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Ecos da Sexta Conferência Quaresmal 2020
A XVI Edição da Conferência Quaresmal de 2020 teve o seu término com apresentação do tema (6º) sobre “O
encontro pessoal e comunitário com Jesus, fonte de piedade” proferido por Sua Eminência o Cardeal Dom
Arlindo Furtado que abordou as várias formas de encontro que Jesus teve, durante a sua presença na Terra.
Iniciou a sua apresentação com um extrato da encíclica do Papa emérito, Bento XVI que escreveu: “ No início do
ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com o acontecimento, com uma Pessoa
que dá à vida um novo horizonte e, desta, forma, o rumo decisivo”. Segundo o Papa Bento e na linha de São
Paulo o processo da fé começa com o 1º encontro com Jesus mediante o Kerigma, o anúncio de Jesus.
Realça que a transformação radical de pessoas a partir da experiência de encontro pessoal com Jesus está na
Sagrada Escritura principalmente no Novo Testamento. Esses encontros são quase todos da iniciativa de Jesus
e toma como referência o Evangelho de São João para os exemplificar.
Esses encontros tiveram procidências de pessoas de três ambientes culturais diferentes: judaico, samaritano e pagão,
levando a concluir que estes ambientes retratam a universalidade dos mundos e transportam a todas periferias.
O 1º encontro de Jesus com os diferentes mundos religiosos e culturais, ou seja, o Judaico (judaísmo ortodoxo),
o samaritano (judaísmo heterodoxo) e o pagão (o funcionário real herodiano).
Começou por apresentar o encontro de Jesus com Nicodemos, um dos chefes fariseus e membros do Sinédrio,
onde o Orador descreveu que o episódio reveste duma grande intensidade dramática, sendo este marcado
pelo tema de noite/ luz. Outros episódios relatados neste tema demonstram um conjunto de encontros
que Jesus fez, marcados por diálogo que traduz a noite como trevas existenciais que recusam a Luz verdadeira
que veio ao mundo. Ressaltou também no caso de Judas que sai do cenáculo para entregar Jesus “ era noite”.
Tanto Nicodemos como Judas sofrem a luta interior entre as trevas e a Luz do Reino que é preciso “ver”. Frisou
a coragem de José de Arimateia que deu um passo, para passar do medo e assumindo a Fé.
No encontro com a Samaritana, ou seja, com o mundo samaritano. O Orador apresentou o texto divido em
três parte de acordo com a temática: a água, os discípulos e o testemunho da samaritana.
Em relação à temática da água, cuja compreensão era diferente, enquanto Jesus fala de uma “Água Viva” a
samaritana fala da água corrente. O outro aspeto é o lugar da adoração e o mistério de Cristo, Jesus anuncia
um novo tempo em que o encontro e o relacionamento com Deus não dependem de lugar específico, para
Ele, o espaço e o tempo são diversos.
Destaca que a relação com Deus não se dá através de espaços, objetos ou coisas, mas exclusivamente em e por Deus.
Outros elementos que se constatam neste tema é o território, o poço e o casamento. Este último, o contexto
matrimonial não é no sentido humano. O encontro de Jesus com a samaritana levou com que ela experimentasse
a paz interior que ela não tinha, onde deixa tudo e volta para um caminho novo. Nesse diálogo, um dos
grandes desvendamentos de Jesus é a autorrevelação, onde Ele afirma que é o Messias e diz ainda “ Sou Eu,
que estou a falar contigo”. Uma das grandes lições do diálogo entre Jesus e a samaritana é que a fé não é relação
com uma doutrina, mas com uma pessoa: Deus através de Jesus e pela ação do Espirito Santo.
A Vida pública de Jesus teve ao longo desse tempo vários sinais, mas com sentido teológico e profundo,
demonstrado também nos discípulos e nos testemunhos que expressaram porque ele é o Salvador do Mundo.
Realçou o encontro do Funcionário Real com Jesus, onde ele ouve falar de Jesus e encontra com Ele e pede
para salvar o seu filho. Ele acreditou e o filho salvou-se.
Para além disso, Jesus teve outros encontros: com o paralítico, de Betzatá e com o cego de nascença,
nesses dois encontros, a iniciativa também foi de Jesus. No episódio do cego, a promessa
de Jesus, a “ água Viva “, e a revelação como “ Luz do mundo” aparecem intimamente unidas. A
cegueira é a causa do pecado (recusa em acreditar).
Finalmente falou do encontro com Jesus, fonte de piedade em que se referiu à atitude da criança, para com
os seus pais, expressando uma combinação de amor, confiança e reverência.
Referiu por último, que o Papa Francisco nos ensina que a verdadeira piedade, nos leva a servir os outros, nossos
irmãos com humildade e mansidão, alegria e audácia, porque o amor de Cristo no impele.
Terminou dizendo que o “ amor de Cristo habite em nós como o templo e que a nossa vida seja para os outros
uma autêntica profusão de graça, misericórdia e paz. Santa Páscoa”.
CCQ2020
Água Viva
Domingo de Ramos na Paixão do Senhor - Ano A - 05 de Abril de 2020
Série VIII - Ano VI - Nº 264
"Pertença a Cristo, nossa Alegria e Missão”
«Evangelizar a cultura a partir da piedade popular»
A MESA DA PALAVRA
A liturgia deste último domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus
que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo
dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos.
LEITURA I Isaías 50, 4-7 Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos,
Leitura do Livro de Isaías
hei-de louvar-Vos no meio da assembleia.
4 O Senhor deu-me a graça de falar como um Vós, que temeis o Senhor, louvai-O,
discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,
de alento aos que andam abatidos. Todas as reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel.
manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para LEITURA II Filipenses 2, 6-11
eu escutar, como escutam os discípulos. 5 O Senhor
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos
Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti Filipenses
nem recuei um passo. 6 Apresentei as costas 6 Cristo Jesus, que era de condição divina,
àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam
a barba; não desviei o meu rosto dos
não Se valeu da sua igualdade com Deus,
que me insultavam e cuspiam. 7 7mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo
a condição de servo, tornou-Se seme-
Mas o Senhor
Deus veio em meu auxílio, e por isso não fiquei
lhante aos homens. Aparecendo como
envergonhado; tornei o meu rosto duro como
homem, 8 humilhou-Se ainda mais, obedecendo
até à morte e morte de cruz. 9 Por
pedra, e sei que não ficarei desiludido.
Palavra do Senhor.
isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome
Salmo Responsorial 21(22)
que está acima de todos os nomes, 10 para
Refrão: Meu Deus, meu Deus, porque me que ao nome de Jesus todos se ajoelhem
abandonastes?
no céu, na terra e nos abismos, 11 e toda a
Todos os que me vêem escarnecem de mim, língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor,
para glória de Deus Pai.
estendem os lábios e meneiam a cabeça:
«Confiou no Senhor, Ele que o livre,
Palavra do Senhor.
Ele que o salve, se é seu amigo».
EVANGELHO São Mateus 26, 11-54
Matilhas de cães me rodearam,
cercou-me um bando de malfeitores. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo
Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, segundo São Mateus
posso contar todos os meus ossos. N Naquele tempo, 11 Jesus foi levado à
Repartiram entre si as minhas vestes presença do governador, que lhe perguntou:
e deitaram sortes sobre a minha túnica. R «Tu és o Rei dos judeus?»
Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim, N Jesus respondeu:
sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me. J «É como dizes».
12
N Mas, ao ser acusado pelos príncipes
dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
13 Disse-Lhe então Pilatos:
R «Não ouves quantas acusações levantam
contra Ti?»
N 14 Mas Jesus não respondeu coisa alguma,
a ponto de o governador ficar muito
admirado. 15 Ora, pela festa da Páscoa, o
governador costumava soltar um preso,
à escolha do povo. 16 Nessa altura, havia
um preso famoso, chamado Barrabás. 17 E,
quando eles se reuniram, disse-lhes:
R «Qual quereis que vos solte? Barrabás,
ou Jesus, chamado Cristo?»
19
N Ele bem sabia que O tinham entregado
por inveja. 20 Enquanto estava sentado no
tribunal, a mulher mandou-lhe dizer:
R «Não te prendas com a causa desse justo,
pois hoje sofri muito em sonhos por causa
d’Ele».
N Entretanto, os príncipes dos sacerdotes
e os anciãos persuadiram a multidão a que
pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus. 21 O
governador tomou a palavra e perguntou-
-lhes:
R «Qual dos dois quereis que vos solte?»
N Eles responderam:
R «Barrabás».
22
N Disse-lhes Pilatos:
R «E que hei-de fazer de Jesus, chamado
Cristo?»
N Responderam todos:
R «Seja crucificado».
23
N Pilatos insistiu:
R «Que mal fez Ele?»
N Mas eles gritavam cada vez mais:
R «Seja crucificado».
24
N Pilatos, vendo que não conseguia nada
e aumentava o tumulto, mandou vir água
e lavou as mãos na presença da multidão,
dizendo:
R «Estou inocente do sangue deste homem.
Isso é lá convosco».
25
N E todo o povo respondeu:
R «O seu sangue caia sobre nós e sobre os
nossos filhos».
26
N Soltou-lhes então Barrabás. E, depois
de ter mandado açoitar Jesus, entregou-
-lh’O para ser crucificado. 27 Então os soldados
do governador levaram Jesus para
o pretório e reuniram à volta d’Ele toda a
coorte. 28 Tiraram-Lhe a roupa e envolveram-n’O
num manto vermelho. 29 Teceram
uma coroa de espinhos e puseram-Lha na
cabeça e colocaram uma cana na sua mão
direita. Ajoelhando diante d’Ele, escarneciam-n’O,
dizendo:
R «Salve, Rei dos judeus!»
30
N Depois, cuspiam-Lhe no rosto e,
pegando na cana, batiam-Lhe com ela na
cabeça. 31 Depois de O terem escarnecido,
tiraram-Lhe o manto, vestiram-Lhe as suas
roupas e levaram-n’O para ser crucificado.
N 32 Ao saírem, encontraram um homem
de Cirene, chamado Simão, e requisitaram-
-no para levar a cruz de Jesus. 33 Chegados a
um lugar chamado Gólgota, que quer dizer
lugar do Calvário, 34 deram-Lhe a beber vinho
misturado com fel. Mas Jesus, depois
de o provar, não quis beber. 35 Depois de O
terem crucificado, repartiram entre si as
suas vestes, tirando-as à sorte, 36 e ficaram
ali sentados a guardá-l’O. 37 Por cima da sua
cabeça puseram um letreiro, indicando a
causa da sua condenação: «Este é Jesus, o
Rei dos judeus». 38 Foram crucificados com
Ele dois salteadores, um à direita e outro à
esquerda. 39 Os que passavam insultavam-
-n’O e abanavam a cabeça, dizendo:
R 40 «Tu, que destruías o templo e o reedificavas
em três dias, salva-Te a Ti mesmo; se
és Filho de Deus, desce da cruz».
41
N Os príncipes dos sacerdotes, juntamente
com os escribas e os anciãos, também
troçavam d’Ele, dizendo:
42
R «Salvou os outros e não pode salvar-Se
a Si mesmo! Se é o Rei de Israel, desça agora
da cruz e acreditaremos n’Ele. 43 Confiou
em Deus: Ele que O livre agora, se O ama,
porque disse: ‘Eu sou Filho de Deus’».
44
N Até os salteadores crucificados com
Ele O insultavam. 45 Desde o meio-dia até
às três horas da tarde, as trevas envolveram
toda a terra. 46 E, pelas três horas da tarde,
Jesus clamou com voz forte:
J «Eli, Eli, lema sabachtani!»,
N que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus,
porque Me abandonastes?» 47 Alguns dos
presentes, ouvindo isto, disseram:
R «Está a chamar por Elias».
N 48 Um deles correu a tomar uma esponja,
embebeu-a em vinagre, pô-la na ponta
duma cana e deu-Lhe a beber. 49 Mas os
outros disseram:
R «Deixa lá. Vejamos se Elias vem salvá-l’O».
50
N E Jesus, clamando outra vez com voz
forte, expirou.
N 51 Então, o véu do templo rasgou-se em
duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu
e as rochas fenderam-se. 52 Abriram-se os
túmulos e muitos dos corpos de santos que
tinham morrido ressuscitaram; 53 e, saindo
do sepulcro, depois da ressurreição de Jesus,
entraram na cidade santa e apareceram
a muitos. 54 Entretanto, o centurião e os
que com ele guardavam Jesus, ao verem o
tremor de terra e o que estava a acontecer,
ficaram aterrados e disseram:
R «Este era verdadeiramente Filho de Deus».
Palavra da Salvação
Informações da Vida Paroquial
1. HORÁRIO DAS CELEBRAÇÕES
Durante a Semana: Igreja Paroquial, 06h30
e 18h15. Sine Populo.
Próximo Domingo: Domingo de Páscoa da
Ressureição do Senhor, Missa às 11H.
Infelizmente vamos continuar, para o bem
de todos a não poder contar com a participação
de todos. Apelamos e exortamos a
todos a seguirmos com responsabilidade
todas as indicações e orientações dadas
pelas autoridades sanitárias e pelo Governo.
Mexem com os nossos hábitos mas quando
a vida esta em jogo, o cristão é o primeiro
a sair em defesa.
Na nossa Paróquia, na Igreja catedral, o
nosso Bispo, o Senhor Cardeal Dom Arlindo,
presidirá todas as celebrações da Semana
Santa e do Tríduo Pascal, na hora habitual:
Dia 9, Quinta-feira Santa: Missa da Ceia do
Senhor, às 18H.
Dia 10, Sexta-feira Santa: Ofício de Leitura e
Laudes, às 7H; Via Sacra Comunitária, às 10H;
Celebração da Paixão do Senhor, às 16H.
Dia 11, Sábado Santo: Ofício de Leitura e
Laudes, às 7h; Vigília Pascal, 21H.
Dia 12, Domingo de Páscoa: Missa do Dia, às 11H.
2. Atividades Paroquiais
Por estarmos a viver o momento especial
todas as atividades pastorais sujeitas a ajuntamento
de pessoas estão suspensas. Porém
a nossa Fé, e a vivência da mesma jamais
podemos suspender, nem abedicar dela. A
todos e cada um é exortado a maior responsabilidade
pessoal, familiar e comunitario.
Oração pelo fim da Pandemia
Senhor Jesus, Salvador do mundo, esperança
que não conhece a desilusão, tem
piedade de nós e livra-nos do mal!
A Ti imploramos a vitória sobre o flagelo
deste vírus que está a alastrar, a cura dos
LEITURAS DO PRÓXIMO DOMINGO doentes, a proteção dos que estão sãos,
Domingo de Ramos na Paixão do Senhor: o auxílio para quem presta cuidados de
I Leitura: Act 10, 34a. 37-43; saúde. Mostra-nos o Teu Rosto de Misercórdia
e salva-nos com o Teu grande amor.
Salmo 117 (118) Este é o dia que o Senhor
Tudo isto te pedimos por intercessão de Maria,
fez: exultemos e cantemos de alegria.
Tua e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha!
II Leitura: Col 3, 1-4; Evangelho: Jo 20, 1-9. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém!
Telef.: (238) 2613973; Fax: (238) 2616128; Caixa Postal: 10; E-mail: paroquianossasenhoragraca@gmail.com