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Domingo V da Quaresma – Ano A - 29 de março de 2020

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Ecos da Quinta Conferência Quaresmal 2020

A 5ª Conferência Quaresmal sobre o tema “Missa, lugar da vivência da Piedade Popular”

teve como Orador o Reverendo Padre, João Augusto Mendes Martins, que abordou o

objeto da sua intervenção em dois momentos: No primeiro fez uma incursão no concernente

à Liturgia que é mais popular do que a Piedade Popular. No segundo momento

explanou sobre Missa e vivência Popular.

Definiu a Missa como uma celebração litúrgica, uma ação sagrada por excelência, e não

comparável a nenhuma outra ação da Igreja pela eficácia e estilo que lhe é próprio.

No entanto, afirma que a Liturgia é popular e que a reforma Litúrgica de 1962 teve como

objetivo tornar a Missa num ato mais participativo, com cânticos, com ministros, leigos

com leitura e partilha prévia de textos bíblicos. Querendo uma participação plena, consciente

e ativa das celebrações litúrgicas.

Qualifica a Piedade Popular por diversas manifestações culturais de caráter privado ou

comunitário que no quadro da fé cristã, se exprime de formas diferentes de liturgia ou

seja nos modos caraterísticos do génio de um povo ou de uma etnia e da sua cultura.

Realça que a Piedade Popular é um verdadeiro tesouro do Povo de Deus, citando o São

João Paulo II, Evanglli Nuntiandi, 48. Ela “manifesta numa sede de Deus que só os simples

e os pobres podem conhecer, tornando-os capazes de generosidade e de sacrifício… traz

um sentido elevado dos atributos profundos de Deus…”

Considera a Liturgia e piedade popular como expressões legítimos do culto Cristãos que

não se opões, nem podem ser comparadas, porém harmonizadas.

A prioridade da missa na vida cristã resulta de obrigatoriedade do preceito dominical

e das festas, em contraponto com os exercícios da piedade que não têm carácter obrigatório,

o que se atesta pelo Código de Direito Canónico, cã.1247” no domingo e nos

outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na Missa”, o que não

acontece com os exercícios da piedade popular, que não se realizam na Missa.

Destaca o que distingue a liturgia da piedade popular é a formação. A Liturgia é universal e

baseia -se em textos muito cuidados do ponto de vista histórico, teológico espiritual e pastoral.

Para promover uma participação ativa e rica dos ministros e do povo na Liturgia, por

determinação do Concílio Vaticano II, os nossos textos litúrgicos passaram a ser em português

que é a língua litúrgica. A religiosidade popular que enquadra todas as outras

celebrações religiosas não litúrgicas são também em português.

No contexto cabo-verdiano, a liturgia em muitos casos é mais popular que a própria religiosidade

popular. A liturgia e a piedade popular serão tão mais populares quanto mais se

conhece e se usa igualmente as línguas portuguesas e cabo-verdianas. A enculturação da

fé depende de muitos fatores e a causa Linguística não é a menos importante.

O despontar da religiosidade popular requer tempo para contactos entre a fé e as culturas.

No segundo momento estabeleceu a relação entre a Missa e a vivência da piedade popular,

considera que o Orador que os mesmos diferem relativamente aos textos, lugares de

ação, os gestos, os ministros a natureza e a hierarquia e exemplificou com um ensinamento

do Papa João Paulo II “ A Igreja vive da Eucaristia”.

A nossa vida Cristã nasce da Páscoa e a missa é a celebração da Páscoa. Daí que se observa

que todo e qualquer ação cultural nasce e dirige-se para a Missa.

Frisou que o Sagrado Coração de jesus está intimamente ligado à Eucaristia e a confissão

Acrescenta que as ações da piedade popular emergem da Eucaristia e para ela se dirigem,

nomeadamente as festas dos Santos com procissão da imagem e culmina com a Missa,

mencionou que os santuários querem serviços de espiritualidade, retiros, oração. O encontro

com Cristo que cura pode ser vivido pela preparação e celebração comunitária do

sacramento da unção dos doentes e da Eucaristia.

CCQ2020

Água Viva

Domingo V da Quaresma - Ano A - 29 de março de 2020

Série VIII - Ano VI - Nº 263

"Pertença a Cristo, nossa Alegria e Missão”

«Evangelizar a cultura a partir da piedade popular»

A MESA DA PALAVRA

Neste 5º Domingo da Quaresma, a liturgia garante-nos que o desígnio de Deus

é a comunicação de uma vida que ultrapassa definitivamente a vida biológica:

é a vida definitiva que supera a morte.

LEITURA I Ezequiel 37, 12-14 LEITURA II Romanos 8, 8-11

Leitura da Profecia de Ezequiel

12 Assim fala o Senhor Deus: «Vou abrir

os vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar,

ó meu povo, para vos reconduzir

à terra de Israel. 13 Haveis de reconhecer

que Eu sou o Senhor, quando

abrir os vossos túmulos e deles vos fizer

ressuscitar, ó meu povo. 14 Infundirei em

vós o meu espírito e revivereis. Hei-de

fixar-vos na vossa terra e reconhecereis

que Eu, o Senhor, o disse e o executei».

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 129(130)

Refrão: No Senhor está a misericórdia,

no Senhor está a plenitude da redenção.

Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,

Senhor, escutai a minha voz.

Estejam os vossos ouvidos atentos

à voz da minha súplica.

Se tiverdes em conta as nossas faltas,

Senhor, quem poderá salvar-se?

Mas em Vós está o perdão,

para Vos servirmos com reverência.

Eu confio no Senhor,

a minha alma espera na sua palavra.

A minha alma espera pelo Senhor

mais do que as sentinelas pela aurora.

Porque no Senhor está a misericórdia

e com Ele abundante redenção.

Ele há-de libertar Israel

de todas as suas faltas.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo

aos Romanos

Irmãos: 8 Os que vivem segundo a carne

não podem agradar a Deus. 9 Vós não estais

sob o domínio da carne, mas do Espírito,

se é que o Espírito de Deus habita em vós.

Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo,

não Lhe pertence. 10 Se Cristo está em

vós, embora o vosso corpo seja mortal por

causa do pecado, o espírito permanece

vivo por causa da justiça. 11 E, se o Espírito

d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os

mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou

Cristo Jesus de entre os mortos, também

dará vida aos vossos corpos mortais, pelo

seu Espírito que habita em vós.

Palavra do Senhor.

EVANGELHO São João 11, 1-45

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo

segundo São João

1 Naquele tempo, [estava doente certo homem,

Lázaro de Betânia, aldeia de Marta e de Maria,

sua irmã. 2 Maria era aquela que tinha ungido o

Senhor com perfume e Lhe tinha enxugado os

pés com os cabelos. Era seu irmão Lázaro que

estava doente. 3 As irmãs mandaram então dizer

a Jesus: «Senhor, o teu amigo está doente».

4 Ouvindo isto, Jesus disse: «Essa doença não é

mortal, mas é para a glória de Deus, para que

por ela seja glorificado o Filho do homem».


5 Jesus era amigo de Marta, de sua irmã e de

Lázaro. 6 Entretanto, depois de ouvir dizer que

ele estava doente, ficou ainda dois dias no local

onde Se encontrava. 7 Depois disse aos discípulos:

«Vamos de novo para a Judeia». 8 Os discípulos

disseram-Lhe: «Mestre, ainda há pouco os

judeus procuravam apedrejar-Te e voltas para

lá?» 9 Jesus respondeu: «Não são doze as horas

do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça,

porque vê a luz deste mundo. 10 Mas se andar

de noite, tropeça, porque não tem luz consigo».

11 Dito isto, acrescentou: «O nosso amigo Lázaro

dorme, mas Eu vou despertá-lo». 12 Disseram

então os discípulos: «Senhor, se dorme, estará

salvo». 13 Jesus referia-se à morte de Lázaro, mas

eles entenderam que falava do sono natural.

14 Disse-lhes então Jesus abertamente: «Lázaro

morreu; por vossa causa, 15 alegro-Me de não

ter estado lá, para que acrediteis. Mas vamos ter

com ele». 16 Tomé, chamado Dídimo, disse aos

companheiros: «Vamos nós também, para morrermos

com Ele». 17 Ao chegar, Jesus encontrou

o amigo sepultado havia quatro dias. 18 Betânia

distava de Jerusalém cerca de três quilómetros.

19 Muitos judeus tinham ido visitar Marta e

Maria, para lhes apresentar condolências pela

morte do irmão. 20 Quando ouviu dizer que Jesus

estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro,

enquanto Maria ficou sentada em casa. 21 Marta

disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui,

meu irmão não teria morrido. 22 Mas sei que,

mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus

To concederá». 23 Disse-lhe Jesus: «Teu irmão

ressuscitará». 24 Marta respondeu: «Eu sei que

há-de ressuscitar na ressurreição, no último

dia». 25 Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e

a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha

morrido, viverá; 26 e todo aquele que vive e acredita

em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?»

27 Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és

o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao

mundo». 28 Dito isto, retirou-se e foi chamar Maria,

a quem disse em segredo: «O Mestre está

ali e manda-te chamar». 29 Logo que ouviu isto,

Maria levantou-se e foi ter com Jesus. 30 Jesus

ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava

no lugar em que Marta viera ao seu encontro.

31 Então os judeus que estavam com Maria

em casa para lhe apresentar condolências,

ao verem-na levantar-se e sair rapidamente,

seguiram-na, pensando que se dirigia ao túmulo

para chorar. 32 Quando chegou aonde estava

Jesus, Maria, logo que O viu, caiu-Lhe aos pés

e disse-Lhe: «Senhor, se tivesses estado aqui,

meu irmão não teria morrido». 33 Jesus, ao vê-la

chorar, e vendo chorar também os judeus que

vinham com ela, comoveu-Se profundamente

e perturbou-Se. 34 Depois perguntou: «Onde

o pusestes?» Responderam-Lhe: «Vem ver,

Senhor». 35 E Jesus chorou. 36 Diziam então os

judeus: «Vede como era seu amigo». 37 Mas

alguns deles observaram: «Então Ele, que abriu

os olhos ao cego, não podia também ter feito

que este homem não morresse?» 38 Entretanto,

Jesus, intimamente comovido, chegou ao túmulo.

Era uma gruta, com uma pedra posta à entrada.

39 Disse Jesus: «Tirai a pedra». Respondeu

Marta, irmã do morto: «Já cheira mal, Senhor,

pois morreu há quatro dias». 40 Disse Jesus: «Eu

não te disse que, se acreditasses, verias a glória

de Deus?» 41 Tiraram então a pedra. Jesus,

levantando os olhos ao Céu, disse: «Pai, dou-Te

graças por Me teres ouvido. 42 Eu bem sei que

sempre Me ouves, mas falei assim por causa

da multidão que nos cerca, para acreditarem

que Tu Me enviaste». 43 Dito isto, bradou com

voz forte: «Lázaro, sai para fora». 44 O morto

saiu, de mãos e pés enfaixados com ligaduras

e o rosto envolvido num sudário. Disse-lhes

Jesus: «Desligai-o e deixai-o ir». 45 Então muitos

judeus, que tinham ido visitar Maria, ao verem

o que Jesus fizera, acreditaram n’Ele.

Palavra da Salvação

LEITURAS DO PRÓXIMO DOMINGO

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor:

I Leitura: Is 50,4-7;

Salmo 21 (22) Meu Deus, meu Deus, porque

me abandonastes?

II Leitura: Filip 2, 6 -11; Evangelho: Mt 26,11-54.

Informações da Vida Paroquial

1. HORÁRIO DAS CELEBRAÇÕES

Durante a Semana: Igreja Paroquial, 06h30 e 18h15.

Próximo Domingo: Domingo de Ramos na

Paixão do Senhor, Missa às 10H30.

Infelizmente vamos continuar, para o bem

de todos a não poder contar com a participação

de todos. Apelamos e exortamos a

todos a seguirmos com responsabilidade

todas as indicações e orientações dadas pelas

autoridades sanitárias e pelo Governo.

Mexem com os nossos hábitos mas quando

a vida esta em jogo, o cristão é o primeiro

a sair em defesa.

Na nossa Paróquia, na Igreja catedral, o

nosso Bispo, o Senhor Cardeal Dom Arlindo,

presidirá todas as celebrações da Semana

Santa e do Tríduo Pascal, na hora habitual.

2. Atividades Paroquiais

Por estarmos a viver o momento especial

todas as atividades pastorais sujeitas a ajuntamento

de pessoas estão suspensas. Porém

a nossa Fé, e a vivência da mesma jamais

podemos suspender, nem abedicar dela. A

todos e cada um é exortado a maior responsabilidade

pessoal, familiar e comunitario.

A história do crucifixo milagroso

que salvou Roma da peste

Na famosa Via del Corso, conhecida por ser

uma das melhores ruas de comércio em

Roma, está a igreja de San Marcelo al Corso,

que guarda o crucifixo milagroso.

Trata-se de uma igreja muito antiga (do

século IV), fundada pelo Papa Marcelo I,

que foi perseguido e condenado a realizar

trabalhos pesados no escritório do serviço

de entrega de correspondências do Estado.

É lá que estão seus restos mortais.

O incêndio e o “milagre”

Na noite do dia 22 para o dia 23 de maio

de 1519, a igreja sofreu um violento incêndio

e ficou destruída. Ao amanhecer,

as pessoas foram até lá para conferir os

estragos e se depararam com o crucifixo

do altar principal providencialmente

intacto e iluminado por uma lamparina

que, embora atingida pelas chamas, ainda

ardia aos seus pés.

Imediatamente, os fiéis disseram que

era um milagre e os mais devotos começaram

a se reunir todas as sextas-feiras

para rezar e acender velas aos pés da

imagem de madeira. Assim nasceu a

“Archicofradía del Santísimo Crucifijo en

Urbe”, que existe até hoje.

A peste

Mas esse não foi o único milagre atribuído

ao crucifixo. No ano de 1522, uma terrível

peste atingiu violentamente a cidade de

Roma. Todos achavam que iam morrer.

Desesperados, os frades Servos de Maria

decidiram levar o crucifixo em procissão

penitencial da igreja de São Marcelo até

a Basílica de São Pedro. As autoridades,

temendo o risco co contágio, quiseram

impedir a procissão. Mas o desespero coletivo

falou mais alto e a imagem de Nosso

Senhor foi levada pelas ruas da cidade, sob

forte aclamação popular.

A procissão durou 16 dias e percorreu

toda a região de Roma. Quando o crucifixo

regressou à sua origem, a peste já tinha

cessado por completo.

Desde o ano de 1650, o crucifixo milagroso

é levado à Basílica de São Pedro. Porém,

em 15 de março de 2020, o Papa Francisco

visitou a igreja de San Marcelo e rezou pelo

fim da pandemia de coronavírus, que tem

tirado vidas em todo o mundo.

Fonte: pt.aleteia.org

Telef.: (238) 2613973; Fax: (238) 2616128; Caixa Postal: 10; E-mail: paroquianossasenhoragraca@gmail.com

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