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É

AGOSTO A NOVEMBRO DE 2018

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É

PROGRAMAÇÃO DE

AGOSTO A NOVEMBRO

DE 2018

E RECEITAS COM

PLANTAS ALIMENTÍCIAS

NÃO CONVENCIONAIS

COMEDORIA

SESC POMPEIA

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Em 2016, o Experimenta! – Comida, saúde e cultura,

evento que agrupou oficinas, palestras, intervenções e

vivências em alimentação em todas as unidades do Sesc,

abraçou também o projeto Comer é Panc, no Sesc Pompeia,

trazendo ao palco profissionais de diversas áreas para falar

de Plantas Alimentícias Não Convencionais - Panc. O ciclo de

palestras atraiu não só frequentadores da unidade, que estão

sempre em busca de novidades, mas também um público já

introduzido no assunto, sedento por mais informações.

Atualmente, o melhor aproveitamento dos recursos

alimentares que a terra nos dá, evitando desperdícios, já

é uma preocupação de cozinheiros, chefs e pesquisadores

de várias áreas. Vivemos um momento em que, no mundo

todo, se busca a autonomia nas escolhas alimentares como

um processo político de liberdade e soberania. Enquanto

não for possível cultivar localmente e colher ao menos

parte do que se come, além de introduzir ingredientes

pouco valorizados pelo mercado na dieta do dia a dia, essa

opção representará um ato de resistência ou um primeiro

passo para se livrar da dependência da agricultura de

grande escala e da indústria alimentar, que hoje tomam

mais espaço do que deveriam na nossa mesa.

É indiscutível que espécies vegetais comestíveis são

ótimas fontes de vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos.

Pesquisas recentes revelam que o consumo de frutas e

hortaliças no Brasil, e em vários países, é muito inferior

ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

As famílias brasileiras vêm consumindo mais açúcar,

refrigerantes e alimentos ricos em gorduras saturadas

e carboidratos refinados. Além disso, cerca de 90% do

alimento consumido no mundo vem de apenas vinte

espécies vegetais, com poucas variedades. Com isso,

assistimos a um empobrecimento da dieta não só nas

grandes cidades, mas também nas zonas rurais, com

carência de nutrientes encontrados apenas nos vegetais.

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Enquanto isso, a flora comestível, que poderia tornar nossa

dieta mais variada e rica, está por toda parte, muitas vezes

crescendo espontaneamente sem precisar de cuidados,

dispensando regas e defensivos tóxicos.

Vários autores propõem que o número de vegetais com

partes comestíveis no mundo gira em torno de 30 mil

espécies. Nos países tropicais e subtropicais, principalmente,

a biodiversidade tem um potencial alimentício ainda maior a

ser pesquisado.

Se essas espécies mais rústicas e perenes não fossem

negligenciadas ante espécies comerciais frágeis, que exigem

muita água e agrotóxicos, e ainda se perdem no transporte,

teríamos um sistema alimentar mais justo e comida para

todos. E se, além disso, pudéssemos combater o enorme

desperdício de alimento entre o campo e a mesa, com

aproveitamento integral dos recursos vegetais e de partes e

estágios de maturação não convencionais, poderíamos pensar

em um mundo sem fome.

Para nos mostrar exemplos a serem seguidos e abrir um

espaço para reflexão, convidamos, para esta edição do

projeto, pesquisadores que, em suas zonas de atuação,

convergem para um mesmo desejo: que todos possam comer

do bom, do mais diverso e do melhor. Teremos estudiosos

que abordarão temas como as plantas tóxicas e possíveis

confusões, a correta identificação das plantas, as Panc em

hortas comunitárias e no ambiente escolar, e até um micólogo

que falará sobre Cogumelos Alimentícios Não Convencionais

– Canc, que mais se aproximam do mundo vegetal que do

animal. Estarão presentes profissionais como Miles Irving

(ING), Paola Carosella e Diego Prado (ESP), entre outros.

Neide Rigo

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AGOSTO

DIA 8, QUARTA,

ÀS 20H30

Cássia Coelho

USO DE PANC NA COZINHA

MINEIRA DE ORIGEM

CAIPIRA

Embora a eleição de ícones culinários que formaram a ideia

de cozinha mineira não tenha dado importância ao uso das

Panc, um grande número delas sempre fez parte da culinária

de origem caipira no estado de Minas Gerais. Durante mais de

dez anos à frente do Festival Igarapé Bem Temperado, Carlos

Oliveira Stan mostra que espécies consideradas hoje como Panc

foram identificadas nos quintais de cozinheiras tradicionais e

reverenciadas como as principais guardiãs desse conhecimento.

Ele fala de algumas das espécies, tecendo reflexões a respeito

da importância desse patrimônio vivo da cultura popular.

com CARLOS OLIVEIRA STAN – curador e organizador

do Festival Igarapé Bem Temperado, Minas Gerais.

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Cássia Coelho

Divulgação

AGOSTO

PLANTAS TÓXICAS

Para saber o que comer com segurança, é importante conhecer

o que não se deve comer. A produção de toxinas é um recurso

das plantas para se defender de animais e microrganismos.

Muitas espécies de plantas representam riscos de intoxicação e

alergias para humanos e animais domésticos, como a mandiocabrava,

a mamona, a espirradeira, o jequiriti, a urtiga e a aroeira.

com ANTONIO SALATINO – professor doutor pelas

universidades do Texas e da Georgia (EUA), pesquisador

sobre Química e Atividade Biológica do Própolis e de Plantas

medicinais, além de autor de mais de 130 artigos científicos.

DIA 22, QUARTA,

ÀS 20H30

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RECEITA

GRÃO-DE-BICO INDIANO

COM PANC DO JARDIM:

Refogue cebola e alho no óleo de coco, adicione canela,

cúrcuma, páprica, cominho, cardamomo e pimenta

caiena. Acrescente legumes de sua preferência e

cozinhe-os até que fiquem macios. Adicione o grãode-bico

previamente cozido e leite de castanhas até

apurar. Finalize com coentro, manjericão e taioba.

Acerte o sal e sirva.

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Marcel Verrumo


SETEMBRO

Divulgação

CANC - COGUMELOS

ALIMENTICIOS NÃO

CONVENCIONAIS

Os cogumelos têm se mostrado como uma inesgotável fonte

de substâncias de interesse econômico e biotecnológico,

especialmente nas áreas da saúde, alimentos e ambiente. Esses

organismos estão na natureza nos mais variados locais e realizam

diversas funções ecológicas. Além disso, muitas espécies têm

chamado a atenção pelo potencial de serem comestíveis e

apresentarem propriedades medicinais e nutricionais.

com MARCELO SULZBACHER – doutor em Biologia

de Fungos pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

DIA 5, QUARTA,

ÀS 20H30

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Divulgação

DIA 19, QUARTA,

ÀS 20H30

TEATRO*

*retirada de

ingressos

a partir

das 19h30,

na bilheteria

SETEMBRO

Divulgação

USO DE PANC EM

RESTAURANTES -

RESPONSABILIDADE

AMBIENTAL E SOCIAL

A chef Paola conta sobre a experiência bem sucedida do seu

restaurante Arturito com a introdução de espécies convencionais

e não convencionais produzidas por agricultores da própria

capital. Ela mostra como a construção de uma parceria sólida

com uma cooperativa de produtores agroecológicos urbanos

não só beneficiou o cardápio do restaurante, como também

melhorou a alimentação dos funcionários.

com PAOLA CAROSELLA – chef e proprietária do

restaurante Arturito e do café de empanadas La Guapa. É jurada

do reality show Master Chef, do canal de televisão Bandeirantes.

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Marcel Verrumo


Marcel Verrumo

RECEITA

PURÊ DE CARÁ DO AR

Cozinhe os carás com casca. Escorra e as descasque, ainda

quente, amassando ou passando pelo liquidificador com

um pouco de leite de arroz, castanhas ou amêndoas. Doure

alho e ervas frescas a gosto em azeite de oliva. Acrescente

o purê de cará, acerte o sal e deixe reduzir até ficar macio,

mas ligeiramente firme. Sirva quente ou frio como guarnição

ou entradinha com torradas.

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OUTUBRO

DIA 10, QUARTA,

ÀS 20H30

Divulgação

A IMPORTÂNCIA DE SE

PLANTAR PANC NAS

HORTAS UNIVERSITÁRIAS

Em São Paulo, principalmente nas regiões mais centrais

da cidade, existem algumas hortas comunitárias que

foram feitas em espaços públicos como praças, pequenos

canteiros e dentro de alguns parques. Esses lugares têm

se caracterizado por serem abrigos de muitas Panc e

estimularem as pessoas a se alimentarem de maneira mais

diversa, sustentável e saudável.

com THAIS MAUAD – médica patologista e professora

associada de Medicina da USP, voluntária da horta comunitária

da FMUSP e coordenadora do grupo de estudos em Agricultura

Urbana do Instituto de Estudos Avançados da USP.

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Divulgação

Divulgação

OUTUBRO

É DE COMER? QUAIS

OS CUIDADOS PARA

IDENTIFICAÇÃO CORRETA

DE UMA PANC

Com a popularização das Plantas Alimentícias não

Convencionais, aumentou também o interesse por

encontrá-las em parques, praças e quintais. Nesta

conversa, André explora possíveis caminhos para

potencializar o aprendizado e alguns cuidados para

evitar acidentes.

com ANDRÉ BENEDITO – biólogo, gestor de

projetos, professor e autor de livros de botânica pela Baobá

Consultoria Florestal.

DIA 11, QUINTA,

ÀS 20H30

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OUTUBRO

DIA 17, QUARTA,

ÀS 20H30

Divulgação

RESTAURANDO A CONEXÃO

HOMEM E NATUREZA

Com o passar dos anos e a vinda do homem para a cidade,

aumentou a distância entre humanos e plantas selvagens.

Miles compartilha seus quase 20 anos de trabalho com plantas

selvagens e conta como ele vem ajudando a criar um movimento

que incentiva a reconexão com esse hábito ancestral.

com MILES IRVING (ING) – autor do livro “Forager

the Handbook” e fundador da Forager LTDA, empresa que

trabalha com Panc profissionalmente desde 2002.

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Divulgação

Divulgação

OUTUBRO

PLANTAS SILVESTRES E

SEU VALOR GASTRONÔMICO

O espanhol fala sobre suas pesquisas com plantas

selvagens do renomado centro de culinária Basco, onde

trabalhou no catálogo das espécies nativas da região,

criando um elo com plantas de outros continentes.

com DIEGO PRADO (ESP) – responsável pelo Basque

Culinary Center e por toda a pesquisa feita no centro sobre

Panc e plantas selvagens.

DIA 18, QUINTA,

ÀS 20H30

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OUTUBRO

DIA 24, QUARTA,

ÀS 20H30

Divulgação

O USO DE PANC LOCAIS

NO RESTAURANTE E

SUSTENTABILIDADE

O desperdício de alimentos é um problema global e gera

muitos questionamentos. Douglas revela como coletar Panc

sem desperdícios, defendendo o uso consciente para um

cardápio variado e sem a utilização de combustível, plásticos

e embalagens.

com DOUGLAS MCMASTER (ING) – chefe do

restaurante Silo, em Brighton, na Inglaterra. É autor do livro

“The Silo Blueprint” que trata do desperdício de alimentos

na cadeia alimentar.

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Divulgação

Divulgação

OUTUBRO

PANC NO DIA A DIA, ALÉM

DA NUTRIÇÃO

A redescoberta das Panc, além de ampliar o repertório

alimentar, trouxe a possibilidade de atender questões

urgentes, como sustentabilidade, biodiversidade,

agroecologia e soberania alimentar.

com IRANY ARTECHE – nutricionista, consultora,

professora e mestre em fitotecnia. Implantou a merenda

agroecológica nas escolas públicas estaduais do Rio Grande

do Sul. É idealizadora do Projeto Panc junto à Organização

das Nações Unidas e Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento - ONU/PNUD.

DIA 25, QUINTA,

ÀS 20H30

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RECEITAS

GELEIA DE CASCA

DE PITAIA ROXA

Lave os frutos maduros e corte as protuberâncias (pontas)

da casca. Retire a polpa (fatie e use uma colher) para ser

consumida ou utilizada em outras receitas (ex: salada de

frutas). Pique a casca e triture com um pouco de água.

Adicione metade de açúcar cristal (em relação ao total da

massa triturada). Mexa constantemente em fogo baixo até

atingir o ponto de geleia cremosa. Use para coberturas de

bolos, recheios e caldas de pudins.

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Marcel Verrumo


NOVEMBRO

RECONHECIMENTO DE PANC

NO ESPAÇO URBANO

- PANCNACITY

Mesmo nas grandes cidades, em espaços concretados, plantas

comestíveis nascem nas frestas do cimento. Neide vai apresentar

quais são as principais PANC encontradas pelo caminho durante

as atividades do seu projeto Pancnacity - expedição pelas ruas

do bairro City Lapa com o propósito de mostrar aos participantes

como reconhecer, identificar, colher e transplantar estas espécies.

E, claro, como cozinhar algumas delas.

com NEIDE RIGO – nutricionista. Por 20 anos escreveu sobre

comida para a revista Caras e há sete anos é colunista do Caderno

Paladar do jornal O Estado de São Paulo. Foi ainda curadora do projeto

Comer é Mais durante três anos, no Sesc Belenzinho.

DIA 21, QUARTA,

ÀS 20H30

Filipe Rau

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Filipe Rau

ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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CURADORIA

CONSULTORIA

INTERNACIONAL

RECEITAS

ILUSTRAÇÕES

REVISÃO

NEIDE RIGO

CESAR COSTA

EXTRAÍDAS DO LIVRO PLANTAS ALIMENTÍCIAS

NÃO CONVENCIONAIS (PANC) NO BRASIL, DE

VALDELY FERREIRA KINUPP E HARRI LORENZI

INSTITUTO PLANTARUM — www.plantarum.com.br

MARTINA FLORES

HELOISA MUBARACK

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verso da capa

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Sesc Pompeia

Rua Clélia, 93 - São Paulo

tel. +55 11 3871.7700

/sescpompeia

sescsp.org.br

prefira o transporte público

sescsp.org.br/transportepublico

Barra Funda 2.000m

CPTM Água Branca 800m

ou Barra Funda 2.000m

Terminal Lapa 2.100m

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