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O Progresso, edição de 13 de junho de 2020

O mais antigo jornal de Imperatriz em circulação diária — e terceiro do Maranhão — foi fundado em 3 de maio de 1970.

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POLÍTICA C1-2

SÁBADO, 13 DE JUNHO DE 2020

Bolsonaro revoga MP sobre

Reação

CORIOLANO FILHO

Editor Responsável

editoria@oprogressonet.com

Coriolano Filho

DRT 1069-MA

editoria@oprogressonet.com

O governador Flávio Dino (PCdoB) voltou à carga, ontem,

contra o presidente Jair Bolsonaro, que incentivou que

as pessoas “arranjem um jeito” de entrar nos hospitais para

checar a ocupação. “Tem um hospital de campanha perto de

você, tem um hospital público, arranja uma maneira de entrar

e filmar”, orientou Bolsonaro. Flávio Dino reagiu dizendo que

abre as portas dos hospitais do Maranhão caso o presidente

queira para verificar a lotação dos leitos. No twitter, o governador

afirmou que “Bolsonaro não pode mandar invadir

hospital e filmar locais onde estão pacientes e profissionais

trabalhando. E também não pode mandar extraoficialmente

nada para Polícia Federal. Se manda, tem que ser por ofício

assinado. E Abin não pode investigar”. Flávio Dino també

revelou que “se Bolsonaro não fosse essa pessoa despreparada

e desesperada, saberia que não precisa mandar invadir

hospital. Basta verificar os boletins que os governos estaduais

publicam com o número de leitos ocupados. E se ele quiser

visitar os nossos hospitais, eu mesmo mostro para ele”.

Covid

É agora?

- 03 DE MAIO DE 1970 -

SERGIO GODINHO

Diretor Superintendente

diretoria@oprogressonet.com

Faleceu ontem o vereador

de Davinópolis Neuton Simão.

Ele é mais um maranhense

que entrou para a

estatística das vítimais fatais

da pandemia do Covid-19.

Ele foi eleito no pleito de

2016 com 347 votos pelo

Partido dos Trabalhadores

(PT). Tinha 43 anos. O presidente

da Câmara Municipal

de Davinópolis, Francisco

Brukei, destacou que Neuton

era um vereador atuante nas

sessões. “Nossa cidade perdeu

um parlamentar exemplar

e de extrema relevância em

suas atuações”. O suplente é

Manoel dos Pebas, representante

da zona rural.

“Assumi o compromisso de reduzir o número de ministérios,

extinguir e privatizar grande parte das estatais que hoje

existem. São gastos desnecessários que devem atender a

população. Recusar acordões que negociam cargos em troca

de apoio já faz parte deste objetivo”. A declaração foi

feita pelo presidente Jair Bolsonaro em 23/09/2018. Agora,

com um ano e meio de governo, Bolsonaro começa a recriar

ministérios para fazer acordos com o Centrão (grupo de congressistas

de vários partidos).

E...

O governo Bolsonaro passou

a ter 23 ministérios, 8 a

mais do que os 15 prometidos

durante a campanha eleitoral.

Foi recriado o Ministério das

Comunicações, com o desmembramento

do Ministério

da Ciência e Tecnologia. Será

nomeado o deputado Fábio

Faria, indicado pelo PSD. Ele

De olho

é do Rio Grande do Norte e

casado com a apresentadora

Patrícia Abravanel, filha de

Silvio Santos, dono do SBT.

Bolsonaro também já cogita

fazer desmembramento no

Ministério da Justiça para a

criação da pasta da Segurança

Pública. Mais um presente

para o Centrão.

Foi criada uma Comissão Parlamentar Interestadual com

26 deputados estaduais dos nove estados do Nordeste fiscalizar

o Consórcio Nordeste. Do Maranhão, o representante é

o deputado Wellington do Curso (PSDB). De acordo uma

“Carta de Intenções” da Comissão, “o Consórcio Nordeste

não possui Portal de Transparência e não divulga oficialmente

as despesas e as informações públicas sobre sua estrutura

administrativa e suas contratações, o que é uma nítida violação

às disposições constitucionais da publicidade e transparência”.

Diz ainda que “por manejar diretamente verbas públicas

milionárias dos nove estados do Nordeste, o Consórcio

não pode permanecer inerte na divulgação de seus dados,

muito menos pode manter sua total ineficiência no enfrentamento

dos problemas reais vivenciados pela região Nordeste”.

Contra

O deputado federal maranhense

Gastão Vieira

(PROS) criticou a decisão do

presidente Jair Bolsonaro de

recriar o Ministério das Comunicações.

“A recriação do

Ministério das Comunicações

tem um objetivo claro:

tirar do Palácio o escritório

do crime, e evitar uma busca

e apreensão do STF, no lugar

de trabalho do presidente da

República. O deputado Fabio

Farias nada fará será uma

peça a ser movida pelos filhos

do presidente da República”,

disparou Gastão Vieira,

um ex-sarneysta que agora

faz parte do grupo político do

governador Flávio Dino.

ILLYA NATHASJE

Diretor Comercial

comercial@oprogressonet.com

escolha de reitores na pandemia

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro

revogou ontem (12) a Medida

Provisória (MP) 979/

2020, que dava ao ministro da

Educação a prerrogativa de

designar reitores e vice-reitores

temporários das instituições

federais de ensino durante

a pandemia de covid-19. A

MP 981/2020, que revoga a

MP anterior, foi publicada em

edição extra do Diário Oficial

da União.

Mais cedo, o presidente do

Congresso Nacional, Davi Alcolumbre,

já havia anunciado

a devolução da medida ao

Palácio do Planalto, argumentando

que o texto viola os princípios

constitucionais da autonomia

e da gestão democrática

das universidades. Na prática,

a decisão de Alcolumbre

fez com que a MP 979/2020

perdesse a validade.

O texto da MP já estava em

vigor, mas ainda precisava ser

aprovado pelo Congresso para

não perder a validade. Conforme

o texto, o ministro da

Educação não precisaria fazer

consulta à comunidade

Oposição comemora devolução da

MP que alterava escolha de reitores

Vice-líder do governo critica decisão e diz que MP não era inconstitucional

Diversos deputados se manifestaram nesta sexta-feira (12)

sobre a decisão do presidente do Senado e do Congresso Nacional,

senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), de devolver ao

Poder Executivo a Medida Provisória (MP) 979/20. Ao anunciar

a devolução, Alcolmbre argumentou que a MP viola os

“princípios constitucionais da autonomia e da gestão democrática

das universidades”.

Vice-líder do governo, o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ)

afirmou que a decisão é uma afronta ao Poder Executivo. “O

sr. Alcolumbre está agindo como fantoche dos militantes de

esquerda”, disse. Para Jordy, a MP não é inconstitucional e

não fere a autonomia universitária. “Essa matéria trata apenas

da nomeação temporária, durante a pandemia, de reitores para

universidades nos casos em que o mandato do atual está terminando”,

disse. O líder do governo não comentou.

Por meio das redes sociais, os líderes da oposição, deputado

José Guimarães (PT-CE), referiram-se à decisão como uma

vitória. Para Figueiredo, a medida previa a intervenção nas

instituições federais de ensino.

A líder do Psol, deputada Fernanda Melchionna (RS), que

havia sugerido a devolução do texto ao Executivo, também se

manifestou pelas redes sociais. “A instituição de reitores biônicos,

além de um ataque à autonomia universitária, significaria

a tentativa de cerceamento da produção de ciência e de conhecimento”,

publicou ela no Twitter. A deputada Tabata Amaral

(PDT-SP), que apresentou pedido no mesmo sentido, come-

Na próxima semana, deve

ser divulgado o calendário de

pagamento da terceira e última

parcela prevista de R$ 600

para o auxílio emergencial. A

possibilidade do anúncio foi

feita pelo presidente Jair Bolsonaro

em sua live semanal

pelas redes sociais.

Bolsonaro também disse que

está em discussão a hipótese de

pagamento de novas parcelas

do auxílio emergencial.

Ele descartou a manutenção

do atual valor. “A gente não

pode gastar mais R$ 100 bilhões.

Se nós nos endividarmos

muito, a gente extrapola nossa

capacidade de endividamento.

morou. “Havíamos apresentado um requerimento de devolução

dessa MP autoritária e inconstitucional. Vitória da educação!”,

disse.

Para o líder do PSB, deputado Alessandro Molon (RJ), a

decisão do presidente do Senado “foi, sem dúvida, um gesto

muito importante, que deixa claro que o Parlamento não permitirá

que o presidente Jair Bolsonaro destrua a autonomia universitária.”

Já o líder do PT, Ênio Verri (PR), disse que a

decisão “foi necessária e à altura para rechaçar mais um vil

ataque de Bolsonaro contra a democracia e as instituições acadêmicas

brasileiras.” Segundo ele, “o Poder Legislativo está

atento.”

A Associação Nacional dos Dirigentes dos Institutos Federais

de Ensino Superior (Andifes) se posicionou sobre a decisão

de Alcolumbre por meio de nota. “Com seu importante

gesto, reafirmou-se o valor elevado e incondicional da autonomia

da universidade pública, do ciência e, sobretudo, da democracia

brasileira”, afirma João Carlos Salles, presidente da associação.

Já a União Nacional dos Estudantes (UNE), por meio das

redes sociais, aproveitou a oportunidade para pedir a saída do

ministro. “A devolução da MP 979/20 demonstra mais uma vez

a ineficácia desse Ministro da Educação e seu desprezo pelas

universidades. Sua saída é urgente! Não aceitamos mais nem

um dia”, disse a entidade. (Murilo Souza - Agência Câmara

de Notícias)

Bolsonaro fala sobre o risco de

endividamento público em live

Estamos com a taxa Selic [taxa

básica de juros da economia] a

3%, o juro a longo prazo baixou

bastante, se nós não tivermos

cuidado a Selic pode subir.

Cada vez mais o que produzirmos

de riqueza vai para

pagar dívidas.”

O presidente estima que

com gastos com o auxílio emergencial,

mais as despesas de

saúde e o socorro a estados e

municípios, entre outras iniciativas,

o Tesouro Nacional já

tenha gasto R$ 1 trilhão.

Durante a transmissão, o

presidente explicou a recriação

do Ministérios das Comunicações

fundindo com as atribuições

da Secretaria Especial

de Comunicação Social da

Presidência da República.

“Vamos tentar melhorar as

comunicações do governo,

mas o grande trabalho é as

comunicações como um todo

no Brasil”, salientou.

“Temos uma questão pela

frente que é [a rede de banda

larga móvel] 5G. Nós faremos

o melhor negócio levando em

conta vários aspectos não

apenas o econômico. Vamos

atender os requisitos da soberania

nacional, da segurança

das informações, segurança

de dados, e também [de] política

externa.”

acadêmica ou à lista tríplice

para escolha dos reitores.

Segundo a MP, a escolha

valeria para o caso de término

de mandato dos atuais dirigentes

durante o período da pandemia

e não se aplicava às instituições

federais de ensino

“cujo processo de consulta à

comunidade acadêmica para a

escolha dos dirigentes tenha

sido concluído antes da suspensão

das aulas presenciais”.

Por meio de nota divulgada

na quarta-feira (10), após

a edição da MP 979/2020, o

Ministério da Educação

(MEC) afirmou que o texto

não feria a autonomia de universidades

e institutos federais.

(Agência Brasil)

Como já havia informado

no Twitter, o presidente disse

que sancionou com oito vetos

o Projeto de Lei 1.179/2020

que, segundo ele disse na rede

social, dá “poderes aos síndicos

de restringir a utilização

de áreas comuns e proibir a

realização de reuniões e festividades

inclusive nas áreas

de propriedade exclusiva dos

condôminos.”

“Se algo parecido tiver que

ser implementado no condomínio,

na convenção o pessoal

[conjunto de moradores]

vota e decide o que bem entender”,

explicou na live.

(Agência Brasil)

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