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Domingo de Ramos – Ano A - 05 de abril de 2020

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Ecos da Sexta Conferência Quaresmal 2020

A XVI Edição da Conferência Quaresmal de 2020 teve o seu término com apresentação do tema (6º) sobre “O

encontro pessoal e comunitário com Jesus, fonte de piedade” proferido por Sua Eminência o Cardeal Dom

Arlindo Furtado que abordou as várias formas de encontro que Jesus teve, durante a sua presença na Terra.

Iniciou a sua apresentação com um extrato da encíclica do Papa emérito, Bento XVI que escreveu: “ No início do

ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com o acontecimento, com uma Pessoa

que dá à vida um novo horizonte e, desta, forma, o rumo decisivo”. Segundo o Papa Bento e na linha de São

Paulo o processo da fé começa com o 1º encontro com Jesus mediante o Kerigma, o anúncio de Jesus.

Realça que a transformação radical de pessoas a partir da experiência de encontro pessoal com Jesus está na

Sagrada Escritura principalmente no Novo Testamento. Esses encontros são quase todos da iniciativa de Jesus

e toma como referência o Evangelho de São João para os exemplificar.

Esses encontros tiveram procidências de pessoas de três ambientes culturais diferentes: judaico, samaritano e pagão,

levando a concluir que estes ambientes retratam a universalidade dos mundos e transportam a todas periferias.

O 1º encontro de Jesus com os diferentes mundos religiosos e culturais, ou seja, o Judaico (judaísmo ortodoxo),

o samaritano (judaísmo heterodoxo) e o pagão (o funcionário real herodiano).

Começou por apresentar o encontro de Jesus com Nicodemos, um dos chefes fariseus e membros do Sinédrio,

onde o Orador descreveu que o episódio reveste duma grande intensidade dramática, sendo este marcado

pelo tema de noite/ luz. Outros episódios relatados neste tema demonstram um conjunto de encontros

que Jesus fez, marcados por diálogo que traduz a noite como trevas existenciais que recusam a Luz verdadeira

que veio ao mundo. Ressaltou também no caso de Judas que sai do cenáculo para entregar Jesus “ era noite”.

Tanto Nicodemos como Judas sofrem a luta interior entre as trevas e a Luz do Reino que é preciso “ver”. Frisou

a coragem de José de Arimateia que deu um passo, para passar do medo e assumindo a Fé.

No encontro com a Samaritana, ou seja, com o mundo samaritano. O Orador apresentou o texto divido em

três parte de acordo com a temática: a água, os discípulos e o testemunho da samaritana.

Em relação à temática da água, cuja compreensão era diferente, enquanto Jesus fala de uma “Água Viva” a

samaritana fala da água corrente. O outro aspeto é o lugar da adoração e o mistério de Cristo, Jesus anuncia

um novo tempo em que o encontro e o relacionamento com Deus não dependem de lugar específico, para

Ele, o espaço e o tempo são diversos.

Destaca que a relação com Deus não se dá através de espaços, objetos ou coisas, mas exclusivamente em e por Deus.

Outros elementos que se constatam neste tema é o território, o poço e o casamento. Este último, o contexto

matrimonial não é no sentido humano. O encontro de Jesus com a samaritana levou com que ela experimentasse

a paz interior que ela não tinha, onde deixa tudo e volta para um caminho novo. Nesse diálogo, um dos

grandes desvendamentos de Jesus é a autorrevelação, onde Ele afirma que é o Messias e diz ainda “ Sou Eu,

que estou a falar contigo”. Uma das grandes lições do diálogo entre Jesus e a samaritana é que a fé não é relação

com uma doutrina, mas com uma pessoa: Deus através de Jesus e pela ação do Espirito Santo.

A Vida pública de Jesus teve ao longo desse tempo vários sinais, mas com sentido teológico e profundo,

demonstrado também nos discípulos e nos testemunhos que expressaram porque ele é o Salvador do Mundo.

Realçou o encontro do Funcionário Real com Jesus, onde ele ouve falar de Jesus e encontra com Ele e pede

para salvar o seu filho. Ele acreditou e o filho salvou-se.

Para além disso, Jesus teve outros encontros: com o paralítico, de Betzatá e com o cego de nascença,

nesses dois encontros, a iniciativa também foi de Jesus. No episódio do cego, a promessa

de Jesus, a “ água Viva “, e a revelação como “ Luz do mundo” aparecem intimamente unidas. A

cegueira é a causa do pecado (recusa em acreditar).

Finalmente falou do encontro com Jesus, fonte de piedade em que se referiu à atitude da criança, para com

os seus pais, expressando uma combinação de amor, confiança e reverência.

Referiu por último, que o Papa Francisco nos ensina que a verdadeira piedade, nos leva a servir os outros, nossos

irmãos com humildade e mansidão, alegria e audácia, porque o amor de Cristo no impele.

Terminou dizendo que o “ amor de Cristo habite em nós como o templo e que a nossa vida seja para os outros

uma autêntica profusão de graça, misericórdia e paz. Santa Páscoa”.

CCQ2020

Água Viva

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor - Ano A - 05 de Abril de 2020

Série VIII - Ano VI - Nº 264

"Pertença a Cristo, nossa Alegria e Missão”

«Evangelizar a cultura a partir da piedade popular»

A MESA DA PALAVRA

A liturgia deste último domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus

que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo

dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos.

LEITURA I Isaías 50, 4-7 Hei-de falar do vosso nome aos meus irmãos,

Leitura do Livro de Isaías

hei-de louvar-Vos no meio da assembleia.

4 O Senhor deu-me a graça de falar como um Vós, que temeis o Senhor, louvai-O,

discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra glorificai-O, vós todos os filhos de Jacob,

de alento aos que andam abatidos. Todas as reverenciai-O, vós todos os filhos de Israel.

manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para LEITURA II Filipenses 2, 6-11

eu escutar, como escutam os discípulos. 5 O Senhor

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos

Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti Filipenses

nem recuei um passo. 6 Apresentei as costas 6 Cristo Jesus, que era de condição divina,

àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam

a barba; não desviei o meu rosto dos

não Se valeu da sua igualdade com Deus,

que me insultavam e cuspiam. 7 7mas aniquilou-Se a Si próprio. Assumindo

a condição de servo, tornou-Se seme-

Mas o Senhor

Deus veio em meu auxílio, e por isso não fiquei

lhante aos homens. Aparecendo como

envergonhado; tornei o meu rosto duro como

homem, 8 humilhou-Se ainda mais, obedecendo

até à morte e morte de cruz. 9 Por

pedra, e sei que não ficarei desiludido.

Palavra do Senhor.

isso Deus O exaltou e Lhe deu um nome

Salmo Responsorial 21(22)

que está acima de todos os nomes, 10 para

Refrão: Meu Deus, meu Deus, porque me que ao nome de Jesus todos se ajoelhem

abandonastes?

no céu, na terra e nos abismos, 11 e toda a

Todos os que me vêem escarnecem de mim, língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor,

para glória de Deus Pai.

estendem os lábios e meneiam a cabeça:

«Confiou no Senhor, Ele que o livre,

Palavra do Senhor.

Ele que o salve, se é seu amigo».

EVANGELHO São Mateus 26, 11-54

Matilhas de cães me rodearam,

cercou-me um bando de malfeitores. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo

Trespassaram as minhas mãos e os meus pés, segundo São Mateus

posso contar todos os meus ossos. N Naquele tempo, 11 Jesus foi levado à

Repartiram entre si as minhas vestes presença do governador, que lhe perguntou:

e deitaram sortes sobre a minha túnica. R «Tu és o Rei dos judeus?»

Mas Vós, Senhor, não Vos afasteis de mim, N Jesus respondeu:

sois a minha força, apressai-Vos a socorrer-me. J «É como dizes».


12

N Mas, ao ser acusado pelos príncipes

dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.

13 Disse-Lhe então Pilatos:

R «Não ouves quantas acusações levantam

contra Ti?»

N 14 Mas Jesus não respondeu coisa alguma,

a ponto de o governador ficar muito

admirado. 15 Ora, pela festa da Páscoa, o

governador costumava soltar um preso,

à escolha do povo. 16 Nessa altura, havia

um preso famoso, chamado Barrabás. 17 E,

quando eles se reuniram, disse-lhes:

R «Qual quereis que vos solte? Barrabás,

ou Jesus, chamado Cristo?»

19

N Ele bem sabia que O tinham entregado

por inveja. 20 Enquanto estava sentado no

tribunal, a mulher mandou-lhe dizer:

R «Não te prendas com a causa desse justo,

pois hoje sofri muito em sonhos por causa

d’Ele».

N Entretanto, os príncipes dos sacerdotes

e os anciãos persuadiram a multidão a que

pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus. 21 O

governador tomou a palavra e perguntou-

-lhes:

R «Qual dos dois quereis que vos solte?»

N Eles responderam:

R «Barrabás».

22

N Disse-lhes Pilatos:

R «E que hei-de fazer de Jesus, chamado

Cristo?»

N Responderam todos:

R «Seja crucificado».

23

N Pilatos insistiu:

R «Que mal fez Ele?»

N Mas eles gritavam cada vez mais:

R «Seja crucificado».

24

N Pilatos, vendo que não conseguia nada

e aumentava o tumulto, mandou vir água

e lavou as mãos na presença da multidão,

dizendo:

R «Estou inocente do sangue deste homem.

Isso é lá convosco».

25

N E todo o povo respondeu:

R «O seu sangue caia sobre nós e sobre os

nossos filhos».

26

N Soltou-lhes então Barrabás. E, depois

de ter mandado açoitar Jesus, entregou-

-lh’O para ser crucificado. 27 Então os soldados

do governador levaram Jesus para

o pretório e reuniram à volta d’Ele toda a

coorte. 28 Tiraram-Lhe a roupa e envolveram-n’O

num manto vermelho. 29 Teceram

uma coroa de espinhos e puseram-Lha na

cabeça e colocaram uma cana na sua mão

direita. Ajoelhando diante d’Ele, escarneciam-n’O,

dizendo:

R «Salve, Rei dos judeus!»

30

N Depois, cuspiam-Lhe no rosto e,

pegando na cana, batiam-Lhe com ela na

cabeça. 31 Depois de O terem escarnecido,

tiraram-Lhe o manto, vestiram-Lhe as suas

roupas e levaram-n’O para ser crucificado.

N 32 Ao saírem, encontraram um homem

de Cirene, chamado Simão, e requisitaram-

-no para levar a cruz de Jesus. 33 Chegados a

um lugar chamado Gólgota, que quer dizer

lugar do Calvário, 34 deram-Lhe a beber vinho

misturado com fel. Mas Jesus, depois

de o provar, não quis beber. 35 Depois de O

terem crucificado, repartiram entre si as

suas vestes, tirando-as à sorte, 36 e ficaram

ali sentados a guardá-l’O. 37 Por cima da sua

cabeça puseram um letreiro, indicando a

causa da sua condenação: «Este é Jesus, o

Rei dos judeus». 38 Foram crucificados com

Ele dois salteadores, um à direita e outro à

esquerda. 39 Os que passavam insultavam-

-n’O e abanavam a cabeça, dizendo:

R 40 «Tu, que destruías o templo e o reedificavas

em três dias, salva-Te a Ti mesmo; se

és Filho de Deus, desce da cruz».

41

N Os príncipes dos sacerdotes, juntamente

com os escribas e os anciãos, também

troçavam d’Ele, dizendo:

42

R «Salvou os outros e não pode salvar-Se

a Si mesmo! Se é o Rei de Israel, desça agora

da cruz e acreditaremos n’Ele. 43 Confiou

em Deus: Ele que O livre agora, se O ama,

porque disse: ‘Eu sou Filho de Deus’».

44

N Até os salteadores crucificados com

Ele O insultavam. 45 Desde o meio-dia até

às três horas da tarde, as trevas envolveram

toda a terra. 46 E, pelas três horas da tarde,

Jesus clamou com voz forte:

J «Eli, Eli, lema sabachtani!»,

N que quer dizer: «Meu Deus, meu Deus,

porque Me abandonastes?» 47 Alguns dos

presentes, ouvindo isto, disseram:

R «Está a chamar por Elias».

N 48 Um deles correu a tomar uma esponja,

embebeu-a em vinagre, pô-la na ponta

duma cana e deu-Lhe a beber. 49 Mas os

outros disseram:

R «Deixa lá. Vejamos se Elias vem salvá-l’O».

50

N E Jesus, clamando outra vez com voz

forte, expirou.

N 51 Então, o véu do templo rasgou-se em

duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu

e as rochas fenderam-se. 52 Abriram-se os

túmulos e muitos dos corpos de santos que

tinham morrido ressuscitaram; 53 e, saindo

do sepulcro, depois da ressurreição de Jesus,

entraram na cidade santa e apareceram

a muitos. 54 Entretanto, o centurião e os

que com ele guardavam Jesus, ao verem o

tremor de terra e o que estava a acontecer,

ficaram aterrados e disseram:

R «Este era verdadeiramente Filho de Deus».

Palavra da Salvação

Informações da Vida Paroquial

1. HORÁRIO DAS CELEBRAÇÕES

Durante a Semana: Igreja Paroquial, 06h30

e 18h15. Sine Populo.

Próximo Domingo: Domingo de Páscoa da

Ressureição do Senhor, Missa às 11H.

Infelizmente vamos continuar, para o bem

de todos a não poder contar com a participação

de todos. Apelamos e exortamos a

todos a seguirmos com responsabilidade

todas as indicações e orientações dadas

pelas autoridades sanitárias e pelo Governo.

Mexem com os nossos hábitos mas quando

a vida esta em jogo, o cristão é o primeiro

a sair em defesa.

Na nossa Paróquia, na Igreja catedral, o

nosso Bispo, o Senhor Cardeal Dom Arlindo,

presidirá todas as celebrações da Semana

Santa e do Tríduo Pascal, na hora habitual:

Dia 9, Quinta-feira Santa: Missa da Ceia do

Senhor, às 18H.

Dia 10, Sexta-feira Santa: Ofício de Leitura e

Laudes, às 7H; Via Sacra Comunitária, às 10H;

Celebração da Paixão do Senhor, às 16H.

Dia 11, Sábado Santo: Ofício de Leitura e

Laudes, às 7h; Vigília Pascal, 21H.

Dia 12, Domingo de Páscoa: Missa do Dia, às 11H.

2. Atividades Paroquiais

Por estarmos a viver o momento especial

todas as atividades pastorais sujeitas a ajuntamento

de pessoas estão suspensas. Porém

a nossa Fé, e a vivência da mesma jamais

podemos suspender, nem abedicar dela. A

todos e cada um é exortado a maior responsabilidade

pessoal, familiar e comunitario.

Oração pelo fim da Pandemia

Senhor Jesus, Salvador do mundo, esperança

que não conhece a desilusão, tem

piedade de nós e livra-nos do mal!

A Ti imploramos a vitória sobre o flagelo

deste vírus que está a alastrar, a cura dos

LEITURAS DO PRÓXIMO DOMINGO doentes, a proteção dos que estão sãos,

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor: o auxílio para quem presta cuidados de

I Leitura: Act 10, 34a. 37-43; saúde. Mostra-nos o Teu Rosto de Misercórdia

e salva-nos com o Teu grande amor.

Salmo 117 (118) Este é o dia que o Senhor

Tudo isto te pedimos por intercessão de Maria,

fez: exultemos e cantemos de alegria.

Tua e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha!

II Leitura: Col 3, 1-4; Evangelho: Jo 20, 1-9. Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amém!

Telef.: (238) 2613973; Fax: (238) 2616128; Caixa Postal: 10; E-mail: paroquianossasenhoragraca@gmail.com

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