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DJ SOUND #165

Revista DJ SOUND Nº 165 - Março 2016

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MÚSICA + ESTILO + COMPORTAMENTO

# 165

MARÇO 2016

TECHNICS

O Retorno

ERIC PRYDZ

Sueco no comando

THE ALTRUISTS

RJ reconstruído

REVIEW FESTIVAIS

Invasão no Brasil

MARCELO CIC

Produtor Exportação

CHEMICAL BROTHERS

Entrevista Exclusiva

NERVO

Direto de Ibiza




Quem diria que atravessaríamos o túnel do tempo!

Completaremos 26 anos em novembro de 2016. O tabloide de 1989 virou revista em

1990, tempos depois entramos no ar como o primeiro portal dedicado à Dance Music

no Brasil. Estamos nos aproximando de três décadas de ineditismo neste segmento

editorial no território brasileiro.

Desde então somos testemunhas oculares de pioneiros, desbravadores, que

conquistaram seu espaço e abriram o mercado da Dance Music no Brasil.

Muitos desses personagens, incluindo nós, fomos e ainda somos chamados de

loucos e sonhadores... Mas George Lucas, Steven Spielberg, Steve Jobs e Walt

Disney também foram execrados e realizaram proezas por acreditarem nos seus

sonhos e encontraram a superação. Inspirados nesses personagens e em nossa

própria história que andamos de cabeça erguida e de mente aberta, o que nos motiva

a seguir em frente sempre.

Jamais imaginamos que a cena brasileira seria assim grande e prolífera. Assim como

muitos dos que adentraram neste mercado nas últimas três décadas ou mesmo

aqueles DJs renegados e fora dos holofotes ainda nos anos 50.

Nos últimos 20 meses viemos preparando as novidades da nova plataforma DJ

Sound, modernizamos a logomarca lançada em 2014; no último mês de dezembro

lançamos o novo portal todo reformulado e com design moderno, totalmente

responsivo. Criamos na Vevo, a DJ Sound TV em fevereiro, Além da Rádio DJ Sound

e agora em Março retomamos as edições da Revista DJ Sound com novo lay-out,

em formato digital.

Tudo isso para você leitor, assistir, ouvir e ler as notícias mais excitantes sobre este

gênero musical que se tornou a trilha sonora de várias gerações.

Os irmãos Fernando e Ricardo Sarmiento, sócios fundadores da DJ Sound se

aliaram a novos parceiros para trazer notícias consistentes através dos nossos

correspondentes espalhados pelo mundo.

Agradecemos especialmente aos nossos patrocinadores, colaboradores e esse

time incrível que está conosco nesta empreitada, sem vocês esse projeto não seria

possível! Estamos de olho no futuro com o aprendizado do passado.

Sejam bem vindos a DJ Sound!

Que Deus nos abençoe sempre!

Gonçalo Vinha

2016



Holandeses inovam com mochilas

e conquistam DJs pelo mundo

Por Emely Wessen

Viajantes, urbanistas e amantes do design tem nas mochilas,

unissex, da Solid Gray um bom motivo de investimento.

A marca holandesa nasceu pelas mãos dos designers

Herman Lijmbach e Jasper de Leeuw, formados na

renomada Academia Internacional de Design da

cidade de Eindhoven.

Numa primeira olhada pode parecer

apenas extravagante (saída de algum filme

Cyberpunk), seu formato de concha,

é funcional tanto como original para

pessoas que procuram diferenciação

entre populismos.

É feita em polipropileno de altaresistência.

Suas alças remetem

aos cintos de segurança de

veículos. Alguns modelos

vêm com caixas de som

embutidas para você

realizar aquela audição

ou festa entre amigos

em qualquer lugar.

Há acessórios como alças

coloridas, adesivos e

outros adornos para dar o toque

pessoal nas mochilas.

O último lançamento é o modelo

Matt Black; valores dos modelos da

Solid Gray vão de 170 a 190 euros.

Está presente em mais de 50

países (Holanda, Inglaterra, Dubai,

Japão, Estados Unidos, Rússia),

mantendo-se inédita no Brasil.

Muitos DJs e produtores musicais

aderiram a marca como Marco

Carolla, Carl Cox, Maceo Plex, Solomon,

Sven Vath, Nina Kravitz.

Site oficial:

www.solid-gray.com



Taty Mesquita, iniciou-se na música muito cedo e está completando nove

anos de carreira como DJ em 2016. Mas diferente de outras ela toca ainda

dedilha um violino em suas discotecagens, sendo a única no Brasil a tocar

como DJ e violinista, num formato inédito.

Foi premiada no DSA (DJ Sound Awards) como Revelação Live Brasil

(em 2013), e Destaque Live DJ Mulher Brasil (em 2014).

Ela vai abusando da house music e fazendo intervenções com seu violino,

desde clubs a grandes plateias com mais de 10 mil pessoas. A mídia logo

despertou o interesse e grandes publicações como a revista Veja e os

programas televisivos de Amaury Jr. e Xuxa levaram Taty Mesquita à público.

A DJ conversou conosco quando começou sua tour 2016 com datas nas

principais praças do Brasil e mandou seu top 5.

Taty Mesquita inovou ao ser única no Brasil a

discotecar e tocar violino!



Então como foi essa escolha de ser

DJ com uso de violino?

Taty Mesquita - Bom, na verdade

eu toco instrumentos desde os meus

10 anos de idade. E procurando um

diferencial para incrementar as

minhas apresentações buscava um

instrumento impar, que casa-se bem

com a música eletrônica. E como

amante da música clássica a escolha

não poderia ser outra. Confesso, no

inicio não foi fácil, mas agora é como

dirigir, ficou tudo automático.

Nas suas discotecagens pelo Brasil

cite três lugares surpreendentes com

o público e suas peculiaridades?

Taty Mesquita - Difícil escolher

apenas três lugares. Mas posso citar

as últimas três com essa caraterística:

Kanto da Ilha em Escarpas do Lago

(MG), fiz um long set de 7 horas no

Réveillon, e a cabine é de frente pra

uma das maiores represas artificiais

do mundo, ai você imagina a vista!

O Caldas Country (Caldas Novas/

GO), toquei as 10 da manhã no

camarote que mesmo depois de mais

de oito horas de festa , ainda tinha

mais de 10 mil pessoas, foi incrível

e por último a Tai em Rondonópolis

(MT), lugar com público e uma energia

incomparável.

O que foi mais difícil discotecar

com DJs homens ou mulheres? Há

diferenças?

Taty Mesquita - Não tem dificuldades

e diferenças, na cabine somos todos

iguais, pessoas que vão levar alegria

através da música para a pista, e isso

tem que ser maior que tudo.

Quais são suas influências artísticas

nacionais e internacionais? Tem

estilos e tendências que gosta mais?

Taty Mesquita - No Brasil gosto

muito do trabalho do Vintage Culture e

internacionais do Calvin Harris e Robin

Schulz. Minhas preferências musicais

são House Music e Progressive House.

TOP 5

CALVIN HARRIS & DISCIPLES - HOW DEEP IS YOUR LOVE

FELTEN, VINTAGE CULTURE, CONSTANTINNE - EYES

MIKE MAGO & DRAGONETTE - OUTLINES

ROBIN SCHULZ FEAT. FRANCESCO YATES - SUGAR

ELEKFANTZ - DIGGIN’ ON YOU



Technics

Panasonic anuncia retorno do mito

O avanço na tecnologia Djing foi

e é inevitável com novas crias (para

os ditos DJs “reclamões” e cri-cris de

plantão rendam-se e acabem com o

papo furado de que é DJ de verdade

quem toca com vinil), e o mercado

esta farto de possibilidades pelas

mãos de diversas empresas.

A Pioneer não para de investir e

os hardwares (CDJs), que nem mais

tem entradas para os tradicionais

CDs, são uma realidade, e o que falar

então dos que recebem as músicas

por wi-fi (se liga no CDJ-2000NXS

bom isso funciona bem em países

onde não há um ratinho girando a

roda no seu roteador!

Nos toca-discos a Pioneer

preencheu uma certa lacuna para os

que admiram a precisão da Technics,

e lançou a ótima PLX-1000, com

a mesma eficiência das Technics;

segundo o próprio DJ Marky (ah, o

nosso herói brasileiro, motivador

assim como era um tal Ayrton Senna),

após testar as mesmas em Londres na

época do lançamento, me respondeu

quando o indaguei a respeito.

A venda dos discos de vinis

no mundo todo esta dando uma

esquentada nos últimos 5 anos,

claro que nada nas antigas escalas,

onde artistas de música eletrônica

chegavam a vender 25 a 60 mil

unidades de um vinil, na claridade

hoje se algo for das mil as cinco mil

é um feito e tanto. Que diga a Cocoon

Records de Sven Vath que era uma

das que mais vendia vinis, alguns

com acabamentos luxuosos (com

direito e reserva de verniz localizado),

entre outros mimos. Hoje alguns

vinis do selo saem em modestas 500

(quinhentas) unidades!

Voltando ao que interessa eis que

a Panasonic anuncia de forma oficial

o relançamento dos idolatrados tocadiscos

(os tais pick-ups), Technics, o

comunicado para o mundo saiu numa

conferência da empresa e causa

frissón, já que a mesma anunciou

há cinco anos que iria descontinuar

o produto. Com a escassez os tocadiscos

mesmo usados tiveram seus

preços na estratosfera (e ainda estão).

A marca Technics foi comprada pela

Panasonic, algo como uma operação em

que a Fiat assumiu o capital da marca

Ferrari, como estratégia de mercado,

digamos que algo que fosse bom para

o casting de produtos da empresa,

e não propriamente os cifrões de

faturamento em si. Os lendários tocadiscos

Technics estão para a música

eletrônica assim como uma guitarra

Gibson Les Paul para os roqueiros.

A Panasonic revelou que a nova

Technics, terá novidades tecnológicas

e um design digamos “conservador”

com um certo ar de nostalgia.

Os clássicos modelos SL1200 e SP10

são a base do novo modelo, batizado

de SL1200G, que chega ao mercado

nos próximos meses. O motor e o seu

torque comprovados que aguentam

uma pessoa de no máximo 50kg, em

pé de braços abertos girando sem

comprometer o funcionamento, deve

continuar sendo um dos pontos altos;

aliado a perfeita condição sonora que

a fez um mito. Este vídeo da Panasonic

mostra a paixão pela Technics e

prenunciava este soberbo retorno.

Salienta-se que tanto a Panasonic

como a Pioneer e outras empresas do

segmento Djing não focam ou vivem

somente dos ditos DJs de verdade,

pelo contrário há muitos amantes

das Technics e outros equipamentos

Djing por hobby, entre eles gente que

não tinha dinheiro na juventude para

desfrutar disso e daquilo.

Então aos ranhetas que chocham

esses “de fora do mercado”, lembremse

que quem ajuda a alavancar esse

mercado e novas tecnologias são

essas pessoas ao redor do mundo.



PASSADO, PRESENTE E FUTURO DESSA DUPLA DINÂMICA

Por Gonçalo Vinha

Alguns dos maiores nomes

da música eletrônica mundial

que ganharam destaque nos

últimos anos foram mascarados

como Daft Punk, Deadmau5,

pseudo-nerds como Skrillex e

DJs modeletes.

Buscar um diferencial para se

sobressair é algo que todos

devem ter em suas vidas e

personalidades mesmo fora do

competitivo mundo da música

independente do estilo.

No Brasil... O Crossover

formado por Júlio Torres

e Amon Lima, quebrou

paradigmas, impôs estilo,

cativou fãs e esta dupla

dinâmica esta com pleno gás

para os próximos passos.

Batemos um papo com eles

num back and forward jamais

visto, matando curiosidades e

nos fazendo abrir horizontes

de olho no futuro.

Com vocês os caras sem carão!



Há 10 anos vocês deram a largada no

projeto Crossover, definam o passado,

presente e futuro?

Júlio Torres - Não imaginava que

chegaríamos tão longe, sempre soube

do potencial do projeto e como

cresceria naturalmente.

Amon Lima - A palavra que define esses

quase onze anos de estrada e os anos

que estão por vir é: Aprendizado.

O que fazem para manterem-se

atualizados de forma tecnológica

e musical?

Júlio Torres - Já passamos por diversos

set-ups, sempre gostei de experimentar

o que tem disponível no mercado,

quando começamos o vinil estava

dando adeus, e já partimos para um set

com Ableton e controladores tocando

nossas próprias canções, mas vimos

a necessidades do set ser dinâmico e

assim fomos experimentando até hoje.

Em relação ao estilo musical, somos

um projeto de house e para quem não

sabe, house abrange praticamente

todos os segmentos do que se toca

hoje; do deep ou tech ou mais melódico,

depende da ocasião.

Amon Lima - Estudo violino de 4 a 5

horas diárias e isso me mantém em

forma e progredindo musicalmente.

Para o show é fundamental que o

equipamento seja leve e portátil, pois

muitas vezes as cabines são pequenas

e apertadas. O ideal é que não precise

mexer na configuração do club para não

dar trabalho para os proprietários e para

os outros DJs (ou Lives) que também

vão tocar na noite. Estou sempre lendo

a respeito e testando equipamentos,

softwares e novas tecnologias que

possam melhorar nesse sentido.

Como deu-se a adaptação de ambos ao

trabalho e jeito de interpretar a música

para poderem montar o Crossover?

Júlio Torres - Isso foi com o tempo, fomos

tocando e sentindo um ao outro, me

preparei pra tocar músicas mais limpas e

acessíveis às melodias do Amon e assim

fomos descobrindo a melhor e mais

interessante maneira de tocar juntos.

Amon Lima - O maior desafio ainda é

desenvolver uma linguagem que faça

sentido musicalmente no universo da

música eletrônica. Quando começamos

o Crossover eu já estudava improvisação

e tocava com a galera do Jazz de São

Paulo, durante minhas folgas nas tours

da Família Lima. Saber improvisar é

fundamental nesse tipo de projeto

musical, mas só isso não resolve.

Conhecer equipamento, a dinâmica dos

clubs, o que funciona na pista, quando

tocar e principalmente quando não

tocar… tudo isso faz parte do processo de

encontrar uma linguagem que funcione

nesse universo. Quando começamos há

10 anos, fiz um curso de DJ com o pessoal

do Drumagick que me ajudou bastante

nesse processo.

Amon, impressiona o seu lado de

improviso nos sets. Existe algum

planejamento do que será tocado antes

por parte do Júlio ou ele pode soltar

algo que você não saiba e ai você entra

acompanhando?

Júlio Torres - Na verdade nunca

programamos nada, sempre vamos

sentindo a pista e conduzindo de acordo

com o clima.

Amon Lima - Quase tudo no set é

criado na hora, sem ensaio e sem

planejamento, funciona melhor assim,

entendemos a pista e vamos criando

uma história única para cada lugar que

tocamos. Os melhores sets em minha

opinião são os que o Júlio coloca

músicas que eu nunca ouvi.

Passaram-se dez anos desde o

lançamento do primeiro álbum do

Crossover. Quando teremos um

álbum novo?

Júlio Torres - Estou muito empolgado em

trabalhar em algo novo, estamos com

uma faixa finalizada e fazendo planos.

Amon Lima - São três CDs: “Humanized”

(2008), “Tune Serias #4” e “ThankU

Crossover 10 Anos” (2014)

Como é conciliar as carreiras solo de

vocês com o Crossover?

Júlio Torres - Na verdade investi 100%

no Crossover. Nos últimos dois anos é

que estou produzindo num ritmo mais

acelerado, e agora que vão começar a

sair muitas faixas.

Amon Lima - Além do Crossover

atualmente toco na Família Lima que

tem uma agenda bem movimentada,

Bittencourt Project (projeto solo do

guitarrista Rafael Bittencourt, da banda

Angra) e mais gravações e projetos

especiais que eventualmente surgem.

Para conciliar é preciso se organizar,

dormir bem e manter-se saudável,

pois são muitas viagens e poucas

horas de sono.

Júlio como foi fazer o remix para o

Roberto Carlos, quando muitos torciam

o nariz para a ideia que se consolidou

com sucesso?

Júlio Torres - Foi um sonho poder trabalhar

com um ídolo do Brasil e saber que minha

mãe ama o rei e escutava sempre. Acho

que o desafio foi fazer algo que soasse

moderno e eletrônico, e se o rei gostou

do resultado eu gostei também.

Acreditam no mercado de eventos

corporativos para a música eletrônica?

Júlio Torres - Muito, fazemos muitos

eventos e acho super bacana até

porque na maioria das vezes as

empresas descobriram a agente

através das festas em clubs e porque

não mostrar nosso trabalho para esse

público tão especifico?!

Amon Lima - Sem dúvida, tanto os

eventos corporativos como sociais

fazem parte da nossa agenda. O

Crossover funciona bem nesse mercado

que sempre precisa de atrações novas

e diferenciadas. Tem histórias muito

bacanas e emocionantes como a de um

casal que se conheceu numa festa ao

som do Crossover e quando casaram

chamaram a gente para tocar na festa.

Qual foi o maior desafio para vocês até

hoje no projeto?

Júlio Torres - Acho que nos mantermos

vivos e fortes por dez anos, num mercado



tão competitivo como o nosso é um grande desafio.

Amon Lima - O maior desafio é se manter relevante

na cena depois de tanto tempo de projeto. São

quase onze anos de carreira com agenda cheia

e festas lotadas e isso só se consegue

com pé no chão e foco na música.

Houve algum arrependimento

na carreira do Crossover?

Júlio Torres - Para mim talvez

não ter mais álbuns lançados.

Amon Lima - Apesar do sucesso

na carreira logicamente houveram

alguns erros e tropeços no caminho

mas nada que cause arrependimento.

Acho que isso faz parte do aprendizado

e da evolução.

Qual a maior conquista?

Júlio Torres - Foram várias, derrubar

o servidor do UOL quando

lançamos a faixa “Scandal”

com a Sandy, foi um feito.

Amon Lima - Dez (quase onze)

anos de estrada com o projeto,

saber que o nosso trabalho

inspira outras pessoas, as

mais de 1000 apresentações

pelo Brasil e mundo afora. O

carinho do público, os prêmios

que recebemos, enfim… toda

esta história.

Qual a maior decepção?

Júlio Torres - Acho que não

tenho, o Crossover só me

trouxe coisas boas.

Amon Lima - Há quatro anos,

no auge da fase do Dexterz

com dezenas de shows e viagens para fazer fui diagnosticado com

um problema postural que quase me fez parar de tocar. Foram

meses de fisioterapia intensa, além de todo um programa de

reaprendizado da técnica do violino (que dura até hoje!),

pois a principal causa das dores era a maneira errada

que eu tocava o instrumento, agravada pela quantidade

de shows e viagens. Por muito tempo vivi com a

insegurança de não saber se seria capaz de continuar

tocando, mas hoje graças a Deus isso é um assunto

superado.

Qual foi a maior roubada nas gigs?

Júlio Torres - Para min uma festa no interior do Rio

Grande do Sul que o cara não pagou e ainda cancelou

os tickets de volta… Um FDP! (risos).

Amon Lima - Essa que o Júlio contou foi

uma baita roubada! O contratante

ficou de acertar o cache depois

do show, quando chegamos ao

aeroporto descobrimos que

as passagens não eram

válidas e quase ficamos

em terra. Compramos

passagens do próprio

bolso para não perder

o show seguinte.

O que é mais

desgastante na

vida de vocês?

Júlio Torres -

Viajar, estrada

no interior do

Brasil é ridículo,

os hotéis fora das

capitais também

não ajudam, mas

acredito que tudo isso faz parte

do esforço para o sucesso.

Amon Lima - A falta de

estabilidade. Se ganha

muito bem nesse trabalho,



mas quem vive de cache precisa ser pé no

chão e não fazer besteira com o dinheiro.

O mercado oscila bastante… tem que

estar preparado para os altos e baixos que

fazem parte de qualquer carreira artística.

Numa rotina agitada como a de vocês, o

que fazem em termos de saúde e cuidados

pessoais para ficarem bem?

Júlio Torres - Olha me alimento super

bem, ando meio chato com alimentação

e tenho feito muito exercício, minha

nutricionista me disse se continuar assim

vou virar atleta (risos), mas é importante

para ficar bem para as viagens.

Amon Lima - “Ter uma vida regrada” é

impossível nesse trabalho, mas nos dias

que não estou em tour evito noitadas e

excessos. Faço exercícios, como e durmo

bem e guardo energia para a pauleira!

A partir de quando houve um planejamento

para o projeto e de quem foi a decisão?

Júlio Torres - Olha sempre falamos tudo

junto, a Tune nossa agência ajuda muito

na gestão de carreira, existe um trabalho

excepcional por parte da Tania e do crew

da agência.

Amon Lima - Começou em 2005. Eu

tinha me mudado para São Paulo para

estudar jazz e improvisação com os

músicos da noite paulistana, e nos

intervalos das tours com a Família

Lima saía pelos bares para tocar com

essa galera. Nessas andanças conheci

o percussionista Paulo Campos, que faz

um trabalho muito bom de percussão

com música eletrônica, e foi o trabalho

dele que me inspirou a criar um projeto

Live. Comentei com o Cris Rufino (da

Cool Magazine) sobre essa ideia e ele

me falou que o Júlio Torres estava

procurando um músico para um projeto.

Fomos apresentados e o resto é história.

Acreditam na vida útil de um projeto?

Júlio Torres - Acredito, se o artista não

trabalha e bota as caras no mercado,

morre! Se apaga naturalmente, é um

processo natural.

Amon Lima - Sim. Existem artistas que

pegam carona nas modas e a carreira

termina quando a moda termina. Mas

mesmo falando de artistas “sérios”

tem muita coisa que pode dar errado;

problemas pessoais, saúde, mudança de

foco e objetivos, o público deixar de se

interessar… enfim, uma carreira duradoura

é quase um milagre.

Vocês tem algum hobby, se sim, quais?

Júlio Torres - Discos sempre foram meu

hobby, música na verdade, agora estou

investindo mais tempo e conhecimento em

fotografia que sempre tive um certo dom e

facilidade, cozinheiro quando dá tempo.

Amon Lima - Eu jogo videogame, estudo

língua japonesa e estou começando a

estudar alemão. E quando tenho tempo

livre viajo para a selva, longe da correria

e da loucura.

Onde se imaginam com o Crossover e

individualmente nos próximos cinco anos?

Júlio Torres - Acho que é muito tempo

para pensar na frente, mas imagino fora

do Brasil, trabalhando no mercado gringo.

Amon Lima - Para o Crossover desejo uma

carreira internacional mais sólida e mais

músicas autorais, coisa que já começamos

a fazer. Individualmente me vejo com mais

sabedoria, mais barba e menos cabelo!!

Como é ver São Paulo uma das maiores

capitais do mundo ter pouquíssimos clubs

hoje em dia para o som que tocam?

Júlio Torres - Triste na verdade, o Brasil

é um país de modinhas e isso fica claro.

Mas já vi muitas coisas passarem e mudar,

o que não muda é a verdadeira música.

Estou tocando no D-Edge há 14 anos e

continua firme e forte, isso deveria servir

de inspiração para outros clubs e festas

seguirem o exemplo de sucesso.

Amon Lima - Poderia ter mais, mas não

acho que esteja tão fraco. Na capital

ainda tem bons lugares para tocar, e

temos ótimos clubs no interior e litoral.

Falo por experiência própria que para

outros gêneros como jazz, música

clássica e mesmo para o rock a coisa é

muito mais difícil.

Muitos dizem que o Brasil passa um

momento musical dentro da música

eletrônica crítico mesmo com alguns

nomes como de vocês se mantendo no

mercado. Qual é a visão de vocês num

mercado onde o eletrônico encolheu

de tamanho nas agendas dos clubs

com a invasão de outros gêneros como

o sertanejo?

Júlio Torres - Olha acho que musicalmente

o Brasil esta num dos melhores

momentos, vários ótimos produtores

muita gente boa surgindo.

Só acho que falta um pouco de

personalidade para fazer algo autêntico,

parece que o som é deep e fim, não existe

mais nada…

Para quem acompanha o mercado sabe

da força que o techno vem chegando e do

inicio do fim do E.D.M.; Acho que dá para

ser mais criativo e misturar os gêneros.

Amon Lima - Se considerarmos que

“Galopeira”, o primeiro álbum dos

meus amigos Chitãozinho e Xororó

foi lançado em 1970, uma década

antes do surgimento da House Music,

chamar os sertanejos de invasores é

no mínimo precipitado…

Existe uma transformação no mercado

que acho positiva para a música

eletrônica brasileira. Hoje temos

artistas nacionais como o Vintage, Alok,

ou mesmo como foi com o Dexterz há

uns anos atrás; que lotam mega eventos

sem que os organizadores precisem

contratar gringos.

Tem bastante gente nova produzindo

coisa boa, e bastante gente consumindo a

música eletrônica feita aqui.

Caras como o Gui Boratto, Felguk, FTampa

e tantos outros com carreira consolidada

no exterior… O Brasil hoje faz parte do

calendário de megaeventos internacionais

como Tomorrowland, EDC, Creamfields, etc.

Acredito que a diminuição nas agendas é

uma consequência da crise que o Brasil

está passando.

Como vocês se definem individualmente?

Júlio Torres - Olha, me defino como artista

de músicaeletrônica o mais dinâmico que

eu possa ser, sem rótulos ou preconceitos.

Amon Lima - Um apaixonado por música

e um homem de sorte por poder viver da

minha paixão.



FESTIVAIS

DIVERSIDADE E CONQUISTAS EXPANDIDAS

POR GONÇALO VINHA



FESTIVAIS DE 2015:

diversidade e conquistas expandidas

Os fãs da dance e de outros

estilos não podem reclamar de

2015, houveram fartas ofertas de

festivais e shows. Quem adiantou

a compra dos ingressos para

alguns eventos como Lollapalooza

e Tomorrowland no final de

2014, curtiu sem maior peso

no bolso e evitou ficar de fora,

de acontecimentos no mínimo

importantes no entretenimento.

No segundo semestre com a

crise econômica aguçada e o

mar de incertezas muita gente

deixou de lado ou ficou mesmo

impossibilitada de estar presente.

A salvação, ainda, para quem pode

é o cartão de crédito parcelando

a diversão, e foi isso que salvou

muitas produtoras.

É notório afirmar o grande

salto que o Brasil deu há alguns

anos na profissionalização dos

eventos, tanto que grandes

nomes começaram a desembarcar

com mais frequência por aqui,

e exigências como sistemas de

som (antes disponíveis apenas

no exterior, ou por uma ou outra

empresa brasileira), logística,

capacidade técnica, para dizer o

mínimo estiveram presentes.

A chegada de grandes grupos

internacionais de entretenimento

como por exemplo:

William Morris, SFX e Insomniac

com suas equipes estrangeiras,

comandando ou integradas aos

profissionais brazucas trouxe

novo nível e horizontes para o

mercado onde quem ganhou foi o

público consumidor.

Os festivais por sua vez, estão

sendo cobrados para ações efetivas

de criar experiência para os

frequentadores, engajamentos sociais

e sustentabilidade, onde cada um

desde que relatamos caminham bem.

Estivemos nos maiores eventos

realizados no Brasil ao longo do ano,

era nossa missão e planejamento,

alguns estivemos envolvidos

como media-partners fazendo

um trabalho. Infelizmente a nova

plataforma da DJ Sound ocupou

nosso staff e não pudemos estar

em outros eventos que também

chegaram em mais edições de

norte a sul do país.

O ano de 2016 promete com a

maioria dos festivais cobertos indo

para novas edições, alguns com

mudanças dentro do calendário

outros expandido e entrando em tours

pelo país. Tem ainda a volta do Ultra

Music Festival – UMF, desta vez no

Rio de Janeiro (dias 7 e 8 de Outubro),

numa cidade pós-Olimpíadas.

Com tudo isso acontecendo em

profusão nas mãos de profissionais

competentes do segmento, resta

a mais marcas investirem tirando

o estigma de que só cervejarias

contemplam, quando o público

é vasto e consumidor de várias

categorias. Afinal o público é o

grande replicador destes eventos

e marcas associadas.

Haja saúde para mais um ano de

maratona e 26 anos de DJ Sound!



(Autódromo de Interlagos, SP)

28 e 29 de Março

- A importação que deu certo!

Rumo a quinta edição em 2016, o

festival que mistura diversos estilos

musicais, cujos donos são a William Morris

Entertainment e Perry Farrel (líder da

banda Jane´s Addiction), aliados ao time da

produtora Time For Fun (T4F), mostraram

que é possível realizar um festival perfeito

no autódromo de Interlagos. Estrutura

perfeita, tirando alguns afunilamentos de

público (questão resolvida no festival EDC

em dezembro, leia abaixo).

O sucesso do Lollapalooza se consolidou

com ingressos esgotados em 2014, e

um pouco menos em 2015; o festival

de investimento passou a gerar lucro e

consolidou sua marca e história frente ao

público. Resolveu dificuldades de realizar

algo funcional no autódromo desbravado

com louvor pelo Skol Beats nas suas

primeiras edições (lembrar da terra

vermelha levantando e grudando na pele

na tenda no set do Paul Oakenfold na 1ª.

edição é memorável para quem desfrutou).

Quanto ao line-up, bom a eletrônica (para

raiva de muitos roqueiros, conservadores e

radicais de plantão), quebrou paradigmas

e mostrou força e aceitação do público. E

olha que o roqueiro Robert Plant estava

como a grande atração. Skrillex, que

chegou no dia da apresentação vindo de

uma maratona no exterior, deu um show

e interagiu muito com o público. Desceu

do palco e foi ovacionado no set direito a

bootleg do Daft Punk.

Já o inglês Calvin Harris provocou um

deslocamento massivo do público (80%

do festival moveu-se para o palco (e isso

também ocorreu na edição do festival no

Chile) para ver um DJ – vingança dos nerds

consolidada!); com um set programado

(isso mesmo e daí?!), sincronizado com

iluminação e pirotecnia.

Eram sorrisos, abraços, pulos de uma

moçada feliz. Calvin ainda ganhou um disco

de ouro da Sony Music, pelas mais de 160 mil

cópias vendidas de seu álbum, chegou com

glamour tendo pulseiras próprias de acesso

ao festival para seu crew e convidados,

além de ter chegado no mesmo helicóptero

usado por Robert Plant.

Os DJs também são astros do rock tá!

(Avisem os tais roqueiros e radicais, rs).

Steve Aoki levou a tenda eletrônica

a ficar insuportavelmente cheia, a lona

transpirava e a vibe era incrível. De longe

uma das melhores apresentações do japa

louco por aqui.

Ah foi muito bom ver o a eletrônica

tão forte como o tal do rock. A decepção

foi Pharrel Willians num show morno,

excelentes músicos, mas sua voz não

“fala” ao vivo como no estúdio, nem os

hits “Happy” e “Get Lucky” dos Daft Punk

salvaram o seu show rocambolesco, dessa

cara gente boa (!), que conquistou o mundo.

Ao lado do Rock In Rio goza do mérito

de vender ingressos sem anunciar o line-up

antecipado. Para 2016 o line-up é dos bons

reunindo nomes como: Zedd que ocupa a 1ª

posição no Top 40 da rádio DJ Sound.

Kaskade, A-trak, Gramatik, Matthew Koma

(parceiro nas produções de Zedd), Groove

Delight, Funky Fat, e Eminem.

Site oficial:

www.lollapaloozabr.com



(Itú, SP) 1 a 03 de Maio

-Excelência! Verdadeiros professores

com lição de casa para outros

Atenção logo de cara é necessário falar

que o Tomorrowland é Universidade e

pós-graduação em eventos realizados no

Brasil até então. Então tenho de dizer para

muitos produtores sentem numa cadeira,

ou melhor vivenciem o festival, e rebolem

para fazer um pouco do que essa galera da

SFX faz (pronto falei!!!), não desmerecendo

nenhum outro festival ou produtores.

Sem precedentes o nível do festival em

vários quesitos: staff educado e cortês (dos

seguranças (pouco mais informados que

na média dos festivais) a turma eficiente

da limpeza. No que tange a nossa parte

é ótimo mencionar a sala de imprensa

(essa é surpreendente! – Ar-condicionado,

internet potente e funcional, tomadas

e mesas em quantidade, geladeira

cheia (água, refrigerantes e até cerveja

(pela alta rotatividade saia quente para

alguns), comida farta (sanduíches, frutas,

e chocolate belga), limpeza. Não teve

improviso, teve percepção e preocupação

com os profissionais, “açoitados” em muitos

eventos Brasil afora.

Resumindo entregaram estrutura para

quem estava lá cobrindo a maratona de

3 dias para uns e 4 dias para outros (o

festival abriu as portas em 30/04, para

imprensa e pagantes do Dreamville). Ok, o

envolvimento das dezenas de profissionais

vindos do estrangeiro, alguns meses antes,

deu rédeas e direção em muitas coisas

e para um melhor. Amistosos, curiosos e

felizes tanto quanto o público na missão

de divertir os mais de 60 mil baladeiros por

dia, que foram a fazenda Maeda em Itú (SP).

Rodando pelo festival, uma das diversões

para quem vai, é poder caminhar pelas áreas,

todas harmoniosas entre sí (apenas um dos

palcos, muito escondido e perto de ações

de MKT de marcas) , a decoração espalhada

pela área do festival (incluindo portais,

totens, cogumelos), ricos em detalhes,

sinalização correta das áreas. Piso plástico

anti-derrapante, em boa parte do festival,

incluindo a imensa área do main stage,

evitou lama no pé que era via de regra num

evento como este e no local onde foi. São

Pedro também ajudou e fechou a porta do

“pipi room” e os deuses mandaram dias

ensolarados para brindar o festival. Praça

de alimentação farta para todos os gostos

(e bolsos), merchandising do evento sendo

consumido como pão, em locais amplos e

estruturados sempre cheios (alô outros

eventos: façam e caprichem nesses produtos

e áreas, a nossa XXXperience manda muito

bem como exemplo).

Palcos majestosos e mesmo os menores

(muito charmosos) e detalhados, imaginem

as nossas escolas de samba turbinadas em

criatividade na décima potência. O palco

dos “espelhos” dedicado ao house um dos

mais belos em meus 26 anos de cena e

com mais de 23 festivais gringos vistos ao

redor do mundo.

Na música, a diversidade reinou, todos os

estilos contemplados, com nomes graúdos

e alguns ainda inéditos. A galera dos ritmos

hardcore fez a festa no palco Q-Dance (com

seu logo emblemático), os argentinos (ah

sim, azucrinados na rivalidade do futebol,

mas em música eletrônica estão ainda

na frente do Brasil, sendo os pioneiros a

receberem nomes e festivais internacionais

no continente) deram “baile” na presença

frente aos brasileiros, no palco trance

comandado por Ferry Corsten. Alguns

“cri-cris” do trance ficaram fortemente

incomodados pela presença dos hermanos,

esquecendo que um festival como esse

prega a tolerância e boa convivência. Bom

salientar que não foram registradas brigas

ou atos violentos em todo festival.

Gente poderosa da cena nos bastidores

suando a camisa e com pé na terra

mostrando que meter a mão na massa

pode fazer a diferença no final.

Para edição 2016 nomes de calibre (e

ainda é primeira fase dos) confirmadíssimos:

Armin Van Buuren David Guetta, Axwell

& Ingrosso, Loco Dice, Afrojack (set

memorável na XXXperience de 2014), Ferry

Corsten, Infected Mushroom, Laidback

Luke Solomun, Steve Angelo (num dos

seus melhores momento de carreira), além

dos brasileiros Marky (verdadeiro DJ e

herói brasileiro; furacão na edição 2015,

arrasou!), Gabe, Gui Boratto, Tropkillaz.

De olho na crise e querendo ajudar o

público a organização esta parcelando

os ingressos em 4x sem juros para 2016.

O festival ainda mudou de data, sendo

realizado agora em abril (dias: 21, 22 e 23,

haverá um dia a mais de festa para quem

comprar o ingresso do Dreamville).

Quer ver algo realmente diferente no

Brasil e tantos gringos por metro quadrado.

Experiência e diversão garantida, palavras

na memória de quem foi e recomenda. Ops,

altamente recomendável!!!

Visão, responsabilidade, planejamento e

um algo a mais não visto em outros festivais

dá a tônica do Tomorrowland. Profissionais do

segmento de eventos no Brasil revejam suas

idéias e métodos, incluindo o mkt de internet.

Site oficial:

www.tomorrowlandbrasil.com



(Rio de Janeiro, RJ)

18, 19, 20, 24, 25,

26 e 27 de Setembro

- Reunindo a família fora de casa!

A cidade do rock funcionou novamente

no Rio de Janeiro com todo seu esplendor

e line-up de quilates.

Quem poderia imaginar a volta do

Queen, A-ha (especialmente convidados

para o festival pelo dono, Mr. Roberto

Medina), Metallica (esses são residentes

do festival pelo mundo), enfrentaram

problemas técnicos como “apagão” no

som e saíram com maestria.

A tenda eletrônica, meio tímida em

2015 perante anos anteriores, trouxe

apresentações de ouro como set conjunto

da trinca formada por Anderson Noise,

MauMau e Renato Cohen, mostraram

coerência e música de categoria (fica

uma aula para os sets de duplas, trincas,

não ensaiados e desengonçados que

vem permeando a “cena”), a sensação

do jovem Vintage Culture e a revelação

Chemical Surf surpreenderam.

Ainda houveram apresentações de

Vivi Seixas (filha do ícone roqueiro, Raul

Seixas), Mary Olivetti (numa homenagem

ao pai, o compositor Lyncon Olivetti),

Volkoder. Na ala internacional nomes

fortíssimos da linha de frente como o

mestre de Detroit, Carl Craig, Pig & Dan,

DJ Vibe (um dos preteridos de Carl Cox),

prevaleceu o clima underground; ponto

para uma curadoria que não desvairou

num festival mais para o mainstream!

Apesar da correria para garantir os

ingressos antecipadamente, o Rock In

Rio no Brasil, não teve esgotamento de

ingressos (reflexo da tal crise), mesmo

assim é ao lado do Lollapalooza, o

festival que vende ingressos logo de

saída sem anunciar o line-up.

Novo encontro marcado para 2017

no Rio de Janeiro. Já nos Estados Unidos

a primeira edição do Rock In Rio foi

derrotada com público escasso, e requer

novas estratégias e melhor período de

realização na terra do Tio Sam.

Festival prima pelos ótimos nomes,

estrutura sendo possível curtir com

várias gerações da sua família. Se você

reclama de não ter almoço ou jantar em

família, eis a dica para reuni todos com

boa trilha sonora!

Site oficial: www.rockinrio.com



(Itú, SP)

14 de Novembro

- Gigante pela própria natureza!

Passaram-se 19 anos e a Rave

XXXperience, chegou a maioridade, o

termo rave acoplado ao nome deixou

de ser usado há muito tempo e a festa

grande tornou-se um verdadeiro festival.

Quem diria que produtores de eventos

“normais” (muitos corporativos, este escriba

esta lá e até tocou em alguns deles), viriam

a se tornar pioneiros na profissionalização

do que era chamado de rave no Brasil.

A dupla Edson Bolinha e Erik Dias,

proprietários da No Limits Eventos, são os

corajosos e responsáveis pela empreitada,

contando com uma bem municiada equipe

funcional e criativa. Passaram-se 19 anos e

a Rave XXXperience, chegou a maioridade,

o termo rave acoplado ao nome deixou de

ser usado há muito tempo e a festa grande

tornou-se um verdadeiro festival.

Criatividade e força de vontade a dupla

tem de sobra apesar das dificuldades,

todo histórico e números bem relevantes

(de consumo e de público), ainda padece

de patrocinadores que poderiam fazer o

evento crescer ainda mais. Apenas uma

grande cervejaria e um energético tem

sido os fiéis escudeiros da dupla.

Qualidade e responsabilidade a

XXXperience detém, as tendas ao longo dos

anos foram ganhando designs e produção

exclusivas, o palco principal tornou-se

uma muralha vislumbrante de show e

luzes (nada devendo a festivais como

Ultra, Tomorrowland e EDCs). A XXXperience

tem um papel fundamental ao lado de

outros eventos como a MegAvonts (do DJ

Dmitri), pois foram a porta de entrada e

escola de muitos baladeiros, e inspiraram

outros núcleos de norte a sul do Brasil. Foi

a pioneira em tour nacional plantando a

semente da cultura rave e de festivais por

onde passou.

No line-up grandes nomes da cena

nacional e mundial, mostrando novidades

do momento e apostando em nomes que

aconteceram e acontecem no mercado. “...

Em 2016 vamos chegar aos 20 anos com a

volta da tour da XXXperience pelo Brasil...

Vamos finalmente encerrar um ciclo e

continuar renovados... “, disse animado

Edson Bolinha. A tour vai passar por cidades

que fizeram história na XXXperience: Belo

Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília

São Pedro abriu o bendito “pipi-room”

e choveu ao ponto de criar lama (muitos

perderam os calçados, como nos velhos

tempos, rs). “...Tem até chuva, agora virou

rave de novo...”, brincava Edson Bolinha

conosco no backstage.

No line-up Armin Van Buuren foi o

headliner no main stage, com um set inicial

de duas horas, que acabou ganhando uma

hora a mais por cancelamento da vinda de

outro artista internacional.

Van Buuren aproveitou e descarregou

seu eurotrance contrariando quem achava

(os tais tranceiros “cri-cris”), indo do

melódico aos ritmos “big room”, típicos de

suas apresentações desde suas origens

(alô alô tranceiros, relembrem o passado

e não cuspam no prato que comem(iam)).

Mesmo na chuva e lama o público não se

intimidava e dançava seguindo os gestos

do holandês que comandava a iluminação

do palco em certos momentos com

braceletes tecnológicos que sincronizavam

seus movimentos dos braços com as luzes.

A Tenda Beatport (a XXXperience foi o

primeiro festival no Brasil a ter um espaço

assinado pelo portal de venda de música

e informativo), ficou dedicada ao house e

techouse onde Joseph Capriatti foi nome

da vez, ao lado de Claptone (filho pródigo

do seminal selo belgo Play It Again Sam, ou

PIAS para os íntimos), e Kolombo (momento

ebulição no mercado brasileiro). A turma

que gosta do psytrance esbaldou-se

também num palco dedicado ao estilo.

Resta esperar a edição de 20 anos ansioso!

Site oficial: www.xxxperience.com.br



(MIS/Red Bull Station/

Espaço das Américas, SP

24 a 28 de Novembro

- Corajosos, ousados e diversificados

Ousadia e coragem definiram o retorno

do festival catalão Sonar ao Brasil, na capital

paulista (onde estrou em 2004).

Após suntuosa edição em 2012 com lineup

dos sonhos, e o um heroico cancelamento

para reposicionamento e volta por cima em

2015, onde veio expansivo e coeso também

desembarcando em capitais de outros países

vizinhos (Argentina, Chile e Colômbia). É um

festival não somente focado em música, mas

com pilares da criatividade e tecnologia, o

que o fazem ser o evento mais diferenciado

no mercado daqui, assim como no exterior

onde expandiu para diversos países.

Reformulado ousou em fazer sua

programação em três espaços distintos

numa cidade grande como São Paulo (com

distâncias relativamente curtas e todas

com facilidade de mobilidade através de

transporte público (incentivado) e privado);

o MIS Museu da Imagem e do Som, recebeu

o Sonar Cinema, com mostras de vídeos e

documentários, o Red Bull Station (no Vale

do Anhangabaú) foi dedicado ao Sonar+D,

com exposições de arte, workshops e

oficinas com temas bacanudos como

empreendedorismo, Ableton Live com

equipe internacional da marca para América

Latina, tudo animado por happy-hours.

A programação de quatro dias culminou

com a parte de apresentações de DJs e

show de música eletrônica, no Espaço das

Américas. O Sonar levou cerca de 8 mil

pessoas, em meio a um segundo semestre

sacrificado pela crise, onde muitos

choraram terem perdido nomes como

Chemical Brothers e Hot Chip.

Poucos também se viram que a

organização, além da meia-entrada,

oferecia o mesmo benefício para quem

doasse um livro em bom estado (o lado

cultura do festival gerando ativos na

comunidade necessitada), programas de

milhagens também davam suas vantagens.

Muitos enxergavam o valor do ingresso

como para ver unicamente o Chemical

Brothers e Hot Chip , pouco menos dos

R$550,00 do ingresso cheio davam direito

a ver somente um desses shows no exterior

ao câmbio atual, e o nosso Sonar trouxe

ainda nomes e apostas que fazem parte do

DNA que originou o festival na Espanha.

O Espaço das Américas estava envolto

numa atmosfera agradável, desde as ações

das marcas envolvidas no evento, ao visual

do imenso galpão na Barra Funda.

Todas as atrações mostraram a que vieram

até mesmo a ilustre desconhecida chilena

Valesuchi que mandou sonzeira logo na

abertura. Zopelar, único brasileiro a integrar

o line-up, segurou bonito por 60 min. antes

da entrada dos Chemical Brothers. Chegada a

hora da dupla inglesa, o som recebeu aquele

reforço, e o que se viu foi algo cênico como

uma nave de Contados Imediatos do Terceiro

Grau do Steven Spielberg, os Chemical

Brothers com sua barreira de sintetizadores

e samplers assumiram o controle e puseram

todos para dançar.

Os torpedos dançantes deram logo as

caras com “Block Rockin Beats”, “Hey Boy,

Hey Girl”, “Out Of Control”, “Salmon Dance”

(surpresa, nada previsível no tracklist),

“Horse Power”, “Believe” e novas como

“I´Feel So Deserted” e a pancada de “I´ll

See You There”. Imagens em alta rotação

e lasers massivos completavam o clima de

“nave”, deixando alguns boquiabertos.

Os Hot Chip empolgaram com músicas

cantadas pelo público, a banda que foi

escolhida pelos alemães do Kraftwerk para

remixarem suas músicas “Aerodynamik” e

“La Form”, empolgou com seu electropop,

mas a noite era dos Chemical Brothers, e

o fato de terem tocado depois dos irmãos

químicos foi desvantagem. A noite ainda

teve nomes como Brodinski, Evian Christ

e Pional que conduziu o público ao clima

after-hours.

O legado continua, Sonar retorna em 2016

ao Brasil e América do Sul com mais novidades.

Site oficial: www.sonarsaopaulo.com



Interlagos, SP

04 e 05 de Dezembro

- Playground sadio em crescimento

Na missão de fechar o ano, apenas uma

semana depois do Sonar festival. Debutava

no Brasil, o festival norte-americano criado

pelo empresário Pasquale Rotella chegou

ao Brasil pelas mãos certeiras da Time For

Fun (T4F), que após perder o Sonar festival

anos atrás, buscava um festival de música

eletrônica para o portfólio.

Ao ter sucesso em implementar o

Lollapalooza que vai para quinta edição (em

2016), era hora da T4F mirar novamente

na música eletrônica.

“Para mim é um sonho e uma realização

trazer o EDC para os brasileiros ao lado do

melhor parceiro, a T4F, minha equipe esta

honrada e feliz... Foram 5 anos de buscas

pelo melhor parceiro local... Vou continuar

investindo no Brasil, faz parte do negócio

desbravar mercados”, palavras de Pasquale

Rotella, um dia antes do festival abrir as

portas para o público. Ele ainda sonha alto e

pode expandir o evento para outros países sul

americanos quando foi indagado sobre isso.

A Insomniac Events de Rotella, é

maior plataforma na atualidade dentro

do mercado americano neste segmento

musical, onde o EDC é apenas um dos

eventos, criados e que realiza-se em outras

cidades nos Estados Unidos além de

edições na Inglaterra e agora no Brasil.

Entre “erros” (o festival programado há

mais de um ano demorou para dizer ao

mercado e público que ia acontecer (nos

soubemos no meio de 2014 e fomos cobrir

a edição 2015 em Las Vegas).

A mídia começou pouco depois do início

do segundo semestre, até então o festival

não figurava em nenhum calendário

antecipado como de costume, a essa altura

o público estava comprometido com outros

muito perto, e muita gente não acompanhou

o festival pela questão financeira).

Na parte dos ingressos vendidos com

oportunidade por preços menores aos

primeiros compradores tornaram-se

motivo de raiva e frustração, quando as

vésperas do festival promoções vendiam

os mesmos ingressos por valores abaixo

de quem adquiriu primeiro, revoltando o

público nas redes sociais.

Um piso plástico anti-derrapante

cobrindo boa parte (e não menos da

metade), do Kinetic Stage, seria bom para o

público, que sambou em alguns momentos

na lama nada legal, pois é choveu e virou

quase uma “rave”.

O festival também não ser aberto para

menores de 18 anos e acontecer em formato

noturno, numa adaptação as edições

americanas onde começa de dia e termina

a noite, pode ter causado estranheza para

muitos que acompanham o EDC, mas é bom

lembrar aos “técnicos” (leia-se algumas

centenas de Zagalos), que cada país tem

suas adaptações para qualquer negócio e

incluí festivais como este.

Nos acertos (a começar pela excelente

ideia de remoção de parte dos “guard-rails”

da pista, para melhor locomoção do público.

A T4F de forma cuidadosa percebeu

isso no Lollapalooza), line-up balanceado

também contemplando vários estilos e

com nomes também até então inéditos

em solo brasileiro (como Arty) e até

mesmo na capital paulista (Dash Berlin);

atrelados a nomes com séquito de fãs caso

de Skrillex, Steve Aoki, Above & Beyound,

e Tiësto (num set constrangedor). Palcos

originais, magnitude, pirotecnia e design

deslumbrantes ainda mais vendo de perto.

O saldo é positivo, mais uma brand e

empresário querendo investir no segmento

no Brasil, mostrando que o mercado tem

público. A assessoria do evento anunciou um

público de total de 90 mil pessoas (40 mil no

primeiro dia e 50 mil no segundo dia).

Vários profissionais de eventos do

segmento foram conferir o EDC, como

público, e tiraram suas conclusões. EDC é um

playground tecnológico em crescimento no

Brasil, onde o público é atração no slogan

do festival.

Fato, a semente foi plantada, isso é o

que importa assim como outras marcas

estrangeiras que desembarcam por aqui.

A imprensa de massa e alguns veículos

especializados como a DJ Sound foram

bem recebidos pelo próprio Rotella e staff

da T4F.

A segunda edição esta confirmada

para 2016, e deve ter data de realização

antecipada no calendário.

Site oficial:

www.brasil.electricdaisycarnival.com



SUCESSO NO SONAR FESTIVAL

Ainda me recordo do calor,

suor, paredes escorrendo de

uma finada casa de shows

paulistana em 1997 que foi

palco da primeira passagem dos

Chemical Brothers pelo Brasil.

E que show, o fator novidade

e a recém-explosão da música

Techno no território nacional, na

época teve lá seu charme e hoje

trazem boas recordações para

este vosso escriba.

Dezoito anos se passaram e o

regresso veio, após a passagem

avassaladora pelo Sonar Festival

em São Paulo, os Chemical

Brothers seguiram pela América

do Sul (dentro da programação

do Sonar na Argentina, Chile e

Colômbia), com o tour do novo

álbum (“Born In The Echoes”).

Em São Paulo o show

foi azeitado os plugs

ferveram, o subgrave nas

caixas curava pedras nos

rins e deram o coquetel

perfeito aliando antigos hits

(“Block Rockin Beats”...),

surpreenderam ao tocar “Salmon

Dance” e mandaram as novas

“I´ll See You There” (granada

com pressão), e “Sometimes I

Feel So Deserted”, mostrando

que a química da dupla em

estúdio ainda rende pérolas (ou

seriam torpedos?!). Argamassa

sonora e imagens de tirar o

fôlego (e gerar transe em alguns)

de primeira grandeza.

A vinda ao Brasil foi uma das

últimas a serem confirmadas

pela organização do Sonar por

aqui, que apostou certo (e olha

que Massive Attack estava na

mira no lugar dos Chemical), e

presenteou os fãs e notívagos

de plantão com um audiovisual

de encher os olhos. A DJ Sound

tinha noticiado a vinda da dupla

para o festival em 25 de maio,

num furo exclusivo para o Brasil.

Tivemos o privilégio de

participar da audição do novo

álbum organizada pela gravadora

Universal Music em São Paulo

no mês de junho, um mês antes



do lançamento mundial. Um hiato

de cinco anos desde o lançamento

de “Further” os tirou do circuito

de shows, mas impulsionou

vários DJ sets (sim eles são DJs

e dos bons muito antes de serem

músicos), como num treinamento

“Jedi” para o que viriam a dar

aos fãs novamente.

O novo álbum “Born In The

Echoes” parece “silencioso”

demais, mas ao vivo eles

continuam raivosos e psicodélicos

como nunca. Ah e os pedais

de guitarra de 8 bits, continuam

presentes com aqueles chiados e

ruídos característicos que a dupla

incorporou ao seu som.

As tours do Chemical Brothers

são raras, quase empatadas

com os franceses, do Daft

Punk ou mesmo dos alemães

do Kraftwerk, então poder vêlos

ao vivo é momento único,

curiosamente, após a tour Sulamericana

não constam mais

datas de shows.

Ventila-se a participação

deles no festival Coachella na

Califórnia (em abril, 2016); onde

são “hor concours” (com cinco

apresentações: 1999, 2001,

2002, 2005, 2011), e headliners

atraindo legiões de adoradores.

Passada a tour sul-americana, Ed Simons

falou com a DJ Sound dias antes do natal,

onde adiantou que na véspera fariam DJ set

por três horas ao vivo na rádio BBC6 Music.

Porque demoraram tanto para

lançar “Born In The Echoes”?

Ed Simons – Temos vidas

normais como as pessoas, e

afazeres iguais. Nosso foco não é

música 100% do tempo. Juntamos

as demos que fazemos, realizamos

os ajustes e surge o álbum. Este é

um disco bruto, introspectivo, um

retorno as nossas origens. Ele soa

melancólico em alguns momentos.

Como escolheram os

colaboradores do álbum?

Ed Simons – A ideia é que os

vocais nesse álbum tivessem uma

importância maior, os convidados

surgiram de contatos e amizades

ao longo dos anos. Ali Love e

Beck são muito interessados em

nossa música e isso facilitou o

trabalho no estúdio.

Não fizeram nada musicalmente

nesse período parados?

Ed Simons – Temos uma

portabilidade e equipamentos

em nossas casas. Aparecer no

estúdio não é uma necessidade

imediatista para nós. Eu e Tom

gostamos de brincar, descobrir os

sons, criar as texturas, as batidas.

Quando decidem ser hora de

gravar num novo disco?

Ed Simons – Não temos uma

obrigação com gravar discos

para gravadoras, então isso

nos conforta para trabalhar sem

pressões. Músicas aparecem

na hora certa... Juntamos o que

gostamos e formamos um álbum

com história.



Vocês não saem muito em tours,

por quê? E o que é importante

nos shows?

Ed Simons – A música fala por

nós, então os shows acontecem

quando temos algo para falar

e mostrar. É um trabalho que

depende de uma equipe enorme,

envolve a criação das imagens

que levam meses. Tom e eu

pensamos no playlist da tour e

nas adaptações, saímos em tour

com tudo completo não há espaço

para improvisar imagens. Nos

shows do Chemical Brothers

Como foram os shows no Brasil?

Ed Simons – Temos boas

lembranças do Brasil, apesar do

pouco contato com o público.

Sabemos que nossos discos

vendem bem e videoclipes são

vistos com frequência.

É uma energia grande estar

no Brasil e as pessoas gostarem

do nosso som. São Paulo o local

e som estavam incríveis, uma

atmosfera underground vista

em alguns poucos lugares. Foi

realmente incrível e procuramos

fazer um setlist para os velhos e

novos fãs.

No Rio de Janeiro foi nossa

segunda vez, público respondeu a

nossa música. Sempre passamos

com pressa pelo Brasil e desta

vez não foi diferente, a tour devia

prosseguir com o Sonar.

E os demais shows na América

do Sul?

Ed Simons – Argentina é incrível,

uma plateia enorme. Tocamos no

Creamfields em Buenos Aires

alguns anos atrás e o público é

louco, eufórico, um dos melhores

do mundo. Chile foi fantástico,

nunca fizemos uma grande tour

como esta na América do Sul...

Temos de agradecer ao Sonar

que realizou este trabalho.

O set-up de vocês continua

sendo analógico e digital, vimos

uns sintetizadores modulares

no palco? Gostam?

Ed Simons – Esta tudo no

palco e o que usamos nos discos.

Há os sintetizadores digitais e

analógicos, os samplers tem a

capacidade de armazenamento

grande e possibilitam exercitar a

música da forma que quisermos

ao vivo. Eu e Tom ficamos

apaixonados pelos modulares,

pelo som quente dos grandes

teclados dos anos 80.



Vocês ainda gostam de fazer

DJ sets?

Ed Simons – Gostamos nos

divertimos fazendo os sets!

(risos). Fizemos muitos DJ sets

e os pedidos não paravam de

chegar, avisamos nosso agente

para suspender os pedidos para

prepararmos os shows. Foi um

período importante para focar

no show... Os DJ sets deram

alguns caminhos.

Queríamos soar mais “brutos”

“sujos” como nos primeiros discos.

Onde se veem daqui dez anos?

Ed Simons – Certamente seremos

os Chemical Brothers e queremos

fazer mais álbuns e shows.

Nos expressamos pela música,

máquinas, e nossos cérebros...

Site oficial:

www.chemicalbrothers.com

Agradecimentos especiais:

LRM, Universal Music, Dreamfactory e Sonar Festival.



Ministry Of Sound comemora 25 anos

Por Lucas Mazzon

Uma das marcas mais famosas e

de sucesso da música eletrônica, a

inglesa Ministry Of Sound comemora

25 anos de sua fundação com

programação especial.

Surgida em Londres 1991, a Ministry

of Sound, chamada também de MOS,

foi fundada por amigos Jamie Palumbo,

Humphrey Waterhouse e o DJ Justin

Berkmann. O club tornou-se famoso

pela potência e qualidade sonora

levando os melhores DJs mundiais para

sua bem equipada cabine.

Suas instalações são palco de festas

memoráveis até hoje, e inclusive o

videoclipe de “Hey Boy, Hey Girl” foi

filmado na pista e banheiros do club.

O club inovou ao ser o primeiro no

mundo com suas ações na bolsa de

valores de Londres, além de ser uma

gravadora com vendas ainda altíssimas,

o que levou a abrir uma subdivisão

a Ministry Of Sound Germany em

território alemão. As tours pelo mundo

somam milhares de clubbers anualmente

além de um leque extenso de produtos

de merchandising que ajudam na fixação

da marca. Patrocinam ainda o rally de

Mônaco, etapa do WRC (World Rally

Championship) da FIA.

Os lucros do club se mantém estáveis

e ao lado do Big Ben, e outros pontos

turísticos de Londres não há como

negar, o Ministry Of Sound faz parte

do roteiro de muitos turistas.

Para as comemorações que

começam em breve foram escalados

nomes como Paul Oakenfold, R3hab,

Markus Schulz.

Site oficial:

www.ministryofsound.com



Ouça o novo single “Breath”:

Ouça o o novo single “Breathe”:

“Breath”:

chega com novo álbum: “Opus”

Por Gonçalo Vinha

Eric Prydz (o mesmo cara que

assina com os famosos alteregos

de Pryda e Cirez D., e também

Sheridan e Moo), prepara o

lançamento de seu primeiro

álbum, batizado de “Opus”, que

sai mundialmente no próximo

dia 5 de fevereiro.

O single homônimo foi lançado

há cerca de cinco meses deixando

os fãs (entre eles muitos DJ´s

e produtores que o tem como

referência).

Eric Prydz quebrou o silêncio

e disse que o novo álbum será

duplo, contendo 19 (!) músicas.

Este álbum compila trabalhos

feitos nos últimos dois anos além

de inéditas, no playlist constam:

“Every Day”, “Liberate” e a

ótima “Liam”.

É importante o público não

confundir este lançamento de

“Opus” como um álbum batizado

de “Pryda”, na realidade uma

compilação de trabalhos de

Eric Prydz lançada em 2009.

O produtor e DJ sueco para

quem não sabe foi integrante,

e é muito amigo, dos Swedish

House Maffia, mas abandonou

o trio para seguir numa

bem sucedida carreira solo,

requisitado para remixar nomes

como Depeche Mode, e lançou

música (“Tether”) junto a banda

Chvrches que bateu mais de 10

milhões de visualizações no

canal Vevo.

Em 2015 teve suas pistas em

clubs e festivais como Ultra

Miami e EDC Las Vegas lotadas.

Uma tour seguirá pelo mundo,

e os brasileiros continuam

fazendo reza brava para o sueco

desembarcar por aqui.

Pete Tong soltou o mais novo

single “Breath” com vocais de

Rob Swaire (integrante da dupla

Knife Party), no último final de

semana, em seu programa na

BBC Radio 1, causando reboliço.









Site oficial:

nervomusic.com



ADE LANÇA O DOCUMENTÁRIO RESONATE,

COM ARMIN VAN BUUREN, RICHIE HAWTIN ENTRE OUTROS

Por Lucas Mazzon

O Amsterdam Dance Event –

ADE, produziu o mini documentário

“Resonate” com pouco menos de

vinte minutos, a maior conferência de

música eletrônica do mundo realizada

anualmente em Amsterdã na

Holanda, mostra seus fundamentos.

A criação, inovação, colaboração

e o consumo da música eletrônica;

são os totens da conferência e são

expostos no documentário que conta

com grandes nomes da própria

Holanda, como Armin Van Buuren,

Don Diablo; e outros como o gênio

tecnológico Richie Hawtin, Seth

Troxler, Tommie Sunshine, Dave

Smith, Matthew Adell, Shailendra

Singh, Chris Howe.

Vale a pena conferir este

documentário e começar a se

programar e participar do evento em

Outubro, você um profissional do

segmento em busca de atualização

ou aspirante; foco principal do

evento desde sua criação.

Site oficial:

www.amsterdam-dance-event.nl

ASSISTA NO:

WWW.VEVO.COM/ARTIST/DJ-SOUND-TV



NOVO ARTISTA MUNDIAL DA UNIVERSAL MUSIC

O produtor musical e DJ Marcelo

CIC, do Rio de Janeiro, teve um

ano de 2015 no mínimo dos mais

ascendentes em sua carreira. Em

junho tocou pela primeira vez no EDC

– Electric Daisy Festival de Las

Vegas, no palco Art car, um dos dez

palcos do festival norte-americano,

que chegou ao Brasil em dezembro

pela Time For Fun – T4F.

“... O EDC Festival trouxe sua

essência para o público brasileiro.

É como retornar aos momentos

das raves no Brasil, com todo cuidado

e produção de nível internacional

desenvolvido pelos criadores do

festival e pela produtora do Brasil

encarregada pelo evento... É muito

importante a vinda de festivais

como o EDC e o Tomorrowland

onde toquei, elevando o nível dos

nossos eventos, e proporcionando

as experiências para o público do

Brasil, que só teria acesso viajando

para esses festivais no exterior”, diz

o entusiasmado Marcelo CIC.

Ele sentou com a DJ Sound na

sede da gravadora Universal Music,

e contou muitas novidades em



primeira mão, inclusive o sonho de

abrir uma hamburgueria.

Entre a maior novidade é que

o artista é o primeiro brasileiro

contratado pelo selo Musicmasters

Recordings dedicado a música

eletrônica. O AfterCluv Dance

Lab é uma plataforma mundial da

gravadora Universal que conta com

artistas de calibre como Afrojack.

O Brasil tem se destacado na

música eletrônica e as antenas do

AfterCluv chegaram até Marcelo

CIC, que na hora certa estava com

o que o selo desejava em termos

artísticos e musicais.

De fato, Marcelo CIC, conta

agora com o suporte da maior

gravadora do mundo, no AfterCluv

Dance Lab, é algo de gente

grande mesmo, que transcende o

que chamamos simplesmente de

produtor musical e DJ, estamos

falando de um artista completo.

“... Faço parte de algo grandioso

que a Universal Music esta levando

muito a sério para América Latina.

Agradeço ao Gustavo e Marcelo

da Music Master Records por eu

conseguir chegar onde estou agora,

depois deles, eu estava na hora certa,

com os caras certos e com o produto

certo...”, diz Marcelo CIC. “

Agora estou com pessoas que

fazem parte da cena se movimentar

a nível mundial. Estar na Universal

Music com um time de artistas como

Alesso, Avicii e outros é muito

importante, vai ser mais evolução

para mim, para o meu trabalho, nos

próximos cinco anos quero estar no

caminho do Calvin Harris e David

Guetta...”, afirma ele.

Há novos EPs e até uma

compilação programada para os

próximos meses. Seu management

de carreira esta sendo feita por

experts estrangeiros no assunto, o

que abre mais possibilidades para o

artista em territórios internacionais.

NO BRASIL:

43M

de UU mensais

1,2BI

de views

35K

artistas

TODA MARCA TEM UM TARGET,

A VEVO TEM TODOS

45%

dos internautas

brasileiros entre

6 e 15 anos

59%

dos internautas

brasileiros entre

16 e 24 anos

ESTÃO NA VEVO

43%

dos internautas

brasileiros entre

25 e 34 anos

Fonte: IBOPE Inteligência | IBGE | ComScore

vevo.com



O projeto carioca The Altruists, idealizado

pelo artista André Luiz a.k.a. Andreller

(eleito Destaque DJ Cena Rio em 2013

pelo DJ Sound Awards) em parceria com os

amigos D´Salles e Rafael Setta, vem com a

ideia de renovação, explorando a essência

esquecida do DJ, focando 100% no lado

performático da profissão, onde “scratches”,

“loopings”, “relooping”, “beatjungle”, “back

spin”, “back to back” e a criação de “bootlegs”

e “mash-ups” ao vivo são prioridades.

Tudo formatado de maneira que a

arte entre no contexto da musicalidade,

tornando assim um projeto dinâmico e

perceptível ao público.

Andreller também foca em sua carreira

individual com agenda nos melhores clubs e

festas do país: P12, Terraza, Café de La Musique,

e Pacha (Florianópolis).

É um dos principais ativistas na cena do

Rio de Janeiro pilotando vários projetos e

deixando tudo em movimento.

Numa entrevista franca ele fala da cena

carioca e abre o verbo para alertar o que

anda destruindo a cena clubbing da cidade

na zona sul.



Onde está a musicalidade da cidade

maravilhosa, que tanto encanta com

seus artistas projetados para o Brasil?

Quais são os caminhos que estão

seguindo, por onde passam?

Andreller - Com essa nova fase do

DJ, onde temos uma enxurrada de

novos artistas, o caminho para ter um

espaço está na musicalidade e nas

pesquisas. Nós nunca ficamos presos a

um determinado estilo, o The Altruists

pode ser big room, mas também tivemos

algumas apresentações no underground

em 2015. Viemos de um tempo onde o

DJ sempre foi desprendido.

Não queremos rótulos! Sem a menor

dúvida os eventos como Love Sessions,

Rio Me, Deep Please, House ‘N’ Deep na

cena underground são os que detêm

nesse momento o selo de melhor

musicalidade da cidade.

Todos os envolvidos nesses projetos

querem difundir a boa música acima de

qualquer questão.

Sempre que bato aquele papo

informal com os produtores envolvidos

dessas marcas, sinto um grande interesse

em aprender mais sobre a cena. Temos

espaços de House Music surgindo de

forma brilhante como o Café de La

Musique Rio e Búzios comandados pelo

empresário atemporal Mário Bulhões.

Um club que contrata grandes

headliners, mas não se esquece de

equilibrar o line com bons artistas

regionais, sempre focando na

musicalidade do DJ e não na amizade.

Artistas contratados por meritocracia!

Dentro do segmento das raves e

festivais, temos os jovens e desbravadores

Alex Almeida e Bob Fernandes fazendo

um trabalho bem sério.

Marcas como Insônia e Fresh estão

ajudando a disseminar toda uma

cultura eletrônica e tornando-se

referências do mercado.

Em relação ao circuito de eventos a

cidade tem uma boa representatividade,

o nosso problema hoje está na “cena

clubber” da cidade.

Essa “cena clubber” perdeu muito

espaço, conseguindo nesse momento

ter fechado quase que todas as boates

da zona sul carioca.

O maior polo da cidade encontra-se

a deriva, rezando para que alguém os

encontre. Muitos erros de administração,

muitas “panelas” ruins se estabeleceram

nesse circuito, e principalmente

promoters da nova geração pegaram

qualquer amigo que se intitulava DJ e o

colocava nos melhores horários da noite.

O Resultado? Noites falidas, acabando

as três horas da manhã, músicas tocadas

nas horas erradas, descrédito do público

que quando sai numa noite quer se

emocionar e quando este sai umas três

vezes e isso não ocorre, a pessoa desiste

e acaba preterindo o espaço e indo para

um barzinho com os amigos.

Brigas de egos de DJs e de promoters

com DJs também contribuíram muito

para que hoje nossa noite carioca,

esteja tão depreciada. Lembro-me

bem de ouvir de um DJ uma frase bem

ultrajante: “DJ pra tocar na zona sul tem

que morar na zona sul.” Imagina! Você

medir as pessoas ou o seu talento pelo

bairro onde você mora!



Algo bem absurdo de ouvir, mas que

acabou virando uma rotina na hora

das contratações.

O primeiro item não era a sua música

e sim onde você morava e quantos

amigos poderiam levar. Acredito que os

próximos anos serão de virada de página,

onde a cena trabalhará o qualitativo e

assim a noite voltará a ter seu crédito

de volta com o público.

Fora do grande Rio de Janeiro as

coisas já são diferentes, com alguns

clubs fazendo bem a sua parte, inclusive

se notabilizando na arte do bom

planejamento. Privilége de Búzios faz

o dever de casa com maestria, sempre

contratando boas atrações, apostando

em artistas ainda desconhecidos e

formando o seu legado através dos

excelentes residentes, que são o coração

da noite. Por lá eles valorizam muito

essa turma, que faz a engrenagem do

club estarem sempre a todo vapor.

Que o Rio olhe e aprenda!

O que é ser DJ para você hoje?

Andreller - Tudo mudou nos últimos

10 anos com a profissão DJ.

Quando comecei era só a música,

nada mais importava. Você precisava ser

muito bom! Tendo talento com o tempo

tudo acontecia. Hoje a realidade é outra,

o DJ é multifunções. Para chegar ao topo

você precisa de vários ingredientes e

muita grana.

Se não tem a grana precisa achar

alguém que tenha e esse aposte em

você. Só que isso também tem um

preço, pois quando vai dessa maneira,

o empresário praticamente vira o dono

da sua carreira. Tem muito DJ gigante

hoje no mercado que não tem 30% dos

direitos da sua carreira. Nesse momento

é uma exigência que o artista produza.

Dificilmente se chega ao topo sem

estar fazendo música. Eu acho bacana

o DJ produzir, só não gosto quando isso

vira uma regra, pois são funções bem

distintas entre produtores e DJs.

Acredito muito no bom DJ! Uma

hora o mercado vai entender que DJ e

produtor podem conviver e crescer em

plena harmonia.

O DJ não precisa morrer! Ele tem o

seu valor nas festas, a confluência entre

DJs e produtores só vai ajudar a elevar o

nível musical.

Hoje existe um “Kit Marketing” !

Quando comecei eu precisava de

um bom headphone, uns 30 a 40

discos e o seu feeling de pista. Neste

momento algumas coisas evoluíram e

outras nem tanto. Fotos profissionais

com tratamento top no Photoshop,

Aftermovie de boa qualidade de algum

evento que você já conseguiu entrar.

Sim acredite hoje o DJ iniciante se

tiver bons contatos já começa as suas

primeiras festas em Gigs imponentes e

clubs de expressão.

É necessário montar uma fã page

no Facebook, patrocinar a página para

ganhar mais seguidores, patrocinar os

posts no Facebook.

A preferência dos posts são fotos em

piscinas, aviões, palcos gigantes... É uma

realidade da qual não compartilho, mas

é uma realidade de mercado.

Monta-se um pacote lindo, mas muitas

vezes o principal fica em segundo plano

que é a música.

Eu continuo com uma visão utópica do

DJ, aquele cara que toca música boa e faz

as pessoas saírem emocionadas da festa.

Olhos fechados podem dizer mais do

que mãos pro alto algumas vezes.



O que aconteceu com as verdadeiras

escolhas profissionais (DJs)? Já que

vocês no The Altruists são verdadeiros

DJs back 2 back em todos os sentidos!?

Aproveita e explica o que é ser DJ

back 2 back.

Andreller - Escolher ser um DJ sempre

foi algo instintivo, um dom que aflorava

aos poucos, você gostava muito de

música e num processo natural ia se

introduzindo no meio. Não existia

glamour na profissão, muito pelo

contrário sendo algo até um pouco

marginalizado. Só eram DJs aqueles que

amavam muito todos os caminhos da

profissão. A dificuldade era extensa, desde

a aceitação da família até conseguir as

músicas no vinil. Hoje com a ascensão da

profissão e DJs milionários, a visão com

o público foi amplificada despertando

muitos interessados. Até aí tudo bem!

Entre o interesse e colocar tudo em

prática, existia ainda uma barreira

gigante, pois a arte da mixagem sempre

foi um escudo. Hoje com a tecnologia

super avançada e mais a invenção do

“sync” facilitaram para que pessoas

leigas e descompromissadas surjam

no meio. No final acredito que o tempo

sempre filtrará e esses oportunistas não



passarão de dois verões. Em relação ao

nosso back 2 back, surgiu por acaso em

eventos da Uplifting a alguns anos. Eu

particularmente tenho muita dificuldade

em desenvolver b2b, pois as mentes têm

que estar muito bem integradas, e no

meu caso faço performances, e o meu

parceiro tem que estar conectado para

não embolar com esses meus momentos

nas apresentações. O D´Salles (meu

parceiro no The Altruists), sem dúvidas é

um dos DJs mais técnicos e inteligentes

que conheço, um dos únicos artistas

que eu me sinto a vontade nessa arte

de tocar a dois (o tal back 2 back). Tenho

tanta confiança nele que se eu não

estiver tão bem no dia, sei que ele é

capaz de assumir a liderança e levar a

apresentação num nível máximo.

www.facebook.com/thealtruistsofficial/

www.facebook.com/andreller/?

www.facebook.com/pablodsalles

TOP 3

ROBIN SCHULZ FEAT FRANCESCO YATES – SUGAR (ADDS90 MASHUP MIX)

SICK INDIVIDUALS – DRIVE ORIGINAL MIX

RYAN COLLINS, BIJOU (US) – GET MONEY ORIGINAL MIX



Expoente dessa geração, e na cena E Music, há 20 anos, conseguiu construir

com uma das suas maiores características, técnica, carisma e know how musical

incontestável! Seus sets únicos e contemporâneos unem várias vertentes da

E – Music no Brasil. Principal influencia a House Music! Este DJ , já dividiu

cabine com DJs Nacionais – Felguk, Tiko´s Groove, Anderson Noise, Flow &

Zeo, Meme, Marcos Carnaval, André Marques, Roger Lyra, Rodrigo Vieira, Ferris,

e Internacionais – Avicii, Erick Morillo, Kaskade, Robbie Rivera, Tim Healey, e

tendo participado como - DJ residente em 2 Radio Shows na Transamérica FM

Rio – Transtronic e Detonando.

Progressive House, é sua Paixão!

DSalles – quais são suas perspectivas

para a Cena da E Music no Rio de Janeiro?

São as melhores possíveis, sou

verdadeiro otimista sempre!

Somos a primeira cidade olímpica da

América Latina e temos que aproveitar

o evento e seu legado.

Vamos receber uma quantidade

gigantesca de turistas vindo de todas as

partes do Planeta.

O carioca tem essa vocação, sabe

receber muito bem e acho que vamos

estar preparados com grandes eventos

no segmento de música eletrônica,

novos Clubs aterrisam em solo carioca

e a cidade entra em festa de vez!!!

DSalles – o que você gosta de tocar

para os amantes de uma pista de dança,

Dançante ?

Eu venho de uma cultura

verdadeiramente House Music. Minha

formação como DJ tem a influência ligada

diretamente a House e suas vertentes.

Sou um cara que curte melodia, sinto

profundamente cada nota musical e tento

sempre passar essa emoção na pista.

DSalles – onde estão os principais

points Dançantes do Rio! E aproveita e

faça um roteiro e seus comentários, ponto

a ponto! Lógico que envolva as suas

tendencias e escolhas musicais!

Café De La Musique Rio, foi o principal

local para ouvir música boa, ambiente

perfeito para tomar um bom drink ,

atendimento personalizado, soundsystem

de altíssima qualidade e o Line Up

escolhido quase que de forma cirúrgica.

Aqui segue um “roteiro curto e rápido”

de entretenimento:

Café de La Musique, fica na Av. Borges

de Medeiros, 997 Lagoa - RJ.

Também temos o Baretto-Londra

(Hotel Fasano) com noites pra lá de

disputadas e muito sofisticada.

Para os exigentes com eu (rs) é uma

noite incrível! no Baretto-Londra - na Av.

Vieira Souto, 80 - Ipanema. RJ.

E temos o nosso Balneário

Mágico! Búzios dispensa qualquer

tipo de comentário.

Hoje é um grande pólo de

entretenimento na Região dos

Lagos de nossa cidade.

Destaque para o charmoso Café de La

Musique que proporciona muito luxo e

requinte na sua decoração e com uma

programação incrível!

No topo de uma colina e com os pés na

praia da Ferradura segue a proposta Day

Club que proporciona muita diversão e

sofisticação ao seu público.

Temos noite clássica da Privilege e

seus tradicionais afters que envolvem

a galera até altas horas! Excelente

qualidade musical, atmosfera que

remete as grandes noites internacionais

e muito boa localização.

Café de La Musique Búzios fica na

famosa Orla Bardot Nº 550 Búzios – RJ,

além é claro da Pacha e Silk Beach Club,

que movimentam o Balneário de Búzios

nas temporadas de verão e os feriados!

TOP 3

THE WEEKND -I CANT FEEL MY FACE (RIVAS BOOTLEG BASSPLACE)

SHARAM JEY CHEMICAL SURF WOO2TECH - I CAN TELL YOU (ORIGINAL MIX)

RYAN COLLINS, BIJOU (US) – GET MONEY (ORIGINAL MIX)



Bebidas com ouro, nova tendência no Brasil

A Cachaça dourada

A Cachaça Middas Reserva, produzida

no interior de São Paulo, é a mais nova

representante desse mercado. A bebida

foi armazenada em barris de carvalho

francês de primeiro uso e a exclusiva

produção foi limitada a mil garrafas.

É uma cachaça equilibrada, suave e com

Por Ney Ayres

Com a chegada destes produtos que levam ouro em sua composição,

rapidamente agradaram o gosto do consumidor que enxergou neles a

melhor companhia para momentos de celebração. Glamour e sofisticação.

Destacamos dois produtos com flocos de ouro disponíveis no Brasil.

um leve adocicado proveniente do barril.

Os flocos de ouro comestível de 23k

vieram da Alemanha e o consumidor

também recebe um frasco contendo mais

flocos. Assim ele pode dar o seu toque

de ouro à bebida.

O empreendedor Leandro Dias, CEO

da marca Middas, foi responsável pela

idealização do produto. Teve como base

os mesmos princípios aplicados para

os cognacs mais caros do mundo após

uma visita à França em que ele buscou

inspiração para novas produções.

Leandro trouxe na bagagem alguns

barris de carvalho francês de primeiro

uso com a mesma tostagem da madeira

utilizada pelos melhores cognacs do

mundo e deixou a cachaça armazenada

por alguns anos.

O processo produtivo ainda contou com

o acompanhamento de um dos mais

conceituados master blender de cachaça

do mundo: o pós-doutor pela USP

Leandro Marelli, que foi o responsável

pela elaboração de seu blend.

A Rainha das Cervejas

Também temos no país, por intermédio

da Meara Importação e Distribuição, a

primeira cerveja verdadeiramente de

luxo do mundo. A Golden Queen Bee

surgiu na Bélgica pelas mãos de Silvio

Lemaitre de Freitas Pereira, fundador

da Aurum Drink - empresa que promove

experiências e partilha de conhecimentos

com experientes chefs de cozinha. Por

isso, produziram a cerveja (considerada

a Rainha das Cervejas) junto à Cervejeira

La Binchoise que além dos flocos de ouro

24k também leva mel.

Elegante e sedutora, a cerveja apresenta

coloração amarelo dourado com espuma

consistente e notas pronunciadas de

mel e malte. O caráter gastronômico

fica ainda mais evidente pelas inúmeras

possibilidades que a cerveja tem de

harmonização com pratos e sobremesas.

Cerveja Golden Queen Bee

Valor: 199,99

Onde comprar: Loja Virtual “Nono Bier” - www.nonobier.com.br

Cachaça Middas Reserva

Valor: R$ 230,00

Onde comprar: Loja Virtual “Middas Cachaça” – www.middascachaca.com.br



A MODA DAS FOTOS EMBAIXO D’ÁGUA SEM CARÃO!

Por Mari Baxur

Você já deve ter tentado tirar uma foto

embaixo d’água!

O que nos surpreende (de forma

horrível, é claro, rs) é o resultado da

fórmula: expectativa x realidade.

A moda agora, no Instagram, são as

fotos incríveis embaixo d’água

Você já deve ter visto por aí, fotos

com cenários reais dentro da piscina

ou até mesmo do mar.

A pergunta é: Como não ficar com

cara de “bonecão do posto “ na foto?

Geralmente, as pessoas acabam

fazendo de forma natural, poses e

expressões nada atrativas, dentro

d’água. As mais comuns são, “boca

de peixe”, a “bochecha de baiacu “,

entre outras.

Mas existe um truque muito simples

que vai te livrar de pagar esse mico rs!

O segredo de conseguir deixar a

expressão do seu rosto relaxada, está

em esvaziar todo o ar dos pulmões,

antes de afundar.

Comece agora mesmo a treinar!

Suas fotos dentro d’água, nunca mais

serão as mesmas.

Envie as suas melhores fotos para a redação contato@djsound.com.br

Publicaremos as melhores fotos no site www.djsound.com.br



TOP 40 DJ SOUND │ São Paulo│Suporte Crowley

1 HOW DEEP IS YOUR LOVE │ CALVIN HARRIS Part. DISCIPLES │ SONY MUSIC

2 SUGAR │ ROBIN SCHULZ Part. FRANCESCO YATES │ WARNER MUSIC

3 OCEAN DRIVE │ DUKE DUMONT │ UNIVERSAL MUSIC

4 BLAME │ CALVIN HARRIS Part. JOHN MAN │ SONY MUSIC

5 BANG MY HEAD │ DAVID GUETTA Part. SIA & FETTY WAP │ WARNER MUSIC

6 WAVES │ MR. PROBZ │ SONY MUSIC

7 FAST CAR │ JONAS BLUE Part. DAKOTA │ UNIVERSAL MUSIC

8 WHERE ARE U NOW │ JACK U Part. JUSTIN BIEBER │ WARNER MUSIC

9 CHUNKY │ FORMAT B │ FORMATIK REC

10 CHEMICALS │ TIESTO Part. DON DIABLO │ MUSICAL FREEDOM REC

11 FIRESTONE │ KYGO Part. CONRAD SEWELL │ SONY MUSIC

12 BIRDS FLY │ HARDWELL Part.MR. PROBZ │ REVEALEDED RECORDS

13 COOL │ ALESSO Part. ROY ENGLISH │ UNIVERSAL MUSIC

14 AIN’T NOBODY │ FELIX JAEHN Part. JASMINE THOMPSON │ UNIVERSAL MUSIC

15 GET LUCKY │ DAFT PUNK Part. PHARRELL WILLIAMS │ SONY MUSIC

16 RATHER BE CLEAN │ BANDIT Part. JESS GLYNNE │ WARNER MUSIC

17 WAITING FOR LOVE │ AVICII │ UNIVERSAL MUSIC

18 FOR A BETTER DAY │ AVICII │ UNIVERSAL MUSIC

19 HIGHER PLACE │ DIMITRI VEGAS & LIKE MIKE │ SMASH THE HOUSE

20 PRAYER IN C │ LILY WOOD & THE PRICK AND ROBIN SCHULZ │ WARNER MUSIC

21 RUNAWAY (U & I) │ GALANTIS │ WARNER MUSIC

22 STRONG ONES │ ARMIN VAN BUUREN Part. CIMO FRANKEL │ ARMADA MUIC

23 ALONE NO MORE │ PHILIP GEORGE & ANTON POWERS │ UNIVERSAL MUSIC

24 SUN GOES DOWN │ DAVID GUETTA & SHOWTEK Part. MAGIC SOON │ WARNER MUSIC

25 BE RIGHT THERE │ DIPLO & SLEEPY TOM │ MAD DECENT

26 BREATHE │ ERIC PRYDZ │ VIRGIN REC

27 HEY BROTHER │ AVICII │ UNIVERSAL MUSIC

28 POISON │ MARTIN GARRIX │ SPPINNIN REC

29 REAL LOVE CLEAN │ BANDIT Part. JESS GLYNNE │ WARNER MUSIC

30 SUMMER │ CALVIN HARRIS │ SONY MUSIC

31 HEADING UP HIGH │ ARMIN VAN BUUREN │ ARMADA MUSIC

32 PLAY HARD LIVE │ DAVID GUETTA Part. NE│YO & AKON │ WARNER MUSIC

33 WAKE ME UP │ AVICII Part. ALOE BLACC │ UNIVERSAL MUSIC

34 ANGER NEVER DIES │ HOOVERPHONIC │ SONY MUSIC

35 DON’T LOOK DOWN │ MARTIN GARRIX Part. USHER │ SONY MUSIC

36 EASY LOVE │ SIGALA │ SIGALA MUSIC

37 FOLLOW ME │ HARDWELL Part. JASON DERULO │ REVEALED REC

38 GOOD DAYS │ SASHA │ SONY MUSIC

39 THE HUM │ DIMITRI VEGAS & LIKE MIKE │ SMASH THE HOUSE

40 CLARITY │ ZEDD │ UNIVERSAL MUSIC

TOP 40 DJ SOUND │ Rio de Janeiro │ Suporte Crowley

1 HOW DEEP IS YOUR LOVE │ CALVIN HARRIS Part. DISCIPLES │ SONY MUSIC

2 SUGAR │ ROBIN SCHULZ Part. FRANCESCO YATES │ WARNER MUSIC

3 TIME OF OUR LIVES │ PITBULL Part. NE YO │ SONY MUSIC

4 BANG MY HEAD │ DAVID GUETTA Part. SIA & FETTY WAP │ WARNER MUSIC

5 BLAME │ CALVIN HARRIS Part. JOHN MAN │ SONY MUSIC

6 SUMMER │ CALVIN HARRIS │ SONY MUSIC

7 CLARITY │ ZEDD │ UNIVERSAL MUSIC

8 HEY MAMA │ DAVID GUETTA Part. NICKI MINAJ, BEBE REXHA & AFROJACK │ WARNER MUSIC

9 RATHER BE CLEAN │ BANDIT Part. JESS GLYNNE │ WARNER MUSIC

10 WAVES │ MR. PROBZ │ SONY MUSIC

11 THE DAYS │ AVICII │ UNIVERSAL MUSIC

12 REPETITION │ INFORMATION SOCIETY │ WARNER MUSIC

13 I CRY │ FLO RIDA │ WARNER MUSIC

14 INTERGALACTIC │ TIKO’S GROOVE Part. VASSY – BUILDING RECORDS

15 MOVES LIKE │ JAGGER TYLER WARD Part. KATY MCALLISTER │ WHITE LABEL

16 REAL LOVE CLEAN │ BANDIT Part. JESS GLYNNE │ WARNER MUSIC

17 TAKE A TOKE │ C&C MUSIC FACTORY │ SONY MUSIC

18 WITHOUT YOU REMIX │ DAVID GUETTA Part. USHER │ WARNER MUSIC

19 BEAUTIFUL NOW │ ZEDD Part. JON BELLION │ VISIONARY GROUP

20 BROKEN ARROWS │ AVICII │ UNIVERSAL MUSIC

21 CLUB CAN’T HANDLE ME │ FLO RIDA Part. DAVID GUETTA │ WARNER MUSIC

22 COOL │ ALESSO Part. ROY ENGLISH │ UNIVERSAL MUSIC

23 DESIRE │ YEARS & YEARS │ POLYDOR RECORDS

24 I DON’T KNOW WHAT TO DO │ TIKO’S GROOVE Part. GOSHA – BUILDING RECORDS

25 I DON’T KNOW WHYREMIX │ MOONY │ BUILDING RECORDS

26 FALL INTO MY LOVE │ BLACK BOX │ SPOTLIGHT RECORDS

27 FAST CAR │ JONAS BLUE Part. DAKOTA │ UNIVERSAL MUSIC

28 I FOLLOW RIVERS │ LYKKE LI │ WARNER MUSIC

29 HEY BROTHER │ AVICII │ UNIVERSAL MUSIC

30 HOLD ON │ MOGUAI │ SPINN´RECORDS

31 KING │ YEARS & YEARS │ UNIVERSAL MUSIC

32 LISTEN TO THE TALK │ CHOCOLATE PUMA │ SPINN´RECORDS

33 MISSING │ EDX Part. MINGUE│ KONTOR RECORDS

34 MONDAY │ CARLO DALL’ANESE & FABIO CASTRO │ BUILDING RECORDS

35 OPEN YOUR EYES │ SAMUEL │ SPOTLIGHT RECORDS

36 REALITY │ LOST FREQUENCIES │ THE BEARDED MAN ARMADA MUSIC

37 RUNAWAY (U & I) │ GALANTIS│WARNER MUSIC

38 SOMETHING │AXWELL & INGROSSO │ UNIVERSAL MUSIC

39 STRONGER CLEAN │ BANDIT │ATLANTIC RECORDS

40 THIS IS WHAT IT FEELS LIKE │ ARMIN VAN BUUREN │ ARMADA MUSIC



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(Sob licença de publicação On Line para N.A. DA SILVA JUNIOR PRODUCOES ME)


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