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PLACES TO HIDE
Cada um de nós necessita de um lugar para estar sozinho, para pensar, recarregar e relaxar - até crianças.
Enquanto algumas pessoas pensam que um pré-escolar num esconderijo será motivo de alarme, a pesquisa feita pela Dra. Kim Corson,
professora assistente de psicologia educacional da Penn State Behrend sugere o contrário.
“O segredo e o esconderijo tendem a ter uma conotação negativa para os adultos que muitas vezes associam essas palavras
com vergonha ou engano” afirma a doutora. No entanto, para crianças pequenas, esconder e segredo são palavras positivas.
Corson queria examinar segredos criados a partir de pensamentos e experiências de crianças, concentrando-se em esconderijos e
rapidamente descobriu que “eles [as crianças] vêem os esconderijos como algo mágico e associam os segredos que eles criam
com felicidade e qualidades positivas”. Ao entrevistar mais de 100 crianças entre os 3 e 5 anos, a doutora concluiu que “todas as
crianças tinham pelo menos um esconderijo para utilizar quando queriam estar sozinhos”, deixando-a surpreendida ao encontrar
provas de pensamento complexo sobre privacidade e segurança nos esconderijos escolhidos. “Mais do que quererem um lugar
para estar sozinhos, eles queriam estar seguros”, afirmou. “Eles reconheceram prontamente isso, dizendo-me quais lugares
não seriam seguros para se esconderem ou como eles criavam limites invisíveis que os protegeria, e manteria os adultos fora
do seu espaço pessoal”. As crianças afirmaram utilizar os esconderijos para pensar, ler, escrever, brincar com animais de estimção
e para lidarem com emoções, afirmando também que recorriam aos esconderijos quando estavam zangadas ou chateadas ou apenas
se queriam distanciar das pessoas - o que se reflete no que os adultos também fazem.
“Jovens ou não tão jovens todos temos razões individuais, sociais e coletivas para ter os nossos espaços privados e lugares
escondidos, em qualquer forma que estes possam ser” concluiu a doutora.
- Análise da Dra. Kim Corson sobre Places To Hide, publicada no site da Benn State Behrend em 2016
JULIAN
SCHULZE
- O que esperas que o público veja dos teus projetos?
“Quero deixar todos com perguntas sobre as fotos que publico; a
criação de uma história é mais desenhada a partir da definição de
uma imagem.”
- Que alguns conselhos podes dar para qualquer pessoa conseguir
capturar a foto perfeita?
“Pega na tua câmara e leva-a para todos os lugares - encaixa tudo
em qualquer ponto, pois nunca saberás quando é a situação certa.
É essencial. Examinar imagens que tu gostas é motivador, e pode
dar-te um impulso inspirador de originalidade mental, engenhosidade
e visão.”
-Entrevista por Rachel Oakley
LOST AT ET MINOR, 2015
Nascido em Hannover e atualmente
vivendo em Berlim, é considerado um
fotógrafo focado no género abstrato
e surreal da fotografia.
Tem um gosto peculiar por cores
ousadas bem como de combinações e
composições de cor; “Eu gosto das
coisas simples da vida quotidiana”.
A sua arte foca-se em abstração geométrica
composição minimalista,
estando a demonstrar uma variedade
de métodos que poderiam ser usados
para criar um sentimento abstrato relativamente
aos seus projetos.