MÓNICA CAPUCHO Unever Order
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
MÓNICA
CAPUCHO
UNEVEN ORDER
25 JAN - 14 MAR 2020
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Imagens da exposição Exhibition views
Durante o Verão de 1947, Yves Klein
olhou para o céu e, contemplando a infinitude,
usou-o como exemplo para pensar sobre as
amplas possibilidades criativas da cor azul,
declarando: “O azul do céu é a minha primeira
obra de arte” 1 . Mais tarde esclareceria: “o azul
não tem dimensões; está para além destas,
enquanto que nas outras cores não é assim. Todas
as cores despertam ideias associativas específicas
enquanto que o azul sugere no máximo o mar e o
céu, e estes, afinal, são, dentro da natureza real e
visível, o que é de mais abstrato” 2 . Em 1947, Klein
começou a produzir peças pintadas de uma só
cor, chegando às quase duzentas peças, tendo
registado a autoria do pigmento que se
popularizou mais tarde como o IKB International
Klein Blue. Acreditando que a cor era energia
pura, adoptou o monocromatismo porque
entendia-o como um caminho para a total
rejeição da representação na obra e, por isso, um
modo de atingir um nível máximo de liberdade
criativa. Portanto, aplicou o azul em esponjas
coladas em tela, em performances no corpo de
modelos ou em esculturas, destacando-se as
conhecidas representações do globo terrestre ou
da Vitória de Samotrácia.
Esta terceira exposição individual de
Mónica Capucho na galeria Carlos Carvalho é
composta por três núcleos distintos, agrupados
por organizações formais similares entre si: de
um lado as pinturas de vários formatos de outro
as peças de parede e as peças de chão. Mais
uma vez, a palavra cria um efeito de equilíbrio
desafiando o papel que a mancha e a textura de
cor adquirem na obra. A artista inscreve
indicações, ora tautológicas, como por exemplo
em “Interconnection of blue sequences”, ora
confrontando o observador com uma suposta
objectividade mostrando as frases: “Peculiar,
indicações, ora tautológicas, como por exemplo
em “Interconnection of blue sequences”, ora
confrontando o observador com uma suposta
objectividade mostrando as frases: “Peculiar,
Unfaked and Honest Blue” ou “Pure, Elegant and
Sincere Blue” e quase dando ao azul uma
dimensão afectiva, descrevendo o objecto
criado e jogando com os significados e
desenhos das palavras.
Aparentemente objetivos e não
referenciais, os trabalhos exibem um amplo
mostruário de texturas, brilhos, pinceladas e
matizes subtis que encerram em si próprios uma
linguagem visível apenas quando detectada
numa análise mais profunda. Mónica Capucho
motiva-nos a observar mais além da aparência
colocando jogos de ocultação do material,
usando por exemplo superfícies com resultado
visual semelhante, misturando inclusive
pigmentos para o efeito, mas que se
diferenciam na essência e na percepção ao
toque. O espaço de decisão da artista está
nas composições de materiais, nas texturas,
na sua articulação com o significado ou com o
desenho da palavra. A materialidade é
interpretada e compreendida em todas as
suas dimensões: a artista mistura betão,
madeira, pedra ou silicone, controlando os
seus efeitos e a forma como se apresentam
ao observador pensando na temperatura, no
brilho ou na textura, na atração ou frieza, na
dureza ou na maciez da matéria.
Para Yves Klein, a adopção da cor
única traz à obra um sentido de dissolução
das diferenças dos materiais com vista à
abstração total. No trabalho de Mónica
Capucho, pelo contrário, a opção pela
prevalência da cor única segue um caminho
inverso convidando o observador a focar-se
quase exclusivamente sobre as qualidades
materiais do objecto. O cinzento e branco são
cores auxiliares que agem para dar expressão
ao azul porque tudo funciona em direcção à
cor única. A escolha pelo quase
monocromatismo permite ao observador ver
o desenho formado pela composição dos
materiais, texturas, consciencializando-o para
o modo como estes afectam a nossa
percepção da cor. As obras apresentam uma
multiplicidade de variáveis em torno do azul
seja este mate ou luminoso, com diferentes
materiais.
Mónica Capucho pensa também na obra
enquanto objecto que funciona como parte
estruturante de um todo, não descurando o seu
valor singular. A pintura-instalação torna-se
fisicamente activa: a artista explora propriedades
da obra no espaço analisando peso, estabilidade e
densidade. Os trabalhos, de configuração
puramente geométrica, expandem-se na
visualidade da galeria, ora isolando-se em
algumas instalações, ora fazendo parte de um
todo global. Sendo uma exposição site specific, é
no espaço que as obras se apresentam, pelas
relações criadas entre cada uma e numa instalação
que se coloca em diálogo com as linhas
arquitectónicas das duas salas. A exigência no
observador da propriedade física do objecto,
designadamente a escala e a presença, fá-lo
assumir um papel crucial, a par da importância da
obra e do espaço. A opção pelo quase
monocromatismo também confere à exposição
essa densidade imersiva. O uso da cor
predominante desmaterializa a obra, criando
maior permeabilidade na sua relação com espaço
de exposição. O foco, por isso, está na totalidade -
a cor autonomiza-se, sai da pintura e liberta-se no
vazio.
Da mesma forma que Yves Klein inventou
o pigmento IKB, tornando-se um químico em
laboratório, a artista dirige o seu trabalho para a
análise quase laboratorial da percepção da cor,
dos materiais e das formas em articulação com o
observador e com o espaço, convertendo esta
exposição numa obra total com dimensão
corpórea e sensitiva.
1 Alastair Sooke - “Yves Klein: The man who invented a
colour" (28/08/14 http://www.bbc.com/culture/story/
20140828-the-man-who-invented-a-colour
2 “Studio International”, Vol. 186 (1973), p. 43.
During the summer of 1947 Yves Klein
looked at the sky and gazing at the infinitude
used it as an example of thinking about the
limitless creative possibilities of the colour
blue, declaring: “The blue sky is my first
artwork“ 1 . Later he would explain “Blue has no
dimensions; it goes beyond them, while the
same doesn’t happen with the other colours.
All colours stir up specific associative ideas,
whereas blue suggests mostly the sea and the
sky and these are, after all, in nature that is real
and visible, completely abstract” 2 . In 1947
Klein started presenting works painted in one
colour only, reaching almost two hundred
pieces, having registered the authorship of the
pigment, which later become popular as IKB,
the International Klein Blue.
Believing that colour was pure energy,
he adopted monochromatism, for he
understood it as a way of totally rejecting
representation in his work: he saw it as a
means to get to creative freedom. Therefore
he applied blue in sponges glued on canvas,
in performances on the body of models or on
sculptures, from which stand out the well
known representations of the globe or of the
“Victory of Samothrace”.
This third solo exhibition of Mónica
Capucho in the gallery Carlos Carvalho is
composed of three distinctive nuclei, grouped
according to formal similar organizations; on
one hand the paintings of different sizes; on
the other the wall and the floor pieces. Once
more the work creates a balance, challenging
the role that both the colouring and the texture
acquire in the work.
The artist writes indications either
tautological, as, for instance, in
“Interconnection of blue sequences” or
confronting the viewer with the meanings and
drawings of the words.
Apparently objective and nonreferential,
the works display a large show-case
of textures, sparkles, brushstrokes and subtle
hues, containing in themselves a language only
understood in a deeper analysis.
Mónica Capucho motivates us to
observe beyond the outlook, playing hyding
games, using for instance, surfaces with a
similar visual result, mixing pigments for the
effect, but which are different both in essence
and perception to touch.
The artist’ s decision capacity dwells in
the composition of materials, in the textures, in
their articulation with the meaning or the
drawing of the word.
Materiality is interpreted and
understood in all its dimensions: the artist
mixes concrete, wood, stone or silicone
controlling their effects and the way in which
they present themselves to the viewer,
thinking about the temperature, the sparkle
or the texture, about the attraction or
coldness, the harshness or softness of the
matter.
For Yves Klein the adoption of one
only colour brings to the work a feeling of
dissolution of the differences in various
materials, leading to complete abstraction.
In Mónica Capucho’s work, on the
other hand, the option of the predominance
of just one colour follows a different path,
inviting the viewer to focus almost
exclusively on the material choice for the
near monochromatism allows the viewer to
see the drawing formed by the composition
of the materials and the textures,
qualities of the work. Gray and white work as
auxiliary colours acting to give expression to
blue, so that everything works towards one
colour. The making him conscious of the way
in which these influence his perception of
the colour.
The works show a multiplicity of
variables around blue, dull or shiny, with
different shapes and intensities, analysing
the strength of amplification in the space of
the gallery. The artist makes us, therefore,
plunge in the multiple, infinite and complex
blue, altering according to different
materials.
Mónica Capucho also thinks about
the work as an object that functions as a
structural part of a whole, not dismissing its
singular value. The painting-installation
becomes physically active: the artist explores
properties of the work in space, analysing
weight, stability and density. The works in
pure geometrical shapes, expand
themselves through the gallery, either
isolated, as is the case of some installations,
or being part of a whole.
Being a “site specific” exhibition, it is in the
space where the woks are displayed and
through the relations created among them
and each installation, that a dialogue is
established with the architectural lines of the
two rooms.
The demand on the observer of the physical
property of the object, namely the scale and
the presence, makes him play a crucial part,
along with the importance of the work and
the space. The option for the almost
monochromatism also gives the display that
immersive density. The use of a predominant
colour dematerializes the work, creating
more permeability in its relation with the
display space. the pigment IKB, becoming a
chemist in a laboratory, the artist directs her
work towards the analysis almost laboratorial
of the perception of colour, of the materials
and the forms in articulation with the viewer
and the space, covering this display in a
whole work with a corporeal and sensitive
dimension.
1 Alastair Sooke - “Yves Klein: The man who invented a
colour" (28/08/14 http://www.bbc.com/culture/story/
20140828-the-man-who-invented-a-colour
2 “Studio International”, Vol. 186 (1973), p. 43.
Imaginary Blue System, 2020
Técnica mista sobre MDF, pedra, madeira, cimento e gesso Mixed media on MDF, stone, wood, concrete and plaster, 15 x 120 x 4 cm
Premeditated Dark Thought, 2020
Técnica mista sobre MDF, pedra e betão Mixed media on MDF, stone and concrete, 15 x 130 x 4 cm
Deep Blue, 2020
Técnica mista sobre pedra, betão e gesso Mixed media on stone, concrete and plaster, 15 x 100 x 4 cm
Genuine Blue Disorder, 2020
Técnica mista sobre madeira, betão e silicone Mixed media on wood, concrete and silicone, 15 x 130 x 4 cm
Uneven Order, 2020
Técnica mista sobre MDF, pedra e betão Mixed media on MDF, stone and concrete, 15 x 130 x 4 cm
Asymmetrical Assemblage of Blue Thoughts, 2020
Técnica mista sobre tela Mixed media on canvas, 183 x 183 cm
Balance Created between Difficult Choices, 2020
Técnica mista sobre tela Mixed media on canvas, 120 x 175 cm
Harmonious Sequence of Uneven Order, 2020
Técnica mista sobre tela Mixed media on canvas, 120 x 175 cm
Peculiar, 2019
Técnica mista s/ tela Mixed media on canvas, 50 x 50 x 4 cm
Pure, 2019
Técnica mista s/ tela Mixed media on canvas, 50 x 50 x 4 cm
Real, 2019
Técnica mista s/ tela Mixed media on canvas,, 50 x 50 x 4 cm
Concrete, 2019
Técnica mista s/ tela Mixed media on canvas,, 50 x 50 x 4 cm
Ultramarine Deep, 2019
Técnica mista s/linho cru Mixed media on raw linen, 30 x 20 x 4 cm
Cerulean Blue Hue, 2019
Técnica mista s/linho cru Mixed media on raw linen, 30 x 20 x 4 cm
Sèvres Blue, 2019
Técnica mista s/linho cru Mixed media on raw linen, 30 x 20 x 4 cm
Sky Blue, 2019
Técnica mista s/linho cru Mixed media on raw linen, 30 x 20 x 4 cm
Phthalo Blue | Phth Blue Red, 2020
Técnica mista s/ mármore Mixed media on marble, 12 x 23 x 3 cm
Sévres Blue, 2020
Técnica mista s/ mármore Mixed media on marble, 115 x 19 x 3 cm
Cobalt Blue, 2020
Técnica mista s/ mármore Mixed media on marble, 12 x 12 x 3 cm
Cerulean Blue, 2020
Técnica mista s/ mármore Mixed media on marble, 16 x 13 x 3 cm
Phthalo Blue Green | Cobalt Blue Ultram, 2020
Técnica mista s/ mármore Mixed media on marble, 18 x 19 x 3 cm
King’s Blue, 2020
Técnica mista s/ mármore Mixed media on marble, 8 x 16 x 3 cm
Mónica Capucho
Lisboa, 1971. Vive e trabalha em Cascais.
Mónica Capucho
Lisbon, 1971. Lives and works in Cascais, Portugal
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS (SELEÇÃO)
Unever Order (2020, Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa)
Equal Parts (2019, Galeria da Região Sul da Ordem dos Médicos, Lisboa)
Solid Matter (2018, Galeria Municipal Vieira da Silva. Loures, Portugal)
Still Under Pressure (2018, Galeria Siboney. Santander, Espanha)
Under Pressure (2017, Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor. Ponte de Sor,
Portugal)
Units of Order (2016, Biblioteca José Saramago. Loures, Portugal)
Looking for Something (2015, Fundação D. Luís I. Cascais, Portugal)
Deconstructive Blocks (Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa)
Banded Apparatus e Paperwork (2012, Paços Galeria Municipal: sala 1 e 3, Torres
Vedras)
Possessive Statement (2010, galeria Quadrado Azul. Porto, Portugal)
Under Deconstruction (2009, IVAM. Valência, Espanha)
Clean Approach (2007, Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal)
SOLO SHOWS (SELECTION)
Unever Order (2020, Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisbon)
Equal Parts (2019, Order of Physicians gallery, Lisbon)
Solid Matter (2018, Vieira da Silva Municipal Gallery. Loures, Portugal)
Still Under Pressure (2018, Siboney Gallery. Santander, Spain)
Under Pressure (2017, Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor. Ponte de Sor,
Portugal)
Units of Order (2016, Biblioteca José Saramago. Loures, Portugal)
Looking for Something (2015, Fundação D. Luís I. Cascais, Portugal)
Deconstructive Blocks (Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisbon)
Banded Apparatus e Paperwork (2012, Paços Galeria Municipal: sala 1 e 3,
Torres Vedras)
Possessive Statement (2010, galeria Quadrado Azul. Porto, Portugal)
Under Deconstruction (2009, IVAM. Valência, Spain)
Clean Approach (2007, Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisbon, Portugal)
EXPOSIÇÕES COLETIVAS (SELEÇÃO)
Périclos / Arte Portugués de Hoy (2016, CAC Málaga . Málaga, Espanha)
Anatomia da Palavra (2015, Casa da Escrita, Coimbra. Portugal)
Párergon (2013, comissariada por José Maria Parreño, Galeria e Auditório
Municipal de Torres Vedras . Bogotá, Colômbia)
Identidad Femenina (2013 IVAM . Valência, Espanha Spain 2012 Museu de Arte
Contemporânea de Santiago de Chile, Chile 2011; Memorial da América Latina,
Galeria Marta Traba . São Paulo, Brasil)
IVAM Donaciones (2010, IVAM . Valência, Espanha)
3 PT (2010, Galeria Full_art . Sevilha, Espanha)
GROUP SHOWS (SELECTION)
Périclos / Arte Portugués de Hoy (2016, CAC Málaga . Málaga, Spain)
Anatomia da Palavra (2015, Casa da Escrita, Coimbra. Portugal)
Párergon (2013, comissariada por José Maria Parreño, Galeria e Auditório
Municipal de Torres Vedras . Bogotá, Colômbia)
Identidad Femenina (2013 IVAM . Valência, Spain 2012; Museu de Arte
Contemporânea de Santiago de Chile, Chile 2011; Memorial da América Latina,
Galeria Marta Traba . São Paulo, Brazil)
IVAM Donaciones (2010, IVAM . Valência, Spain)
3 PT (2010, Galeria Full_art . Sevilha, Spain)
COLEÇÕES
Francisco Pimentel & Associados SADV
Eastécnica, Lisboa
Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lisboa
Embaixada de Portugal em Buenos Aires, Argentina
Embaixada de Portugal em Atenas, Grécia
Embaixada de Portugal em Copenhaga, Dinamarca
Embaixada de Portugal em Pretória, África do Sul
COLECTIONS
Francisco Pimentel & Associados SADV
Eastécnica, Lisbon
Ministry of Foreign Affairs, Lisbon
Portuguese Embassy in Buenos Aires, Argentina
Portuguese Embassy in Athens, Greece
Portuguese Embassy in Copenhaga, Denmark
Portuguese Embassy in Pretória, South Africa
Rua Joly Braga Santos, Lote F R/C | 1600 – 123 Lisboa Portugal
Tel.+(351) 217 261 831
carloscarvalho-ac@carloscarvalho-ac.com
www.carloscarvalho-ac.com
Artistas Artists Ricardo Angélico | Jessica Backhaus | José Bechara | Isidro Blasco | Daniel
Blaufuks | Isabel Brison | Carla Cabanas | Manuel Caeiro | Mónica Capucho | Tiago Casanova
| Maria Condado | Roland Fischer | Susana Gaudêncio | Anthony Goicolea | Catarina Leitão
| Tatiana Macedo | José Batista Marques | José Maçãs de Carvalho | Mónica de Miranda | Luís
Nobre | André Príncipe | Noé Sendas | Manuel Vilariño
Horário Seg-Sex 10h00-19h30 Sáb 12h00- 19h30
Open Mon- Fri 10am-7:30pm Sat 12am-7:30pm
Google Map
A galeria no / Follow us on