o jogo<br />

entre Homens e Mulheres no<br />

Chapadão do São Geraldo.<br />

Hoje só resta saudade<br />

daqueles bons tempos.<br />

No começo era Ditinho. O Ditinho do<br />

São Geraldo, depois em meio às brincadeiras<br />

dos colegas no São Geraldo, ficou “Ditinho<br />

Saravá”, nome que se transformou em<br />

lenda no futebol amador da cidade por ter<br />

ajudado na fundação da Academia.<br />

Lateral-direito, às vezes primeiro volante,<br />

Ditinho era um dos grandes destaques<br />

da equipe, mostrando força e esbanjando<br />

muita habilidade com a bola nos pés.<br />

“Lembro-me de quando era garoto e, com<br />

os meus amigos, pulávamos em casas para<br />

pegar laranja. Em seguida, íamos vender na<br />

Fonte Luminosa. Com o dinheiro arrecadado,<br />

conseguimos comprar o nosso primeiro<br />

jogo de camisas e eram os uniformes na cor<br />

azul celeste da ADA”.<br />

Querendo ou não, a finada Associação<br />

Desportiva Araraquarense teve uma parcela<br />

de contribuição para o nascimento da<br />

Academia. Com os uniformes, os garotos<br />

puderam desfrutar da bola em seu “Chapadão”<br />

sem se preocupar com o que vestiam.<br />

O passar do tempo levou o uniforme a ter<br />

também o branco com tom avinhado, o que<br />

não perdia o charme.<br />

Luiz Delfino, o Zinho, jogava na meia-direita;<br />

aos 10 anos, frequentava os campos que<br />

havia perto de sua casa se inspirando nos jogadores<br />

dos times da capital e na Ferroviária,<br />

Docão, juiz dos rachas no Chapadão e nome<br />

lendário do São Geraldo com Rubens Cruz<br />

Em 1968, a Academia<br />

foi campeã da Segunda<br />

Divisão vencendo o<br />

Flamengo na disputa<br />

de pênaltis com Osmar,<br />

Sita, Cláudio Botina,<br />

Durvalino, Ditinho e Zé<br />

Armando; agachados -<br />

Bino, Zinho, Oswaldo,<br />

Serginho e Noé.<br />

O goleiro Osmar<br />

defendeu dois pênaltis<br />

cobrados por Tonhão,<br />

ex-Ferroviária e<br />

Palmeiras<br />

pois acompanhava os jogos na Fonte Luminosa.<br />

Atuou pelo Santana e foi campeão juvenil.<br />

Em 1966, jogando no Bandeirantes, foi convidado<br />

a participar da Academia.<br />

“Sem dúvida, a Academia tinha um time<br />

muito bom, o melhor em que eu joguei. A<br />

amizade criada desde aqueles tempos permanece<br />

até hoje e é sempre bom reencontrar<br />

velhos amigos. Ainda jogo bola com o<br />

Noé (ex-atacante da Academia) até hoje”.<br />

E o ano mais marcante daquela geração,<br />

sem dúvidas, foi o de 1968, quando a<br />

Academia explodiu na cidade.<br />

46


Em 1970, a Academia assustava a cidade<br />

com seu futebol: Marião, Talha, Tônho,<br />

Ditinho Saravá, Zé Armando e Vavá;<br />

agachados: Português, Zinho, Bagunça,<br />

Deolindo e Zé Carlos<br />

Naquele ano, a Academia disputou<br />

o Torneio Início e a divisão de acesso ao<br />

Campeonato Amador. Além da equipe sãogeraldense,<br />

participaram dos dois torneios,<br />

Flamengo de Vila Furlan, Ipiranga, IV Centenário,<br />

Bandeirantes, Bela Vista e Internacional<br />

da Vila Velosa. Pelo Torneio Início, a<br />

Academia não tomou conhecimento dos<br />

adversários e foi campeã sem contestação:<br />

aplicou 3x0 na final contra o Ipiranga, jogo<br />

disputado no Estádio Municipal que estava<br />

lotado.<br />

“Naquela época, fosse no Chapadão ou<br />

no Estádio Municipal, em todos os jogos as<br />

pessoas compareciam. Era algo impressionante,<br />

coisa que não acontece mais hoje<br />

em dia em Araraquara. Foi bom ter vivenciado<br />

tudo aquilo naquela época, onde havia<br />

mais amor e respeito”, detalha Zinho.<br />

Com o fim do torneio, as atenções ficaram<br />

voltadas para o Campeonato de Acesso<br />

ao Amadorzão. O técnico Dumont era quem<br />

comandava aquela equipe vibrante e cheia<br />

de vontade rumo ao sonhado título para a<br />

Primeira Divisão. Sem novidades, o time e<br />

da Academia manteve a regularidade durante<br />

todo o campeonato e chegou à final<br />

contra o Flamengo de Vila Furlan, segundo<br />

colocado do campeonato. Das tradicionais<br />

decisões que aconteciam no Municipal,<br />

esta foi realizada na Fonte Luminosa, casa<br />

da Ferroviária.<br />

47


Delfino, Dito, Pezinho, Noé, Mário Corne<br />

e Ditinho Saravá, reunidos num agradável<br />

reencontro que aconteceu em janeiro a<br />

convite da Revista Comércio & Indústria<br />

O FIM DE UMA ERA<br />

Eles se reencontram<br />

muitos anos depois<br />

Da safra dos anos 60 e 70,<br />

muitos dos atletas ainda<br />

continuam a residir no bairro;<br />

por este pedaço de chão se<br />

apegaram e lembram de<br />

antigas histórias.<br />

Mario Corne, goleiro da Academia, sentiu<br />

a pressão que era disputar uma final<br />

do Amador com casa cheia e justamente<br />

contra o bom time do Flamengo. “Quando<br />

cheguei na boca do túnel e olhei a arquibancada,<br />

virei para o Dumont<br />

e falei para colocar o Osmar<br />

(reserva) no meu lugar. Comecei<br />

a ficar trêmulo”, relembra<br />

o ex-arqueiro. Apesar do nervosismo,<br />

ele foi de extrema<br />

importância à equipe no decorrer<br />

do campeonato, com<br />

defesas importantes.<br />

Outro fato peculiar foi do<br />

atleta que jogou duas partidas<br />

no mesmo dia: de manhã<br />

daquele domingo, José Noé<br />

da Silva, o Noé, jogou futsal;<br />

à tarde disputou a final pela<br />

Academia. “Na partida de futsal,<br />

joguei 60 minutos; depois<br />

90 minutos, mais prorrogação<br />

e pênaltis contra o Flamengo”, relembra o<br />

ex-atacante.<br />

No início do jogo final, o Flamengo saiu<br />

na frente e o placar foi se mantendo até metade<br />

do segundo tempo, até que Zinho foi<br />

decisivo. “O Dumont havia acabado de fazer<br />

uma substituição, colocando o Cal no jogo.<br />

Ele deu o passe para mim, após um cruzamento<br />

da direita, fintei o marcador e chutei<br />

forte para empatar o jogo. A decisão ainda<br />

não tinha terminado para nós”, conta Zinho.<br />

Nivaldo Silva, o Cal, ainda era um dos<br />

mais novos do time. Com apenas 17 anos,<br />

já sentia a pressão que era um Campeonato<br />

Amador. “Entrei no segundo tempo e consegui<br />

Cal, em sua sapataria, recorda a passagem que teve pela Academia<br />

48<br />

dar o passe para o gol do Zinho. Foi naquele<br />

ano que entrei na Academia e saí de lá com<br />

dois títulos”, relembra o sapateiro.<br />

E a decisão se encaminhou para os pênaltis.<br />

Sita, que era um dos jogadores mais<br />

experientes da Academia, foi o primeiro a<br />

cobrar, mas acabou errando, deixando o<br />

restante da equipe apreensiva. Em seguida,<br />

foi a vez de Tonhão, o mesmo que jogou na<br />

Ferroviária, e depois no Flamengo. Ele desperdiçou<br />

a cobrança. Com um placar mirabolante,<br />

2x1, a Academia do São Geraldo<br />

sagrou-se campeã e conseguiu o direito de<br />

disputar o Campeonato Amador de 1969.<br />

Infelizmente, a vida da Academia foi<br />

curta na Divisão Especial. Com outros objetivos<br />

profissionais, alguns foram deixando a<br />

equipe por falta de tempo e trabalho, outros<br />

foram ficando desmotivados: o time não foi<br />

mais o mesmo, encerrando as atividades<br />

em 1970.<br />

HOMENS X MULHERES<br />

Apesar de sua contribuição para o futebol<br />

amador da cidade, a Academia inovou<br />

no bairro do São Geraldo. Em tempos de<br />

carnaval, os jogadores se reuniam para realizar<br />

a partida entre Homens x Mulheres, na<br />

qual alguns atletas se vestiam de mulher e<br />

disputavam o jogo.<br />

“Antes de cada partida, a gente marcava<br />

um ponto de encontro e saíamos juntos em<br />

uma espécie de desfile pelas ruas até chegar<br />

no Chapadão”, relembra Zinho. Após os<br />

jogos, a confraternização continuava com<br />

churrasco. Mesmo após o término da Academia,<br />

os amigos adotaram<br />

aquilo como um encontro<br />

anual e virou tradição do bairro<br />

por mais de 20 anos, durando<br />

até o fim dos anos 80.<br />

Os anos se passaram e<br />

o que fica é a recordação. A<br />

tradição que os bairros têm,<br />

com suas festas típicas, foi<br />

acabando. Isso foi se perdendo<br />

com o tempo e é algo monótono<br />

hoje em dia. O amor<br />

ainda é vago do que já foi nos<br />

tempos áureos de infância<br />

e do nosso futebol alegre e<br />

cheio de graça em que a cidade<br />

nos proporcionou com<br />

muita graça.


49


REVISTA<br />

COMÉRCIO<br />

INDÚSTRIA<br />

e agronegócio<br />

Dicas para você decorar, construir ou<br />

reformar sua casa, seu escritório ou empresa,<br />

tanto faz. Aqui terá sempre reportagem<br />

trazendo as grandes novidades e tendências,<br />

com muito bom gosto, para sua obra ou<br />

decoração. Profissionais qualificados e<br />

produtos de última linha, fazem de sua<br />

escolha um motivo a mais para deixar seu<br />

espaço ainda mais elegante e moderno.<br />

Aprecie!<br />

Substituir a madeira por uma<br />

estrutura metálica vale a pena?<br />

A utilização de estruturas<br />

metálicas em substituição ao<br />

madeiramento de telhados na<br />

construção civil começa a<br />

ganhar corpo em Araraquara.<br />

Quem anda pelo Vale do Sol verá que<br />

um conjunto de casas populares já<br />

utilizou estruturas metálicas para receber<br />

as telhas, uma prática que vem sendo<br />

ampliada consideravelmente. Isso faz<br />

parte da preocupação em preservar o<br />

meio ambiente, o que está cada vez mais<br />

constante na vida de todos nós e isto reflete<br />

também na construção civil. Seguindo<br />

a tendência, vêm se tornando bastante<br />

comum a utilização de estruturas metálicas<br />

em substituição ao madeiramento de<br />

telhados na construção de casas. A medida<br />

visa preservar o meio ambiente, agilizar<br />

obras e reduzir custos.<br />

De acordo com pesquisas, para cada<br />

casa são utilizadas cerca de 3,18 árvores<br />

originadas de reflorestamento ou 5,3<br />

de origem nativa, portanto, se ocorrer<br />

a substituição pela estrutura metálica, o<br />

meio ambiente agradece, além de ser uma<br />

alternativa economicamente viável que<br />

garante a qualidade da obra e contribui<br />

diretamente com a sustentabilidade<br />

ambiental.<br />

QUEBRA DE PARADIGMA<br />

Poucas pessoas pensam em utilizar<br />

telhados com estrutura metálica, por<br />

desconhecimento ou por acreditar que<br />

o telhado feito de materiais de ferro ou<br />

metálico seja mais caro. Mas, esse tipo<br />

de telhado pode compensar e muito pela<br />

durabilidade, enquanto o de madeira,<br />

nem tanto, pois está sujeito a cupins e<br />

às variações de temperatura.<br />

Outro fator que deve ser levado em conta<br />

é a questão de que madeira boa custa<br />

mais caro, além da questão ambiental.<br />

Já o telhado de ferro não está sujeito a<br />

tanta variação de preço, porque é um<br />

produto fabricado, fácil de encontrar e que<br />

ainda pode ser reciclado. Assim como na<br />

mão-de-obra, geralmente o serralheiro<br />

(trabalha com ferro) tem melhor preço que<br />

o carpinteiro (trabalha com madeira).<br />

A madeira usada exige tratamentos<br />

químicos para assegurar a durabilidade<br />

e os produtos, se manipulados de forma<br />

inadequada, podem contaminar o meio<br />

ambiente; o metal também precisa de<br />

tratamento, mas no caso, contra ferrugem.<br />

VANTAGENS:<br />

Minimiza a derrubada de árvores, imune<br />

ao cupim; redução de entulho; equipe<br />

reduzida e especializada; maior precisão<br />

no planejamento.<br />

50


51


Conheça o decorado do<br />

Quattro e você vai se encantar<br />

com a beleza e as vantagens<br />

de morar em uma das<br />

áreas mais privilegiadas<br />

de Araraquara.<br />

EMPREENDIMENTO<br />

O lançamento do<br />

Quattro<br />

A 50 passos do Parque Infantil<br />

é lançado um dos mais<br />

importantes empreendimentos<br />

imobiliários de Araraquara,<br />

o Quattro, com 16 andares e<br />

apartamentos que apresentam<br />

ampla suíte, uma vaga na<br />

garagem, varanda gourmet,<br />

academia, salão de jogos e<br />

muito conforto.<br />

José Maria, Marcos e João Henrique, equipe administrativa da Avelar Couto<br />

Suíte no decorado<br />

A arquiteta Marcela Silva Fornazari assina o belo projeto<br />

do Residencial Quattro<br />

A copa anexada à cozinha no Quattro,<br />

segue padrões de modernidade para<br />

mostrar que a felicidade pode ser<br />

encontrada tal como nos grandes<br />

centros do país<br />

O empresário Paulo<br />

Avelar e esposa<br />

Mércia<br />

O decorado do Quattro já demonstra a beleza e o<br />

aconchego do apartamento. Vale a pena conhecer,<br />

na Rua Padre Duarte, 2481<br />

52<br />

Para morar ou investir, o Quattro é um<br />

empreendimento que surge com alta<br />

valorização no mercado regional


53


54


Residência de Agenor Pereira, que foi gerente do Banco do Brasil, um dos lindos projetos arquitetônicos nos anos 50 bem no centro da cidade<br />

OUTRO LADO DA MODA<br />

Contraste leva cidade a viver o<br />

grande boom da arquitetura<br />

A cidade se transforma em um grande<br />

espaço para projetos arquitetônicos;<br />

localidade geográfica é um dos trunfos<br />

para a construção civil no momento.<br />

Como seria Araraquara 60 anos atrás?<br />

Por fotos, é difícil comparar com o<br />

que é hoje. Boas residências no centro<br />

da cidade não existem mais, sendo<br />

tomada por centros comerciais ou<br />

prédios verticais. Porém, os números<br />

foram se expandindo cada vez mais e<br />

os profissionais da área da arquitetura<br />

ganharam espaço nos últimos anos.<br />

Podemos considerar um ‘boom’ da<br />

arquitetura araraquarense com os mais<br />

sofisticados residenciais e prédios, que<br />

começam a invadir os bairros nobres.<br />

Um dos principais objetivos que<br />

a arquitetura demonstra para a<br />

humanidade, é melhorar a qualidade de<br />

vida das pessoas, objetivando planejar,<br />

projetar e desenhar nos espaços urbanos<br />

aqui presentes. O trunfo de Araraquara<br />

é sua localização, por estar em plena<br />

expansão, ainda mais com o terreno<br />

plano em que se situa. Muitas pessoas<br />

acompanham de perto o seu crescimento<br />

e ficam deslumbrados de como a cidade<br />

se transformou.<br />

Outro fator que contribui para o setor,<br />

é o envolvimento da tecnologia com a<br />

arquitetura, possibilitando aplicações<br />

práticas, atrelando também a questão<br />

social brasileira e econômica. Tudo isso<br />

faz com que o trabalho de um arquiteto<br />

seja pensado, calculado e planejado de<br />

forma brilhante e primorosa, sem erros.<br />

SEGUE<br />

55


O QUE ELES PENSAM<br />

Retrato em preto e branco da<br />

nova arquitetura na cidade<br />

Toda cidade tem um Plano<br />

Diretor que hoje é movido pela<br />

tecnologia; da mesma forma a<br />

arquitetura, ainda que muitos<br />

profissionais optem pelos<br />

traços inicialmente a lápis.<br />

O plano é que estabelece<br />

princípios, diretrizes e normas,<br />

visando o bem-estar da<br />

cidade.<br />

“A tecnologia para arquitetura, hoje, seria<br />

apenas um complemento. Eu não conseguiria<br />

criar um projeto diretamente em um<br />

computador. Eu começo através do lápis e<br />

papel”, conta o arquiteto e idealizador do<br />

projeto do Teatro Municipal “Clodoaldo Medina”,<br />

Chico Santoro, que trabalha há mais<br />

de 40 anos com esboços e traços sem se<br />

preocupar com os softwares que auxiliam a<br />

arquitetura.<br />

Em termos profissionais, a cidade cresceu<br />

muito. Na época, muitos arquitetos<br />

trabalhavam fora da função. Valter Logatti<br />

trabalhava com obras públicas, Paulo e<br />

Nelson Barbieri tinham um escritório, Pedro<br />

Morábito e Arnaldo Parlamone eram autônomos.<br />

A cidade não tinha a população que<br />

tem hoje, mas já possuía profissionais de<br />

grande classe.<br />

“Araraquara é privilegiada, pois sempre<br />

teve planejamento. Em 1971 foi aprovado o<br />

Plano Diretor da cidade. Antes, por volta do<br />

século XX, já se discutia o plano urbano da<br />

cidade. Em 2005, o plano foi reformulado, o<br />

que nos favoreceu muito”.<br />

O sistema econômico capitalista criou<br />

uma visão crítica da sociedade, que na verdade<br />

era para ser reavaliado com a industrialização,<br />

sendo semelhante ao que acontece<br />

com a Revolução Industrial. “Na época,<br />

a cidade era um tentáculo. Com o regime<br />

capitalista, criaram-se barreiras econômicas<br />

e ficou algo mais técnico. Os governantes<br />

têm sua parcela neste cenário”.<br />

Ao contrário do que muitos pensam,<br />

Santoro vê como ponto negativo a construção<br />

demasiada de escritórios em bairros<br />

considerados nobres na cidade. “Por exemplo,<br />

o Jardim Primavera, próximo à Arena<br />

Chico Santoro, experiente profissional que ainda anda pelos projetos através dos traços a lápis,<br />

sem contudo dispensar a tecnologia em seus trabalhos. É um estilo conservador.<br />

56<br />

da Fonte Luminosa, deveria ser preservado.<br />

Com relação à altura e volume, é um bairro<br />

horizontal. Como ele foi projetado através<br />

de seu terreno, é um corredor verde. Tem<br />

árvores, gramas, quintais, etc. Não sou a favor<br />

de expandir para algum tipo de comércio<br />

naquela área, muito menos verticalizá-lo. Os<br />

moradores de lá são contra isso”.<br />

Hoje, prédios comerciais acabam sendo<br />

uma grande necessidade, pois a cidade<br />

possui uma real demanda para isso. Apesar<br />

dessa expansão, aparecem os problemas viários,<br />

com transporte coletivo e mobilidade<br />

urbana. “O único caminho que tem ligação<br />

para o bairro na região norte, que seria para<br />

o Selmi Dei, por exemplo, é a Maurício Galli.<br />

É um grande problema. A ideia de se criar<br />

anéis viários é um investimento muito alto,<br />

mas daria um grande alívio para a viabilidade.<br />

Pode chegar ao ponto de Araraquara ter<br />

engarrafamentos gigantescos”, conta o arquiteto<br />

Fernando Malfará.<br />

Vindo de Catanduva e na cidade há 28<br />

anos, Malfará já se considera um araraquarense<br />

e sempre analisa a cidade em qualquer<br />

lugar que passa. “Hoje poderia se explorar<br />

mais centros de convivência e lazer.<br />

Seria de bastante interesse aproveitar mais<br />

a lateral da Chácara Flora, na mata nativa,<br />

para criar áreas de caminhadas, algo mais<br />

voltado para as famílias. Seria algo muito<br />

bonito”.<br />

Procedente do interior de Minas Gerais,<br />

Dagmar Bizzinotto respira arquitetura desde<br />

quando cursava USP. Começou estagiando<br />

na própria faculdade e, depois de formada,<br />

foi professora da UNESP. Com passagem<br />

pela prefeitura de São Carlos, cuidando da<br />

parte de planejamento urbano, possui seu<br />

escritório em Araraquara desde 1991.<br />

Fernando Malfará


Dagmar Bizzinotto<br />

“Comecei a desenhar à mão. Hoje aprimoramos<br />

com o uso do computador. Temos<br />

que olhar com bons olhos isso. Todo ano<br />

tem feiras que apresentam novos materiais<br />

voltados para o benefício do arquiteto. Se<br />

pararmos para olhar anos atrás, você percebe<br />

que muita coisa aconteceu e de bom”.<br />

Dagmar vê como positivo o crescimento<br />

da cidade e ressalta a importância do<br />

apoio que a Prefeitura Municipal tem dado<br />

à cidade no surgimento de novas empresas.<br />

“Araraquara sempre manteve um formato<br />

urbano e muitas novas empresas acabam<br />

querendo ingressar na cidade. Com a mudança<br />

no Plano Diretor, é possível fazer<br />

condomínios verticais de quatro ou cinco<br />

andares. O município está se empenhando<br />

para a cidade não ficar saturada, cuidando<br />

das suas redes de água, esgoto e energia.<br />

Às vezes consegue, outras não”.<br />

Além disso, áreas verdes e de lazer<br />

dentro dos condomínios são facilmente encontradas<br />

hoje em dia graças à sustentabilidade<br />

ambiental. “Atualmente, a pessoa<br />

busca muito contato com o verde através<br />

dos condomínios horizontais. Os moradores<br />

querem mais segurança para as suas famílias<br />

e é algo recorrente em todo o país”.<br />

Engenheira? Eu sou arquiteta!<br />

Renata Barbugli trabalha há 18 anos no<br />

ramo e vê o crescimento profissional, mas<br />

ainda é duvidoso para algumas pessoas<br />

sobre o que realmente o arquiteto faz. “O<br />

arquiteto hoje é bastante procurado. Todo<br />

mundo que pensa construir ou reformar<br />

procura este profissional. Se comparar com<br />

quase 20 anos atrás, a procura era pequena,<br />

pois as pessoas não sabiam ao certo o<br />

que o arquiteto fazia. Confundiam muito o<br />

arquiteto com o engenheiro”.<br />

Muitas pessoas ainda não sabem qual a<br />

função do arquiteto, o que mostra que ainda<br />

é um mercado pouco explorado.<br />

Sobre a mobilidade urbana, Renata vê<br />

um ponto fraco na Morada. “Muito tem se<br />

discutido, mas pouco se inovou na cidade<br />

pois há questões políticas no Plano Diretor.<br />

Ações automobilísticas foram feitas, mas<br />

para os ciclistas e pedestres pouco mudou”.<br />

Quando surgiu o conceito do condomínio,<br />

a primeira questão levantada foi a<br />

segurança. Mas há outras coisas que os<br />

condomínios proporcionam. Área social comum,<br />

praças, áreas de lazer principalmente<br />

pensando nas crianças. Isso faz com que as<br />

famílias façam a opção por condomínios.<br />

Mecanismos foram criados, como fechar<br />

a cortina ou acender luzes através de<br />

um simples controle, ou até mesmo você<br />

abrir a torneira e ela fechar sozinha. Automação<br />

residencial faz parte do nosso cotidiano.<br />

Um móvel para se colocar uma TV de<br />

tubo já é quase inexistente indo para algo<br />

mais sofisticado apenas para apoiar a TV<br />

LCD com um Home Theater Wi-Fi, embutindo<br />

aqueles fios que ficavam à mostra, incomodando<br />

pois passavam por trás da TV, são<br />

considerações de Renata.<br />

Washington Rosa é formado desde<br />

1977. Na época, no estado de São Paulo,<br />

havia apenas quatro faculdades de Arquitetura.<br />

Seguiu carreira depois de formado<br />

na capital e regressou para Araraquara em<br />

57<br />

Renata Barbugli<br />

Washington Rosa, preocupado com o futuro,<br />

trabalha muito com a sustentabilidade em<br />

seus projetos<br />

1989. Hoje, faculdades são infinidades dentro<br />

do país. “Era uma atividade mais elitista<br />

e hoje está disseminada. O arquiteto é uma<br />

das profissões mais antigas da Terra”, comenta.<br />

Para ele, o arquiteto tem que manter o<br />

seu conhecimento sem deixar que a constante<br />

mudança no nosso cotidiano influencie<br />

em seu trabalho. “Tendência é modismo.<br />

Isso não se aplica para arquitetura. Pode-se<br />

aplicar para a decoração ou durante as estações<br />

do ano. Arquitetura é clássica, coisa<br />

de cinco mil anos e é nisto que tem que ser<br />

baseada”.<br />

Quando o cliente não sabe o que quer,<br />

não tem uma proposta, o arquiteto não consegue<br />

desenvolver o seu trabalho. O cliente<br />

tem que saber o que deseja para que o arquiteto<br />

tenha uma base para criar um projeto.<br />

“É um trabalho em conjunto. Arquitetura<br />

hoje poderia ser muito melhor. Ainda bem<br />

que o homem está acordando para a sustentabilidade,<br />

gerando produtos e serviços<br />

para que garantam o nosso futuro. Hoje, todas<br />

as pessoas são ecologistas”.<br />

Você compra o tijolo para a construção<br />

da sua casa, mas não sabe de onde vem,<br />

como vem, se é queimado no forno, se é de<br />

argila ou usa lenha ilegal. Um arquiteto que<br />

sabe o que é ser sustentável, lhe dará todas<br />

as informações. “Tem arquiteto ganancioso<br />

que não está nem aí. A nova geração de profissionais<br />

está percebendo isso. Você pode<br />

produzir, mas desde que não degrade, isso<br />

é ser consciente”.


TENDÊNCIA <strong>2015</strong><br />

Como foi visto em eventos globais de<br />

Estocolmo e Milão a Xangai, as cores<br />

em tons metálicos vêm tendo um papel<br />

cada vez mais importante no design<br />

contemporâneo.<br />

Substituindo os tons frios azuis e verde dos<br />

últimos anos, uma gama mais quente de<br />

rosas, vermelhos e laranjas vem surgindo,<br />

refletindo uma visão mais positiva em todo<br />

o mundo. Traduzindo essa tendência em<br />

termos de cor para tintas, as pesquisas<br />

apontam para um matiz laranja-acobreado.<br />

Esplêndido por isso só, ele combina<br />

perfeitamente com rosas, neutros, brancos e<br />

demais tonalidades de laranja, além de tons<br />

metálicos, como o dourado, e ainda<br />

cores amadeiradas.<br />

Esta cor reflete e complementa todas<br />

as tendências mais importantes que<br />

identificamos para todo <strong>2015</strong>; calorosa<br />

enquanto atitude, ela representa uma ênfase<br />

renovadora no ato de compartilhar. Ela<br />

representa ainda a beleza natural da terra,<br />

desde tons de barro até matizes brilhantes<br />

de amarelo; tonalidades de pele que ecoam<br />

a interatividade entre os seres humanos e<br />

também as nuances de sépia que lembram<br />

o passado.<br />

É uma cor profundamente e atual que<br />

combina maravilhosamente com o dia-a-dia.<br />

Ela ganha vida quando<br />

combinada com tons rosado,<br />

cor de pele, neutros com<br />

nuances de barro, um<br />

pequeno toque de amarelo<br />

vivo, cores amadeiradas<br />

e é claro, com cobre.<br />

58


59


QUE<br />

FAÇA-SE<br />

A LUZ<br />

Ao usarmos a iluminação de forma<br />

racional, ela nos apresenta uma série<br />

de benefícios<br />

Um bom projeto de iluminação<br />

pode resultar na adaptação da luz<br />

às necessidades específicas de cada<br />

ambiente, permitindo valorizar detalhes e<br />

mesmo esconder pequenas imperfeições.<br />

O ideal é que seja feito na fase de<br />

projeto, evitando futuras limitações<br />

impostas pela construção acabada.<br />

É indispensável a análise das fontes de<br />

luz naturais e artificiais simultaneamente.<br />

A luz natural será protagonista durante o<br />

dia enquanto à noite essa função passa<br />

para fontes de luz artificiais. A iluminação<br />

destas duas fases distintas deve ser<br />

pensada para que a iluminação esteja<br />

sempre de acordo com as necessidades<br />

de cada espaço.<br />

Ao usarmos a iluminação de forma<br />

racional, ela nos apresenta uma série<br />

de benefícios, entre os quais podemos<br />

citar a saúde à vida humana. Dessa<br />

forma, uma boa iluminação faz com que<br />

se eleve o rendimento do trabalho, por<br />

exemplo, gerando uma diminuição dos<br />

erros e acidentes, contribuindo para um<br />

maior conforto, bem-estar e segurança<br />

dos indivíduos que dela dependem na<br />

realização de sãs tarefas diárias.<br />

As lâmpadas merecem um capítulo a<br />

parte por possuírem diferentes tipos de<br />

tonalidades que são determinadas pela<br />

temperatura de cor, proporcionando<br />

conforto visual para o usuário, gerando<br />

ótimos efeitos.<br />

Uma das principais tendências do<br />

mercado da iluminação atualmente<br />

são os L<strong>ED</strong> (diodo emissor de luz).<br />

A tecnologia está cada vez mais<br />

avançada, a qual nos permite iluminar<br />

com baixo consumo energético, boa<br />

durabilidade e eficiência, resultando em<br />

uma ótima relação custo benefício.<br />

Devemos estabelecer a iluminação como<br />

ferramenta imprescindível em qualquer<br />

projeto, colocando como prioridade<br />

as orientações técnicas sugeridas por<br />

profissional capacitado, levando em<br />

conta diversos fatores importantes,<br />

desde a escolha correta de luminárias,<br />

lâmpadas e sistemas a serem utilizados<br />

em cada ambiente a ser iluminado.<br />

60


10<br />

Os designers Jader Almeida, Marcus Ferreira e Fernando<br />

Jaeger dão dicas sobre como escolher os móveis ideais<br />

para espaços reduzidos<br />

DICAS PARA ESCOLHER MÓVEIS<br />

PARA AMBIENTES PEQUENOS<br />

1. Móveis retos funcionam melhor.<br />

“Possibilitam encaixes nos ambientes.<br />

2. Peças suspensas são sempre bemvindas:<br />

elas privilegiam a circulação.<br />

3. A melhor maneira de visualizar um<br />

móvel no ambiente, é simular seu<br />

tamanho real. No chão, demarque as<br />

medidas com jornal. Observe se sobra<br />

área para os outros móveis.<br />

4. Escolha elementos que possam<br />

mudar de lugar, o banquinho que está<br />

na cozinha deve servir para a sala e<br />

para a área de serviço .<br />

5. Pense na decoração alinhada ao seu dia<br />

a dia, e não às ocasiões especiais. “Não<br />

faz sentido uma mesa enorme, que ocupe<br />

metade da sala, para um lugar<br />

onde vivem duas pessoas.<br />

Quando o número de convidados<br />

for grande, improvise”.<br />

6. Em busca de leveza visual,<br />

prefira as peças que misturem<br />

poucos materiais. “Se o ambiente<br />

é pequeno, o ideal é que os<br />

móveis nem sequer sejam<br />

notados”.<br />

O rack e a escrivaninha retos<br />

aumentam o ambiente<br />

Na sala de estar, o espaço pequeno foi<br />

resolvido pelo rack estreito e suspenso<br />

7. Não compre tudo ao mesmo tempo. O<br />

ideal é partir do móvel maior. Os demais<br />

vêm depois, se sobrar espaço.<br />

8. Peças dobráveis e empilháveis são as<br />

grandes aliadas das metragens reduzidas.<br />

Dê preferência a elas, desde que o conforto<br />

e a estabilidade sejam preservados.<br />

“Não adianta ter uma mesa dobrável que<br />

chacoalha durante o uso”, explica Fernando<br />

Jaeger.<br />

9. Tenha poucos móveis. Não cabem o sofá<br />

nem as poltronas? Fique apenas com o sofá<br />

– um que você ame.<br />

10. Opte pela ocupação horizontal, e não<br />

vertical. Quanto menos preenchida estiver a<br />

parede, mais respiro tem a decoração.<br />

61


Split, janela ou p<br />

AR CONDICIONADO<br />

Na hora da comprar, você pode escolher entre um modelo<br />

de janela, split ou ter a mobilidade do aparelho portátil.<br />

Entre essas opções, qual será o melhor ar condicionado<br />

para seu ambiente?<br />

Araraquara possui boas lojas que<br />

comercializam aparelhos de ar<br />

condicionado e se você está realmente de<br />

de olho no preço na hora da compra, o ar<br />

condicionado de janela certamente será<br />

o mais indicado, já que os seus modelos<br />

geralmente custam menos do que um split<br />

ou um ar condicionado portátil. Saiba mais<br />

sobre esse aparelho:<br />

O ar condicionado de janela ainda é<br />

bastante usado, porém vem perdendo<br />

espaço para os modelos split. Deve ser<br />

instalado por meio de uma abertura na<br />

parede do cômodo, onde a parte traseira<br />

do aparelho fica para fora do apartamento<br />

ou da casa.<br />

Hoje, os modelos trabalham com nível<br />

aceitável de ruído e alguns possuem<br />

controle remoto, o que é bem cômodo.<br />

Apesar do bom preço, vale lembrar que o ar<br />

condicionado de janela gasta mais energia<br />

do que o modelo split. Mas, para ambientes<br />

que já contam com o buraco na parede,<br />

o modelo de janela vale a pena, pois a<br />

instalação é simples.<br />

O ar condicionado portátil tem como<br />

grande diferencial o fato desse modelo<br />

poder ser levado para diferentes ambientes<br />

da casa ou do escritório. Além disso, esse<br />

é um tipo de condicionador de ar que não<br />

tem custo de instalação. Porém, você precisa<br />

fazer um furo na janela para conectar um<br />

tubo extensor que faz a troca de ar entre o<br />

ambiente externo e o interno.<br />

O ar condicionado portátil também garante<br />

a renovação do ar, tem pouco ruído e vem<br />

com controle remoto. Vale lembrar que,<br />

apesar da mobilidade, esse tipo de aparelho<br />

é pesadinho – muitos pesam mais de 30kg.<br />

Mas, para compensar, grande parte desses<br />

modelos vêm com rodinhas, facilitando o<br />

transporte.<br />

Mais um ponto para você levar em<br />

consideração é que esse condicionador de<br />

ar deve ser evitado em ambientes grandes.<br />

Além disso, o ar condicionado portátil é<br />

ainda relativamente caro. No entanto,<br />

certamente o modelo portátil é uma ótima<br />

escolha para quem não tem possibilidade<br />

de instalar um ar na parede, seja ele split ou<br />

de janela. Isso acontece, por exemplo, com<br />

62


ortátil<br />

edifícios mais antigos ou se você mora de<br />

aluguel e não pode modificar a estrutura do<br />

cômodo. Neste caso, tem que apelar para<br />

ele mesmo, espantando o calor.<br />

Ar condicionado split<br />

Possui duas partes: uma fica fora do<br />

cômodo (o condensador) e a outra, do lado<br />

de dentro (o evaporador), joga o ar frio no<br />

ambiente. O ar condicionado split reduz o<br />

ruído de operação, pois o condensador é<br />

externo ao ambiente. Além disso, economiza<br />

energia em relação aos modelos de ar<br />

condicionado de janela, principalmente com<br />

os modelos split Inverter, que chegam a ter<br />

até 40% de economia.<br />

Além de ser mais silencioso e reduzir o<br />

consumo de energia, o ar condicionado<br />

split é um aparelho que oferece recursos<br />

bem eficientes. Além da boa temperatura,<br />

grande parte desses condicionadores de ar<br />

vêm com filtros que eliminam as impurezas<br />

do ar, garantindo um ambiente mais<br />

saudável.<br />

Só não se esqueça: a instalação do ar<br />

condicionado split encarece o custo final do<br />

produto, por ser mais trabalhosa e precisa<br />

ser feita por profissionais especializados.<br />

Contudo, o modelo split pode, sim, ser<br />

encontrado com bom preço. E vale também<br />

levar em consideração, que você pode<br />

compensar o alto custo de instalação com a<br />

economia na sua conta de luz.<br />

EM BUSCA DE AR<br />

Como foi dito, a cidade possui um<br />

comércio bem variado de lojas que<br />

vendem aparelhos de ar condicionado.<br />

A própria Associação Comercial tem<br />

feito intensa campanha para que o<br />

consumidor compre no comércio local e<br />

fuja aos riscos da falta de garantia, troca<br />

de aparelhos ou produtos.<br />

63


ONDE MORA O PERIGO<br />

Prédios ao chão<br />

O rastro de abandono deixado<br />

por alguns imóveis na cidade<br />

tem preocupado a população;<br />

prédios como da Cargill e da<br />

falida Encol chegam a assustar<br />

os moradores pois foram<br />

transformados em depósito<br />

de lixo, ponto de consumo de<br />

drogas.<br />

Alvo antigo de reclamações dos moradores<br />

devido ao mato alto, ao acúmulo de entulho e<br />

também a presença cada vez mais constante<br />

de usuários de drogas, o barracão da antiga<br />

Cargil, na Vila Xavier, em Araraquara, virou um<br />

gigante abandonado e problemático. O prédio<br />

está destruído porque sobraram somente as<br />

paredes. Ao redor, lixo e histórias de gente cansada<br />

de esperar por uma solução. Por isso, o<br />

vereador Roberval Fraiz pedirá que o espaço<br />

seja tomado pelo Poder Público com base na<br />

Lei do Abandono.<br />

De acordo com a lei<br />

do Instituto do Abandono,<br />

após a notificação, o<br />

proprietário tem 30 dias<br />

para tomar providências<br />

em relação ao imóvel. No<br />

caso do antigo barracão,<br />

o pedido é para uma limpeza<br />

geral que inclui o mato alto e a retirada<br />

de entulho jogado clandestinamente por carroceiros.<br />

O dono será multado e, se nada for<br />

feito, a autuação pode passar dos R$ 25 mil.<br />

Pelo Instituto, após três anos, o imóvel passa<br />

a ser do Município.<br />

Em janeiro, o Ministério Público em Araraquara<br />

recebeu 16 documentos enviados pelo<br />

vereador solicitando providências em casos de<br />

imóveis que estão se transformando em problema<br />

para a comunidade. Na verdade, disse Fraiz,<br />

eles já foram bonitos e tiveram ótimo aproveitamento.<br />

Hoje, só causam dor de cabeça e colocam<br />

em risco a vida das pessoas de bem.<br />

Roberal Fraiz em busca de soluções para prédios abandonados<br />

Para isso, o parlamentar se baseia na<br />

aplicação da lei do Instituto do abandono.<br />

Todos os casos documentados já passaram<br />

pela parte burocrática, ou seja, seus donos<br />

já foram notificados através do Instituto do<br />

Abandono. No entanto, nenhuma providência<br />

foi dada. Como as notificações não foram<br />

atendidas, os documentos já estão com o promotor<br />

José Carlos Monteiro que abrirá processos<br />

individuais intimando os donos a regularizarem<br />

a situação dos imóveis, como é o caso<br />

da antiga Cargill e também dois esqueletos de<br />

edifícios construídos em meados dos anos 90<br />

pela antiga Encol.<br />

64


NUNCA É TARDE<br />

Uma sala para<br />

PASCHOAL<br />

Dois vereadores decidiram<br />

através de uma peregrinação<br />

pela cidade, encontrar um<br />

espaço onde pudesse receber<br />

as reminiscências de Paschoal<br />

Gonçalves da Rocha.<br />

O historiador e esportista Paschoal Gonçalves<br />

da Rocha faleceu na noite de 19 de<br />

novembro, aos 72 anos. Partiu sem realizar<br />

um desejo, embora dezenas de promessas<br />

tenha recebido ao longo da sua vida: obter um<br />

espaço para transformar em uma espécie de<br />

museu, onde pudesse guardar fotografias que<br />

fazem parte da história da cidade.<br />

Dois meses depois da morte de Paschoal,<br />

o presidente da Câmara, Elias Chediek, e o<br />

vereador Jair Martineli, estão empenhados<br />

em encontrar uma solução para o rico acervo<br />

deixado pelo historiador que sempre viveu<br />

vestido pela humildade.<br />

Paschoal Gonçalves da Rocha<br />

Os vereadores estão avaliando vários<br />

locais para abrigar o material. Entre esses<br />

locais, o mais propício até o momento, é um<br />

localizado embaixo das arquibancadas das<br />

piscinas da Ferroviária, pois oferece melhores<br />

condições para acolher o acervo por estar<br />

localizado no próprio municipal que tem<br />

segurança, fácil acesso, estacionamento e<br />

necessita de pouco investimento para as<br />

adequações. Do lado externo, inclusive, já<br />

existem sanitários para visitantes. “A intenção<br />

agora é conversar com o prefeito sobre<br />

o assunto e agendar uma reunião com autoridades,<br />

clubes e associações que o Paschoal<br />

da Rocha fazia cobertura esportiva,<br />

para viabilizar os recursos necessários às<br />

adequações do novo espaço para a Sala do<br />

Paschoal”, dizem os parlamentares.<br />

Elias Chediek e Jair Martineli reviram o<br />

tesouro perdido de Paschoal Gonçalves da<br />

Rocha. Feliz iniciativa dos dois vereadores<br />

A Sala do Paschoal poderá ser embaixo das<br />

arquibancadas das piscinas da Ferroviária<br />

65


5motivos para você<br />

beber água<br />

livre de calorias”, recomenda a nutricionista.<br />

MAIS<br />

SAÚDE<br />

Saiba que manter uma<br />

garrafinha por perto pode<br />

fazer muito pela sua saúde,<br />

beleza e até o humor!<br />

Veja cinco ótimos motivos para<br />

beber água regularmente:<br />

1 - AJUDA A EMAGRECER<br />

De acordo com a nutricionista funcional<br />

Gabriela Maia, a água é essencial no<br />

processo de emagrecimento. “O consumo<br />

regular e diário ajuda na eliminação de<br />

toxinas através da urina e das fezes, permitindo<br />

que o organismo equilibre suas funções.<br />

Além disso, o organismo pode confundir<br />

fome com sede. Quando sentir aquela<br />

“ fominha” no meio da tarde, beba um<br />

copo de água antes de comer, assim você<br />

se sentirá saciada por mais tempo”, diz a<br />

nutricionista.<br />

2 - MANTÉM PELE, UNHAS<br />

E CABELOS BONITOS<br />

A médica ortomolecular, Lila Valente, explica<br />

que todos os órgãos sofrem com a perda de<br />

líquido corporal. “A pele é o primeiro a sentir<br />

os efeitos da falta de água no organismo.<br />

Avaliando suas características, podemos<br />

Fonte: GNT<br />

perceber se a pessoa bebe água regularmente,<br />

já que casos de desidratação leve já podem<br />

provocar a diminuição do tônus, textura e<br />

elasticidade da pele”, diz a médica.<br />

3 - EVITA INCHAÇO E RETENÇÃO<br />

DE LÍQUIDOS<br />

Se você costuma se sentir inchada, beber<br />

água deve ser um hábito comum como<br />

escovar os dentes: “Bebendo água ao longo<br />

do dia você evita que o organismo retenha o<br />

sódio, grande responsável pelo desconforto<br />

do inchaço”, explica a nutricionista Gabriela<br />

Maia. Ela diz que beber os tais dois litros<br />

de água recomendados também ajuda a<br />

amenizar a celulite. Gabriela também sugere<br />

as águas aromatizadas: “Antes de dormir,<br />

coloque rodelas de limão, laranja, folhas<br />

de hortelã em uma jarra com dois litros de<br />

água, conservando-a na geladeira. No dia<br />

seguinte você terá uma bebida refrescante e<br />

4 - EVITA DORES DE CABEÇA<br />

E MAU HUMOR<br />

Segundo Lila Valente, é preciso, sim,<br />

beber dois litros de água todos os dias.<br />

“Esquecer ou deixar de beber água no dia<br />

a dia pode provocar dores de cabeça,<br />

vômitos, náuseas, diarreias e febre”, diz<br />

a médica. Já Gabriela comenta que a<br />

desidratação leve, causada pela falta de<br />

água diária é mais comum do que<br />

imaginamos. “O simples fato de sentir sede<br />

é um indício que o organismo está com o<br />

estoque de água abaixo do recomendado<br />

e começa a entrar em estado de<br />

desidratação. Por isso, não espere sentir<br />

uma sede desesperada para beber água”,<br />

diz a nutricionista funcional. Estudos recentes<br />

indicam que uma desidratação leve (com a<br />

perda de apenas 1% de água) pode afetar o<br />

humor, provocando até ataques de raiva<br />

5 - PREVINE PROBLEMAS NOS RINS<br />

Quanto menos água uma pessoa bebe,<br />

maiores os riscos das substâncias formadoras<br />

dos cálculos renais se unirem, formando as<br />

chamadas pedras nos rins. Estudos indicam<br />

que quem já sofreu com o problema, mas<br />

aumentou a ingestão de água, é capaz de<br />

reduzir em 60% o desenvolvimento de novos<br />

cálculos nos rins. “A água também ajuda a<br />

hidratar as fezes e eliminar toxinas através<br />

da urina”, justifica Gabriela.<br />

66


67


Por que comer de 3 em<br />

MAIS<br />

SAÚDE<br />

AUMENTA O METABOLISMO<br />

Metabolismo é a quantidade de calorias que<br />

queimamos por dia. Se o nosso metabolismo<br />

for baixo, queimamos poucas calorias, se<br />

for alto queimamos muitas calorias. Então<br />

porque razão comer de 3 em 3 horas<br />

aumenta o metabolismo? Porque, cada vez<br />

que ingerir um alimento, o seu organismo<br />

terá de gastar energia para digerí-lo. Por<br />

essa razão, cada vez que você come, está a<br />

queimar calorias.<br />

EVITA ATAQUES DE FOME<br />

Isto porque quando você passa muitas<br />

horas sem comer, fica cheio de fome, e a<br />

única coisa que busca fazer é comer, sem se<br />

importar se é comida saudável ou não. O<br />

que muitas vezes acontece, é que você acaba<br />

por comer doces ou comidas com muita<br />

gordura (que é o que geralmente muitos<br />

dos cafés e bares têm para vender).<br />

MANTÉM OS NÍVEIS<br />

DE ENERGIA ALTOS<br />

No caso das pessoas que ficam muitas horas<br />

sem comer (como exemplo: caso muito<br />

comum de comer 3 vezes ao dia - pequeno<br />

almoço, almoço e jantar), elas verificam<br />

muitas vezes situações de moleza e cansaço.<br />

Isto acontece porque os seus corpos ficaram<br />

privados de energia durante muito tempo. A<br />

importância da alimentação no nosso corpo<br />

funciona mais ou menos como a importância<br />

do combustível para o automóvel, se não<br />

lhe damos combustível ele não anda e se lhe<br />

pomos um bom combustível ele fica mais<br />

potente. Por essa razão, para nos sentirmos<br />

com mais energia no nosso dia a dia, é<br />

importante comermos de 3 em 3 horas e dar<br />

ênfase à comida saudável.<br />

EVITA A DESTRUIÇÃO<br />

DOS MÚSCULOS<br />

O nosso corpo precisa estar constantemente<br />

a receber aminoácidos (blocos construtores<br />

das proteínas), ou provenientes da<br />

alimentação ou dos nossos músculos.<br />

Quando se come de 3 em 3 horas, o<br />

organismo está constantemente a receber<br />

nutrientes (aminoácidos) para os músculos,<br />

mantendo assim a nossa massa muscular.<br />

Ficando muitas horas sem comer, o nosso<br />

organismo fica privado de receber os<br />

aminoácidos dos alimentos, então vai buscá-los<br />

em nossos músculos. O nosso organismo<br />

entra assim no estado de catabolismo, ou<br />

seja, destruição muscular. As consequências<br />

que advêm disso são: um corpo flácido e um<br />

metabolismo baixo.<br />

MELHOR UTILIZAÇÃO DOS<br />

NUTRIENTES POR PARTE<br />

DO ORGANISMO<br />

Ao alimentar constantemente o nosso corpo,<br />

provocamos um fluxo constante de nutrientes<br />

em doses menores no nosso organismo,<br />

68


Fonte: pesocerto.com.pt<br />

Estudos recentes dizem<br />

que: são necessárias<br />

em média 3 horas para<br />

o nosso organismo<br />

digerir cada refeição<br />

3 horas?<br />

comparando por exemplo com o programa<br />

habitual de 3 refeições ao dia. Isto porque<br />

desta forma (fazer 3 refeições ao dia) cada<br />

vez que comemos, comemos em exagero<br />

(devido a grande fome que temos), e<br />

consumimos mais energia do que a que<br />

precisamos, então como tal, o organismo<br />

vai armazená-la. Essa energia a mais vai<br />

ser armazenada sobre a forma de gordura.<br />

Se comermos mais regularmente ao longo<br />

do dia, isso já não acontece.<br />

DIMINUI O ARMAZENAMENTO<br />

DE GORDURA<br />

Comer de 3 em 3 horas vai evitar que<br />

o seu corpo desencadeie o mecanismo<br />

de sobrevivência, que vai provocar<br />

armazenamento de gordura. Para além<br />

disso, comer frequentemente, faz diminuir a<br />

quantidade de calorias que se consome em<br />

cada uma das refeições, fazendo com que<br />

o organismo utilize toda a comida como<br />

energia para continuar o dia, ao contrário<br />

do que acontece quando comemos<br />

poucas vezes ao dia. Quando ficamos<br />

muitas horas sem comer, depois temos<br />

tendência a comer mais do que o nosso<br />

corpo precisa, então o nosso organismo<br />

vai armazenar parte dessa comida sobre a<br />

forma de gordura, para quando mais tarde<br />

precisar. São informações que contribuem<br />

de maneira significativa para o seu bemestar<br />

o tempo todo, encontrando melhor<br />

qualidade de vida.<br />

69


Sorrir sem medo<br />

A boa higiene bucal pode previnir muitos problemas<br />

Entre os efeitos da má higiene<br />

bucal estão as cáries, a gengivite, a<br />

periodontite e a perda dos dentes.<br />

Felizmente, com os cuidados<br />

apropriados - como a limpeza correta e<br />

regular dos dentes - podemos prevenir a<br />

maioria desses problemas.<br />

Se não limpamos bem nossos dentes<br />

todos os dias, corremos um grande risco<br />

de ter cárie. Seus sinais são aqueles<br />

furinhos visíveis nos dentes,<br />

dor ao mastigar e sensibilidade<br />

ou dor nos dentes.<br />

Quando não retiramos regularmente<br />

os carboidratos da comida e da bebida<br />

que ingerimos, eles permanecem em<br />

contato com os dentes e servem de<br />

alimento para as bactérias responsáveis<br />

pela cárie. A placa começa a se formar<br />

sobre os dentes 20 minutos depois<br />

de comermos; portanto, quem gosta<br />

de beliscar toda hora precisa cuidar<br />

da limpeza dos dentes com mais<br />

frequência, não apenas duas vezes por<br />

dia. Na verdade, essas bactérias estão<br />

praticamente sempre presentes na boca<br />

e a limpeza frequente - além do baixo<br />

consumo de doces - acaba evitando a<br />

formação de cáries.<br />

A boa limpeza dos dentes também<br />

evita que a cárie causada por bactérias<br />

progrida e se transforme em gengivite<br />

ou doença gengival.<br />

A ROTINA RECOMENDADA<br />

DE HIGIENE BUCAL<br />

Mantenha os dentes limpos e sem<br />

cáries seguindo uma rotina regular de<br />

escovação duas vezes por dia e uso<br />

diário do fio dental. Fora isso, vá ao<br />

dentista pelo menos uma vez por ano<br />

para fazer uma limpeza profissional e<br />

uma avaliação geral e assim detectar<br />

os problemas antes deles se agravarem.<br />

Pode ser que o dentista recomende<br />

algum tipo especial de escova, fio dental<br />

ou antisséptico bucal para melhorar<br />

os resultados de sua rotina de higiene<br />

bucal diária.<br />

Check-up: o que é e<br />

Os exames e a idade mais adequada<br />

para começar a se preocupar com isso<br />

70<br />

A maioria das pessoas acredita que fazer<br />

um check-up é apenas se submeter a<br />

uma bateria de exames laboratoriais e<br />

de imagem. Por mais sofisticados, caros<br />

e precisos que sejam, os exames fazem<br />

parte do check-up, mas não são o<br />

check-up em si.<br />

O check-up é uma avaliação da saúde<br />

do indivíduo de acordo com o sexo e<br />

a idade e a relação dele com hábitos,<br />

antecedentes e características individuais,<br />

familiares, ambientais e profissionais.<br />

Trata-se de uma avaliação médica<br />

ampla, que pressupõe a abordagem<br />

pelo especialista dos diversos aspectos<br />

da saúde mental e física do paciente nas


MAIS<br />

SAÚDE<br />

quando fazê-lo<br />

diferentes etapas da vida dele.<br />

A partir dos 30 anos, a maior parte das<br />

mulheres e dos homens encontra-se num<br />

ciclo de vida diferente dos anteriores.<br />

Novas relações sociais, novos interesses,<br />

novas ambições, trabalho, busca pela<br />

estabilidade. É também quando surgem,<br />

embora nem sempre perceptíveis,<br />

sinais de desgaste e degeneração<br />

no organismo, que costumam ser<br />

agravados pelo estresse resultante das<br />

complexidades deste ciclo de vida.<br />

Na ausência de problemas de saúde<br />

que exijam atenção médica periódica<br />

e específica, os 30 anos são a idade<br />

apontada como a mais razoável para a<br />

realização do primeiro check-up. Para a<br />

mulher, caso haja o plano de engravidar,<br />

deve ser acrescentado o check-up prévio<br />

à gestação.<br />

71


VIDA SOCIAL<br />

Saudades do<br />

reveillon vivido<br />

no Clube<br />

Araraquarense,<br />

onde as famílias<br />

se encontraram<br />

envolvidas pela<br />

alegria<br />

Encontro em família:<br />

Nemer Malavolta Júnior,<br />

Amanda, Dayze e<br />

Bárbara<br />

Sandra Regina e Durval Luis Ferreira<br />

Suely Torres Félix, o filho Camilo com a<br />

esposa Daniela e Lúcia Santos<br />

Bárbara e Bruno Fonseca; Martha e Marco Antônio<br />

Lopes; Heloísa e José Alfredo Fonseca<br />

Nadir Paulino e Wilson Tosetto em<br />

evento no Araraquarense<br />

Ana Cláudia Barbieri Ferreira, Gustavo<br />

Affonso, Marcela Ribeiro Santos, Guilherme<br />

Peixoto Ferreira e Juninho<br />

Elaine e Ricardo Alexandre Machado<br />

72


ELEIÇÕES NO CLUBE<br />

Em março serão<br />

realizadas eleições<br />

para a escolha da<br />

nova diretoria do<br />

Araraquarense, um dos<br />

clubes mais tradicionais<br />

do interior.<br />

O atual presidente<br />

Sidney Ferrarezi Júnior<br />

já se manifestou pela<br />

reeleição. O mandato<br />

é de dois anos.<br />

Giuliano Peroni com a esposa Solange e a filha Ana Laura,<br />

durante o evento realizado no Araraquarense<br />

Ariane, Otávio e André Vilas<br />

Boas; Maria Irene, Júlia e Maria<br />

Cristina de Brito<br />

Sérgio Martins Filho ao lado<br />

da maravilhosa Lara<br />

Marcelo Brambilla, Antonella e Michele<br />

Adriana e João Baptista Alves de Oliveira<br />

João Vitor, Fabrício<br />

Saraiva e Cláudia;<br />

Gustavo, Felipe, Paulo<br />

Galvão Reis, Rita Maria<br />

e Dona Zinda<br />

73


NA VITRINE<br />

Nivaldo, Everton, Vanessa e Eva, num encontro dos mais<br />

agradáveis no aconchegante Bamboo<br />

NA ALEMANHA<br />

Tomando chopp num final de<br />

tarde em Frankfurt, Alemanha,<br />

o casal Cláudia-Vilmar Alves<br />

de Lima. O país além de ser a<br />

chamada locomotiva da Europa,<br />

mostra lugares fantásticos. O casal<br />

escolheu um país notável para ver<br />

em algumas cidades, a tradição<br />

medieval. Felicidades.<br />

Equipe de sushi do<br />

Restaurante Bamboo:<br />

Marta Toledo, Deivid<br />

Rodrigues e Renato<br />

Furtado, no preparo de<br />

pratos deliciosos neste<br />

agradável período que<br />

antecede o carnaval. Por<br />

sinal, toda a alegria da<br />

festa mais popular do<br />

Brasil pode ser vivida<br />

no Bamboo: faça a<br />

reserva antecipada da<br />

sua mesa para a gostosa<br />

confraternização.<br />

O LANÇAMENTO DO RESIDENCIAL QUATTRO EM ÁREA PREVILEGIADA DE ARARAQUARA<br />

Celso Haddad, Paulo Avelar e Nicanor, em<br />

lançamento da Avelar Couto<br />

Kleber (Mantovani Imóveis), Paulo (Avelar<br />

Couto), Azzolini e Milton (Grupo Investe)<br />

SINCOMERCIO SE PREPARA PARA<br />

COMEMORAR SEU CINQUENTENÁRIO<br />

O Sincomercio - Sindicato do Comércio<br />

Varejista de Araraquara foi fundado em<br />

1965 para atender empresas do setor<br />

varejista, com a finalidade de dar-lhes<br />

maior representatividade<br />

e trabalhar pela<br />

classe atendendo suas<br />

reivindicações. É filiado<br />

à FECOMERCIO -<br />

Federação do Comércio<br />

do Estado de São Paulo<br />

sob nº 91, desde 11 de<br />

maio de 1965, portanto,<br />

há quase meio século<br />

de lutas em benefício<br />

do comércio. Ao longo<br />

destes anos, também<br />

tem reivindicado<br />

Alfredo Miguel Saba<br />

melhores condições<br />

para o desenvolvimento<br />

do comércio regional, através da batalha<br />

por uma carga tributária mais justa, juros<br />

menores e maiores incentivos por parte dos<br />

governos federal, estadual e municipal.<br />

Isso tudo somado, ainda, à busca de um<br />

melhor relacionamento entre comerciantes<br />

e comerciários. Alfredo Miguel Saba foi o<br />

primeiro Presidente da entidade. Exerceu<br />

dois mandatos de abril de 1965 a abril de<br />

1969. Foi sócio-fundador do Sincomercio.<br />

O lançamento do Residencial<br />

Quattro é o assunto do momento<br />

nos meios imobiliários. nas<br />

proximidades do Parque Infantil, o<br />

empreendimento com 17 andares,<br />

apresenta apartamentos de 47<br />

a 50 m², sendo um dormitório<br />

com suíte, sala, cozinha, lavabo<br />

e varanda goumert, com vaga de<br />

garagem privativa e 2 elevadores.<br />

É importante que você conheça,<br />

pois é ótimo para investir ou<br />

morar com qualidade de vida.<br />

Paulo, Nicanor, Cristiana, Luizinho, Cristina e Fernanda que<br />

fazem parte da equipe de trabalho Residencial Quattro<br />

74


75


ANIVERSÁRIOS<br />

<strong>FEVEREIRO</strong><br />

A diretoria da ACIA cumprimenta todos os aniversariantes<br />

DATA NOME EMPRESA DATA NOME EMPRESA<br />

01/02<br />

01/02<br />

01/02<br />

01/02<br />

01/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

02/02<br />

03/02<br />

04/02<br />

04/02<br />

05/02<br />

05/02<br />

07/02<br />

07/02<br />

07/02<br />

08/02<br />

09/02<br />

09/02<br />

10/02<br />

10/02<br />

10/02<br />

11/02<br />

11/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

12/02<br />

13/02<br />

14/02<br />

14/02<br />

14/02<br />

Edson Vicente da Costa<br />

Gilberto Aparecido Durante<br />

Mara R. G. A. Laroca<br />

Marcelo de Paula Alves<br />

Adriana Cristina V. Bertolucci<br />

João Aparecido Vicente<br />

Cristiane Fernandes Machado<br />

Marcos Miguel Pierri<br />

Walter Silva Fraga<br />

Juliano Karam Mascaro<br />

Osmar Manfre<br />

Adão de Paula Trindade<br />

Mauricio Cândido Lopes<br />

Walter Logatti Filho<br />

Sênia Mori<br />

Firmino Fernandes de Freitas<br />

Antônio Parelli Filho<br />

Valdecir Claudinei Bachi<br />

Celso V. dos Santos R. Júnior<br />

Antonia de Rizzo da Matta<br />

Valter Merlos<br />

Carlos Nei Viola<br />

Maria Aparecida Veiga<br />

Ademir Ramos da Silva<br />

Fabrício Papini Fornazari<br />

Emerson Fabiano Leite<br />

Ali Omar Rajad<br />

Nanci Sinabucro Dakuzaku<br />

Francisco Carlos Carrascossa<br />

Rosa Marli Galiano Damito<br />

Edesio Silveira Rios<br />

Ana Maria Romano Bortolozzo<br />

Reinaldo Dias de Lima<br />

Leonardo Pavoni Filho<br />

Carlos Alberto Pizzicara<br />

Álvaro José Magdalena<br />

Evandro Lucas Yashuda<br />

Ione de Lucca Morvillo<br />

Osvaldo Gomes da Silva<br />

Joalheria Jóias Nova<br />

Fabrica da Imagem<br />

Panificadora Jóia<br />

All Equip<br />

Depósito de Pedras São José<br />

SR Ferragens<br />

Nubafo Churrasqueiras<br />

Seek Informática<br />

Rádio Brasil FM<br />

Buffet Karam<br />

Konsult<br />

Walmar Funilaria e Pintura<br />

Pallas<br />

Logatti<br />

Senia Modas<br />

Ótica Thiago<br />

Auto Eletro Carlão<br />

Açoval<br />

Grupo Rocha Consórcios e Automação<br />

Ótica Araraquara<br />

Provac<br />

Carneval<br />

New Look - Clínica de Beleza<br />

Aluminio Fort Lar<br />

Papini Multimedia Arts<br />

Mercafrios<br />

Rajab Engenharia<br />

Sorveteria Biju<br />

Mecânica Auto Peças Carrascossa<br />

Mercearia Peixaria Brasilia<br />

Alinhamento Araraquara<br />

Panificadora Bortolozzo<br />

Montreal<br />

Copav Indústria de Móveis<br />

Rodocap<br />

Magdalena Imóveis<br />

Farmácia Bandeirantes<br />

MMC Morvillo Materiais p/ Construção<br />

Depósito Astro Armarinhos<br />

14/02<br />

15/02<br />

15/02<br />

15/02<br />

15/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

17/02<br />

18/02<br />

18/02<br />

18/02<br />

18/02<br />

19/02<br />

19/02<br />

19/02<br />

20/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

21/02<br />

22/02<br />

22/02<br />

22/02<br />

22/02<br />

23/02<br />

24/02<br />

25/02<br />

25/02<br />

26/02<br />

26/02<br />

27/02<br />

27/02<br />

27/02<br />

28/02<br />

28/02<br />

28/02<br />

Antônio Messias de Lima<br />

Débora Capi M. Rodrigues<br />

Márcio Antônio Brambilla<br />

Dirceu José Rigolin<br />

Vanderlei de Paula<br />

Grasiela Caetano<br />

Maurício Botelho Alves<br />

Maria Ap. Leonardi Assumpção<br />

Leda Maria Zenatti<br />

José Roberto Placco Rodriguez<br />

Maria José S. C. Rodrigues<br />

Cristina Dahab Monteacultti<br />

Ilda Scotton Sylvestre<br />

Fernando Affonso Giansante<br />

Orildo Paulino Basegio<br />

Wlademir Carlos B. Rodrigues<br />

Salma Maria Colombo Bermudez<br />

Rui Atanásio Fernandes Lopes<br />

Marlene da Costa Tucci<br />

José Anésio Pavão<br />

Alberto Sadalla Filho<br />

Haroldo Franzin<br />

José Roberto Sedenho<br />

Mauro S. Shinzato<br />

Osvaldo Leme da Silva<br />

Liliana Aufiero<br />

José João Jordão Junior<br />

Carlos Alberto Tampellini<br />

Luis Amadeu Sadalla<br />

Leila Regina Garitta<br />

Eduardo Bueno Govatto<br />

Fernandes Guzzi Netto<br />

Manoel Messias das Neves<br />

Adelcio Carlos Magrini<br />

Sílvio da Silva Junior<br />

Vanessa de Souza Juliani<br />

Luiz Eduardo Joioso<br />

Ivan Roberto Fucci<br />

Extintores Avanço<br />

Sagrado Coração de Jesus<br />

BR Assessoria Contábil<br />

Drogaria Nossa Senhora das Graças<br />

Tita Eletrocomerciais<br />

Valmag<br />

Serralheria Botelho<br />

Panificadora Jóia<br />

Casa de Carnes Edinho<br />

Morada do Sol Corretora de Seguros<br />

Souza Rodrigues e Lisboa Advogados<br />

Montseg Seguros<br />

Scott´s Moda Jovem<br />

Agropecuária Affonso Giansante<br />

Porto Alegre<br />

Escritório São Paulo<br />

Varejão São José<br />

Auto Posto Vaz Filho / Auto Posto Caravan<br />

Foto Tucci<br />

Master Café<br />

Comfort Hotel<br />

New Standard Software / Opa Dist.<br />

Transterra de Araraquara<br />

Plasitiban<br />

Leme Comercial<br />

Lupo<br />

Lotérica Integração<br />

Gemarge<br />

Comfort Hotel<br />

Remo Garitta - Jóias e Relógios<br />

W& Financeiro<br />

Escritório Gaspar<br />

Bar e Mercearia da Lourdes<br />

Aquarela Tintas / Decolores Tintas<br />

Potier Noivas - Atelier de Alta Costura<br />

Naju Modas<br />

Marmoraria Art Tec<br />

Pão da Terra<br />

Estamos colaborando<br />

na construção de uma<br />

grande cidade<br />

IESACR<strong>ED</strong><br />

Cooperativa de Crédito<br />

76


O advogado Iran<br />

Carlos Ribeiro<br />

(Sincomercio) e<br />

Reinaldo Dias de<br />

Lima, diretor da<br />

Montreal Magazine,<br />

em evento realizado<br />

na cidade. Ambos<br />

têm importante<br />

participação na vida<br />

comercial da cidade:<br />

Iran é advogado<br />

do Sincomercio e<br />

Reinaldo, à frente da<br />

Montreal, contribuem<br />

com geração de<br />

empregos e divisas<br />

ao município.<br />

Paulo César Conceição (consultor de vendas) e Edilson<br />

Reami (gerente comercial), da Embracon em nossa cidade<br />

Valéria Moreira, do Serviço Social<br />

da Lupo e a diretora presidente da<br />

empresa, Liliana Aufiero<br />

Jorge Bastos (doutor em transportes<br />

pela USP), Elke Hermans<br />

(pesquisadora professora doutora,<br />

do Institut Voor Mobiliteit, da<br />

Universidade Hasselt, da Bélgica) e<br />

Coca Ferraz, no bulevar da<br />

Nove de Julho<br />

77


Luís Carlos<br />

B<strong>ED</strong>RAN<br />

Sociólogo e articulista da Revista<br />

Comércio & Indústria de Araraquara<br />

Carnaval<br />

- Minha idade quase que já não me permite mais recordar tanto os inúmeros carnavais<br />

que passei -, dizia-me seu Argemiro, do alto dos seus oitenta ou noventa e tantos<br />

anos, cuja idade era um mistério e propositadamente a deixava em suspenso para<br />

que o seu interlocutor ficasse a dar tratos à bola e a imaginar qual seria a verdadeira.<br />

Mas, lúcido ainda, restava-lhe apenas assistir ao carnaval pela TV, vendo o desfile<br />

das escolas de samba em São Paulo, no Rio de Janeiro e os trios elétricos da capital<br />

baiana. Esforçava-se para não cochilar e até mesmo roncar, ao som de um batuque<br />

insistente, hipnótico, monocórdico, com uma cantoria que não conseguia decifrar,<br />

certamente porque estava ficando cada vez mais surdo.<br />

Entretanto, ainda enxergava bem o velho, que não se conformava com a chatice<br />

monótona do desfile, uma profusão de plumas e paetês, tão tedioso e previsível como<br />

o carnaval de todos os anos anteriores.<br />

- No meu tempo, tudo era bem diferente -, insistia ele. E eu dava-lhe corda,<br />

porque, como se sabe, conversa de velho também é previsível, a repetir sempre o<br />

mesmo chavão “no meu tempo”, como se os carnavais do passado tivessem sido<br />

melhores do que os atuais.<br />

E continuava: - As marchas, ah! as marchas, quanta saudade! A gente decorava<br />

todas as letras, “O Pé de Anjo”, “Dá Nela”, “Prá Você Gostar de Mim”, “Com que<br />

Roupa”, “AEIOU”, “O Teu Cabelo Não Nega”, dos anos 20 e 30; “Mamãe Eu Quero”,<br />

“Camisa Listrada”, até as mais recentes de 40, 50 e 60, “Tomara Que Chova”, “Lata<br />

D’água”, “Confete”, “Noite dos Mascarados”, “Tristeza”...<br />

- A gente brincava o carnaval, tanto na rua, no corso, quanto no salão. Tudo<br />

era muito ingênuo, pulava-se para valer. Todo mundo conhecia as letras das músicas<br />

dos grandes compositores, Noel Rosa, Joubert de Carvalho, Ary Barroso, David Nasser,<br />

Lamartine Babo, Benedito Lacerda. Quantos namoros começavam e terminavam<br />

nos três dias de Momo!<br />

Ele não queria entender, ou fingia que não entendia, quando eu argumentava que<br />

nada era ingênuo, puro, sem malícia. Pois era só prestar atenção nas letras, de dúbio<br />

sentido. Afinal, carnaval é a festa da carne, do sexo, em todos os tempos, desde o<br />

início com o “Zé Pereira” e o “Abre Alas”, nos fins do século 19.<br />

Na verdade acho que ele já estava caducando mesmo, confundindo o ardor de<br />

sua juventude, com os carnavais do passado, porque, como se sabe, a juventude<br />

sempre foi, é, e sempre será bela.<br />

Mas não há nada como o axébund, o funk, a letra e a música das escolas de<br />

samba, que as mentes mais jovens conseguem decorar! Isso é que é carnaval, com<br />

o desfile das mulheres de peitos erguidos, enfrentando corajosa e espontaneamente<br />

a multidão e a TV!<br />

O carnaval do início do milênio é o da descoberta do genoma, o dos homens<br />

musculosos e o das mulheres perfeitas que fariam inveja a Hitler se fossem arianos.<br />

Que passado, que nada!<br />

Todas imponentes, lindas, de peitos erguidos, desafiando a lei da gravidade. Mulheres<br />

produzidas em série, liberadas e não aquelas como as do passado, que não<br />

deixavam entrever nada, nem mesmo ficando mais soltas na folia.<br />

É verdade que o silicone ajudou. Mas quem se importa? Já se antevê, para um futuro<br />

não distante, a absoluta decadência do sutiã, uma lingerie démodé, uma antiga<br />

peça íntima da indumentária feminina fadada ao desaparecimento completo. E se as<br />

próprias jovens já foram vacinadas, por que não as peruas?<br />

Viva o carnaval, viva o silicone!<br />

78


Nova clínica com mais especialidades<br />

para atender bem Araraquara.<br />

Responsável técnico: Dr. José Carlos Lucheti Barcelos CRM nº 81.223<br />

• 8 consultórios médicos<br />

• sala de cirurgia ambulatorial<br />

• salas de pré-consulta e enfermagem<br />

• recepção e sala de espera confortável<br />

• laboratório de análises clínicas<br />

e eletrocardiograma<br />

Com mais uma clínica em funcionamento, a São Francisco Saúde amplia o atendimento<br />

especializado aos seus associados.<br />

São mais 18 especialidades médicas para atendimento eletivo por agendamento. A clínica<br />

foi projetada para facilitar consultas e proporcionar maior comodidade, conforto e<br />

atenção aos pacientes. Na clínica, o paciente tem acompanhamento geral da saúde<br />

pelo seu prontuário eletrônico, compartilhado por todos os médicos especialistas.<br />

• cardiologia • cirurgia cardíaca • cirurgia geral • cirurgia plástica • cirurgia vascular • clínica geral • dermatologia<br />

• endocrinologia • gastroenterologia clínica infantil • gastroenterologia clínica adulto • geriatria • ginecologia<br />

• nutrição • otorrinolaringologia • pediatria • proctologia • psicologia • psiquiatria<br />

saúde<br />

0800 777 90 70<br />

www.saofrancisco.com.br<br />

Rua Joaquim Alves, 56 - Jardim Primavera. Informações e consultas: (16) 2108-6202 / 2108-6203<br />

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