Informativo Terra Verde 2016
Revista do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS – SIMERS / Expointer 2016
Revista do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS – SIMERS / Expointer 2016
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DE OLHO NO MERCADO EXTERNO<br />
Perspectivas para o Mercado Exportador de<br />
Máquinas e Implementos Agrícolas do RS em 2017.<br />
O ano de <strong>2016</strong> está acabando e as indagações para o ano de 2017 já estão em pauta. Quais<br />
serão os mercados internacionais possíveis para a indústria de máquinas e implementos agrícolas<br />
do RS em 2017? Essa pergunta está na mesa e a resposta é difícil, entretanto. temos algumas<br />
indicações que o mercado se encaminha para aqueles países que já sabemos onde estão, mas<br />
poucas indústrias os trabalham de forma adequada.<br />
No ano de <strong>2016</strong>, com o apoio do Programa Exporta RS e Afrochamber, mapeamos 23 mercados<br />
para serem trabalhados pelo projeto de exportação do SIMERS, o Food for All, nos próximos 36<br />
meses. Esses mercados estão localizados na América do Sul, Central, Caribe e África. Alguns<br />
desses mercados são extensivos, outros intensivos, outros de base pecuária, outros com foco no<br />
plantio e praticamente todos deficientes em mecanização. São todos mercados distintos entre<br />
si e necessitam ser entendidos de forma individual sob pena de perda de tempo e dinheiro. Não é<br />
possível vender toda a linha de produtos para esses mercados mas pode-se agregar alguns produtos<br />
em alguns nichos de mercados específicos. Onde estão estes nichos? Eis a chave do cofre.<br />
As indústrias terão que sair a campo para entender e conseguir montar esse quebra cabeças.<br />
Nenhum desses mercados tem o tamanho do mercado brasileiro mas o conjunto deles pode produzir<br />
um resultado significativo para uma pequena ou média indústria de máquinas e implementos<br />
agrícolas do Rio Grande do Sul. Neste exato momento (início de dezembro) o projeto Food For All se<br />
encontra no Chile e Peru e por aqui temos dois mercados muito específicos na pecuária, avicultura,<br />
frutíferas, madeira, dentre outros segmentos. A geografia desses dois países em particular é<br />
desértica, andina e amazônica e as necessidades são peculiares, quem tiver o entendimento correto<br />
dessas necessidades e desenvolver ou fornecer máquinas e implementos adequados tende a sair<br />
na frente dos que simplesmente pretendam vender as máquinas prontas do portfólio.<br />
Nas teorias de estratégia de entradas em mercados internacionais, disponíveis em livros de<br />
estratégia e posicionamento internacionais, temos a estratégia de entrada com foco em produto e<br />
a estratégica de entrada com foco em mercado. São estratégias distintas e pensadas de maneira<br />
diferente. Quem escolhe a primeira estratégia tenta vender o produto que é produzido na indústria e<br />
está disponível no portfólio, quem opta pela segunda estratégia questiona o mercado e desenvolve<br />
o produto tendo a informação de mercado como base. Não existe estratégia certa ou estratégia<br />
errada, existe estratégia adequada para cada mercado, e a estratégia adequada é aquela que vende<br />
e traz resultados financeiros para as empresas.<br />
A questão é entender esses mercados e oferecer aquilo que eles realmente necessitam para<br />
solucionar problemas e não aquilo que se deseja vender, esse conceito é importante. Desta forma,<br />
independente da estratégia, sai na frente quem estiver em campo conversando com os clientes<br />
e trazendo pra dentro das indústrias as necessidades destes clientes, isso vale para o mercado<br />
interno e também para o mercado externo.<br />
Neste resumo não existe a pretensão de responder a pergunta cerne que intitula essa reflexão<br />
mas é possível dizer sem medo de errar que a melhor ação é estar nos mercados questionando<br />
aqueles que movimentam na prática esses mesmos mercados, que são os clientes importadores<br />
e distribuidores de cada país mapeado. Quem fizer isso com método, determinação e regularidade<br />
vai conseguir os resultados que tanto busca. Que 2017 seja pleno em negócios internacionais para<br />
todos nós!<br />
Eduardo Teixeira – Consultor Internacional do SIMERS,<br />
Gestor do Food for All e Professor de Comércio Exterior da Faculdade Ftec Porto Alegre/RS