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RCIA - ED. 175 - FEVEREIRO 2020pdf

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ÍNDICE

EDIÇÃO N°174 - JANEIRO/2020

CAPA

Monobloco Auto Center

NEGÓCIOS

Receita do sucesso

CENTENÁRIO

100 anos depois

PODER DA MULHER

A Tenente Coronel comanda

88 10

16

22

Empresário Paulo de Queiroz usa

tecnologia de ponta para colocar

seu carro no caminho certo

Heribert Schmidt, da Bild, analisa

as tendências do mercado

imobiliário em Araraquuara

Orlando Pires, último pracinha de

Araraquara completou 100 anos

de vida com muita festa

Kátia Regina Firmino Christófalo,

primeira mulher a comandar a

Polícia Rodoviária no Estado.

Ciesp

06|A boa notícia: Licenciamento

Ambiental, nova liminar beneficia

sócios do Ciesp

Exportação

14|Queda na exportação de sumos

de frutas em 2019 acaba

refletindo em Araraquara

Trânsito

20|Mortes no trânsito na cidade

em 2019, são consideradas

estáveis na cidade

Comemoração

26|Ten. Cel. Adalberto José Ferreira

comenta os números registrados

no ano passado

Toninho Junquetti assume o 22 de Agosto

Cadeiras de Rodas

Com a demissão do presidente

Mário Frigero Júnior, o “Juca” no

22 de Agosto, um dos clubes mais

conhecidos na região de Araraquara,

o vice-presidente Antonio Junquetti,

assumiu o cargo recentemente.

Durante muito tempo, Toninho

Junquetti foi tesoureiro da Associação

Comercial e Industrial de Araraquara,

decidindo deixar a função na última

reeleição de José Janone Júnior. Em

março, o 22 de Agosto vai ceder suas

instalações para a realização de um

show com Chitãozinho e Xororó.

Toninho

Junquetti

Unidade de Saúde no Victório de Santi

Junquetti sempre foi considerado um

participante ativo da comunidade e

muito respeitado pela lisura com que

desesempenha suas funções.

O Rotary Club de Araraquara Carmo

segue com seu projeto pioneiro que é

o Banco de Cadeiras de Rodas, ideia

já exportada para uma infinidade de

países. A gênese da ideia é a filantropia

através da cessão de Cadeiras de Rodas

comuns, Cadeiras de Banho, Andadores

e Muletas a pessoas que necessitam

destes aparelhos, gratuitamente,

temporariamente e, algumas vezes,

alguns pacientes utilizam-se destas

cadeiras até sua morte. O atendimento é

feito na sede da entidade na Av. Paulo da

Silveira Ferraz, 485, Vila Xavier.

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COLECIONADOR

As camisas de Diego Coxi

30

Só da Ferroviária este torcedor

fanático tem na sua arara mais

de 180 camisas. Fantástico.

EXPANSÃO

Ninguem segura a Unimed

35

Presidente José Paulo Luz Lima

mostra os novos caminhos da

Unimed em Araraquara

DA REDAÇÃO

por: Sônia Maria Marques

É natural, sempre sobe na roda

quem do prefeito precisa

A Câmara Municipal de Araraquara voltou do recesso

tradicional com características diferenciadas, pois os políticos

se preparam para o cumprimento de um último ano de

mandato e a esperança de reeleição em 4 de outubro.

Este quadro formado em 2016 e empossado em janeiro de

2017, foi de fato o mais polêmico dos últimos tempos. Com

altos e baixos deixou a desejar. Não foi a Câmara Municipal

que o eleitorado esperava. Como agora começa a caça aos

votos, o recesso talvez tenha sido bom também para reflexão,

onde cada um raciocinou sobre erros e acertos cometidos.

Independente de siglas partidárias, não houve oposição neste

mandato ficando no campo das discussões apenas o PSDB

e uma parte do MDB, cujas bancadas foram as que mais

insistiram nos debates entre Legislativo e Executivo. Quando

não há debates, perde-se o bonde da história; o Executivo

manda, a maioria do legislativo formada pela situação

aprova e logo cumpre-se o que o governo determina. Falta

no caso a habilidade política.

Ele voltou

32|Grupo que reúne profissionais da

área de recursos humanos

começa a se revitalizar

Sinalização da “Integração”

A Controladoria do

Transporte de Araraquara

(CTA) renovou a

comunicação visual para

os usuários do Terminal

de Integração. Para

facilitar a visualização,

foram instaladas novas

placas informativas,

além da substituição das

já existentes, tanto na

plataforma da Avenida

Portugal quanto na

plataforma da Avenida

São Paulo. O objetivo

das placas informativas

é orientar os usuários

do transporte coletivo.

Elas contêm informações

como “saída”, nome das

Grandes Bandas

54|Juraci Brandão de Paula volta

ao baú do tempo para encontrar

histórias do Musical Sweet Memory

plataformas, sinalizam a

ouvidoria e os banheiros

(masculino e feminino)

para pessoas com

deficiência. As placas

estavam com informações

desatualizadas.

Houve também a reforma

nos banheiros masculino,

feminino e de pessoas

com deficiência, instalação

de piso podotátil nas

duas plataformas,

modernização das cabines

e o novo posicionamento

das cabines com o projeto

de piso podotátil para

pessoas com deficiência

visual e cadeirantes.

É notório o apadrinhamento de interesses individuais, sempre

sem o comprometimento do vereador com o eleitor que

confiou no seu representante para lhe dar o voto. Neste caso

não podemos atribuir responsabilidade ao prefeito, pois neste

caso, o vereador torna-se submisso até por naturalidade

ou necessidade. O voto dado pelo eleitor ao vereador logo

passa do vereador aos interesses do prefeito que nunca são

também os interesses da população. Assim, a política é uma

roda que gira: sobe nela quem do prefeito precisa.

Portal RCIARARAQUARA.COM

Diretor Editorial: Ivan Roberto Peroni

Supervisora Editorial: Sônia Marques

Editor: Suze Timpani

Design: Bete Campos e Érica Menezes

PARA ANUNCIAR: (16) 3336 4433

Tiragem: 8 mil exemplares

Impressão: Gráfica Silkgraf - (16) 3337 8093

A Revista Comércio, Indústria e Agronegócio

é distribuida gratuitamente em Araraquara e região

* COORDENAÇÃO, EDITORAÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE

Atendimento: (16) 3336 4433

Rua Tupi, 245 - Centro

Araraquara/SP - CEP: 14801-307

marzo@marzo.com.br

Nova sinalização

feita no Terminal

Central de

Integração - 20

anos depois

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Licenciamento ambiental:

nova liminar beneficia sócios do Ciesp

Veja também o calendário com as obrigações ambientais das

empresas para 2020

Anualmente, principalmente entre os meses

de janeiro e março, indústrias de diversos

segmentos devem se submeter às diversas

obrigações ambientais previstas na legislação

(veja quadro ilustrativo). Neste período, ao menos

oito atribuições necessárias precisam ser

quitadas junto aos órgãos competentes, evitando

sanções que podem comprometer a produtividade

da empresa.

Além disso, os industriais também são obrigados

a renovarem o Licenciamento Ambiental,

solicitando a nova permissão até 120 antes do

vencimento da licença atual. Para auxiliar os

empresários nessa questão, o Centro das Indústrias

do Estado de São Paulo (Ciesp) e a Federação

das Indústrias do Estado de São Paulo

(Fiesp) obtiveram, em dezembro de 2019, uma

nova liminar na 2ª Câmara Reservada ao Meio

Ambiente do Tribunal de Justiça do Estado de

São Paulo, isentando os seus associados do

pagamento integral do licenciamento.

Em 2015, a Companhia Ambiental do Estado

de São Paulo (Cetesb) promoveu uma revisão

dos valores para a licença ambiental, passando

a cobrar taxas referentes à área total da

empresa. Como resposta, em 2016, o Ciesp e a

Fiesp conseguiram uma primeira liminar de exceção,

com as indústrias associadas pagando

apenas uma taxa referente à área construída

e aos espaços utilizados para atividades ao ar

livre. Em 2019, essa liminar foi cassada, mas

restituída após novos esforços jurídicos das entidades.

Com a última exceção concedida pela justiça,

todo o quadro associativo do Ciesp – Regional

Araraquara poderá renovar o Licenciamento

Ambiental da Cetesb com descontos. Para isso,

é necessário atualizar e apresentar a documentação

que comprova a condição de empresa associada.

“A atualização da taxa ambiental promovida

desde 2015 é abusiva e prejudica diretamente o

setor produtivo estadual. Por isso, brigamos pelo

que é justo e novamente conquistamos uma liminar

que beneficiará os nossos parceiros”, diz Vandir

Pedroso de Almeida, coordenador regional de

desenvolvimento sustentável do Ciesp.

Para mais informações sobre as obrigações

ambientais requeridas ao longo do ano, entre em

contato com o Ciesp – Regional Araraquara (contatos

no fim da página) e solicite o guia oficial sobre

o tema.

Conheça as obrigações ambientais

industriais para 2020

Declaração Anual de Uso de Recursos Hídricos

(DAURH) – até 31/1;

Declaração Anual de Resíduos Sólidos –

até 31/1;

Relatório Anual de Atividades Potencialmente

Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais

(RAPP) – até 31/3;

Relatório de Resultados e Plano de Logística

Reversa – até 31/3;

Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente

Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos

Ambientais (CTF/APP) – até 31/3;

Cadastro Ambiental Estadual – até 31/3;

Relatório do Protocolo de Montreal – até 31/3;

Pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização

Ambiental (TCFA) e Taxa de Controle e Fiscalização

Ambiental (TCFASP) – até o último dia útil de cada

trimestre;

Apresentação do Ato Declaratório Ambiental

(ADA) – até 31/9;

Inventário de Emissão de Gases de Efeito

Estufa – até 31/10;

Programa de Regularização Ambiental (PRA) –

até 31/12.

16 3322 1339

16 3322 7823

CIESP.com.br/araraquara

|6

facebook.com/CIESPararaquara

instagram.com/CIESPararaquara

linkedin.com/company/CIESP-araraquara

ARARAQUARA


EDITORIAL

por: Ivan Roberto Peroni

Os políticos perderam a credibilidade e o eleitor

entendeu que a propaganda eleitoral é na rede social

Eleitos em 2016, os nossos vereadores tiveram três anos para dar satisfação ao seu eleitor

que estava sempre conectado e disposto a cobrar cada passo do seu parlamentar. Neste

período, poderiam ter aprendido que as redes sociais estavam mudando completamente a

relação do vereador com o seu eleitor. Também não entenderam que antes, os políticos só

olhavam para o eleitor de quatro em quatro anos. E que agora, é por minuto.

A Câmara Municipal de Araraquara

voltou do recesso tradicional no dia

14 de janeiro com características bem

diferenciadas das costumeiras, pois os

políticos a partir de agora, se preparam

para o cumprimento do último ano de

mandato e tentam cuidar da esperança

de reeleição em pleito a ser realizado

no dia 4 de outubro.

Este quadro formado para o Legislativo,

eleito em 2016 e empossado em janeiro

de 2017, foi de fato o mais polêmico

dos últimos tempos. Com altos e baixos,

mais baixos que altos, deixou a desejar.

Não foi a Câmara Municipal que o

eleitorado esperava.

Como agora começa a caça aos votos,

o período de recesso talvez tenha

servido também para um tempo de

reflexão, onde cada vereador pôde

raciocinar consigo mesmo – onde errei

e onde acertei.

Independente de siglas partidárias,

é verdade que não houve oposição

neste mandato, ficando no campo das

discussões apenas o PSDB e uma parte

do MDB, cujas bancadas foram as

que mais insistiram nos debates entre

Legislativo e Executivo. É verdade que,

quando não há debates, perde-se o

bonde da história; o Executivo manda, a maioria do Legislativo formada pela

situação aprova e logo cumpre-se o que governo determina. Ponto final.

Falta ao parlamentar além de bom senso, a habilidade política, pois é comum

o apadrinhamento de interesses individuais, sem que o vereador leve à risca

o comprometimento que ele teve com o eleitor que nele confiou ao lhe dar o

voto. Seria um relacionamento de mão única, contudo, o político faz sempre

a opção de duas mãos - ida e volta: vou com o prefeito agora e volto a você

depois.

Não podemos atribuir responsabilidade a um chefe de Executivo em casos

assim. O vereador torna-se submisso ao Executivo até por naturalidade ou

necessidade, porque quer. Ninguém vai lhe obrigar a fazer o que não deseja.

Se isso ocorre vamos ter uma inversão de valores: o voto dado pelo eleitor

ao vereador logo passa do vereador aos interesses do prefeito que nunca são

também os interesses da população. Só existe a ida; a volta jamais.

A questão política podemos comparar à roda que gira; durante três anos essa

roda foi virando e nela foram subindo os favores prestados a cada um; uns

mais outros menos, sem logicamente se ter a totalidade lincada aos gostares

do Executivo.

Daqui alguns meses a roda vai parar e dela descerão os que vão correr atrás

do voto e bem contrário de antigamente, deverão ouvir – não voto mais em

você, apontando-lhe os deslizes. Esta geração de vereadores pela primeira

vez terá como ‘desfavor’ as redes sociais que permanentemente mostrarão

o que cada um fez de certo ou errado. Assim, ninguém poderá dizer que – o

povo não tem memória. As redes sociais deverão lembrar e mostrar...

Feliz daquele candidato que em busca da reeleição, tenha um saldo positivo a

exibir ao seu eleitor, embora nem de todos os agrados feitos por ele sejam na

sua totalidade da apreciação coletiva. Que se preparem os candidatos pois

não haverá ser humano capaz de segurar a língua e os clics do povo.

7|


A tecnologia e profissionais extremamente capacitados pautam o sucesso da empresa na Rua Gonçalves Dias, 1849

REPORTAGEM DE CAPA

MONOBLOCO AUTOCENTER

O melhor caminho para o seu carro

Empresa especializada em alinhamento trabalha com equipamentos importados de última

geração, sendo referência pelo atendimento, presteza e padrão de qualidade.

Em 1997, o empresário Paulo de

Queiroz abre uma pequena oficina

no bairro do Quitandinha. Iniciava-se

então a Monobloco Autocenter. Hoje

com quase 25 anos de mercado, já

consolidada é a empresa que mais

cresce no segmento de manutenção

e produtos automotivos. Com sua

ampla loja, atende desde 2009 na

Rua Gonçalves Dias, 1849 - centro

de Araraquara.

Entre os serviços prestados pela

Monobloco estão mecânica em geral,

venda de pneus, baterias, suspensão,

injeção eletrônica, alinhamento e balanceamento

computadorizado 3D de

última geração. Uma das especialidades

do Auto Center é o alinhamento

técnico estrutural, onde a verificação

periódica destes itens é de suma importância,

pois afetam diretamente

a condução do veículo. Somente a

Monobloco tem equipamentos e ferramentas

adequadas para que os procedimentos

deixem seu carro como

saiu de fábrica.

Paulo de Queiroz

está sempre

acompanhando

os processos

de evolução do

seu ramo de

atividades, o que

dá à Monobloco

a certeza de um

acompanhamento

perfeito em todos

os procedimentos

técnicos

Alinhamento técnico estrutural

é a colocação do seu veículo em

uma mesa para que seja feito o estiramento,

pois devido aos impactos,

seu carro pode empenar, só na

Monobloco seu carro ou utilitário sai

com medidas padronizadas, para que

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Somos uma empresa voltada para

a melhoria continua da qualidade,

dispondo de profissionais capacitados

e equipamentos de última geração.

Assim agindo, consolidamos os nossos

propósitos e agradecemos a todos

que nestes quase 25 anos têm nos

distinguido com sua preferência.

Paulo de Queiroz

Monobloco Auto Center

depois se faça um alimento convencional.

Naturalmente este serviço é

realizado quando o veículo sofre uma

colisão, mas, como carro é parecido

com o ser humano e necessita de

check-up, com o passar do tempo,

o próprio peso do motor ou câmbio,

frenagem, aceleração ou mesmo uma

sobrecarga colocada no porta malas,

pode desalinhar a estrutura veicular.

TECNOLOGIA PRESENTE

Com visão de futuro, a Monobloco

trouxe para Araraquara o alinhamento

por imagem digital de alta definição

alemã Hunteer, que utiliza tecnologia

de ponta para oferecer aos clientes

os vários benefícios do alinhamento

de precisão e alta velocidade, com

maior produtividade. Em rodagens

Acima a Sala de

Espera destinada

aos clientes

que optarem

em aguardar o

atendimento; ao

lado, moderno

sistema de

alinhamento

de direção por

imagem digital

normais, a cada cinco anos realizar

o alinhamento técnico deixará seu

carro como novo.

Na Monobloco você encontra também

atendimento especializado, os

melhores preços em rodas, pneus,

troca de óleo, injeção eletrônica, alternadores

e lâmpadas. Na parte mecânica

os serviços oferecidos também

são completos.

Paulo ressalta que o grande diferencial

da empresa é que ela só trabalha

com equipamentos de última

geração, dando prioridade para os

melhores equipamentos americanos

e alemães que são efetivamente de

ponta. Com profissionais formados e

qualificados, resultando assim, em

um serviço de melhor qualidade, mais

eficiência e menos retorno para retrabalho,

além da garantia de seis meses

em todos os serviços prestados.

Para o conforto do cliente, a Monobloco

atende também com agendamentos

para horários específicos,

além de uma sala de espera vip, climatizada

e com total visão do trabalho

que está sendo realizado em seu

automóvel.

Sem dúvida a Monobloco é o melhor

caminho para o seu carro.

Parte do amplo espaço para assistência técnica aos carros e utilitários

SERVIÇOS MONOBLOCO

Rua Gonçalves Dias, 1849 - Centro

Aberto de segunda a sexta-feira das

7h30 às 18h e aos sábados das

7h30 às 12h

Telefone – 3333.4648

www.monoblocoautocenter.com.br

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Projeto da Bild

na Avenida 36

Heribert Schmidt,

especialista em Novos

Negócios da Bild

Desenvolvimento

Imobiliário

NOVOS TEMPOS

Araraquara está vivendo

dentro do seu tempo

A frase de Heribert Schmidt, especialista em Novos Negócios

da Bild Desenvolvimento Imobiliário, parece definir um cenário

ousado que atende o perfil do consumidor nesta década.

Em janeiro, quando indagado qual

seria a receita para a Bild e a Vitta

prosperarem tanto, o seu gerente de

Novos Negócios, Heribert Schmidt,

parecia ter o discurso pronto: “Ser

uma empresa que foca no bem-estar

social e propõe o maior número de

opções de moradias possíveis. Nossa

atuação não se restringe à venda

e construção de apartamentos, mas

sim, num bem-estar dos nossos funcionários,

bem-estar do meio social

ao qual estamos envolvidos e uma

participação forte em demandas sociais”,

disse ele.

Hoje, nas cidades onde chegam

as empresas do grupo, acontecem

reformas e ampliações de creches

públicas proporcionando melhoria na

condição da educação pública; são

adotadas praças para proporcionar

qualidade de vida, construção de redes

de saneamento básico, adoção

de canteiros centrais de avenidas

próximas aos seus empreendimentos.

Para Heribert, isso reforça como a

presença da empresa é importante e

agrega valor à comunidade. Além disso,

é claro, busca-se sempre entregar

apartamentos com bom padrão de

acabamento, opções de planta e bom

custo, com as melhores condições de

pagamento, diz.

OS INVESTIDORES

Também para Heribert Schmidt,

Araraquara está em um processo

de desenvolvimento muito maduro,

atraindo grandes empresas para a

cidade e região (casos da Jeep, Hyunday,

Havan, Shopping Jaraguá, Burger

King, Lojas Americanas, Smart Fit),

reabrindo a operação de seu aeroporto,

reformando antigos hotéis, e

principalmente, proporcionando uma

excelente qualidade de vida à sua população.

Ele diz que “a cidade possui

grandes áreas verdes espalhadas por

todas as regiões, como parques e praças

e não possui congestionamento

pesado.”

Heribert também explica que com

este crescimento, Araraquara atraiu

a presença do grupo desde o segmento

Minha Casa Minha Vida nas

zonas mais periféricas, através da

Vitta Residencial, até o alto padrão,

nas zonas mais nobres e centrais,

com a Bild. Dentro desta ótica, perguntamos

se não poderia ser criado

um preconceito, com tanta gente

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morando num espaço só. Ele respondeu

de forma bem ponderada:

“Com uma boa atividade industrial,

de agronegócio e comercial na região,

a cidade atrai investidores, trabalhadores

dos mais diversos níveis

e com isso, gera a busca por mais

opções de moradia. A cidade deixa

de ter apenas casas de rua, fruto

dos primeiros loteamentos da cidade,

e passa a proporcionar opções

de condomínios, aonde os nossos

atuam com total infraestrutura de lazer.

Passam assim, a ocorrer diversos

movimentos de demanda por moradia,

sejam em condomínios fechados

de casas ou de prédios. Não acredito

que haja preconceito, acredito que

existam pontos de vista momentâneos

de acordo com o que a cidade

vive”, explica Heribert.

Mas, quando questionado se Araraquara

teria uma cultura diferente

neste caso, ele deixa bem claro: “Observo

que Araraquara não se comporta

diferente, mas sim, está no seu

tempo. Pode-se observar que o centro,

que antigamente era a avenida

Sete de Setembro, hoje migrou para

as ruas São Bento e Nove de Julho,

amanhã, desenha-se para Avenida

36, onde estão saindo os maiores

empreendimentos comerciais e residenciais.

O mercado de casas de rua,

hoje dá mais espaço para os condomínios

fechados com total infraestrutura

de lazer, onde o custo dos itens

são compartilhados e mais baratos

para se manter. Naturalmente, as casas

ficam grandes demais quando os

filhos crescem e dão o passo de irem

morar sozinhos, aí surgem os apartamentos.

São ciclos que cada um vive

em um momento da vida”.

Os espaços estão cada

dia mais sofisticados

e dentro desta

harmonia provocada

pela naturalidade dos

projetos, é que há a

formação de novos

conceitos de moradia

Mais adiante, na sua explanação,

explica que “se observarmos nossa

vizinha Ribeirão Preto, com um mercado

mais amadurecido para apartamentos,

este processo já ocorreu

anos atrás, quando o Campos Elíseos

(em referência à famosa Champs Elysées

de Paris) era uma referência de

bairro na cidade e hoje deu espaço a

outras regiões novas e mais bem servidas

de infraestrutura, vias largas,

como os novos bairros planejados (Jd.

Canadá, Olhos D’agua)”.

NOVAS REGIÕES

Perguntado se é aceitável

o tempo que o empreendedor

tem que esperar

para tirar o projeto

do papel, Heribert resumiu

que hoje vê isso como um

processo arcaico. “Em

plena revolução digital,

ainda imprimimos nossos

projetos em papéis para aprová-los

com o município. Em todas as esferas.

Mas isso não é caso específico

da nossa cidade, mas sim do país.

Infelizmente isso se traduz em burocracia,

perda de tempo e principalmente

demora no desenvolvimento

das cidades, o que é algo

cultural do país. É um atraso que

custa caro todos os dias, em todas

as cidades que atuamos.

Em média, para áreas já loteadas,

aprovamos projetos em 10 meses.

Quando o processo envolve lotear o

terreno para se fazer um condomínio,

leva-se em média 2 anos”, concluiu.

Os jardins formam o tema-base dentro

de uma concepção de qualidade de vida

para quem faz a opção por condomínios

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O USO DA TECNOLOGIA

Surpreso com o avanço da tecnologia

na construção civil, Heribert

confessa que hoje novas técnicas de

construção possibilitam trazer construções

muito mais eficientes e com

custo benefício pensado no consumidor

final. A substituição da alvenaria

convencional para a estrutural por

exemplo, é um avanço enorme da

construção em não utilizar mais pilares

na sua execução, assim como as

paredes de Dry Wall que hoje após

processo de tratamento, possuem

maior resistência até do que as tradicionais

paredes de tijolo. “Isso representa

obras mais leves, mais baratas,

com maior e melhor durabilidade,

além de flexibilizar a ambientação do

imóvel por parte dos adquirentes. São

avanços essenciais da engenharia

tradicional que se refletem em um

valor mais competitivo de venda dos

nossos imóveis”, comenta.

O QUE VEM POR AÍ

A Bild conta atualmente com

duas obras em andamento e outras

duas em início de movimentação.

São elas o Attuale, primeiro lançamento

da empresa na cidade com

apartamentos de 57 e 72m², com

previsão de entrega para abril de

2020. O La Vie, lançado em seguida,

na Avenida 36, possui apartamentos

de 62m².

Em 2018 a Bild entrou no segmento

de alto padrão, lançando o

Monet, próximo ao Parque Infantil,

na Avenida Cristóvão Colombo

com apartamentos de 96 e 124m².

“Após o sucesso de vendas no segmento,

lançamos o L’Harmonie,

outro produto ímpar no bairro mais

nobre da cidade, a Vila Harmonia,

com apartamentos de 70 e 92m².

No segmento Minha Casa Minha Vida,

a outra empresa do grupo, a Vitta Residencial

já atingiu a incrível marca

O verde sempre presente nos projetos da

Bild e da Vitta

em 2019 de lançar seu oitavo empreendimento

desde 2016 atuando na

cidade. São ao todo 2100 unidades

lançadas e 1800 unidades comercializadas,

proporcionando a milhares de

famílias realizarem o sonho da casa

própria, sempre com muito zelo em

preservar o máximo de qualidade de

vida também neste segmento.

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BALANÇA COMERCIAL

Queda na exportação de sumos

de frutas reflete em Araraquara

Principal produto da pauta exportadora encerra o ano com

redução de 46,6% em comparação com 2018

A balança comercial de Araraquara

encerrou o mês de dezembro

com superávit de US$ 53,4 milhões.

Segundo dados da Secretaria do

Comércio Exterior e o Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio

(SECEX/MIDIC), as exportações

somaram US$ 57,5 milhões, e as

importações, US$ 4,09 milhões. Na

comparação com dezembro de 2018,

o saldo representa um aumento de

14,25%.

Desde o ano passado, as maiores

processadoras de suco de laranja no

Brasil, entre elas a nossa Cutrale, avaliam

possibilidades de investimento na China

em troca de medidas que melhorem a

competitividade do produto nacional no

mercado chinês

A queda nas vendas dos sumos

de frutas, principal produto da pauta

exportadora do município, afetou

notavelmente o resultado anual. A

Holanda, principal consumidor do gênero,

reduziu sua compra de 421,09

toneladas – em 2018 – para 332,5

toneladas – em 2019 – uma contração

de 21% na quantidade demandada.

Na sucessão dos maiores compradores,

Estados Unidos, Japão e demais

países, que em 2018 haviam

adquirido juntos 374,8 toneladas do

produto araraquarense, em 2019

demandaram 176,5 toneladas. Uma

redução de 52,9%.

Os resultados observados em

âmbito municipal podem ser equiparados

ao nível nacional. Ao longo de

2019, houve deterioração

da balança comercial brasileira

cujas exportações

reduziram-se 6,15% na

comparação com 2018,

segundo dados do Banco

Central do Brasil.

Examinando conjuntamente

os efeitos da

crise Argentina e da peste

suína africana que atingiu

a China, dois importantes

destinos dos produtos

brasileiros, conclui-se

que grande parte do recente declínio

das exportações adveio dos choques

sofridos por esses dois países. Logo,

a redução das importações da Holanda

e Estados Unidos se somam aos

problemas da China e Argentina.

Apesar das adversidades, o resultado

superavitário da balança comercial

para 2020 deve ser estimulado

pela desvalorização cambial. A desvalorização

barateia as exportações e

direciona os produtos nacionais para

o mercado externo, favorecendo o saldo

positivo da balança.

Por outro lado, ao ocorrer a recuperação

da renda média do brasileiro,

é esperado aumento das importações.

A balança comercial é o

principal elemento da estabilidade

das contas externas brasileira.

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COMEMORAÇÃO

100

ANOS DEPOIS

Orlando Pires, último pracinha de

Araraquara completou 100 anos de vida;

é um dos dez soldados da nossa terra que

integraram a Força Expedicionária do Brasil

(FEB) na Segunda Guerra Mundial.

O aniversário de Orlando Pires

No dia 29 de dezembro de 2019,

Orlando Pires completou 100 anos de

vida. Ele é o último ‘pracinha’ ainda

vivo entre os dez araraquarenses que

integraram a Força Expedicionária

Brasileira (FEB) na Segunda Guerra

Mundial, que aconteceu entre o dia

1º de setembro de 1939 e 8 de maio

de 1945.

A reportagem da Revista Comércio,

Indústria e Agronegócio conversou

com o ‘pracinha’ - termo que

surgiu da expressão “sentar praça”,

que significa se alistar nas Forças

Armadas -, Orlando Pires que falou

um pouco sobre o tempo na caserna.

Com a voz mansa e memória boa, o

ex-militar contou que entrou para o

Exército Brasileiro depois de passar

por um sorteio. “Eu fui sorteado para

cumprir o serviço militar em 1942 e,

depois de passar por uma avaliação,

fui encaminhado para o quartel de

Pindamonhangaba. Lá eu passei por

treinamento, mas quando

começaram a chamar os

soldados para irem para

a guerra, escolheram primeiro

os maus elementos

para comporem o primeiro

pelotão, e eu acabei não

sendo convocado. Depois

fui enviado para o Quartel

de São Sebastião que era

encarregado de proteger a

Orlando

comemorou o

aniversário de

100 anos ao lado

de sua neta,

a agrônoma

Isabela Pires

costa brasileira. Lá eu fiquei por dois

anos e quando começaram a montar

o segundo pelotão que seria enviado

para o combate, em 1945, logo a

guerra acabou e nós acabamos não

indo. Para mim, foi uma pena, pois tinha

vontade de ir para a Europa combater

os alemães”, contou o pracinha.

MERECIMENTO

Orlando relatou à reportagem que

ganhou a patente de tenente do Exército

por merecimento. Ele disse que

depois do final da guerra, em maio de

1945, foi dispensado do serviço militar

junto com os demais pracinhas.

Porém, conta que antes de deixar o

quartel em São Sebastião, foi desafiado

por um comandante a disputar

uma corrida com ele e ganhou. “O

comandante chegou e perguntou se

alguém queria disputar uma corrida

com ele. Se ele perdesse, o soldado

ganharia oito dias de licença paga. Já

se ele ganhasse, ficaria oito dias na

cadeia do quartel. Eu aceitei o desafio,

e ele falou: ‘esse nanico acha que

consegue ganhar de mim. Vamos ver’.

Nós então nos alinhamos na pista de

atletismo do quartel e quando o juiz

deu o sinal da largada, eu deixei ele

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17|


sair na frente e antes do final da pista

consegui ultrapassá-lo e ganhei a corrida.

Ao final ele disse que eu corria

demais”, lembra o ex-militar.

HOMENAGEM

No dia 11 de maio de 2018, o Tiro

de Guerra 02-002 de Araraquara,

comemorou o Dia da Vitória com um

evento que contou com o encontro

dos pracinhas araraquarenses José

Marino, este já falecido e Orlando Pires.

O evento marcou a comemoração

do Dia da Vitória das forças aliadas

sobre os países do Eixo (Alemanha,

Japão e Itália).

Entre os 25 mil militares brasileiros

que combateram na Segunda

Guerra Mundial, Araraquara teve dez

integrantes na Força Expedicionária

Brasileira, com destaques para Antônio

da Motta, José Marino, Argenton

e Orlando Pires.

CENTENÁRIO

O também corretor de imóveis

aposentado, Orlando Pires, comemorou

seu centenário ao lado de sua família.

A neta dele, a agrônoma Isabela

Pires, contou para a reportagem que

o avô nasceu no dia 25 de dezembro

de 1919, mas só foi registrado no dia

29, por isso, o aniversário dele é comemorado

nas duas datas. Orlando,

que é viúvo de Lídia Delfino Pires, falecida

há 28 anos, é o patriarca de

uma família composta por três filhos,

seis netos e nove bisnetos.

O Brasil declarou guerra aos países

do Eixo (Alemanha, Japão e Itália)

O pracinha centenário durante entrevista à RCIA (Foto: José Augusto Chrispim)

em 1942, depois que vários navios

da Armada foram atacados. Somente

naquele ano, 19 embarcações foram

alvejadas pelos submarinos alemães.

Na época, o país possuía poucos

oficiais da ativa para integrarem a

missão. Sendo assim, foi preciso

convocar reservistas para lutar. Muitos

deles eram profissionais liberais,

como advogados e médicos.

A fim de estar preparado para a

entrada no conflito, o Brasil recebeu

ajuda dos Estados Unidos e enviou

alguns membros da tropa para fazer

treinamento em território americano.

No dia 29 de junho de 1944, um

trem trazendo os homens da FEB chegou

à Vila Militar no Rio de Janeiro.

A Força estava dividida em três regimentos

de Infantaria – o 1º do Rio de

Janeiro; o 6º de Caçapava, São Paulo;

e o 11º de São João del-Rei, Minas Gerais.

Apenas o 6º, de Caçapava, atravessaria

a cidade do Rio, enquanto

os demais seriam enviados a outros

lugares. Era uma forma de manter em

sigilo o embarque.

A operação foi feita à noite, em

etapas, durante um dos blecautes

realizados no Rio. Esses blecautes

eram feitos com o objetivo de proteger

a população de um improvável ataque

aéreo alemão. Muitos pracinhas

sequer tiveram tempo de se despedir

de seus familiares e amigos e não sabiam

para qual nação iriam.

O desembarque aconteceu em 16

de julho de 1944, na Itália. Os combatentes

só entenderam que estavam

no país europeu quando avistaram o

Monte Vesúvio.

CURIOSIDADES

- Na época, muitos críticos duvidaram

da capacidade brasileira em

enviar homens para o fronte da batalha.

Por conta disso, alguns diziam

que era mais fácil uma cobra fumar

do que isso acontecer. Até hoje o símbolo

da Força Expedicionária é uma

cobra fumando cachimbo.

- Os restos mortais dos brasileiros

foram inicialmente enterrados na

cidade italiana de Pistoia. Somente

em 1960 é que foram transladados

ao Brasil, onde permanecem no Monumento

Nacional dos Pracinhas, no

Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.

- A FEB foi a única tropa a pisar na

Europa com militares de todas as raças:

negros, índios, pardos e brancos.

- A Força Aérea Brasileira (FAB)

esteve presente na II Guerra Mundial

pelo 1º Grupo de Aviação de Caça comandado

pelo tenente-coronel aviador

Nero Moura. O grupo foi criado em

1943 e organizado e preparado nas

bases americanas, no Canal do Panamá

e nos Estados Unidos. Desembarcou

em Nápoles no dia 6 de outubro

de 1944. Na Itália, incorporou-se

ao 350º Grupo de Caça americano

pertencente a 62ª Brigada de Caça

do XXII Comando Aerotático da Força

Aérea do Mediterrâneo.

Orlando Pires indo às

compras na quintanda

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HISTÓRIA

Linchamento dos Britos

completou 123 anos

Uma história trágica, que deixou a nossa Morada do Sol, por

anos, conhecida como “Linchaquara”.

1897. Um morador, conhecido por

Chico Viola, briga num bar e é preso e

surrado pelo chefe de polícia Tenente

João Batista Soares. Os monarquistas

apoiam Viola, que acusa num

processo o chefe de polícia, sendo

que o Coronel Carvalho o defende,

Carvalho e os Britos, Manoel (dono da

farmácia) e Rozendo (jornalista)

iniciando assim uma série de acusações

políticas e intrigas pessoais. O

jornalista Rozendo manifesta sua opinião

no jornal “O Binóculo”, criticando

o Coronel Carvalho.

Conta a história que no dia 30 de

janeiro de 1897, sábado, por volta

das 17h, o Coronel Antônio Joaquim

de Carvalho enxerga, de sua casa, o

jornalista Rozendo adentrando na Farmácia

São Bento, onde o tio Manoel

de Souza Brito trabalhava como gerente.

Encolerizado com as constantes

notas no jornal, o Coronel resolve tirar

satisfações com o jornalista e vai até

a farmácia, quando após momentos

de discórdia entre os dois, o coronel

agride o jovem a bengaladas.

Manoel, tio de Rozendo, tenta apaziguar

a situação, mas o rapaz, no momento

caído por baixo, acerta o coronel

com disparo de garrucha, matando-o.

Após o episódio, o jornalista Rozendo

e seu tio Manoel são presos, encaminhados

à cadeia pública da cidade e,

após decorrido uma semana do velório

e sepultamento do Coronel Antônio

Joaquim de Carvalho, no início da

primeira hora do dia 7 de fevereiro,

madrugada de domingo, os prisioneiros

Rozendo e Manoel são arrastados

para fora da cadeia pública por alguns

indivíduos, linchados e abandonados

no largo da Igreja Matriz.

Ambos, sobrinho e tio, foram sepultados

pelos capangas dos Carvalho

a quilômetros do centro da cidade,

no Cemitério das Cruzes, sendo

que o trágico acontecimento marcou

a cidade de Araraquara, tendo que

suportar por vários anos a expressão

de “Linchaquara”.

A morte dos Britos é considerada

um dos momentos mais trágicos na

história da cidade.

19|


morreram em acidentes, aumento de

(0,8%) na comparação com o mesmo

período do ano passado (1692

casos).

Houve aumento de acidentes com

ciclistas, com 29 vítimas neste mês

contra 24 no mesmo período do ano

passado. Já as estatísticas envolvendo

ocupantes de automóveis caíram

(-3,6%) comparando-se os meses de

novembro de 2018 e 2019, com 112

e 108 casos respectivamente.

DADOS REGIONAIS

Acidentes com motociclistas, um aumento de 35%

SEGURANÇA

Mortes no trânsito na

cidade, estáveis em 2019

Mortes causadas por atropelamentos, de acordo com

relatório divulgado em janeiro

Em Araraquara, 38 pessoas morreram

em decorrência de acidentes

de trânsito em 2019, mesmo número

registrado em 2018. Desse número,

19 vítimas fatais foram registradas

em acidentes com motocicletas, o

que representa um aumento de 35%

em relação a 2018. Já os acidentes

envolvendo bicicletas tiraram as vidas

de seis pessoas no ano passado. Em

2018, foram apenas duas.

Apesar dos números negativos, o

ano de 2019 registrou apenas uma

morte de pedestre contra 11 em

2018, em ruas e rodovias de Araraquara.

ESTATÍSTICA

Mortes causadas por atropelamentos

seguem em queda no Estado.

A informação é do Infosiga SP,

sistema de dados sobre acidentes e

fatalidades de trânsito administrado

pelo programa Respeito à Vida, do Governo

de São Paulo, divulgada nesta

terça-feira (28). Em novembro, houve

115 óbitos por atropelamentos contra

120 em novembro de 2018, redução

de -4,2%, enquanto que, entre janeiro

e novembro, a redução é de (-4,4%).

(1.300 ocorrências neste ano contra

1.357 em 2018).

IDOSOS, MAIORES VÍTIMAS

Os acidentes de trânsito envolvendo

pedestres têm como principais vítimas

os idosos. Em 2019, entre janeiro

e novembro, quatro em cada dez

óbitos envolveu pessoas com mais de

60 anos de idade. Segundo o Infosiga

SP, os atropelamentos que vitimaram

idosos ocorreram principalmente em

vias municipais (73%) e ocorreram no

período da noite (37%). O automóvel

está presente em (38%) das ocorrências,

seguido pelas motocicletas

(28%).

O número de vítimas motociclistas

aumentou no Estado. Em novembro

deste ano, houve 146 vítimas contra

129 em novembro de 2018 (13,2%).

Desde janeiro, 1707 motociclistas

No Estado, 7 das 16 regiões administradas

tiveram redução nos índices

em novembro:

• Marília: -166,7%

• Registro: 80,0%

• Itapeva: -36,4%

• Bauru: 62,5%

• Araçatuba: -33,3%

• São José dos Campos: 29,3%

• Sorocaba: -22,2%

• Central: 25,0%

• Baixada Santista: -21,1%

• Ribeirão Preto: 18,2%

• Barretos: -20,0%

• São José do Rio Preto: 17,9%

• Campinas: -8,1%

• Presidente Prudente: 12,5%

• Franca: 0,0%

• Metropolitana de São Paulo: 0,7%

JURISDIÇÃO

Ocorrências em rodovias tiveram

aumento de 1,1% nas fatalidades. Em

novembro deste ano, foram registrados

176 óbitos contra 174 no mesmo

período do ano passado. Já em vias

municipais, foram 218 ocorrências

contra 211 em novembro de 2018

(3,3%).

O perfil da vítima fatal em acidente

de trânsito, no Estado, é jovem com

idade entre 18 e 29 anos (23%), homem

(80,6%) e condutor do veículo

(57,4%). Os períodos da noite e madrugada

(53,1%) e finais de semana

(38%) concentraram os acidentes

fatais no mês de novembro.

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21|


Na história da Polícia

Militar Rodoviária em

Araraquara a primeira

mulher a ocupar um posto

de comandante

PODER DAS MULHERES

Primeira mulher a comandar um

Batalhão da Polícia Rodoviária

A oficial, que está na Polícia Militar desde 1991, fala da sua

chegada em Araraquara e como é comandar mais de 600

policiais que patrulham 5.419 km de rodovias estaduais

O 3º Batalhão de Polícia Militar

Rodoviária, sediado em Araraquara,

é comandado por uma mulher desde

o dia 10 de setembro de 2019. A

Tenente Coronel Kátia Regina Firmino

Christófalo, que é a primeira mulher

a comandar um batalhão da Polícia

Rodoviária no Estado de São Paulo,

falou da sua vitoriosa carreira militar

e dos desafios de comandar mais de

600 policiais, entre homens e mulheres,

espalhados em 27 bases operacionais,

que estão encarregados de

patrulharem 5.419 quilômetros de

rodovias que passam por 196 municípios

da região Noroeste do Estado.

Falando à RCIA, a comandante Kátia

lembrou sua trajetória na Polícia

Militar desde o ingresso na Academia

do Barro Branco em 1991, até a

chegada à penúltima patente da PM

(Tenente Coronel) e como é comandar

o 3º Batalhão da Polícia Rodoviária.

“Quando era jovem e morava em

Botucatu, minha cidade natal, nunca

tinha pensado em um dia ser policial

militar. Filha de uma professora e

um metalúrgico, eu sonhava em fazer

algum curso na área de Ciências

Biológicas no campus da Unesp de

minha cidade, mas não sabia que

curso fazer. Eu lembro que eu tinha

uma tia que morava em São Paulo e,

para chegar até a casa dela, a gente

usava uma linha de ônibus que passava

pela Avenida Nove de Julho, onde

havia um quartel da Marinha, e eu

via aquele pessoal fardado e achava

lindo. Pensava que seria bom entrar

para a Marinha. Em uma das viagens

peguei o endereço e escrevi uma carta

para eles perguntando como faria

para ingressar na Marinha. Mas eles

me responderam que seria somente

na área de saúde, como enfermeira,

médica ou dentista. Então quando

sai do 3º colegial prestei Odonto na

USP, em Bauru. Não passei, e hoje

agradeço, pois acho que seria uma

péssima dentista (rs)... Aí fui fazer

cursinho e, na época, a Academia do

Barro Branco enviava alunos para falar

sobre a Polícia Militar nas escolas

e, como tinha um amigo que já fazia

a academia, eu pensei que seria legal

prestar, mas nem sabia o que era

polícia direito, pois não tinha nenhum

policial na minha família. Mas antes

perguntei se precisaria cortar o cabelo.

Como ele falou que não precisava,

me decidi a prestar o concurso para

a polícia. Aí fui passando pelas avaliações

escritas e físicas até chegar a

última fase, quando recebi o resultado

positivo. Lembro do meu pai, que

é metalúrgico, me perguntar se eu

iria entrar para a polícia mesmo, já

que tinha saído o resultado de outros

vestibulares que eu tinha feito. Entrei

na Academia no dia 14 de janeiro

de 1991. Eu faço parte da terceira

turma de mulheres da Academia do

Barro Branco, pois antes as mulheres

tinham uma carreira diferente

dos homens e só podiam ingressar

na polícia como soldado e, depois

de chegar à patente de sargento, poderiam

prestar um concurso interno

para chegar a oficial. Era tudo muito

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e respeitando as leis. O principal para

nós é a redução de vítimas no trânsito

e não a função de punir”, esclarece.

GRANDE DESAFIO

Kátia em sua mesa de trabalho na Polícia Rodoviária

novo pra gente, meninas muito jovens

vindas do interior. Depois de três anos

no regime de internato indo para casa

somente aos finais de semana, nós

nos formamos aspirantes. De 166 no

total, eram 160 homens e 16 mulheres

que se formaram na minha turma.

Das dezesseis que se formaram, 11

seguiram carreira e cinco acabaram

saindo da polícia e seguindo outras

carreiras. Das onze, duas são coronéis,

sendo que uma chefia parte da

zona Leste da capital e a outra é comandante

do Policiamento Ambiental

do Estado”, resumiu a comandante.

INÍCIO DA CARREIRA

Logo depois de se formar em

1993, Kátia iniciou seu trabalho

como comandante de policiamento

nas ruas da capital paulista, trabalhando

no Batalhão de Policiamento

Feminino - que era especializado no

atendimento de mulheres, crianças

e idosos -, onde permaneceu até o

ano 2000, quando o referido batalhão

foi extinto. Daí, já ocupando o

cargo de Tenente, foi transferida para

o 12º BPM-M na região do Aeroporto

de Congonhas, onde ficou até 2002.

“Meu filho nasceu em 1999, eu pretendia

voltar para o interior, já pensando

na segurança dele. Foi quando

eu consegui a transferência para o

12º BPM-I na minha cidade natal,

Botucatu. Mas como as promoções

foram chegando, logo tive que passar

a trabalhar nas regiões de Piracicaba

e Bauru, mas sempre mantendo minha

casa em Botucatu. Em Piracicaba,

trabalhei como comandante da

Força Patrulha no policiamento de

área, também no comando de Força

Tática e na Comunicação Social, onde

aprendi a ver a instituição com outros

olhos. Depois, quando cheguei ao

cargo de Major, passei também pelo

Comando de Choque em São Paulo,

onde aprendi muito. Eu tenho muito

orgulho de ter feito parte do Choque”,

relembra Kátia.

VOLTA PARA O INTERIOR

Como o sentimento da policial era

de voltar para o interior, acabou sendo

convidada para ir para a Polícia Rodoviária

na cidade de Sorocaba. “As

mudanças sempre são bem-vindas

e encarei com bons olhos essas mudanças

na minha carreira que me fortaleceram

como policial e como pessoa.

Creio muito em Deus e creio que

onde estamos temos uma missão.

No policiamento rodoviário o trabalho

do policial é mais de fiscalização,

visando a redução de acidentes no

trânsito com campanhas específicas

sobre o uso de cinto de segurança, o

consumo de bebidas por condutores

de veículos e a utilização da cadeirinha

para as crianças. O nosso contato

com o usuário das rodovias é diferente

do público atendido pelo policial

da cidade. Na estrada são prestados

vários serviços para os usuários que

vão desde trocar um pneu furado até

o combate de ilícitos. Mas a nossa

função maior é a de educar os condutores

para uma utilização melhor das

rodovias com o máximo de segurança

Em 2017, Kátia voltou para sua cidade

natal, onde passou a comandar

o 12º BPM-I. “Foi um grande desafio

e um grande orgulho para mim, poder

comandar o batalhão da minha

cidade natal, onde eu conhecia todo

mundo, os problemas da cidade e os

policiais”, comemora.

POLÍCIA RODOVIÁRIA

Em setembro de 2019 a Tenente

Coronel Kátia assumiu o 3º Batalhão

de Polícia Rodoviária, em Araraquara,

com a missão de comandar mais de

600 policiais distribuídos por 196 municípios

da região Noroeste do Estado

de São Paulo, numa área compreendida

de Rio Claro até a divisa com o

Estado do Mato Grosso.

“Quero lembrar que a Polícia Militar

do Estado de São Paulo foi a primeira

instituição militar do Brasil a

admitir mulheres em seus quadros,

em 1955. Na época, entraram 13

mulheres que são consideradas as

13 mais corajosas do Estado. Daí em

diante, a história da mulher só cresceu

na PM de São Paulo que tem

hoje cerca de 13 mil mulheres que

ocupam todos os postos, funções e,

concorrem em pé de igualdade com

os homens que possuem os mesmos

treinamentos, utilizam os mesmos

armamentos e equipamentos, entre

outras coisas”, lembra.

FORÇA DA MULHER

Para concluir, a comandante destaca

que a mulher é capaz de tudo

que tenha vontade de fazer. “A gente

enquanto mulher é capaz de tudo,

desde que busquemos conquistar

nossos sonhos. Tenho muito orgulho

da minha farda que visto com unhas

e dentes”, concluiu.

23|


ORGULHO

Beauty,

Quando se fala em canil de criações

de raças, muitos acendem o

pisca alerta na questão de não comprar

um cachorro e sim adotar, mas

quando se tem amor a uma raça específica,

a criação exige padrões e

responsabilidade.

Em Araraquara encontramos os

irmãos João Carlos Comitto e Aldo

Comitto Júnior que são apaixonados

desde crianças pela raça Dobermann.

João Carlos de 61 anos diz que

conheceu a raça Dobermann aos 17

anos, em 1977, então comprou seu

primeiro cão, mas nunca fez criação.

Com o passar do tempo resolveu que

colocaria seus cachorros para partia

campeã

Os irmãos João e Aldo Comitto, participam de exposições

com seus cães premiados

A imponência

de Beauty

cipar de exposições “aí você começa

a conhecer criadores, como funciona

realmente, então começamos a participar,

pois o que conta é estrutura,

beleza e temperamento. “Nasce então

o canil familiar Darewind.

Para João os cães são da família;

um dos cachorros que faz parte de

seu canil é Rhallex The Black Cairo

de 6 anos, o padreador número um

do Brasil na raça, imponente, muito

requisitado por outros canis para acasalamento,

até mesmo fora do país.

“Do Japão, da China, através da rede

social já recebemos muitas ofertas

para a compra do Cairo, mas ele não

sai daqui por preço nenhum, é meu,

vai morrer comigo, tenho um vínculo

com meus animais”, diz João.

Cairo e a fêmea Dobs Legend Spirit

of The Braves Ariana moram em

sua casa, já na casa de Aldo tem o

Dark de 2 anos. Spirit of The Braves

Ianny, de 5 anos, multi campeão que

já participou de campeonatos brasileiros,

inclusive tendo passagem importante

no México, onde se sagrou

campeão mexicano e ganhou uma

das mais importantes exposições do

país, a Expocan. E, também, Apolo

que está em treinamento para exposições

na cidade de Indaiatuba com

seu handler.

Beauty vencendo o TOP 20 na Nacional do Dobermann 2019

|24


João Comitto com Cairo, o primeiro

padreador do Brasil

A raça Dobermann tem origem

na Alemanha, foram para guerra na

era nazista e quase foram dizimados.

Americanos levaram a raça e desenvolveram,

deixando-os mais refinados

e elegantes, e, também, moldaram o

temperamento. Para Aldo, o cão é o

espelho do dono e de como é criado.

Aldo ressalta que para se comprar

um cão de raça, é necessário procurar

um criador sério e competente,

que tenha canil registrado, que você

possa ir até o local e ver o pai, a mãe,

e como são tratados. Para ele também

não se pode comprar de canis

que colocam as matrizes para dar

uma cria atrás de outra, ou que não

sejam bem tratados e alimentados.

“Infelizmente dentro do nosso meio,

até mesmo frequentando exposições

da Confederação Brasileira de Cinofilia

(CBKC), já teve gente com má

conduta, chegando a ser expulsa do

rol de criadores, por fazer uso desta

prática tão danosa para com os cães.

Tem gente ruim em qualquer segmento,

estes não podem ser considerados

criadores, e sim comerciantes criminosos”

– afirma Aldo

Ressalta ainda que ele e o irmão

só participam de boas exposições

com um bom clube. “Esses campeonatos

são sérios, temos uma criação

artesanal, desde os meus 10 anos já

estava na cinofilia e nestes anos só

tivemos uma única ninhada. Nossos

cães têm que ter espaço, um bom

trato, proximidade com a família e

como todo cachorro, nós visamos o

aprimoramento da raça, então para

criadores sérios, o cruzamento deve

ser feito dentro de normas”, diz Aldo.

O dobermann Rhallex The Black

Cairo, o número um da raça como padreador

é filho de cão argentino, que

foi importado para o Brasil, e uma fêmea

de um criador brasileiro. E tanto

João como Aldo, sabiam do potencial

do cachorro que fez apresentações,

foi mostrado limitadamente, por ser

muito amoroso e caseiro. “Quando colocamos

um cão para exposição, temos

que abrir mão do contato diário,

é como um filho que vai estudar fora,

ele fica com o Handler para ser treinado,

e Cairo é bem caseiro. Depois de

um tempo chegou a fêmea Dobs Legend

Spirit of The Braves Ariana para

fazer companhia a ele, mas percebemos

o potencial dos dois, então resolvemos

cruzar, já que o fenótipo e o

genótipo de ambos se completavam e

era acima da média, então nasceram

cinco filhotes, registramos e abrimos

nosso canil de nome Darewind. Desta

primeira ninhada nasceu Darewind

Amazing Beauty que desde pequena

já mostrava uma precocidade”.

Beauty foi para um amigo, João e

Aldo incentivaram que ele a levasse

Aldo apresenta os troféus de Beauty

para uma exposição. Logo na primeira

com 6 meses de idade, ela ganhou

o Best in Show, isto é, foi a melhor

da exposição para sua idade. E assim

sucessivamente em todas as exposições

que participava, virou um

fenômeno. Mas devido a problemas,

seu tutor não pode dar continuidade

com as apresentações, e quem deu

todo o suporte necessário para isso

foi Ana Maria Donna Dalle Rose, uma

criadora experiente na raça que se

encantou com a cachorra. Ela começou

a levar a Beauty para as exposições.

Resumindo, a cachorra nascida

no Canil Darewind de Araraquara, tem

42 Best in Shows (melhor da exposição)

no ano de 2019 e mais outras 44

colocações em finais de exposição,

isso sem dúvida fez com que ela apesar

de tão jovem, já entrasse para a

história da raça Dobermann no país.

Essas exposições ou shows, como

chamamos, algumas costumam ter

a participação de até 500 cães das

mais variadas raças em pista. A

Beauty fechou o ano como melhor

dobermann, melhor do seu grupo e

a segunda melhor colocada entre

os cães de todas as raças. Foi, também,

vencedora do Top 20 2019 e

pré-nacional, eventos importantes do

cenário da raça no país.

“Ela virou um fenômeno, quando

chegava em pista todos paravam para

vê-la” – diz Aldo orgulhoso da cadela

que nasceu em suas mãos. Beauty

tem fã clube e recebe mensagens do

mundo inteiro, para os criadores é

como um campeonato de futebol, “é

como ganhar o campeonato brasileiro,

sem contar que ela também já foi

campeã na Argentina e Uruguai, tem

criadores que chegam a levar um time

de cães para competir e o nosso canil

tem só nossa cadela”.

Aldo ressalta também que para

participar de exposições, os cães

precisam ser bem tratados, amados,

pois eles não podem demonstrar nem

agressividade, nem medo, “ele tem

que estar impecável e feliz, tem que

deixar ser tocado, interagir com seu

Handler, que é quem o conduz”.

25|


Ten. Cel. Adalberto

José Ferreira

“Isso não substitui o acionamento

do 190, mas esse programa ajuda

em muito a Polícia Militar. Em alguns

bairros onde ele foi instalado tivemos

a diminuição de até 70% no número

de ocorrências policiais”, ressaltou o

Tenente Coronel Adalberto.

AÇÕES CONTRA OS CRIMES

ESTATISTICA

Polícia Militar baixa índices

criminais em Araraquara

Tenente Coronel Adalberto José Ferreira concedeu entrevista

ao vivo ao Portal RCIA onde falou sobres os índices criminais e

a atuação da Polícia Militar em Araraquara.

No comando da Polícia Militar em

Araraquara há dois anos e meio, o Tenente

Coronel Adalberto José Ferreira

relatou durante a entrevista que o 13º

Batalhão vem mantendo os índices

criminais dentro das marcas históricas,

de acordo com as estatísticas,

apesar dos casos mais graves que

ocorrem na cidade. A Polícia lembra

que crimes pequenos como furtos,

por exemplo, devem ser registrados

com o objetivo de compor a chamada

‘mancha criminal’ e poder saber em

quais regiões da cidade é necessário

o incremento do efetivo policial,

inclusive, muitas vezes em horários

específicos. O comandante ressalta

que todo boletim de ocorrência é importante

para a polícia.

DIFERENÇAS CRIMINAIS

De acordo com o PM, cada região

da cidade apresenta um tipo de crime

específico que recebe a atuação

da Polícia Militar. Por exemplo, nas

regiões que concentram um maior

número de comércios são registrados

muitos casos de roubos e furtos,

entre eles, os de celulares. Já com

relação aos acidentes de trânsito,

muitos deles em decorrência do uso

de bebida alcoólica ou excesso de

velocidade, motociclistas empinando

motos, ele acredita que o grande

número registrado preocupa bastante

a polícia.

Outro tipo de crime elencado pelo

comandante é o relacionado com

as drogas, que acontecem em sua

maioria na periferia da cidade, principalmente

devido a guarda dos entorpecentes,

por exemplo, em matas

localizadas na região do Jardim das

Hortênsias e às margens de rodovias.

Ele afirma que frequentemente são

feitas apreensões de drogas nessas

regiãos, muitas vezes com o auxílio

dos cães de faro. Nos bairros mais

populosos que servem como moradias

com poucos pontos comerciais,

as pessoas deixam suas casas para

irem para o trabalho e acabam sendo

vítimas de furtos. Por isso a importância

do programa Vizinhança Solidária,

onde os moradores do bairro

se organizam e, através de um grupo

de WhatsApp, todas as ocorrências

suspeitas são informadas aos demais

moradores e a um tutor que fica responsável

em transmiti-las para a Polícia

Militar.

O comandante relata que, através

dos dados das estatísticas, é feito o

policiamento das prioridades. Onde

existem os maiores números de furtos

e roubos é geralmente intensificado

o policiamento com o auxílio de

equipes da Força Tática e da ROCAM

que atuam no patrulhamento ostensivo.

CENTRO DE ATENDIMENTO

Com relação ao Centro de Atendimento

da Polícia Militar (COPOM), que

foi transferido para Ribeirão Preto há

alguns anos, o comandante acredita

que os desencontros de informações

só aconteceram no início, pois

os atendentes não possuíam muitos

pontos de referência da cidade. Porém,

ele acredita que hoje, com o uso

da tecnologia e a interligação com os

policiais de Araraquara, os atendimentos

já se normalizaram. “Muitas

vezes, o operador que está lá em Ribeirão

Preto não conhece o local da

ocorrência em Araraquara, por isso,

é importante que a pessoa passe o

maior número de referências possível

para que elas sejam repassadas para

os policiais daqui”, ressalta.

CRIAÇÃO DO BAEP

O comandante foi questionado se

o efetivo do 13º BPM-I não sofreu baixas

com a criação do 11º Batalhão de

Ações Especiais de Polícia (Baep), em

Ribeirão Preto, e relatou que houve a

perda de alguns militares experientes

que foram realocados para o batalhão

especial. Por outro lado, Araraquara

recebeu o policiamento especializado

do Baep. “Nós perdemos em efetivo

|26


que estava fixado em Araraquara,

mas ganhamos em policiamento

especializado do Baep que atende

a toda região. No jogo Palmeiras 0 x

São Paulo 0 pelo Campeonato Paulista

em janeiro, por exemplo, tivemos o

policiamento na Arena da Fonte feito

pela equipe do Baep”, disse.

Com relação à transferência do

comando da equipe do Canil do 13º

para o Baep, Adalberto explicou que

os canis da região do CPI-3 que estão

instalados em Araraquara, Franca,

Barretos e Sertãozinho, já atendiam

um grande número de cidades

de cada região. Em Araraquara, por

exemplo, eram atendidas as 19 cidades

do 13º Batalhão, além de outras

7 cidades da região de São Carlos

que não possui equipe de Canil. Agora

com a criação do Baep, essa equipe

especializada passa a ser subordinada

ao Batalhão em Ribeirão Preto.

Porém, na prática, continua sediado

em Araraquara, onde segue prestando

seus serviços.

INTERAÇÃO DA PM

Para o comandante, a proximidade

entre a Polícia Militar e a sociedade

passa pela Polícia Comunitária,

que procura quebrar as barreiras entre

as duas partes para que a polícia

possa prestar serviços de qualidade

aos munícipes. “Desde que assumi o

comando da PM em Araraquara, em

2017, entre as pautas do batalhão

estão a valorização do policial militar

e a aproximação do policial com

a comunidade, pois entendo que se

valorizar meu policial ele vai entender

que deve tratar o próximo com mais

respeito e humanidade. Temos registrado

poucas reclamações da população

em relação aos nossos serviços”,

comemora.

CLASSE EMPRESARIAL

A relação entre a Polícia Militar

e a classe empresarial da cidade

também vem apresentando resultados

positivos que estão sendo nota-

Araraquara agora conta com unidade do Baep

dos pelos representantes da classe.

“Quando entrei na PM há 33 anos,

fazíamos o policiamento a pé, onde

tínhamos uma aproximação maior

com os comerciantes. Vejo que com

a retirada de alguns tipos de serviços,

como este, essa aproximação sofreu

um certo distanciamento. Mas, em

algumas localidades verificamos que

existem exemplos de boas vindas dos

comerciantes para o policial. Isso acaba

trazendo uma maior aproximação

entre a PM e eles”, explica.

ABUSO DE AUTORIDADE

Para o comandante, a nova lei que

trata do abuso de autoridade não trará

prejuízo ao trabalho policial, pois

a postura da Polícia Militar do Estado

de São Paulo sempre preservou

a imagem do cidadão, entre outros

pontos que constam da nova lei que

podem gerar penalidades para os

agentes públicos. “Eu acredito que

essa nova lei veio apenas para disciplinar

alguma coisa e que ela não vai

atrapalhar o nosso trabalho, pois, na

Polícia Militar de São Paulo nós sempre

tivemos uma conduta no sentido

de preservar a imagem do cidadão e

de cumprir os horários de mandados

de busca e apreensão, entre outras

atividades, por exemplo. Por isso, ela

não vem atrapalhar o nosso serviço.

O que acontece é que teremos que tomar

uma série de cautelas”, relatou.

PESSOAS DE BEM

Perguntado se está mesmo pensando

em entrar para a política depois

que se aposentar na polícia,

Adalberto citou uma frase de um

amigo que diz: ‘quem não gosta de

política, é comandado por quem

gosta’. “Se as pessoas de bem não

entrarem na política não poderemos

reclamar se tiver algum mau caráter

nela. Na classe política há um desgaste

muito grande, mas a maioria das

pessoas sabe meu posicionamento

com relação aos valores de política.

Eu já recebi convites de 16 partidos

diferentes para entrar na política. Entendo

que a questão de um militar na

política passou por um boom na última

eleição. Mas ainda vou analisar

qual será o posicionamento que vou

adotar, pois, apesar de estar próximo

da aposentadoria serei veterano sim,

mas inativo nunca. Tenho bastante

curiosidade e acho que aceitaria o

desafio por uma boa briga. Não sou

a favor de radicalismos, mas de uma

postura mais moderadora. Gosto de

ouvir as pessoas”, esclarece.

CONTINUA NA PÁGINA 28

27|


ACIDENTE FATAL

O comandante acredita que houve

uma série de itens que contribuíram

para o acidente que vitimou uma jovem,

de 20 anos, na madrugada do

último dia 12 de janeiro. Entre eles,

estaria a má utilização da via pública,

o fato de haver veículos estacionados

nos dois lados, utilização de drogas

por usuários da via. “Já fizemos várias

fiscalizações e autuações naquela região,

mas não conseguimos manter

um policial durante 24 horas por dia

naquele local. Mas sempre orientamos

os policiais para que passem

sempre que puderem naquele lugar

para averiguar se está ocorrendo algo

ilegal. Nos finais de semanas existe

um maior número de rachas, mas

também são registradas muitas outras

ocorrências, por isso, nem sempre

temos viaturas disponíveis para

fazer essa fiscalização”, disse.

Ten. Cel. Adalberto

José Ferreira sendo

entrevistado pelo

jornalista Ivan

Roberto Peroni no

Ponto de Encontro

da TV RCIA, em

janeiro

ÍNDICES NEGATIVOS

O comandante entende que os

números das estatísticas criminais

apresentados pela Secretaria de

Segurança Pública (SSP-SP) e divulgados

pela revista Exame, que mostram

Araraquara na 31ª posição no

Estado, com um número de 26 casos

de homicídios em um ano, revelam

uma média alta para a cidade. “Essa

é uma taxa alta, pois tivemos muitas

mortes violentas no ano passado. Porém,

a maioria dos homicídios tem

fundo passional e acontecem no interior

de residências com o uso de

facas, o que é quase impossível de

ser evitado pela polícia. É um problema

mais social do que policial”, diz.

Com relação aos números de acidentes

de trânsito em Araraquara,

também considerou muito alto. Ele

destacou que o uso de celulares na

direção é um dos maiores motivos

para os acidentes. “Pelo número de

veículos do município, o número de

acidentes é pequeno, mas ainda podem

diminuir com responsabilidade

do condutor e campanhas de orientação

do serviço público”, finalizou.

|28


ESCLARECIMENTO

Santa Casa cobra dívida

atrasada da Prefeitura

Provedor do hospital diz que só quer receber da prefeitura em

dia e ataques de desinformados e mal intencionados serão

respondidos a altura

O pedido de abertura de CEI - Comissão

Especial de Inquérito na Câmara

Municipal visando fiscalizar e

cobrar informações da Santa Casa

de Araraquara sobre o emprego de

verbas públicas, levou a direção do

hospital a emitir uma nota de repúdio

contra a atitude do Legislativo e

a cobrar uma dívida do município que

passa dos R$ 9 milhões.

Em um dos trechos, a direção do

hospital explica que - hoje, são 114

leitos de internação voltados ao SUS,

mais 18 leitos de retaguarda, que oferecem

suporte ao setor de Urgência e

Emergência, e 14 leitos de UTI Adulto,

que serão ampliados para 24. Isso

representa 74% da estrutura destinada

ao SUS. Mas a proporção dos

atendimentos supera os 90%.

Além de esclarecer que tipo de

serviço o hospital presta ao município,

sua diretoria afirma que - para

a sustentabilidade do hospital, é decisivo

que a Prefeitura realize os pagamentos

em dia. Esse é o pleito da

instituição. Afinal, os compromissos

dela com os funcionários e com os

fornecedores (de materiais médicos,

medicamentos, manutenção de equipamentos

etc.) têm de ser honrados

dentro dos prazos acertados. Não se

pode pagar a folha quando se quer.

Segundo consta a Santa Casa

Santa Casa apela para que o município

cumpra seus compromissos

diante deste cenário, estaria propensa

a negociar uma redução nos

salários dos médicos, além de não

descartar a possibilidade de dispensa

de funcionários para evitar danos

maiores nos atendimentos.

Em outra parte do texto, a Santa

Casa parece direcionar ao legislativo

seu desagravo: “Não pode faltar

nem transparência nem credibilidade

a uma instituição que recebeu no ano

passado R$ 8,5 milhões provenientes

de multas aplicadas pelo Ministério

Público do Trabalho”.

Não houve confirmação mas há

informações de que as dívidas são

maiores que as anunciadas.

29|


Em uma arara

as camisas estão

perfiladas, cada uma

com seu encanto e

todas carregando

as emoções que já

desfilaram pelos

campos de futebol.

A magia deste sonho

é que contagia um

jovem apaixonado

pelo futebol e o

desejo de possuir

uma coleção de

camisas dentro

de casa.

Diego Coxi

O colecionador de paixões

Ele diz que além de colecionar, usa as camisas pois acredita

que elas não devem ficar somente expostas

Diego com

uma das

camisas do

seu time

favorito

Torcedor apaixonado pela Ferroviária,

Diego Coxi, de 28 anos, coleciona

camisas de times de futebol.

Com cerca de 10 anos começou a

acompanhar o futebol amador da cidade

e, como ganhava algumas camisas,

por hobby, iniciou suas vendas,

compras e trocas.

Somente da Ferroviária Diego tem,

em sua coleção, mais de 180 camisas,

sem contar que de outros times

ele tem mais de 200, incluindo uniformes

de vôlei, basquete e futebol

feminino.

Para ele, a Ferroviária é o símbolo

da cidade. Ele acredita que seu nome

é mais forte do que o de Araraquara.

Desde um ano de idade, por incentivo

do pai, frequenta os jogos grenás e já

nem sabe como começou a colecionar

as camisas. Segundo ele, o irmão

crescia, passava a camisa para ele e

comprava outra, depois começou a

comprar e trocar, quando percebeu

já tinha mais de cem.

Diego não gosta de camisas antigas,

aquelas que eram feitas de pano,

a maioria de sua coleção tem início na

década de 90, pois gosta de colecionar

camisas que tenha visto em jogo,

que sabe a história que cada uma carrega

“coleciono o que vejo”, diz ele.

Cada camisa de clube que guarda,

sabe a quem pertenceu e sua

história. Ele ganhou uma camisa do

Luan que foi jogador do Palmeiras. Da

Ferroviária já ganhou de vários atletas,

pois eles sabem que ele gosta.

Ganso quando jogava no Santos também

o presenteou. Recebeu também

de Vilminha, torcedora símbolo do

Santos, que abriu mão de tudo para

acompanhar o time, duas camisas

que guarda com muito carinho.

|30


De acordo com Diego, o “colecionismo”

é bom porque você conhece

pessoas que fazem parte do seu mundo,

do Brasil e também no exterior

onde já fiz negociação”, afirma o colecionador.

Cada camisa tem suas particularidades

e Diego sabe cada uma delas,

como as cores dos números que estamparam

as camisas da AFE, quais

anos foram usados e para que jogo.

Do XV de Piracicaba, que tem em

sua camisa tradicionalmente listras

em preto e branco, tem uma que fez

parte do Outubro Rosa, listrada em

rosa e preto. Do América Mineiro, o

goleiro Tuti, ao final de um jogo presenteou

Diego. Também em sua arara

guarda a camisa que ganhou de Rodrigo,

jogador de basquete da Uniara.

Umas das relíquias da coleção

é a camisa de Ronaldo Fenômeno,

usada em uma Champions League,

que ganhou de um colecionador que

é amigo pessoal do jogador. Do Brasil,

Coxi tem de quase todas as copas.

CAMISA QUE DESTOAVA

Ele conta que por ser palmeirense,

foi assistir um jogo de seu time na

Argentina, no La Bombonera, estádio

do Club Atlético Boca Juniors e, chegando

lá, não encontrou ingresso nenhum,

apenas no meio da torcida do

Boca, como não poderia entrar com

a camisa do Palmeiras, comprou uma

camiseta de um mendigo que estava

na rua, nem se importando que ela

estava suada e fedida, para não perder

o clássico. Vale ressaltar que comprou

também uma camisa do Boca.

Histórias de amor aos times ouvimos

várias, mas as de Diego têm

um diferencial por ele guardar com

o mesmo carinho, uma camisa do

time de Américo Brasiliense, que

sequer existe mais, ao lado de uma

de Cristiano Ronaldo, ou da jogadora

Paulinha, do futebol feminino do

Corinthians. Mas diferentemente de

outros colecionadores, ele costuma

usar suas peças, pois acredita que

elas não podem ficar somente expostas,

ressaltando que lava à mão cada

uma delas.

De clubes internacionais ao time

da favela Naval em São Paulo, para

ele não há diferença, apenas histórias

especiais como a do goleiro Marcão

que atuou em mais de 200 jogos pelo

Botafogo de Ribeirão Preto, anteriormente

em comemoração aos 100

jogos dele pela agremiação, foram

feitas apenas cinco unidades e uma

o jogador deu a Diego de presente.

“tenho orgulho por ter esta camisa”,

comemora.

O orgulho de

ser torcedor da

Ferroviária e conviver

com uma coleção que

mostra mais de 180

camisas do seu clube

de coração

Futebol sempre foi paixão de brasileiro.

A Diego cabe juntar nos cabides todo

amor da torcida

31|


RECURSOS HUMANOS

A volta do Gapar

Considerada uma entidade

destinada a defender os

interesses dos profissionais

da área de recursos

humanos, o grupo retorna

bastante revitalizado.

O Grupo de Administradores de

Araraquara e Região (GAPAR) é uma

instituição informal que existe há 34

anos com objetivo de trocar ideias e

estudar toda área que abrange Recursos

Humanos. Na verdade, o crescimento

da economia impulsiona empresas

a buscarem profissionais mais

preparados. O trabalho de reconhecer

tais profissionais para assumir funções

na empresa, transmitir valores,

treinar e manter os profissionais motivados

é realizado pelo departamento

de Recursos Humanos. Profissionais

com este perfil é que na atualidade

fazem parte do GAPAR.

O grupo nasceu em Araraquara

para facilitar a rotina das empresas

que muitas vezes precisam de ajuda

e têm que buscar profissionais em

São Paulo ou Ribeirão Preto. Hoje

a coordenação da entidade está a

cargo Raquel Vieira de Novais Bueno

(IESA) e Juliana Coelho (McDonald’s).

Maria Antonia Campilho de Godoy

(UNIMED) é quem coordena eventos e

palestras e Mirinda Aparecida Carpini

de Oliveira preside o conselho.

Mirinda, uma das primeiras integrantes

do grupo, explica que desde

que iniciaram as atividades em

Araraquara e região, o trabalho que

desenvolvem veio facilitar para as

empresas, a questão de trocas de

informações e experiências entre setores

de RH.

Todos os meses as dezenas de

empresas que participam do grupo,

se reúnem para que diversos assuntos

relacionados às áreas empresariais

sejam debatidos, até mesmo o

ex-ministro do trabalho Antônio Rogério

Magri, participou de eventos

realizados pelo GAPAR.

Hoje a entidade é ligada à Associação

Brasileira de RH, e assim que

começar as atividades de 2020, o

grupo deve ser o representante do

Raquel Vieira de

Novais Bueno (IESA),

Juliana Coelho

(McDonald’s), Maria

Antonia Campilho

de Godoy (UNIMED)

e Mirinda Aparecida

Carpini de Oliveira

formam o grupo que

agrega profissionais

RH de várias

cidades e discutem

diversos temas

como benefícios,

produtividade,

relação trabalhista,

treinamento entre

outros

interior. Com grande experiência na

área, Mirinda já ganhou um prêmio

de profissional do ano pela Associação

Paulista de RH, e segundo ela,

recebeu-o pelo trabalho que desenvolve

no grupo.

Leis que regem as empresas

são mudadas a todo o momento e

segundo o GAPAR, tudo é estudado

pelo grupo e repassado às empresas

parceiras “quem não sabe aprende,

não temos escola de RH nesta região

toda” – afirma Mirinda.

Um evento já está marcado para o

dia 18 de fevereiro, onde o palestrante

será Dr. Ricardo Monazi, e o tema

referente é o Compliance.

Para a entidade, esta troca de

experiências não pode acontecer

apenas on line, “tratar de recursos

humanos, sem a junção de pessoas

não está certo, é necessário o patrão

estar perto do empregado pois o contato

é importante, tanto que se fala

em humanização da saúde, é necessário

investir nas pessoas. O ganho

que você tem das máquinas é infinito,

mas não supri o ser humano”.

O grupo também ajuda no sentido

de recolocação no mercado de trabalho,

participantes que necessitem.

|32


ECONOMIA

Novas empresas chegam

aos Distritos Industriais

Empresas de pequeno e médio porte de Araraquara e

região subsidiadas pela Prefeitura, começam o processo de

transferência das suas atividades para os distritos industriais.

Em seu balanço de final de ano,

mostrando o que fez e o que ainda poderá

fazer, lembrando que 2020 será

um ano eleitoral, o prefeito Edinho Silva

disse algo interessante: “O que nós

fizemos, no que cabe ao município,

na geração de empregos, é a atração

de novas empresas. Anunciamos a

chegada de mais de 10 empresas na

cidade nos últimos dias, que pegaram

áreas subsidiadas pelo município, e

outras empresas chegando”.

A RCIA teve acesso à lista de empresas

que vão se instalar nos Distritos

Industriais; a maioria é da própria

cidade reivindicando áreas para

ampliação das suas atividades. Duas

pertencem ao município de Américo

Brasiliense e deverão transferir suas

atividades.

CONQUISTANDO ESPAÇO

• Camargo Transportes de Cargas em

Geral, Vila Melhado

• MHA Transportes (Maria Helena da

Silva Transportes), Vila Furlan

• Gonçalves Fundações e Perfurações,

Vila Xavier

• Aramont, Américo Brasiliense

• Romania – Torres de Resfriamento,

Américo Brasiliense

• Alumínio Zinha, Jardim Roberto

Selmi Dei

• Gumege Alumínio, Jardim Regina

Vice-prefeito Damiano Neto, também

secretário de Desenvolvimento Econômico

• Guedes Alumínio, já está no 5° Distrito

Industrial

• Farinelli Pisos Ltda, Vila Cidade Industrial

(Vila Xavier)

• W.C. Hsuan Confecções, Vila Xavier

Segundo o vice-prefeito, Damiano

Barbiero Neto que é também secretário

de Desenvolvimento Econômico,

existem ainda outras empresas, porém

elas necessitam de documentações

oficiais para continuidade dos

processos de instalação.

Em fevereiro, a Prefeitura Municipal

deverá apresentar um relatório

com o perfil de cada empresa e o

quanto cada uma delas deverá gerar

de empregos com seus projetos de

expansão.

33|


ARTIGO

Law and Economics

Ubiratan Reis

Moros e os impactos econômicos

de uma decisão trabalhista

Moros, deus do Destino e da Sorte, na mitologia grega, personificava

(ou personifica) o poder de prever o futuro reservado

a todos, o que aqui poderíamos resumir no vernáculo: inevitabilidade.

Segundo consta, Moros teria transferido parte de seus

poderes de presságio para três flechas de Eros (deus grego do

Amor), assim, disparando uma só flecha poder-se-ia retornar

no tempo e corrigir os “erros” do passado, mas, se disparadas

juntas, retornaria ao início de tudo (chamado de Caos).

Moros tem destaque por subordinar a todos, inclusive os

demais deuses, diante de sua capacidade de antever o destino

de cada um deles, daí, relativamente como na primavera,

florescem inúmeras questões filosóficas e pragmáticas, sendo

relevante para esta reflexão: o que faríamos se pudéssemos

prever os reflexos e impactos econômicos de uma decisão judicial

que poderá servir de paradigma para outros casos iguais?

Neste início de 2020, noticiou-se uma decisão de que a

Justiça do Trabalho teria concedido estabilidade a um funcionário,

dependente químico, determinando sua imediata

integração na empresa. Não faltaram, é verdade, post favoráveis

e contrários à decisão, fato que determinava, no mínimo,

uma leitura do acórdão prolatado pelos Magistrados da 17ª

Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região TRT02

– São Paulo1.

No caso específico desta decisão, analisou-se a dispensa

de um funcionário, portador de síndrome da dependência ou

transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de

cocaína e álcool, que laborava como assistente administrativo,

analista de administração de vendas e assistente de caixa, de

uma das maiores empresas de tabaco do Brasil.

O TRT02 declarou a nulidade da dispensa do funcionário,

determinou sua reintegração na mesma função exercida,

condenou a empresa ao pagamento de verbas trabalhistas e

indenização por danos morais no importe de R$ 20.000,00

(vinte mil reais), resultando em uma condenação estimada em

cerca de R$ 100.000,00 (cem mil reais).

O Tribunal fundamentou a decisão no sentido de que,

naquele caso, haveria de preservar o princípio da dignidade

pessoa (trabalho em tratamento médico), por se tratar de

doença reconhecida pela Organização Mundial de Saúde,

fazendo prevalecer o entendimento adotado pela Súmula

nº 443, do Tribunal Superior do Trabalho que apresenta o

seguinte entendimento: “Presume-se discriminatória a despedida

de empregado portador do vírus HIV ou de outra doença

grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o

empregado tem direito à reintegração no emprego”

Sem discutir o aspecto social da decisão, uma vez ser

indiscutível o dever de tutela do dependente químico, mas

debruçando sob o escopo desta coluna, mister analisar alguns

aspectos econômicos abordados no acórdão, que poderão surtir

efeitos nos casos semelhantes vindouros, já que em tese,

todos os funcionários em iguais situações deverão ser tratados

igualmente, eis, então, os pontos destacados aqui: a função

exercida pelo funcionário reclamante, a capacidade econômica

da empresa reclamada e a existência de estabilidade do

dependente químico.

O funcionário exercia uma função administrativa, que em

geral, não apresenta risco à vida e à saúde de terceiros. Mas,

convido à reflexão se o desfecho do caso seria o mesmo se

fosse outra a função ou a profissão. Se fosse um torneiro

mecânico, sim ou não? Funcionário da linha de produção de

uma cervejaria, sim ou não? Motorista de uma revenda de peça

ou motorista de transporte escolar? O TRT02 teria determinado

a reintegração se o funcionário em questão fosse agente educacional

infantil ou se fosse um profissional da área da saúde

(enfermeiro)? Eis uma reflexão proposta, a depender da profissão,

caberia ponderação e limite ao princípio da dignidade

humana?

Mas quem está legitimado a responder, o Legislativo (por

lei) ou o Judiciário (em cada caso por sentença)?

Segunda reflexão. No acórdão constou que: “A demandada

não pode se preocupar apenas com seus fins lucrativos, mormente

sendo a segunda maior empresa de tabaco do país, com

cerca de 3.000 empregados”. Se no caso específico ponderouse

o poder econômico da empresa, como ficaria no caso de um

funcionário de uma micro e/ou pequena empresa? Não se aplicaria

a tutela da dignidade da pessoa humana, na medida que

a empresa não suportaria ônus financeiro de R$ 100.000,00?

Dois funcionários, dependentes químicos, dispensados sem

justa causa, um de uma multinacional e ou outro do mercadinho

do bairro, o primeiro estaria protegido pela reintegração e

ou outro não. Qual o critério a ser utilizado?

O terceiro ponto aqui abordado é que, se juridicamente

não se trata de estabilidade, na prática, o reconhecimento de

dispensa discriminatória e determinação de reintegração configura

uma estabilidade de fato do dependente químico. Todavia,

relacionando com porte ou tamanho da empresa, como ficaria

no caso de não haver vaga disponível, a reintegração ensejaria

a demissão de outro funcionário (não dependente químico).

Este funcionário deveria ser demitido, ainda que tenha melhor

performance e precise do emprego para sustento próprio e

da família? O fato é que, não são todas as empresas que têm

3.000 funcionários, na verdade, as micro e pequenas empresas

são as que empregam pessoas e não possuem condições

de “reintegrar” um funcionário sem prejuízo de outro.

Se tivéssemos o poder de Moros, o destino e a sorte das

relações de empregos não seriam impactados negativamente

como pode ocorrer com uma decisão judicial. Deveríamos, ao

menos, refletir com profundidade a abrangência e os efeitos

de um acórdão, ainda mais quando se verifica os riscos a concorrência,

pois, obviamente, uma reintegração determinada

a uma empresa de 5 funcionários, com mesmo parâmetro,

seria extremamente danosa, sem falar que uma condenação

de R$ 100.000,00 consubstanciaria na decretação velada de

falência.

Será que, caso tenhamos as 3 flechas de Eros, dispararíamos

uma, retornando ao passado para corrigir uma ou outra

decisão judicial ou dispararíamos, de volta ao Caos, o início

de tudo?

Ubiratan Reis é advogado tributarista/econômico e escreve para a

Revista Comércio, Indústria e Agronegócio (ubreis@gmail.com)

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SAÚDE

Unimed investirá R$ 60 milhões

para implantar novo hospital

Unimed Araraquara vai

investir R$ 60 milhões

na implantação de novo

hospital. Com visão de

futuro, a entidade investe

em medicina preventiva e

qualidade de vida de seus

usuários.

Em janeiro, o presidente da Unimed

Araraquara, Dr. José Paulo Luz

Lima, fez uma exposição das inovações

que a cooperativa médica pretende

implementar em 2020. Após

comprar áreas vizinhas e o prédio do

Corpo de Bombeiros, a cooperativa

médica anunciou seu Plano Diretor.

Luz Lima destacou que 2019 foi

um ano muito bom para a Unimed.

“Reorganizamos toda nossa estrutura,

tanto na operadora como no

hospital, também nas unidades de

atendimento ao cliente, como Univida,

Unilab; mudamos o setor de

atendimento para o novo prédio. Estamos

transformando a Unimed em

dois sentidos, fortalecendo o foco

em nosso cliente e dando a ele mais

qualidade no ponto de vista médico,

como na saúde primária”.

O PROJETO

Na primeira fase do projeto, será

construído o hospital com 9 mil m²,

sete andares, onde serão colocadas

as unidades de Pronto Socorro

adulto e infantil, Serviço de Imagem

O médico José Paulo Luz Lima, presidente da Unimed

Diagnóstico e Terapia, UTI – adulto e

infantil, Centro Cirúrgico, Central de

Esterilização igual ao do Hospital Albert

Einstein, e ainda com mais duas

lajes técnicas para quando a Unimed

precisar de espaço. Cada andar terá

1.200 m², e Luz Lima acredita que a

obra ficará pronta em dois anos.

A segunda fase que também já foi

aprovada por assembleia é a construção

de nova enfermaria, onde funciona

atualmente o centro administrativo

junto ao estacionamento do Hospital

São Paulo. O prédio será demolido e

o novo contará com cinco andares,

mais duas lajes técnicas para abrigar

150 leitos, além da Unidade de

Terapia Intensiva (UTI) e um centro

cirúrgico dotado de robótica. Com a

primeira e a segunda fase a Unimed

A Unimed comprou a sede

do Corpo de Bombeiros

próxima ao prédio atual do

Hospital São Paulo

investirá cerca de R$ 60 milhões.

A terceira fase do plano diretor

contemplará também um Medical

Center, onde funciona hoje o Centro

Cirúrgico, com aproximadamente 17

andares que serão vendidos aos médicos

interessados em possuir seus

consultórios junto ao complexo médico.

“O paciente chega, vai ao médico,

autoriza, faz exames, em um único

local”.

O presidente ressaltou que a Unimed

vem elevando seu patamar histórico

de tradição médico-hospitalar:

“Isso não é bom só para nossos clientes,

é também para a cidade, pois o

Hospital São Paulo tem Creditação

ONA 3, e isso significa que estamos

em alto nível com uma série de projetos

e normas seguidos à risca.

“Para viabilizar todo o nosso projeto,

a Unimed vem fazendo sua lição

de casa. Cortamos custos e melhoramos

o faturamento para garantir

a implantação do audacioso Plano

Diretor, que tem fundamentalmente

apoio de bancos parceiros.

35|


FATOS & FOTOS

DA REDAÇÃO

Se for em dinheiro tudo

bem, a lotérica recebe

Os contribuintes de Araraquara

podem efetuar pagamentos em

dinheiro referentes a tributos da

Prefeitura Municipal, como Imposto

Predial e Territorial Urbano (IPTU)

e ISSQN (Imposto Sobre Serviço

de Qualquer Natureza), nas casas

Lotérica da Avenida 36, uma das opções para pagamentos

SUBINDO DESCENDO Pagar o estrago

Colocar gradil

em trechos da

Via Expressa faz

sentido. Iniciativa

da coordenadoria

de Trânsito que

visa impedir futuros

acidentes em uma

das regiões mais

movimentadas.

A “Expressa” que

tem seu início no

Balão das Roseiras

seguindo em direção

ao Terminal de

Passageiros, é um

corredor de tráfego

rápido, levando

perigo aos pedestres

que circulam pelo

canteiro central

ou até mesmo nas

calçadas laterais.

Chuvas acabaram

transformando a

Via Expressa – outra

vez – num inferno.

Isso aconteceu no

dia 12 de janeiro,

colocando algumas

regiões da cidade

sob alerta. Não é

a primeira vez que

isso acontece e da

outra vez veio em

tom mais agressivo.

O ex-secretário de

Obras, Valter Rozatto

(Laxixa), chegou a

dizer no ano passado

que a Via Expressa

se transformou em

verdadeira bomba

relógio, capaz de

“explodir” a qualquer

momento.

lotéricas do município, desde que o

valor não ultrapasse R$ 2 mil. Isso

vale para tributos em atraso, que

estão sendo renegociados no Refis

2019, e os que vencem agora no

ano de 2020.

Os pagamentos também são aceitos

nos bancos Bradesco, Santander,

Caixa Econômica Federal (CEF),

Banco do Brasil, Sicred e Mercantil

do Brasil, que possuem convênios

com a Prefeitura, desde que seu

correntista efetue o pagamento

nos caixas eletrônicos

de autoatendimento.

A informação é da

Coordenadora Executiva

Financeira da Prefeitura

Municipal. Medida

interessante que facilita

a vida do pagador,

já que em muitas

agências bancárias o

atendimento chega a ser

profundamente caótico.

O fotógrafo Renato Longui,

29 anos, teve avarias

em seu veículo Renault

Sandero, no dia 13 de

janeiro, quando trafegava

pela Avenida José de

Alencar, em frente ao

número 136, na Vila Xavier.

Uma tampa de bueiro

entreaberto quase causa

acidente mais grave.

Segundo Renato, uma

das rodas caiu no bueiro,

destruindo essa roda e

rasgando o pneu. “Meu

susto foi tão grande que

perdi o controle do carro

e quase bati em um

poste”- afirmou ele. O

prejuízo chegou a R$ 900

reis. Após fazer o B.O. o

fotógrafo disse que pediria

o ressarcimento ao DAAE.

|36

Pavimentação não sai e Chácara Flora lamenta

Obra escolhida como prioridade em

OP da Chácara Flora - pavimentação

asfáltica - vem derrapando e

atolando até coletivos. Situação na

Carlos Porsani com Pedro Arroio fica

assim em dias de chuva.


FRASE

Daniele

“Tenho dores todos os dias, já não

aguento mais tomar remédios e

não poder tirar esta vesícula, estou

emagrecendo, não consigo me

alimentar”.

Comentário de Daniele Rodrigues de

Souza, que desde 4 de abril de 2019,

vem passando mal, tendo fortes

dores abaixo da costela. Procurou

atendimento na UPA e foi pedido

pelo médico um ultra-som, para

saber qual era o problema. Daniele

pagou pelo exame, pois para ser

feito pelo SUS, demoraria tempo

demais e suas dores eram intensas.

O diagnóstico apontou 20 pedras

na vesícula e outros exames que

também foram feitos, todos estavam

alterados.

É gratificante

José Carlos Cosenzo

Os procuradores de Justiça José

Carlos Cosenzo e Tiago Zarif

foram eleitos em janeiro para

exercerem, respectivamente,

os cargos de secretário e vicesecretário

do Conselho Superior do

Ministério Público por membros do

colegiado. Cosenzo por muitos anos

trabalhou na Promotoria Pública em

Araraquara. Parabéns.

Sesc Verão 2020

Araraquara recebe até o dia 4 de

março o Sesc Verão no Sesc. Toda

família pode participar de atividades

esportivas, aulas abertas e vivências

esportivas, todas gratuitas para o

público em geral.

37|


17 0

VERÃO

UNIVIDA

MAIS Q UALIDADE D E VIDA

Dr. Carlos Fernando Camargo | Diretor Técnico Unimed | CRM/SP 35058

Prof a

Carol Soares

Prof o

Cleiton

|38


INFORMATIVO

AGRO

N E G Ó C I O S

Edição: Fevereiro/2020

CAPACITAÇÃO

Citrosuco organiza curso sobre

Combate a Incêndios no Campo

Em janeiro o Senar SP

e o Sindicato Rural de

Araraquara já iniciaram um

ciclo de cursos e palestras

que integram os programas

de capacitação destinado aos

produtores e trabalhadores

rurais.

O coordenador regional do Senar,

engenheiro agrônomo João Henrique

de Souza Freitas, em janeiro durante

o curso sobre “Incêndio - Prevenção

e Combate no Campo”, abrangendo

técnicas utilizadas e realizado na Citrosuco,

destacou que “cada vez mais

as empresas que atuam no setor agrícola

têm se preocupado em promover

campanhas que apresentam esclarecimentos

sobre medidas preventivas

que visam reduzir os riscos de incêndios

nas lavouras”.

Em épocas de clima seco - estações

de outono e inverno - aumentam

os riscos de incidência e propagação

de incêndios acidentais nas matas e

lavouras. Para combater a ocorrência

de queimadas, os produtores estão

aumentando as campanhas de conscientização

direcionadas aos seus colaboradores,

explicou o coordenador.

Na Citrosuco o curso apresentado

pelo Senar SP e o Sindicato Rural de

Araraquara trouxe esclarecimentos

sobre as medidas preventivas adota-

Colaboradores

que atuam

em uma das

unidades da

Citrosuco

atentos ao

processo de

capacitação

destinado pelo

Senar SP

das pela empresa e orientações de

como cada pessoa pode contribuir. O

curso apostilado foi realizado durante

dois dias de janeiro.

O instrutor do Senar SP, Bruno

Ferreira Chagas salienta que ações

deste porte contribuem para o meio

ambiente, para a saúde e para a segurança

da comunidade e dos funcionários

das usinas e fazendas. “Há

outros benefícios, como a redução

das emissões e melhora na qualidade

do ar, a colheita traz maior aproveitamento

do produto, melhor qualidade

da matéria-prima para a indústria e

reduz os custos de produção”, destacou.

João Henrique lembrou o importante

papel da Citrosuco que tem investido

constantemente em melhores práticas

e medidas de controle, gestão e prevenção

para que os riscos de incêndios

sejam controlados. “Isso significa conscinetização”,

finalizou o coordenador.

39|


CONFRATERNIZAÇÃO

A confraternização dos associados do

Sindicato Rural de Araraquara

Anualmente a diretoria do Sindicato Rural promove uma festa que tem por objetivo o

congraçamento dos seus associados e a gratidão pelo apoio recebido.

Érika Januskiewtz e

Daniel Rodrigo Bergoc

Celso Falcão Mendes e Breno

João Luis Scotton e Sra.

José Carlos

Nogueira e Sra.

João Donizete Caraciollo e Sra.

Andressa,

Marcio Carta

e Liz

Marcelo Rodrigues e Sra.

|40

Priscila, Regina

e Beatriz


Reginaldo Benedette e Nicolau de Souza Freitas

Amanda e Sueli de Pauli Gorla

Alex Artie

Juarez e Sra.

Robson, Andreza, Amanda e Sueli

Maria e Marcos

Sidnei Bau

Ivan e família

Ricardo

Magnani e

família

Claudio

Romildo Lopes

e Adriana

41|


Juracy e Antônio

Romano

Carlos

Procopio de

Araujo Ferraz

e amigos

Michel Barsaglini

Rebrustini e Sra.

Rualdo, João Henrique

e Hilário Júnior

Hélio Segnini

Fernanda Bueno e Maria

Tereza Valderrama

Carvalho

Nicolau de

Souza Freitas

Ricardo

Magnani

|42


Marcelo Xavier

Benedette

João Henrique de Souza Freitas

Luís Henrique

Scabello de Oliveira

José Arthur Antunes

Gilmar Argiona

Tatiana Caiano Teixeira

Campos Leite

Hélio Segnini

Reginaldo

Benedette

43|


Rualdo Valderrama

Jorge Luiz Piqueira Lozano

José Antônio

Franciscatto

Papai Noel

Diretores

Papai Noel

Papai Noel

Maria Clara,

Nicolau de Souza

Freitas, Davi e

Iracema

|44


45|


O sistema de mudas pré-brotadas

(MPB) de cana é uma tecnologia de

multiplicação que poderá contribuir para

a produção rápida de mudas, associando

elevado padrão de fitossanidade, vigor e

uniformidade de plantio. Outro grande

benefício está na redução da quantidade

de mudas que vai a campo.

VENCENDO NOVOS DESAFIOS

Mudas Pré-Brotadas

avançam nos canaviais

Sindicato Rural, Senar SP e Canasol se unem para

mostrar aos plantadores de cana os efeitos positivos

do plantio da MPB

No final de janeiro, o zootecnista

Renato Trevizoli, da Agrícola Trevizoli,

de Taquaritinga, proferiu palestra no

auditório da Canasol sobre MPB: Mudas

Pré-Brotadas, sistema que tem

proporcionado vantagens aos produtores,

que, ao invés de utilizarem

colmos, passam a usar diretamente

mudas durante o plantio.

A experiência de Renato Trevizoli,

instrutor do Senar, no plantio das

MPBs (Mudas Pré-Brotadas) uma vez

mais foi apresentada pelo Senar e

Sindicato Rural de Araraquara para

os associados da Canasol, parceira

nesta ação que visa ampliar o conhecimento

dos plantadores de cana. Renato

faz parte da Agrícola Trevizoli,

localizada em Taquaritinga, uma empresa

familiar. Nela trabalham o pró-

prio Renato junto de sua esposa, mãe

e irmãs. O negócio está no sangue da

família, que cultiva cana-de-açúcar há

quatro gerações, sendo três na mesma

propriedade.

À nossa reportagem o instrutor

contou que “ao ser selecionado para

integrar o projeto “+Cana”, viu uma

oportunidade para aumentar a produtividade

dos canaviais da família. No

início, diversas dúvidas surgiram, mas

Trevizoli tinha os maiores nomes da

canavicultura brasileira a seu lado, o

auxiliando nas tomadas de decisões.

“Se eu tinha algum questionamento,

já tirava a dúvida na hora pelo

WhatsApp com algum pesquisador.”

Durante o período em que o projeto

esteve ativo, o produtor participou de

diversas oficinas, que aprofundaram

Imagens do material explicativo apresentado por Trevizoli na Canasol

seus conhecimentos na arte do manejo

de mudas pré-brotadas de cana.

“Foi uma lavagem cerebral. Comecei

a ver que existia outra forma de plantar

cana. Mais fácil e mais eficiente.

Não era uma tecnologia barata, mas

vinha com muitos benefícios agregados.”

SURGIRAM AS VARIEDADES

Para ele surgiu então a curiosidade

de ter algo inovador em suas

propriedades. Instalou seus primeiros

viveiros clonais, com 200 mudas de

cada variedade. Eram 12 materiais

diferentes, quatro de cada instituição.

Vale ressaltar que todas as variedades

eram recentes e traziam consigo

as últimas novidades tecnológicas

dos programas de melhoramento genético.

“Por ser tratar de um projeto

novo, não poderíamos fazer uso de

materiais antigos”, recorda.

Segundo o produtor, como as

variedades estavam lado a lado, foi

possível ver claramente quais trariam

os maiores benefícios para sua propriedade.

“Elas foram alocadas no

meu solo e nas minhas condições de

manejo, ou seja, com o desenvolvimento

dos materiais, ficou explícito

qual deles perfilhava mais e qual não

|46


CURSOS

FEVEREIRO / 2020

• APRENDIZAGEM NA CULTURA DE

CANA-DE-AÇÚCAR - USINA SANTA FÉ

- MANHÃ - 2019/2020 - MÓDULO VI

03 a 21/02 - Local: Nova Europa

Participantes do curso sobre mudas pré-brotadas

apresentava doenças. Dessa forma,

consegui decidir quais eu poderia

alocar nas minhas áreas comerciais.”

NOVOS CONCEITOS

Para os participantes do curso

realizado na Canasol, Trevizoli explicou

que os colmos usados como

mudas no plantio dos novos canaviais

precisam ser livres de pragas e

patógenos causadores de doenças.

Para conseguir colmos com considerável

sanidade ao plantio, o produtor

de cana-de-açúcar precisa formar

canaviais com constantes vistorias

sanitárias, conhecidos como viveiros.

Ele afirma que, durante o projeto, passou

a entender os conceitos por trás

da tecnologia, como condições ideais

para a brotação das gemas e a interação

entre espaçamento e nutrição.

“Todas as questões estão embasadas

em conceitos fisiológicos. Com o desenrolar

do programa, passei a entender

o funcionamento das mudas prébrotadas

e quais fatores influenciam

no sucesso ou derrocada do manejo.”

Ao final do “+Cana”, Trevizoli chegou

a uma conclusão. “Esse negócio de

jogar 20 toneladas de cana por hectare

de cima de caminhões ficou para

trás. A MPB abriu novos horizontes.”

SURGIRAM AS VARIEDADES

Após a introdução da MPB, a produtividade

dos canaviais na Agrícola

Trevizoli cresceu exponencialmente.

Em 2017, a média fechou em

108 Toneladas de Cana por Hectare

(TCH). “Com a mudança do perfil

varietal, aliado a esse novo sistema

de plantio, acredito que num prazo

muito curto – de dois a três anos -

vamos estar produzindo 130 TCH.”

Indagado sobre o treinamento realizado

na Canasol em janeiro, Renato

Trevizoli considera que o resultado

foi muito positivo, observando que os

participantes estavam bem interessados

em conhecer e colocar em prática

o programa nas suas propriedades.

Para o instrutor houve muita

interação e troca de informações,

principalmente quando começou

a falar das doenças e os motivos

que afetam os canaviais na região.

“Essa concentração de pragas em

alguns pontos específicos tem aumentado

muito e desperta a atenção

no produtor que procura encontrar

orientação técnica com o objetivo de

minimizar possíveis prejuízos ou investimentos

que não vão apresentar

bons índices de satisfação, entendo

que são situações esclarecedoras

e necessárias”, disse Trevizoli, logo

após o curso.

À nossa reportagem ele confidenciou

que no início da implantação

do projeto em suas propriedades, a

intenção era produzir MPB apenas

para atender a demanda da fazenda.

“Porém, quando começamos a produzir,

percebemos que precisaríamos

otimizar a estrutura e contratar uma

maior quantidade de funcionários do

que tinha imaginado.” Ele diz que,

quando se deu conta, já estava muito

envolvido no processo. “Tinha inúmeros

colaboradores e uma excelente

estrutura. Cheguei à conclusão que

seria interessante ter outra opção de

negócio dentro da Agrícola. Foi quando

resolvi me tornar viveirista.”

• APRENDIZAGEM NA CULTURA DE

CANA-DE-AÇÚCAR - USINA SANTA FÉ

- TARDE - 2019/2020 - MÓDULO VI

03 a 21/02 - Local: Nova Europa

• CANA-DE-AÇÚCAR - PRODUÇÃO DE

MUDAS PRÉ-BROTADAS

11/02

Local: Taquaritinga

• MELIPONICULTURA - CRIAÇÃO DE

ABELHAS SEM FERRÃO

19 a 22/02 - Local: Araraquara

• RÉDEAS

17 a 21/02 - Local: Nova Europa

• TOMATE ORGÂNICO -

SENSIBILIZAÇÃO

18/02 - Local: Araraquara

• TURISMO RURAL - SENSIBILIZAÇÃO

17/02 - Local: Araraquara

• OLERICULTURA ORGÂNICA –

SENSIBILIZAÇÃO

20/02 - Local: Araraquara

• PROLEITE - SENSIBILIZAÇÃO

04/02 - Local: Araraquara

• PROLEITE - PLANEJAMENTO E

GERENCIAMENTO DA PROPRIEDADE

LEITEIRA (MÓDULO I)

10 a 19/02 - Local: Araraquara

• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE

COLHEITADEIRA AUTOMOTRIZ - SOJA

17 e 21/02

Local: Boa Esperança do Sul

• OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE

TRATORES AGRÍCOLAS

17 a 21/02 - Local: Araraquara

• AGROTÓXICOS - USO CORRETO E

SEGURO - NR 31.8

27 a 29/02 - Local: Américo Brasiliense

• INCÊNDIO - PREVENÇÃO E

COMBATE NO CAMPO - TÉCNICAS

17 a 18/02 - Local: Américo Brasiliense

Coordenador SENAR/SP Araraquara:

João Henrique de Souza Freitas

47|


NOTÍCIAS

CANAS

L

EDIÇÃO FEVEREIRO | 2020

Os diretores da Canasol,

Luís Henrique Scabello de

Oliveira e Romualdo Polez

com demais dirigentes

da Feplana, na visita ao

ministro do Meio Ambiente

Ricardo Salles, em Brasília

VISITA AO MINISTRO

Feplana pede apoio de Salles na garantia

de CBios para o setor canavieiro

Em seu gabinete em Brasília, o Ministro do Meio Ambiente recebeu a diretoria da Federação

dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) para ouvir algumas reivindicações da classe.

No dia 22 de janeiro, a pedido do

presidente da Canasol, Luís Henrique

Scabello, que é diretor da Feplana, o

ministro de Meio Ambiente, Ricardo

Salles, reuniu-se com a direção da federação

nacional dos canavieiros.

A entidade pleiteou o apoio para

modificação da lei do Programa Nacional

de Biocombustíveis (Renova-

Bio). Querem garantir para os canavieiros

o direito de também receber

os créditos de descarbonização

(CBios), uma vez que no ciclo de vida

do etanol a planta de cana é responsável

pela maior parte do sequestro

de carbono atmosférico.

O setor aproveitou ainda para

tratar de outras pautas relevantes,

parabenizar o gestor pelo trabalho à

frente do ministério e também para

agradecê-lo pela resolução tomada

sobre um decreto federal no último

ano, evitando a interrupção da queima

da cana como técnica de colheita,

sobretudo na região Nordeste.

O assunto sobre os créditos, segundo

consta, deverão ser tratados

em breve pelo Ministério de Minas

e Energias. Mas como é um tema

transversalmente ambiental, a Feplana

buscou o apoio também de

Salles. O RenovaBio, implementado

recentemente, garante os CBios às

usinas. Os créditos são emitidos a

partir da produção de etanol e serão

negociados na bolsa de valores.

Porém, pela lei, os fornecedores de

cana não os recebem, pois as usinas

é que firmaram um compromisso de

repassá-los. Assim, a fim de configurar

algo mais seguro para o setor

canavieiro, a federação busca apoio

para sua inclusão na lei.

Alexandre Andrade Lima, presidente

da Feplana, aproveitou para

trazer uma outra pauta importante

para o setor, que é a venda direta

de etanol. O dirigente revelou que

acredita na sua aprovação. Mas defendeu

junto ao ministro que haja

uma mudança nas leis tributárias

de modo que não haja perda fiscal

e nem aumento de imposto para ninguém.

“Para isso, é preciso que haja

um novo modelo da cobrança do PIS

e Cofins sobre o etanol. E não pode

ser o de monofasia, ou seja todos

os impostos teriam que ser recolhidos

pelas usinas no ato da venda”,

defendeu o dirigente. Lima pediu o

apoio do ministro sobre o assunto

junto ao ministério da Fazenda, que

é a pasta responsável pela questão.

|48


PALESTRAS

Interação com

a base regional

Canasol avançando nas

orientações e nos debates

com os plantadores e

fornecedores de cana.

Com o objetivo de promover interação

mais ampla com seus associados

(plantadores e fornecedores de

cana) e levando informações atualizadas

sobre o setor, a Associação dos

Fornecedores de Cana de Araraquara

começou o ano de 2020 a todo vapor.

Segundo o presidente, Luís Henrique

Scabello de Oliveira, neste

momento o papel do produtor de cana-de-açúcar

dentro do setor sucroenergético

tem uma relevância enorme.

Para ele, isso está se intensificando

cada vez mais, já que estamos no

início de uma transformação imposta

pela escala de produção e o crescimento

do segmento. Assim, é preciso

levar a informação até os nossos fornecedores,

explica o presidente.

Em janeiro, a Canasol avançou

nas orientações e debates com os

associados estando presente em

pelo menos três cidades com sua

equipe de engenheiros agrônomos e

representantes técnicos de empresas

parceiras para disponibilizar novos

conhecimentos aos plantadores de

cana.

Ibitinga, Motuca e Nova Europa

foram as primeiras cidades a conviverem

com os programas centralizados

pela Canasol num único tema:

“Nutrição e controle biológico no plantio

de Cana-de-Açúcar”, em parceria

com o Grupo Vittia e Coplacana. Em

encontros desta natureza, a Canasol

aproveita para apresentar os serviços

que presta aos associados, como o

atendimento odontológico e o Plano

de Saúde, através da Unimed, para

todas a cidades da região, ou ainda,

para todas as cidades do Brasil atendidas

pelo Sistema Unimed, mediante

intercâmbio, mas com valores muito

abaixo dos praticados no mercado.

Canasol em Nova Europa

Canasol em Motuca

Canasol em Ibitinga

CICLO DE PALESTRAS PARA ASSOCIADOS

A Canasol tem uma base de atuação na região de Araraquara e três

cidades foram visitadas em janeiro para uma interação mais ampla.

49|


SEU NOME ESTÁ NA RUA

SAMUEL BRASIL BUENO - IN MEMORIAM

ANTONIO FERREIRA LUIZ FILHO

Foi exemplo como vicentino, se dedicando

com amor e trabalho à entidade e aos necessitados.

Nascido na zona rural (Sítio do Tanquinho), de origem

pobre e humilde, conseguiu ingressar no quadro de

funcionários da EFA - Estrada de Ferro Araraquara,

trabalhando por 30 anos até se aposentar.

Antonio Ferreira Luiz Filho

nasceu em 21 de maio de 1923,

na cidade de Araraquara/SP. Filho

de Antonio Ferreira Luiz e de

Maria Georgina Ferreira, era primogênito

de uma família de nove

irmãos: Bento, Edwirges, José,

Geraldo, Osvaldo, Luiz, Therezinha

e Augustinho.

Nascido e criado na zona rural,

no sítio Tanquinho, hoje Jardim

Imperador, exerceu até os 19

anos, juntamente com seus pais e

irmãos, a profissão de agricultor.

Teve pouca oportunidade para

cuidar de seus estudos, concluindo

apenas o curso primário.

Em 1942, seu pai vendeu a

propriedade agrícola e mudou-se

com toda família para a cidade

adquirindo uma grande área de

terra na avenida Américo Brasiliense,

construindo ali sua residência.

Em 7 de outubro de 1943,

Antonio Filho ingressou no quadro

de funcionários da Estrada

de Ferro Araraquara (EFA) para

exercer a função de pintor de vagões.

Nesta empresa trabalhou

por 30 anos até alcançar sua

aposentadoria em 1º de fevereiro

de 1973.

Antonio Ferreira Luiz Filho casou-se

em Araraquara no dia 20

de abril de 1950 com a senhorita

Helena Marques de Andrade filha

de Porfírio Marques de Andrade

e Ana Marques da Silva. Desse

casamento nasceram os filhos:

José Antonio, casado com Marina

Marine Ferreira; Luiz Gonzaga,

casado com Kátia Aparecida

Ferro; Paulo Afonso, casado com

Maria Helena Antoqueira Leite;

João Carlos (falecido), que foi

casado com Beatriz da Costa Ferreira;

Maria José; Marco Antonio;

Ana Maria, casada com Luiz Augusto

Outeiro Gorla; e Helena do

Carmo (falecida na infância). Sua

descendência completa-se com

netos e bisneta.

Nas horas vagas, juntamente

com seu colega de trabalho João

Antonio Ferreira Luiz Filho

Foto de 1942 dos então noivos Antonio Ferreira Luiz Filho e Helena

Porsani, empreitava serviços de

pintura em residências na cidade.

Comunicativo, descontraído,

não se furtava às pescarias no

final de semana com os amigos

Rubens Picolli, João Porsani, Horácio

Adorni e outros, isto quando

sua querida Ferroviária não jogava

em Araraquara.

Católico praticante, de rica

vida espiritual, foi um exemplo

|50


A família. Da esquerda para a direita, os filhos Ana Maria,

Marco Antonio, Maria José, Paulo Afonso, Luiz Gonzaga,

José Antonio. Sentada, a esposa Helena

Helena cercada pelos netos e netas

como vicentino, dedicando anos

e trabalho à entidade que era filiado.

Na época de Natal saía às

ruas angariando gêneros alimentícios

para distribuir aos necessitados.

Antonio Ferreira Luiz Filho

faleceu um dia após completar

64 anos de idade, no dia 22 de

maio de 1987, deixando um belo

exemplo de trabalho e dedicação

profissional e à família. Sua esposa

dona Helena continuou residindo

em nossa cidade.

SEU NOME ESTÁ NA RUA

Através de decreto municipal nº 5.602 de 24 de julho de 1987,

sancionado pelo prefeito Waldemar De Santi, que denomina Avenida

Antonio Ferreira Luiz Filho, a antiga Avenida “3” do Parque das Hortênsias,

neste município.

Antonio Ferreira Luiz Filho

e a esposa Helena

51|


Benê, Nenê,

Salerno,

Diogo Faito e

NécoSonéco

VELHOS TEMPOS, BELOS DIAS

Texto: Benedito

Salvador Carlos,

o Benê, com a

colaboração

de Leandro

Pardine e Deives

Meciano

Nécosonéco vai fazer falta?

Conto aqui nossa participação na segunda prova da Taça Centauro de 1974, alusiva aos

festejos do aniversário da cidade de São Paulo. Experiência única, a convivência com dois

pilotos que corriam o Campeonato Mundial, com os melhores pilotos do Brasil e ainda a

sensação indescritível de um perigo que não estava no nosso controle.

NécoSonéco vai fazer falta você

me levar, vai? NécoSonéco era uma

gíria que um frequentador da oficina

usava todas as vezes que lhe era negado

algo que pedia sem oferecer nenhuma

contrapartida e dessa maneira,

de modo carente e dengoso, ele se

manifestava. Bastava você falar “não”

para ele e lá vinha o NécoSonéco vai

fazer falta?

Certa oportunidade, às vésperas

de uma corrida em Interlagos/SP,

este colega queria de toda maneira

nos acompanhar. “Penha (José da

Penha Moreira) deixa eu ir?”, “Não,

não, infelizmente não vai ser possível.

Entenda, nós temos que conciliar as

coisas. Primeiro as prioridades são

os pilotos, depois os que podem ajudar

a equipe na hora da corrida e por

fim aqueles que não se enquadram

em nada disso, mas podem ajudar

com as despesas da viagem e pela

situação que se apresenta esse não

é seu caso. Os pilotos são imprescindíveis,

os que podem ajudar nem se

fala, pois além da ajuda do rateio em

todo o custo do final de semana em

São Paulo, ajudam também nas estratégias,

no perfeito funcionamento

dos boxes e ainda em caso de alguma

desistência acidental, serem os

Penha com sua

motocicleta Mondial

primeiros pilotos reservas para correr

no lugar dos inscritos. Hoje, esta

semana, não poderemos de forma

alguma abrir mão de levar um Zé Fai-

|52


Alfa Romeo/JK

to, um Theodoro Jacob ou um Dinho

DallAcqua, pois se for preciso você

sabe, todo mundo sabe, eles vão para

a corrida e ainda em boas condições

de fazer uma ótima participação, portanto.....”.

A questão que mais pegava no

caso, era a falta da grana que ele

não tinha para pelo menos ajudar

nas despesas de gasolina da viagem,

isto porque, em especial nas outras

situações, por falta de conhecimento

de mecânica e pilotagem, ele não se

enquadrava de jeito nenhum. E assim

foi a semana toda, NécoSonéco pra

cá, NécoSonéco pra lá e nada de

José da Penha ceder.

NécoSonéco, que tinha uma

Zundapp 100cc de cor azul de quatro

marchas, cresceu nas imediações do

Mercado Municipal, da Estação Rodoviária

e da Estação do Trem, entre os

trechos que circundavam a Avenida

Brasil, com início na Relojoaria e Fornitura

Ianelli, na Rua Antonio Prado

onde se localizavam o Bar do Sr. Manoel

de Freitas, os Hotéis União e São

Luiz, estabelecimentos que serviam

os viajantes que em nossa cidade pernoitavam

e nas Avenidas Portugal e

Duque de Caxias, onde até hoje fica

o Mercado Municipal, reduto de toda

sorte de ambulantes que praticavam

a venda dos mais inusitados produtos

e oportunidades. Uns vendiam óleo

de peixe elétrico, outros pomada de

óleo de tubarão e ainda aqueles que

praticavam os mais diversos jogos de

pequenas contravenções, inclusive o

inocente joguinho do dedal, que ficou a

especialidade do nosso protagonista.

Na madrugada de sábado para

domingo prontos para a partida com

o carro JK Alfa Romeu, da cor verde,

5 marchas e câmbio na mão, Penha,

Salerno, Dinho DallAcqua, Baiano Faito

e eu nos aconchegamos. Do lado

de fora, com aquela cara de menino

pidão lá estava o colega. “Deixa eu

ir?”, no que Penha retrucou, “você

tem grana?”. “Não, não tenho, mas

arrumo.”Um olha pro lado, outro para

outro lado e em coro gritamos: Penha

deixa ele ir........“Vai, vai, vai, monta

ai” e assim fomos. Chegando perto

da cidade de Limeira, a estrada em

estado precário, quando de repente

o pneu furou e para o conserto imediatamente

adentramos no primeiro

posto de gasolina a procura de uma

borracharia.

NécoSonéco se antecipou: “-

Deixa que eu pago”. Dinho DallAcqua

perspicaz como sempre, de imediato

se manifestou: “- Isso não vai prestar”.

Imaginem a cena: - Duas horas

da manhã de noite fria, o Alfa Romeu

lentamente estacionando naquele local

imundo, escuro e de dentro daquele

pequeno espaço, uma mistura

de pobre oficina com um pouco de

borracharia e ainda um modesto lar,

quando da escuridão emerge uma

figura alta, forte, morena, barbuda,

com o rosto de traços de quem havia

bebido ao adormecer, e com a pele

ainda manchada de graxa e óleo,

aquela voz rouca e seu olhar cansado

de quem não havia completado seu

merecido descanso.

Trabalho iniciado, enquanto o conserto

se realizava, NécoSonéco com

habilidade abriu sua trouxa e com

destreza foi brincando com o seus

dedais, chamando a atenção daquela

pobre alma.

Pneu consertado, a oferenda

esperançosa para o borracheiro de

ganhar um dinheiro fácil, apostando

o valor de seus préstimos com a possibilidade

de permuta, auferindo em

caso de vitória um ganho de dinheiro

dobrado do que valia seus serviços

e o pronto aceitamento do desafio...

Jogo de dedal pra cá, jogo de dedal

pra lá e o desfecho da derrota

eminente contra um astuto jogador.

Minutos depois, a madrugada foi ganhando

o amanhecer, o carro já ligado,

as despedidas, o desejo de boa

sorte recíproca e um silêncio profundo

do perdedor desencantado...

NécoSonéco vai fazer falta seu

borracheiro...

Velhos Tempos Belos Dias

53|


Série

Bandas e

Grupos Musicais

da Cidade

Texto

Juraci Brandão

de Paula

Uma clássica formação

do Grupo Sweet

Memory: Nado (José

Roberto Nakamoto),

Tissã (João Batista da

Costa), Tinho (Benedito

José Arruda), Anibal

Ângelo Romano,

Tufão (Orlando Alves

de Lima) e Irão (Iris

Zacharias)

MUSICAL SWEET MEMORY

Os tempos dourados

da nossa música

Embora tenha vivido inúmeras alterações em suas formações

ao longo do tempo, a qualidade musical do grupo sempre

se manteve dentro do mais alto nível, sendo um dos mais

requisitados para eventos na cidade e região.

ram época nos anos 60, 70 e 80. Então

começou a reunir outros músicos

que, também como ele, eram remanescentes

das bandas que haviam

tocado naquele romântico passado

distante e que simpatizavam com a

ideia. Em pouco tempo Tinho reuniu

Anibal, Tinho, Paulinho (falecido), Tissã (falecido) e Tufão na Sorema, em Matão

Anibal, Murilo Romano, Jussara Vargas,

Tissã e Tufão no 27 de Outubro em junho

de 99

Era início de 1994, quando o Tinho,

músico que já havia tocado em

outros grupos musicais, teve a ideia

de montar uma banda para tocar os

grandes sucessos da música pop

(versão mais leve do rock and’roll)

nacional e internacional que marcaos

músicos amigos Nado, Aníbal,

Irão, Tissã e Tufão. Como o objetivo

era tocar principalmente para as

pessoas que traziam na memória as

doces lembranças daqueles memoráveis

bailes, Aníbal não teve dúvidas

em sugerir o nome “Sweet Memory”

para a banda que estava surgindo.

Tissã completou: “Musical... Musical

Sweet Memory”. Todos aprovaram de

pronto. Então iniciaram os ensaios da

Musical Sweet Memory na casa do

Anibal, na Rua Itália Comito Lima, nº

566, no Jardim Eliana, com a seguinte

formação:

Benedito José Arruda (Tinho) –

guitarra solo e vocal; José Ronaldo

Nakamoto (Nado) – guitarra base e

vocal; Iris Zacharias (Irão) – vocalista;

|54


Apresentação no Estrela Futebol Clube: Johnny, Anibal, Tissã, Murilo e Everton

Último baile abrilhantado pela

Sweet Memory em 13 de agosto de

2011, em comemoração ao Dia dos

Pais, no Melusa Clube

João Batista da Costa (Tissã) – bateria

e vocal; Orlando Alves de Lima

(Tufão) – teclado; Aníbal Ângelo Romano

– baixo e vocal.

Rapidamente a banda passou a

ganhar espaço em todos os clubes

da cidade e região. No ano seguinte

(1995) com a comemoração dos 30

anos do movimento musical Jovem

Guarda, a banda passou a ser muito

requisitada tocando várias vezes

por semana em shows e bailes com

artistas consagrados pelo movimento

como: Renato e seus Blue Caps,

Vanderlei Cardoso, Gerry Adriani,

Martinha, Waldireni, Celly Campelo,

Tony Campelo, Os Incríveis, Os Vips,

Erasmo Carlos, entre outros.

Durante os seus 17 anos de caminhada,

passaram outros integrantes

como Jussara Vargas e os irmãos Danilo

e Murilo Romano, filhos do Aníbal.

O Nado foi substituído pelo Ivan

Albino na guitarra base e o Tufão pelo

Everton Pereira da Silva no teclado.

No dia 13 de agosto de 2011 a

banda tocou o Baile do Dia dos Pais,

no Melusa Clube, todo decorado com

as brilhantes Lambrettas e Vespas organizadas

pelo antigomobilista Leogildo

Comeglian (Léo), sócio do Clube

de Carros Antigos de Araraquara – Os

Intocáveis -, atualmente presidido por

Natal Arnosti Júnior (Lemão). Foi o último

baile da banda.

Em dezembro de 2011, sua última

apresentação no evento promovido

pela TV ARA, na vizinha cidade de

Matão.

Ainda em dezembro de 2011, o

falecimento do seu baterista João

Batista da Costa, o Tissã, sentenciou

a Musical Sweet Memory a sair dos

palcos da vida e entrar também para

o rol das lembranças dos seus seguidores.

Uma doce lembrança!

Os componentes do grupo com Adilson

Sotrati e Leogildo Comeglian (Léo),

colecionador de lambretas, antes do

baile no Melusa Clube

Everton Pereira da Silva

Tinho Ivan Anibal Tissã

55|


POR MATHEUS VIEIRA

Estamos

satisfeitos em

entrar no nosso

terceiro ano de

atividades em um

novo espaço, bem

equipado para o

desenvolvimento das

aulas. A ideia é, no

decorrer dos meses,

contemplar outras

linguagens artísticas,

aumentando nosso

leque de opções e,

o número de

beneficiários.

INSTITUTO FÁBRICA DE VENCEDOR

Em busca de novos talentos

Cursos de ballet, dança

contemporânea, canto coral

e violino são oferecidos

gratuitamente para crianças

e jovens.

Com o objetivo de ofertar conteúdos

artísticos e humanos para as

crianças e jovens de Araraquara, o

Instituto Fábrica de Vencedor, através

de seu braço cultural, o Núcleo

de Artes Clássicas (NAC), está com

inscrições abertas para 2020.

Para este início de ano, os cursos

disponíveis são ballet, dança contemporânea,

canto coral e violino, com

execução sempre no contratuno escolar.

Podem se inscrever, gratuitamente,

crianças e jovens de 5 a 17 anos.

A ideia é atender, simultaneamente,

150 pessoas.

Segundo Geraldo Souza, presidente

do Instituto, apostar na arte

como uma ferramenta de inclusão e

socialização é de extrema importância

na educação complementar. “A

cultura elimina diferenças de classes

sociais, idade ou ideais. Apostamos

nesse poder invisível, porém sensível”,

garante.

O Fábrica de Vencedor abriga as

atividades do Núcleo de Artes Clássicas

(NAC), renomado núcleo cultural

reconhecido no município por sua

credibilidade e compromisso. Toda

essa força é fruto de incentivos fiscais

como a Lei Federal de Incentivo à

Cultura (antiga Lei Rouanet) e o ProAC

ICMS, bem como o Fundo Municipal

da Criança e do Adolescente (FUM-

CAD). “Faço questão de agradecer as

empresas que acreditam na nossa

causa. São elas: Grupo Morada Lo-

gística, JBT, Raízen e DrogaVen. Obrigado

pela confiança”, relata Souza.

QUERO PARTICIPAR

Geraldo Souza

Presidente do Instituto

Fábrica de Vencedor

As inscrições podem ser feitas

diretamente na nova sede do NAC,

(Rua Manuel Rodrigues Jacob, 1161,

Santa Angelina), das 9h às 11h e das

14h às 16h, de segunda a sexta. Os

documentos necessários são: uma

foto 3x4, RG (ou certidão de nascimento),

comprovante de endereço,

declaração, boletim e frequência escolar

e carteira de vacinação. No ato

da matrícula, os responsáveis devem

trazer, também, seus documentos e

comprovante de renda.

Aulas gratuitas

de música

erudita e

dança

|56


APOIO

Assunto MÚSICA

Por Sérgio Sanchez

PAUL McCARTNEY

O ETERNO BEATLES

dos mais ricos músicos e foi eleito, em

2008, o 11º melhor cantor de todos

os tempos pela revista Rolling Stone.

Fora seu trabalho musical, McCartney

advoga em favor dos direitos dos animais,

contra o uso de minas terrestres,

a favor da comida vegetariana.

E começou assim: “Há muitos anos,

estava pescando e, enquanto puxava

um pobre peixe, entendi: eu o estou

matando, pelo simples prazer que isso

me dá”.

O que falar do Sir

Paul McCartney??

Vamos lá: Sir James Paul McCartney

nasceu em Liverpool, Inglaterra,

no dia 18 de junho de 1942. É um

cantor, compositor, baixista, guitarrista,

pianista, multi-instrumentista,

empresário, produtor musical, cinematográfico

e ativista dos direitos dos

animais britânico.

Tudo começa com John Lennon

convidando Paul para participar de

um “grupinho” de escola chamado

Quarrymen...o resto da história...já

sabemos.

Junto com John Lennon, Ringo

Starr e George Harrison fundou a

maior banda de todos os tempos.

The Beatles

Foi uma das mais influentes e bem

sucedidas parcerias musicais de todos

os tempos, escrevendo as canções

mais populares da história do rock,

influenciando artistas consagrados

de todo o mundo.

Não estamos aqui para falar dos

Beatles, pois todos conhecem a história

destes quatro rapazes que revolucionaram

costumes, a música e trouxeram

ao mundo um legado de beleza

e boas recordações que perduram até

os dias de hoje.

The Beatles terminou em 1970.

McCartney lançou-se em uma carreira

solo de sucessos, formou uma banda

com sua primeira mulher Linda Mc-

Cartney, The Wings, em seu primeiro

álbum após o fim do Beatles. Paul escreveu

todas as canções, gravou todos

os instrumentos e produziu o disco em

um estúdio particular de sua casa.

Um homem

com muitas

histórias para

contar

Paul McCartney

é o canhoto e

baixista mais famoso

da história

do rock. É considerado

como um

Números altos

Uma carreira musical com 22 álbuns

(Beatles e solo), 700 milhões

de álbuns vendidos, Paul McCartney

é eleito o músico mais bem sucedido

do Reino Unido

“Então, obrigado as pessoas por

me dar isso, amo vocês. E obrigado a

todos os que tornaram possível comprando

os discos, nós também te amamos.”

Paul McCartney.

O primeiro

álbum,

gravado

no estúdio

de sua

casa

Embora tenha recebido alfinetadas de alguns

críticos e do próprio Lennon, o segundo

álbum Ram é considerado por muitos como

um dos melhores de sua carreira solo, e a

canção “Uncle Albert/Admiral Halsey” foi o

maior sucesso comercial do álbum

57|


VIP

VIDA SOCIAL por Maribel Santos

E o seu ano já começou?

Olá querido, leitor! Uma frase que já se tornou usual para

muitos brasileiros: “O ano só começa após o carnaval”, é válida

pra você? Para mim, 2020 começou no dia 1º de janeiro. E

mesmo que não trabalhemos no primeiro dia do ano, temos que

ter entusiasmo para planejar como será o nosso novo ano. A

energia positiva que colocamos em nossos futuros projetos, nos

impulsiona para começarmos bem o novo ano. Precisamos ter

consciência, que nossas escolhas são frutos do que colheremos

durante todos os dias de 2020. Vamos lá, com garra, força e

coragem colocarmos em prática todos os dias os nossos planos,

para realizarmos com sucesso nossos objetivos. O tempo passa

muito rápido e não é nada produtivo deixá-lo passar em vão.

Mário Quintana escreveu: “Quando se vê perdemos o amor da

nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Se me fosse dado

um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria

sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e

inútil das horas...” Aproveite o seu carnaval. Namastê!

Maria Eduarda

de Carvalho

Pinha

Saulo Santesso Garrido e

Celina Garrido

Mário Nigro, Larissa Ignácio e Matheus Mascia

Renata Roveri

Família

Haddad

reunida:

Ricardo,

Mara

Caparelli,

Letícia e

Gabriel

Carina

Mastroiano e

Roberta Maria

Melo Minotti

|58


Maribel Santos

VIPS

EM DESTAQUE

Fotos: Marcela Campos

Ge Zoom

João Rossi e Nina Rossi

Walquiria

Helena Cunha

Jakubowski,

Isabel Oliveira

Andrade e

Maria Helena

Parelli

Silvia e

Fábio Lorena

Marçal

Ademir Antonio

Travensolo

Sidney Ferrarezi Junior e Regina Ferrarezi

59|


VITRINE

VITRINE

DA REDAÇÃO

JOÃO CARLOS

Aniversário de 1 ano

do garoto Ithan, com

a mamãe Katusca

Salles, Zeni Almeida

Chrispim, Camila

Rodrigo Silva, Natália

Campos e a pequena

Lorena Chrispim,

no Espaço Fantasy

Eventos

Maria Helena de Souza

Neves comemorando

aniversário ao lado do

filho Beto Neves. Um dia

de muita felicidade.

ANIVERSÁRIOS

Posse da nova diretoria da AESCAR, triênio 2020-2022

Fevereiro|2020

A diretoria do SINCOMERCIO cumprimenta todos os aniversariantes

NOME

EMPRESA

DATA

DATA

01/02

01/02

01/02

02/02

02/02

05/02

06/02

06/02

07/02

07/02

08/02

09/02

09/02

09/02

10/02

10/02

10/02

11/02

12/02

12/02

13/02

13/02

13/02

Celso Haddad

Edson Vicente da Costa

Wilson Rodrigues Santos

Bruno Cesar Pedro

Osmar Manfre

Marie Elisabeth Dreyer

Bruna Morganti Treu

Cibele Regina de Oliveira

Antonia Rizzo da Matta

Estella Janusckiewicz

Domingos Arnosti - “Tite”

Eduardo Neves Nigro

Lilian R. de Souza Pereira

Rodrigo Santos Rodrigues

Deise Andrade Viana

Homero Balera Borba

Luiz Antonio G. de Souza

Lucas Lorenzetti

Evilazio Godoy Junior

Reinaldo Dias de Lima

Alvaro José Magdalena

José Carlos Oliveira

Leonidas Nascimento Costa

HDZ Imóveis

Jóias Nova

Valmag

Multy Dental

Konsult Organização Contábil

Escritório Dreyer de Contabilidade

Up Make Up

Br Pneus

Ótica Araraquara

Hi Tec Eletrônica

Posto da Fonte

Drogaria Selmi Dei

Óptica Objetivva

Beauty Marks Distribuidora

Via Motors

Colégio Neruda

Método Ensino Dirigido

Lorenzetti Movelaria

Escritório Brasil de Contabilidade

Tulipa

Magdalena Imóveis

Escritório Pinheiro

Leo Fibras

14/02

14/02

15/02

15/02

18/02

18/02

19/02

19/02

19/02

21/02

21/02

21/02

21/02

22/02

22/02

22/02

24/02

26/02

26/02

27/02

28/02

29/02

NOME

Artur Gomes de Assumpção

Evandro Lucas Yashuda

Marcelo Moraes Serafim

Suzana Piovesan Casale

Geraldo Carmo Ferreira Luiz

Thais Helena Gullo Oliveira

Ariane Abuchaim

Geraldo Valentin de Toledo

Gilton Fermino Junior

Carlos Alberto de Freitas

Haroldo Franzin

Larissa Renata Bernarde

Thais Pereira da Costa

Danilo Marcico da Silva

José Ademir Criado Ribas

Maria Medeiros Mariano

Augusto Cesar Munhoz

Eduardo Bueno Govatto

Eliani de Cássia Bignotto

Adelcio Carlos Magrini

Marcelo Costa

Eliseu Munhoz G. Perez

EMPRESA

Drimaq

Farmácia Bandeirantes

Multiverso

A Sertaneja

Escritório GM

Gullo Medicina

Porkão

Organização Contábil Fontol

Agaeli Distr. Peças

Sapataria Popular

New Standard

Xinelo e Cia

Leo Fibras

Alfa HP Tecnologia

Capas Ribas

Escritório Mariano

Lubrific

Edu Imóveis

Funerária Bom Jesus

Aquarela Tintas

Passarinho Hortifruti

Lubrific

|60


Na base do verão pra que te quero: o comunicador

Antonio Carlos Rodrigues dos Santos com a filha

Carina, o neto Nicholas e a esposa Doris

Sylvio Gilberto Zabisky, novinho em folha,

após probleminhas de saúde, ao lado do

filho Silvinho

Encontro de amigos: Elidio Pinheiro

e Eduardo Soranso, que tem dado

grande visibilidade ao 22 de Agosto

Daniel Carranza num café da tarde com Maria José

Battagy em Panificadora Trigo & Cia

A aniversariante Fabiana

e o marido Dú Garcia;

comemoração aconteceu em

janeiro em sua residência

Rodrigo Coutinho, o

“Soró” ao lado dos

amigos Luiz Alberto

Pereira e Wilson Luiz,

durante a premiação

dos “Melhores

do Esporte”, em

Araraquara. “Soró”

deverá receber

singela homenagem

na Câmara Municipal

61|


Confissões

Já escrevi tantos artigos sobre os

mais vários assuntos nesses quase

60 anos que colaboro na imprensa,

que temo ser um tanto repetitivo e

até mesmo apontado como um cronista

chato — como alguns amigos

já me disseram que sou —, porque

as coisas que costumo escrever nem

sempre foram do agrado deles.

Mas fazer o quê? Não se consegue

contentar todo mundo. Aliás,

aqui entre nós, reconheço até que

têm alguma razão, pois confesso

que depois de publicados e novamente

lê-los no papel, tenho a impressão

que escrevi besteiras e aí

fico com raiva de mim mesmo. Não

que tenha ficado tão arrependido;

mas é que foram para o espaço e

não haveria mais volta para eventualmente

serem revistos ou transformados.

Então, talvez chato ou repetitivo,

para eles ou para alguns outros

queridos leitores e amadas leitores

que supostamente leram aquelas

coisas e que não me consideraram

tanto assim, consigo levar uma vantagem,

se assim pode ser considerada.

É que jamais poderão perceber

novamente as falhas, porque já

não mais fazem parte deste mundo.

A inevitável passagem do tempo

que não volta mais.

Além disso, há um detalhe muito

importante: tais escritos foram circunstanciais,

de ocasião e por isso

não teria mais sentido reescrevê-

-los. Perderam-se na história. Porém,

alguns outros, intemporais,

“filosóficos”, até que ainda poderiam

ler relidos, mesmo porque,

como já dissera Hegel, a História

costuma se repetir, “pelo menos

duas vezes”.

Já as crônicas, contudo, datadas

Luís Carlos

BEDRAN

Sociólogo e cronista da Revista Comércio,

Indústria e Agronegócio de Araraquara

no tempo, como a própria etimologia

diz, também ainda podem

ser relidas, principalmente entre os

jovens, mas tão somente por mera

curiosidade porque está havendo

uma espécie de retorno saudoso

de um passado, que, claro, nunca

existiu para as novas gerações.

Supõem, enganosamente, que outrora

era bem melhor a vida das

pessoas.

Uma das razões poderia ser

que a vida atual tem sido um tanto

confusa, pois lhes têm faltado referências

sólidas, valores estratificados

para que eles consigam superar

suas eternas inseguranças que

encontram no dia a dia, uma das

características da vida moderna. De

qualquer maneira serão superadas,

como as foram pelas antigas gerações.

Apesar disso, não posso deixar

de dizer, embora um tanto constrangido

ou mesmo envergonhado,

que não teria mais coragem para

expor novamente algumas opiniões

— não que seriam revolucionárias

ou chocantes — mas simplesmente

porque os tempos são outros, estranhos

tempos, em que qualquer pessoa

dá palpite sobre tudo o que é

possível e imaginável (o que é muito

bom, por sinal, o que tem sido

facilitado pela internet).

Porém nem sempre são ponderadas,

analisadas, medidas, o que

leva às maiores e intermináveis discussões

que nunca conseguem chegar

à conclusão alguma, tamanha

a velocidade dos contatos, geralmente

supérfluos. É de se louvar o

amplo conhecimento, coisa que no

passado era um privilégio de poucas

pessoas.

E também a indignação de alguns

internautas responsáveis que

não se conformam — com razão

até —, com o que tem ocorrido no

mundo, no País, na cidade, sugestionados

que têm sido pelas redes

sociais (ou antissociais), por aquilo

que se convencionou chamar “politicamente

correto” e não se sabe

bem o que é isso.

E não somente indignação,

mas também a preocupação das

pessoas de bem contra algumas

estranhas manifestações oficiais

ou extraoficiais dos governantes

da Nação sobre alguns temas que

nunca, mesmo desde os chamados

“anos de chumbo”, passando por

todos os governos, após a redemocratização,

sequer foram levados

em consideração.

Por isso este cronista travou-se,

autocensurou-se, porque tudo o

que gostaria de escrever com toda

aquela antiga autonomia sobre o livre

pensar que sempre teve, sentese

hoje psicologicamente tolhido

— não pelos editores dos jornais ou

da revista, que sempre lhes deram

ampla liberdade de manifestação

de pensamento nesses anos todos,

sem quaisquer censuras —, mas

pelas atuais circunstâncias pelas

quais o País está passando.

Dessa forma, ser “obrigado” a

contestar, a polemizar ou a debater

as ideias, as mais esdruxulas que

têm sido levantadas pelos usuários

das redes sociais pela internet, ou

a enfrentar tête-à-tête cidadãos que

se consideram entendidos sobre

tudo o que ocorre no mundo, baseados,

geralmente, no superficial

conhecimento que têm, não vale a

pena.

Por quê? Simplesmente porque,

pela passagem do tempo, pelo pouco

que lhe resta de aproveitamento

de vida, que espera ser bastante,

ou para divertir-se numa pescaria

com os amigos mentirosos, ou para

enganá-los no truco, ou para tomar

umas ou outras, ou para brincar

com os netinhos, ou principalmente

para ler um bom livro ou reler um

clássico, decididamentenão vale a

pena.

|62


63|


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