Gestão de qualidade em tempos de mudanças 2a ed ... - O Livreiro
Gestão de qualidade em tempos de mudanças 2a ed ... - O Livreiro
Gestão de qualidade em tempos de mudanças 2a ed ... - O Livreiro
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />
<strong>em</strong> T<strong>em</strong>pos<br />
<strong>de</strong> Mudanças<br />
Ismael Bravo<br />
A<br />
A<br />
A<br />
A<br />
Alínea<br />
E D I T O R A<br />
A<br />
2ª EDIÇÃO<br />
revisada<br />
e ampliada
A<br />
A<br />
A<br />
Alínea<br />
E D I T O R A<br />
DIRETOR GERAL<br />
Wi lon Ma zal la Jr.<br />
COORDENAÇÃO EDITORIAL<br />
Wil li an F. Migh ton<br />
COORDENAÇÃO DE REVISÃO<br />
Ro ber to P. Gomes<br />
REVISÃO DE TEXTOS<br />
Vera Lu ci a na Mo ran dim R. da Sil va<br />
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA<br />
Ethi e ne da Con ce i ção Ro dri gues<br />
REVISÃO DE FILMES<br />
Anto nia S. Pereira<br />
CAPA<br />
Ivan Grilo<br />
Da dos Inter na ci o na is <strong>de</strong> Ca ta lo ga ção na Pu bli ca ção (CIP)<br />
(Câ ma ra Bra si le i ra do Li vro, SP, Bra sil)<br />
Bra vo, Ismael<br />
Ges tão <strong>de</strong> Qu a li da <strong>de</strong> <strong>em</strong> T<strong>em</strong> pos <strong>de</strong> Mu dan ças / Isma el Bra vo.--<br />
Cam pi nas, SP: Edi to ra Alí nea, 2007 (2ª <strong>ed</strong>i ção).<br />
Bi bli o gra fia<br />
1. Admi nis tra ção 2. Con tro le <strong>de</strong> qua li da <strong>de</strong><br />
I. Tí tu lo.<br />
03-0511 CDD-658.4013<br />
Índi ces para ca tá lo go sis te má ti co:<br />
1. Ges tão qua li ta ti va: Admi nis tra ção <strong>de</strong> <strong>em</strong> pre sas<br />
658.4013<br />
2. Qu a li da <strong>de</strong>: Ges tão: Admi nis tra ção <strong>de</strong> <strong>em</strong> pre sas<br />
658.4013<br />
ISBN 85-7516-180-6<br />
978-85-7516-180-7<br />
To dos os di re i tos re ser va dos à<br />
Edi to ra Alí nea<br />
Rua Ti ra <strong>de</strong>n tes, 1053 � Gu a na ba ra�� Cam pi nas-SP<br />
CEP 13023-191 � PABX: (19) 3232.9340 e 3232.2319<br />
www.ato mo e a li nea.com.br<br />
A<br />
A<br />
Impres so no Bra sil
D<strong>ed</strong>ico este livro à minha Sil via,<br />
com pa nhe ira e amiga nesta vida.
Agra <strong>de</strong>ço as várias pes soas que <strong>de</strong> algum modo<br />
con tri bu í ram para a rea li za ção <strong>de</strong>ste livro.<br />
Em espe cial, a Profa. Dra. Ana Cer vigni Guerra, pelo<br />
enco ra ja mento e incen tivo <strong>em</strong> tor nar pública a rea li za ção do<br />
meu tra ba lho, e ao Prof. Dr. A<strong>de</strong> mir José Pete nate,<br />
Coor <strong>de</strong> na dor <strong>de</strong> Extensão do IMECC/UNICAMP, que<br />
atuou nas diver sas fases <strong>de</strong>ste con teúdo como pro fes sor,<br />
ori en ta dor, incen ti va dor e, incansável lutador pelas causas<br />
da qualida<strong>de</strong>.<br />
À FAPESP, pelo apoio, nº95/4310-4, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se<br />
ori gi nou a primeira <strong>ed</strong>ição do livro.
O conhe ci mento admi nis tra tivo con t<strong>em</strong> po râ -<br />
neo apre senta-se diver si fi cado <strong>em</strong> sua mul ti dis ci pli -<br />
na ri da<strong>de</strong>. Novas pre o cu pa ções como ética, meio<br />
ambi ente e huma ni za ção do ímpeto capi ta lista<br />
<strong>de</strong>v<strong>em</strong> acom pa nhar as mo<strong>de</strong>r nas admi nis tra ções.<br />
Basta olhar mos para algu mas das dife ren tes<br />
orga ni za ções: as finan ce i ras, indus tri ais, comer ci ais,<br />
gover na men tais, <strong>ed</strong>u ca ci o nais, <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública,<br />
imo bi liá rias, espor ti vas, <strong>de</strong> turismo, para per ce ber -<br />
mos a ampli tu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa diver si da<strong>de</strong>.<br />
Um dos aspec tos mais impor tan tes <strong>de</strong>sse<br />
conhe ci mento é con si <strong>de</strong> rar as neces si da <strong>de</strong>s, as<br />
sin gu la ri da <strong>de</strong>s, a cul tura <strong>de</strong> cada país. Não basta que<br />
se façam tra du ções <strong>de</strong> teo rias e <strong>de</strong> pro ce di men tos<br />
admi nis tra ti vos, às vezes ina <strong>de</strong> qua dos até <strong>em</strong> seu<br />
país <strong>de</strong> ori g<strong>em</strong>, repe tindo ter mos e expres sões da<br />
moda. É pre ciso a<strong>de</strong> quá-los à nossa rea li da<strong>de</strong>, não<br />
somente <strong>em</strong> seu con te údo, mas tam bém <strong>em</strong> sua<br />
forma <strong>de</strong> apre sen ta ção: lin gua g<strong>em</strong> clara, objetiva e,<br />
principalmente, didática.<br />
São com essas con vic ções que a cole ção<br />
Admi nis tra ção & Soci e da<strong>de</strong> ina u gura mais um<br />
espaço para que nos sos pes qui sa do res, pro fes so res e<br />
pro fis si o nais da área sejam esti mu la dos à pro du ção<br />
<strong>de</strong> tra ba lhos vol ta dos para as neces si da <strong>de</strong>s <strong>de</strong> nos sas<br />
orga ni za ções e, sobretudo, dos nossos estudantes.<br />
O <strong>ed</strong>itor
Sumá rio<br />
Pre fá cio........................................................................9<br />
Intro du ção.................................................................11<br />
Capí tulo I<br />
Qua li da<strong>de</strong> <strong>em</strong> Ciên cias Admi nis tra ti vas....................15<br />
Enten <strong>de</strong>ndo as mudan ças.......................................20<br />
Evo lu ção da qua li da<strong>de</strong>............................................25<br />
Inspe ção ........................................................25<br />
Con trole da qua li da<strong>de</strong> .....................................25<br />
Qua li da<strong>de</strong> asse gu rada .....................................26<br />
Con trole da qua li da<strong>de</strong><br />
amplo-organizacional......................................28<br />
Visão estra té gica glo bal ...................................32<br />
Capí tulo II<br />
Defi nindo Ges tão <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> ...............................33<br />
Envol vi mento da soci e da<strong>de</strong> .............................37<br />
Ges tão par ti ci pa tiva ........................................37<br />
Desen vol vi mento das pes soas .........................38<br />
Cons tân cia <strong>de</strong> pro pó si tos.................................39<br />
Aper fe i ço a mento con tí nuo .............................39<br />
Acom pa nha mento das ati vi da <strong>de</strong>s ....................41<br />
Dele ga ção .......................................................41<br />
Dis se mi na ção <strong>de</strong> infor ma ções .........................42<br />
Fatos e dados ..................................................42<br />
Bus car as cau sas das ocor rên cias .....................43<br />
Capí tulo III<br />
Aplicação da <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>............................49<br />
A cul tura ................................................................50<br />
Cul tura das orga ni za ções........................................53<br />
Sub cul tu ras nas orga ni za ções ..........................59<br />
A <strong>ed</strong>u ca ção ............................................................60<br />
O adulto.................................................................63<br />
Equi pes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>..............................................66
Defi ni ção da mis são................................................70<br />
Visão <strong>de</strong> futuro .......................................................72<br />
O ges tor.................................................................74<br />
Capí tulo IV<br />
O Ges tor Diante das Mudan ças e/ou Ino va ções.........77<br />
Apren di za g<strong>em</strong>........................................................78<br />
Meto do lo gia para Ges tão <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> (MGQ) .......83<br />
Capí tulo V<br />
Pla ne ja mento ............................................................91<br />
Esco lha das melho rias e/ou ino va ções .....................94<br />
Docu men ta ção da melho ria e/ou ino va ção..............96<br />
Levan ta mento das expec ta ti vas da orga ni za ção ....102<br />
Defi ni ção clara dos itens<br />
<strong>de</strong> melho ria e/ou ino va ção ....................................106<br />
Defi ni ção dos itens <strong>de</strong> auto-avaliação.............110<br />
Capí tulo VI<br />
Exe cu ção..................................................................113<br />
Imple men ta ção do sis t<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ges tão ...................115<br />
Capí tulo VII<br />
Veri fi ca ção...............................................................119<br />
Auto-avaliação das melho rias e/ou ino va ções........120<br />
Cri té rios <strong>de</strong> auto-avaliação.............................122<br />
Capí tulo VIII<br />
Atu a ção....................................................................131<br />
Insti tu ci o na li za ção ...............................................132<br />
Nor ma li za ção ................................................133<br />
ISO ................................................................138<br />
Manu ten ção e acom pa nha mento .........................143<br />
Uso <strong>de</strong> méto dos esta tís ti cos na ges tão ...........145<br />
Con clu são ................................................................149<br />
Referências ..............................................................153
Pre fá cio<br />
Uma carac te rís tica básica <strong>de</strong> uma soci e da<strong>de</strong> é a<br />
exis tên cia <strong>de</strong> orga ni za ções inter <strong>de</strong> pen <strong>de</strong>n tes com<br />
dife ren tes níveis <strong>de</strong> com ple xi da<strong>de</strong>. Uma gran<strong>de</strong><br />
<strong>em</strong>presa, um exér cito, uma escola, uma famí lia são<br />
ex<strong>em</strong> plos <strong>de</strong> orga ni za ções. Cada orga ni za ção t<strong>em</strong><br />
um obje tivo a ser alcan çado, explí cito ou implí cito, e<br />
para atin gir tal obje tivo ela usa recur sos. O ser<br />
humano per ce beu muito c<strong>ed</strong>o a neces si da<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
geren ciar os recur sos dis po ní veis na orga ni za ção <strong>de</strong><br />
forma a otimi zar os resul ta dos obti dos.<br />
Orga ni za ções indus tri ais com ple xas come ça ram a<br />
ser cri a das a par tir do iní cio do século XX, gerando a<br />
neces si da<strong>de</strong> do <strong>de</strong>sen vol vi mento <strong>de</strong> méto dos <strong>de</strong> ges tão<br />
mais ela bo ra dos. É <strong>de</strong>ssa forma, que a Ges tão<br />
Orga ni za ci o nal, como ati vi da<strong>de</strong> sis te ma ti zada, se inicia.<br />
A par tir da segunda meta<strong>de</strong> do século XX, a dis ci -<br />
plina da Qua li da<strong>de</strong> começa a influ en ciar e a modi fi car<br />
as prá ti cas <strong>de</strong> ges tão no setor indus trial e pos te ri or -<br />
mente <strong>em</strong> outros seto res orga ni za ci o nais. A <strong>de</strong>s cri ção,<br />
numa lin gua g<strong>em</strong> aces sí vel, <strong>de</strong>sse pro cesso, loca li zando<br />
a Qua li da<strong>de</strong> como uma evo lu ção da Admi nis tra ção, é o<br />
fio con du tor dos pri me i ros capí tu los.<br />
É ampla mente reco nhe cido pela soci e da<strong>de</strong> que o<br />
Bra sil pre cisa inves tir pesa da mente <strong>em</strong> Edu ca ção se<br />
qui ser ocu par uma posi ção mais van ta josa no novo
cená rio eco nô mico que se <strong>de</strong>se nha para este século. O<br />
tipo <strong>de</strong> inves ti mento neces sá rio não é ape nas finan ceiro.<br />
Exis t<strong>em</strong> vários aspec tos a ser<strong>em</strong> con si <strong>de</strong> ra dos, sendo<br />
que a <strong>de</strong>fi ni ção do pro cesso p<strong>ed</strong>a gó gico é, com cer teza, o<br />
fun da men tal. Mas cer ta mente um dos gar ga los é a<br />
ges tão do pro cesso <strong>de</strong> mudan ças que t<strong>em</strong> que ser<br />
rea li zada, tanto <strong>em</strong> nível macro do pro cesso como micro<br />
na uni da<strong>de</strong> básica que é a escola.<br />
Uma escola é uma orga ni za ção. O seu<br />
geren ci a mento po<strong>de</strong> ser feito uti li zan do-se os méto dos<br />
<strong>de</strong> ges tão basea dos nos prin cí pios da Qua li da<strong>de</strong>. Mas<br />
para que isso acon teça é neces sário que<br />
os ges to res conhe çam esses méto dos e<br />
O Bra sil pre cisa<br />
este jam aptos a uti li zá-los.<br />
inves tir pesada mente O Prof. Ismael Bravo t<strong>em</strong> uma<br />
<strong>em</strong> Edu ca ção para larga expe riên cia na apli ca ção dos<br />
méto dos <strong>de</strong> Admi nis tra ção na área<br />
ocu par uma posi ção<br />
<strong>ed</strong>u ca ci o nal base a dos nos prin cí pios<br />
mais van ta josa da Qua li da<strong>de</strong>. O livro intro duz, <strong>de</strong><br />
no novo cená rio mane ira cons tante, nova mente numa<br />
lin gua g<strong>em</strong> direta e aces sí vel, a meto -<br />
eco nô mico mundial.<br />
do lo gia básica da ges tão base ada na<br />
Qua li da<strong>de</strong>, b<strong>em</strong> como apre senta um<br />
con junto <strong>de</strong> fer ra men tas <strong>de</strong> com pro vada efi cá cia.<br />
Embora enfa ti zando aspec tos rela ti vos à <strong>ed</strong>u ca ção,<br />
<strong>em</strong> fun ção da já men ci o nada expe riên cia do Prof.<br />
Ismael Bravo, o livro será, com cer teza, útil a todos os<br />
que se inte res sam por ges tão <strong>de</strong> orga ni za ções ou<br />
atuam como admi nis tra do res.<br />
Prof. Dr. A<strong>de</strong> mir José Pete nate<br />
Coor <strong>de</strong> na dor <strong>de</strong> Exten são<br />
IMECC - UNICAMP
Intro du ção<br />
Para posi ci o nar o que exprime ou <strong>de</strong>ter mina<br />
qua li da<strong>de</strong> no t<strong>em</strong>po e no espaço, como forma <strong>de</strong><br />
refe ren cial atual, vale l<strong>em</strong> brar o que v<strong>em</strong> ocor rendo nos<br />
paí ses <strong>de</strong>sen vol vi dos ao longo das últi mas déca das, e<br />
pro cu rar a ori g<strong>em</strong> <strong>de</strong> sua evo lu ção tec no ló gica que<br />
cau sou um divi sor <strong>em</strong> rela ção ao seu estado <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sen vol vi mento ante rior, cujas trans for ma ções fize ram<br />
sur gir a Ter ce ira Revo lu ção Indus trial. Foi então que as<br />
gran <strong>de</strong>s <strong>de</strong>ci sões sobre <strong>ed</strong>u ca ção, ser viço, pro du ção,<br />
comér cio, trans fe rên cia <strong>de</strong> tec no lo gia e finan ci a mento<br />
sofre ram forte <strong>de</strong>s lo ca mento ins ti tu ci o nal, da órbita<br />
pre do mi nan te mente pública para a pri vada.<br />
Este novo padrão tec no ló gico sur giu com base<br />
<strong>em</strong> algu mas inven ções no campo da ele trô nica, que<br />
ocor re ram já durante a Segunda Guerra Mun dial,<br />
nota da mente nos Esta dos Uni dos. Porém, foi a par tir<br />
dos anos 70 que tais avan ços adqui ri ram o cará ter <strong>de</strong><br />
uma ver da <strong>de</strong> ira revo lu ção téc nica pelo extra or di ná rio<br />
<strong>de</strong>sen vol vi mento da micro e le trô nica e da infor má tica,<br />
li<strong>de</strong> ra das pelo Japão e secun da ri a mente pelos Esta dos<br />
Uni dos e Ale ma nha, como mos tra Cano (1993).<br />
Para este refe ren cial his tó rico e seu <strong>de</strong>s m<strong>em</strong> -<br />
bra mento, <strong>de</strong>n tro <strong>de</strong> um escopo <strong>de</strong> abran gên cia<br />
naci o nal, o avanço téc nico que aco plou o <strong>de</strong>sen vol -<br />
vi mento <strong>de</strong> outros seto res da eco no mia trouxe, <strong>em</strong>
Ismael Bravo<br />
seu sen tido mais amplo, gran <strong>de</strong>s trans for ma ções<br />
ins ti tu ci o nais, tor nando mais difí cil e penosa a inser -<br />
ção no novo padrão tec no ló gico.<br />
Cabe notar ainda que, <strong>de</strong>sta vez, as nego ci a ções<br />
finan ce i ras não são mais <strong>de</strong> governo a governo. O que<br />
se observa é que as cons ti tu i ções <strong>de</strong> blo cos eco nô mi cos<br />
difi cul tam sobre ma ne ira as nego ci a ções, pois as<br />
polí ti cas <strong>de</strong> rela ções inter na ci o nais pas sa ram a ser<br />
exer ci das pelos car téis <strong>de</strong> orga ni za ções pri va dos e com<br />
orga nis mos mul ti la te rais.<br />
O acesso a esse pro cesso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> nego ci a -<br />
ções inter na ci o nais que se tor nam cada vez mais difí -<br />
ceis, haja vista um traço fun da men tal da Ter ce ira<br />
Revo lu ção Indus trial, que é o da vio lenta recon cen -<br />
tra ção <strong>de</strong> capi tal ocor rida nos últi mos anos <strong>em</strong> torno<br />
dos prin ci pais oli go pó lios <strong>de</strong> quase todos os seto res<br />
orga ni za ci o nais, que apon tam for te mente para os<br />
paí ses cen trais 1.<br />
Esta forma sis tê mica <strong>de</strong> atu a ção po<strong>de</strong> ser<br />
men su rada, quando ana li sa das algu mas ten dên cias<br />
nas prin ci pais eco no mias capi ta lis tas, fazendo com<br />
que uma série <strong>de</strong> pro ce di men tos, nor mas e<br />
meto do lo gias tenham <strong>de</strong> ser revis tos e suas novas<br />
apli ca ções con si <strong>de</strong> ra das nos pró xi mos inves ti men tos<br />
pri va dos ou públi cos, con t<strong>em</strong> plando, assim, já <strong>em</strong><br />
sua imple men ta ção, a última gera ção tec no ló gica<br />
dis po ní vel, pois a velo ci da<strong>de</strong> <strong>de</strong> supe ra ção téc nica,<br />
ou seja, o obso le tismo, tor nou-se muito rápida.<br />
Ao rela ci o nar esta evo lu ção com os aspec tos<br />
polí ti cos <strong>de</strong>n tro <strong>de</strong> cada país, t<strong>em</strong>os que con si <strong>de</strong> rar<br />
quais os tra ços soci ais, se tive r<strong>em</strong> um forte apelo<br />
auto ri tá rio, influ en ciam as orga ni za ções a assu mi r<strong>em</strong><br />
uma admi nis tra ção auto crá tica.<br />
12 1. Os pa í ses cen tra is re fe r<strong>em</strong>-se às gran <strong>de</strong>s po tên ci as fi nan ce i ras<br />
com po <strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong> ci são so bre as po lí ti cas in ter na ci o na is. O G8<br />
(gru po dos oito): Ale ma nha, Ca na dá, EUA, Fran ça, Ingla ter ra,<br />
Itá lia, Ja pão e Rús sia.
<strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong> <strong>em</strong> T<strong>em</strong>pos <strong>de</strong> Mudanças<br />
Já nas soci e da <strong>de</strong>s que têm nítido com pro misso<br />
com a <strong>de</strong>mo cra cia, as orga ni za ções ten <strong>de</strong>m a ser<br />
<strong>de</strong>mo crá ti cas, e almejam a requalificação <strong>de</strong> todas as<br />
pes soas envol vi das <strong>em</strong> seus pro ces sos. Para isso, as<br />
orga ni za ções têm <strong>de</strong> garan tir uma <strong>ed</strong>u ca ção <strong>de</strong><br />
qua li da<strong>de</strong> para todas as pes soas, in<strong>de</strong> pen <strong>de</strong>nte <strong>de</strong> sua<br />
situ a ção eco nô mica ou con di ção inte lec tual.<br />
Nas orga ni za ções <strong>em</strong> que pre va lece o mo<strong>de</strong>lo da<br />
coo pe ra ção, cons trói-se um cená rio dife rente, no qual<br />
há muito tra ba lho cole tivo, muito esforço e muita<br />
par ti ci pa ção. Pes soas rea li zam a mesma tarefa, lado a<br />
lado, ombro a ombro, imbu í das do mesmo obje tivo.<br />
Neste clima <strong>de</strong> con fi ança e apoio mútuo, há dis po si ção<br />
<strong>de</strong> cor rer ris cos, ousar, expe ri men tar novas solu ções,<br />
explo rando opor tu ni da <strong>de</strong>s <strong>de</strong> ino var e melho rar.<br />
Com isso, a Ges tão <strong>de</strong> Qua li da<strong>de</strong> impõe-se<br />
pouco a pouco, com a uti li za ção raci o nal dos recur sos<br />
huma nos, mate ri ais, finan ce i ros, tra ba lho <strong>em</strong> equipe<br />
e, enfim, a pro cura <strong>de</strong> uti li za ção e oti mi za ção dos<br />
recur sos dis po ní veis.<br />
Para isso, é neces sá rio rever a con cep ção <strong>de</strong><br />
qua li da<strong>de</strong>, pois é inse pa rá vel das carac te rís ti cas eco -<br />
nô mi cas, soci o cul tu rais e psi co ló gi cas da soci e da<strong>de</strong>.<br />
Só po<strong>de</strong> mos falar <strong>em</strong> apli ca ção da Ges tão da Qua li -<br />
da<strong>de</strong> <strong>em</strong> rela ção a pro ces sos, fenô me nos ou pes soas.<br />
Isso sig ni fica que nas orga ni za ções os pro gra mas,<br />
con te ú dos, méto dos e for mas <strong>de</strong> orga ni za ção<br />
somente adqui r<strong>em</strong> Ges tão <strong>de</strong> Qua li da<strong>de</strong> � ele vam a<br />
qua li da<strong>de</strong> social e <strong>ed</strong>u ca ci o nal�� se com pa ti bi li za -<br />
dos com as con di ções reais da soci e da<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ter mi na -<br />
das pela sua ori g<strong>em</strong> social e cul tu ral.<br />
Como forma <strong>de</strong> sus ten ta ção para toda esta<br />
trans for ma ção, con vém l<strong>em</strong> brar que o novo sis t<strong>em</strong>a<br />
<strong>de</strong> ges tão sur giu da evo lu ção <strong>de</strong> uma base exis tente<br />
que é a fun da men ta ção cien tí fica da qua li da<strong>de</strong>. Para<br />
tanto, faz-se neces sá ria uma aná lise no sis t<strong>em</strong>a<br />
adminis tra tivo ante rior e his tó rico intro du zido por<br />
13
Ismael Bravo<br />
Fre <strong>de</strong> rick Wins low Tay lor <strong>em</strong> sua obra Prin ci ples of<br />
Sci en ti fic Mana ge ment2 – fonte <strong>de</strong> refe rên cia aos nos -<br />
sos con t<strong>em</strong> po râ neos: Joseph M.<br />
A Ges tão <strong>de</strong> Qua li da<strong>de</strong> Juram, Wil lian E. D<strong>em</strong>ing, Kaoru<br />
Ishi kawa, Peter Druc ker e outros –<br />
impõe-se com a<br />
um con junto <strong>de</strong> refe ren ci ais bibli o grá -<br />
utiliza ção raci o nal dos fi cos que dá o <strong>em</strong>ba sa mento teó rico e<br />
recur sos huma nos, <strong>de</strong> fun da men ta ção à pre sente obra.<br />
Reco nhe cer a impor tân cia dos<br />
mate ri ais, finan ce i ros<br />
Prin cí pios da Admi nis tra ção Cien tí -<br />
e tra ba lho <strong>em</strong> equipe.<br />
fica faz-se neces sá rio, <strong>em</strong> espe cial,<br />
quando se esta be lece o elo entre o<br />
estado ante rior e o atual, que t<strong>em</strong> reve lado a qua li da<strong>de</strong><br />
como uma evo lu ção das ciên cias admi nis tra ti vas.<br />
O que se mos tra é uma Ges tão <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong><br />
fun da men tada <strong>em</strong> prin cí pios teó ri cos e prá ti cos, fruto<br />
da expe riên cia <strong>de</strong> anos <strong>de</strong> estudo, esta be le cendo sua<br />
sus ten ta ção nas carên cias e vir tu <strong>de</strong>s da soci e da<strong>de</strong> e na<br />
ges tão das neces si da <strong>de</strong>s intrín se cas das rela ções<br />
huma nas on<strong>de</strong> essas rela ções sejam uma rea li da<strong>de</strong>,<br />
in<strong>de</strong> pen <strong>de</strong>n te mente da ciên cia que <strong>de</strong>la se valha.<br />
14<br />
2. Re fe re-se à fun ção <strong>de</strong> ad mi nis tra ção, di re ção, ge rên cia e<br />
gestão.