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2. Literatura e conceito de Africanidade -Luis B. Honwana

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LITERATURA E O CONCEITO DE AFRICANIDADE

Intervenção de Luis Bernardo Honwana

A vastidão dos assuntos arrolados no temário deste encontro é a um tempo

aliciante e inibidora.

Inibidora porque dá a medida do que os organizadores esperam dos

participantes, em termos de solidez de conhecimentos e capacidade de tratar

as diferentes questões de maneira enriquecedora. Trata-se afinal de ajudar a

melhor equipar os professores de literaturas africanas de língua portuguesa

num país onde o estudo destas literaturas atinge níveis de excelência.

Aliciante porque a simples enumeração das áreas propostas faz-nos antever

o mundo de abordagens diferentes que a literatura dos países africanos de

língua oficial portuguesa já suscita. E também as imensas possibilidades que

o diálogo entre praticantes e estudiosos oferece para o aprofundamento das

grandes questões que se colocam à criação literária nos nossos países.

É bem de ver que há riscos quando se tenta este compromisso sempre difícil

entre a perspectiva teórica e o discurso testemunhal, entre o rigor académico

e o calor fraterno que é próprio de um encontro que se realiza no Brasil e

envolve escritores africanos.

Estou curioso, como também estarão muitos dos presentes, em saber de que

maneira é que se irão acomodar nas conclusões finais as posturas

necessariamente diferentes - e talvez até divergentes - como as que poderá

ocasionar um encontro da natureza do que ora se inicia. Apesar disso é fácil

vaticinar o êxito dos nossos trabalhos, uma vez que a todos os participantes

move o desejo comum de fazer reflectir e desenvolver, nos respectivos

campos de interesse, os laços históricos e a grande afectividade que ligam os

nossos países e povos.

Nas notas que preparei para esta sessão cedi ao impulso de trazer para aqui

algumas das questões que venho debatendo, há já algum tempo, com

colegas - alguns dos quais presentes nesta sala. Ensina a sabedoria dos mais

velhos que é no calar e ouvir que está o remédio para a nossa própria

ignorância, mas eu fui expressamente encorajado a trazer para este espaço,

que ainda é de solenidade, algumas das minhas dúvidas e preocupações.

Talvez como matéria provocatória para os debates que nos vão ocupar nos

próximos três dias.

Não vou fixar-me especificamente em nenhum dos temas que nos foram

propostos, embora o título da minha intervenção remeta decididamente para

a área da cultura.


Cultura como base comum do ser e estar de uma comunidade e por isso o

chão onde vão ancorar todas as criações e projecções humanas - incluindo

essa forma particular de conscientização que é a literatura.

Bem sei que modernamente - e por boas razões - se prefere falar de

"culturas" porque são várias as identidades que coexistem numa mesma

sociedade. Mas temos sempre de conceber que para além dessas pertenças

acessórias e mais imediatas, os agregados humanos de alguma dimensão e

alguma permanência histórica sempre se definem por um núcleo forte de

características e referências, saberes compartilhados e património comum.

Refiro-me àquele núcleo identitário que as comunidades acreditam ser a sua

vera essência e por isso defendem a todo o custo se pressentem de alguma

forma ameaçada.

Não é meu propósito fazer-vos revisitar as diferentes posições que se têm

manifestado quanto ao que se deve entender como fazendo parte deste núcleo

identitário e quanto à forma como ele se configura quando consideremos

agregados de maior complexidade e extensão como por exemplo as nações

ou os próprios continentes.

O que vos proponho é que isolemos por alguns momentos aquele dos seus

elementos que apela de maneira particular a esta nossa reunião - a língua.

Observou alguém que em relação ao tema língua as nossas análises, mais por

escolha do que por carência, às vezes se coíbem de aprofundar certos

aspectos. A razão talvez seja o receio de a língua portuguesa, como alicerce

fundamental do nosso projecto comunitário, constituir um capital ainda

frágil que não deve ser exposto ao efeito corrosivo de certos

questionamentos.

Esta é uma postura totalmente injustificada. Antes pelo contrário, a ausência

de debate, a ausência de reflexão crítica sobre esse aspecto tão importante da

realidade dos nossos países - não faz senão adensar a teia de preconceitos e

mal-entendidos que, em resultado da própria história da interacção entre os

nossos povos, ainda rodeia nos nossos países o uso do idioma comum.

É sem dúvida legítima a exaltação que se faz da língua portuguesa, o

instrumento do nosso ofício, a plataforma que nos faz comparticipar de um

dos mais notáveis patrimónios que o génio humano criou.

José Craveirinha já se dizia irmão e discípulo de Camões e Pessoa mesmo

quando a pátria moçambicana apenas existia nas suas famosas premonições

poéticas. Mas o mesmo Craveirinha e, com ele, alguns dos estudiosos mais

finos da produção literária dos nossos países reconheceram que ao lado da

homenagem que todos devemos à língua que cada um dos nossos países fez

sua, há que reconhecer as incidências que tem sobre a literatura que

produzimos a forma particular como nos diferentes continentes se acedeu ao

universo da língua portuguesa.

É na esteira desse pensamento que trago as reflexões que se seguem.


Coloquemos a questão, de início à escala planetária: Dizem as estatísticas

que disso tratam que das 2500 línguas registadas no mundo desaparecem

anualmente cerca de 20.

Poderemos, creio, disputar a exactidão do número total de línguas existentes

mas não teremos dúvidas quanto ao que esta situação tem de trágico e

definitivo: uma enorme porção de línguas desaparece todos os anos.

Algumas, muito poucas, desaparecem porque perdem, de um momento para

o outro, a maior parte dos seus falantes (podemos imaginar, em pequenas

comunidades étno-linguísticas isoladas, em locais inacessíveis do deserto,

da montanha ou da floresta, o efeito de um cataclismo, de uma calamidade

natural ou inadvertidamente provocada).

Mas a maior parte das línguas extingue-se por desuso: os seus falantes

deixam-se absorver por outros universos linguísticos considerados melhor

apetrechados para garantir o acesso a meios de sobrevivência.

Diríamos, as línguas desaparecem porque os seus falantes se perdem delas

quando se mudam para outros universos fónicos.

Com as línguas desaparece a memória de factos, experiências, tradições,

sistemas de conhecimento e valores, e até de criações como a literatura

oral - de que as línguas são o repositório e o veículo. O desaparecimento de

uma língua é a morte da cultura de que ela é a matriz e, ao mesmo tempo, o

testemunho mais visível e permanente.

A Declaração Universal sobre Diversidade Cultural adoptada em 2001

proclama que a preservação da diversidade cultural é um imperativo ético

inseparável do respeito pela própria dignidade humana. Vários outros

conceitos igualmente luminosos e credores da nossa total adesão fazem desta

declaração um dos mais importantes documentos de consenso neste início de

século.

Cedo porém se apercebeu a comunidade internacional da urgência em tornar

mais efectivos os princípios enunciados.

Obviamente nem todas as línguas estão no risco imediato de desaparição,

mas é fenómeno corrente nos nossos dias, sob o impacto da globalização, a

diminuição sensível do uso social ou profissional de certas línguas e até a

perda da força coesiva de certas culturas. O efeito indesejado da

democratização do acesso aos meios de comunicação é o favorecimento dos

países com maior capacidade de produzir mensagens e produtos culturais.

São eles que acabam por povoar o imaginário colectivo de uma audiência

internacional cada vez mais larga com os seus mitos e as suas estórias e é a

sua língua que gradualmente se universaliza – com prejuízo e em detrimento

de todas as outras línguas. A excessiva presença de produtos culturais

alienígenas nos meios de comunicação social tem um inegável efeito

constrangedor do desenvolvimento normal das nossas indústrias culturais e,

no limite, da nossa própria identidade nacional.


Cresce a consciência de que a preservação do pluralismo cultural é a única

forma de garantir que a nossa arte, a nossa literatura, juntamente com os

outros elementos que definem a nossa identidade cultural se possam

manifestar e florescer no espaço que lhes é próprio.

As tentativas que alguns países têm feito, em defesa do respectivo espaço

cultural, através, por exemplo, da imposição de sistemas de quotas para a

difusão de produtos culturais nacionais e estrangeiros, é mal compreendida

pelas próprias audiências internas, que vêm nisso um acto meramente

censório e, em todo o caso, totalmente ineficaz uma vez que

inaplicável á Internet, onde o acesso é irrestrito.

Mais atendível parece ser o argumento económico em que a preferência

marcada pelo produto cultural estrangeiro custa aos países receptores a perda

de empregos e o dispêndio suplementar de moeda externa. Mas mesmo

quando esse argumento venha acompanhado de dados estatísticos que lhe

dêem peso sensível na economia todos sabemos que, medidas de natureza

restritivas, sobretudo as que vão num sentido contrário ao das leis do

mercado ou das solicitações publicitárias predominantes só podem vingar se

beneficiarem da adesão de largas camadas da opinião pública.

Felizmente, em jornadas como as que tiveram lugar em Portalegre, aqui no

Brasil, a agenda das comunidades que em nome da solidariedade e da

consciência cívica se recusam à pressão hegemónica do capital financeiro

internacional passou a incluir a defesa da diversidade cultural. O apagamento

de uma cultura, seja em que ponto do globo se verificar, é sempre em

consequência de uma situação de violência sobre o meio ambiente ou sobre

o próprio homem e resulta inelutavelmente no empobrecimento de toda a

humanidade.

Ultimamente registam-se alguns avanços nesta questão, como informam os

noticiários. A Conferência Geral da UNESCO que neste momento está

reunida em Paris acordou na necessidade de elaborar uma convenção

internacional sobre a diversidade cultural.

Em Opatija, na Croácia, a recente reunião dos ministros da cultura dos 58

países que se ocupam colectivamente de questões de política cultural (INCP)

concluiu também pela urgência em adoptar medidas que preservem a

diversidade cultural. Em reunião paralela à da INCP, uma associação

internacional de organizações não-governamentais apontou a necessidade de

o processo de globalização ter de ser usado em favor da diversidade cultural

e não para a eliminar.

Podemos nesta sala felicitar-nos pela forma entusiástica como os nossos

respectivos países participam nesta campanha cujo objectivo faz

unanimidade entre os governos, as principais forças políticas, as

organizações cívicas, os artistas e intelectuais. É para todos nós totalmente

inaceitável e verdadeiramente aberrante que se pretenda, por exemplo,

regular a circulação internacional de bens e serviços culturais através dos


mesmos dispositivos que tratam de produtos alimentares e

electrodomésticos.

Esta é uma questão que alguns entendem que releva da própria soberania dos

estados. Enquanto membros da comunidade internacional queremos

beneficiar do melhor que o convívio e a cooperação entre os

povos pode oferecer, mas não ao preço da subalternização da nossa cultura

e consequente alienação de parcelas importantes da nossa população.

Vou interromper-me aqui para voltar ao princípio.

E leio novamente: dizem as estatísticas que disso tratam que das 2500

línguas registadas no mundo desaparecem anualmente cerca de 20.

Ora os nossos países caracterizam-se pela sua multiculturalidade quando não

mesmo, de acordo com outras escolas de pensamento, multinacionalidade:

coabitam no espaço delimitado pelas nossas fronteiras muitos grupos etnolinguísticos,

alguns dos quais ostentando características de organização e

historicidade que os definem como nações. Em consequência, para além do

português possuímos muitas outras línguas, algumas das quais com uma

população falante muito superior à dos falantes exclusivos da língua

portuguesa.

Isto significa que o fenómeno de desaparição das línguas por perda do seu

espaço de exercício e até por extinção das comunidades suas falantes

também ocorre entre nós.

Mas aí sem que possamos, com seriedade, assacar as culpas à globalização

ou à agressividade das indústrias culturais dos países anglo-saxónicos.

Pior ainda, sem que os nossos governos, a sociedade civil, os nossos artistas

e intelectuais se mostrem excessivamente perturbados.

Talvez devamos questionar o entendimento de diversidade cultural como a

convivência harmoniosa das diferentes identidades nacionais. Se prevalecer

essa perspectiva que direi política do conceito de diversidade cultural, aquilo

que se pretenderia com a movimentação internacional que há pouco referi

não seria mais do que a preservação das identidades culturais já cooptadas

ou afirmadas pelos processos internos de cada país. Por outras palavras as

culturas dominantes (com incorporação em maior ou menor grau de

elementos característicos de outras culturas que, em algum momento, se

fizeram presentes no mesmo espaço geográfico).

Ora o conceito de diversidade cultural que se depreende da Declaração

Universal sobre Diversidade Cultural é de acepção antropológica,

considerando entidades não necessariamente de dimensão nacional. A

Declaração, no caso dos nossos países, pretende defender igualmente a

identidade cultural que se expressa predominantemente em língua

portuguesa e as que se expressam em cada uma das outras línguas.


Temos todos nós, governos, parlamentos, sociedade civil e, sobretudo,

artistas, escritores, intelectuais, de tirar disso as necessárias ilacções. A

preservação da diversidade cultural deve ser feita principalmente no interior

dos nossos próprios países.

São bem conhecidas as circunstâncias históricas e razões estratégicas que

levaram à adopção, por parte dos nossos países, da língua portuguesa como

língua de unidade nacional e língua oficial. Nesta sala dispensa explicações

a posição da língua portuguesa como matriz de uma identidade nacional que

existe para além de todos os particularismos étnicos e linguísticos das

diferentes parcelas dos nossos países.

O reconhecimento pelo movimento nacionalista desta identidade que se

desenvolveu à sombra e a despeito da ocupação colonial,está na origem da

afirmação dos nossos países como entidades políticas distintas e soberanas.

O seu desenvolvimento constitui o objectivo primeiro do nosso projecto

nacional.

A língua portuguesa é a língua em que se expressa a nossa soberania. É ela

que nos permite dominar os instrumentos do progresso. É através dela que

discutimos as grandes questões que o projecto nacional nos coloca e

formulamos as soluções.

Construímos o essencial da nossa literatura no interior da única língua com

vocação nacional - mas, tragicamente uma língua minoritária.

Contudo não ocorrerá a ninguém, tenho a certeza, pôr em causa a

legitimidade do uso da língua portuguesa pelos nossos escritores ou a

africanidade da literatura que em língua portuguesa se produz nos nossos

países.

Podemos com orgulho dizer que temos sabido realizar na nossa prática a

dimensão nacional que faz com que os nossos concidadãos se reconheçam

nas nossas criações.

Mas temos a aguda consciência de que não se abriu ainda o espaço necessário

para que outros possíveis escritores de outros universos linguísticos se

possam vir acrescentar às nossas vozes, na representatividade também

linguística que a nossa literatura não pode deixar de ter como objectivo.

Enquanto a nossa literatura for exclusivamente a que se produz em língua

portuguesa, uma parte importante dos nossos concidadãos permanecerão

receptores passivos dos nossos textos sem embargo da representatividade

cultural ou do nível literário que possamos alcançar.

(Podemos ressalvar que mesmo em países onde só se fala uma única língua

a maior parte dos cidadãos permanece receptora passiva, quando o seja, do

texto literário. Mas aí as barreiras impeditivas são de outra natureza, que não

cabe aqui discutir).

Será excessivo dizer que à escala dos nossos países o predomínio da chamada

cultura aculturada, veiculada pela língua portuguesa, sobre as culturas

puramente africanas reproduz, de alguma maneira, o mesmo quadro que leva


os nossos países a reagir à escala internacional, em defesa do que

consideramos a identidade nacional. Mas é inegável que as relações de poder

que existem entre as elites dominantes nas cidades e a população camponesa

se reproduzem na posição relativa entre o português e as outras línguas

nacionais.

Em muitas circunstâncias do quotidiano do meu próprio país, Moçambique,

o domínio da língua portuguesa é por si só uma qualificação considerada

superior ao domínio de todos os conhecimentos tradicionais e quaisquer

outras competências nas línguas vernáculas.

Esta situação acarreta inevitàvelmente tensões e ressentimentos como os que

foram acentuados pelo conflito civil que dilacerou o país durante quase duas

décadas.

Seria injusto não indicar aqui o enorme esforço que os nossos países têm

realizado, em meio de dificuldades conhecidas, no desenvolvimento de uma

política linguística que tenda a prestar homenagem à essência multicultural

das nossas sociedades.

Vemos no campo do ensino a alfabetização nas línguas maternas e a

introdução de outras línguas nacionais quer como matéria, quer como meio

de ensino nos primeiros anos do ensino primário.

Vemos nas emissões da rádio e da televisão e também em alguma imprensa

local a utilização de outras línguas que não o português.

Vemos na actividade política, nas campanhas cívicas, na publicidade em

geral, na música popular urbana a preocupação de utilizar a língua que em

cada região do país possa veicular para o maior número possível de

destinatários as mensagens que se pretende difundir.

São ainda modestos os progressos realizados, mas o mais importante é que

cresça em nós a consciência do esforço que ainda há a realizar em direcção

à consolidação do nosso projecto nacional. O sabermos, por exemplo, que

monopólio da palavra que vem sendo exercido pelos falantes da língua

portuguesa só irá desaparecer verdadeiramente quando todas as nossas

línguas tiverem conhecido o desenvolvimento que as torne também capazes

de realizar a modernidade, isto é quando elas poderem expressar todos os

conteúdos que importam á participação plena de cada comunidade na vida

do país e no processo do seu desenvolvimento – isto é, o exercício da plena

cidadania.

É essa a nova fronteira da africanidade, aquela que nos fará derrubar os

muros internos da exclusão, não menos inadmissíveis do que os muros

externos, os que retêm os nossos países no gueto do subdesenvolvimento e

da dependência.

Temos de afastar do nosso quotidiano o eterno dilema com que nos

afrontamos a cada passo, logo que procuremos os trilhos que conduzem ao

progresso: Perdermo-nos totalmente das nossas raízes ou desistir de ser


parte, ao lado de todos os homens e mulheres nossos contemporâneos, da

grande aventura humana.

O apontamento irónico que apetece fazer, antes de terminar, é o facto de

afinal não existir remédio seguro contra a desaparição das línguas.

A língua latina, que serviu a civilização romana, morreu como língua viva.

Assim a língua de Cartago, assim o grego tal como o falou Péricles, assim a

língua de Ramsés II. Estas não eram línguas de povos dominados, de países

de uma qualquer "periferia".

A morte das línguas talvez seja um fenómeno inelutável da própria história

pois não poupa mesmo aquelas línguas que num dado momento incorporam

em grau mais elevado os discursos da ciência, da técnica, do direito e da

filosofia.

Importante porém é notar que algumas línguas, ao desaparecem, levam

consigo para os insondáveis territórios do olvido tudo quanto diga respeito

aos povos que as falaram: o que foram, como viveram, o que de importante

realizaram.

Em outros casos - que todos desejaríamos fossem mais e mais numerosos, a

desaparição eventual dos seus falantes não obsta a que para benefício de toda

a humanidade permaneça vivo, grandioso ou modesto mas sempre precioso

pela singularidade - o seu legado cultural.

Muito obrigado pela vossa atenção

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