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REVISTA KIDS+ Toledo 06 Março

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Cicatrizes: é possível

eliminá-las?

Cirurgia Plast ica

´

As cicatrizes, resultantes de cirurgias ou

acidentes, são sinais visíveis que permanecem

após a ferida fechar. A cicatriz ideal

é plana, linear, macia e com coloração semelhante

à pele. Entretanto, a má cicatrização pode contribuir

para o surgimento de cicatrizes desfavoráveis,

causando incômodo do ponto de vista estético e

até mesmo afetar a autoestima, principalmente

se o tecido da cicatrização difere em cor, textura,

elasticidade e aspecto do restante da pele.

As diferentes evoluções desfavoráveis das cicatrizes

incluem:

Hipocromia: quando a cicatriz fica com coloração

mais clara que o restante da pele;

Hipercromia: quando a cicatriz fica com coloração

mais escura que o restante da pele;

Hipertrofia: quando a cicatriz aumenta de volume,

fica mais elevada e mais avermelhada, porém

não ultrapassa os limites da ferida original, além

de apresentar uma tendência de regredir com o

tempo;

Queloide: também caracterizada pelo aumento

de volume da cicatriz, porém mais agressiva que

a cicatriz hipertrófica, podendo ficar mais elevada,

com dor ou prurido, além de não apresentar

tendência de regressão com o tempo; há predisposição

genética e ocorre mais frequentemente em

porção central do tórax, ombros e orelhas;

Retração ou contratura: quando a cicatriz, geralmente

devido grandes perdas de tecido, sofre uma

contração, tracionando a pele ao redor e dificultando

a movimentação se estiver próxima a articulações

(por exemplo após queimaduras);

Alargada: quando a cicatriz aumenta de tamanho

no sentido lateral, sem elevar-se, podendo ficar

mais profunda que o relevo da pele ao redor.

Diante de cicatrizes que causam incômodo, seja

por motivos estéticos ou funcionais, pode-se avaliar

a correção, e para isso existem métodos menos

e mais invasivos. Entretanto, eliminar as cicatrizes

definitivamente é algo impossível; elas sempre

permanecerão no corpo, porém há possibilidade

de melhorar o aspecto.

Alterações leves, como diferenças de coloração e

hipertrofias leves podem ser corrigidas com tratamentos

locais tópicos (cremes e pomadas) ou pouco

invasivos (laser, injeção de corticoide).

Já as alterações mais severas, como grandes hipertrofias,

queloides, retrações e alargamentos exigem

correção cirúrgica, às vezes associadas com

tratamentos menos invasivos iniciais, para reduzir

o tamanho da lesão.

O procedimento cirúrgico para correção das cicatrizes,

geralmente consiste na retirada da cicatriz

prévia, liberação de possíveis fibroses e novo fechamento,

de forma mais adequada, por camadas

e tentado reduzir ao máximo a tensão no local; em

certos casos há necessidade de fazer novas cicatrizes

ao redor, para trazer tecidos com menor tensão

(como no casos dos retalhos) ou para liberar retrações

(como nos casos das Zetaplastias, Wplastias).

Além da técnica cirúrgica realizada, os cuidados

pós-operatórios são importantes para aumentar a

chance de uma boa cicatrização: alimentar-se bem,

não fumar, não realizar esforços físicos, manter a

higiene local e seguir todas as outras orientações

feitas pelo cirurgião.

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10.



Odontologia Digital

e suas possibilidades

Odontologia

C

om o avanço da era digital temos a nossa

disposição muitos recursos tecnológicos

que facilitam muito as tarefas diárias, promovendo

entretenimento e agilizando os processos

de trabalho. Essa solução digital está cada vez mais

próxima da realidade diária, fazendo com que os profissionais

tenham mais PREVISÃO e PRECISÃO nos

trabalhos realizados e os pacientes sintam menos

desconfortos na hora de fazer os moldes dos aparelhos

e próteses.

Na Odontologia temos melhores ferramentas de

diagnóstico facilitando a comunicação entre equipe

odontológica, bem como discutir com o paciente, as

alternativas de tratamento, tornando-o participante

ativo do seu planejamanto, pela possibilidade da

visualização prévia dos resultados no ambiente virtual

antes mesmo da execução dos procedimentos.

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Temos também a possibilidade de tratar com

alinhadores confeccionados a partir de setups

ortodônticos feitos em computador por planejamento

reverso, buscando alinhar estética e função.

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Nos procedimentos de Reabilitação Oral o escaneamento

associado a fotografias nos possibilita um nível

superior de análise facial para o planejamento de

Laminados Cerâmicos, Lentes de Contatos e Plastias

Gengivais, por exemplo.

Dentro da Ortodontia (Aparelho Fixo), através de

um software específico, conseguimos prever a colagem

dos braquetes, imprimir uma placa em impressora

3D, posicionar os braquetes na placa e

levar a boca do paciente, diminuindo o tempo de

cadeira e a possibilidade de erro.

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1-Técnica do escaneamento

2- Software Ortodôntico

3- Alinhador Invisível

4- Previsão de colagem em Software

5- Braquetes em posição para transferir para a boca do paciente

6- Planejamento/Enceramento Digital para Facetas

Cerâmicas, Coroas e Lentes de Contato

7- Previsão de como ficará o caso terminado, tudo feito em

Software específico para Prótese.

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10.



Entenda a importância

da vacina da gripe

Pediatria

Você já deve ter ouvido alguém contar que

“ficou gripado depois da vacina”, mas é

impossível isso acontecer porque a vacina

para prevenção da influenza (gripe) é feita com vírus

inativado (morto). O que pode acontecer é: a pessoa

já está com o vírus, no entanto a doença ainda não se

manifestou e o momento da vacinação coincide com

o início dos sintomas. Dor, vermelhidão e inchaço no

local da aplicação são os eventos adversos mais

comuns após a vacinação. Febre baixa, dor de cabeça

e muscular também podem ocorrer. O importante é

lembrar que os possíveis efeitos colaterais da vacina

são muito mais brandos que as complicações da

doença. Sempre é tempo de se prevenir!

Como vou proteger meu bebê que acabou de

nascer e só pode receber a vacina da gripe aos

6 meses de vida?

Os bebês que nascem de mães vacinadas durante a

gestação herdam anticorpos que permanecem por

alguns meses após o nascimento (conheça todas

as vacinas indicadas durante a gestação em:

(www.vacinasparagravidas.com.br), mas se a mãe

não se vacinou durante a gravidez, ainda pode

transferir seus agentes protetores pelo leite materno

após se vacinar.

As demais pessoas que mantêm contato frequente

com o bebê (pais, irmãos, avós, babás) também

devem estar em dia com a vacinação contra a gripe

e outras doenças infectocontagiosas, para reduzir os

riscos de transmissão ao recém-nascido.

Já tomei vacina de H1N1 ano passado. Estou

protegido? Não preciso mais tomar?

A revacinação anual contra a gripe é fundamental por

dois motivos. O primeiro é que a proteção conferida

pela vacina dura de seis a doze meses. O segundo é a

variação dos subtipos de influenza circulantes. Como

eles mudam com frequência, mesmo que o efeito da

vacina durasse mais tempo, ela poderia não proteger

contra os vírus do inverno seguinte.

Cheguei de viagem dos Estados Unidos, onde

me vacinei contra a gripe. Ainda preciso

tomar a vacina no Brasil?

Sim. A vacina usada nos Estados Unidos tem formulação

específica para o Hemisfério Norte, ou seja,

pode não conter os tipos de vírus que irão circular

no Brasil.

• Crianças de 6 meses a 6 anos (5 anos, 11 meses e

29 dias);

• Gestantes em qualquer período gestacional e puérperas

até 45 dias após o parto;

• Idosos > 60 anos;

• Profissionais da área da saúde;

• Pessoas institucionalizadas;

• Professores de escolas;

• Funcionários do sistema prisional;

• Pessoas com doenças crônicas;

• Indígenas.

E se você não faz parte desses grupos, pode optar

pela imunização na rede privada, com a vacina

quadrivalente (protege contra as 3 cepas da

Trivalente mais a cepa Yamagata), ou seja, é muito

mais completa.

Atenção:

A vacina não causa doença! Os fragmentos do vírus

são inativados e não promovem a gripe! .

Não há contraindicação ao uso da vacina, nem

mesmo os alérgicos a OVO!! Se a criança tiver uma

alergia IgE mediada, ainda assim vale a pena receber

a vacina, em ambiente hospitalar e sob supervisão.

Vacinem seus filhos! Gripe é muito prevalente e por

isso mata mais crianças do que a meningite!

10.

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Informe-se e

previna-se contra o HPV

Ainfecção por HPV é uma Infecção Sexual-

infecção por HPV é uma Infecção Sexualmente

Transmissível que infecta pele ou

mucosas (oral, genital ou anal), tanto em

homens quanto em mulheres. É uma das DSTs

mais recorrente no mundo, porém uma pequena

proporção pode persistir e progredir para um

câncer. Existem mais de 150 tipos de HPV, dos quais

pelo menos 13 são cancerígenos.

Os números assustam, mas a maioria dos tipos de

HPV não causa problemas e é expelida pelo corpo

sem necessidade de intervenção médica. Em alguns

casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos,

sem manifestar sinais visíveis a olho nu, ou podem

apresentar manifestações subclínicas (não visíveis

a olho nu), acometendo a vulva, vagina, colo do

útero, região perianal, ânus, pênis, bolsa escrotal e/

ou região pubiana.

Quando a imunidade do nosso organismo baixa, o

vírus pode se multiplicar e provocar o aparecimento

de verrugas e lesões e até câncer, a depender do

tipo de vírus. É possível também o aparecimento de

prurido, queimação, dor e sangramento. As verrugas

apresentam um aspecto de uma couve-flor, de tamanhos

variáveis, achatadas ou papulosas. Toda mulher

sexualmente ativa deve ir ao ginecologista regularmente

para acompanhamento e prevenção.

É importante ter atenção também ao sexo oral, pois

quem o pratica sem preservativo também está sujeito

a contrair o HPV. Inclusive, a incidência dos cânceres

de boca e garganta está bastante relacionada

a isso. Também é possível a transmissão do HPV de

mãe para filho no momento do parto, quando o trato

genital materno estiver infectado. Entretanto, somente

um pequeno número de crianças desenvolverá

a papilomatose respiratória juvenil.

O uso do preservativo masculino nas relações

sexuais é uma importante forma de prevenção.

Ginecologia

Contudo, seu uso, apesar de prevenir a maioria das

IST, não impede totalmente a infecção pelo HPV,

pois, frequentemente as lesões estão presentes em

áreas não protegidas pela camisinha. Já a camisinha

feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente

o contágio se utilizada desde o início da

relação sexual.

O HPV pode ser diagnosticado através do exame ginecológico

e de exames laboratoriais, como Papanicolau,

colposcopia, peniscopia e anuscopia. Quando

há alterações nas células (que antecedem o câncer)

e são identificadas e tratadas, é possível prevenir

100% dos casos.

Órgãos competentes chamam a atenção da população

para a importância de vacinar as crianças e adolescentes

contra o vírus, sua distribuição é gratuita

pelo SUS e é a medida mais eficaz para prevenção

contra a infeção, pois ela estimula a produção de anticorpos

que inibem a entrada do vírus nas células.

Além de dar a vacina, devemos conversar com os jovens

sobre o assunto, já que as chances são maiores

no início da vida sexual.

A vacina é indicada para:

• Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos,

sendo aplicada em duas doses com intervalo de 6

meses entre elas;

• Pessoas portadoras do vírus HIV, a faixa etária é

mais ampla de 9 a 26 anos e é de três doses (intervalo

de 0, 2 e 6 meses);

• Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26

anos.

Outros grupos etários podem dispor das vacinas em

serviços privados, se indicado por seus médicos. De

acordo com o registro na Anvisa, a vacina quadrivalente

é aprovada para mulheres entre 9 a 45 anos e

homens entre 9 e 26 anos, e a vacina bivalente para

mulheres entre 10 e 25 anos.

10.

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Alinhadores

Ortodônticos

Ortodontia

O

s alinhadores são um conjunto de placas

transparentes, personalizadas, removíveis,

sem braquetes e fios metálicos, destinados

para correções ortodônticas. É o uso da tecnologia

aliada ao planejamento ortodôntico de Especialistas em

Ortodontia, para proporcionar a correção e alinhamento

dos dentes, melhorando o sorriso, sem interferir na sua

rotina diária.

Quem pode utilizar?

Hoje em dia, esta tecnologia está disponível para o tratamento

de adultos, adolescentes e crianças. E é destinada

à correção de um grande número de más oclusões.

Crianças também podem utilizar?

Essa tecnologia, alinhada a conceitos de Pistas Diretas

Planas e Ortopedia Funcional dos Maxilares, é de grande

valia em tratamentos em tenra idade, podendo ser

utilizada em dentição mista (fase das trocas dentárias) e

decídua (dentes de leite).

A vantagem da utilização em crianças é que nessa fase

a criança ainda está em crescimento e podemos auxiliar

no bom desenvolvimento das arcadas para receber os

dentes permanentes.

Vantagens dos alinhadores

São removíveis, podendo ser retirados durante a alimentação,

higiene e até mesmo em ocasiões especiais;

É um tratamento rápido e com maior precisão no resultado

final;

Ausência dos braquetes e fios, portanto são mais confortáveis.

Como tratar com alinhadores ortodônticos?

Procure um Especialista em Ortodontia Credenciado!

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10.


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Já ouviu falar em

terapia EMDR?

Psicologia

O

que te aflige? Sua história de vida é

marcada por experiências dolorosas? Não

consegue ser feliz, por não poder deixar

para trás as coisas ruins que aconteceram com

você? Guarda as mágoas todas, e as carrega pela

vida? Tem tido sintomas cada vez mais difíceis

de controlar, como crises de ansiedade, crises de

pânico, medos irracionais, dores físicas cujas

causas não aparecem em exames médicos, tristeza

sem fim? Então você precisa conhecer a TERAPIA

através da estimulação bilateral (movimento dos

olhos, sons bilaterais ou estímulos táteis). Isso é

possível porque a estimulação bilateral possibilita ao

cérebro reprocessar experiências passadas,

ressignificando as emoções associadas,

“arquivando” as memórias de um modo mais

funcional. Os pensamentos e sentimentos negativos

são substituídos por positivos, o que contribui

para um comportamento mais saudável.

A terapia EMDR possui um desígnio muito preciso que

consiste em focalizar em cada paciente de modo

muito singular, para ajudá-lo a localizar o mecanismo

de cura intrínseco e, através deste, mediar o seu

restabelecimento. A terapia é fundamentada em

estratégias e dinâmicas que demandam capacidade,

perspicácia e a percepção de um profissional

bem treinado, que saiba conduzir seu paciente a

uma resolução adaptativa de fato.

A terapia EMDR pode reduzir os sintomas negativos

e proporcionar uma modificação de crenças,

possibilitando aos indivíduos uma melhor

qualidade de vida. Invista em sua saúde mental e

sempre procure profissionais capacitados! Psicologia

é com psicólogo!

EMDR! A Terapia EMDR é algo relativamente novo

no Brasil, porém muito difundida pelo mundo

afora e reconhecida pela OMS (Organização Mundial da

Saúde) como uma das melhores terapias para tratar

todos esses sintomas e muitos outros.

Essa terapia possui uma finalidade muito específica,

que é a de reduzir as sequelas deixadas pelas

experiências traumáticas vividas ao longo da vida,

pelas pessoas. É um novo modelo psicológico que

enfraquece o impacto das emoções negativas

IMPORTANTE: EMDR é uma psicoterapia com

rigor científico! Somente psicólogos e médicos

com comprovação em psicoterapia podem aplicar

essa terapia, após passar por uma rigorosa

formação.

“O objetivo do tratamento com o EMDR é o de metabolizar

de forma rápida o resíduo disfuncional do

passado e transformá-lo em algo útil.”

10.

68



Cálculo Biliar: sintomas,

tratamentos e causas

Gastrologia

Cálculos de vesícula é um problema caracterizado

por acúmulo sólido que se forma

na vesícula biliar, órgão em forma de saco,

parecido com uma pera e está localizado abaixo do

lobo direito do fígado. Sua função é armazenar a bile,

líquido produzido pelo fígado, composto pela mistura

de várias substâncias, entre elas o colesterol, que

pode impedir o fluxo da bile para o intestino e causar

uma inflamação chamada colecistite.

A inflamação provocada pelos cálculos biliares pode

erodir a parede da vesícula biliar, resultando em

vazamento do conteúdo da vesícula biliar na cavidade

abdominal, provocando inflamação grave (peritonite).

Um cálculo biliar grande que entra no intestino

delgado pode provocar obstrução intestinal,

denominada íleo biliar. Embora seja rara, essa

complicação é mais comum de ocorrer em pessoas

idosas.

Alguns desses cálculos se alojam na vesícula biliar e

não causam sintomas. Outros ficam presos no duto

biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino.

Eles podem variar em tamanho e quantidade, podendo

ser equivalente a um grão de areia ou grandes

como uma bola de golfe, desenvolver de forma unitária

como também em grande quantidade.

A obstrução provoca a cólica biliar, que é uma dor

intensa no lado direito superior do abdome ou nas

costas e se irradia para a parte de cima da

caixa torácica ou para as costelas. Pode vir ou não

acompanhada de febre, náuseas e vômitos. A dor

normalmente aumenta de intensidade de 15 minutos

a uma hora e permanece estável por até 12 horas.

Fatores de risco podem alterar a composição da bile

e acionar o gatilho de formação de pedra na vesícula,

veja:

• Dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em

fibras;

• Vida sedentária que eleva o LDL (mau colesterol) e

diminui o HDL (bom colesterol);

• Diabetes;

• Obesidade e Hipertensão;

• Tabagismo;

• Uso prolongado de anticoncepcionais;

• Predisposição genética e idade.

Uma Ultrassonografia e outros exames de imagem

podem ser solicitados para conclusão do diagnóstico,

como por exemplo:

Ultrassonografia endoscópica (EUS), para a detecção

precisa de pequenos cálculos biliares. Ressonância

magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC)

para procurar cálculos na vesícula biliar. Colangiopancreatografia

por ressonância magnética (CPRM)

ou, se a CPRM for inconclusiva, uma colangiopancreatografia

retrógrada endoscópica (CPRE) para procurar

cálculos nos dutos biliares.

Existem medicamentos capazes de tratar (dissolver)

os cálculos na vesícula biliar, no entanto, esses

remédios podem levar 2 anos ou mais para funcionar

e as pedras podem retornar depois que o tratamento

terminar. Há também a opção cirúrgica que não

apresenta sintomas reincidentes, quando é removida

a vesícula biliar, deixando a bile fluir diretamente

para o intestino delgado em vez de se concentrar no

local. Essa remoção não influenciará na digestão de

alimentos.

10.

70



Derrame Pleural

Pneumologia

A

pleura é uma membrana delicada que

recobre o pulmão pelo lado de fora

(pleura visceral) e a superfície interna

da parede torácica (pleura parietal). Entre

as duas pleuras existe uma camada muito fina

de líquido, que facilita o deslizamento suave

dos pulmões dentro da caixa torácica quando

eles se enchem e esvaziam de ar. O volume

normal de líquido dentro da cavidade pleural é

de aproximadamente 0,2 ml por kg de peso, ou

seja, algo em torno de 12 ml em um indivíduo

de 60 kg.

O Derrame Pleural (DP) é o acúmulo anormal

de líquido no espaço entre as duas camadas da

membrana fina que reveste os pulmões. Esse

acúmulo pode originar-se de diversos quadros

clínicos, incluindo infecções, tumores, lesões,

cirrose, insuficiência cardíaca, renal ou hepática,

coágulos nos vasos sanguíneos do pulmão

(embolia pulmonar) e medicamentos.

Dependendo da causa, o líquido pode ser colhido

e analisado de forma a se determinar a

presença de exsudato (rico em proteínas) ou

transudato (aquoso), de células cancerígenas e

de bactérias, o que ajuda a determinar a causa.

Por exemplo, insuficiência cardíaca e cirrose

são causas comuns de líquido aquoso no espaço

pleural. Pneumonia, câncer e infecções virais

são causas comuns de derrame pleural com um

exsudato líquido.

Existem classificações de acordo com o tipo

de substância encontrada no espaço entre as

pleuras:

• Sangue (hemotórax): Geralmente causado

por lesão na região do tórax;

• Pus (empiema): Normalmente devido a uma

infecção;

• Linfa (quilotórax): A presença de líquido linfático

geralmente está relacionada por uma lesão

ou obstrução de um vaso linfático do pulmão;

• Urina (urinotórax): Pouco frequente, pode

acontecer se o paciente estiver com drenos

para urina nos rins e houver obstrução desses

dispositivos.

Muitas pessoas com DP não apresentam sintomas,

porém os mais frequentes, independentemente

do tipo de líquido no espaço pleural

ou de sua origem, são dificuldade respiratória

e dor torácica ao respirar profundamente ou

tossir. No entanto, a dor também pode ser sentida

na região superior do abdômen ou no pescoço

e ombros, o que é chamado dor referida.

Grandes quantidades de líquido podem causar

dificuldade para expandir um ou ambos os pulmões

durante a respiração, causando falta de

ar. A drenagem geralmente alivia bastante a falta

de ar.

A avaliação da existência de Derrame Pleural

é realizada por meio de radiografia de tórax.

Também pode ser feita uma ultrassonografia

torácica para identificação de loculações, diferenciação

entre DP e espessamento pleural e

demarcação do local de punção. A tomografia

de tórax é especialmente útil para diferenciar

DP loculado e abscesso pulmonar periférico e

também para identificar causas intratorácicas

de DP, como neoplasia pulmonar. O tratamento

do DP varia conforme sua causa.

O derrame pleural não deve ser confundido

com a chamada “água no pulmão” (edema pulmonar),

condição caracterizada pelo acúmulo

de líquido dentro do pulmão, e não no espaço

entre as pleuras.

10.

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Como adequar o local de

estudo dos meus filhos?

Coach

Educacional

Oestudo compreende um processo de

capturar, armazenar e recuperar um determinado

conhecimento, exigindo do

cérebro a formação de caminhos (sinapses) que

possam ser acessados sempre que necessário.

Esses caminhos formados precisam de alguns

componentes químicos, os neurotransmissores,

que são utilizados quando se tem foco e concentração.

O ambiente de estudo também deve ser ergonomicamente

adequado, com mesa e cadeira

confortáveis, na altura correta para evitar dor ou

esforço e, temperatura em torno de 22ºC, nem

quente ou frio demais, possibilitando conforto

para que o estudo renda.

Para alcançar e manter o foco e a concentração

é fundamental que os estudos ocorram em ambientes

calmos que não levam à distração. Esse

ambiente pode ser adequado por você em sua

casa, basta seguir alguns direcionamentos.

A iluminação, ventilação e ruídos, podem afetar

diretamente na produtividade do estudante. Enquanto

uma sala escura e barulhenta resulta em

cansaço, preguiça e inquietação, um ambiente

bem iluminado, fresco e silencioso proporciona

bem-estar, tranquilidade e atenção.

Se possível escolha ambientes com luz natural,

quando não, o ideal é contar com uma luminária

com lâmpadas que emitem luz branca. Escolha

um local que tenha o mínimo de interferências

externas e interrupções, a circulação de pessoas

gera distração. Evite também lugares que

tenham aparelhos eletrônicos ligados ou telefones

tocando por perto.

Preze por locais organizados, evite o estudo em

meio a materiais espalhados e utilize apenas o

que for importante no momento. A desorganização

pode dispersar a atenção, além de causar

poluição visual.

Se for possível utilize no ambiente músicas suaves,

que emitam frequências Beta ou Gama,

pois essas frequências ajudam no processo de

memorização e concentração, bem como aromatizadores

com alecrim e eucalipto, perfumes

indicados para também auxiliar na atenção durante

o estudo.

Pode ser difícil adequar um ambiente com todas

estas sugestões, caso não consiga, lembre-se

que o objetivo é ter um local que ajude a manter

o foco e concentração, desse modo priorize ambientes

calmos, bem iluminados, organizados e

com o celular desligado.

14.

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75


Humanização

do parto

Obstetr cia

`

O

nascimento de um bebê é o momento

mais esperado de uma gravidez e o desejo

de toda mãe é que a chegada do seu filho

aconteça de forma leve que envolva amor, afeto e

respeito. O parto é um momento de grande intensidade,

uma vivência que marca para sempre a vida de

uma mulher. Neste momento, a mulher terá a chance

de experimentar sensações e sentimentos que podem

fortalecê-la como mulher e mãe.

A equipe de profissionais que atende a mulher e

seu (a) acompanhante deve promover o acolhimento

e ofertar métodos para que o trabalho de parto e

parto seja ativo. Essas características marcam o parto

humanizado, que por meio de diversos recursos,

proporciona às gestantes e aos bebês o conforto e a

segurança para aproveitar com prazer esse momento

único.

Música

A música tem grande poder em nossas mentes, corações

e almas para gerar sentimentos, emoções e para

marcar momentos especiais. Durante o parto humanizado,

todos esses benefícios podem ser aproveitados

para dar segurança, hospitalidade e alegria à família.

As músicas são escolhidas pelas mães e podem

ser incluídas no plano de parto.

Água

A água morna tem um grande poder de aliviar as dores

causadas pelas contrações, pois ela ajuda o corpo

da mulher a aumentar a irrigação sanguínea, diminuir

a pressão arterial, e proporcionar o relaxamento muscular.

Em alguns partos humanizados, as mães têm os

seus bebês em banheiras e assim eles acabam nascendo

em um ambiente semelhante ao do útero.

Equipe (médicos, enfermeiras obstétricas,

doulas, fisioterapeutas)

O bem-estar de uma mulher durante o parto humanizado

também está ligado diretamente à equipe que a

atende. Ela precisa sentir confiança, apoio e tranquilidade

dos profissionais.

Amor e afeto

Durante o trabalho de parto, a mulher tem direito a

um ambiente sossegado, privativo, arejado e com a

presença de seu (a) acompanhante. A cesárea pode

ser importante e necessária para salvar a vida da mulher

e da criança.

Confira alguns detalhes que tornam o nascimento

dos bebês mais emocionante e acolhedor:

Luz

O útero é um lugar escuro, e para que os bebês não

sintam uma grande diferença ao chegar ao mundo,

é possível criar um ambiente com uma iluminação

fraca.

O parto é um momento de empoderamento da mulher,

ligado aos sonhos dela, às vivências, às expectativas

que ela construiu e é preciso respeitar tudo

isso. É necessário preparar todo o ambiente para que

ela se sinta o mais à vontade possível para trilhar

esse caminho. Sem julgamentos, sem energias ruins,

mas sim com muito amor e afeto, dando todo o apoio

que ela precisa. Não há maneira melhor de tornar um

parto humanizado do que sendo solidário a outras

vidas.

14.

76



Doenças de pele

mais comuns em crianças

Dermatologia

As estações do ano que mais podem

colocar a pele em risco são os períodos

de verão e outono. A combinação

do sol, areia, praia ou piscina, excesso de suor

e mudanças de temperatura, elevam o risco do

aparecimento de doenças da pele como: picadas

de insetos e abelhas, bicho geográfico, erisipelas

e infecções, micoses, alergias, foliculite, acne e

herpes.

• Picadas de insetos e abelhas: Os insetos

pichadores como as pulgas, moscas e mosquitos

não picam no sentido literal, mas perfuram a

pele com uma lâmina aguda coberta de saliva

e provocam a dor e coceira decorrente da

quantidade de suor e umidade da pele. A sensibilidade

individual determina o tipo e a gravidade

da reação à picada. Apresentam coceira, manchas

avermelhadas e vesículas, bolhas e inchaço no

local afetado e disseminação com febre, calafrios

e mal-estar geral. As picadas de abelhas, vespas

ou abelhas africanas picam uma única vez e

morrem e o ferrão deverá ser retirado e neutralizado

com anti-inflamatórios orais e cremes e diminuir

a dor com compressas frias.

• Bicho geográfico: O causador é uma larva

migrans que acomete a pele superficialmente e

provoca inflamação e coceira. São decorrentes

da exposição ao solo (pés descalços) e contato

com areia contaminada pelas fezes de gatos ou

cachorros. Deverá realizar tratamento com vermífugos

dependendo da gravidade do caso.

• Erisipela e infecções: As infecções secundárias

traumáticas como a Erisipela, celulite infecciosa

e linfangite causadas por estreptococcos,

acometem a face, inicialmente região malar e

pernas e sintomas de dor local e impossibilidade

de deambular. Sua evolução é rápida e é

necessário suporte médico e cuidados gerais. As

infecções por estafilococos são as mais comuns

chamadas de IMPETIGO e acometem os lactentes

e crianças menores apresentando feridas na face,

ao redor das narinas, boca e nádegas. Necessitam

exames e tratamentos adequados e assepsia dos

locais próximos de convivência (casa, jardins e

brinquedos).

• Micoses: As micoses são decorrentes de fungos

que se localizam tanto na parte seca e úmidas,

nos cabelos, dobras de pele e unhas. São

comuns e fáceis de tratar. Precisam de boa limpeza

da pele, cuidados para secar bem os locais e

tratamento contínuo até a cicatrização completa.

• Acne: É uma doença que tem início na criança

precocemente e se bem cuidada não trará cicatriz

ou marcas na pele. Pode ser genética ou adquirida

e necessita atenção especial para a alimentação

e o fator emocional. São pápulas e comedões

inflamatórios na face, tórax, ombros e região das

costas. A autoestima está sempre prejudicada e

o tratamento inicial deve ser precoce.

• Herpes simples: As infecções pelo herpes

podem ser orais e genitais. São vesículas inflamatórias

com ardência no local. Se bem tratadas

inicialmente não terão as recidivas na adolescência

e idade adulta. São viroses e acompanham a

imunidade baixa do hospedeiro. Atentar para

viroses disseminadas (varicela) e (sarampo) e

sempre ter a carteira de vacinação em dia.

14.

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Você está cuidando do

seu coração?

Cardiologia

Nosso corpo funciona a partir da atuação

de sistemas, que trabalham de maneira

coordenada para desempenhar diversas

funções. Por isso, quando um desses sistemas

ou parte deles tem algum problema, acaba

afetando o desempenho do organismo como um

todo. Quando pensamos nas doenças cardíacas,

o cenário não é diferente. O coração é um dos

órgãos que merece muita atenção e cuidados

em nosso corpo, e resguardá-lo é manter saudáveis

também outros sistemas do organismo.

A melhor forma de evitar problemas cardíacos

repentinos é identificar as alterações que podem

causar este evento de forma precoce, por

exemplo, quando a pessoa apresentar sintomas

como dor no peito, tontura e cansaço excessivo.

Morte súbita é um mal totalmente inesperado

e que geralmente é fruto de condições desconhecidas

ou negligenciadas. Essa situação é

caracterizada pela súbita parada do coração,

acompanhada de colapso da circulação sanguínea,

devido a alterações importantes no coração,

cérebro ou sistema vascular, como em casos

de arritmia maligna, infarto fulminante, embolia

pulmonar, rompimento de grandes vasos, aneurisma

cerebral, AVC embólico ou hemorrágico,

epilepsia, consumo de drogas ilícitas e durante

atividade física intensa. A morte súbita pode

acometer pessoas de qualquer idade ou sexo,

em até 1 hora após o início dos sintomas, como

tontura, desmaio e mal-estar, por exemplo.

Atletas devem ser submetidos a teste de esforço,

eletrocardiograma e ecocardiograma, antes

de iniciar a competição, mas isso não é garantia

de que o atleta não tenha uma síndrome de difícil

diagnóstico, e que a morte súbita não possa

acontecer a qualquer momento.

Alguns fatores associados podem elevar o risco

e contribuir para que o quadro de morte súbita

aconteça, são eles: hipertensão arterial, diabetes,

aumento do índice de colesterol, tabagismo

e sedentarismo. Qualquer sintoma percebido,

mesmo sem histórico de doença, deve ser investigado

o mais rápido possível e não negligenciado,

isso pode evitar que uma pessoa chegue a

complicações graves e, até mesmo, ao óbito. É

bom lembrar que, a cada minuto que passa após

a parada cardíaca representa 10% de aumento

das chances de morte. Pacientes com epilepsia

apresentam um risco de morte súbita ligeiramente

maior que a população em geral, principalmente

os jovens.

Para qualquer pessoa com histórico familiar ou

fatores de risco para condições que causam morte

súbita cardíaca, é recomendada uma triagem,

tanto nela como nos membros da família ao longo

do tempo, mesmo que a primeira avaliação

do coração tenha sido normal. Por isso, manter o

acompanhamento regular com um especialista,

evitar o estresse, dormir bem, modificar seu estilo

de vida de forma a reduzir o sedentarismo e

manter uma alimentação saudável contribui significativamente

para a prevenção e manutenção

da saúde do seu coração.

14.

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Osteoporose

Metabologia

Aosteoporose é definida como um distúrbio causado

pela diminuição da densidade mineral óssea

com o aumento do risco de fraturas. É uma

doença silenciosa e raramente apresenta sintomas. As

principais manifestações clínicas da osteoporose são as

fraturas, sendo as mais frequentes as de vértebras, fêmur e

antebraço. Atinge mulheres e homens numa proporção de

quatro para um e sua maior incidência é nas mulheres na

pós-menopausa.

Esse exame está indicado para todas as mulheres a partir

de 65 anos de idade e para todos os homens com 70 anos

ou mais. Além disso, todas as mulheres menopausadas e

todos os homens com mais de 50 anos com um dos fatores

de risco apontados acima, devem realizar o exame.

Dez milhões de brasileiros sofrem de osteoporose e estima-se

que este número deva crescer 32% até 2050. Uma

a cada quatro mulheres com mais de 50 anos desenvolve a

doença. No Brasil, a cada ano ocorrem cerca de 2,4 milhões

de fraturas decorrentes da osteoporose. Duzentas mil pessoas

morrem todos os anos no país em decorrência dessas

fraturas.

Fatores de risco para Osteoporose e fraturas:

• Sexo Feminino;

• Raça branca;

• Idade avançada (>60 anos);

• Baixo peso (IMC<19 kg/m2);

• Menopausa precoce (antes dos 40 anos) e sem tratamento;

• Histórico familiar de osteoporose;

• Fratura prévia;

• Dieta pobre em cálcio;

• Tabagismo/Alcoolismo;

• Tratamento com corticoides;

• Drogas ou doenças que induzem a perda de massa óssea;

• Sedentarismo.

O tratamento consiste em medicamentos prescritos pelo

médico e medidas como prevenção de quedas, prática de

atividade física regular e consumo de alimentos ricos em

cálcio. O risco de desenvolver a osteoporose pode ser reduzido

se medidas como uma alimentação rica em cálcio,

manutenção de uma atividade física e aporte adequado de

Vitamina D forem proporcionados ao longo da vida.

Entretanto, é importante salientar que, mesmo com todos

esses cuidados, uma parte dos indivíduos vai ter osteoporose,

pois a herança genética ainda não pode ser modificada.

Sua identificação e manejo adequados podem prevenir a

progressão da doença e suas complicações. O diagnóstico

precoce da osteoporose é feito pela medida da densidade

óssea, através do exame da Densitometria Óssea.

84

14.



Fraturas e

sangramentos do nariz

Otorrinolaringologia

As fraturas dos ossos do nariz são responsáveis

por aproximadamente 40% de

todas as fraturas faciais. Essa alta prevalência

deve-se ao formato projetado da pirâmide

nasal na face. O pico de incidê ncia é dos 15

a 25 anos de idade e há uma predominância de

casos do gênero masculino. Entre as etiologias

destacam-se a prática de esportes, seguidos de

acidentes automobilí sticos e causa profissional.

As crianç as apresentam fratura nasal geralmente

por acidentes domé sticos.

Quando ocorre a fratura, em geral o nariz apresenta-se

inchado, podendo ocorrer dor, sangramento

nasal, equimose (arroxeado) no próprio

nariz e também ao redor dos olhos, e às vezes

pode-se notar o desalinhamento do dorso (nariz

torto).

É importante que após o trauma o paciente seja

examinado por um médico otorrinolaringologista

para que o diagnóstico seja realizado. Muitas

vezes apenas o exame físico já é suficiente,

e, em alguns casos são necessários exames

complementares como Raios-X, ou Tomografia

Computadorizada em situações mais graves. No

exame físico pode-se também avaliar a origem

e interferir no caso de sangramento e avaliar se

ocorreu obstrução nasal após o trauma por fratura

do septo nasal.

Em alguns casos em que existe tortuosidade da

pirâmide nasal após o traumatismo, é necessário

a redução da fratura, ou seja, que o osso seja

recolocado no lugar para que cicatrize o mais

retilíneo possível.

Em geral, esse procedimento é realizado logo

após o trauma ou em média 5 dias após, em centro

cirúrgico. Existe um tempo máximo para que

a cirurgia seja feita, em até 15 dias para adultos

e em geral não pode ultrapassar 10 dias nas

crianças, já que nestas a consolidação óssea é

acelerada.

Caso o diagnóstico e o tratamento não sejam

realizados, o paciente pode ficar com obstrução

nasal e/ou com “nariz torto”, sendo necessário

programar rinoplastia (cirurgia plástica do nariz),

e/ou cirurgia para correção de desvio de septo

(septoplastia) posteriormente, porém essas cirurgias

são mais complicadas e trabalhosas do

que a simples redução precoce da fratura.

Em caso de sangramento nasal, o que fazer?

O sangramento nasal espontâneo é ainda mais

comum. Estima-se que 60% de todas as pessoas

tenham pelo menos 1 episódio ao longo da

vida. A incidência aumenta com o calor e em estações

de baixa umidade. Sua alta prevalência

deve-se a grande quantidade de vasos sanguíneos

existentes na mucosa do nariz. Caso ocorra,

pressione as narinas por alguns minutos com

a cabeça inclinada para baixo e, se necessário

coloque gelo para esfriar o nariz. Vá ao médico

especialista principalmente se o sangramento

não cessar com essas medidas e se os episódios

forem frequentes. Pacientes com pressão

alta, alterações na coagulação, rinites, sinusites,

desvios de septo ou até com tumores nasais são

mais atingidos. Portanto, apesar de às vezes ser

comum e de pouca gravidade, em outras, o sangramento

nasal torna-se uma oportunidade para

diagnóstico de enfermidades mais graves.

86

14.



Problemas

familiares

Psicologia

Há quem diga que o relacionamento familiar é

complexo, não é mesmo? O que é muito comum

e natural, diga-se de passagem. Afinal, todo ser

humano possui distintas características, que vão da idade

ao temperamento, formação genética entre outras razões.

Comumente inicia-se na infância os momentos em que as

ações familiares podem ser expressivas e significativas,

quando disfuncional, sendo necessária a interação psicoterapêutica

em algum momento da vida, podendo a qualquer

instante ocorrer situações conflituosas.

Nesse contexto muitas vezes surgem perguntas como,

quando uma família precisa de um psicólogo? A resposta a

essa pergunta é quando essa família não possui uma clara

direção, ou quando a forma que soluciona seus problemas

é falha, colocando-se em conflito. Assim, há uma situação

de tensão a qual causa pressão em todos os indivíduos.

O psicólogo atua justamente no equilíbrio da dinâmica

familiar, auxiliando o trabalho em conjunto para que haja

uma vida mais saudável, promovendo a melhora da comunicação,

resolução de problemas familiares, viabilizando a

flexibilização e compreensão do grupo familiar e também

adaptando formas assertivas para um ambiente doméstico

mais funcional.

Mas como podemos lidar com conflitos familiares? O que

os conflitos provocam nas pessoas é bastante desagradável.

Pode iniciar uma “simples” briga como evoluir para

uma violência doméstica, uso de drogas e consumo abusivo

de álcool. Por isso, o recomendável é não deixar o “copo

encher” e chegar a ponto que não tenha volta.

A seguir, algumas sugestões para solucionar

problemas familiares:

• Tente se aproximar – a maneira mais assertiva de resolver

um conflito familiar é tentar a aproximação. Conflitos

podem gerar distanciamento físico e emocional e é preciso

melhorar o vínculo afetivo. Essa aproximação pode ser

feita através de uma conversa, carta, e-mail. O objetivo é

demonstrar sua intenção de se reconciliar, mesmo não se

considerando “culpado” pelo conflito. Não aponte dedos.

• Seja sincero – Não adianta encobertar, exponha seus sentimentos,

diga o que te magoou.

Procure uma maneira de respeitar os sentimentos de todos

e achar soluções.

• Tenha empatia – lembre-se de que todos precisam opinar

e ser ouvidos e expor sentimentos, pois a família não é composta

só de uma pessoa;

• Corrija seu erro – Não existe uma pessoa perfeita, que não

cometa falhas, mesmo que busque o seu melhor, haverá momentos

que cometerá erros tentando agir certo. Converse

em família e tente arranjar uma solução, se você errou, corrija

seus erros;

• Aceite erros – Ninguém é perfeito, tente deixar as coisas do

passado para trás e recomeçar, aceite seus erros e os erros

de seus familiares;

• Aprenda com os erros – ainda que pratique a aceitação,

aprenda com os erros e seja mais flexível.

• Peça desculpas – mesmo que não tenha a intenção de

magoar seus filhos, seu marido, sua esposa ou seus pais, é

sempre bom demonstrar que você compreendeu que magoou

o próximo, que entende que ele possa estar chateado

e que sente muito.

• Não espere demais – não espere para solucionar os conflitos.

Quantos pais e filhos não se falam há anos? Quantos

casais se divorciam por brigas bobas as quais tomam proporções

descomunais? Não espere o distanciamento físico

e emocional ocorrer;

• Procure um mediador – Sente dificuldade? A comunicação

é falha? Você não precisa fazer isso sozinho. Não há nada de

errado em admitir que sua família necessita do auxílio de um

psicólogo, pois esse profissional existe justamente para isso.

Ele atuará como mediador nas conversas e irá trabalhar nas

soluções em busca de resoluções assertivas e adaptativas

nos conflitos familiares em conjunto com vocês;

A função da família é oferecer proteção, afeto, intimidade e

identidade social aos seus pares. Uma boa qualidade de vida

familiar tem impacto direto em outros âmbitos como profissional,

financeiro, social e assim por diante. Portanto, nutrir

e cultivar relações saudáveis com os seus entes mais próximos

significa que você está simplesmente garantindo uma

boa relação e qualidade de vida, inclusive nos negócios.

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