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O Progresso, edição de 09 de junho de 2020

O mais antigo jornal de Imperatriz em circulação diária — e terceiro do Maranhão — foi fundado em 3 de maio de 1970.

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POLÍTICA C1-2

Lamentável

CORIOLANO FILHO

Editor Responsável

editoria@oprogressonet.com

Coriolano Filho

DRT 1069-MA

editoria@oprogressonet.com

Muitos profissionais da saúde em Imperatriz estão sendo

vítimas do coronavírus. Até o domingo, pelo menos dez médicos

estavam internados, sendo três na UTI. São médicos,

assim como enfermeiros e outros profissionais da área, que

estão na linha de frente no combate a essa doença maldita.

No final da semana passada, a cidade perdeu o dr. Júlio César,

gastroenterologista, que havia sido levado para se tratar

em Belém. Profundamente lamentável o que vem acontecendo

não só em Imperatriz e no Brasil, mas em todo o mundo.

De acordo com o último boletim, divulgado no domingo

(ontem à noite seria divulgado um atual), em Imperatriz já

haviam sido registrados 2.671 casos de Covid-19 e 122 óbito.

O pior é muita gente não está seguindo os orientações dos

órgãos de saúde, como isolamento social e distância. Há até

mesmo quem não esteja usando máscara. Em alguns locais

se vê aglomerações.

No páreo

Em contato com a coluna

via WhatsApp, ontem, o professor

Jonas Alves reafirmou

a sua decisão de disputar um

mandato de vereador nas

eleições de 2020. Ele ocupava

o cargo de subsecretário

de Estado da Infraestrutura

Marabá

- 03 DE MAIO DE 1970 -

SERGIO GODINHO

Diretor Superintendente

diretoria@oprogressonet.com

e é o atual presidente do Diretório

Municipal do Partido

dos Trabalhadores (PT). A

sigla não deve lançar candidato

próprio à prefeitura, fazendo

aliança com o PCdoB

para apoiar o pré-candidato

Marco Aurélio.

Ontem à tarde o vice-presidente da República, General

Hamilton Mourão, esteve em Marabá, cidade paraense distante

234 quilômetros de Imperatriz. Ele é coordenador do

Conselho Nacional da Amazônia Legal. Antes esteve em

Porto Velho (RO) e admitiu a prorrogação da Operação Verde

Brasil 2. Hoje haverá reunião do Conselho de Governo e

Mourão vai apresentar a proposta ao presidente Jair Bolsonaro,

além dos resultados das ações da Operação até agora

realizadas.

Brincadeira!

Enquanto milhares de pessoas

estão morrendo no país,

o deputado federal Eduardo

Bolsonaro, filho do presidente

Jair Bolsonaro, se preocupa

em criticar o governador do

Maranhão Flávio Dino pela decretação

de lockdown na Região

Metropolitana de São

Eleições

Luís, no mês passado. No Twitter,

nesta segunda-feira (8),

Eduardo escreveu: “As provas

‘científicas’ do lockdown…

Agora adivinhem quem vai

bancar esse tempo do comércio

fechado? Dinheiro do governo

federal (presidente) que

vem de você, contribuinte”.

Conforme informações da Agência Senado, líderes partidários

do Congresso Nacional vão se reunir na próxima semana

com um grupo de médicos para tratar do adiamento

das eleições municipais previstas para outubro. Os especialistas

têm aconselhado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e

defendido a mudança da data do pleito em função da pandemia

de covid-19. O grupo de médicos inclui epidemiologistas,

infectologistas e um sanitarista, além de um biólogo e de um

físico especializado em estatísticas de pandemia. Ontem, os

presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos

Deputados, Rodrigo Maia, se reuniram com o presidente do

TSE, Roberto Barroso. Davi e Maia sugeriram o encontro

com os demais parlamentares para embasar a decisão final

do Congresso sobre o assunto.

Privatização

“A minha dúvida é se,

com as amarras que nós temos

do setor público, vamos

ter velocidade de transformação

que nos permita uma

adaptação a esse novo mundo.

Eu sinceramente desconfio

que não. Hoje o Banco

do Brasil concorre com

os outros bancos com bolas

de chumbo amarradas aos

pés. As decisões são todas

demoradas, têm que passar

por TCU, Sest, Secom,

CGU...”. A afirmação é do

presidente do Banco do Brasil,

Rubem Novaes, ao alegar

motivos para a privatização

do BB, durante reunião

com parlamentares da comissão

do Congresso que

acompanha as ações econômicas

relativas à pandemia

de coronavírus.

ILLYA NATHASJE

Diretor Comercial

comercial@oprogressonet.com

TERÇA, 09 DE JUNHO DE 2020

Operação de combate a crimes

ambientais será prorrogada

Estados que compõem a Amazônia Legal deverão reduzir desmatamento

Romério Cunha/Agência Brasil

Desde o dia 11 de maio, o

governo brasileiro vem travando

uma guerra contra

quem comete crimes ambientais

na floresta amazônica.

Mais de 3.800 militares, agentes

da Força Nacional, Polícia

Federal, Instituto Brasileiro

do Meio Ambiente e dos

Recursos Naturais Renováveis

(Ibama), Instituto Chico

Mendes de Conservação da

Biodiversidade (ICMBio) e

secretarias estaduais de

meio-ambiente estão realizando

ações de fiscalização,

apreensão e autuação em

madeireiras, serrarias e garimpos

nos estados do Acre,

Amazonas, Rondônia, Mato

Grosso e Pará – atual campeão

de desmatamento.

O vice-presidente da República,

Hamilton Mourão,

que é o presidente do Comitê

do Fundo Amazônia e do

Conselho Nacional da Amazônia,

visitou duas brigadas do

Exército, em Cuiabá e Porto

Velho, que participaram das

ações da Operação Verde

Brasil 2. Em Cuiabá, o vicepresidente

adiantou que a

operação conjunta será prorrogada

por mais um mês, por

decreto que deverá ser assinado

pelo presidente Jair Bolsonaro

nesta terça-feira, 9,

em Brasília.

Para Mourão, o ideal era

que as ações de vigilância

ambiental não tivessem duração

limitada. “Não adianta só

termos operações por um mês

ou dois meses. Ideal era estabelecer

vinte bases permanentes

de fiscalização na região

amazônica. Para isso, é fundamental

a retomada do Fundo

Amazônia para financiar

tudo isso”, afirmou.

O Fundo Amazônia recebe

doações de países europeus,

como Noruega e Alemanha,

para serem aplicadas em projetos

de combate ao desmatamento

e na conservação da

floresta.

Operações constantes

Outro desejo do vice-presidente

é fortalecer as agências

fiscalizadoras, como IBA-

MA e ICMBio. No momento,

há um estudo conjunto com o

Ministério da Economia, que

proibiu a realização de novos

concursos. Para Mourão, “não

adianta ter viaturas, se não

Maia: “Ao alterar os

números, o Ministério

da Saúde tapa o sol

com a peneira

O presidente da Câmara

dos Deputados, Rodrigo Maia

(DEM-RJ), criticou as alterações

feitas pelo Ministério da

temos gente”. No estado de

Mato Grosso – onde está boa

parte da reserva indígena

Xingu – a Operação Verde

Brasil 2 apreendeu 2.811

metros cúbicos de madeira,

46 tratores, 43 caminhões,

16 embarcações e aplicou

um valor total de 66 milhões

de reais em multas ambientais,

contando com um efetivo

de 1.200 homens.

Na tarde de domingo, o

vice-presidente foi até Porto

Velho, onde se reuniu com os

governadores Marcos Rocha,

de Rondônia, e Gladson Cameli,

do Acre, na sede da 17a

Brigada de Infantaria de Selva.

Nos dois estados, os maiores

problemas são as madeireiras

ilegais, o desmatamento

– que ocorre no primeiro

semestre do ano – e as queimadas,

que são feitas geralmente

no segundo semestre.

Rondônia está em terceiro

lugar no ranking de desmatamento

da Amazônia Legal,

que é formada por nove

estados.A região alcançou

uma perda de 205 quilômetros

quadrados de floresta de janeiro

a maio. Segundo o vice-presidente,

o investimento em

ações ambientais foi reduzido

a partir da crise econômica de

2012 e só agora vem sendo

retomado. Mourão garantiu

que as etapas da Operação

Verde Brasil seguirão durante

todo o mandato, ou seja, até o

final de 2022, e revelou uma

meta ambiciosa para contrapor

ao que ocorreu no ano passado:

“A meta é que o índice de

queimadas fique abaixo da

média histórica, já este ano.”

Ano passado, as queimadas

na floresta Amazônica atingiram

o ápice, espalhando-se

rapidamente por toda região e

chegando até mesmo a São

Paulo. Segundo o Comandante

do Corpo de Bombeiros de

Rondônia, Demargli da Costa

Farias, “na Amazônia, grande

parte dos problemas respiratórios

que acontecem são causados

pelas queimadas. Isso

faz com que os hospitais fiquem

mais cheios, e por causa

do problema de covid-19,

nós vamos ter resultados negativos.

Essa ação de combate

aos ilícitos florestais é fundamental

para que tenhamos

uma resposta positiva. Elas

impactam diretamente na saúde”,

explicou.

O vice-presidente regressou

na noite desta segundafeira

(8) para a Brasília, e nesta

terça-feira já se reúne com

o presidente Jair Bolsonaro

para ratificar a necessidade de

prorrogação da Operação

Verde Brasil 2 nos estados da

Amazônia Legal. (Agência

Brasil)

“Brincar com a morte é perverso”, diz Maia

sobre alteração de estatísticas da Covid-19

Presidente da Câmara anuncia que a comissão externa que debate

ações contra a pandemia vai rever os números do governo

Saúde na divulgação dos números

de mortes por Covid-

19. Desde sexta-feira, o Ministério

da Saúde deixou de

divulgar o total de mortes e de

casos confirmados. A medida

foi alvo de críticas de especialistas

e parlamentares. Neste

domingo, o governo chegou

a informar um total de 1.382

mortes vítimas do coronavírus

nas últimas 24 horas. Uma

hora depois, o portal do ministério

alterou os números e divulgou

que o total de óbitos

confirmados era de 525. Maia

criticou a confusão dos números

do governo e defendeu o

resgate da credibilidade das

estatísticas.

“Brincar com a morte é

perverso. Ao alterar os números,

o Ministério da Saúde

tapa o sol com a peneira. É

urgente resgatar a credibilidade

das estatísticas. Um ministério

que tortura números cria

um mundo paralelo para não

enfrentar a realidade dos fatos”,

afirmou o presidente.

Maia disse ainda que a comissão

externa da Câmara

que debate a pandemia vai se

debruçar sobre as estatísticas.

“É urgente que o Ministério

da Saúde divulgue os números

com seriedade, respeitando

os brasileiros e em horário

adequado. Não se brinca

com mortes e doentes”,

criticou Maia. (Luiz Gustavo

Xavier – Agência Câmara)

Congresso

usará dados

de covid-19

fornecidos por

Secretarias

de Saúde

O presidente do Congresso

Nacional e do Senado, Davi

Alcolumbre, afirmou hoje (8)

que a comissão mista do Congresso

criada para acompanhar

a crise do novo coronavírus

usará os dados fornecidos

diretamente pelas secretarias

estaduais de saúde. A

decisão foi anunciada após

reunião de líderes, ocorrida

nesta segunda-feira.

A comissão tem o objetivo

de acompanhar a situação fiscal

e a execução orçamentária

e financeira das medidas

de emergência em saúde pelo

governo federal. O colegiado

foi instituído pelo Decreto Legislativo

n° 06/2020 que reconheceu

o estado de calamidade

pública e desobrigou o governo

ao cumprimento da Lei

de Responsabilidade Fiscal.

Alguns senadores, como

Eduardo Braga (MDB-AM),

líder do seu partido no Senado;

e Randolfe Rodrigues

(Rede-AP), líder da oposição

na Casa, sugeriram que o Congresso

não dependesse mais

dos dados fornecidos pelo

Ministério da Saúde.

Mudanças

Com a decisão, o Congresso

abandona a contagem divulgada

diariamente pelo Ministério

da Saúde. O órgão

mudou recentemente sua forma

de divulgação do número

de mortes e de contaminações

pela covid-19, divulgando apenas

os dados das últimas 24h,

desprezando os números totais.

Mais recentemente, a

pasta anunciou o uso de

uma plataforma interativa, que

trará a análise de casos e

mortes por data de ocorrência,

de forma regionalizada. A

nova ferramenta deverá ser

disponibilizada nesta semana.

(Agência Brasil)

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