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Os textos incluídos nesta Revista expressam a opinião
dos seus autores e não necessariamente a opinião da
Fireman.
É interdita a reprodução total ou parcial por quaisquer
meios, de textos, fotos e ilustrações sem a expressa
autorização da Fireman.
PROPRIEDADE/EDIÇÃO
Fireman Challenge
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Luís Carlos Lourenço
Dina Carmo
DESIGN E FOTOGRAFIA
Fireman Challenge
Junho de 2020
2
ÌNDICE
Samuel Castela
Capitão da Equipa de Portugal
Sempre teve este gosto
pelo desporto?
Sempre tive uma forte
ligação ao Desporto e sempre
senti prazer na prática
desportiva.
Com um extenso curriculum
desportivo, considero me um
atleta, mesmo para o futuro
como um pro ssional. Como
atleta, estive ligado à Ginástica,
nomeadamente
aos
Trampolins, foram cerca de 20
anos, em que 9 anos dos
quais, estiveram aliados
á Seleção Nacional, até fazer
esta transferência de
modalidade. No entanto, sou
um apaixonado pelo Desporto,
priorizando indiscutivelmente
as OCR’s, principalmente nos circuitos internacionais da Spartan Race,
adoro fazer Trail, especialmente as ultras distâncias e ainda a modalidade
de “SwimRun”, embora tenha menos oportunidade. Como pro ssional, fui
treinador das classes mais jovens de competição nos trampolins durante 5
anos, fui árbitro de Futebol após a Ginástica durante 4 anos e desde o início
pro ssional até ao momento como Personal Trainer, já com cerca de 10
anos.
4
Onde tudo
começou...
Onde nasce esta
paixão pelo OCR?
Após o 1.º contato na 1.ª
prova organizada em Portugal
2013, pelos comandos, na
Carregueira. No entanto, foi na
1.ª Spartan Race na cidade de
Barcelona - Espanha em 2015,
que em conjunto com a minha
esposa, nos entregamos por
completo conseguindo
concluirmos a prova com
sucesso, tendo sido
curiosamente a sua primeira
vitória na Spartan Race.
Estavamos rendidos e
apaixonados pela modalidade
descobrindo que era este o estilo de vida desportivo que queria na minha
vida e para a nossa vida familiar.
5
Preparação
Como se prepara para
as provas?
A preparação depende um
pouco do calendário desportivo
que crio com a minha esposa,
ainda antes do início do ano,
considerando sempre o número
de provas e das distâncias,
logística total. No entanto, encaro
tudo como treino, na verdade as
OCR’s são muito mais que
apenas correr rápido ou apenas
se fortalecer, nesse sentido não é
muito importante fazer
simplesmente uma combinação de
obstáculos de suspensão
se depois não conseguir aguentar
um percurso com um saco de areia durante 10-15 min ou vice-versa, é sim
conciliar e equilibrar a rapidez á força.
Como organiza o seu plano de
treino semanal?
O plano semanal/horas dependem
também não só do calendário de provas,
como também da vida pro ssional. No
entanto, tento treinar 6x semana, 1-2h se
possível!
Exceção para o trabalho especí co das
ultras distâncias.
6
Descreve um pouco a tua
participação no SPARTAN TWC 2019?
Esta história é engraçada, que
se perpetuará para sempre na minha
memória... primeiro mesmo na Grécia
na cidade de Sparta, reconhecida na
história Espartana pela sua
preeminência militar, com
combinação de todas as forças
gregas…sem esquecer toda a
misticidade do local e dos seus antigos
Deuses,
a
nossa recepção foi marcado no
epicentro da história Espartana, num
ambiente como nunca visto, um
evento, uma oportunidade única no
mundo, onde reinava um estado
de euforia total por entre toda a
comunidade, e juntando a esta mítica
prova, encontrava-me no meu melhor
Spartan TWC 2019
momento de sempre.Tinha ganho e cado em 2.º em Barcelona, “Beast” e
“Super” respectivamente. Sabia que, o TOP 20 seriam só estrelas, desde os
PRO’s da América, aos melhores da Europa, inclusive pódios de circuitos,
campeonatos europeus e mundiais Spartan Race e OCR Mundial. Comecei
pessimamente, quando aos 1.5km perdi o chip num obstáculo. Do nada
estava em último e desesperado para encontrá-lo. Relembro que, se não
tivesse tempo na prova estava desclassi cado, já que a prova era
constituída por 3 distâncias/provas distintas. Bem, encontrei e corri atrás do
prejuízo. Após 16 km e 18.º geral tinha 2h para entrar na Sprint, mais 7.5km.
7
Fiz uma prova sem erros, conseguindo um honroso 7.º à frente de um
ícone da modalidade o Ryan Atkins. Faltava a “Beast”no dia seguinte
com 25 km, para ajudar tinha o músculo “gémeo”, tão in amado
que não conseguia correr! Íamos sair em sistema de contra-Relógio e
eu estava em 12.º, junto do Campeão de França. Comecei a prova a
chorar, (isto é real). Ele motivou-me, disse para tentar ir com ele que
não conseguia ir mais rápido. Fomos passados por alguns atletas e
estávamos no ranking 18/19. Do nada dá-se magia, aos 10km já
convivia melhor com a dor e comecei a passar um atrás de outro,
inclusive o 3.º no Mundial OCR, Thomas Buyle , o campeão mundial
por equipas o Nikolaj Dam, estava a sentir-me feliz e a “voar”. Como
a saída era em contra-relógio, sabia que cada um que passava era
uma posição ganha, inesperadamente quando dou por mim passo
uma “lenda” da Europa e vencedor da 1.ª prova “Super”, Peter Ziska,
de seguida apanho o Aaron Newell (4.º Mundial) e o Ryan (2.º
Mundial). Só passando por todas estas di culdades, para se sentir,
algo inesquecível. No nal estava em 6.º
Geral com o 3.º melhor tempo na “Beast”,
momento em que a 200m do m penalizei
num obstáculo. Passei assim para 7.º Geral
e 4.º melhor tempo na “Beast”, logo atrás
de outra “Lenda”, o espanhol Albert Soley
por 6 segundos, inclusive melhor tempo
que o atual campeão do Mundo Spartan,
Mr. Robert Killian. Estava realizado um
sonho, nunca antes previsto logo com
todos os imprevistos no início da 1.ª prova,
uma história que nunca se irá esquecer!
8
8
Pódio...
Qual é a prova que
mais gostou de fazer
até hoje?
Tenho várias e
diferentes,
por
exemplo Barcelona, pela
“Super” prova em todos os
sentidos , inclusive pelo
facto ter vencido onde
tudo começou. Mas, as que
mais me apaixonaram por
tudo o que envolveu, as
exigentes “Ultras” em pura
montanha.
Locais apaixonantes e exclusivos como Andorra, Morzine por serem muito
mais que uma prova física e mental, somos completamente consumidos e é
preciso saber respeitar. O Mundial na montanha de “Lake Tahoe” com neve, a
superação, adaptação pelas sua exigentes baixas temperaturas, ventos,
tornando se um desa o único. E claro, não esquecer os Europeus em
Dolomiti (montanhas de Itália) e Andorra com neve, a super exigente Trifecta
em Oberndorf, esta em que partilhei o pódio com o Campeão e referência
Mundial, Robert Killian.
9
Futuro...
Quais são os objetivos para
o futuro?
Tenho como objetivo conseguir um Top 3 num circuito
europeu, voltar a fazer top 10 nesse Mundial “Trifecta Spartan
Race” e ainda voltar a fazer pódio numa “Ultra Beast Spartan
Race”, em pura montanha.
10
"SÓ TODOS JUNTOS E UNIDOS,
CHEGAREMOS MAIS LONGE"
Quais foram os objetivos para 2019 em
relação à APOCR?
Um dos nossos objetivos para 2019, era a
criação de melhores condições para os
nossos associados/atletas, aportar a todos
os Promotores Desportivos mais e melhores
condições para desenvolverem esta
modalidade. Queríamos criar bases no
desporto de formação, continuar o trabalho
realizado da Liga OCR Portugal,
transformando o numa liga mais
competitiva e cativar a criação de novos
clubes, objetivo este, que foi conseguido.
Num trabalho conjunto com os Promotores
Desportivos, conseguimos desenvolver ainda
mais a vertente competitiva na Liga OCR
Portugal.
Carlos César
Araújo
Presidente da
Associação
Portuguesa de
Corridas e
Obstáculos
12
Tínhamos alguns objetivos para 2020 que tinham de ser trabalhados
em 2019, alguns desses objetivos eram:
"Expansão e cativação de
mais Promotores Desportivos nas etapas da
Liga"
"Distinção e diferenciação das provas da Liga,
consoante o seu grau de qualidade organizativo,
criando 3 níveis, para atribuição de pontuação
diferente aos atletas conforme o nível das
provas"
"Calendarização prévia das provas da Liga
referentes ao ano seguinte, com apresentação e
anúncio das mesmas durante o mês de
dezembro,permitindo assim um melhor
planejamento da época"
"E, em 2020 todas as provas da Liga OCR Portugal
serem obrigadas a que a 1ª vaga de partida seja
exclusiva para atletas que estão inscritos na Liga
OCR Portugal. "
Estes, foram alguns dos propósitos que tínhamos estipulado solucionar
para o ano de 2019 e que maioriamente foram implementados,
podendo-se assim a rmar que foi um ano positivo.
13
O que acha do futuro da modalidade em Portugal?
Este ano ia ser o ano do OCR, não fosse termos sido interrompidos
pela pandemia de Covid-19. Tivemos um incremento muito bom na
modalidade, acompanhávamos a par e passo a evolução geral do
país, mas as regras do jogo alteraram-se radicalmente…
Estávamos todos com uma boa envolvente contextual, cimentada
por um bom ambiente económico, sob o ponto vista sociocultural,
tínhamos uma maior sensibilidade para a prática do exercício
físico, da saúde e bem-estar. Tudo isto, era o augúrio de fortes
perspetivas para o crescimento da modalidade com um mercado
em franco crescimento, o surgimento de novas organizações,
novos conceitos, novos espaços de treino, desenvolvimento da
indústria envolvente ao OCR - onde marcas desportivas
começavam a exclusivizar alguns dos seus produtos para esta
modalidade , promovendo uma maior concorrência, que iria ser
bené ca para a expansão da modalidade com mais qualidade,
promovendo o desenvolvimento da modalidade OCR. Com toda
esta situação que está acontecer actualmente não só em Portugal
mas no mundo inteiro, posso a rmar que, o futuro é uma enorme
incerteza, mas devemos continuar o nosso trabalho, com o
objetivo de tornar esta modalidade mais próspera.
14
O que tem em mente para o futuro da APOCR?
Quando apresentamos a nossa candidatura à direção da APOCR,
escolhemos o nome “OCR PARA TODOS”, para ser o pilar dos
nossos objetivos, pretendíamos criar condições para que esta
modalidade chegasse a vários segmentos e torná-la uma
verdadeira modalidade de Desporto Para Todos.
O nosso projeto visa, em primeiro lugar, criar bases
organizacionais na nossa estrutura, com vista a um
reconhecimento de modalidade de OCR pelo Instituto Português
do Desporto e Juventude, mais propriamente a criação de
Federação Desportiva. No dia 30 de Maio realiza-se a 1ª Assembleia
Geral de 2020 e um dos seus pontos é a aprovação dos novos
estatutos que vão conduzir à criação da Federação Portuguesa de
Corridas de Obstáculos, sendo este um passo muito importante
para a modalidade OCR.
Queremos também dedicar uma atenção especial ao desporto
adaptado e desporto de Formação, desenvolvendo métodos
especiais para a prática de desporto destes atletas em colaboração
com os clubes e Promotores Desportivos. Sabemos que, no que diz
respeito ao Desporto Adaptado a organização “Fireman
Challenge”, começou um trabalho muito interessante nesta área e
pretendemos estar envolvidos nestes projetos contribuindo com
tudo o que nos for possível. É nosso objetivo negociar com novos
parceiros, com vista a criar condições nanceiras sustentáveis para
esta modalidade crescer cada vez mais.
15
O que tem em mente para o futuro da APOCR?
No que diz respeito à competição, queremos também
criar competições novas no OCR, categorias novas que
ainda não tenham sido testadas em Portugal e
novos eventos. Além disso, queremos que o
crescimento da modalidade se dê pela formação junto
dos mais novos, trabalhar o desporto escolar, sem
esquecer o OCR como um desporto de lazer, até porque
os atletas nascem muitas vezes dessas experiências que
queremos promover.
Para concretizar estes objetivos pretendemos
reformular toda a atuação da nossa estrutura, criando
comissões em várias áreas, obrigando a criação de
Programas de desenvolvimento desportivo mas,
sobretudo, teremos de apostar fortemente no
estabelecimento de robustas parcerias.
Estamos certos dos desa os destes objetivos e que é
necessário o apoio de todos. Por isso estamos de portas
abertas e gostaríamos de obter o contributo de todos!
Deixe uma mensagem para todos os atletas
Acima de tudo, façam por Vocês e por mais ninguém!
Aproveitem a oportunidade, o prazer de superarem
desa os únicos e exclusivos na vossa vida! Nada melhor
que, sermos felizes a realizar algo que adoramos, não
só porque sim, nem para se ser aceite num grupo ou
porque se quer vencer em algo a todo o custo!
16
O OCR é uma modalidade
com várias distâncias
associadas. Uma distância
menor está logicamente
associada a uma maior
intensidade enquanto que
distâncias maiores estão
associadas a menor
intensidade
e
consequentemente
necessidades energéticas
Dicas de nutrição
Nutricionista
Pedro Carvalho
Nutricionista
João Barbosa
e de macronutrientes diferentes. Esta modalidade exige do atleta
uma complexidade de esforços diversi cados com a necessidade
de ser em simultâneo rápido, potente e com uma elevada
capacidade de endurance. Em períodos de treino mais afastados
da competição, os objetivos principais são uma melhoria da
composição corporal assim como a obtenção de adaptações ao
treino. Desta forma é essencial que ocorra uma ingestão adequada
de proteína quer para a manutenção quer para o ganho de massa
muscular.
Esta ingestão deve ser realizada através de carnes/peixes magros,
ovos, lacticínios (preferencialmente na sua versão magra/ Light) e
suplementos de proteína como a proteína do soro de leite (Whey).
O seu consumo deve estar num intervalo de 2-2,5g/kg/dia.
17
Estas ingestões devem ser realizadas em refeições espaçadas ao longo do
dia com espaçamentos superiores a 3h. Para além da proteína é de
extrema importância um aporte em hidratos de carbono (HC) adequado
através de fontes alimentares como o pão, cereais, arroz, massa, batata,
leguminosas e a fruta. Uma ingestão de 3-5g/kg/dia de HC parece ser
su ciente para a maioria dos atletas sendo que alguns indivíduos
precisarão de quantidades bastante superiores devido ao gasto calórico
estimado quer em treino quer devido à atividade pro ssional. O tempo
expectável para a realização da prova é um aspecto importantíssimo para
os dias prévios à competição assim como para a estratégia nutricional no
dia da corrida. Assim sendo, nas 48h prévias à competição é desejável que
ocorra um aumento da ingestão de HC em indivíduos que terão uma
prova com duração igual ou superior a 2h e nas 24h anteriores em
competições inferiores a 2h. Este aumento visa um aumento das reservas
de glicogénio hepático e muscular que serão os principais substratos
energéticos durante a prova. Com este aumento da ingestão de hidratos é
necessária uma diminuição do consumo de proteína e gordura, por um
lado para não ocorrer um aumento da ingestão calórica e com isso um
aumento de peso desnecessário e prejudicial, como por outro, diminuir o
risco de problemas associados a desconfortos gastrointestinais. É também
aconselhado nesta fase a diminuir o consumo de bra, productos lácteos
com lactose para evitar episódios semelhantes causados pelo stress
competitivo assim como pelo aumento de HC.
Na competição é essencial manter um consumo de HC, com diretrizes
diversi cadas para diferentes cronometragens. Resumidamente, provas
com duração inferiores a 30 minutos não necessitam de ingestão de HC
visto que, não existe uma necessidade siológica dos mesmos e a sua
ingestão apenas levará a perdas de tempo desnecessárias.
18
Quando o exercício se prolonga até aos 60 minutos faz todo o sentido
pequenas ingestões de HC sendo que um prolongamento até às 2h pode
bene ciar de 30-60g/h de HC (quanto mais perto das 60g mais bené co
será). Provas mais extensas bene ciarão de doses ainda mais elevadas
(60-90g/h de HC) sendo que neste caso convém ter em atenção os
açúcares constituintes, procurando que exista uma proporção de 2:1 de
Glicose: frutose ou maltodextrina: frutose [2]. Uma ingestão de cafeína
(em cápsulas ou géis) na ordem dos 200mg 30min a 1 hora antes de
prova e a manutenção de 60 a 90mg/hora pode ter igualmente efeitos
bené cos na performance, bem como um ciclo de 6-8g/dia de betaalanina
e 5g de creatina no mês anterior à prova de forma a melhorar a
potência, velocidade e resistência à fadiga.
Em modo conclusivo retenha os seguintes pontos:
• Durante um período de treino consuma HC através de alimentos com
mais bra e no período pré-competitivo preferir por alimentos mais
líquidos como sumo de fruta, creme de legumes,
compotas/marmeladas/geleias, entre outros;
• Treine a estratégia de competição algumas vezes em treino, sendo que,
provas com mais duração necessitam de maior tempo de adaptação
intestinal a uma grande carga de HC [5];
• Na competição procure uma carga de HC adequada ao tempo que irá
realizar a prova através de géis, barras (pouca gordura, proteína e bra) e
bebidas desportivas com um sabor que seja adequado;
• Beba conforme a sede;
Para além da preocupação com os macronutrientes é de extrema
importância ter em atenção aos micronutrientes, tendo em consideração
sempre a presença de legumes nas refeições principais assim como se
possível um prato de sopa
19
Sofia Lobo
Campeã Nacional de OCR 2018
Como nasceu esta paixão
pelo OCR?
As aventuras, desa os, competição,
sempre zeram parte da minha vida,
participei naquela que foi
considerada a primeira prova de
Obstáculos em Portugal
"Urbanathlon" em 2013, mas, só mais
tarde em 2016 é que é que voltei a
competir, nessa altura percebi que
era um mundo carregadinho de vários estímulos, por vezes sofridos, que
até poderiam dar vontade de desistir, mas ao mesmo tempo compreendi
que se tornara muito mais que uma simples competição, era já uma
paixão que me tinha cativado pela sua diversidade, pelo grau
de exigência ao nível da resistência, força, agilidade, equilíbrio... mas
acima de tudo também, uma fonte de energia muito positiva entre os
participantes! Quando participei no OCREC 2016, na Holanda, dei por
mim completamente fascinada, integralmente feliz por me fazerem
sentir viva, motivada com vontade de desenvolver e descobrir mais
sobre estas provas!
20
Personal Trainer de OCR
Como classi ca o seu trabalho
como PT do OCR Norte?
Inicialmente a intenção do OCR
NORTE, (ideia lançada pelo Dan
Gregory e pelo Ricardo Rodrigues da
“WILD CHALLENGE”) , teve como
objectivo primeiro, o desa o
de agregar um grupo de pessoas que
além de correrem,
pudessem aproveitar os obstáculos
naturais, bem como as infraestruturas,
que a cidade do Porto nos proporciona,
tais como, subir escadas, uns exercícios
funcionais em zonas adequadas,, até
mesmo uns monkey bars em
armações, suportes que
encontrássemos pelo caminho....
Inicialmente não havia um plano organizado de treino, ou seja todos
podiam sugerir um desa o, um percurso ou um obstáculo, promovendo
uma participação mais activa, dinâmica, comunicativa entre todos nos
treinos, tendo como resultado nal o maior debate de diferentes ideias,
sugestões de percursos, a junção de pessoas que nunca tinham
participado numa prova de Obstáculos, outras que tinham feito provas
apenas por diversão e inclusivamente pessoas que já tinham
participado nas provas, na vertente de elite. Como todos éramos
diferentes, poderíamos partilhar experiências diferentes, tornando o
treino variado, interessante e único.
21
Desde o início fui convidada pelos fundadores para fazer parte deste
projeto, no entanto, condicionada sicamente para a prática desportiva,
( devido a um problema de saúde), mas que apesar disso, a minha área
pro ssional, garantiam me aptidões para bem orientar o grupo, assim
como toda a prática me permitam passar a experiência... Acabei por
acompanhar o grupo, bem como toda a sua evolução numa vertente
mais técnica, motivacional e pro ssional. Uma vez que, não consigo
desligar o "botão automático”, para a correção ou simples ajuda para
melhoria do movimentos ou exercícios de forma adequadas,
prevenindo lesões, ainda uma nova abordagem sobre a canalização
de um determinado exercício para determinado obstáculo,
rentabilizando e harmonizando ao máximo todas as capacidades do
corpo, claro que tudo isto segundo aquilo que já tinha vivenciado.
Procurei então todas as semanas, planejar não só um treino geral, mas
também um que se adaptasse às necessidades das provas de
Obstáculos. Inicialmente apenas tínhamos uma estrutura de barras que
se situava perto de uma ciclovia, mais tarde, alguns materiais que
passaram também a ser os nossos obstáculos, actualmente tenho um
pequeno estúdio de treino (SPARTACUS ARENA), com uma estrutura
onde podem treinar desde obstáculos de suspensão, de força
e equilíbrio, entre outros...
22
Treino Semanal
Como organiza o seu
plano de treino
semanal?
Meu plano de treino não pode ser só
semanal mas, por vezes, mensal e,
até pode variar, consoante a fase de
provas. No entanto, poderia ser mais
disciplinada uma vez que tenho
todas as condições de treino,
mas assim como toda a gente, preciso de motivação ou até mesmo
companhia para treinar, de forma a treinar fora da minha zona de
conforto e a cumprir o planeamento. Inicialmente, com poucos
obstáculos, o meu planejamento apenas incluía corrida e treino de
força. Com o tempo fui incluindo treinos especí cos de exibilidade,
equilíbrio e, recentemente, exercícios para fortalecimento das
articulações, que são as mais massacradas pelas provas de OCR.
23
Beast Spartan Race
Descreva-nos a participação na Beast Spartan Race 2019, na
qual se sagrou Campeã?
Difícil de descrever o que
realmente foi vivido e sentido.Foi a
minha primeira SPARTAN, que há
muito ansiava e desejava por
participar numa, não importava qual
a distância, mas tinha curiosidade,
por ter um conceito diferente, pela
organização em si, por todo aquele
clima caloroso e
estrondoso tanto dos responsáveis pelo evento bem como dos
participantes.
A oportunidade surgiu após uma lesão no ombro, foi o meu regresso à
competição, um bom augúrio de grandes boas vindas... Uma prova super
dura, com grande desgaste físico e psicológico, mas tinha apenas como
foco principal o término da prova sem com isso prejudicar ou agravar a
minha lesão no ombro.
Durante a prova, ia sendo assaltada pelos meus próprios pensamentos,
reclamações, dúvidas, pois não bastava a situação física menos boa em
que me encontrava, as condições climáticas, geográ cas do percurso
eram exigentes, demasiado calor, muitas subidas e estava eu ali a correr
logo numa BEAST, questionando me, porque que não me havia
contentado apenas com uma SUPER.
24
Beast Spartan Race
À medida que os quilómetros iam passando, a pressão
só aumentava, chegando a ponderar voltar para trás, mas
percebia que cava mais longe do que seguir em frente, a dada
altura por entre estes pensamentos turbulentos, dou
comigo incrédula porque comecei a avistar ELITES femininas, foi
então que se deu um “click” interior, constatando que estava em
primeiro, que poderia manter esse lugar se conseguisse chegar ao
m, por isso a linha de pensamentos confusos esvaiu se e foquei
em seguir mas sem pressão, porque já seria extremamente positivo,
que na primeira participação da “BEAST SPARTAN” , apesar da
possibilidade de fazer pódio, mesmo que em AGE GROUP, seria
uma estreia em grande, então a partir desse momento concentrei a
minha mente num único objectivo, chegar à meta, nem que fosse a
gatinhar e confesso que pouco faltou, mas cheguei,
completamente de rastos e com um enorme sorriso no rosto por ter
conseguido, sagrando-me campeã!
25
Suspensão
Qual é o seu obstáculo
mais e menos favorito
durante as provas?
Já z algumas provas
tanto nacionais como
internacionais e aquele
obstáculo que me custa sempre
mais é o aquático, o
que naquela prova
praticamente não existiu por
isso não tive nenhum obstáculo
que possa dizer que não ter
gostado. Os meus favoritos,
independentemente de
conseguir superar ou não, irão
ser sempre os de suspensão,
pois provocam em mim um
estado de ambição de desa o,
superação maiores, obrigamme
a um treino constante,
porque são sempre uma
surpresa, sem saber ao certo o
que esperar deles, pois um obstáculo simples de suspensão o simples facto
de estar húmido ou a balançar pode logo tornar-se difícil. Por isso não
posso escolher apenas um mas todos os obstáculos de suspensão.
26
Prova Favorita
Qual foi a prova que mais
gostou de fazer até hoje?
Difícil nomear a prova que
mais gostei até hoje, todas elas
têm a sua importância ou um
registo especial, desde a
primeira prova em ELITE, na
“WILD CHALLENGE XTREME”,
ao primeiro “OCREC” em 2016,
na “Strong Viking”, o único
OCRWC que consegui ir apesar
de já ter cado apurada em
anos anteriores, porque são
provas que para nós se tornam
muito dispendiosas toda a
logística de viagens, etc.. é a
nosso cargo. Até esta “BEAST
SPARTAN BARCELONA” e a
minha última prova este ano
que foi “SUPER SPARTAN VALMOREL”, com uma experiência fantástica na
neve.
27
Objetivos
Um salto para o futuro?
Primeiramente, meu objetivo
será dar apresentar esta
modalidade a um maior número
de pessoas, para que desa ando
se, possam ser capazes de fazer
coisas que nunca na vida
pensariam que seria possível, pois
esta modalidade transforma
as pessoas e muda as suas vidas.
Sem limite de idade, podem participar desde, crianças ao avós.
Outro objetivo, não vou esconder, é voltar a ser Campeã Nacional, pois
hoje em dia há cada vez mais atletas, mulheres cada vez mais fortes e
estou ausente das competições nacionais desde que me lesionei, por isso
anseio voltar sem lesões e poder continuar ao nível das nossas atletas de
topo.
Aproveito para deixar aqui expresso, o meu muito obrigada pela
oportunidade que me deram em partilhar aqui momentos maravilhosos
da minha vida, proporcionando me recorda los,que simultânea
e inevitavelmente me transportaram para essas etapas, fazendo
me revive-las de forma mais profunda, desde os motivos, às pessoas
que se cruzaram comigo, aos locais, às di culdades, às conquistas aos
Amigos tudo o que passei, sempre com a pretensão de continuar a
registar muitos mais!
28
Joelho de corredor. Sabe o que é?
Joelho de corredor ou síndrome da banda iliotibial (SBI) é uma
causa frequente de dor na face lateral do joelho nos
desportistas, em especial nos praticantes de corrida e ciclismo.
É provocada por movimentos repetidos de exão/ extensão
do joelho que provocam fricção da banda iliotibial no côndilo
externo do fémur.
A banda iliotibial é uma fáscia brosa e densa de tecido que
se localiza na região externa da coxa. Tem como função a
estabilização da parte externa da articulação do joelho.
"Em 1º lugar, prevenir!"
29
As suas principais causas são:
• Fraqueza e pouca exibilidade muscular do músculo glúteo
médio;
• Alterações anatómicas como diferenças nos comprimentos das
pernas (dismetria);
• Pronação excessiva do pé;
• Treino com intensidades e volumes inadequados;
• Estradas inclinadas provocam uma sobrecarga de peso na
região lateral do joelho;
• Fazer descidas acentuadas também poderá causar in amação
da banda iliotibial.
O diagnóstico desta
condição é baseado
essencialmente na história
e nos achados clínicos,
sendo geralmente
con rmado por exames de
imagem.
A abordagem inicial deve ser conservadora, realizando sioterapia
para controlo da dor e in amação e posteriormente exercício
devidamente programado e monitorizado por um pro ssional.
.
Se se identi ca com este problema deverá consultar um
Fisioterapeuta, para que este realize a sua avaliação funcional e o
aconselhe qual será o tratamento mais adequado a cada situação.
Fisioterapeuta Ricardo Pinto
Clínica Varosa
30
Bombeiros
Sapadores de Leiria
Como foi o contato com OCR
e de que forma?
O Contato já foi feito por vários
elementos de forma individual antes
de ser criado este grupo de treino e
trabalho. O OCR sempre foi visto
como um desa o a superar e sempre
despertou aquele “bichinho” em viver a experiência. Enquanto equipa foi
em 2017 no OCR Ranger Race em Leiria (8k) onde participamos com
cerca de 10 elementos e onde um dos organizadores é da casa.
Quem vos apresentou o
projeto?
Pensamos que o primeiro contato foi pelo facebook, depois fomos
estando atentos às publicações, fomos conversando uns com os outros e
decidimos ir na aventura.
31
Foi algo que de imediato deixou interesse ou foi crescendo
à medida que iam tendo os primeiros contatos?
Foi algo que causou um interesse imediato. A nossa equipa
é muito jovem, cheia de espírito de aventura e capacidade de
querer mais e mais… Nenhuma prova é igual e o desa o está
sempre presente. Adoramos isso!
Quantos elementos constitui a vossa
equipa?
Somos 20 elementos, onde 3 deles são os treinadores, e
1 é o diretor técnico.
32
Em que provas já participaram e quantos
prémios já arrecadaram até hoje?
Bom, nós temos uma abrangência
bastante grande no desporto como
já foi referido. É difícil dizer todas as
provas em que já tivemos pódio
pois são muitas… Sucintamente,
pódio no Bombeiro de Ferro, Fire
WOD (Maia), Firefighter Run Tower,
Leiria Run (10k), Subida Escadório
do Bom Jesus de Braga.
Como nasce o
gosto pelo
OCR?
Experimentamos a primeira prova, depois foi estarmos atentos e
irmos procurando sempre mais pois ficamos verdadeira rendidos.
33
Treino Semanal
Qual o vosso plano
de treinos semanal?
O plano é feito
semanalmente pelos
treinadores. Inclui corrida,
remo/bike, natação, treino
de força, velocidade,
resistência, treino isolado
de grupos musculares,
treino de coordenação e consciência muscular, etc…
Existem aqui variantes que foram alteradas derivado à situação que
estamos a viver.
Nos piquetes em que existe mais do que um elemento a fazer parte da
equipa os mesmos treinam juntos. Existem piquetes em que isso não é
possível, treinam sozinhos e em algumas situações vão aos outros
piquetes para fazer treino conjunto, mas como disse a situação do
COVID-19 veio alterar totalmente os nossos treinos e interação dentro e
fora do quartel.
Depois temos elementos que praticam desportos como o crossfit,
Corrida, Judo… Esses têm um acompanhamento diferente e mais
direcionado para o desporto que praticam, mas fazem também os
treinos da equipa, contudo o principal foco é o desporto que praticam
e em que se destacam nos seus clubes.
Qual o obstáculo que mais gostaram e o que menos
gostaram?
Os mais desafiantes e que mais gostamos foram os Monkey bar,
ao contrário das descidas de Lalim em que o terreno era muito
acidentado e irregular. Custou!!! As partes do percurso que tinham água
são sempre fantásticas.
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Prova OCR
Fireman Challenge
Descreve-nos a
participação nas nossas
provas?
Foi sempre uma incógnita,
não sabíamos o que íamos
encontrar nem em que parte do
percurso. Íamos encarando cada
desafio como se fosse o último e
a certeza de que íamos com
garra para ultrapassar e chegar
ao fim com a maior rapidez e
técnica.
A interação com os outros participantes foi sempre espetacular, houve
sempre um respeito mútuo, seja antes, durante ou depois da prova. É
sempre proveitoso conversar e conhecer novas pessoas e realidades.
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Objetivos
no Futuro
Quais são os objetivos para
o futuro?
Bom, como em tudo
queremos mais e mais… Provas
OCR para praticarmos e
tentarmos angariar mais pódios e
mais vivências.Estamos a contruir
uma equipa mais forte e coesa
para participar em provas de Run
Swim Run, que é uma modalidade que está a aparecer agora,
consiste em Correr, nadar e voltar a correr, são provas que
solicitam bastante capacidade de gerir o esforço e de técnica, tem
um calendário para este ano bastante aliciante, vamos ver como
evolui a situação do Covid para ver quais as novidades.
Em 2021 queremos ir com alguns elementos aos World Police and
Fire Games que se realizam, em Roterdão, na Holanda. Estamos
focados, queremos dar o nosso melhor e contribuir para o prestígio
da cidade de Leiria e de Portugal.
É aliciante e gratificante termos bombeiros a competir com os
melhores profissionais de todos os cantos do mundo em vários
desportos.
A recente criação da associação desportiva e cultural dos
bombeiros sapadores de Leiria, em articulação com o município e
com o corpo de bombeiros vem ajudar a que todo o processo flua
melhor e trará melhores condições para os atletas.
Mais uma vez, muito obrigado pelas excelentes provas que nos
proporcionaram, bem como nos darem a possibilidade de contar as
nossas vivências.
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Clica nas caixas
Joel Pinto
Uma força da Natureza
Como começou o seu
percurso desportivo?
Independentemente
de ter um problema físicomotor,
que é do
conhecimento geral de
todos, sempre fui uma
criança muito ativa,
brincava com os amigos de
rua, jogávamos à bola,
apanhada, escondidas,
considerando que estas
brincadeiras foram primeiro
contacto (mesmo que
inconsciente) o estímulo
para a prática de exercício
físico.A minha família em
especial os meus Pais a
quem muito agradeço,
tiveram um papel
preponderante na minha
vida, sempre me apoiaram e nunca permitiram que me faltasse
nada.Também o meu Primo Tiago, foi fundamental neste meu percurso
do desporto, sempre que podíamos, íamos correr, ainda no seio familiar
tenho a destacar o meu tio António Rebelo, Ex Árbitro da Segunda Divisão
Nacional, que me incentivou e apoiou a tirar o Curso de Árbitro na
Associação Futebol de Viseu, ao qual respondi afirmativamente...
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Não posso esquecer e desde já aqui manifestar o meu agradecimento
pelo apoio que tive na A.F. VISEU, extensível aos Senhores: Isidoro
Rodrigues (Ex árbitro), Eng° Caiado e Amigo Henrique Conceição.
Estive no Mundo da arbitragem durante 12 anos,no futebol inicialmente
e posteriormente também no Futsal.
O mundo do desporto que se foi abrindo etapa a etapa na minha vida,
obrigou-me ainda mais a treinar, treinar, desafiando sempre os meus
limites e até hoje nunca mais parei.
Correr sempre me esteve no sangue, corre me nas veias e foi quando
deixei o Mundo da arbitragem, que me dediquei mais intensamente a
esta modalidade até aos dias de hoje.
Um pouco mais tarde, a convite do Professor Ricardo Batista,
começamos a juntar todas as terças feiras um grupo de amigos
corredores, até surgir Lamego Tribo Runners... aproveito esta
oportunidade para mandar um abraço a eles todos, em especial ao
Professor Ricardo Baptista, pois foi ele o responsável por desenvolver e
ter consciência ainda mais, deste meu “bichinho” pela corrida e
principalmente pelo Trail. Um grande amigo, sem dúvida!
O início da participação em provas oficiais, aguçava a cada dia a cada
prova o gosto maior e o prazer pelo desporto!
OCR para TODOS
Quando é que começa a participar em
provas O ciais e com quantas já conta?
Só em 2017, é que comecei a participar
em provas o ciais.
Tenho 12 provas o ciais realizadas, onde
constam também provas de Trail, de Estrada e
OCR Adaptado.
Treina regularmente e como concilia o
treino com o seu trabalho?
Tento treinar sempre que posso, dentro
dos meus horários disponíveis, compatíveis com
o horário de trabalho.
Mesmo que esteja cansado, principalmente de
uma noite de trabalho, tento fazer um treino.
Gostaria de poder viver
exclusivamente do desporto?
Claro, que gostaria, mas...não é fácil.
Este tipo de desporto, no desporto
adaptado, ainda está muito longe do
desporto dito "normal", digamos.
Vemos sempre os nossos atletas
paralímpicos que estão sempre com faltas
de apoio, em tudo. A falta de apoios
principalmente por parte do estado, arranjar
patrocinadores também não é tarefa fácil.
Os que conseguem têm muita coragem e
admiro muito isso!
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Receios
Como teve conhecimento do OCR-
A e o que o levou a inscrever-se ?
OCR Adaptado, pessoalmente, não
conhecia. sou sincero.Foi no meu local de
trabalho (Associação dos Bombeiros
Voluntários de Lamego), que o meu
Adjunto Luís Oliveira, abordou-me,
explicou-me o projecto e desa ou-me a
participar.
Como era a primeira vez, confesso que
quei receoso como se costuma dizer, com
um pé atrás, sou sincero...
O meu Adjunto percebendo esse meu receio, nunca desistiu de mim e com
o seu jeito cativante que tão bem o caracteriza, foi sempre insistindo
transmitindo me con ança, ao ponto de me sentir mais seguro, fazendo
com que eu me inscreve-se, pedindo que fosse o que Deus quisesse que
fosse, dizia eu.
Hoje digo:
"Ainda bem que o meu Adjunto nunca desistiu de mim e agradeço-
Lhe também por isso!”
Por coincidência, nessa a altura, já fazia “Treinos de Cross t” à cerca de 2
meses antes e a partir do momento da inscrição, foquei-me mais nesse tipo
de treino, trabalhando mais a Força, a Agilidade principalmente, tive o
apoio do meu Coach Tozé Cruz da C&M, a quem aqui agradeço e deixo um
forte e grande abraço, extensivo também aos Amigos da BOX.
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Mudança de estilo
de vida
Estas provas mudaram
alguma coisa na sua vida?
Sim, claro que mudou. Sem
dúvida que sim.Fiquei a adorar esta
prova. É um novo desa o para mim
próprio! Só o facto de puder
participar, já é uma satisfação
enorme para mim. Um orgulho
mesmo!
Gostaria de sugerir outros
obstáculos ou percursos?
Mais obstáculos, penso que
não, pois estão bem realizados na
minha perspectiva.
Claro que ao longo das edições, vaise
corrigindo e melhorando aqui e
ali, por isso estão concebidos com
sucesso.
Há algum momento especial
que queira partilhar?
O apoio de todas as pessoas
ao longo da prova, o reencontro de
alguns amigos, subida ao pódio
claro. Mas o mais marcante sem
dúvida, foi em Tarouca ao chegar à
Meta, ver lá a minha irmã, marido e
as minha queridas sobrinhas. Foi
especial, sem dúvida nenhuma.
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A inclusão no Desporto?
Como mudou a minha
vida?
Claro que marcou e
mudou muito.
Mostrou-me que nada é
impossível.
Basta querermos e ao querermos
tudo, conseguimos.
Sim, tenho relatado a
minha experiência, dado o
meu exemplo com limitação
motora a algumas pessoas
nas redes sociais, mas por
vezes não é fácil...
Maior parte da sociedade,
ainda pensa que as pessoas
com de ciência não são
capazes e mudar essa
mentalidade não é fácil...
Se o mundo foi criado para
todas as pessoas, porque é
que o desporto não há-de ser
para todas as pessoas?! Deixo
esta questão à sociedade.
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Como descreve e classi ca o evento e a Organização
responsável pelo “Fireman Challenge - OCR-A “ ?
Adorei ter participado nestas provas e venham muitas
mais! Só tenho agradecer à entidade máxima desta organização,
ao Adjunto Luís Oliveira, sem ele, sem a sua insistência, sem a Fé
que ele depositou em mim, tal como deposita nos demais nunca
teria participado e concretizado esta experiência. E dar os parabéns
a todas as pessoas que trabalharam e trabalham nestas provas
para que tudo corra a 100%.
Obrigado pela igualdade
Esta pode ser
equipa!
a tua
E-mail - firemanchallenge@gmail.com
Contato - 963238279