Revista Seleções Carnavalescas 2020
Versão digital da revista Seleções Carnavalescas 2020. Fundada em 1952 pelo jornalista Décio Alves de Morais, a publicação traz as principais atrações do carnaval de Poços de Caldas.
Versão digital da revista Seleções Carnavalescas 2020. Fundada em 1952 pelo jornalista Décio Alves de Morais, a publicação traz as principais atrações do carnaval de Poços de Caldas.
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Mensagem do prefeito
Sérgio Azevedo
Prefeito de Poços de Caldas
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07
Índice
Histórias do Carnaval
Seleções Carnavalescas
Poços de Caldas está de braços abertos
para receber a todos neste Carnaval!
Uma festa voltada para as famílias
e que tem se destacado nos últimos
monia, aproveitando também as belezas
naturais de Poços de Caldas.
A cidade está preparada para recepcionar
os turistas e moradores. Pra-
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Reportagem Especial
Programação Oficial
Blocos Carnavalescos
anos pela organização e segurança.
Muita música e alegria invadem as
ruas e praças nos cinco dias de folia.
A programação inclui atrações para
os diversos púbicos, desde os be-
ças e ruas limpas, arborizadas e seguras
garantem o melhor carnaval
para as famílias do interior do Estado.
Desejo aos foliões que escolheram nossa
cidade para desfrutar do feriado, seja
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Carnabebê e Estação Folia
Charanga dos Artistas
Banho à Fantasia
Praça dos Macacos
bês, até as marchinhas, voltadas para
a terceira idade, mas que agradam
a todos os foliões. E este é o objetivo:
que todos se divirtam em har-
brincando o Carnaval ou descansando,
uma boa estadia. Aos moradores, desejo
que se divirtam com segurança, pois
o Carnaval é uma festa para todos!
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CHARANGA DOS ARTISTAS
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Praça Pedro Sanches
Parque José Affonso Junqueira
Marchinhas
Artigos
Mensagem da diretora
Rossmaly Alves de Moraes Borges
diretora da Seleções Carnavalescas
rais, lá em 1952. A revista continua,
nas ruas. Os dois têm muita história
Nossa Capa
ano após ano, sendo um grande
pra contar e são exemplo de energia
guia para os foliões locais.
e vibração na folia.
Além disso, fazemos questão de res-
Desejo que, de sexta a terça-feira,
gatar a história da folia na cidade.
Desta vez, conversamos com Gilson
Poços de Caldas seja palco de uma
grande, pacífica e bonita festa. Nos-
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REPORTAGEM ESPECIAL
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BANDAS
de Souza Lopes, um dos nomes mais
sa equipe vai estar de olho em tudo,
É com muita alegria no coração que
publicamos a 68ª edição da Seleções
Carnavalescas. Mais uma vez,
cumprimos a missão iniciada pelo
meu amado pai, Décio Alves de Mo-
importantes do Banho à Fantasia.
Foi uma delícia! Entre um e outro
caso engraçado, com muitas gargalhadas,
ele revelou também de onde
surgem as ideias para tantas fantasias.
Quanta criatividade!
Outro bate-papo delicioso foi com
Érica Ballerini e Di Carvalho, dupla
que há décadas tem destaque no
Carnaval, seja dentro dos bailes ou
sempre registrando a alegria do público
e o talento dos artistas. Faremos
ainda a cobertura diária, que
pode ser conferida em nosso site
oficial (selecoescarnavalescas.com.
br) ou no portal Poços Já (pocosja.
com.br).
Estamos prontos,
que venha o Carnaval!
selecoescarnavalescas.com.br
Poços de Caldas - MG
Fundada em 1952 - n.º 68
Serviço de Utilidade Pública
Lei Municipal nº 1073
Expediente
Diretora responsável
Rossmaly Alves de Moraes Borges -
MTB 09.545
Redação
João Araújo - MTB: 16170-MG
Diagramação e Direção Comercial
Juliano Alves de Moraes Borges
Edição e Revisão
FATA
Tel. (35) 9 9924 8723
R. Barão do Campo Místico, 250 - Centro CEP: 37701-039 - Poços de Caldas
ATRAÇÕES DO CARNAVAL POÇOS-CALDENSE
Conheça Gilson, a mente por trás
das fantasias mais criativas do
Carnaval poços-caldense
Primeiros concursos
São 37 títulos de campeão, sem contar as 40 vezes em
segundo lugar e 42 em terceiro. O currículo vitorioso é de
Gilson de Souza Lopes, criador de fantasias de Carnaval
desde a década de 1990. Essas vitórias ocorreram através de diversos
participantes nos concursos locais, inclusive o próprio Gilson.
As roupas que são destaques nas competições saem da mente
criativa dele e vão para as passarelas da folia, mas antes há um
trabalho minucioso de confecção, realizado por Gilson e sua família.
Participante assídua do Banho à Fantasia, a equipe começa a
produzir as peças cerca de seis meses antes do Carnaval.
A filha de Gilson, Maria Vitória Garcia Lopes, faz questão
de concorrer desde os quatro anos. Ela também já levou diversos
títulos para casa: ficou nove vezes com o prêmio máximo e duas
como vice. Em 2020, ela entra pela primeira vez na categoria
adulta da competição.
Além do Banho à Fantasia, Gilson também foi um
dos nomes importantes na história da disputa que era
realizada no Sesc e também do Concurso Nacional de
Fantasias Isoladas, que acontecia no Palace Casino. Foi ali
no luxuoso salão do Palace que Gilson iniciou a carreira como
estilista de fantasias.
conta que tentava entrar para assistir presencialmente,
mas ainda havia dificuldades. ”Era tão glamouroso que
No final da década de 1970, quando morava em não conseguia entrar no Palace, ficava do lado de fora.
Caldas (MG), Gilson acompanhava o Carnaval poçoscaldense
pelo rádio, ao vivo. “Eu escutava o Banho à participar. Na primeira vez eu fiz uma favela de madeira,
Aí eu falei assim: pra conseguir entrar eu tenho que
Fantasia e ficava imaginando, era apaixonado”, lembra. mas estraguei a fantasia do pessoal tudo, porque a minha
À medida que imaginava e admirava os concursos fantasia estava caindo aos pedaços. Mas entrei para poder
de fantasias, crescia a vontade de participar. Na década ver de perto”, descreve aos risos.
seguinte, quando voltou a morar em Poços de Caldas, ele Apesar de inicialmente não ter conseguido resultados
expressivos, ele foi resiliente. O nível do concurso no Palace
era alto e, mesmo na categoria originalidade, as fantasias
vencedoras requeriam um investimento financeiro maior
do que era possível na época.
Quando fala desse período, Gilson demonstra
gratidão e faz questão de citar um jurado do concurso, o
estilista Branco Dieri. “Além de ser um excelente jurado,
ele era um grande incentivador dos participantes. Me
falou assim: ‘Na hora que você começar a aperfeiçoar e
fazer acabamentos na sua fantasia, você vai sair do quinto
lugar. Não desanima não!’ “.
Banho à Fantasia
As fantasias de Gilson chegaram duas vezes à
segunda colocação na categoria nacional do Palace Casino,
mas foi no Banho à Fantasia que ele tornou-se referência e
o principal nome quando o assunto é criatividade.
A primeira vez que participou foi em 1992, na
categoria de grupos, com amigos do Departamento
Municipal de Água e Esgoto (DMAE), onde trabalha como
técnico de meio ambiente. Gilson lembra que houve alguns
obstáculos, mas que já estreou com a vitória. A fantasia
era inspirada nos Flinstones, com direito ao famoso carro
movido pelos pés dos passageiros. “Nós colocamos esse
carrinho em cima de um Chevette e fomos. Passamos
embaixo de uma árvore e ela levou, desmanchou,
depois ficou tudo remendado. Mesmo assim, nós ainda
conseguimos o primeiro lugar”.
Depois de quase 20 anos participando do concurso,
ainda não se esgotaram as ideias. Pelo contrário, a
criatividade de Gilson tem uma rica fonte. Ele afirma que,
muitas vezes, as fantasias são originadas de pequenos
momentos do cotidiano. “Eu gosto de ficar andando na
cidade, vejo uma coisinha e falo: vou fazer uma fantasia
naquele estilo. Quando a pessoa tem criatividade, de um
feijãozinho brota uma ideia. As minhas fantasias eu gosto
que mudem, não podem começar o desfile e terminar do
mesmo jeito. Abrem, fecham, mudam de aparência, da
tristeza para a alegria. Eu procuro isso”.
Após a definição do projeto, os resultados dependem
de dedicação para
que tudo seja
executado conforme
o planejado. Cada
peça requer minúcia e
demora para ser feita. A
família passa noites em
claro, com o objetivo
de realizar o melhor
trabalho possível.
O serviço
é exaustivo, mas
feito com todo
o prazer. Gilson
revela que fica
muito agitado
nesta época e
que, mesmo
depois do evento, precisa
continuar o ofício artesanal.
“Para desacelerar, trabalho um
mês depois do Carnaval. Sento
e começo a fazer flores, cordões”.
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selecoescarnavalescas.com.br • 2020 • 68 anos
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Histórias
Durante a conversa com a equipe da Seleções
Carnavalescas, ele contou histórias que precisam ser
citadas aqui. Em um dos concursos ele desfilou machucado,
com a “tampa do pé solta”, como ele mesmo descreve.
Hoje, Gilson dá altas gargalhadas contando esse
caso, porém o momento do salto na piscina do Country
Club foi desesperador: “Eu coloquei uma faixa e fui
desfilar, mas esqueci que tem cloro na água e pulei. Na
hora que caí, já comecei a gritar. O Bucha (apresentador
do concurso) falava assim: ‘Que vibração, que vibração!’
Ele não sabia o que eu estava sofrendo”.
Outra vez, já em casa depois do desfile, ele sofreu
um corte no pé e teve que ir para o hospital. Chegando
lá, passou por vários médicos, sem entender o que
estava acontecendo. Gilson nem imaginava que a tinta
da fantasia, que deixava a pele verde, acabaria causando
confusão. “Falavam assim: ‘ele gangrenou, gangrenou!’. E
eu ficava tentando explicar que era só tinta”.
Origem
Perguntado sobre a razão de ser tão talentoso e de
ter facilidade para os trabalhos artesanais, Gilson é enfático
e lembra da mãe, Raimunda Epifânia Souza Lopes: “A minha
mãe me ensinar a tricotar e fazer crochê me deu criatividade
para fazer fantasia. Eu tinha que me virar, fazia meu short
costurado à mão. Na década de 70, se você queria um short
diferente, tinha que costurar. Eu cheguei a andar com short
de saco de estopa, porque a gente não tinha dinheiro pra
comprar aquele de estilo diferente”.
Sendo assim, a gente agradece: obrigado, Dona
Epifânia!
Se você quiser ver mais um show do Gilson e família,
é só ir ao Banho à Fantasia. Neste ano, vai ser às 15h de
domingo, nas piscinas do Country Club.
Seleções Carnavalescas: nas mãos
e nos olhos dos foliões desde 1952
Ela já viveu muitas
alegrias. Deparou-se
com
obstáculos que
pareciam intransponíveis,
mas sobreviveu. Firme e
forte. Esteve presente nos
antigos bailes, nos desfiles,
nos sambas-enredo,
nas mãos e nos olhos dos
foliões. Hoje é quase uma
septuagenária, mas à medida que o tempo passa ela
se transforma e reafirma sua razão de ser. Criada em
1952, a revista Seleções Carnavalescas chega à edição
68. Para celebrar e valorizar essa jornada, esta reportagem
conta um pouco da história da publicação.
com relação à publicidade,
às artes gráficas e ao
comportamento popular.
É evidente que a
festa atual é bem diferente
daquela que ocorria
na década de 1950. Ano
após ano, as páginas da
Seleções registram essas
mudanças. Dos corsos
à Regional do Lira, dos
bailes luxuosos no Palace Casino aos despretensiosos
blocos de rua. A revista continua sendo um grande
guia carnavalesco, onde também são realizadas reportagens
especiais sobre pessoas que fizeram e fazem a
história da folia local.
A Seleções cresceu, em tamanho e tiragem. Porém,
algo não mudou: ela continua sendo distribuída
gratuitamente durante o Carnaval, nos principais
pontos da festa em Poços de Caldas. O fundador, Décio
Alves de Morais, faleceu em 2018 e agora o trabalho
continua, sob a liderança da filha Rossmaly Alves
de Moraes Borges, que dirige a revista.
Quem fundou a revista é um dos maiores jornalistas
da história de Poços de Caldas: Décio Alves
de Morais. Na ocasião, ele teve como braço direito o
amigo Alexandre Xandó. Inicialmente, tratava-se de
um guia de marchinhas entregue aos turistas e foliões.
Também eram incluídas informações de utilidade pública,
importantes para quem visitava a cidade.
Aos poucos, ocorreram algumas mudanças.
Com o sucesso do periódico, o conteúdo cresceu: sambas-enredo
das escolas do Rio de Janeiro, por exemplo,
passaram a ser incluídos. Depois, a cobertura
local tomou espaço. Cada edição retrata a respectiva
Novidade
Falando em evolução, a Seleções continua impressa,
mas também está online. As reportagens da
publicação, assim como a cobertura do Carnaval
2020, podem ser acompanhadas no site (selecoescarnavalescas.com.br)
e são produzidas em parceria com
o maior portal de notícias de Poços de Caldas, o Poços
época, não somente quanto ao Carnaval, mas também Já (pocosja.com.br).
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#REPORTAGEMESPECIAL
Erika Ballerini e Di Carvalho:
muita história pra contar
Ela é uma das maiores foliãs de Poços de Caldas! jipe, e pra polícia não pegar eu ia sentada em cima do
Erika Ballerini é presença garantida no Carnaval. Em galão. Então eu era a tampa!”, menciona a foliã.
entrevista para a Seleções, ela conta histórias de
outras épocas e ajuda a entender a evolução da folia Saudades dos bailes no Palace
na cidade. Junto dela, um grande amigo e também
importante nome na linha evolutiva do Carnaval: Di Assim que completou 18 anos, Erika passou a
Carvalho, que comanda o bloco Vermelho e Preto. frequentar os bailes do Palace Casino, conhecidos
Erika conta que sua família é festeira e que ela nacionalmente. Durante os quatro dias de folia, ela
passou a infância e a adolescência em meio a muita chegava cedo. Quando a banda começava a tocar, lá
alegria. Na época dos corsos, década de 1970, a estava ela. “Eu pulava enlouquecidamente, às 21h30
recordação dos desfiles de carros é firme na memória, já estava dentro do Palace Casino”, lembra.
mas com um detalhe curioso: “Naquela época não Erika juntava as economias para frequentar
podia jogar água em ninguém. Como eu era mais as quatro noites, mas para Di já era um pouco mais
nova, enchiam o galão de água, botavam atrás do complicado. Ao todo, o valor dos ingressos chegava a
um salário mínimo da época.
Di conta que escolhia um dia de festa para ir
ao baile do Palace. Geralmente, o sábado e a terçafeira
de Carnaval eram mais movimentados. Mesmo
antes de chegar à maioridade, ele já tentava entrar,
mas tinha um grande obstáculo: a comissária de
menores mais famosa da história poços-caldense.
“Quem barrava a gente? Cida Caselli, o foco dela era
o Palace”, comenta.
Os dois lembram que na Boite Azul do Palace,
inclusive no Carnaval, aconteciam shows mais
tranquilos, que geralmente recebiam um público
mais velho ou que preferia noites menos agitadas. Ali
tocavam artistas nacionalmente conhecidos, como a
banda “Os Três do Rio”. “Eu era louca pra ir no Três
do Rio, mas quando eu comecei a ir aos bailes eles
não tocaram mais. Era um sonho, e ficou no sonho”,
lamenta Erika.
Quando o baile terminava, algo inusitado
acontecia. A banda saía do prédio histórico e seguia
pela rua, em direção à Praça Pedro Sanches. Ali,
encontrava os músicos do baile Verde e Branco, que
acontecia na Caldense. Em dose dupla, mais festa
para os foliões!
Quando a folia acabava, o jeito era recuperar
as energias tomando uma canja no restaurante
Castelões, que era ali perto, onde hoje é o Doce da
Roça. Depois, descanso, preparação para a próxima
noite e a espera pelas fotos do fotógrafo Jacaré, que
acompanhava os bailes e fazia o movimentado varal
de fotos nos dias seguintes.
Vermelho e Preto
Erika e Di continuaram curtindo os Carnavais e
realizaram um feito histórico no ano de 1986. Foi ali
que começou o baile Vermelho e Preto, que estaria
fixo na programação local pelos próximos 30 anos.
Hoje, o Vermelho e Preto é um dos blocos mais
animados. Nessa jornada, Di levou a ideia adiante
e promoveu as festas seguintes. Porém, a primeira
edição teve a ajuda intensa de Erika.
Ela conta que, depois de muitas negociações e
pesquisas com outros salões, a festa foi para o Clube
Itaoca. Porém, dias antes da estreia, poucos ingressos
haviam sido vendidos. “Nós fomos lá para o (bar)
Tio Darcy, na rua São Paulo. Eu falava assim: ‘vamos,
gente, pro Vermelho e Preto!’. Vendemos tudo! Moral
da história: na hora do fervo baixou um mundaréu de
gente, nós tínhamos dois ou três seguranças só. E eu
na portaria empurrando o povo pra fora”.
Jurada
Erika tem muito o que contar sobre Carnaval,
já que é uma foliã convicta e também fez sua parte
trabalhando para que tudo isso acontecesse. A
influência dela no meio carnavalesco ainda ocorreu
como jurada de diversos concursos locais, como a
eleição da rainha, e até dos desfiles das escolas de
samba, por cerca de 30 anos.
A função é delicada e muitas vezes os jurados
eram abordados com firmeza pelas escolas. Mesmo
assim, Erika afirma que não teve problemas nesse
sentido. “Nunca me questionaram, mas também eu
nunca prejudiquei ninguém, porque tinha trabalho,
gastos, vontade, desejo, sonhos. Não podia desprezar
isso”.
É assim: quem sabe o que é Carnaval também
sabe valorizar o trabalho de todos os envolvidos
nessa grande festa. Se você vai curtir a folia nas ruas
de Poços, fique atento: pode ser que você encontre
a Erika e o Di no bloco Vermelho e Preto. Se isso
acontecer, aproveite, porque você está prestes a se
divertir!
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#PARTIUCARNAVAL
TEM FESTA NAS RUAS!
Quer saber quais são as atrações da folia poços-caldense? Nas páginas a seguir você
encontra um grande guia da programação. Tem bandas, blocos, Charanga dos Artistas, Banho
à Fantasia e muito mais.
Todo mundo brinca. A rua é o palco mais democrático e ali acontece o Carnaval. Os
foliões juntos, no embalo das nostálgicas marchinhas, do animado samba ou até mesmo do
cadenciado blues. Diversão boa para os pequenos, para os grandes, para os brancos, para os
pretos, para homens, para mulheres. Enfim, para tod@s!
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#BLOCOSDERUA
Diversidade de temas e estilos
marca desfiles dos blocos
Entre estreantes e veteranos, 12 blocos vão colorir e agitar as ruas de Poços de Caldas durante
o Carnaval. Os desfiles acontecem de sábado a terça-feira.
A concentração, uma das partes mais animadas da festa, muitas vezes com música ao vivo,
ocorre no coreto da Praça Pedro Sanches. Em seguida, os blocos seguem pela avenida Francisco Salles
e ruas Assis Figueiredo e Barros Cobra. O desfile termina na Praça dos Macacos, um dos lugares mais
vibrantes da folia local.
Veja a seguir um pouco de como serão os desfiles:
Gatino – Um bloco animal
Com uma das propostas mais diferentes,
essa turma leva os pets para a folia. O tema
“Amo meu pet” reúne tutores e seus animais
de estimação para que se divirtam juntos na
avenida. Por meio das inscrições foram arrecadados
alimentos para cães e gatos resgatados
das ruas por grupos de proteção animal.
Bloco do Eurico
O Bloco do Eurico tem até mascote: um
macaquinho muito animado que dá nome
ao bloco. Esse é o desfile oficial de estreia,
mas já em 2019 cinco amigos se juntaram e
acabaram formando um grupo de mais de
60 foliões. Agora, a cidade inteira vai ver a
bagunça que esse pessoal é capaz de fazer!
A concentração vai ter até show com Nego
Moura.
Carnakombi
Pela primeira vez, o beer truck do Carnakombi
vai percorrer a avenida. O bloco reúne familiares
e amigos, ao som de sambas e axés
antigos, além das tradicionais marchinhas.
Viajando na Folia
Voltado para turistas, principalmente idosos,
esse bloco mostra que não tem idade certa
para pular o Carnaval. Com o mote “Viajando
nas redes sociais”, hóspedes de dois hotéis
vão mostrar que esbanjam energia!
Bloco do Ronaldo
Os frequentadores do Boteco do Ronaldo, no
Jardim Country Club, prometem fazer uma
verdadeira festa na passarela do samba! O
estabelecimento valoriza o Carnaval e ainda
deve realizar outras ações durante a festa.
Essa é a estreia do bloco, com a expectativa
de ser ainda maior no ano que vem.
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Pregados Sound Car
O som automotivo é a grande atração desse
bloco, com dois DJs tocando músicas bem
dançantes. Vai ter eletrônica, funk, axé e
muito mais!
River Bloco
Em 2009, um grupo de amigos se juntou
para jogar futebol e criou o time River Poços,
que cresceu e até representou a cidade em
campeonatos regionais. Com base na amizade
e na solidariedade, essa galera foi além e
ainda fundou um dos maiores blocos carnavalescos
do Sul de Minas. A concentração vai
ter shows de Michel Falcão e Bateria Show
River Bloco.
Folia Nacional
Os hóspedes de um hotel poços-caldense se
juntam para celebrar o Carnaval. Com o tema
“Nóis é mineiro, uai”, vai ter carro de som e
as músicas mais animadas, pra todo mundo
tirar os pés do chão.
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Vermelho e Preto
Entre os bailes mais famosos e icônicos da
história carnavalesca local, o Vermelho e Preto
deixou saudades. Presente nas lembranças
de muitos foliões, a festa se reinventou e
foi para as ruas. Neste ano o tema é o circo
e, com certeza, os integrantes vão fazer das
ruas um imenso e divertido picadeiro!
Bloco do Vila
Vida, Igualdade, Lazer e Amizade! O Bloco
do Vila quer passar a mensagem de alegria
e paz no Carnaval. E tem mais: o som é contagiante!
Os fundadores eram membros das
baterias de diversas escolas de samba locais
e tocam ao vivo axés, sambas-enredo, marchinhas
e funks.
Fridas e Tine
Os blocos “das Fridas” e “Tine Taga” desfilam
juntos, levando feminismo e diversidade
para as ruas. O objetivo é abordar questões
sociais como machismo, cultura do estupro e
homofobia, mas com a missão de manter a
alegria e a beleza da festa. Os foliões entoam
músicas autorais, que são versões de canções
famosas. Por exemplo, ‘Swing da Cor’,
famosa na voz de Daniela Mercury, é transformada
em ‘Não me assedie’. Os versos
“Não! Não me abandone, não me desespere,
porque eu não posso ficar sem você” passam
a ser cantados assim: “Não! Não me assedie,
não me toque ou rele, porque eu não quero
ficar com você”.
Passorodo
Nascido em uma cervejaria artesanal de Poços de Caldas, o Passorodo leva o tema “Pra todos os
Programação
bicos”. Vai ter open bar, seja para os mais cachaceiros ou para aqueles que não ingerem bebidas
alcoólicas. O importante é copo cheio e sorriso no rosto!
Sábado
Concentração:
• 15h – Bloco do Eurico
Domingo
Concentração:
• 13h – River Bloco
Desfile:
• 17h40 – Viajando na Folia
• 18h20 – Carna Kombi
• 16h30 – Carna Kombi
Desfile:
• 17h – Viajando na Folia
• 17h40 – Gatino – Um Bloco
Animal
• 18h20 – Carna Kombi
• 19h – Bloco do Ronaldo
• 19h40 – Bloco do Eurico
• 20h20 – Pregados Sound Car
Desfile:
• 17h – River Bloco
• 17h40 – Folia Nacional Inn
• 18h20 – Vermelho e Preto
Segunda
Concentração:
• 16h30 – Carna Kombi
Terça
Concentração:
• 15h – Passarodo
Desfile:
• 18h – Passarodo
• 18h40 – Bloco da Vila
• 19h20 – Pregados Sound Car
• 20h – Blocos das Fridas e Tine
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#MAMÃEPAPAIEVOCÊ
A criançada também
brinca o Carnaval!
O Carnaval de Poços de Caldas é uma festa para todos. Sejam homens ou mulheres, meninos
ou meninas, vovôs ou vovós. Entre as atrações, muitas são adequadas para crianças. Pensando nesse
público, destacamos dois eventos feitos especialmente para os pequenos: o Carnabebê e a Estação Folia.
carnabebê
Vem meu filhinho, hoje vou dançar com
você
Vem minha filhinha, vem cantar no
Carnabebê
Carnabebê, Carnabebê, Carnabebê
Mamãe, papai e você...
É pra bebê, criança e gente grande
Pra todo mundo que souber pular
E quem não sabe vai curtir com a gente
Porque agora vamos ensinar
Carnabebê, Carnabebê, Carnabebê
Mamãe, papai e você...
A mamãe dança com o bebezinho
O papai pula pra lá e pra cá
Os avós brincam com os seus netinhos
E a criançada começa cantar
Carnabebê, Carnabebê, Carnabebê
Mamãe, papai e você...
A turma toda vai batendo palmas
E todo mundo tira os pés do chão
Os olhos brilham e cada criança
Vai aprendendo a ser um folião!
Carnabebê, Carnabebê, Carnabebê
Mamãe, papai e você...
Mamãe, papai e você...
Letra: Bia Câmara - Arranjo: Nanda Dearo
ficha técnica
Bia Câmara: voz e percussão
Filip Maluf: voz e percussão
Rodrigo Pires: teclado e voz
Andressa Gimenez: voz e percussão
Rodrigo Peres: violão e voz
De Freitas: percussão e voz
Gabriel Campos: voz e percussão
Julia Montezano: voz e trombone
Joca: percussão
Direção musical, cênica, arranjos e
figurinos (concepção): o grupo
Direção Geral: Bia Câmara
carnabebê
A Cia. Brincanto prepara um show com tudo planejado
para divertir os pequenos. O público alvo é de zero a seis anos,
mas todos podem assistir e brincar junto das crianças.
O Carnabebê acontece de sábado a terça-feira, às 16h30,
na Rua São Paulo (trecho entre a Rua Assis Figueiredo e a Praça
Pedro Sanches). O ambiente criado ali é ideal para a folia dos
pequenos. Não se preocupe: se chover, as tendas garantem
que público e artistas permaneçam sequinhos.
Tudo é feito de maneira lúdica, para chamar atenção da
criançada. No repertório, músicas que permeiam o imaginário
coletivo e ajudam a entender o que é a maior festa popular
do país. Tem cantigas de roda, sambas de raiz e marchinhas
antigas, sem contar as composições do próprio grupo.
A marchinha “O que é o Carnaval” é bem ilustrativa:
“Durante a festa é feriado, são quatro dias de alegria”. O “Hino
de Poços” apresenta a cidade para o público infantil: “Na Praça
Pedro Sanches tem pipoca, tem criança. Tem churros, tem
coreto e também muita esperança”. Já a “Carnabebê” pode ser
conferida na íntegra no box ao lado.
estação folia
Ali pertinho, na Praça Pedro Sanches, tem muitas brincadeiras. É a Estação Folia, que acontece
de sábado a terça-feira, às 15h. O grupo é composto por artistas de diversos grupos de teatro locais,
que garantem a alegria de todos com uma centopéia gigante, de 12 metros de
comprimento.
Tem ainda várias outras atividades, como o panãofolia,
e atrações como bonecos, malabares e pernas
de pau. A organizadora, Elisângela Virga, garante
que embarcar nessa estação é prazeroso para
qualquer pessoa: “Embora muitas crianças
sintam-se atraídas pelas brincadeiras, os
adultos também costumam entrar na
diversão ocupando a praça com os foliões,
possibilitando a interação entre turistas e
moradores da cidade”.
O grupo da Estação Folia é composto pelos
artistas Roni Mocchegiani, Renata Cabrera,
Fabio Cavelagne, Deco de Souza, Nando
Gonçalves, Elisângela Virga, Rosimeire
de Oliveira, Viviane Figueiredo,
Beatriz Marques, Danielle Vilas
Boas, Willian Moreira, Raissa
de Freitas, Ranon Torraca,
Taina Mocchegiani, João
Mocchegiani, Francisco
Mocchegiani e Silmara
Almeida.
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#CHARANGADOSARTISTAS
Charanga dos Artistas é
só alegria do início ao
fim do Carnaval!
Não há tempo ruim na Charanga dos Artistas! Faça chuva ou faça sol, essa turma está animada
e disposta a receber o público. É legal aproveitar para tirar fotos com os anfitriões, que capricham nas
fantasias. Sem contar os bonecos gigantes, que sempre impressionam.
Nesta 20ª edição, a Charanga volta para o Parque José Affonso Junqueira. Os 19 grupos de teatro
e dança homenageiam figuras históricas e personagens famosos, ao som da Banda Master Show.
A festa da Charanga começa na sexta-feira, já na abertura do Carnaval, em frente à Prefeitura, a
partir das 18h. De sábado a terça-feira, já na tenda montada atrás do Palace Hotel, a música começa
às 16h e segue até as 19h, quando ocorre o cortejo pelo Centro.
Tudo isso é realizado pelos artistas locais, em parceria com as secretarias de Turismo e Cultura.
Ainda tem mais: no domingo de Carnaval ocorre uma das atrações mais irreverentes: a escolha da
Baranga da Charanga.
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Homenagens
Entre os 19 grupos participantes, há dois que estreiam nesta edição: a Companhia de Circo Penduricalhos
e a Escola de Dança Gisa Carvalho. Confira os temas que cada grupo vai levar para o Carnaval 2020:
• Cachorro Lôco Produções: “A importância das
abelhas pro planeta”, com Gabriel Solanno e
Viviane de Figueiredo;
• Companhia Beira Corpo: “Cinema Nacional –
Bacurau”, com Nando Gonçalves, Nanda Dearo e
Fer Franz;
• Companhia de Circo Penduricalhos: “O Rei
do Show – homenagem aos 146 anos do Circo
Barnum”, com Guilherme Teixeira, Natalia Freitas
e Pedro Ribeiro;
• Companhia De Parolis de Teatro: “Centenário
Mario Puzo – O Poderoso Chefão”, com Rose De
Parolis, Thiago De Parolis e Axel de Parolis;
• Companhia de Teatro Montéchios e Capuletos:
“500 anos da morte de Pedro Álvares Cabral”,
com Felipe Campos e Luiza Lopes;
• Companhia de Teatro Toque de Vida: “65 anos
da obra O Auto da Compadecida”, com Fábio
Freitas e Rose Torraca;
• Companhia Máscaras Vivas: “Amazônia”, com
Elisângela Virga, Rosimeire Oliveira e Grace
Souza;
• Companhia Naativa: “Xuxa e Paquita”, com Dema
Mello e Isabella Rocha;
• Dell’Arte Produções Artísticas: “Centenário da
descoberta do local onde é a Fonte dos Amores”,
com Leandro Campos, Bruna Vilela e Gildo
Bernardes;
• Escola de Dança Gisa Carvalho: “Literatura
Infantil”, com Leidy Nara e Ariane Franco;
• Grupo de Dança The Power Music Dance:
“Centenário João Cabral de Melo Neto – Morte
e Vida Severina”, com Regis Reis, Matheus Reis e
Philipe Reis;
• Grupo de Teatro Magia: “A Noite das Magias,
texto de José Luiz Ribeiro, do Grupo de
Divulgação de Belo Horizonte”, com Deborah
Soares, Clara Cortês e Milene Ribeiro;
• Grupo de Teatro Trancos e Barrancos: “Danette
(Baranga da Charanga 2019)”, com Tatiane
Rodrigues Ridolfi, José Luiz Loiola, Thiago Tomaz
e Luiz Munhoz;
• Grupo Teatral Bem-Me-Quer: “Mitos e Lendas”,
com Jacque Ferrari e Gui Guerriero;
• Monteiros e Lobatos Companhia de Teatro: “80
Anos da Marchinha Aurora”, com Clisthenis Betti,
Guilherme Alves Pereira e Juliane Gaspar;
• Piquiliqui Produções Eventos Culturais: “Elvis
Presley e Marilyn Monroe”, com Lilian Tranches e
Adriano Franco;
• Studio de Dança Kika de Souza e Lucia Reis:
“Madonna”, com Kika de Souza e Lucia Reis;
• Trupe de Ruah: “Circos Brasileiros”, com Ivan
Soares e Jesica Eberbach;
• Equilibrius Artes: “Corpo de Bombeiros”, com
Thelma Azevedo e Luciana Rossi.
• O Homem Bicentenário: centenário do escritor
Isaac Assimov, considerado um dos mestres da
ficção científica e autor da trilogia “Fundação”;
• Macabéa: centenário da escritora Clarice
Lispector e homenagem ao romance “A Hora da
Estrela”, publicado em 1977;
• Severino: centenário do escritor João Cabral de
Melo Neto, autor de “Morte e Vida Severina”;
• Poderoso Chefão: homenagem ao centenário do
autor, Mario Puzo;
• Carmen Costa: centenário da cantora Carmelita
Madriaga, conhecida pelo nome artístico de
Bonecões
Os bonecões são tradicionais e muito queridos pelo público da Charanga. Olha só quem eles vão homenagear:
Carmen Costa, cujo primeiro sucesso foi “Está
Chegando a Hora”, versão da canção mexicana
“Cielito Lindo”, nos anos 40;
• Danette: Baranga da Charanga 2019, personagem
de Luiz Munhoz;
• Anísio Silva: centenário do primeiro cantor e
compositor brasileiro a receber disco de ouro,
com mais de dois milhões de cópias vendidas do
disco “Alguém me disse”, de 1960;
• Pássaro Azul: homenagem ao centenário de
Charles Bukowski.
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#BANHOÀFANTASIA
A competição mais molhada
e divertida do Carnaval
Sim, vai ter folia debaixo d’água! O domingo de Carnaval promete ser bem refrescante para os concorrentes do
Banho à Fantasia, que acontece às 15h, no Country Club.
Irreverentes e criativas, as exibições dos participantes levam o público às gargalhadas. Por outro lado, não pode
faltar o trabalho minucioso e belo das roupas confeccionadas com diversos tipos de papel.
Essa é a 39ª edição do concurso, que sempre atrai centenas de foliões e torcedores. Após três minutos de
apresentação, os competidores pulam na água. Cada salto é um show à parte!
O trabalho da comissão julgadora é difícil, com a responsabilidade de avaliar os quesitos beleza, originalidade,
confecção e evolução, em seis categorias: infantil masculina, feminina e conjunto e adulta masculina, feminina e
conjunto. Tem até premiação em dinheiro, o que deixa o evento ainda mais emocionante.
A Seleções recomenda: ir ao Banho à Fantasia é garantia de dar muitas risadas!
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#PRAÇADOSMACACOS
Fotos: Divulgação
Tem samba, pagode e axé
no Carnaval!
Banda Viva La Vida!
Léo Love
Michel Falcão
O palco da Praça dos Macacos é o mais agitado durante os quatro dias de Carnaval. É ali que a moçada se
encontra para curtir os shows. O local também é a dispersão dos blocos de rua, então está sempre movimentado,
ou seja, é ali o auge da farra!
De sábado a terça-feira, as atrações começam às 16h30 e seguem até o início da madrugada. Tem muito
samba, pagode e axé, ritmos que não podem faltar no Carnaval.
Quem fecha as noites de sábado e segunda é a VIVA LA VIDA!, comandada pelos vocais de Rodrigo Lee.
Normalmente, o repertório da banda abrange diversos estilos musicais, com clássicos das décadas de 60 a 90.
Porém, no Carnaval é um pouco diferente: a lista de músicas tem sucessos do axé, intercalados com pop/rock
nacional e internacional.
A praça está sempre lotada durante o Carnaval e o público forma um grande e afinado coral. Quem promete
fazer todo mundo cantar é a Nathália Diniz, que se apresenta no domingo, às 19h30, e na terça, às 23h.
A proposta da cantora é dar todo o destaque para o axé, em homenagem ao Carnaval baiano e às músicas
que embalaram gerações. São canções emblemáticas das bandas Eva, Beijo, Cheiro de Amor, Mel e Araketu,
além de sucessos de Ivete Sangalo e Netinho, entre outros grandes nomes.
“A nossa intenção é que sejam apresentações muito gostosas, como nos outros anos, que a gente se divirta
bastante no palco, que o público possa interagir com esse repertório e que o Carnaval de Poços seja visto, cada
vez mais, com olhos de admiração pela diversidade musical que representa”, comenta Nathália.
Olha só a programação completa da Praça dos Macacos!
Sábado
• 16h30 – Aulas Fit Dance e Axé
• 17h – Daquele Jeito
• 19h – Samba Di Vinil
• 21h – Michel Falcão
• 23h – VIVA LA VIDA!
Domingo
• 16h30 – Aulas Fit Dance e Axé
• 17h – Samba do Vô
• 19h30 – Nathália Diniz
• 21h – Léo Love
• 23h – Bombalada
Nathália Diniz
Segunda-feira
• 16h30 – Aulas Fit Dance e Axé
• 17h30 – Samba do Albano
• 19h – Nego Moura
• 21h – Samba di Vinil
• 23h – Banda VIVA LA VIDA!
Terça-feira
• 16h30 – Aulas Fit Dance e Axé
• 17h – Léo Love
• 19h – Michel Falcão
• 21h - Candiera
• 23h – Nathália Diniz
Nego Moura
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#PRAÇAPEDROSANCHES
Frevo na Fobica e Banda do
Lira balançam a praça!
A Praça Pedro Sanches é o ponto de
encontro das famílias nesse Carnaval. Isso porque
as atrações prometem divertir públicos de todas
as idades.
É ali que se apresentam alguns dos artistas
mais requisitados e tradicionais do Carnaval
poços-caldense: o grupo Frevo na Fobica e a
Banda do Lira. Os horários e atrações são os
mesmos nos quatro dias de festa.
Para começar, às 14h30 tem aulas de axé pra
quem gosta de dançar e ainda queimar calorias.
No início da noite, às 18h30, quem comanda
a diversão é a turma do Frevo na Fobica. Com
frevos, marchinhas e versões inusitadas que
sempre surpreendem o público, desta vez a
banda prepara um repertório ainda melhor, com
22 novas músicas. Entre elas, clássicos do axé
que fazem todo mundo abrir os braços e cantar a
plenos pulmões!
A formação tem um quarteto que toca
junto desde o Carnaval de 1987: Niltinho (vocal),
Alexandre de Almeida (guitarra baiana), Marcelo
Raphael Du Valle. Tanto entrosamento assim só
poderia dar em alegria e música boa. “Fazemos
um Carnaval voltado para a família, preocupado
inclusive com as letras, para que as letras das
músicas não ofendam ninguém, não criem
nenhum tipo de atrito entre os foliões”, comenta
Alexandre.
O nome da banda é uma homenagem
a Dodô e Osmar, criadores do trio elétrico. O
equipamento foi inicialmente instalado em um
Ford 1929, conhecido como “Fobica”. O ano era
1950, ou seja, há exatos 70 anos.
Depois que a Frevo na Fobica esquenta
o público, é a vez da Banda do Lira, a partir das
21h30. O cantor que dá nome ao grupo é um dos
mais carismáticos e queridos pelos foliões, dono
da grande voz do Carnaval local. No repertório, as
marchinhas ficam ainda mais empolgantes com
as melodias executadas pelos instrumentos de
sopro, que já são esperados pelo público.
Meia hora depois começa a Estação Folia, com
Inguaggiato (guitarra) e Mauro Inguaggiato
brincadeiras e atividades para as crianças (saiba
(bateria). O tecladista Rodrigo de Almeida entrou
mais na página 19).
em 1992 e, mais recentemente, o baixista
Programação
As atrações da Praça Pedro Sanches ficam
assim, de sábado a terça-feira:
• 14h30 – Aulas Fit Dance e Axé
• 15h – Estação Folia
• 18h30 – Frevo na Fobica
• 21h30 – Banda do Lira
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#PARQUEJOSÉAFFONSOJUNQUEIRA
Das marchinhas ao blues, tem
Carnaval para todos
Marchinhas pra você relembrar antes de curtir a folia
Se você está em Poços de Caldas durante o Carnaval, pode ter certeza: vai ouvir
muitas marchinhas! Seja com o Frevo na Fobica ou a Banda do Lira, até mesmo no
Carnabebê, essas canções populares são presença garantida no repertório. Para te ajudar
a lembrar, listamos aqui marchinhas que todo mundo precisa conhecer!
O Parque José Affonso Junqueira, atrás
do Palace Hotel, recebe um dos eventos mais
importantes do Carnaval local: a Charanga dos
Artistas. De sábado a terça-feira, a partir das 16h,
os bonecões, a banda Master Show e os grupos
de teatro e dança animam a festa (saiba mais na
página 20).
Também nos quatro dias de folia, a partir
das 19h, acontece o Carnaval Alternativo. É ali
que se encontra a turma que nem sempre é fã
das marchinhas ou do samba, mas faz questão
de estar presente na maior festa popular do país.
Quem comanda a música é a galera do blues!
Além do músico Luciano Boca, que é
referência do estilo musical em Poços de Caldas, se
apresentam outros grandes músicos: o guitarrista,
cantor e compositor paulistano Giba Byblos, que
Sábado
• 19h – Yuri Apsy e Blues Máfia
• 21h40 – Luciano Boca e Blues Máfia
Domingo
• 19h – Luciano Boca e Yuri Apsy
• 21h40- Netto Rockfeller e Otávio Rocha
(com Blues Máfia)
O QUÊ? QUANDO? ONDE?
acompanhou a filha de B B King, Shirley King, na
primeira turnê dela pelo Brasil; também da cena
paulistana vem Neto Rockfeller, que se apresenta
com o guitarrista carioca Otávio Rocha, mestre da
guitarra slide e integrante da famosa banda Blues
Etílicos; e Yuri Apsy, guitarrista autodidata que já
participou de outras edições do evento e sempre
levanta o público.
Também tem espaço para a prática
esportiva. É no Parque José Affonso Junqueira
que acontecem as largadas do “Carna Pé Q
Voa” (sábado) e do “Carna Run” (domingo),
ambas às 9h. Os participantes, no melhor estilo
carnavalesco, vão percorrer o trajeto correndo
ou caminhando pelo Centro, com suas famílias e
amigos. É certeza que as ruas centrais vão ficar
mais alegres neste fim de semana!
Segunda
• 19h – Yuri Apsy e Luciano Boca
• 21h40 – Rodrigo Mendonça (com Blues
Máfia)
Terça
• 19h – Yuri Apsy e Luciano Boca
• 21h40 – Giba Byblos (com Blues Máfia)
A jardineira
Benedito Lacerda - Humberto Porto, 1938
Ó jardineira, por que estás tão triste?
Mas o que foi que te aconteceu?
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu
Vem jardineira, vem meu amor
Não fiques triste que este mundo é todo seu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu
Abre alas
Chiquinha Gonzaga, 1899
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar
Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Rosa de ouro é que vai ganhar
Allah-lá-ô
Haroldo Lobo - Nássara, 1940
Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara
Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! Allah! Allah, meu bom Allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! Meu bom Allah
Aurora
(Mário Lago - Roberto Roberti, 1940)
Se você fosse sincera
Ô ô ô ô Aurora
Veja só que bom que era
Ô ô ô ô Aurora
Um lindo apartamento
Com porteiro e elevador
E ar refrigerado
Para os dias de calor
Madame antes do nome
Você teria agora
Ô ô ô ô Aurora
Cachaça
Mirabeau Pinheiro - Lúcio de Castro - Heber Lobato,
1953
Você pensa que cachaça é água?
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Pode me faltar tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça
Me dá um dinheiro aí
Ivan Ferreira - Homero Ferreira - Glauco Ferreira, 1959
Ei, você aí!
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!
Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá me dá me dá, ô!
Me dá um dinheiro aí!
Ô balancê
Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936
Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê
Quando por mim você passa
Fingindo que não me vê
Meu coração quase se despedaça
No balancê balancê
Você foi minha cartilha
Você foi meu ABC
E por isso eu sou a maior maravilha
No balancê balancê
Eu levo a vida pensando
Pensando só em você
E o tempo passa e eu vou me acabando
No balancê balance
Saca-rolha
Zé da Zilda - Zilda do Zé - Waldir Machado, 1953
As águas vão rolar
Garrafa cheia eu não quero ver sobrar
Eu passo mão na saca saca saca-rolha
E bebo até me afogar
Deixa as águas rolar
Se a polícia por isso me prender
Mas na última hora me soltar
Eu pego o saca saca saca-rolha
Ninguém me agarra, ninguém me agarra
Aonde houver garrafa, aonde houver barril
Presente está a Turma do Funil
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#ARTIGO
#ARTIGO
Do Valete de Ouro de 1893 aos dias de hoje
Quando os carnavais se fizeram para sempre
Roberto Tereziano
Jornalista
Pedro Bertozzi
Radialista, apresentador de TV e músico
Com o nome de Valete de Ouro nasceu, no antigo
recreio dos banhistas, anexo ao hotel da empresa, o
primeiro grupo carnavalesco de Poços de Caldas, perto
do ano de 1893.
Antes era o tempo dos entrudos, das águas de
cheiros fétidos, e até mesmo brincadeiras meio violentas,
mesmo em tempos tão remotos, como jogar a vítima no
ribeirão. Daquele bloco formado por alguns veranistas e
moradores o folguedo foi se lapidando, ganhando mais
arte e brilho. Surgiram os bailes, bloquinhos e blocões
históricos, impregnados de arte, alegria e beleza que
fizeram do Carnaval de Poços de Caldas o maior Carnaval
do interior do Brasil.
Os bailes de Carnaval esplêndidos no Palace Casino
e outros clubes da cidade, desfiles de fantasias isoladas
trazendo os maiores nomes do Carnaval carioca, grandes
atores e atrizes e até foliões milionários como Baby
Pignatari, herdeiro da tradicional família Matarazzo que
se encarregava de puxar o cordão e abrir oficialmente o
Carnaval da cidade.
Enquanto no Rio de Janeiro, a capital dos sonhos
carnavalescos, surgiam as primeiras escolas de samba
e o Carnaval indústria ia fazendo crescer o mercado
turístico carioca, Poços resistia tranquila com seu
Carnaval interiorano, corso com carrões antigos e noites
encantadas que a cada ano ganhavam as páginas de
revistas de circulação nacional como a Fatos & Fotos,
Manchete e outras grandes publicações da época que
documentavam e ampliavam a fama de um Carnaval
rico, alegre e sadio.
A marca maior do nosso Carnaval genuíno que está
na lembrança dos mais velhos foi um bloco formado por
executivos de Belo Horizonte, chamado Domésticas de
Lourdes, durante muitos anos tal grupo era o sinônimo
de pureza e alegria do nosso Carnaval. Moradores e
turistas se encontrando nos clubes, salões e avenida para
brincar e aplaudir a festa momesca. Ruas, hotéis e bares
cheios. Tudo era festa. Para completar e dar alguma
ordem para aquilo tudo nasce o Conselho Municipal de
Turismo. A convite dos integrantes, atores e atrizes das
maiores emissoras de tv da época vinham para Poços de
Caldas e se tornavam propagadores do nosso Carnaval.
Houve mesmo um período em que, praticamente, todo
o elenco de uma da principais novelas, “O Direito de
Nascer” da extinta Tv Tupi, ficou vários dias em Poços.
Eram os grandes atores e atrizes que telefonavam para
vários pontos do país convidando as famílias para que
viessem para Poços durante o Carnaval. Enfim, tudo
cresceu. Cresceu exageradamente. Vieram os concursos.
Os blocões vencedores teriam que virar escolas de
samba, e foi assim que chegamos e ultrapassamos o
milênio tentando imitar o Rio de Janeiro. Em poucos
anos o Carnaval se transformou no que chamei anos
atrás de uma cópia mal acabada do Carnaval carioca.
A competição entre as nossas escolas foi ficando
cada vez mais desigual, sobressaindo as agremiações
com maior poder financeiro que conseguiam cooptar
os melhores e mais criativos carnavalescos para suas
agremiações e foi ficando cada vez mais desanimadora a
luta ente Golias e Davis. Por mais que as escolas de periferia
lutassem e criassem com esforço próprio, foram poucas
vezes que se conseguiu, por dezenas de anos, superar a
supremacia de uma escola que se tornou mesmo escola/
empresa com sede própria e administração profissional.
Perdeu-se a estrutura original das escolas tradicionais
em que a massa periférica, munida de uma inexplicável
força organizacional, constrói coletivamente o grande
espetáculo.
Foram poucas vezes e com muito sacrifício que
outras escolas de samba de Poços venceram o Carnaval.
Paralelo às escolas de samba surgiram com sucesso
alternativas como o Banho à Fantasia, a Charanga
dos Artistas e a Regional do Lira, um concurso de
carros decorados se aproximando dos antigos corsos,
e até a resistência do bloco Em cima da hora, que
teimosamente continuou fazendo o seu Carnaval família
e alegria revivendo os antigos carnavais e mostrando
caminhos para se recuperar a festa do rei momo. Que
acrescido com eventos paralelos em vários pontos da
cidade feitos como alternativas para os mais jovens,
como Grito Rock, Frevo na Fobica, etc, tem garantido
a manutenção do nosso Carnaval. Foi nesse momento
que a atual administração municipal, usando de uma
falha na prestação de contas, cortou de vez o repasse de
verbas públicas para as escolas de samba, logo no início
do mandato. Embora tal decisão tenha sido aplicada de
maneira abrupta, surpreendendo a todas as escolas que
já estavam antecipando investimentos preparatórios
o efeito colateral reforçou a ideia de recuperar um
carnaval interiorano genuíno. Relembro que há mais de
dez anos, escrevendo para esta mesma revista “Seleções
Carnavalescas”, patrimônio histórico que é também
a mais antiga publicação especializada do estado, e,
quiçá do Brasil em circulação, eu dizia, antecedendo a
aguerrida vitória da tradicional escola da Cascatinha:
“O próprio Carnaval está apontando caminho para sua
recuperação; É devolvê-lo para as massas vivaldinas”,
pois caso contrário estaria fadado à extinção. Bom
Carnaval a todos.
É muito comum que as diferentes gerações
defendam os seus carnavais como os melhores de todos
os tempos. Natural que vivenciem esse sentimento,
afinal, em seus respectivos carnavais, estavam todos
fantasiados com os brilhos da juventude, bem longe das
quaresmas que a vida acaba impondo a tantos com o
passar do tempo.
Cresci ouvindo, pelas palavras de meu pai, da
elegância que passeava pelos corredores do Palace
Casino durante a época do jogo em Poços de Caldas, e
não eram palavras abstratas. Ele esteve lá! Trabalhou
lá! E a cada relato que ele deliciosa e detalhadamente
poetizava nas demoradas conversas, eu me penitenciava
por ter “nascido em época errada”. Tanto ouvi, tanto
vivenciei os episódios de meu pai, que ainda hoje, a
cada vez que entro no Palace, a sensação de que estive
lá nesses anos dourados dos cassinos me faz acreditar
em vidas passadas, em reencarnações.
Faço essa narrativa aqui para ilustrar esse
paralelo. Se apenas pude ouvir e sonhar com uma
época, certamente serei - se é que já não seja - narrador
da grandeza dos carnavais que vivi nesse mesmo
Palace Casino. Quando hoje disserto sobre esse tema
à adolescência de minha filha, sinto nela o mesmo
sentimento que tive com meu pai em suas viagens no
tempo.
Sei que, por mais que eu me esmere, não
conseguirei jamais passar a ela o encantamento
entranhado nos mármores, arcos e lustres daquele
lugar nas noites de Carnaval. Todos lá dentro eram ricos
enredos de si mesmos. Cada um buscando nota 10 nos
quesitos de felicidade, sorrisos, amores - ainda que
efêmeros -, alegria, harmonia.
Das galerias ao alto, ficávamos contemplando,
na nobreza do salão embaixo, o quanto a vida se
fantasiava de encantamento naqueles momentos. As
bandas pareciam incorporadas de anjos de felicidade.
As paredes e seus rococós de arquitetura literalmente
transpiravam e nós, querendo que as noites nunca mais
virassem dias.
Estive nesses carnavais “palacianos” como folião,
como repórter do rádio, que transmitia ou tentava
transmitir essas emoções a quem estivesse nos ouvindo
e como músico também em muitas oportunidades.
Sinceramente, não sei em qual situação fui mais feliz.
Na verdade, a felicidade talvez estivesse na certeza de
que naquelas quatro noites vivíamos o melhor de nossas
almas.
Há tantos anos já não nos apertamos em suas
bilheterias para a compra dos ingressos de Carnaval e
talvez nunca mais suas escadas sejam passarelas nos
elevando e nos levando à suntuosidade de seus salões
para nos colocar cara a cara com a festa de nós mesmos.
Não há o que questionar. O patrimônio histórico precisa
ser preservado. O prédio é um esbelto senhor de
quase 90 anos que carece de todo zelo para que outras
gerações o conheçam e o admirem e o respeitem. Fica
a ele a nossa gratidão por ter abrigado em cada uma de
suas quinas, sacadas, galerias, salões, um tanto muito
especial de nossas fantasiadas vidas, nesses carnavais
que teimam em nunca mais sair de nós.
Rua Paraíba, 321, Centro
Rua Assis Figueiredo, 600, Centro
Poços de Caldas, MG
TEL: 35 3729 1400
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