Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Ecos da Quinta Conferência Quaresmal 2020
A 5ª Conferência Quaresmal sobre o tema “Missa, lugar da vivência da Piedade Popular”
teve como Orador o Reverendo Padre, João Augusto Mendes Martins, que abordou o
objeto da sua intervenção em dois momentos: No primeiro fez uma incursão no concernente
à Liturgia que é mais popular do que a Piedade Popular. No segundo momento
explanou sobre Missa e vivência Popular.
Definiu a Missa como uma celebração litúrgica, uma ação sagrada por excelência, e não
comparável a nenhuma outra ação da Igreja pela eficácia e estilo que lhe é próprio.
No entanto, afirma que a Liturgia é popular e que a reforma Litúrgica de 1962 teve como
objetivo tornar a Missa num ato mais participativo, com cânticos, com ministros, leigos
com leitura e partilha prévia de textos bíblicos. Querendo uma participação plena, consciente
e ativa das celebrações litúrgicas.
Qualifica a Piedade Popular por diversas manifestações culturais de caráter privado ou
comunitário que no quadro da fé cristã, se exprime de formas diferentes de liturgia ou
seja nos modos caraterísticos do génio de um povo ou de uma etnia e da sua cultura.
Realça que a Piedade Popular é um verdadeiro tesouro do Povo de Deus, citando o São
João Paulo II, Evanglli Nuntiandi, 48. Ela “manifesta numa sede de Deus que só os simples
e os pobres podem conhecer, tornando-os capazes de generosidade e de sacrifício… traz
um sentido elevado dos atributos profundos de Deus…”
Considera a Liturgia e piedade popular como expressões legítimos do culto Cristãos que
não se opões, nem podem ser comparadas, porém harmonizadas.
A prioridade da missa na vida cristã resulta de obrigatoriedade do preceito dominical
e das festas, em contraponto com os exercícios da piedade que não têm carácter obrigatório,
o que se atesta pelo Código de Direito Canónico, cã.1247” no domingo e nos
outros dias festivos de preceito, os fiéis têm obrigação de participar na Missa”, o que não
acontece com os exercícios da piedade popular, que não se realizam na Missa.
Destaca o que distingue a liturgia da piedade popular é a formação. A Liturgia é universal e
baseia -se em textos muito cuidados do ponto de vista histórico, teológico espiritual e pastoral.
Para promover uma participação ativa e rica dos ministros e do povo na Liturgia, por
determinação do Concílio Vaticano II, os nossos textos litúrgicos passaram a ser em português
que é a língua litúrgica. A religiosidade popular que enquadra todas as outras
celebrações religiosas não litúrgicas são também em português.
No contexto cabo-verdiano, a liturgia em muitos casos é mais popular que a própria religiosidade
popular. A liturgia e a piedade popular serão tão mais populares quanto mais se
conhece e se usa igualmente as línguas portuguesas e cabo-verdianas. A enculturação da
fé depende de muitos fatores e a causa Linguística não é a menos importante.
O despontar da religiosidade popular requer tempo para contactos entre a fé e as culturas.
No segundo momento estabeleceu a relação entre a Missa e a vivência da piedade popular,
considera que o Orador que os mesmos diferem relativamente aos textos, lugares de
ação, os gestos, os ministros a natureza e a hierarquia e exemplificou com um ensinamento
do Papa João Paulo II “ A Igreja vive da Eucaristia”.
A nossa vida Cristã nasce da Páscoa e a missa é a celebração da Páscoa. Daí que se observa
que todo e qualquer ação cultural nasce e dirige-se para a Missa.
Frisou que o Sagrado Coração de jesus está intimamente ligado à Eucaristia e a confissão
Acrescenta que as ações da piedade popular emergem da Eucaristia e para ela se dirigem,
nomeadamente as festas dos Santos com procissão da imagem e culmina com a Missa,
mencionou que os santuários querem serviços de espiritualidade, retiros, oração. O encontro
com Cristo que cura pode ser vivido pela preparação e celebração comunitária do
sacramento da unção dos doentes e da Eucaristia.
CCQ2020
Água Viva
Domingo V da Quaresma - Ano A - 29 de março de 2020
Série VIII - Ano VI - Nº 263
"Pertença a Cristo, nossa Alegria e Missão”
«Evangelizar a cultura a partir da piedade popular»
A MESA DA PALAVRA
Neste 5º Domingo da Quaresma, a liturgia garante-nos que o desígnio de Deus
é a comunicação de uma vida que ultrapassa definitivamente a vida biológica:
é a vida definitiva que supera a morte.
LEITURA I Ezequiel 37, 12-14 LEITURA II Romanos 8, 8-11
Leitura da Profecia de Ezequiel
12 Assim fala o Senhor Deus: «Vou abrir
os vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar,
ó meu povo, para vos reconduzir
à terra de Israel. 13 Haveis de reconhecer
que Eu sou o Senhor, quando
abrir os vossos túmulos e deles vos fizer
ressuscitar, ó meu povo. 14 Infundirei em
vós o meu espírito e revivereis. Hei-de
fixar-vos na vossa terra e reconhecereis
que Eu, o Senhor, o disse e o executei».
Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial 129(130)
Refrão: No Senhor está a misericórdia,
no Senhor está a plenitude da redenção.
Do profundo abismo chamo por Vós, Senhor,
Senhor, escutai a minha voz.
Estejam os vossos ouvidos atentos
à voz da minha súplica.
Se tiverdes em conta as nossas faltas,
Senhor, quem poderá salvar-se?
Mas em Vós está o perdão,
para Vos servirmos com reverência.
Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.
A minha alma espera pelo Senhor
mais do que as sentinelas pela aurora.
Porque no Senhor está a misericórdia
e com Ele abundante redenção.
Ele há-de libertar Israel
de todas as suas faltas.
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo
aos Romanos
Irmãos: 8 Os que vivem segundo a carne
não podem agradar a Deus. 9 Vós não estais
sob o domínio da carne, mas do Espírito,
se é que o Espírito de Deus habita em vós.
Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo,
não Lhe pertence. 10 Se Cristo está em
vós, embora o vosso corpo seja mortal por
causa do pecado, o espírito permanece
vivo por causa da justiça. 11 E, se o Espírito
d’Aquele que ressuscitou Jesus de entre os
mortos habita em vós, Ele, que ressuscitou
Cristo Jesus de entre os mortos, também
dará vida aos vossos corpos mortais, pelo
seu Espírito que habita em vós.
Palavra do Senhor.
EVANGELHO São João 11, 1-45
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
segundo São João
1 Naquele tempo, [estava doente certo homem,
Lázaro de Betânia, aldeia de Marta e de Maria,
sua irmã. 2 Maria era aquela que tinha ungido o
Senhor com perfume e Lhe tinha enxugado os
pés com os cabelos. Era seu irmão Lázaro que
estava doente. 3 As irmãs mandaram então dizer
a Jesus: «Senhor, o teu amigo está doente».
4 Ouvindo isto, Jesus disse: «Essa doença não é
mortal, mas é para a glória de Deus, para que
por ela seja glorificado o Filho do homem».
5 Jesus era amigo de Marta, de sua irmã e de
Lázaro. 6 Entretanto, depois de ouvir dizer que
ele estava doente, ficou ainda dois dias no local
onde Se encontrava. 7 Depois disse aos discípulos:
«Vamos de novo para a Judeia». 8 Os discípulos
disseram-Lhe: «Mestre, ainda há pouco os
judeus procuravam apedrejar-Te e voltas para
lá?» 9 Jesus respondeu: «Não são doze as horas
do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça,
porque vê a luz deste mundo. 10 Mas se andar
de noite, tropeça, porque não tem luz consigo».
11 Dito isto, acrescentou: «O nosso amigo Lázaro
dorme, mas Eu vou despertá-lo». 12 Disseram
então os discípulos: «Senhor, se dorme, estará
salvo». 13 Jesus referia-se à morte de Lázaro, mas
eles entenderam que falava do sono natural.
14 Disse-lhes então Jesus abertamente: «Lázaro
morreu; por vossa causa, 15 alegro-Me de não
ter estado lá, para que acrediteis. Mas vamos ter
com ele». 16 Tomé, chamado Dídimo, disse aos
companheiros: «Vamos nós também, para morrermos
com Ele». 17 Ao chegar, Jesus encontrou
o amigo sepultado havia quatro dias. 18 Betânia
distava de Jerusalém cerca de três quilómetros.
19 Muitos judeus tinham ido visitar Marta e
Maria, para lhes apresentar condolências pela
morte do irmão. 20 Quando ouviu dizer que Jesus
estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro,
enquanto Maria ficou sentada em casa. 21 Marta
disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui,
meu irmão não teria morrido. 22 Mas sei que,
mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus
To concederá». 23 Disse-lhe Jesus: «Teu irmão
ressuscitará». 24 Marta respondeu: «Eu sei que
há-de ressuscitar na ressurreição, no último
dia». 25 Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e
a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha
morrido, viverá; 26 e todo aquele que vive e acredita
em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?»
27 Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és
o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao
mundo». 28 Dito isto, retirou-se e foi chamar Maria,
a quem disse em segredo: «O Mestre está
ali e manda-te chamar». 29 Logo que ouviu isto,
Maria levantou-se e foi ter com Jesus. 30 Jesus
ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava
no lugar em que Marta viera ao seu encontro.
31 Então os judeus que estavam com Maria
em casa para lhe apresentar condolências,
ao verem-na levantar-se e sair rapidamente,
seguiram-na, pensando que se dirigia ao túmulo
para chorar. 32 Quando chegou aonde estava
Jesus, Maria, logo que O viu, caiu-Lhe aos pés
e disse-Lhe: «Senhor, se tivesses estado aqui,
meu irmão não teria morrido». 33 Jesus, ao vê-la
chorar, e vendo chorar também os judeus que
vinham com ela, comoveu-Se profundamente
e perturbou-Se. 34 Depois perguntou: «Onde
o pusestes?» Responderam-Lhe: «Vem ver,
Senhor». 35 E Jesus chorou. 36 Diziam então os
judeus: «Vede como era seu amigo». 37 Mas
alguns deles observaram: «Então Ele, que abriu
os olhos ao cego, não podia também ter feito
que este homem não morresse?» 38 Entretanto,
Jesus, intimamente comovido, chegou ao túmulo.
Era uma gruta, com uma pedra posta à entrada.
39 Disse Jesus: «Tirai a pedra». Respondeu
Marta, irmã do morto: «Já cheira mal, Senhor,
pois morreu há quatro dias». 40 Disse Jesus: «Eu
não te disse que, se acreditasses, verias a glória
de Deus?» 41 Tiraram então a pedra. Jesus,
levantando os olhos ao Céu, disse: «Pai, dou-Te
graças por Me teres ouvido. 42 Eu bem sei que
sempre Me ouves, mas falei assim por causa
da multidão que nos cerca, para acreditarem
que Tu Me enviaste». 43 Dito isto, bradou com
voz forte: «Lázaro, sai para fora». 44 O morto
saiu, de mãos e pés enfaixados com ligaduras
e o rosto envolvido num sudário. Disse-lhes
Jesus: «Desligai-o e deixai-o ir». 45 Então muitos
judeus, que tinham ido visitar Maria, ao verem
o que Jesus fizera, acreditaram n’Ele.
Palavra da Salvação
LEITURAS DO PRÓXIMO DOMINGO
Domingo de Ramos na Paixão do Senhor:
I Leitura: Is 50,4-7;
Salmo 21 (22) Meu Deus, meu Deus, porque
me abandonastes?
II Leitura: Filip 2, 6 -11; Evangelho: Mt 26,11-54.
Informações da Vida Paroquial
1. HORÁRIO DAS CELEBRAÇÕES
Durante a Semana: Igreja Paroquial, 06h30 e 18h15.
Próximo Domingo: Domingo de Ramos na
Paixão do Senhor, Missa às 10H30.
Infelizmente vamos continuar, para o bem
de todos a não poder contar com a participação
de todos. Apelamos e exortamos a
todos a seguirmos com responsabilidade
todas as indicações e orientações dadas pelas
autoridades sanitárias e pelo Governo.
Mexem com os nossos hábitos mas quando
a vida esta em jogo, o cristão é o primeiro
a sair em defesa.
Na nossa Paróquia, na Igreja catedral, o
nosso Bispo, o Senhor Cardeal Dom Arlindo,
presidirá todas as celebrações da Semana
Santa e do Tríduo Pascal, na hora habitual.
2. Atividades Paroquiais
Por estarmos a viver o momento especial
todas as atividades pastorais sujeitas a ajuntamento
de pessoas estão suspensas. Porém
a nossa Fé, e a vivência da mesma jamais
podemos suspender, nem abedicar dela. A
todos e cada um é exortado a maior responsabilidade
pessoal, familiar e comunitario.
A história do crucifixo milagroso
que salvou Roma da peste
Na famosa Via del Corso, conhecida por ser
uma das melhores ruas de comércio em
Roma, está a igreja de San Marcelo al Corso,
que guarda o crucifixo milagroso.
Trata-se de uma igreja muito antiga (do
século IV), fundada pelo Papa Marcelo I,
que foi perseguido e condenado a realizar
trabalhos pesados no escritório do serviço
de entrega de correspondências do Estado.
É lá que estão seus restos mortais.
O incêndio e o “milagre”
Na noite do dia 22 para o dia 23 de maio
de 1519, a igreja sofreu um violento incêndio
e ficou destruída. Ao amanhecer,
as pessoas foram até lá para conferir os
estragos e se depararam com o crucifixo
do altar principal providencialmente
intacto e iluminado por uma lamparina
que, embora atingida pelas chamas, ainda
ardia aos seus pés.
Imediatamente, os fiéis disseram que
era um milagre e os mais devotos começaram
a se reunir todas as sextas-feiras
para rezar e acender velas aos pés da
imagem de madeira. Assim nasceu a
“Archicofradía del Santísimo Crucifijo en
Urbe”, que existe até hoje.
A peste
Mas esse não foi o único milagre atribuído
ao crucifixo. No ano de 1522, uma terrível
peste atingiu violentamente a cidade de
Roma. Todos achavam que iam morrer.
Desesperados, os frades Servos de Maria
decidiram levar o crucifixo em procissão
penitencial da igreja de São Marcelo até
a Basílica de São Pedro. As autoridades,
temendo o risco co contágio, quiseram
impedir a procissão. Mas o desespero coletivo
falou mais alto e a imagem de Nosso
Senhor foi levada pelas ruas da cidade, sob
forte aclamação popular.
A procissão durou 16 dias e percorreu
toda a região de Roma. Quando o crucifixo
regressou à sua origem, a peste já tinha
cessado por completo.
Desde o ano de 1650, o crucifixo milagroso
é levado à Basílica de São Pedro. Porém,
em 15 de março de 2020, o Papa Francisco
visitou a igreja de San Marcelo e rezou pelo
fim da pandemia de coronavírus, que tem
tirado vidas em todo o mundo.
Fonte: pt.aleteia.org
Telef.: (238) 2613973; Fax: (238) 2616128; Caixa Postal: 10; E-mail: paroquianossasenhoragraca@gmail.com