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Notícias de Fafe 20 de Março 2020
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Directora: Elsa Lima Director-Adjunto: Carlos Rui Abreu Sub-Director: Alcides Lemos
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Semanário Regional de Fafe | Ano 8 | Edição 419 I Preço 0,90 € (IVA inc.) |Sexta-feira, 20 de Março de 2020
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emergência
FIQUE EM CASA! FIQUE EM CASA! FIQUE EM CASA!
• Juntas
disponíveis para
ir fazer compras
a idosos
• Pedido de oferta
da Páscoa causa
polémica em Quinchães
• Todo o desporto
está suspenso
• Três fafenses
ajudaram
a criar APP para
combater a COVID -19
• Feiras canceladas e
Equipamentos
Municipais encerrados
• O relato do
Pe. Pedro Daniel
isolado em Itália
02 20 de Março 2020 Notícias de Fafe
Notícias de Fafe 20 de Março 2020 03
Segunda
Actualidade
editorial
Juntos venceremos.
Proteja-se, por favor!
ela primeira vez, na
Phistória da democracia
portuguesa, foi decretado
o Estado de Emergência face
à actual situação de pandemia
do coronavírus que nos coloca,
a todos, em guerra, contra
um inimigo invisível.
Uma guerra que apela a
um enorme sentido de responsabilidade
colectivo e sentido
de comunidade já que, do
nosso comportamento, suscitará
efeitos não só na nossa
saúde, mas na de todos que
nos rodeiam.
Andamos incrédulos com
o que nos está a acontecer.
A todos. Ao mundo. A nossa
capacidade de resiliência
nunca esteve tanto à prova,
tantas são as incertezas face
ao que o futuro nos reserva.
Ninguém conseguirá escapar
ileso já que serão muitos os
efeitos e reflexos evidentes
na economia, já para não falar
na saúde dos que, infelizmente,
vão sendo infectados,
Mas não devemos paralisar
de medo. Temos de resistir.
Todos juntos, assumindo
as nossas responsabilidades,
vamos conseguir ultrapassar.
Não há outro caminho. Gostamos
todos de viver, certo? De
andarmos livres, pelas ruas, a
usufruir dos pequenos prazeres
desta vida. Gostamos de
abraçar os nossos amigos, de
beijar a nossa família e aqueles
que nos são queridos. Somos
um povo afectuoso, não
sabemos viver sem amor. Por
isso, temos que agir, agora,
para que não demore muito a
retomarmos os nossos hábitos.
Temos que nos unir mais
do que nunca. E, nesta fase,
há uma prioridade: protegermo-nos
o mais possível.
O apelo é óbvio. Se puder,
sempre que puder, fique
em casa!
Sabemos que há motivos
imperativos que nos levarão
a sair de casa. Ir à farmácia, ir
comprar bens essenciais para
a família, ir ao médico em caso
de necessidade. E muitos,
porque trabalham em sectores
reconhecidos como essenciais,
têm que continuar a
ir trabalhar, para que o mundo
não pare e pouco falte ao que
estão em casa a cumprir, bem,
o seu papel. Mas não mais do
que isso. Volte logo para casa
e fique em segurança. Só assim
conseguiremos derrotar
este inimigo.
NOTA IMPORTANTE:
Perante a declaração do
estado de emergência que o
Presidente da República decretou,
a partir de 19 de Março,
foi garantido o livre exercício
do jornalismo, nos termos
constitucionais, durante este
estado de excepção.
Seguindo as recomendações
da DGS, o Notícias de Fafe
irá continuar, com responsabilidade,
e sentido de serviço
público, a cumprir o seu
dever de informar a sociedade,
em particular, sobre a situação
e a evolução da pandemia
de coronavírus, servindo
a nossa comunidade,
auxiliando na transmissão
das medidas aprovadas pelo
Governo, e pelo Município
de Fafe.
Resguardando-nos em
todas a situações, a trabalhar
em casa sempre que nos
for possível e a sair, sempre
que necessário, mas com todas
as precauções, não descurando
o nosso papel nesta
guerra em que ninguém deve
falhar.
Também para nós não
vai ser fácil e, por isso, precisamos
da ajuda de todos para
que possamos continuar a
cumprir o nosso papel, nesta
comunidade.
O futuro dependerá daqueles
que, nesta hora difícil,
provem que estão connosco
e que consideram que fazemos
falta para que nos consigamos
aguentar e manter a
edição e distribuição do nosso
semanário.
Informamos que, na semana
passada, o Notícias de
Fafe remeteu, para muitos
dos seus assinantes, cartas
de renovação de assinaturas.
É um sinal muito importante
que esperamos receber. Que
nos dará força e condições
para continuarmos na luta.
A carta enviada foi uma
carta tipo - usada em anos
anteriores - com várias formas
para o pagamento da
assinatura. Nesta fase, apelamos
aos nossos assinantes
para que o pagamento seja
feito através de transferência
bancária para o IBAN que
consta nos nossos dados. Caso
não tenha condições para
o fazer, ou ninguém que o
auxilie, informe-nos por favor
pelo geral@noticiasdefafe.com
ou pelo telefone
924468709 e poderá regularizar
a assinatura assim que
as condições necessárias sejam
retomadas, para que saia
de casa.
Enviamos um abraço
forte aos nossos clientes e
amigos que nesta altura não
nos abandonam e um apelo
a outros empresários locais
que, sendo menos fustigados
pela crise, nos possam
apoiar também neste particular
momento, difundindo
as suas mensagens através
deste órgão de comunicação.
Todos precisamos de todos.
Só a união nos fará ultrapassar
este momento difícil.
Para além da edição impressa,
o Semanário Notícias
de Fafe irá manter um serviço
de informação actualizada
na sua página de Facebook,
que pode seguir a todo o momento.
Juntos venceremos. Proteja-se,
por favor!
Elsa Lima
Directora
No ano de 2019
PME Excelência
distingue 9
empresas em Fafe
Rita Magalhães Ramos
geral@noticiasdefafe.com
Nove empresas, sediadas
no concelho de Fafe, foram
distinguidas com o Estatuto
de PME Excelência
2019, que premeia as pequenas
e médias empresas
nacionais pelos melhores
desempenhos económico,
financeiros e de gestão. As
PME Líder e PME Excelência
são uma iniciativa do IAPMEI
e do Turismo de Portugal,
promovida em parceria com
os principais bancos e o sistema
de garantia mútua.
Este ano foram premiadas,
a nível nacional, um total
de 2337 empresas repre-
Transporte público
rodoviário
CIM do Ave
implementa
redução tarifária
A Comunidade Intermunicipal
do Ave, enquanto Autoridade
de Transporte, decidiu,
em Conselho Intermunicipal,
alocar 715.000 euros ao
programa PART, com vista a
apoiar os residentes dos municípios
da CIM do Ave - Cabeceiras
de Basto, Fafe, Guimarães,
Mondim de Basto,
Póvoa de Lanhoso, Vieira do
Minho, Vila Nova de Famalicão
e Vizela – na redução dos
seus encargos familiares com
a utilização do transporte público,
a partir de 1 de Abril..
Está previsto um desconto
de 30% sobre o Preço de
Venda ao Público do “Passe
Social” a todos os residentes
do território da CIM nas deslocações
municipais, intermunicipais
(origem e destino nos
8 concelhos da CIM do Ave) e
inter-regionais (com origem
nos 8 concelhos da CIM do
Ave e destino noutra Comunidade
Intermunicipal ou Área
Metropolitana).
A CIM do Ave é, nos termos
previstos no artigo 7.º da
Lei nº 52/2015 de 9 de junho,
a Autoridade de Transporte
competente relativa aos serviços
públicos de transporte
de passageiros de âmbito intermunicipal.
sentativas de vários sectores
de actividades, sendo,
em conjunto, responsáveis
por 81.316 postos de
trabalho. Os distritos com
maior concentração de empresas
PME Excelência 2019
são Lisboa (20,1%), Por-
to (19,5%), Aveiro (11%) e
Braga (10,1%).
O Estatuto PME Excelência
2018, em Fafe, foi para
as empresas: C F F – Clínica
Fisiátrica de Fafe, Lda;
Cadeinor – Mobiliário de
Escritório Integrado, Lda;
Construções Abílio Ribeiro,
Lda; Esfani- Confecções
Lda; Farmácia Fernandes
de Castro, Lda; Gravotêxtil
Sociedade de Acabamentos
Têxteis, S.A; Momentopadrão
Unipessoal Lda; Raffaele
Sidoni & Sidoni, Lda;
Workview -Prestação de
Serviços de Higiene, Segurança
e Saúde no Trabalho,
Unipessoal Lda.
Em 2018 foram 15 as
empresas de Fafe eleitas
as melhores entre as melhores
ao nível nacional, 15
em 2017, em 2016 foram 10
e em 2015 foram 11 as distinguidas.
Os galardões foram atribuídos,
no dia 10 de Março,
na Batalha.
Fonte (www.iapmei.pt)
QUINCHÃES | Pároco garante que método
já é usado há muito noutras freguesias
Pedido de oferta
da Páscoa
causa polémica
Carlos Rui Abreu
cra@noticiasdefafe.com
O padre Luís Baeta decidiu,
após reunião do Conselho
Económico da paróquia
de Quinchães, enviar mil avisos
para as casas dos habitantes
da freguesia com uma
mensagem que não caiu bem
em grande parte da população.
Sustentado na “situação
especial que estamos a viver
– proliferação mundial do Coronavírus”,
o pároco informou
que “pessoas conhecidas e
de confiança passarão pela
sua casa na altura da Semana
Santa a fim de levantar a sua
oferta no envelope”, porque,
salientava na missiva, “enquanto
pároco desta comunidade
eu possa ter um salário
todos os meses e respectivos
subsídios de férias e de Natal”
A decisão da distribuição
deste aviso foi tomada na sexta-feira
passada e a entrega
começou no fim-de-semana,
altura em que muitos dos habitantes
da freguesia começaram
a isolar-se em casa, fechando
negócios e deixando
empregos, temendo o surto
da Covid-19. “Foi uma comunicação
que surgiu após uma
reunião e como tentativa de
resposta a duas coisas diferentes.
Na sexta-feira a realidade
era diferente da actual
porque cada dia piora e nós
sabemos disso. Era um período
em que muita gente acreditava
que a quarentena seria
de 15 dias e estávamos a receber
as notícias de que não iria
haver missas, compassos, etc.,
e claro que nós, com a tristeza
que isso nos estava a causar,
estávamos a arranjar uma
solução de levar os postais de
Páscoa às pessoas”, disse, ao
NF, o padre Luís Baeta.
Outro dos parâmetros que
estiveram na génese desta
decisão foi o de “responder às
pessoas de Quinchães que se
questionavam de como dar o
envelope se não havia compasso,
missas e confissões. O
papel só foi polémico porque
as pessoas não estão habituadas
e foi nesta altura mas
é uma coisa habitual noutras
freguesias”, explicou Luís Baeta,
referindo-se às paróquias
de Silvares São Martinho e
Seidões, das quais também é
responsável.
Após a ‘tempestade’ de
troca de palavras que esta informação
causou, Luís Baeta
admite já ter percebido que
“foi uma tentativa que não
vai resultar e quando estiverem
todos conscientes de que
a quarentena será obrigatória
a recolha não será feita e será
quando for possível”.
O pároco, de 35 anos, frisou,
igualmente, que “em
Quinchães são normalmente
distribuídos mil envelopes e
são devolvidos, mais ou menos,
entre 400 e 500. Sabemos
bem que já não é muito
corrente fazer a oferta ao padre
mas, neste caso, não distinguimos
a casa dos praticantes
e dos não praticantes
e distribuímos a todos. Creio
que a parte que reagiu menos
bem foram aqueles que não
querem nada com isto”.
Mais tarde, no Facebook,
Luís Baeta explicou-se à população
e garantiu que “não
haverá recolha pois primeiro
está a saúde de todos nós”
e terminou com uma última
ideia: “quando quis ser padre
saberia que não seria fácil viver
de esmolas e também procuro
sempre viver sem mostrar
luxos. Os meus bens estão
ao serviço de todos”.
Eco-Escolas criou um desafio
para um Dia do Pai caseiro
Para celebrar o dia do Pai,
este ano comemorado de forma
diferente, a ABAE, Associação
Bandeira Azul da Europa,
lançou um desafio a todos
os pais e filhos denominado
“O Pai é EcoFixe”, que decorre
até ao próximo domingo,
dia 22 de Março. Esta iniciativa
consiste na construção de
um brinquedo ou jogo em família,
recorrendo à criatividade
e a objectos que tenham
em casa. As propostas mais
originais serão publicadas na
página da Eco-Escolas. “Qualquer
pai e filho ou filha podem
participar, independentemente
das idades”, referem
lançando o repto. Para participarem
devem tirar quatro fotografias
durante a construção
do brinquedo/jogo, opcionalmente
também podem
juntar um vídeo até um minuto.
Para além disso, devem
publicar colocando o ‘tag’ de
“@ecoescolas” no Facebook
ou “@ecoescolas_pt” no Instagram.
Na passada sexta-feira
Acidente aparatoso
provocou um ferido grave
Um jovem sofreu ferimentos
graves na sequência
de uma colisão que envolveu
um motociclo e uma
viatura ligeira de mercadorias.
O acidente ocorreu na
passada sexta-feira por volta
das 15h, na Rua Dr. José
Summavielle Soares.
GNR efectuou busca em casa
de homem de 64 anos
Apreendida arma com
que ameaçava vizinho
A GNR, através dos militares
do Posto de Fafe,
apreendeu, a 12 de Março,
uma arma de fogo ilegal, no
concelho de Fafe. No âmbito
de uma investigação a
decorrer há seis meses, relacionada
com ameaças por
parte de um homem de 64
anos sobre um vizinho, os
militares realizaram uma
A vítima foi assistida
no local pelos Bombeiros
Voluntários de Fafe e pelo
INEM, sendo transportada
para o Hospital da Senhora
da Oliveira, em Guimarães.
A GNR esteve no local e
tomou conta da ocorrência.
RMR
busca domiciliária, tendo
sido apreendidas uma arma
de fogo, uma réplica de
arma de fogo e um coldre.
O suspeito ameaçava e coagia
o vizinho fazendo uso
das mesmas. Foi constituído
arguido e os factos remetidos
ao Tribunal Judicial
de Fafe.
CRA
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04 20 de Março 2020 Notícias de Fafe
Notícias de Fafe 20 de Março 2020 05
Opinião
Actualidade
JCS
*
José Carlos Soares
LAP
*
Luís Alberto Pereira
Municipalização
da Educação?
Eis a questão!
Não há muito tempo,
escrevia eu sobre a
profunda transformação
que estava a ocorrer na escola
Pública - recordo - «O novo
e pouco pacífico modelo de gestão
e administração das escolas»,
com a figura do director e
a criação dos Mega agrupamentos,
e «julgava eu ser a machadada
final na escola pública democrática».
- Engano meu. Embora
a acalmia e a serenidade
tenham regressado, lentamente,
à escola pública, eis que os
“iluminados” do nosso Ministério
da Educação, para nossa
perplexidade, decidem partir
para um modelo de “Municipalização
da Educação”, que consideram
ser um «novo factor de
estabilidade».
Sabemos bem de que as
motivações que levam à implementação
deste novo modelo
não são apenas de carácter
economicista. No país, serão
duas dezenas de municípios-
-piloto os que, em enorme secretismo,
negociaram com o governo,
aceitando novas competências
que vão do pré-escolar
ao secundário e incluem, pela
primeira vez, responsabilidades
em matéria de ordem pedagógica
e também na gestão de
docentes, e que a qualidade de
ensino e as questões pedagógicas
foram preteridas a favor de
medidas administrativas desenhadas,
a toda a pressa, nos gabinetes
sem um verdadeiro conhecimento
da realidade.
Sem dúvida que, nos últimos
anos, muita da instabilidade
que tem ocorrido na Educação
se deve às sucessivas
e avulsas orientações do ME,
sem que os directamente envolvidos
neste processo tivessem
tido oportunidade de manifestar
a sua opinião. De facto,
ao dispensar o envolvimento
e o acordo das escolas (através
dos seus órgãos representativos),
na reorganização do
modelo escolar, vem, mais uma
vez, assumir que o poder central
pode impor unilateralmente
soluções e assim situar-se
em plano contrário ao do respeito
pela lei. Além disso, nesta
medida cega, que apanhou de
surpresa todos, não se conhecem
os critérios adoptados e os
prós e contras da mudança. Estas
medidas, tomadas ao arrepio
de todos os parceiros educativos,
sem discussão pública,
são outra farsa. Veja-se o conceito
que o Ministério da Educação
tem do que é negociar e
riedade dos Conselhos Gerais e
Conselhos Municipais de Educação
se manifestarem favoráveis
à adesão do município continua
a ser “dita” mas deixou de estar
“escrita”. Primeiro era suposto
entrarem todas as escolas, depois
entravam apenas as que
estivessem de acordo, agora há
informações contraditórias de
município para município.
A terminar, o tempo político
desta “negociação” é desajustado.
A municipalização da educação
é hoje opção questionada
em muitos países onde foi adotada,
pelos nefastos resultados
decorrentes do acentuar de assimetrias
entre escolas de diferentes
municípios e do descomprometimento
do Estado em
termos de financiamento e de
responsabilidade social, ao que
se juntam um reforço do controlo
sobre as escolas (sujeitas
a uma espécie de centralismo
local) e um aumento do clientelismo,
do sentimento de insegurança
e da desmotivação dos
professores. Também, hoje, os
problemas que atingem as escolas
públicas portuguesas são
graves e estão a impor sérios
constrangimentos ao seu funcionamento.
Falta de professores,
de pessoal não docente, de
apoios adequados aos alunos,
em particular aos que apresentam
necessidades educativas
especiais, farão parte de uma
agenda em que constam, ainda,
os problemas relacionados com
o desgaste e envelhecimento
do corpo docente das escolas, a
implementação dos regimes de
educação inclusiva e da flexibilidade
curricular, um processo já
em curso.
“E depois diz o Ministério
que isto é em nome da igualdade
de oportunidades”. Esses
governantes deveriam estar
com os seus filhos nestas escolas
para perceberem os sacrifícios
que estão a exigir aos
outros. Não tenhamos dúvidas,
se a escola pública ainda tem
funcionado com qualidade, isso
deve-se ao profissionalismo
dos docentes e por isso é perigoso
ignorar este problema. Os
professores, esses, saberão, no
momento oportuno, manifestar
a sua discordância com a forma,
sem qualquer sensibilidade,
como todo este processo está a
ser levado a cabo.
*Professor/Deputado
Municipal - Fafe Sempre
Saúde Pública: a
responsabilidade
social
2020 ficará para sempre
lembrado como o
ano em que o mundo
moderno se deparou com
a primeira pandemia do século
XXI.
Consequência da globalização
e da facilidade de atravessar
fronteiras? Talvez. Porém,
se não fosse a facilidade
de comunicação internacional
e a biotecnologia aprimorada,
os números catastróficos
de hoje, seriam certamente
maiores.
O novo vírus, SARS-CoV2,
que associamos à Covid-19
tem como principal arma o
facto de ser desconhecido. Só
a partir da deteção do primeiro
caso na China é que a comunidade
científica moveu
esforços para tentar, dentro
do possível, travá-lo rapidamente.
Sabemos que tem causado,
essencialmente problemas
respiratórios, no entanto,
ainda não está formulado
um protocolo de tratamento
que dê garantia de efetividade
terapêutica.
A certeza é que nos deparamos
com um agente muito
contagioso e que pode ser letal.
Precavendo o esgotamento
de recursos do SNS, é
essencial impedir o contágio.
Se o panorama atual já é
assustador, é importante reforçar
que ainda não atingimos
o pico da doença e que o
os processos que tem usado para
lidar com os professores! (Em
plenas férias escolares, lança a
discussão de um diploma de cariz
tão importante e dá para tal
um mês!). Acham isso sério? Se
o Ministério da Educação estivesse
de facto interessado em
discutir, era o primeiro a promover
e a dinamizar esse debate.
Mas o que tem feito tem sido
cercear todas as hipóteses
de participação dos professores
em qualquer coisa que valha
a pena: retirando-lhe todas as
vias anteriormente instituídas e
afogando-os em papéis ridículos
e inúteis.
Ser contra a municipalização
não significa ser a favor da
centralização. Há outros caminhos
para a descentralização,
para o nível local e para as escolas,
para órgãos próprios, democraticamente
legitimados e com
adequada representação escolar
e comunitária.
Lamento que seja um Governo
do Partido Socialista a retomar
o essencial das opções
que outros procuraram impor
aquando da tentativa de revisão
da LBSE e não conseguiram.
Trata-se de uma reforma que
aparece sem qualquer avaliação
prévia do atual regime de autonomia
e gestão das escolas,
surgindo o seu anúncio, à semelhança
de muitas outras medidas,
como um facto consumado,
à margem de qualquer negociação
. Muda, porque muda. Muda,
porque sim! Mas não será por isso
que os professores e educadores
portugueses se conformarão
e este diploma e continuará
a merecer a contestação dos
docentes, que recusam tal imposição.
Faça-se primeiro esse
debate, e avance-se depois de
forma sustentada, transferindo
competências por via legal e
não por via contratual – evitando
um regime assimétrico que
vai retalhar o país, privilegiando
umas autarquias em detrimento
de outras. Todo este processo
é criticável. Desde logo, como
já referi, pelo secretismo que o
tem caracterizado – Meses depois
de se ter iniciado o processo
negocial entre o governo e os
municípios, ainda não é pública
a lista das autarquias envolvidas,
nem se conhecem os critérios
que estiveram na base da
sua seleção. Mas também pela
sua opacidade e falta de clareza,
que vai para além da natureza
do processo (descentralização/desconcentração/
delegação…).
Por exemplo, a obrigatoaumento
exponencial do número
de infetados será inevitável.
Todos devemos ser Agentes
de Saúde Pública, e é imperativo
que nos mantenhamos
informados por fontes
oficiais e credíveis (Direção
Geral de Saúde e Organização
Mundial de Saúde), pois
se acompanhamos, ao minuto,
os novos desenvolvimentos,
facilmente temos acesso
a notícias falsas que podem
pôr em causa todo o plano de
ação previamente definido.
Neste momento (18 de
Março), Portugal tem 19 cadeias
de transmissão identificadas.
Conhecendo o foco endémico
e a cadeia de transmissão
é possível identificar os
possíveis infetados e reduzir
o contágio limitando o contacto
social, e acima de tudo,
cultivando hábitos de Etiqueta
Respiratória (espirrar
e tossir para lenços de papel
descartáveis ou para a prega
do cotovelo) e Lavagem Regular
das Mãos com água e
sabão ou com uma solução à
base de álcool.
Decretando o Estado de
Alerta Nacional, o Governo
estabeleceu um pacote
de medidas extraordinárias
que salvaguardam os direitos
fundamentais dos portugueses
mas restringem aqueles
que podem ser considerados
comportamentos de risco.
Em Fafe, o Executivo Municipal
optou, e bem, pelo
cumprimento das recomendações
das autoridades de
saúde, em detrimento da antecipação,
atenuando o impacto
na atividade diária do
concelho, mas ressalvando
sempre a obrigação social de
cada um para diminuir o risco
de infeção/contágio.
Ficou provado que os Portugueses
souberam responder
de forma positiva às indicações
superiores que têm
por base pareceres técnicos
qualificados e apropriados ao
momento em que são dadas,
não podendo ser tidas como
estanques e definitivas.
Por muito difícil que seja
tomar decisões que interfiram
com a vida de milhares
ou milhões de cidadãos, resistir
à pressão social e procurar
manter a serenidade de
forma a agir assertiva e conscientemente
são características
de um bom governante.
Deixo uma palavra de
agradecimento àqueles que
estão na primeira linha do
combate, os profissionais de
saúde. Que o esforço incansável
de cada um se traduza
no retorno à normalidade.
* Líder da JS Fafe
Nota: O NF convidou as forças político-partidárias com representação em Fafe para utilizarem esta página com artigos de opinião dos seus representantes. O conteúdo é da inteira responsabilidade dos colunistas.
Quem desobedecer incorre numa pena de prisão até um ano ou multa até 120 dias
Portugal está em
Estado de Emergência
O parlamento aprovou,
a 18 de Março, o projecto
de declaração do Estado de
Emergência que lhe foi submetido
pelo Presidente da
República com o objectivo de
combater a pandemia de Covid-19.
O projeto foi aprovado
pelo plenário da Assembleia
da República com sem votos
contra e com os votos favoráveis
do PS, PSD, PSD, CDS-
-PP, BE, PAN e o deputado do
Chega, André Ventura.
Absteve-se o PCP, os Verdes,
a deputada não inscrita
Joacine Katar Moreira e o deputado
da Iniciativa Liberal,
João Cotrim de Figuereido.
De acordo com o decreto
presidencial, o estado de
emergência tem a duração
de 15 dias, que podem ser
prorrogados.
O primeiro-ministro avisou
que a declaração do estado
de emergência não terá
um "efeito salvífico" e, se
tudo correr pelo melhor, a
pandemia de Covid-19 terá
o pico em meados de Abril e
poderá terminar no final de
Maio.
O primeiro-ministro reiterou
que "a democracia não
será suspensa" com esta declaração
do estado de emergência
e que a Procuradoria
Geral da República "deve
funcionar em permanência
para controlo da legalidade"
e a Provedoria da República
para "protecção dos direitos,
liberdades e garantias".
Foi assim declarado o
Estado de Emergência, com
fundamento na verificação
de uma situação de calamidade
pública. Declaração que
abrange todo o território nacional,
iniciando -se às 0:00
horas do dia 19 de Março de
2020 e cessando às 23:59
horas do dia 2 de Abril de
2020, sem prejuízo de eventuais
vrenovações, nos termos
da lei.
O que muda?
O estado de emergência
proposto pelo chefe de Estado
para conter a pandemia
de Covid-19 prevê a possibilidade
de confinamento obrigatório
compulsivo dos cidadãos
em casa e restrições à
circulação na via pública, a
não ser que seja justificada.
Para “reduzir o risco de
contágio” e fazer a prevenção,
“podem ser impostas
pelas autoridades públicas
competentes as restrições
necessárias”, incluindo
“o confinamento compulsivo
no domicílio ou em estabelecimento
de saúde, o estabelecimento
de cercas sanitárias”,
assim como “a interdição
das deslocações e da
permanência na via pública
que não sejam justificadas”.
O decreto prevê que o Estado
possa requisitar a privados
a prestação de serviços
e a utilização de propriedades,
como hospitais ou fábricas,
no âmbito do estado
de emergência da Covid-19.
Segundo o decreto, pode
ser também "determinada a
obrigatoriedade de abertura,
laboração e funcionamento
de empresas, estabelecimentos
e meios de produção
ou o seu encerramento",
além de outras limitações ou
modificações de funcionamento.
Está ainda prevista suspensão
do direito à greve se
tal “comprometer o funcionamento
de infraestruturas
críticas” ou a “prestação de
cuidados de saúde” no combate
à pandemia e é aberta
a possibilidade de as autoridades
públicas requisitarem
“colaboradores de entidades
públicas e privadas,
independentemente do tipo
de vínculo” para se apresentarem
ao serviço.
O decreto impede "todo
e qualquer ato de resistência
ativa ou passiva" ao cumprimento
das medidas previstas
no estado de emergência
e o Governo pode limitar ou
proibir a realização de reuniões
ou manifestações devido
ao perigo de transmissão
do novo coronavírus.
A liberdade de expressão
e de informação ficam salvaguardadas
com a declaração
do estado de emergência,
bem como os direitos à capacidade
civil e cidadania.
Se desobedecer, o
que acontece?
As pessoas que desobedecerem
a determinações do
estado de emergência, aprovado
pelo parlamento, cometem
um crime e incorrem
numa pena de prisão até um
ano ou multa até 120 dias,
segundo o Código Penal.
O penalista Saragoça da
Matta explicou à agência Lusa
que, caso um cidadão desobedeça
às medidas impostas
pelo estado de emergência,
é aplicado o artigo 348
do Código Penal que estipula
que "quem faltar à obediência
devida a ordem ou a
mandado legítimos, regularmente
comunicados e emanados
de autoridade ou funcionário
competente, é punido
com pena de prisão até
um ano ou com pena de multa
até 120 dias".
A declaração do estado
de emergência, que foi aprovado
por imperativo de saúde
pública como medida de
combate à pandemia de Covis-19,
prevê a possibilidade
de confinamento obrigatório
compulsivo dos cidadãos em
casa e restrições à circulação
na via pública, a não ser que
sejam justificados.
Além do crime de desobediência,
adiantou o advogado,
a lei também prevê a
aplicação do artigo 304 do
mesmo código, referente à
desobediência à ordem de
dispersão, caso um grupo de
cidadãos, uma manifestação
ou um ajuntamento de pessoas
viole as regras.
O artigo 304.º prevê que
"quem não obedecer a ordem
legítima de se retirar
de ajuntamento ou reunião
pública, dada por autoridade
competente, com advertência
de que a desobediência
constitui crime, é punido
com pena de prisão até
um ano ou com pena de multa
até 120 dias. Se o desobediente
for o promotor da
reunião ou do ajuntamento,
é punido com pena de prisão
até dois anos ou com pena
de multa até 240 dias.
A resistência às ordens
das autoridades pode levar à
detenção dos prevaricadores
que serão depois apresentados
no prazo de 24 horas
ao Juiz de Instrução Criminal
(JIC) que estiver de turno.
O magistrado pode de
imediato decretar medidas
cautelares, como por exemplo,
o confinamento obrigatório,
segundo Saragoça da
Matta.
C/Lusa
NOTA: Na hora de fecho
desta edição, o Governo ainda
estava reunido em Conselho
de Ministros para aprovar
as medidas, em detalhe,
que concretizem a execução
do decreto do Presidente da
República.
06 20 de Março 2020 Notícias de Fafe
Notícias de Fafe 20 de Março 2020 07
Atualidade
Actualidade
Rita Magalhães Ramos
geral@noticiasdefafe.com
DECO aconselha
FICHA
TÉCNICA
COVID 19 | Bens essenciais e medicamentos
Juntas disponíveis para
ir fazer compras a idosos
Directora: Elsa Lima (CP 5664)
Director-Adjunto: Carlos Rui Abreu (CP 9411)
Sub-Director: Alcides Lemos
As mensagens de protecção
e de prevenção do CO-
VID-19 proliferam-se nas redes
sociais das Juntas de Freguesias,
por todo o concelho.
A juntar-se a isto, são também
muitas as que se prontificam
a ajudar as pessoas
mais vulneráveis, através da
compra de bens essenciais e
medicamentos. Exemplo disso,
é a Junta de Freguesia de
Fafe que pretende assim evitar
que os idosos saiam de casa
e fiquem muito tempo expostos,
à espera, da sua vez,
à porta dos estabelecimentos
comerciais. Ao que apuramos,
já vários idosos recorreram ao
apoio da junta, pedindo ajuda
para poderem ter acesso a
bens alimentares ou medicamentos
que têm. De salientar
que a Junta não paga as compras,
apenas se disponibiliza
para as ir buscar e entregar
ao idoso que o solicite. Para
o efeito, em caso de necessidade,
deve contactar o presidente
da junta, Paulo Soares,
pelo número 965516508. Face
à actual situação de pandemia,
o executivo da Junta
de Freguesia de Fafe informa
que decidiu cancelar todas as
actividades programadas, até
Abril, encontrando-se assim
cancelado o Cabaz da Páscoa,
bem como todos os eventos.
Devido à preocupação com o
Covid-19, a Junta de Freguesia
de Fafe foi também encerrada
ao público.
Também a Junta de Freguesia
de Paços deu a conhecer
através da sua página
de Facebook que estão
a reforçar o apoio a pessoas
vulneráveis. “Nesta medida,
enumeramos um conjunto
de pessoas a contactar para
levantamento das necessidades
de bens essenciais,
por forma a providenciar a
sua entrega sem que se tenham
de deslocar à sede do
concelho”. Como contactos
fornecem o 253507037 e o
933379453. Nesta mesma
luta está a união de freguesia
de Moreira do Rei e Várzea
Cova que informa estar disponível
para ajudar “quem não
tiver nenhuma retaguarda
Redacção: Rita Magalhães Ramos, Ricardo Jorge Castro
(editor de desporto), Orlando Pereira, Diogo Gonçalves
e Acácio Almeida (coordenador de cultura).
Correspondentes: Aboim - Hugo Novais; Agrela - Albertino Fonseca; Antime - José Gonçalves; Ardegão - Patrícia Freitas; Arnozela - Eduardo Mendes; Arões S. Romão - Marta Lopes;
Arões Stª Cristina - Carla Nobre; Cepães - Vítor Leal; Estorãos - Christine Mota; Fareja - Lucélia Telo; Felgueiras - José Domingues; Fornelos - Vera Costa; Freitas - Ana Costa; Golães - Manuel
Baptista; Gontim - Alexandre Gonçalves; Medelo - José Maria Cunha; Monte - Carla Martins; Moreira do Rei - João Diaz David; Paços - Sameiro Ramos; Pedraído - Fátima Borges; Revelhe - Carla
Matos; Regadas - Paulo Mourão; Ribeiros - Ricardo Fernandes; São Gens - Sara Sousa; Seidões - David Cristóvão; Serafão - Maria José Alves; Silvares S. Clemente - Natália Veloso; Silvares São
Martinho - Carlos Carneiro; Travassós - Diogo Antunes; Várzea Cova - Irene Lopes; Vila Cova - Sónia Lopes; Vinhós - Marisa Fernandes.
familiar”. Para tal, devem entrar
em contacto através do
253502341 ou 914600245.
Agrela e Serafão também se
mostra disponível para ajudar,
com três equipas de apoio ao
domicílio. Se necessitar, deve
ligar o 253493983 das 9:30h
às 13:00h, 962708810 ou
964338297. Do mesmo lado
está a Junta de Freguesia
de Quinchães que disponibiliza
o transporte, “de forma
gratuita, dos bens essenciais
para aqueles que tenham idade
superior a 60 anos e sem
Proprietário/Editor: Notifafe - Comunicação, Lda.
(Elsa de Fátima Guimarães Lima, 90%; Carlos Rui Ribeiro Abreu, 10%)
Rua Major Miguel Ferreira, nº 58 - fracção G - 4820 - 276 Fafe
Telefone: 253 592 105
Estatuto Editorial disponível em:
www.noticiasdefafe.com
Contribuinte: 510132928 • Capital Social 5.000 euros
Matriculada na Conservatória
do Registo Comercial de Fafe: 1495525
Redacção: Rua Major Miguel Ferreira,
nº 58 - fracção G - 4820 - 276 Fafe
email:geral@noticiasdefafe.com
condições para se deslocar ou
que sejam considerados população
de risco. Para o efeito,
os interessados devem
entrar em contacto directamente
com a Junta em período
de horário útil”, referem.
Também em Ribeiros, a junta
aconselha à população a
ter especial atenção com vizinhos
idosos, mostrando-se
disponíveis para organizar
uma rede voluntária de auxílio.
Qualquer questão, deve
ligar o 914908671. Em São
Gens a solidariedade mantém-se.
Irão ser disponibilizados
os “veículos e os funcionários
para colaborar com
os idosos, pessoas em risco
ou isoladas da freguesia, que
não possuem meio de transporte,
para as suas necessidades.
Nesse sentido, pode
contactar-nos pelos números
939336911 ou 924314479”.
Também Estorãos informou
que prestarão “todo o auxílio
necessário” para a aquisição
de bens de primeira necessidade.
Os contactos são o
935506264.
Também na união de freguesia
de Monte e Queimadela
o cenário é o mesmo.
“Estamos a contactar com
idosos e a ajudá-los no que
precisarem, na compra de
bens essenciais, farmácia,
pagar as contas, temos sido
nós, para evitar que se desloquem,
quem precisar deve
ligar o 934631027”. Uma
ajuda que já não é de agora
na união de freguesias de
Aboim, Felgueiras, Gontim e
Pedraído. “É um trabalho que
fazemos ao longo do ano, estamos
atentos e prontos para
ajudar sempre que alguma
coisa aconteça”, para tal contactar
o 962550380.
Ficar em casa durante duas semanas é um cenário possível.
Ajudamos a fazer a lista do que é necessário.
No nosso inquérito sobre
como estão a reagir os
portugueses ao coronavírus,
um em cada 10 revelou
ter aumentado os stocks de
comida e água em casa. As
circunstâncias podem levar
a um aumento exponencial
da procura de produtos alimentares.
E se a corrida aos
supermercados se intensificar,
os estabelecimentos
podem acionar o racionamento
de bens alimentares
como medida preventiva,
como previsto na lei em
caso de notória escassez.
Pretende-se assim garantir
o acesso a bens essenciais
a todos os que deles necessitam
e não apenas aos que
chegam mais cedo aos supermercados.
Cozinha preparada
para evitar sair de casa
Prepare a lista tendo em
conta a composição da família
e o que tem no frigorífico e na
despensa. Faça uma revisão
dos prazos de validade. Nas
compras, aposte em produtos
com uma duração mais alargada,
para evitar o desperdício
de alimentos. Se comprar
produtos frescos, como verduras
e fruta, deve consumi-
-los em primeiro lugar, para
não se estragarem. Pode ainda
comprar carne, peixe e legumes,
para congelar.
É boa ideia pensar em alternativas
em conserva como
as leguminosas, peixe (exemplo:
atum, sardinha ou cavala),
legumes, salsichas, entre
outros. Os ovos são outra opção
para obter proteína e, em
regra, com um grande prazo
de validade. A alimentação
saudável é um dos aliados para
se manter em forma.
Como o “cozinheiro/a” de
serviço também pode ficar
doente, previna-se com refeições
prontas a comer que devem
ser a exceção. Por exemplo,
uma piza que só precisa
de micro-ondas para ficar
preparada.
Farmácia caseira
preparada
A distribuição de medicamentos
pode ser afetada,
mas não corra para a farmácia
sem motivo. Mesmo que
seja doente crónico (ou tenha
algum na família) e tome medicação
diariamente, lembre-
-se de que muitas das farmácias
disponibilizam a entrega
em casa e outra pessoa poderá
levantar o medicamento
por si.
Para se precaver caso fique
doente, verifique a sua
farmácia caseira. Todos temos
um armário de farmácia
em casa. O recheio depende
da composição da família: se
houver bebés, são necessárias
formulações infantis, como
supositórios ou xaropes.
Confirme se têm os medicamentos
destinados a sintomas
comuns, como dor e febre.
É o caso dos analgésicos
e antipiréticos, como paracetamol,
ácido acetilsalicílico e
ibuprofeno.
Para esclarecer questões
mais específicas, conte
com a ajuda dos nossos
serviços. Se precisar, recorra
à linha da DECO de apoio
aos viajantes (213 710 282).
Em caso de reclamação, utilize
a nossa plataforma - RE-
CLAMAR.
Excecionalmente os
nossos serviços de atendimento
presencial estão encerrados,
todos os esclarecimentos
são prestados via
telefónica ou por email, para
o 258 821 083 ou para deco.
minho@deco.pt
Impressão: Empresa do Diário do Minho, Lda.
Rua de Santa Margarida, nº4A - 4710 Braga
Paginação: Carlos Rui Abreu / Nuno Castro Freitas
Dep. Comercial: Verónica Gonçalves
Tiragem: 2000 exemplares por edição
Registo na Entidade Reguladora da Comunicação Social: nº 126198
Depósito legal: 342413/12.
Ficha Técnica
Preço avulso: 0,90 euros • Continente e ilhas: 35 euros/ano
Europa: 65 euros • Fora da Europa: 85 euros
Elsa Lima
elsalima@noticiasdefafe.com
A Comissão Municipal de
Protecção Civil de Fafe reuniu
a 17 de Março, presidida
pelo Presidente da Câmara,
Raúl Cunha, e na presença
dos Agentes de Protecção Civil
e Entidades que a compõem,
tendo aprovado a implementação
de um conjunto de medidas
de âmbito municipal.
Foi decidida a criação de
uma Subcomissão para acompanhamento
da situação municipal,
enquanto estrutura
responsável pela recolha e
tratamento da informação relativa
ao surto epidémico em
curso, garantindo uma permanente
monitorização da situação,
em articulação com a
Autoridade de Saúde. A Emissão
de um Comunicado Técnico
Operacional Municipal com
as medidas que vierem a ser
emitidas no âmbito da Declaração
de Situação de Alerta e
ainda as medidas de âmbito
municipal. Reforçar a divulgação
das medidas e recomendações
emitidas pelas autoridades
e as determinadas no
âmbito da Comissão Municipal
de Protecção Civil. Caso a
evolução da situação o justifique,
activar o Plano Municipal
de Emergência e Protecção
Civil, conforme decisão da
Comissão Municipal de Protecção
Civil. Estabelecer a articulação
com os Agentes de Protecção
Civil locais no acompanhamento
e monitorização da
Recomendação ao Executivo Camarário
CDS quer Grupo de
Acompanhamento a idosos
Em nota à imprensa, o
CDS de Fafe torna pública
uma recomendação ao Executivo
Camarário para a importância
de ser criado um
Grupo de Acompanhamento
com profissionais da área
da psicologia e enfermagem
que possa garantir uma resposta
directa aos idosos mais
isolados do concelho. “Através
do contacto telefónico
estes profissionais qualificados
estariam disponíveis para
ajudar no apoio psicológico
e outros, como a compra
de medicação, ou verificação
de tomas. Esta faixa etária
dos nossos Munícipes merece
uma especial atenção por
parte da estrutura Camarária
e como tal a presença destes
técnicos superiores é da máxima
importância para ultrapassar
ou ajudar nesta fase
tão complicada em que o Covid-19
se encontra descon-
COVID 19 | Medidas de âmbito municipal
Comissão Municipal de
Protecção Civil reuniu
Face às recomendações
das autoridades sanitárias
relativamente à contenção
do COVID-19, os Deputados à
Assembleia da República eleitos
pelo PSD no círculo eleitoral
de Braga decidiram suspender
todas as visitas e reuniões
de trabalho a realizar
no distrito e agendadas para
as próximas semanas.
Os Deputados do PSD
pretendem com esta decisão
contribuir preventivamente
para o esforço nacional de
contenção da propagação do
Covid 19. Refira-se que o distanciamento
social é uma das
medidas de prevenção para
reduzir a exposição e transtrolado”,
defende o CDS comprometendo-se
a fazer chegar
ao executivo um esboço
daquilo que seria este Grupo
de Acompanhamento.
O CDS de Fafe vem ainda
congratular-se pela rápida
atitude do Executivo Camarário
de Fafe na criação de um
Grupo de Trabalho e respectiva
concepção de um Plano
de Contingência contra o Covid-19.
A criação deste plano
é no entender do CDS de Fafe
uma mais-valia que possibilitará
uma maior comunicação
entre entidades responsáveis
e uma melhor resposta
no caso de haver casos positivos
de Covid-19 no nosso Município.
Transmitem ainda a decisão
de que irá suspender toda
a sua actividade política e
partidária por tempo indeterminado,
seguindo assim as
recomendações da DGS.
situação operacional, avaliando,
em cada fase do processo,
a capacidade de mobilização e
intervenção operacional das
forças e meios municipais.
Foi também decidido proceder
ao levantamento de recursos
materiais para fazer
face às necessidades do município,
nomeadamente para
abastecimentos de emergência
aos meios e recursos
dos agentes de protecção civil
e organismos de apoio definidos
em sede da Comissão
Municipal de Protecção Civil.
Garantir por parte das médias
e grandes superfícies comerciais,
farmácias ou outros serviços,
a disponibilidade e stocks
mínimos de bens essenciais
alimentares, de higiene,
de protecção individual e
medicamentosa. Recurso aos
meios disponíveis previstos
no Plano Municipal de Emergência
e Protecção Civil. Reforço
da capacidade de sustentação
logística (alimentar e de
combustíveis) e operacionalização
de áreas de descanso
para meios de reforço. Prontidão
e enquadramento de
Guias para acompanhamento
dos meios de reforço. Levantamento
e monitorização
das situações de risco (pessoas
isoladas e sem retaguarda
familiar, idosos, doentes crónicos
considerados de risco,
etc) através do Serviço Social
do município e em articulação
com as Juntas de Freguesia,
GNR (Patrulhamento Comunitário)
e a Cruz Vermelha Portuguesa.
Apoio às situações
de risco através dos Serviços
Sociais do município e com a
colaboração das Juntas de Freguesia,
da Polícia Municipal,
da Cruz Vermelha Portuguesa
e Associações/Grupos locais.
No Distrito de Braga
Ainda a Disponibilização
de infra-estruturas das Juntas/Uniões
de Freguesia (sedes
da junta, casas do povo,
sedes de associações, pavilhões,
etc) para apoio à população
e outras necessidades
e a disponibilização de veículos
de transporte de pessoas
em caso de necessidade. E o
Apoio sanitário e disponibilização
de veículos de transporte
de pessoas em caso de necessidade
pela Delegação de
Fafe da Cruz Vermelha Portuguesa.
Apelam à calma, civismo e
bom senso e acatamento das
recomendações e ordens das
Autoridades, Forças de Segurança
e Agentes de Protecção
Civil, para diminuir os efeitos
colaterais, decorrentes da situação
de pandemia que vivemos
hoje.
Deputados do PSD
suspendem visitas
missão da doença. A este propósito
recorde-se que a Comissão
Política Nacional do
PSD solicitou a todas as suas
estruturas que adotassem
as várias medidas recomendadas
pela Direção-Geral da
Saúde para conter a epidemia.
Pese embora a suspensão
das visitas e reuniões de
trabalho, os Deputados do
PSD, não vão deixar de fazer
o trabalho de proximidade
com os eleitores no distrito
de Braga, socorrendo-se para
o efeito das novas tecnologias
de comunicação e dos
instrumentos de intervenção
parlamentar existentes.
Feiras suspensas e
Equipamentos Municipais
(não essenciais) encerrados
Em sequência da reunião
de Conselho de Ministros, do
dia 12 de Março de 2020, o
Município de Fafe decidiu encerrar
os equipamentos municipais
não essenciais, no
caso a Piscina Municipal, Pavilhão
Gimnodesportivo, Pavilhão
Multiusos, Biblioteca,
Casa da Cultura, Museus, Loja
Interactiva de Turismo, Teatro-Cinema,
Sala Manoel de
Oliveira e Escola de Trânsito
para reduzir os seus eventuais
riscos da população.
Suspendeu também a realização
da Feira Semanal,
que já não aconteceu esta
quarta-feira, a realização da
Feira das Coisas e também o
Mercado Bio.
O serviço de atendimento
telefónico da autarquia foi reforçado
e a opção passa também
por promover o agendamento
prévio do atendimento
presencial nos vários serviços
da autarquia a efectuar, preferencialmente,
por via telefónica.
Os prazos de inscrição
nas diferentes actividades do
Município vão ser prolongados
e será possibilitada a inscrição
nestas actividades nas
Juntas de Freguesia. O Municipio
apela a que utilizem os
meios electrónicos da banca
online, ou por multibanco, para
se efectuarem pagamentos
de serviços municipais ou
outros.
Com o encerramento das
escolas, também suspenso o
uso dos passes escolares.
O Município de Fafe aconselha,
toda a população a seguir
as recomendações da
Direcção-Geral da Saúde na
adopção de medidas preventivas
de higiene, etiqueta respiratória
e práticas de segurança
alimentar para reduzir
a exposição e transmissão da
doença.
As medidas acima elencadas
estarão em vigor até instruções
em contrário.
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Actualidade
08 20 de Março 2020 Notícias de Fafe
Notícias de Fafe 20 de Março 2020 09
Actualidade
Elsa Lima
elsalima@noticiasdefafe.com
Para fazer face à situação
de pandemia da doença
COVID-19, a Arquidiocese de
Braga deu conta de um conjunto
de orientações pastorais,
do Arcebispo Primaz, D.
Jorge Ortiga, que seguem de
perto as medidas aprovadas
pelo Governo Português.
Assim, foi decidida a suspensão
das celebrações comunitárias
da Santa Missa. Os
sacerdotes continuam a celebrar
diariamente a eucaristia,
mas sem a presença dos fiéis
leigos que poderão acompanhar
algumas celebrações
que são transmitidas através
da internet ou da televisão.
Foram também suspensas as
orações comunitárias como a
Via Sacra, Recitação do Rosário,
bênçãos e lausperene.
No que toca a matrimónios
e baptizados, a recomendação
é que sejam adiados, já
não sendo possível celebrar
com a eucaristia e também
a celebração de funerais terão
de ocorrer sem missa,“ na
presença das pessoas mais
próximas ao defunto, evitando-se
também quaisquer
Precaução falou mais alto
Ginásios fechados, mas com
opção de exercício em casa
Rita Magalhães Ramos
geral@noticiasdefafe.com
“Estar de quarentena
não é estar de férias” é talvez
a frase mais partilhada
nas redes sociais nos últimos
dias. A seguir à risca esta frase
estão alguns dos ginásios
de Fafe. De portas fechadas
desde a semana passada foram
muitos os que deram alternativas
de treino aos seus
sócios, desde actividades em
família ou individuais. No ginásio
Club Mais há actividades
para todos, desde treinos
funcionais a aulas de natação
para os mais pequenos,
sem sair de casa. “As pessoas
têm aderido muito bem aos
treinos online, têm partilhado
connosco os tempos que fazem
e assim também passam
melhor este tempo de isolamento”,
referiu Cláudio Pereira
avançando que encerrar o
espaço foi uma decisão “muito
difícil” mas “tivemos de nos
precavermos. Apesar de todos
os cuidados que tivemos,
COVID 19 | Programação da Semana Santa foi cancelada
Missas na presença
de fiéis suspensas
gestos afectuosos de proximidade.
Assim, seguindo as orientações
de D. Jorge Ortiga, toda
a programação para o tempo
da Quaresma, Semana Santa
e Solenidades Pascais, em
Fafe, fica sujeita a alterações,
cancelamentos ou adiamentos.
A Procissão dos Passos
que estava agendada para o
passado domingo foi cancelada,
bem como outros eventos
previstos como 24h para
o Senhor; Conferência Quaresmal;
Concerto Sacro; Via-
-Sacra; Procissão do Enterro
do Senhor.
Também as confissões,
tradicionais nesta altura, foram
adiadas, sendo remarcadas
após este surto epidémico
ser superado.
Fica também cancelada a
Visita Pascal, este ano, sendo
que “cada família, no aconchego
do seu lar, acolherá sugestões
para a oração e encontrará
modos festivos de
celebrar este dia especial”,
afirmam os párocos de Fafe.
No que diz respeito à catequese,
encontra-se também
suspensa, até orientações
contrárias, bem como
todas as iniciativas ou propostas
a ela associada, até ao
fim do 2º período.
Também a visita dos párocos
aos doentes e idosos fica
adiada. “Contudo, não deixaremos
os doentes e idosos
sem a nossa proximidade e
auxílio espiritual”, garantem.
temos uma empregada sempre
a limpar e desinfectar, foi
a melhor atitude, é um local
que tem sempre muita gente”,
terminou. Também o BodyPlace
sentiu necessidade
de encerrar temporariamente
os seus dois espaços, em Fafe
e Guimarães. No entanto,
Nuno Lopes garante que não
há desculpa para não treinar.
“Criamos alternativas, temos
um grupo privado só com sócios
do BodyPlace e disponibilizamos
muitos conteúdos
com exercícios individuais
e também de grupo, para
assim passarem o tempo de
outra forma e se divertirem
também em família”, disse.
Sobre a adesão garante que
tem sido “muito boa”. “É uma
decisão bastante difícil, mas
a mais sensata. Quanto mais
rápido actuarmos, mais rápido
podemos voltar ao normal.
As pessoas reagiram muito
bem, foi para o bem de todos”.
Do lado do Go Fitness o desporto
em casa também está
assegurado. “Vamos continuar
a dar de segunda a sexta-
-feira exemplos de treino em
casa, mesmo com esses treinos
achamos por bem termos
aulas livres para as pessoas
poderem fazer (adaptadas)”,
explicaram.
Apesar da Direcção-Geral
da Saúde, até à passada
quarta-feira, não ter decretado
o fecho dos ginásios todos
decidiram encerrar por precaução.
Encerrados, por tempo
indeterminado, estão também
o Central Gym e Play Fitness.
Medida não está a ter adesão em Fafe
Filhos de profissionais
de saúde e das forças
de segurança não
vão à escola
Elsa Lima
elsalima@noticiasdefafe.com
Todos os grupos e movimentos
paroquiais cancelaram
ou adiaram as suas agendas.
O Cartório Paroquial está
encerrado, mas os párocos
dizem estar sempres disponíveis.
“Todos aqueles que tiverem
assuntos inadiáveis para
tratar com os párocos estabeleçam
contacto por telefone
ou e-mail”. E apelam: todas
estas medidas e recomendações
devem ser acompanhadas
pelo reforço da nossa oração.
Não estamos dispensados
de viver a Quaresma, celebrar
a Semana Santa e saborear
a Páscoa. Temos é de
ser originais na forma e maneira
de o fazer este ano”.
Nesse sentido, e respondendo
ao apelo do Arcebispo
D. Jorge Ortiga, foi criada
uma página no site da paróquia
de Fafe (www.paroquidefafe.com)
“onde colocaremos
subsídios para a vivência
de todas as celebrações e solenidades
que não pudermos
realizar em comunidade”.
O Pe. José António Carneiro
e o Pe. Vítor Manuel Araújo
afirmam-se convictos que “a
grande maioria dos cristãos
compreenderá e aceitará estas
orientações e determinações”
pedindo aos fiéis a paciência
na escuta e fortaleza na
provação. Não devemos subestimar
a gravidade da situação,
nem cair em alarmismos
desesperados. A responsabilidade
de vencer esta pandemia
é de todos e de cada um”,
afirmam.
Os párocos de Fafe apelam
à comunidade para a necessidade
de todos se protegerem.
“Apelamos a todos
os paroquianos que tomem
muito a sério a pandemia em
curso, observando os cuidados
de higiene pessoal e tudo
fazendo para evitarem ao
máximo a exposição pública,
onde as possibilidades e perigo
de contágio são maiores”,
vincando ser um “pecado grave
infringir os cuidados recomendados
que favorecem a
saúde pública. Por isso, a auto-exigência
de colaboração
e cooperação com o que as
autoridades públicas nos propõem
constitui uma obrigação
acrescida para quem se
afirma cristão. Sobretudo os
idosos e portadores de doenças
crónicas, devem abster-
-se até de participar na Eucaristia,
dado os perigos reais
que correm e que também fazem
correr os outros”.
As escolas estão encerradas
desde a passada segunda-feira,
não há aulas
e os alunos têm ordem para
ficar em casa. Uma das medidas
avançadas no final da
semana passada pelo Governo
para tentar controlar
a disseminação do novo coronavírus.
Ainda assim, por todo o
país, vários estabelecimentos
de ensino estão de portas
abertas para acolher os
filhos de pessoal hospitalar
e de emergência, e garantir
as refeições dos alunos
mais carenciados.
Em Fafe, ao que apuramos,
este serviço acontece
nas três escolas sede dos
agrupamentos, na EB Carlos
Teixeira, na Secundária
e na EB Montelongo. Contudo,
ao que apuramos junto
dos respectivos directos,
não há adesão.
Com esta medida, os
filhos de profissionais de
saúde e das forças de segurança
poderiam continuar a
ir à escola, para que os pais
pudessem ir trabalhar, mas
não vão, pelo menos em Fafe.
Não houve qualquer inscrição
o que demonstra que
a medida não agradou aos
profissionais do sector que
terão arranjado outras soluções
para que os filhos
possam estar em segurança,
No que toca a refeições
dos alunos mais carenciados,
numa espécie de serviço
Take Away, só a Carlos
Teixeira recebeu a indicação,
até então, de cerca de
15 famílias que estarão interessadas
no serviço. Na
Montelongo e no Agrupamento
de Escolas de Fafe a
medida também não tem tido
adesão.
EL
Carlos Rui Abreu
cra@noticiasdefafe.com
Escritora Ana Paula Pereira
lê para as crianças
Uma história às 17h30
Continuam a surgir reacções
na comunidade para
que seja mais fácil ‘ficar
em casa’.
A pensar nas crianças, a
escritora Ana Paula Pereira
tomou a iniciativa de, todos
os dias, às 17h30, ler uma
João Ferreira Coimbra, Luís Pereira Leite e Nélson Novais
Três fafenses ajudaram
a criar APP para
combater a COVID -19
história em directo para as
crianças.
Basta procurar a pagina
da escritora no facebook,
pelo sue nome, e escutar a
história do dia, com os pequenos
lá de casa.
Foi uma tarefa concluída
em tempo recorde. Com a vertigem
a que os dias se iam sucedendo
e se percebia que a
pandemia da COVID 19 ia chegar
em força a Portugal, um
grupo de médicos e informáticos
uniram esforços e começaram
a trabalhar numa aplicação
digital a que deram o
nome de Covidapp. “Fui contactado
por um amigo, sócio
de uma empresa de tecnologia,
que se disponibilizou para
trabalhar nesta pandemia.
Adicionei à experiência tecnológica
o conhecimento de
um grupo de médicos de várias
áreas que prontamente se
disponibilizaram para colaborar”,
disse João Coimbra, ao NF.
Além de João Coimbra, do
Serviço de Medicina Interna do
Centro Hospitalar da Universidade
do Porto, estão também
envolvidos outros dois fafenses,
Luís Pereira Leite, especialista
em Medicina Geral e
De forma gratuita
Quinta do Rio disponibizou
quartos a profissionais de saúde
A Quinta Do Rio - Alojamento
de Turismo Rural, em
Fafe, disponibizou todos os
seus quartos, de forma totalmente
gratuita, para os profissionais
de saúde que não
podem voltar para casa devido
à segurança da sua família.
O anúncio foi feito na ter-
Superfícies comerciais apelam à população portuguesa
para a necessidade de ter comportamentos responsáveis e sensatos
Há novas regras para ir às compras
Perante a ameaça do CO-
VID-19, e por tempo indeterminado,
os espaços comerciais
passaram a ter limitações
no número de clientes.
Por cada 25 metros quadrados
(m2) só pode estar um
cliente.
Na última semana, foram
já visíveis as filas à porta dos
diferentes estabelecimentos,
com os clientes à espera da
sua vez, cumprindo também
as regras de distanciamento.
No limite, um conjunto comercial
ou uma loja não deverão
ter uma ocupação simultânea
superior a 4 pessoas por cada
100 metros quadrados (m2),
excluindo os trabalhadores e
prestações de serviços.
Várias superfícies comerciais
já adoptaram novos horários,
devido à Covid-19. O E.
Leclerc Fafe comunicou que
vai funcionar às segundas,
João Ferreira Coimbra Nélson Novais Luís Pereira Leite
quartas e sextas, entre as entre
as 19h30 e as 20h30 apenas
para profissionais de saúde,
forças de segurança, polícias
ou bombeiros. Têm sempre
de se identificar com uma
carteira profissional — ou um
documento equivalente — à
entrada junto do segurança.
O objectivo é permitir que
consigam fazer as compras de
bens essenciais fora do normal
período dos restantes
clientes, visto que são profissionais
que estão a ser chamados
a participar de uma
outra forma na sociedade perante
o surto de coronavírus.
Os restantes clientes podem
fazer compras neste espaço
de segunda a domingo entre
as 08h30 e as 19h30.
O Intermarché de Fafe
tem também em prática também
um novo horário, mais
reduzido, entre as 09h00 e as
19h00, por tempo indeterminado,
e assegura ter adoptado
as precauções necessárias
de modo a diminuir o risco de
contágio.
O Lidl vai também encerrar
às 19h00 e a limitar o
acesso às suas instalações,
no âmbito das medidas de
prevenção da propagação de
Covid-19. O supermercado
anunciou ainda que vai dar
prioridade aos bens essenciais,
nomeadamente alimentares.
O Continente comunicou a
restrição de entrada nas lojas,
respeitando a base de 4 clientes
por cada 100 m2, e irá reforçar
também e dar prioridade
aos bens essenciais.
O Pingo Doce anunciou
também um novo de horário
de funcionamento das suas
lojas que será mais reduzido,
encerrando, no máximo, às
19h00.
O Minipreço não revelou
alterações de horário, mas
tem feito apelos aos clientes
para que, quando se dirigirem
às lojas, se protejam, sejam
responsáveis e cumpram com
as medidas de prevenção recomendadas.
As superfícies comerciais,
em conjunto, emitiram uma
nota em que, passam uma
mensagem de tranquilidade
aos portugueses, reiterando
que não há, neste momento,
sinais de ruptura no fornecimento
de produtos. “Mas precisamos
da ajuda de todos para
continuar a alimentar Portugal.
Apelamos à população
portuguesa para a necessidade
de ter comportamentos
responsáveis e sensatos. É
importante que os portugueses
comprem apenas o que
necessitam”, sublinham.
ça-feira e um dia depois o gerente
confirmou, ao Notícias
de Fafe, que já havia sido contactado
por um autarca e que
todos os quartos estavam já
destinados.
Um gesto altruísta de salientar
e aplaudir.
Em Março, Abril e Maio
Contribuições para a Segurança
Social reduzidas a um terço
O Governo anunciou
que as contribuições das
empresas para a Segurança
Social serão reduzidas a
um terço em Março, Abril e
Maio, “por forma a preservar
o emprego”, uma medida
para combater os efeitos
da Covid-19 na economia.
O valor remanescente
relativo a Abril, Maio e Junho
será liquidado a partir
do terceiro trimestre.
De acordo com o governo,
esta medida não prejudica
que as empresas, querendo,
possam proceder ao
pagamento habitual.
O acesso imediato a este
apoio é concedido a empresas
que tenham até 50
postos de trabalho. Já as
empresas que tiverem até
250 postos de trabalho, só
podem aceder a este mecanismo
de redução das contribuições
no 2.º trimestre,
caso tenham verificado
uma quebra de volume de
negócios igual ou superior
a 20%.
O Governo decidiu também
flexibilizar o pagamento
de impostos para as empresas
e trabalhadores independentes
(IVA, nos regimes
mensal e trimestral,
e entrega ao Estado das retenções
na fonte de IRS e
IRC), no segundo trimestre
deste ano, permitindo que
na data de vencimento da
Familiar no Centro Hospitalar
de Trás os Montes e Alto
Douro e Nélson Novais, engenheiro
informático na empresa
MOSANO, sedeada em Matosinhos.
“A ideia desta aplicação
é permitir que as pessoas
fiquem em casa, serenas,
a cumprir a sua própria monitorização
(estejam elas com
COVID-19, tenham tido contactos
com doentes ou sejam
assintomáticas) com a segurança
de que a sua informação
está a ser analisada por um algoritmo
que as notificará no
caso de detectar alterações
significativas nos seus parâmetros
vitais (temperatura,
pulso) ou sintomas respiratórios.
A aplicação permite ainda
um seguimento ao longo dos
dias do utilizador”.
Os autores da aplicação,
que é totalmente gratuita,
acreditam que “na fase epidemiológica
em que estamos,
de mitigação, haverá um importante
número de doentes
com sintomas ligeiros que deverão
ser encaminhados para
casa e manter a sua monitorização.
Esta aplicação facilitará
essa monitorização. Existem
ainda pessoas que por contacto
próximo com doentes ou
mesmo estando assintomáticas
necessitam de monitorização
clínica e/ou epidemiológica.
Apenas uma pequena
percentagem deles terão algum
agravamento clínico que
justifique a ida ao hospital ou
o recurso a outros cuidados”,
aliviando profissionais de saúde
para outras funções.
A aplicação está disponível
no endereço https://covidapp.pt
e, em breve, poderá
estar no Google Play e na Apple
Store.
obrigação de pagamento,
caso não o consigam fazer
de imediato nos termos habituais,
a mesma possa ser
cumprida, em três prestações
mensais sem juros, ou
em seis, neste caso com a
aplicação de juros de mora
apenas nas últimas três
prestações.
Para o acesso ao pagamento
fraccionado, as empresas
ou trabalhadores
independentes não precisam
de prestar quaisquer
garantias, assegurou Mário
Centeno.
Porém, este mecanismo
só se aplica a empresas ou
trabalhadores independentes
com volume de negócios
até 10 milhões de euros
em 2018, ou com início
de actividade a partir de 01
de Janeiro de 2019.
As restantes empresas,
podem requerer este
apoio se tiverem verificado
uma diminuição de volume
de negócios de pelo menos
20% nos últimos três meses,
face ao mesmo período
do ano anterior.
O Governo decidiu ainda
suspender por três meses
os processos de execução
fiscal ou contributiva
que estejam em curso
ou tenham sido instaurado
pelas respectivas autoridades,
acrescentou o ministro
das Finanças. ( Lusa)
Entrevista
20 de Março 2020 Notícias de Fafe
Notícias de Fafe 20 de Março 2020
10 11
Actualidade
quarentena voluntária
Pe. Pedro Daniel Marques descreve a situação vivida em Itália,
isolado no Pontifício Colégio Português, onde vive
Depois de ter estado de férias em Itália, uma
das zonas mais afectadas pelo COVID-19
TESTEMUNHO
O arco-íris da esperança
Margarida Freitas
esteve 14 dias
em quarentena voluntária
Rita Magalhães Ramos
geral@noticiasdefafe.com
Notícias de Fafe - Estiveste
em Itália de férias,
uma das zonas afectadas,
como era o ambiente lá e
que cuidados tiveste?
Margarida Freitas - Estive
4 dias em Itália, em 4 cidades
diferentes. À chegada, as
cidades pareciam viver a sua
rotina sem alteração, com o
comércio vivo e os locais nas
praças, sem grandes precauções.
Os dias passavam e as
máscaras multiplicavam-se
pelas ruas, ainda que maioritariamente
envergadas por
turistas. Na realidade, sempre
que questionava um local
sobre a sua visão acerca do
que se vivia, diziam-me que
era algo passageiro, que não
havia motivo para grande alarido.
Apenas numa conversa
surgiu a palavra medo, tendo-
-me sido confidenciado que
muitos italianos corriam ao
supermercado e que os restaurantes
serviam já a meio
gás. Ao terceiro dia, aquando
do decretar do encerramento
de pontos turísticos, o número
de pessoas na rua desceu
mas o comércio manteve-se
aberto.
Estando consciente do
panorama, adotei alguns
comportamentos para me
proteger: evitei usar transportes
públicos, tocar ou encostar-me
onde fosse, usei
máscara de proteção em locais
com maior movimento,
tentando sempre fugir a multidões.
Tinhas noção da gravidade
da situação?
Nos dias antecedentes à
viagem começavam a emergir
cada vez mais notícias de um
tal corona, vírus que dava que
fazer aos hospitais de Wuhan.
Não chega cá tão cedo, pensava.
Em vésperas de partir
para Itália eram por lá notícia
os primeiros casos confirmados.
Pensei eu e grande parte
dos italianos que a situação
estaria sob controlo, todavia
alastrou muito mais rapidamente
do que poderia imaginar.
Quando chegaste a
Portugal o que fizeste?
Em 4 dias todo o panorama
mudou e recebi constantemente
mensagens de amigos
e familiares questionando-me
sobre o meu estado e
o que via ao meu redor. Sabia
que por muito cautelosa que
pudesse ser o risco de infeção
não era nulo. Por isso mesmo,
a primeira coisa que fiz ao sair
do avião foi ligar à Saúde24 e
perguntar se poderia ser testada,
para meu descanso e
dos meus. Sabia que de forma
alguma iria colocar a minha
família em risco e que o mais
sensato seria entrar em isolamento
uma vez que o período
de incubação do vírus podia
chegar a 14 dias.
Que indicações te foram
dadas pela saúde 24?
Deram-me apenas indicações
básicas, dizendo que
sem sintomas não poderia
ser testada, que não valia a
pena dirigir-me ao hospital.
Que verificasse a minha temperatura
duas vezes por dia e
vigiasse sintomas típicos de
gripe. Que poderia levar a minha
vida normal, tendo algumas
precauções e afastando-
-me alguns metros de outras
pessoas.
Não fiquei de forma alguma
descansada. Imaginando
que havia contraído o vírus,
deveria então continuar a
jantar com a minha família sabendo
que os poderia estar a
colocar em risco?
Foi uma opção tua ficar
em quarentena, porquê?
Foi uma decisão que tomei
em consciência, como cidadã
responsável. Por muito
pouco provável que fosse ter
trazido o covid-19 comigo, e
embora seja jovem, caso o tivesse,
poderia transmitir a
qualquer um que se cruzasse
comigo, e esse alguém poderia
fazê-lo a outros. Como
conseguiria dormir tranquilamente
ao saber que o tinha
transmitido, por exemplo, aos
meus avós?
Como era o teu dia-a-
-dia?
Felizmente moro sozinha
e tendo a casa somente para
mim ajudou muito nesta situação.
Como sou agricultora
e tenho o projecto ‘Mãos
na Terra- Agricultura Biológica’,
tendo a horta perto consegui
manter-me ativa. Ainda
assim, não mantive contacto
com qualquer pessoa durante
esse tempo, não vi a minha
família, não estive com amigos,
não saí. O mesmo se sucedeu
com as minhas colegas
de viagem que ao voltar tiveram
de ficar em casas separadas
dos companheiros. Estar
em isolamento não é fácil
mas agora é algo que grande
parte dos portugueses vai
sentir.
Como é que fazias as
compras de produtos essenciais
e como funcionavam
as refeições?
Produzo boa parte dos
meus alimentos, e aquilo que
não produzo tinha na despensa
em quantidade suficiente
para os 14 dias. Caso
precisasse tinha afortunadamente
na minha família forma
de fazer compras à distância,
que me deixariam à
porta.
Em termos de desinfecção,
como foi todo o processo?
Uma vez que não fugi do
meu círculo, não precisei tomar
grandes medidas. Sempre
que foi necessário fiz uso
de luvas descartáveis (que
são disso mesmo, uso único e
descarte) e de desinfetante.
Findo o período de quarentena
e entrando agora em fase
de isolamento, faço ainda uso
das mesmas técnicas.
Como te distraías?
Tenho a sorte de morar
no campo, de ter uma horta
e um jardim. É aí que me
sinto mais livre. Ainda assim,
aproveitei para ler muito, para
me dedicar mais ao piano
(que comecei a aprender tocar
no início deste ano), para
fazer exercício físico, para organizar
coisas que estavam
pendentes de tempo e vontade.
Enfim, há uma miríade de
atividades que se pode fazer
mesmo morando num apartamento.
Até hortas em varandas!
Acordar todos os dias
com a possibilidade de vires
a ter alguns sintomas,
como foi lidar com isso?
A incerteza e ansiedade
que advêm de não saber
se poderia acordar no dia seguinte
com sintomas foram o
mais complicado de gerir. Em
estado de alerta um inocente
espirro faz qualquer um passar
o dia a pensar nos mais
variados cenários. A ansiedade
provoca-nos falta de ar
e leva-nos a indagar se realmente
teremos sido tocados
pelo azar. É muito fácil entrar
em espiral descendente
mas não podemos deixar
que isso aconteça. Estamos já
confinados a um espaço, não
nos deixemos aprisionar por
ideias de algo que ainda não
chegou e pode nunca chegar.
Como reagiu a tua família?
A minha família reagiu
com enorme apreensão ao
meu período de quarentena.
Compreenderam que era
a decisão mais sensata, no
início com algum descrédito
mas cedo se aperceberam
dos números galopantes de
propagação. Aceitaram que a
segurança, minha, deles, e de
todos o que nos rodeiam está
muito acima do demais.
Que conselhos deixas
aos fafenses e como encaras
toda esta situação.
Hoje olhamos incrédulos
para Itália e o que por lá se vive.
Estamos tão longe e ainda
assim tão perto. Olhemos
para o que por lá se viveu,
a leviandade com que muitas
medidas foram tomadas
e consciencializemo-nos que
podemos vir a passar por algo
semelhante. Os números
por cá crescem a olhos vistos,
fruto de práticas descuidadas.
Mentalizemo-nos que
enquanto o surto estiver ativo,
teremos de ser infinitamente
mais cuidadosos, para
nosso bem e para o de todos
o que nos rodeiam. Podemos
ser fortes e robustos, podemos
estar infetados com sintomas
muito leves mas há alguém
para quem o prognóstico
não será tão otimista. Com
coesão e coerência social, vamos
ainda a tempo de travar o
que se anuncia.
Acima de tudo, vivamos
no presente, sem pânico ou
ansiedade, contudo em consciência.
Enquanto isso, aproveitemos
o momento de recolha
para investir em nós, reflitamos
sobre nós mesmos, sobre
a sociedade e o ritmo que
leva. Passemos tempo com
quem repartimos o lar, tempo
de qualidade, de partilha.
Alguns de nós poderão privilegiar
a leitura, outros a música,
a cozinha, a costura, a pintura,
a dança, a organização,
a jardinagem ou simplesmente
o descanso. Aprendam algo
novo, descubram e redescubram,
chegou o momento
de repensarmos o paradigma
social.
Aos que ficarão por casa,
saiam apenas quando estritamente
essencial e sempre
com precaução. Aos que terão
de sair e carregarão o fardo
de cuidar dos que ficam,
muita força e muita gratidão.
COVID - 19
1. Surpresa – é a melhor
palavra que encontro
para definir o que senti
naquele dia 3 de março, terça-feira;
após uma manhã de
aulas, como tantas outras, saí
da Universidade para a pausa
de almoço e ao olhar para
o meu lado direito, logo ao sair
da porta, fiquei surpreendido
com a rua (via dei Lucchesi)
quase vazia, algo que nunca
tinha visto. Normalmente,
são às centenas os turistas
que a percorrem em direção à
Fontana di Trevi, mas, naquele
dia, eu conseguia ver a fonte
das escadas da Universidade.
Fiz o percurso a pé até ao
Pontifício Colégio Português,
onde vivo com outros sacerdotes
- sobretudo portugueses
– e as ruas estavam praticamente
desertas, incluindo a
Praça de São Pedro. Sabia que
o vírus covid-19 estava em Itália,
desde final de janeiro, e já
fazia vítimas mortais desde 21
de fevereiro, no entanto, tomei
consciência de que algo
de muito profundo e drástico
se estava a desenhar na cidade
eterna. Na realidade, a partir
dessa semana, o número de
infetados cresceu exponencialmente,
assim como o de vítimas.
Na quarta-feira à tarde,
o governo italiano decretou o
encerramento de todas as escolas
e universidades, até 15
de março, pedindo a todos que
permanecessem nas suas casas
e evitassem ao essencial
as saídas. As medias não se
ficaram por aqui, tal como a
progressão do vírus. No dia 9
de março, o Primeiro Ministro
anuncia o prolongamento das
medias anteriores até ao dia 3
de abril, decreta toda a Itália
como zona vermelha (zona de
perigo/emergência), obrigando
todos os cidadãos a permanecerem
em casa, reduzindo
as saídas aos casos estritamente
necessários (compras
de mantimentos, idas à farmácia,
deslocações aos postos
de saúde), ficando apenas
com autorização de saída as
pessoas que se encontrem a
trabalhar (sobretudo em serviços
públicos essenciais) e
em viagens inadiáveis e importantes
(sujeitas a muitas
restrições e cancelamentos).
Na realidade, esta semana de
3 a 8 de março, dificilmente
me sairá da memória, pois vivi
e experimentei receios, ansiedades
(sobretudo com a família
distante). Presenciei um sofrimento
que, até então, apenas
tinha estudado nos livros
de história, ou falando de realidades
que sempre me foram
distantes geograficamente
(guerra, migrações de refugiados,
etc.).
2. Fé – a adesão plena
e consciente a Jesus
Cristo, em todas
as circunstâncias da nossa vida,
torna-se mais intensa nos
momentos de sofrimento e
angústia. Dou graças a Deus
por poder celebrar a Eucaristia,
todos os dias, e em todas
elas, sem exceção, rezo pelos
meus colegas sacerdotes
e por todas as pessoas - sobretudo
das paróquias por onde
passei - que infelizmente
não podem celebrar presencialmente
e em comunidade
a sua fé. São já 12 os dias que
passaram desde a última vez
que saí do portão do Colégio.
Sei que este exercício de quarentena
voluntária e preventiva
me protege a mim, aos outros,
sendo sobretudo, um ato
da maior responsabilidade por
mim mesmo e pela saúde dos
que me rodeiam. Vivo este
tempo, naturalmente, preocupado
com a minha família, que
se encontra em Portugal (pais,
avós...) e em Inglaterra (onde a
minha irmã trabalha num hospital
como enfermeira) com
quem comunico constantemente.
Este diálogo familiar é
muito importante e vital, nas
(...) sinto-me
preocupado com
Portugal, especialmente
unido a Fafe,
que é para mim
uma segunda casa
e família, por quem
peço diariamente,
espero que este
tormento cause
os menores danos
possíveis. Todas
as medidas de precaução
e prevenção
são poucas (...)
alturas difíceis, faz com que
nos sintamos mais próximos
de quem amamos. Ao mesmo
tempo, sofro com a Itália,
país que me acolhe e sempre
me tratou bem e, atualmente,
enfrenta uma das maiores
crises da sua história. Neste
momento, em que vos escrevo,
foram já infetadas por este
novo vírus 31506 pessoas,
das quais 2941 conseguiram
já curar-se, e 2503 infelizmente
faleceram. Segundo
as autoridades, sabemos que
os números infelizmente não
ficarão por aqui. Até ao mês
de abril o cenário é de risco extremo,
o que nos obriga à máxima
prudência e atenção. Em
consequência disto, sinto-me
preocupado com Portugal, especialmente
unido a Fafe, que
é para mim uma segunda casa
e família, por quem peço
diariamente, espero que este
tormento cause os menores
danos possíveis. Todas as
medidas de precaução e prevenção
são poucas para proteger
as pessoas, sobretudo
as mais frágeis (doentes, idosos
e crianças); é necessário
além delas, a atitude responsável,
consciente, e extremamente
cuidadosa de todos os
adultos, pois estamos a viver
tempos de grande dificuldade
e incerteza. Há muitas pessoas,
que diariamente arriscam
muito para que não nos falte
o essencial, os bombeiros e
o pessoal médico nos hospitais;
os serviços públicos essenciais;
os serviços de distribuição
alimentar e transportes
(mercados, mercearias e
padarias); empresas que não
podem encerrar as portas, sobretudo
os lares de idosos -
que sofrem com a compreensível
restrição das visitas - entre
outros…). A melhor forma
de lhes agradecermos, além
de rezarmos por eles, para
que não lhes faltem as forças
nem lhes venha algum mal, é
ficarmos em casa e prevenirmos
este contágio. É assim
também que vivemos aqui no
Colégio Português, ajudando-
-nos e motivando-nos constantemente,
criando um clima
e ambiente positivos, que nos
ajudem a não perder, nesta
hora, o que de mais importante
temos a seguir à fé: a esperança.
3. Esperança – de que
após a tempestade
virá a bonança, como
diz o nosso povo. E na verdade,
este tempo que vivemos
deve ser iluminado pela esperança
e pela fé de que Deus
não nos abandona, nem nos
esquece, neste momento difícil.
Ele sofre junto dos mais
doentes, estando ao lado dos
que os assistem. Numa situação
tão precária como esta,
Ele não deixa de estar perto
de nós, nas nossas casas,
no meio das nossas famílias,
sobretudo através dos meios
de comunicação. Nestes dias,
além de serem meios de comunicação
social, podem ser
também meios de comunicação
do essencial – ou seja –
da palavra de Deus, da oração
do terço, da lectio divina, de
tantas outras propostas que
os párocos vão imaginando e
concretizando para levarem
Deus ao seu povo, como pedia
o Papa Francisco, e de forma
original e criativa, como nos
sugeriu o Sr. Arcebispo. Apesar
da fragilidade destas mediações,
a graça de Deus continua
a comunicar-se e a chegar
a todos se lhe abrirmos a
porta da nossa família. É muito
reconfortante e iluminador
ver pais a ajudarem os filhos a
fazerem os trabalhos de casa
(porque as aulas continuam),
pais e filhos a cozinharem juntos,
a partilharem histórias e
passatempos na internet, a
jogarem juntos e a rezarem
em família. Não deixemos de
aproveitar estes momentos,
que apesar de surgirem num
contexto de dor, nos podem
trazer alguma felicidade e
iluminar as nossas vidas.
Termino, aludindo à bela
imagem do arco-
-íris que, um pouco
por todas as casas
se vai desenhando,
acompanhada
pela frase: tudo
vai ficar bem.
O arco-íris é dos
primeiros símbolos
que aparece na Bíblia.
No livro do Génesis,
a seguir ao dilúvio
que destruiu a terra
manchada pelo pecado do
ser humano, Noé sai da arca
por onde navegou quase 200
dias, acompanhado pela família
e os animais, e é renovada
a aliança com Deus. Eis as palavras:
“Este é o sinal que faço
convosco, com todos os seres
vivos que vos rodeiam, e com
as demais gerações futuras:
coloquei o meu arco nas nuvens,
para que seja o sinal da
aliança entre mim e a Terra.
Quando cobrir a terra de nuvens
e aparecer o arco nas nuvens,
recordar-me-ei da aliança
que firmei convosco e com
todos os seres vivos da Terra,
e as águas do dilúvio não voltarão
mais a destruir todas
as criaturas” (Gen 9, 12b-15).
O arco-íris é um dos mais belos
símbolos da esperança, e,
por isso, seria bonito e significativo,
se em todas as casas,
numa das janelas, as crianças
com os seus pais, o colocassem
como sinal de confiança
de que Deus não se esquece
de cada um de nós, nem as
nossas famílias se esquecem
d’Ele. De facto, o arco-íris só
se consegue ver quando temos
diante de nós o sol, mas,
ao mesmo tempo, as gotas da
chuva que ainda permanecem
da tempestade que passou.
Estamos em plena tempestade,
todavia se colocarmos
os olhos naquele que é a Luz
da nossa vida, conseguimos já
antecipar as luzes do arco-íris,
que tenuamente começam a
romper no meio das nuvens,
antecipando a vitória sobre
este momento desafiador para
todos. Aproveitando o título
de um belíssimo projeto nascido
em Fafe, há alguns anos,
demos as mãos uns aos outros,
lutemos contra as adversidades
com amor, paciência e
caridade, permaneçamos unidos,
coloquemos desde já os
olhos no céu e em Deus, pois é
lá o sítio onde moram as cores
do arco-íris.
Um abraço amigo a todos,
Pe. Pedro Daniel
Actualidade
12 20 de Março 2020 Notícias de Fafe
Notícias de Fafe 20 de Março 2020 13
Randstad garantiu condições de trabalho seguras
Actualidade
Medo levou a protesto
no contact center de Fafe
Carlos Rui Abreu
cra@noticiasdefafe.com
A 19 de Abril
Festa dos 130 anos dos
bombeiros cancelada
Tendo em conta o momento
crítico vivido no país,
e no respeito pelo próprio
plano de contingência
da instituição, a Direcção
da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Fafe comunicou a deci-
A partir de hoje
Catequese
semanal online
A Arquidiocese de Braga
vai iniciar, esta sexta-feira,
dia 20, a “Catequese com
o Bispo Nuno”. A iniciativa
pretende colmatar a interrupção
causada pela pandemia
de Covid-19 na catequese
das paróquias e comunidades
católicas.
Através da página de
Facebook da Arquidiocese,
semanalmente, das 16h às
17h, D. Nuno Almeida, Bispo
Auxiliar de Braga, vai
abordar os temas relacionados
com a actualidade.
são de não organizar as comemorações
do seu 130º
aniversário que ocorreria no
próximo dia 19 de Abril de
2020.
A festa dos 130 anos da
corporação local fica assim
cancelada.
Nesta primeira catequese
será abordado “O aparente
silêncio de Deus perante o
sofrimento: Onde está Deus
quando acontecem tragédias?”.
A iniciativa pretende
privilegiar a interactividade,
pelo que a intenção é que
os catequisandos intervenham
na sessão com questões
e dúvidas.
As sessões semanais
serão também transmitidas
em directo no canal de You-
Tube da Arquidiocese.
Grande parte dos trabalhadores
do Contact Center
que funciona no edifício multifuncional
da autarquia, na
Rua Amália Rodrigues, manifestaram-se
de forma ordeira
na manhã de segunda-feira,
recusando-se a ocupar os
locais de trabalho. Tudo porque,
diziam, teria havia um
caso suspeito de infecção por
Covid 19 entre os trabalhadores
no final da semana anterior
e temiam o contágio generalizado.
Contactada pelo NF, a
Randstad, empresa que gere
o espaço assumiu que houve
“um grupo de pessoas
que queriam fazer teletrabalho
e por isso não se registarem
nos computadores como
habitualmente”. Contudo,
e após a realização de uma
sessão de esclarecimento “a
explicar as medidas preventivas
até ao nível do espaçamento
as pessoas voltaram
ao trabalho. Temos também
um claro reforço das medidas
de higienização de todos
os nossos espaços, cumprindo
o recomendado pela Direcção
Geral de Saúde”, garante
a empresa. No mesmo esclarecimento
prestado ao nosso
jornal, confirma que tiveram
“um caso suspeito no sábado,
mas a linha Saude24 acabou
por despistar que não se tratava
de nada relacionada com
Covid-19”.
Graffitis em Fafe
Anderson de Souza
é o artista que se segue
Anderson de Souza é o
próximo artista brasileiro a pisar
solo português e juntar-
-se aos já muitos grafitters
que pintaram na cidade de Fafe.
Este artista traz na bagagem
um projecto educativo e
cultural denominado “Estante
Urbana”, que integra, nas
suas pinturas, livros, pessoas
e ideias, de forma a incentivar
todos os que se cruzam com a
sua arte para a leitura. Em declarações
ao Diário do Vale,
Anderson de Souza afirmou
Ontem não podíamos parar,
não podíamos prestar
atenção a nada, nem a ninguém.
O importante era mostrar
onde estávamos, com
quem íamos, o que vestíamos,
ou até mesmo o que comíamos.
Todos os produtos e ou
serviços tem de ser entregues
ou executados para antes de
ontem, tudo é iminente, tudo
é vital, tudo é indispensável,
tudo é “mega” urgente. Ouvimos
constantemente: se não
o conseguirem em tempo útil,
então façam da noite dia, pois,
a noite não tem “cancelas” ou
caso contrário já não quero o
que lhe peço.
Muitos só olham para si,
sim para si mesmos. Nem para
os seus sabem olhar, quanto
mais para aqueles que não
lhes são nada.
Eis então que aparece um
invisível chamado COVID-19.
Pois é, tudo a correr em
busca de alimentos, a esgotar
papel higiénico, entre outras
ter ficado “muito feliz de poder
fazer parte deste projecto
e deixar a minha arte no continente
europeu” enfatizando
que geralmente trabalha
“sozinho e em silêncio dentro
dos nossos ateliês, no entanto,
quando pintamos na rua,
sentimos ao vivo as manifestações
das pessoas que passam
a pé, de carro ou ônibus.
A arte é o meu lugar de existir.
É através dela que me expresso
e me comunico com o mundo”,
disse.
CORREIO DO LEITOR
Em que mundo vivemos?
coisas. Onde está o sentido de
responsabilidade?
Alguém sabe o mal para o
ambiente, que agora está esquecido,
com o simples facto
de açambarcar o “ouro” que limpa
o rabinho? Quantas árvores
e litros de água são necessários
para o fabricar? Pois é. Lembrem-se
que o mesmo pode ser
lavado em qualquer bidé. Bem
nem falemos no preço das máscaras
e do álcool gel.
Um agente invisível que
destrói vidas humanas, pois,
nos animais não é conhecido
qualquer efeito até ao momento.
Um agente invisível que paralisa
economias, que nos afasta
e nos põe em alerta. Guerra?
Armas? Balas? Bombas? São
“amendoins” neste filme.
Mas nem tudo é mau!
As emissões de CO2 já baixaram,
os combustíveis desceram
e podemos até beneficiar
da isenção do pagamento da
energia e da água.
Hoje, já podemos olhar para
os nossos filhos, cuidar do vizinho,
agradecer às forças de segurança,
aos médicos, aos bombeiros,
fazemos correntes solidárias,
entre outras. Mas ainda
assim, continuamos a partilhar,
com orgulho os nossos feitos
nas redes sociais. Assim vai o
mundo.
Provavelmente temos cerca
de metade do país a trabalhar,
outra metade em “casa”. Ou será
que não estão em casa? Estarão
de férias? Provavelmente sim,
provavelmente não.
Existe também quem diga,
que os que estão abertos são inconscientes,
“ganantes” e oportunistas.
Outros por sua vez dizem,
que estão a fazer o correto
e desde que cumpram as regras
e normas de segurança, estão
a dar o exemplo para que o país
não pare. Pois, nem todos têm
o privilégio de fazer teletrabalho.
A economia e o país não podem
parar.
E se paramos, como será o
dia de amanhã?
Lembrem-se que as empresas
são meras emissoras de faturas,
onde têm alguém que é
responsável pela sua cobrança.
Para naturalmente também elas
puderem pagar outras faturas e
cumprirem com as suas obrigações
sociais e claro está, pagar
o merecido salário aos seus
colaboradores, que as fazem
movimentar.
Ora se estas param onde
ficam estas responsabilidades?
A fatura vai ser elevada e
muitos de nós provavelmente
não a conseguirá pagar, pois,
não existirá uma solução milagrosa
ou uma varinha de condão,
que pague as contas, como
nas histórias que ouvimos
em pequenos e que replicamos
para os nossos filhos.
Espero sinceramente que
TODOS JUNTOS consigamos
ultrapassar estas dificuldades
e que possamos estender
a mão para o nosso vizinho,
sempre que este necessitar.
Sejamos todos responsáveis
e procuremos atuar de
acordo com as indicações das
autoridades competentes.
Já agora não esqueçam de
efetuarem compras em empresas
locais e de preferência
produtos nacionais, pois,
só assim se desenvolve uma
economia SÓLIDA, FORTE e
COESA.
Que estejamos todos livre
de perigo.
Jorge M. F. Pinheiro
Fafe suspende treinos
da equipa sénior
Ricardo Jorge Castro
desporto@noticiasdefafe.com
Era a última equipa do
clube que faltava. A AD Fafe
suspendeu, na última sexta-
-feira, por tempo indeterminado,
os trabalhos da equipa
sénior de futebol, depois de
um encontro realizado entre
a SAD, a equipa técnica, os
jogadores e o departamento
médico, no Estádio Municipal
de Fafe.
Com a suspensão do Campeonato
de Portugal, prova
na qual a equipa orientada
por Ricardo Silva está no segundo
lugar da série A, ficou
definido um plano de treino
para os jogadores seguirem,
de forma individual, a partir
de casa. O último treino coletivo
foi realizado na passada
Último treino foi na passada quinta-feira.
Jogadores seguem plano individual
Futebol – fafense fez o
sexto golo na época
Golo de Tomané
na vitória do
Estrela Vermelha
Ricardo Jorge Castro
desporto@noticiasdefafe.com
Ricardo Silva, treinador da AD Fafe, quer índices físicos e alimentação
no melhor. Reavaliação do plano de treinos feita ao fim de 15 dias
“Não vejo outra forma se não tivermos
jogos a meio da semana”
Ricardo Jorge Castro
desporto@noticiasdefafe.com
arquivo
quinta-feira, dia 12, no campo
n.º 2 do clube. Desde então,
têm sido seguidos os novos
métodos, como medidas
de prevenção à pandemia da
covid-19.
No caso do ganês Prince,
o enfermeiro da equipa, Paulo
Marinho, com as devidas
arquivo
medidas acauteladas, deslocou-se
diariamente às instalações
do clube esta semana,
para fazer o curativo necessário
ao central. Prince recupera
da cirurgia feita após
fratura do perónio, continuando
ainda privado de trabalho
físico.
Fafe estuda linha de
crédito de apoio da FPF
Esta semana, a Federação
Portuguesa de Futebol
(FPF), abriu uma linha de crédito
de apoio aos clubes não
profissionais de futebol e futsal
atingidos pelo impacto do
covid-19, no valor de um milhão
de euros.
Nesta medida, a AD Fafe
pode candidatar-se a esse
apoio, que, explicou a assessoria
do clube ao NF, está
a ser estudado pela SAD, mediante
a necessidade do mesmo
face ao que aconteça nas
próximas semanas.
A entrada com o pedido
para esta linha de crédito vai
estar sempre dependente da
variação da estabilidade financeira
dos justiceiros nos
próximos tempos.
Manter os índices físicos
“no patamar ideal”, ter a alimentação
como “um dos parâmetros
em atenção” e, em
simultâneo, as “ligações emocionais”
firmes. Para já através
das redes sociais, à distância.
São estas as premissas
do treinador do Fafe, Ricardo
Silva, no arranque desta
paragem desportiva, fruto
da pandemia da covid-19.
A última semana começou,
desta forma, a dar cor à nova
realidade.
“Está tudo a ser feito, em
sintonia com toda a gente do
clube, com a máxima responsabilidade,
sobretudo para
mantermos a nossa saúde intacta.
Em paralelo com estas
medidas de precaução, articular
um plano de treinos individual,
embora não saibamos
o tempo de paragem que
as provas vão ter, para quando
fizermos a retoma, os jogadores
estejam num patamar
físico aceitável”, referiu o
técnico, ao NF.
“Sabemos que cada caso
é um caso, há jogadores que
não precisam destes planos,
chegam e na primeira semana
têm resultados fantásticos.
Outros demoram e sabemos
que ganham peso, é normal
neste período. É para isso
que estamos a articular este
trabalho com os atletas. Vai
ser uma vida mais sedentária.
Entrando o estado de emergência,
ainda mais. É apelar
ao senso dos jogadores, do
que temos feito com eles, para
quando chegarmos, conseguirmos
fazer a retoma o
mais rápido possível e um
período, logo a seguir, de vitórias”,
continuou, explicando
que foi feito um plano de
treino para 15 dias, que vai
ter “uma reavaliação ao final
desse período”.
Para o controlo do trabalho
e ligação entre o plantel,
“as novas tecnologias acabam
por dar essa capacidade”,
frisa Ricardo Silva, crendo
que vai ser inevitável, para
a conclusão do campeonato,
que haja jogos a meio da semana.
“O que vem amenizar e
de certeza que o Campeonato
de Portugal vai regular-se
pelas ligas profissionais, é o
adiamento do Euro 2020. Dá
mês e meio até ao fim de junho
para conseguirmos terminar
a prova, acho que é isso
que vai acontecer. Faltam
nove jornadas e quem for a
play-off tem quatro a cinco
O futebolista fafense Tomané
marcou, no último sábado,
mais um golo pelo Estrela
Vermelha, abrindo o
marcador da vitória por 3-0
no duelo com o Napredak, relativo
à 26.ª jornada da primeira
liga da Sérvia, disputado
em Belgrado.
Tomané fez o primeiro
golo do jogo de cabeça, aos
22 minutos de jogo. Aos 27
minutos, sofreu a falta para
um penálti que o colega de
equipa, Pankov, desperdiçou.
Os outros dois golos surgiram
na segunda parte, por Gavric
(53m) e Ivanic (88m).
Foi o sexto golo do avançado
português esta época, o
quinto no campeonato, além
de um já apontado na Taça
da Sérvia, num total de 21 jogos
em que já participou, com
1357 minutos jogados, entre
campeonato, Taça e Liga dos
Campeões.
O Estrela, já apurado para
a fase de campeão, lidera o
campeonato, com 69 pontos,
mais 11 que o Partizan, segundo
classificado.
Na segunda-feira, a Federação
de Futebol da Sérvia
anunciou a suspensão do
campeonato, devido à pandemia
do novo coronavírus (covid-19),
sem data ainda prevista
para o retorno.
jogos. Não vejo outra forma
de realizar isto se não tivermos
jogos a meio da semana.
No entanto, irá sempre condicionar
o início da próxima
época porque o CP, por si só,
está mal organizado na minha
opinião. Quem sobe vai à II Liga
tem uma semana para planificar
uma época para futebol
profissional. Irá ser um cenário
de dificuldade, é o possível,
mas o mais importante,
no meio disto, é a saúde das
pessoas e o futebol é um plano
secundário”, considerou.
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Desporto
20 de Março 2020 Notícias de Fafe
Notícias de Fafe 20 de Março 2020 15
Diversos
Em causa corrupção e falsificação de documentos
MP investiga Conselho de Arbitragem
após denúncia de Jorge Ferreira
Ricardo Jorge Castro
desporto@noticiasdefafe.com
Estava marcada
para 27 de março
OFC Antime adia
Assembleia Geral
A Assembleia Geral (AG)
do OFC Antime, agendada
para as 20h30 do próximo
dia 27 de março, sexta-feira,
foi adiada devido à covid-19,
ainda como nova data por definir.
Por lei, o clube teria de
realizar o encontro até ao final
do mês de março, mas o
Governo decretou, na última
sexta-feira, medidas excecionais
e temporárias relativas
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O antigo árbitro fafense
da primeira categoria, Jorge
Ferreira, acusou o Conselho de
Arbitragem da Federação Portuguesa
de Futebol (CA) de
corrupção e falsificação de documentos.
A Procuradoria-Geral
da República (PGR), órgão
superior do Ministério Público
(MP), abriu um inquérito e está
a investigar o organismo, na
sequência de uma queixa-crime
feita pelo árbitro jubilado.
A notícia foi avançada pela
RTP na última semana, órgão
ao qual Jorge Ferreira disse já
ter entregado, à Polícia Judiciária
(PJ), as provas que tem.
“Afirmo que fui eu. Já fui
ouvido, a Polícia Judiciária arrolou
várias testemunhas. As
provas que tenho estão entregues
à Polícia Judiciária”, afirmou
o antigo profissional de
arbitragem, à RTP, na passada
quinta-feira, dia 12.
“[Falei] das ilegalidades
que este Conselho de Arbitragem
tem efetuado. Essencialmente,
dois tipos: corrupção
e falsificação de documentos.
O CA, o que quer, é agradar
aos árbitros e aos clubes.
A todos os que têm poder. Os
três grandes, essencialmente”,
disse o fafense.
Jorge Ferreira defendeu,
na mesma entrevista, que comummente,
antes de arbitrar
um jogo que envolvesse Benfica,
FC Porto ou Sporting, recebia
o contacto de algum dirigente
do CA. “Posso entender
isso como uma pressão: ‘Olha
que eles podem criar problemas,
já estão a chatear muito,
a falar’. Isso passa-se”, referiu,
dizendo que “dependia da tabela
classificativa” das equipas
em questão.
O caso está em segredo
de justiça e Jorge Ferreira diz
que “são mais de 30 processos”
que estão em curso.
Em 2017, após o fim da
época, Jorge Ferreira foi despromovido
à segunda categoria
(C2). Contestou o procedimento
de atribuição de
classificações, devido à ligação
familiar de um dos avaliadores,
Paulo Costa, ao árbitro
e irmão Rui Costa. O fafense
acabou mesmo, após nova
atribuição de pontuações sem
Paulo Costa, despromovido.
Não tendo sido integrado na
C2, após dado provimento ao
recurso por si feito pelo Conselho
de Justiça (CJ), o fafense
entrou com nova ação contra o
CA. Em 2019, o CJ reconheceu
ilegalidade na despromoção à
categoria C3 e Jorge Ferreira
foi jubilado na categoria C2.
Ainda sem uma reação
expressa pelo CA, a Associação
Portuguesa de Árbitros
de Futebol (APAF) afirmou, no
sábado, que “os árbitros garantem
que nunca sentiram
ou sofreram qualquer tipo de
pressão por parte de qualquer
membro do CA da FPF no sentido
de favorecer uma qualquer
equipa”.
à situação epidemiológica do
novo coronavírus.
Assim, e à luz do artigo
18.º do Decreto-Lei 10-
A/2020, o prazo de realização
de assembleias gerais “das
sociedades comerciais, das
associações ou das cooperativas
que devam ter lugar por
imposição legal ou estatutária,
podem ser realizadas até
30 de junho de 2020”. Esta é
a data limite para que, neste
caso, o clube possa realizar
a AG.
Na ordem de trabalhos,
consta a leitura, apreciação
e votação das contas do
exercício do último ano e da
ata da AG anterior. RJC
Cancelada
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arquivo
Desporto continua a sofrer
pausas devido à covid-19
AF Braga prolonga
suspensão, andebol
também pára
SOCIEDADE FILARMÓNICA FAFENSE - BANDA DE REVELHE - FAFE
Rua Montenegro Nr. 27 4820-280 Fafe
Tel. 962 538 227 e-mail: bandaderevelhe@gmail.com
ANULAÇÃO DE CONVOCATÓRIA DE ASSEMBLEIA GERAL
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Na qualidade de Presidente da Assembleia-Geral da SOCIEDADE FILARMÓNICA FAFENSE,
BANDA DE REVELHE, face às actuais circunstâncias de excepção em que o país vive, às medidas
decretadas pelo Governo para conter a propagação do novo coronavírus, que culminou com a
aprovação, pela Assembleia da República, do projeto de declaração do estado de emergência
que lhe foi submetido pelo Presidente da República, e no sentido de garantir a segurança e a
salvaguarda da saúde de todos os associados da SOCIEDADE FILARMÓNICA FAFENSE, e ouvida
a Direcção da SOCIEDADE FILARMÓNICA FAFENSE, informo todos os Associados que foi dada
sem efeito a data da próxima Assembleia Geral Ordinária, que estava designada para o dia 25
de Março de 2020, pelas 20.30 horas, na sede da Instituição.
Mais se informa que, no contexto actual, não é possível marcar, para já, nova data para a
realização da Assembleia Geral Ordinária prevista nos Estatutos, pelo que aguardaremos o
tempo necessário para que a referida Assembleia Geral seja realizada em segurança e sem
perigo para a saúde pública.
Fafe, 18 de Março de 2020
O Presidente da Assembleia-Geral,
________________________________
(Rui Filipe Monteiro Pinto Amaral)
Tal como em todo o país,
o desporto em Fafe viu agravadas
as interrupções competitivas
na última semana, fruto
das suspensões decretadas
pelas federações e associações
que regem as provas das
várias modalidades a nível nacional
e regional.
Na última quinta-feira, já
após o fecho desta edição, a
AF Braga anunciou o prolongamento
da suspensão das competições
de futebol e futsal,
nas quais competem Arões,
Antime, Pica, Regadas, Fareja,
Silvares, Fafe e Nun’Álvares,
em todos os escalões, para este
fim-de-semana, 21 e 22 de
março.
No mesmo dia, a Federação
Portuguesa de Andebol
também decretou a suspensão
das competições nacionais de
andebol sénior, pelo menos até
29 de março. Assim sendo, o
AC Fafe, que recebia o São Paio
de Oleiros este sábado, desconhece
a data de retorno à competição
na 2.ª Divisão Nacional.
A Federação Portuguesa de Bilhar
suspendeu também toda
a atividade por tempo indeterminado,
medida que foi seguida
pela ABV, levando assim à
suspensão das provas de bilhar
em Fafe.
Já a Federação Portuguesa
de Natação, na última sexta-
-feira e de forma direta com um
dos locais de treino da fafense
Diana Durães, encerrou as atividades
no Centro de Alto Rendimento
do Jamor, até 13 de abril.
Diana tinha prevista participação
no Campeonato Nacional
de Juvenis, Juniores e Absolutos
em natação pura, de 26 a 29 de
março em Coimbra, bem como
no Nacional de Clubes da 1.ª Divisão,
a 4 e 5 de abril, no Jamor,
mas ambas as provas foram
canceladas.
No basquetebol, a Federação
Portuguesa (FPB) anunciou,
a 10 de março, a suspensão,
entre outras, das provas
regionais de escalões de formação,
até 3 de abril, medida que
afeta a participação dos Restauradores
da Granja na Taça
do Minho sub-18.
Também no ciclismo, a Federação
Portuguesa de Ciclismo
decidiu suspender toda a
atividade desportiva até três de
abril.
RJC
Automobilismo - MCMotorsport apresentou equipa
Orlando Pereira
desporto@noticiasdefafe.com
No passado dia sete de
Março, Mário Castro divulgou
a nova imagem com que a MC
Motorsport se apresentará
no Campeonato Norte de Ralis
em 2020.
Forçados a adiar a estreia
em virtude do Rali de Vieira
do Minho ter sido protelado, a
equipa tem ainda esperança
de poder estrear-se nos pisos
de terra esta época.
Mário Castro e Ricardo
Cunha voltarão a estar ao
volante do Ford Fiesta R2T
que tripularam o ano passado,
tencionando no entanto
retirar um maior proveito
do carro, uma vez que o conhecimento
é maior. “Contamos
neste segundo ano retirar
mais proveito do carro e
das suas reais capacidades,
na tentativa de obter resultados
ainda melhores”, começou
por dizer Mário Castro.
Numa competição com
dez provas agendadas, a formação
fafense tenciona participar
pelo menos em seis.
Top 5 é o objectivo
para a temporada 2020
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SOCIEDADE ARTÍSTICA MUSICAL FAFENSE E BANDA DE
GOLÃES
CONVOCATÓRIA
Convocam-se todos os associados da “Sociedade Artística Musical
Fafense e Banda de Golães” para participarem na Assembleia Geral Ordinária,
a realizar-se no próximo dia 17 de Abril de 2020, pelas 20:30 horas, nas suas
instalações, situadas na Av. 5 de Outubro, na cidade de Fafe, com a seguinte
ORDEM DE TRABALHOS:
Ponto um: - Leitura da acta da Assembleia Geral Ordinária
anterior, votação e aprovação do seu teor.
Ponto dois: – Informações da Direcção;
Ponto três: - Apreciação e votação do relatório e contas da
gerência do ano anterior e respectivo parecer do Conselho Fiscal
Ponto Quarto: - Eleição dos Corpos Sociais para o triénio de dois
mil e vinte a dois mil e vinte e três;
Ponto Quinto: - Plano de actividades para o ano de 2020;
Ponto Sexto: - Outros de assuntos de interesse para a
colectividade.
Esta Assembleia Geral é convocada via anúncio a publicar em jornal e
no site da Associação e funcionará, em primeira convocatória, com a presença
da maioria dos sócios, e, não ocorrendo essa maioria, funcionará meia hora
depois, pelas 21:00 horas, em segunda convocatória, com qualquer número de
sócios (artigo 18º, nºs 1, 3 e 4 dos Estatutos).
FAFE, 2020 Março 18
Presidente da Mesa da Assembleia Geral
(Clementino Cunha)
Petanca – CP Estorãos com
dois na final nacional
Lurdes Castro
campeã regional
Ricardo Jorge Castro
desporto@noticiasdefafe.com
“Temos previsto a participação
em seis provas do campeonato
Norte de Ralis e uma
outra que poderá passar por
uma prova internacional. Já
estava previsto irmos ao Rali
dos Açores (Campeonato
da Europa) mas infelizmente
foi adiado devido à pandemia
que assola todo o mundo.
Vamos tentar estar presentes
no rali que foi adiado para
Setembro”, disse o piloto
que, apesar dos contratempos,
espera estrear o Fiesta
em 2020 em pisos de terra.
”Trabalhamos bastante nos
testes para que este a nossa
estreia em pisos de terra seja
uma realidade. Não queria todo
o tempo e dinheiro gasto
até agora fosse desperdiçado.
Se não for antes, poderá
ser que aconteça no Rali dos
Açores, mas, agora, perante
todos estes adiamentos de
provas, teremos de rever todo
o nosso programa”.
Limitado nas participações
devido à sua actividade
profissional, terminar entre
os cinco primeiros, será
um bom resultado. “Uma vez
que a correr bem só conseguiremos
estar presentes em
seis das dez provas que constituem
o CNR, não é fácil lutar
pelos três primeiros, mas,
se os ralis em que participarmos
correrem bem, espero lutar
pelo top cinco no final do
ano e lutar pelo título no grupo
P2, dando sequência aos
já quatro títulos conquistados
nos cinco anos de existência
da equipa”, contou.
Para que os objectivos
traçados sejam alcançados,
Mário Castro contará com a
colaboração do Fiesta, carro
que mantem as mesmas especificações.
“O carro continua
exatamente com as mesmas
especificações, até porque
não faz sentido mudar
o que está bem feito. Foi, isso
sim, realizada uma revisão
profunda para que o mesmo
continue a ter os mesmos níveis
de fiabilidade que tem tido”,
disse.
Tal como o carro, a equipa
mantem os mesmos elementos.
“A equipa será a mesma
até porque em equipa que ganha
não se mexe. Temos uma
equipa pequena mas com excelentes
profissionais. Tenho
toda a confiança na Auto Docim
como preparadora do carro
e no Ricardo Cunha para
estar a meu lado como co-piloto.
Somos ao todo cinco elementos
que acho mais que
suficientes para o êxito da
equipa”, concluiu o piloto, optimista
no campeonato que
se aproxima.
Bilhar :: Liga ABV Fafe :: Resultados e Classificação
17.ª Jornada (jogos já realizados, entre 10 e 12 de março): Café R-Café Casanova A, 0-5; Café China-Café Eira, 3-2; Bar do
Século-Pardelhas, 0-5; Bar da Estação-Café Sueco A, 3-2.
CLASSIFICAÇÃO: 1.º: Café Sueco A, 50 pontos/17 jogos; 2.º: Café Casanova A, 48/18; 3.º: Restauradores da Granja, 47/16; 4.º:
Café R, 46/17; 5.º: Pardelhas, 44/17; 6.º: Café Sueco B, 43/16; 7.º: Bar da Estação, 40/17; 8.º: Café Casanova B, 36/17; 9.º: Morrison
Bar B, 34/16; 10.º: Bar do Século, 33/17; 11.º: Café China A, 33/17; 12.º: Nun’Álvares, 32/16; 13.º: Café Eira, 22/17; 14.º: Morrison
Bar A, 16/16.
Lurdes Castro, do Clube
Petanca de Estorãos, sagrou-
-se campeã regional na variante
de mão a mão (um contra
um) feminina, na eliminatória
da Associação de Petanca
da Zona Norte, disputada
no passado domingo, 8 de
março, no Clube Caçadores de
Rebordosa.
No mesmo dia, Gabriel
Freitas, também do Clube Petanca
de Estorãos, foi o finalista
vencido de mão a mão
em masculinos.
Fruto dos resultados obtidos,
Lurdes Castro e Gabriel
Freitas estão entre os quatro
atletas apurados para a final
nacional, inicialmente agendada
para 3 de maio, mas
agora com data incerta, fruto
da suspensão das provas, devido
à covid-19.
Futsal – Formação
Fafe e Nun’Álvares
já têm calendário
para a última fase
A AD Fafe e o Nun’Álvares
ficaram a conhecer, na passada
quinta-feira, dia 12, os
calendários da última fase
dos campeonatos distritais
de futsal. Os justiceiros vão
participar em juniores, juvenis
e iniciados, ao passo que
os condestáveis vão entrar
nos de juniores e iniciados.
Em juniores, a terceira
fase tem um total de 14 clubes,
com duas séries de sete.
Os dois fafenses integram
a série B. Na primeira, o Fafe
folga e recebe o Nun’Álvares
na segunda. Já o Nun’Álvares
arranca com a receção à AD
Jorge Antunes. Piratas Creixomil,
ACR Lordelo, Juni e
Candoso são os outros adversários.
Em juvenis, com 17 clubes
na segunda fase, o Fafe
está na série B com mais oito
adversários e recebe o Santo
Tirso na primeira jornada.
Em iniciados, com 19 clubes
na segunda fase, Fafe e
Nun’Álvares estão na série B,
que tem dez clubes. Na jornada
inicial, há um Nun’Álvares-
-Candoso e o Fafe folga, recebendo
o Colégio Caldinhas
na segunda jornada.
Todas estas fases são
disputadas em sistema de
todos contra todos a uma
volta, sendo que os vencedores
de cada série, A e B,
defrontam-se para apurar
o campeão. De referir que o
campeão que saia destas fases
não é o campeão distrital,
uma vez que estas são
fases suplementares dos
campeonatos, com inscrição
livre aos participantes nas
fases anteriores. O campeão
absoluto, em juniores e juvenis,
foi o Piratas. Em iniciados,
o Santo Tirso. RJC
Futebol – 1.ª Div. AF Braga
Três jogadores
suspensos
Regadas, Silvares e Fareja
têm um jogador suspenso
para os jogos da 20.ª jornada
da 1.ª Divisão da AF Braga,
ainda sem data prevista para
realização, fruto da suspensão
das provas da associação,
devido à covid-19.
O defesa do Silvares,
Paulinho, foi suspenso por
dois jogos após a expulsão
no jogo ante o Mosteiro, a 7
de março. Vai falhar os jogos
ante Mota e Tabuadelo. Suspenso
por dois jogos foi também
o guarda-redes Bruno,
do Fareja, após a expulsão
contra o Pevidém B, sendo
ausência para defrontar ST
Pinheiro e Santiago Mascotelos.
No Regadas, Sérgio Lemos,
expulso no jogo com o
Mota, não pode defrontar o
Tabuadelo na próxima jornada.
RJC
FARMÁCIAS
DE SERVIÇO
SEXTA-FEIRA - 13 de Março
Farmácia Fernandes de castro
R. General Humberto Delgado, 32
Tel:253495608
SÁBADO - 14 de Março
Farmácia da Cumieira
Rua da Cumieira, Nº 32
Tel:253503310/1
DOMINGO - 15 de Março
Farmácia Albarelos
R. José Ribeiro Vieira de Castro, 368
Tel:253498123
SEGUNDA-FEIRA - 16 de Março
Farmácia Ferreira Leite
R. Luís de Camões, 114
Tel:253503452
TERÇA-FEIRA - 17 de Março
Farmácia de Quinchães
Rua de Cavadas, nº48 • Quinchães
253498063
QUARTA-FEIRA - 18 de Março
Farmácia Moura
R. Montenegro, 191
Tel:253599473
QUINTA-FEIRA - 19 de Março
Farmácia Sousa alves
R. Serpa Pinto, 2
Tel:253599335
Farmácias de Reforço
Farmácia Maria José
Av. da Torre, 260
Arões S. Romão • Tel: 253493187
Farmácia Marinho Fernandes
Rua José Florêncio Soares, Nº 12
Silvares S.Martinho • Tel: 253599055
“Contactos úteis”
Câmara Municipal de Fafe/Polícia
Municipal:
253 700400
GNR (Posto de Fafe):
253490890
Bombeiros Voluntários de Fafe:
253 598111
Hospital de São José:
253 700300
Indáqua (Piquete de avarias):
253 700020
EDP - Avarias: 800506506
(chamada gratuita)
USF Fafe - Sentinela:
253490864
USF Novo Cuidar:
253490863
USF Nós e Vós Saúde:
253490862
USF Arões:
253490110
Extensão de Saúde de Travassós:
253509510
Extensão de Saúde de Regadas:
253459020
SNS 24 - Serviço Nacional Saúde
808 24 24 24
(Gratuíta durante o período de surto)
12 20 de Março 2020
Sexta
Sábado Reportagem
Domingo
20 Março
21 Março
22 Março
O TEMPO
Chuva
Máx: 14º / Min: 09º
Chuva
Máx: 14º / Min: 08º
Trovoada
Máx: 17º / Min: 08º
Segunda
23 Março
Céu Limpo
Máx: 20º / Min: 07º
Notícias de Fafe
José Peixoto foi pai aos 55 anos e o dia de ontem foi especial
“Foi como se me tivesse
saído o Euromilhões”
Rita Magalhães Ramos
geral@noticiasdefafe.com
DINIS
Ontem, 19 de Março, Dia
do Pai, foi celebrado de uma
forma especial por José Peixoto,
apesar do actual contexto
de pandemia, porque
foi pai, há poucos meses, aos
55 anos. “Foi como se me tivesse
saído o Euromilhões”. É
assim que José Orlando Peixoto
descreve a experiência.
Chama-se Dinis, tem sete
meses e é um filho muito
desejado fruto de uma bonita
história de amor com Ângela
Fernandes, que começou
há cerca de quinze anos. “É algo
que eu já desejava há muitos
anos e não tínhamos conseguido”,
começou por dizer
José Peixoto revelando que o
bebé foi planeado ao pormenor.
“Já era para estar cá fora
há mais tempo, só aconteceu
agora e aconteceu numa altura
espectacular da minha vida,
só tenho olhos para ele”,
disse emocionado. Tentaram
durante muito tempo, não
conseguiram e um problema
de saúde veio agravar a situação.
Depois de superado, decidiram
partir para os tratamentos
de fertilização, no entanto,
o Dinis quis dar o ar da
sua graça e mostrar aos pais
que também tinha muito gosto
em fazer parte desta família.
“É o meu terceiro filho, e o
primeiro da minha mulher, e
estava mais ansioso do que
ela, queria mesmo. Depois de
uma viagem a Inglaterra descobrimos
que estava grávida”,
contou, o que não foi uma
surpresa porque “andávamos
a tentar, mas sem muitas expectativas”.
Um pai que se considera
“muito presente” e que
até estava preparado para
assistir ao parto, não fosse
o pequeno Dinis pregar
mais uma partida. “Até à última
que achava que ia assistir
“Já era para
estar cá fora
há mais tempo,
só aconteceu
agora
e aconteceu
numa altura
espectacular
da minha
vida, só
tenho olhos
para ele (...)”
ao parto, já tinha a bata vestida
e tudo, estava planeado
para nascer de parto normal,
mas o rapaz decidiu não querer
nascer e teve de ser de cesariana”,
lamentou José que
tinha o sonho de assistir ao
momento.
Foi pai a primeira a primeira
vez com 25 anos, Dinis vem
assim juntar-se a mais dois irmãos,
de 29 e 22 anos, fruto
de outra relação. “Os meus filhos
reagiram muito bem. Ter
um filho com esta idade é algo
de espectacular, gosto de
todos os meus filhos, isso não
se põe em causa, mas este é
diferente, sinto-me vivo novamente,
não sei explicar”,
conta-nos. Das aventuras que
vive com o filho fala com ternura
das tarefas diárias que
não descura por “nada deste
mundo”. “Gosto de fazer tudo,
de tratar dele, colocá-lo limpinho,
dar-lhe o leitinho, banhinho,
tudo o que uma criança
precisa. Eu e a minha esposa
fazemos trabalho em equipa,
não faz sentido de outra maneira”,
descreveu agradecendo
por ter uma criança “cinco
estrelas, é um come e dorme.
Adormece por volta das 22h
damos-lhe o biberão, de manhã
para ir para o infantário é
preciso acordá-lo”, salientou
satisfeito.
Depois de educar dois filhos,
para além da experiência
e sabedoria, Dinis ganhou
um pai com “mais” paciência.
“Agora estou mais maduro,
há mais paciência, calma, temos
mais tempo, é outra coisa
e tenho na mesma força
para correr, saltar, tudo”, referiu
afirmando que ajuda gostar
“mesmo muito” de crianças.
A idade não passa de um
número para este pai que tem
“força de vontade para tudo,
a idade não me incomoda nada,
o que importa é haver força
para estar aqui ao lado de
quem amo. Não deve haver
pai mais exemplar do que eu
para o meu filho, faço tudo o
mais alguma coisa, foi o melhor
que me aconteceu”, declarou
babado. Olhando para
a esposa admite que gostava
de partir para uma nova aventura
e concretizar mais um
sonho: ter uma menina, mas
avança que Ângela “não está
para aí virada”, mas “fica ao
critério dela”, lançou o repto.
O Dia do Pai celebrou-se
ontem, mas para José Peixoto
é celebrado todos os dias.
Com o pai ainda vivo, e cheio
de saúde, aproveitou a oportunidade
para lhe mandar um
beijinho neste Dia do Pai, que
foi, certamente especial para
esta família.
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