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RCIA - ED. 56 - MARÇO 2010

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Casamento de Dirce e Valentim

O pai José Cruz era conhecido como

“Pipoca da Noite” na Ferroviária

Por mais de 20 anos ela permaneceu

trabalhando em uma das laterais do

Gigantão, com sua mesa entre as

colunas do ginásio

Mulher

APAIXONADA PELA VIDA!

Em seu comércio de vender pipocas e amendoins, Dirce Cruz

Vintecinco tornou-se referência e com esse trabalho criou

seus sete filhos, transformando-se num dos maiores exemplos

de fé e perseverança, motivo de orgulho para a família que

sempre a teve como modelo de mulher e mãe.

Fevereiro de 1979. Naquele começo de

noite chego mais cedo ao Gigantão e lá está

“dona Dirce”, com uma mesa entre duas colunas,

no corredor de acesso à cabine de imprensa,

vendendo pipocas. De lá até hoje ela

percorreu um enorme caminho e eu a encontro

poucos dias antes do Dia Internacional da

Mulher, sentada em um sofá no conforto de

uma casa minuciosamente cuidada por seus

filhos. Afastada das suas atividades por recomendações

médicas, “dona Dirce” pouco mudou,

ou quase nada mudou. O sorriso continua

a tomar conta de um rosto que inspira

amor, alegria e esperança, detalhes que vêm

da alma de quem soube atravessar os rigores

do inverno. Com a jornalista Michele

Rampani, ela resumiu uma história de vida e

a importância de se viver para a família.

Ivan Roberto Peroni

Quem é que não conhece a Dona Dirce?

Quem nunca comeu das suas pipocas

em frente ou dentro do Gigantão, onde

manteve seu ponto de vendas por 23 anos.

Ela é uma personagem da história da cidade,

amante dos esportes e incentivadora

das equipes em todas as modalidades. Nessa

sua trajetória ela conheceu muita gente,

e o mais importante, conquistou muitas

amizades.

Nascida em Araraquara, em 16 de fevereiro

de 1943, Dirce é filha de José Cruz e

Olga Santana Cruz, e tinha ao seu lado o irmão

Dirceu Cruz. Seu pai era bastante conhecido,

pois vendia pipoca em todos os jogos

da Ferroviária (Pipoca da Noite), talvez

tenha sido nessa época que o amor de

Dirce pelo time da cidade, a Ferroviária, tenha

aflorado.

Ainda jovem, Dirce, que estudou até o

3º ano do Ensino Fundamental, começou a

trabalhar para ajudar no sustento de casa.

Desde cedo já mostrava ser menina batalhadora,

sem medo do trabalho e decidida.

Essas características a acompanharam por

toda sua vida.

Adolescente, trabalhou por certo tempo

como doméstica, em seguida ainda trabalhou

na exportação de laranja, na Cocisa;

na catação de café e na fábrica de brinquedos

de Roberto Barbieri (A Tendinha).

No período em que esteve na Cocisa,

Dirce conheceu o grande amor da sua vida.

Valentim Vintecinco trabalhava como

carregador de vagão. O amor surgiu de forma

delicada, cheio de surpresas e conquistas.

“Todos os dias ele me enviava alguma

coisa: eram cocadas e coxinhas”, relembra

sorrindo.

O casamento entre Valentim e Dirce

aconteceu em 07 de janeiro de 1961, no

mesmo dia da inauguração do viaduto

“Leonardo Barbieri” ligando o centro da cidade

à Vila Xavier. “Casamos na Igreja

Santa Cruz e morávamos na Vila. O viaduto

fazia a ligação entre esses dois pontos e

ficou marcado em nossa história”.

O casal teve sete filhos: Rosangela, Kátia,

Paulo Valentim, Isabela Cristina, Antônio

Marcos, Wagner Rogério e Elisângela.

Até o momento, já são 10 netos na família.

Valentim e Dirce desfrutaram de

Dirce, sempre tratada

com muito carinho

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