Revista 9 Batalhao_GRÁFICA_web
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PATRONO DO 9° BATALHÃO
PALAVRA DO COMANDANTE-GERAL
PALAVRA DO COMANDANTE DO 9° BATALHÃO
CONCEITOS E PRÁTICAS DE POLICIAMENTO
O 9º BATALHÃO...
POLÍCIA MILITAR EM VITÓRIA DA CONQUISTA:
UMA HISTÓRIA DE RECIPROCIDADES
GALERIA DE COMANDANTES DO 9° BATALHÃO
OFICIAIS DO 9° BPM QUE ALCANÇARAM O COMANDO
GERAL DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
OFICIAIS DO 9° BPM QUE ALCANÇARAM O POSTO DE
CORONEL PM
COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA
HISTÓRIA FOTOGRAFADA
GUARDIÕES DA MEMÓRIA
CARTAS
CONHECENDO O 9° BATALHÃO
DADOS ESTATÍSTICOS
PERSPECTIVAS
RESENHAS DA CASERNA
Seção
PALAVRA DO COMANDANTE GERAL
PALAVRA DO COMANDANTE DO 9º BPM
PRELÚDIO
MEMÓRIA
CARTAS
9º BPM EM AÇÃO
PERSPECTIVAS
RESENHAS DA CASERNA
Capa
Policiais com fardamentos de diferentes períodos
da Polícia Militar da Bahia. Da esquerda para a
direita o 1º Sgt PM RR Odilon Gonçalves Rocha;
ao centro o 1º Sgt PM Maximiniano de Oliveira
Santos seguido da Sd 1ª Cl PM Lisiane Lemos
Queiroz.
Foto: Acervo 9º Batalhão.
Primeira fotografia que se tem registro da 2ª Companhia de Policiamento Autônoma de Vitória da Conquista
(2ª Cia P-A/VC) localizada na atual Avenida Brumado, em 1963, ano de sua inauguração.
REVISTA OFICIAL DO 9° BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – VITÓRIA DA CONQUISTA
E ditorial
POLÍCIA MILITAR EM VITÓRIA DA
CONQUISTA
Esta é uma obra de caráter hitórico, tendo sido
almejada pelo comandante do 9º Batalhão, o Ten
Cel PM Ivanildo da Silva, e seu objetivo é oferecer
aos policiais militares, civis e principalmente ao
cidadão conquistense, a possibilidade de conhecer
a polícia que lhes serve.
É uma obra focada na história de Vitória da
Conquista e da própria consolidação da Polícia
Militar nesta cidade. Entretanto, não esperamos de
você, leitor(a), apenas uma leitura contemplativa,
antes, que o conhecimento sobre um assunto tão
pouco estudado possa lhe oferecer suporte para
uma visão mais crítica e consciente da realidade
social que o(a) rodeia.
Os textos foram abordados da forma mais
neutra possível, apresentando apenas as ações e
deixando o julgamento do mérito com quem mais
importa: você.
POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE ENSINO
9º BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR
UNIDADE DE ENSINO, INSTRUÇÃO E
CAPACITAÇÃO
Batalhão Coronel PM Lourildo Lima Barretto
COMANDANTE:
Ten Cel PM Ivanildo da Silva
SUBCOMANDANTE:
Maj PM Ivan Pereira das Neves
ORGANIZAÇÃO DA REVISTA:
1ª Sgt PM Ivaneide Rosa de Jesus
Sd 1ª Cl PM Nivan Lima Santos
Prof. Dr. Cristiano Lima Ferraz
REVISÃO ORTOGRÁFICA:
Sd 1ª Cl PM Evany Silva de Oliveira Segunda
CAPA:
Hugo Batista Nascimento
ARTE E DIAGRAMAÇÃO:
Warley Souza dos Reis – Edições UESB
CHARGES:
Nivaldo de Sousa Santos
EDITORAÇÃO:
Nivan Lima Santos
Sd 1ª Cl PM
Texto, Edição e Pesquisa
Histórica
TIRAGEM: 1.000
Patrono do 9º Batalhão
Cel PM Lourildo Lima Barreto
“Nascido em 12 de junho de 1921, Lourildo Lima Barreto, homem de caráter firme e
honestidade inabalável, chegou ao Comando da Polícia Militar do Estado da Bahia no ano de
1963 no governo de Antônio Lomanto Júnior.
Naquela época a Bahia recebeu no Palácio da Aclamação o ilustre Presidente dos Diários
Associados, o Sr. Assis Chateaubriand. Escolhido, o Cel. Lourildo o saudou com um lindo
discurso, sendo chamado em seguida por Chateaubriand de “meu Ruy Barbosa Miliciano”, ao
parabenizar-lhe pela belíssima oratória, que dominava com maestria.
Durante o exercício de sua função como Comandante Geral, criou a conhecida dupla de
policiamento ostensivo “Cosme e Damião”, que dava suporte de rua à população. Participou
com a sua polícia na Revolução de 1964, época da Ditadura Militar e, líder como era, soube
apoiar e dialogar sabiamente em momento bastante delicado da história do nosso país.
Cel. Lourildo sabia comandar a corporação que tanto amava e lutava por seus ideais,
principalmente pela melhoria do soldo dos soldados.
Muito querido, transmitia no semblante a imagem de otimismo e altivez. Sempre tinha uma
palavra, um olhar positivo para com seu semelhante. Sua alma condescendente trazia bondade
estampada no peito, sendo por isso amado por todos que o conheceram, deixando sabedoria e
saudade quando partiu em 5 de janeiro de 1970 precocemente aos 48 anos de idade.”
Maria Izabel Barretto Vita
Filha Primogênita do Cel. PM Lourildo Lima Barreto
5
O Cel PM Lourildo Lima Barretto foi homenageado com o título de patrono do 9° Batalhão por meio do
Decreto nº 23.364 de 26 de fevereiro de 1973 como símbolo de reconhecimento pelos serviços prestados por este
oficial.
O 9º Batalhão se sente honrado em poder levar consigo o nome de um oficial de tão elevada honradez e
compromisso com a causa pública.
6
Palavra do
Comandante-Geral
Falar do 9º Batalhão é muito fácil, difícil é esquecer os bons
momentos que por ali passei. Esta foi a minha primeira Unidade
Operacional, cheguei da Academia de Polícia em 19 de janeiro de 1981,
como Aspirante Oficial e tive a oportunidade de colocar em prática
os ensinamentos aprendidos no Curso de Oficiais da Polícia Militar e
aprender sim, no cotidiano, com os Oficiais e Praças a melhor maneira
de servir ao cidadão, principalmente com o meu 1º Comandante o
então Maj PM Mesquita, oficial que me deu referência e inspiração
profissional e pessoal.
Agradeço também aos diversos oficiais e praças, inclusive aos que
não estão mais presentes no nosso dia a dia, representados pelos Major
Ferraz, Capitães Novato e Avelar, Tenentes Nelson Vitorino e Wilson
Leão, pelos Sargentos Jorge Conceição, Francisco Alberto e Sisínio,
Soldados Cristóvão Tiago, Gedonias Maia, Joaquim Pedro (Cícero) e
seus familiares.
O 9º Batalhão era considerado o “Guardião do Sudoeste Baiano”,
graças a sua grande área de abrangência como também pela qualidade
de seus serviços prestados à comunidade sob a sua guarda. O convívio
com os companheiros, oficiais e praças, era muito harmonioso, de
forma que pude construir e solidificar amizades que perduram até hoje.
Os policiais do 9º Batalhão sempre foram reconhecidos em toda a
Polícia Militar da Bahia pelo seu comprometimento com a Corporação,
por desenvolverem seu mister com perícia e amor à farda que sempre
envergam diuturnamente, e posso afirmar que sou grato ao brilho
de minhas estrelas, que foram polidas através dessas pessoas que
participaram da minha trajetória.
Em meados de 2009 delegamos a esta Unidade a honrada missão
de se dedicar integralmente à formação, instrução e capacitação de
policiais militares de toda a região, tornando-se a casa do saber de nossa
tropa no Sudoeste Baiano, e após pouco mais de quatro anos, muito nos
orgulhamos dos resultados obtidos, não apenas pelos aproximadamente
1000 policiais capacitados e aperfeiçoados, mas pela qualidade dos
cursos oferecidos, evidenciando comprometimento e preparo de todos
os policiais que fazem parte da Família 9º Batalhão.
Quero parabenizar esta Unidade pelos seus 43 anos de existência
e de excelentes serviços prestados não somente à cidade de Vitória da
Conquista, mas a todo o Sudoeste Baiano.
Juntos, somos Fortes! Unidos, somos a PMBA Forte!
Alfredo Braga de Castro – Cel PM
Comandante Geral
7
Palavra do Comandante
do 9º Batalhão
“Neste ano o 9º Batalhão comemora o seu 43º aniversário, e para mim é uma honra
poder estar no comando desta Unidade num momento tão especial.
Quando saí aspirante oficial da Academia de Polícia em Salvador, fui transferido
para o 9º Batalhão, chegando aqui juntamente com os aspirantes Adriano Costa e Jader
Martins em 1986. Ali nascia o sonho de um dia comandar este quartel, pois, voltar um
dia como comandante, significaria que eu havia aprendido todos os ensinamentos que
me foram aqui transmitidos, e esta seria a melhor forma de honrar os oficiais e praças
que me ensinaram a ser POLICIAL MILITAR.
Tive a honra de frequentar esta Unidade desde a minha infância, pois meu pai, o Sd
PM Joaquim Pedro da Silva, conhecido como Soldado Cícero, sempre me trazia para
as festividades promovidas por esta instituição. Posso dizer que devo a minha carreira
ao 9º Batalhão, pois, foi em suas salas de aula que eu tomei banca com o então Tenente
Enéias, com o objetivo de prestar concurso para a Academia de Polícia Militar da Bahia,
o que me possibilitou a aprovação e inscrição no Curso de Oficiais da turma de 1984.
O 9º Batalhão em seu período de serviço de policiamento operacional era considerado
o “GUARDIÃO DO SUDOESTE BAIANO”, pois, praticamente todas as localidades
do Sudoeste da Bahia estavam sob os seus cuidados. A nossa história é repleta de
momentos felizes, quando conseguíamos aumentar a sensação de segurança em nosso
público através de estratégias acertadas de policiamento; porém, com momentos de
reflexão e reavaliação, como nos instantes em que errávamos e em que não conseguíamos
alcançar nossas metas.
Em 2009, por meio da Lei nº 11.356 de 06 de janeiro, houve uma
mudança na atividade-fim do 9º Batalhão, fomos designados para
exercer exclusivamente a nobre função de Formação e Capacitação
Profissional. Tal mudança se concretizou de fato em 2010, e a
partir daí, temos capacitado e formado policiais para toda a região
Sudoeste, de forma que hoje, podemos nos considerar o “BERÇO
DE FORMAÇÃO E GUARDIÃO DO CONHECIMENTO E DA
MEMÓRIA POLICIAL DO SUDOESTE BAIANO”.
Assim, este é um momento de comemoração e de reflexão
sobre o que fizemos até aqui e o que faremos no por vir, pois,
estamos cientes que muito ainda precisa ser feito, que novos
desafios se apresentam para nós dia após dia, porque a Polícia
Militar não está descontextualizada do seu tempo, ela reflete o
que a sociedade é.”
Ten Cel PM Ivanildo da Silva
Comandante do 9º Batalhão
8
Conceitos e Práticas de Policiamento * O 9º Batalhão...
Prelúdio
Conceitos e Práticas de Policiamento
Por Nivan Santos
Ao se falar em polícia, logo vem à mente uma viatura padronizada, homens e/ou mulheres uniformizados
e armados, que tem por função garantir o respeito às leis. O dicionário Aurélio define o termo “polícia’ como:
“Ordem ou segurança pública. / Conjunto de regras impostas aos membros de uma coletividade com o objetivo
de garantir a ordem, a tranquilidade e a segurança públicas. / Corpo de funcionários incumbidos de respeitar essas
regras e reprimir o crime”.
De uma forma geral atribui-se à polícia as
funções de segurança pública, e isso é entendido
como algo natural, ou seja, a polícia sempre foi vista
como corporações públicas encarregadas de manter
a segurança das comunidades locais. Entretanto, ao
se estudar a história, observa-se que essa ideia foi
construída no final do século XVIII para legitimar as
forças policiais que recebiam uma configuração parecida
com a atual.
Assim, refletir-se-á sobre o conceito do termo
“polícia”, bem como o processo de construção desta na
Europa e consequentemente no Brasil.
Não se pode conceber uma história “natural”
das polícias como sendo um longo processo de
desenvolvimento, uma vez que ela é fruto muito mais
das “rupturas” do que de um continuísmo histórico.
Esse processo variou de acordo o tempo, espaço e
cultura.
Nas primeiras sociedades conhecidas até hoje,
os conflitos normalmente eram resolvidos pelas partes
interessadas, sendo até considerado um insulto a
intromissão de terceiros na causa, como é o caso das
sociedades de esquimós.
Somente a partir do momento em que se
acentua a divisão do trabalho e que começam a aparecer
formas diferenciadas de dominação política, religiosa
e militar, é que se observa o aparecimento da função
policial, ou seja, algumas ações consideradas ilícitas pela
comunidade começam a ser analisadas e mediadas por
terceiros, geralmente os chefes tribais, ou conselhos
de anciãos, que são autorizados pelo grupo para julgar
algumas causas e/ou infligir as penalidades.
A emergência das Cidades-estados gregas são
essenciais para a concepção da função policial uma
vez que, como nos afirma Monet (no livro: “Polícia e
Sociedade na Europa”), juntamente com a polis surge
a concepção de “espaços” públicos norteados por
valores e interesses que não se deixam “nem absorver
pela soma dos interesses particulares, nem confundir
com o patrimônio dos governantes.”
Etimologicamente, há um acordo em associar
a origem do termo “polícia” assim como “política”, ao
termo grego politeia. Observa-se que até Aristóteles, este
termo denotava dois conceitos, de um lado significava
a polis (cidade) e de outro, a arte de governar. Porém,
a partir de Platão e Aristóteles, este termo começa a
sofrer mutações e passa a designar o conjunto de regras
relativas à administração da Cidade, que envolvem os
abastecimentos, a moralidade, a salubridade; assim como
também designa os responsáveis por se fazer respeitar
as leis. São os “guardiães da lei” que Platão fala em A
República. Daí se começa a distinguir aqueles que editam
as regras daqueles que as fazem serem cumpridas.
A Grécia foi o local onde se forjou a função de
polícia na história das civilizações ocidentais. Baseadas
nas teorias de filósofos como Sófocles, Aristóteles e
outros, a ideia de polícia era legitimada pela oposição ao
anarquismo e defesa da ordem, e tinha a coação física e
a ameaça de ações penais como meio de trabalho.
A polícia se tornou uma importante ferramenta
de governo na manutenção das Cidades-estados gregas.
Para se ter ideia do grau de utilização da polícia, em
Atenas foram criadas diversas polícias, a econômica e de
controle de mercados, a destinada à religião e costumes,
a da vigilância dos banquetes e diversas outras.
9
Foto: http://pt.wikipedia.org
Com a ascensão da civilização romana há um
período de desorganização dessa estrutura, com a
delegação da segurança do cidadão à iniciativa privada,
entretanto, após o desenvolvimento do Estado Imperial
em 44 a. C. surge um modelo de polícia especializado,
profissional e público. O imperador Júlio César criou
o posto de praefectus urbi (prefeito da cidade), função
responsável pela manutenção da ordem, assistido pelos
vigilies (que patrulhavam as ruas com o objetivo de
policiar ou debelar incêndios), e pelos stationarii (posto
fixo, uma espécie de departamento de polícia de bairro).
Os romanos convertem o termo grego politeia
para o latim politia, derivado da palavra polis que significa
“cidade”, e adéquam a noção de politia com o intuito
de justificar a soberania do Estado imperial sobre seus
súditos. Os romanos entendem que cabe ao imperium
a regulação entre o público e privado, cabendo a ele a
elaboração das leis e o seu cumprimento compulsório.
Dessa forma, observamos no praefectus urbis (o prefeito
da cidade, responsável pela manutenção da ordem)
os poderes de editar as leis “ que englobam todos os
aspectos da vida social “ e o de fazê-las serem cumpridas,
uma vez que detinha controle sobre os corpos de polícia
especializados.
Vale lembrar que o modelo romano de polícia
impunha a necessidade de todos os responsáveis
pela ordem e seus subordinados serem contratados e
remunerados pela autoridade política central, evitando
assim, o financiamento particular e consequente
usurpação do poder por este.
Entretanto, todo esse modelo rui com a queda
do império romano e com a consequente ascensão
do sistema feudal na Europa a partir do século IV de
nossa era. As violências de toda a natureza são fatos que
acompanharam a vida cotidiana da Europa continental
10
por séculos, instaurando um clima generalizado de
insegurança, fragilizando o Direito e o poder central
dos reis e possibilitando o exercício e concentração do
poder judiciário nas mãos de novos senhores regionais,
que, em nome do rei, submetiam a seus jugos toda a
comunidade local através do sistema de suserania e
vassalagem.
Nesse cenário em que não havia um poder
político capaz de impor a paz pública, foram tomadas
diversas providências, de acordo com o tempo e espaço,
destinadas à promoção da ordem e da paz, entretanto,
nenhuma destas ações contemplaram a organização de
órgãos de polícia especializados, mas é possível destacar
alguns modelos de organização de segurança, como
as bases locais e comunitárias dos Anglo-saxões, em
que a função policial é assumida em bases locais por
membros da comunidade, comandadas por oficiais,
também escolhidos entre os habitantes locais, que
exerciam suam funções em nome do rei.
Outro modelo conhecido é o da Igreja. No
século XI, nasce nas assembleias de bispos a ideia em
torno de uma “Paz de Deus”, baseada em ameaças
religiosas e estabelecimento de juramentos de não
agressão à Igreja e aos pobres.
A noção de polícia sofreu um eclipse com o
surgimento do sistema feudal na Europa, ressurgindo
apenas no fim da Idade Média, juntamente com a
redescoberta do Direito Romano. Neste período,
“polícia” passa a representar, de modo laudatório, o
estado cuja sociedade goza de um “bom governo” e
onde há “boas leis” sendo promulgadas e cumpridas
pela comunidade.
A partir do final do século XVI, influenciados
pelos Estados Absolutistas, enriquecimento da
burguesia, dentre outros,
surgem diversas teorias acerca
de “polícia”. Isso foi muito
importante para a construção
dos modelos de policiamento
existente no mundo, pois,
os governos começam a
perceber a necessidade de
se estruturar sistemas de
contenção social e passam a
dar maiores atenções a esta
temática.
Relevo de Smyma: soldado
romano conduzindo cativos
acorrentados
“É durante o século XIX, com os
constantes motins e revoluções em
todos os Estados europeus que se
forja o significado atual do termo
“polícia”. A partir de então, polícia
remete à ideia de um órgão que
reprime as infrações legais e que
impede os movimentos coletivos
considerados nocivos, tão comuns na
Europa do século XIX”.
Gendarmes russos, 1890. Polícia
inspirada na Gendarmerie francesa.
Desde o século XVI surge um conceito de
polícia na Dinamarca que se difunde por toda a
Europa do século XVIII, no qual “polícia” representa
o que atualmente chamamos de administração geral,
ou seja, estava relacionada à manutenção da ordem,
da tranquilidade pública, da higiene, do comércio, do
trabalho, dentre outros.
Devido às conquistas normandas e à
centralização política e administrativa desenvolvidas
pelos novos dirigentes da Inglaterra, surge no início do
século XIX um modelo de polícia pública considerada
uma das primeiras no ocidente, baseadas na figura do
sherif, representante da Coroa na comunidade, dotado
de poderes na esfera policial e judiciária.
Entretanto, podemos afirmar que o
desenvolvimento de polícias públicas na Europa
continental não está relacionado com o crescimento
da criminalidade nas comunidades, e sim, devido
ao desenvolvimento econômico experimentado
pelas cidades, à urbanização, à industrialização. Esse
desenvolvimento faz com que os dirigentes procurem
tornar menos toleráveis os índices de criminalidade
existentes, uma vez que foram modificados o equilíbrio
social e as posições de poder a partir do momento em
que o sistema feudal começa a perder espaço para as
formas primitivas do capitalismo.
Encontramos, por exemplo, nas feiras medievais,
os primeiros embriões de polícia sob a figura dos “guardas
de feira”, responsáveis pela garantia da ordem e da
segurança nestes locais, sendo-lhes conferida, para tanto,
amplos poderes de coação física. Assim, entre 1650 e 1850,
todos os países europeus constituem para si modelos de
Foto:site: http://billy-red.livejournal.com/419073.html
polícia que podem ser considerados como modernos,
precursores dos modelos de policiamento atual.
Desde o início do século XVIII os franceses
atribuem à polícia apenas a garantia do cumprimento
das leis e regras administrativas, e não mais a
regulamentação social ou judiciária de conflitos entre
particulares. A partir de então, surgem órgãos de polícia
diferentes, compostos por agentes públicos, organizados
e numerosos, com atribuições próprias e deixando de
ser, gradativamente, o braço forte do judiciário.
Entre meados do século XVII e XVIII,
na Prússia, influenciados por teóricos absolutistas,
desenvolve-se a concepção de que cabia ao Estado a
promoção do bem-estar social e da felicidade de seu
povo, sendo para tanto, delegado apenas àquele todo o
poder necessário para a garantia de seu objetivo, uma
vez que ele detém o monopólio da coação física e não
está submetido às próprias leis. O indivíduo passa a ser
mero “expectador” social.
Embasado nos iluministas, no final do século
XVIII se forja na Áustria e na Prússia, um novo conceito
de polícia, no qual o Estado não mais se responsabiliza
pela promoção do bem-estar e felicidade de seus súditos
ficando a critério do cidadão a autodeterminação, que
exerce sua liberdade diante do Estado, cabendo a este a
garantia de que essas liberdades sejam respeitadas.
A partir de então o Estado é obrigado a cumprir
suas próprias leis e começa-se a respeitar o princípio
da igualdade entre os cidadãos diante da lei, cabendo
à polícia a garantia de que haja a manutenção da paz
pública, da ordem, da segurança.
11
É durante o século XIX, com os constantes
motins e revoluções em todos os Estados europeus que
se forja o significado atual do termo “polícia”, pois,
formam-se corpos policiais com agentes especializados
e treinados para o controle de distúrbios civis, uma vez
que o exército não mais conseguia fazê-lo. Paralelamente
a isto, há uma extensão do aparelho judiciário em toda a
Europa que proporciona um alinhamento com as forças
policiais que se especializam na função de auxiliares da
justiça penal. A palavra “polícia” remete à ideia de um
órgão que reprime as infrações legais e que impede
os movimentos coletivos considerados nocivos, tão
comuns na Europa do século XIX.
Nos dias de hoje temos genericamente dois
modelos de policiamento ostensivo aplicado em
grande parte das sociedades ocidentais, o modelo
francês, militarizado e centralizado; e o modelo
inglês, desmilitarizado e descentralizado. Vejamos
as conjunturas político-sociais que propiciaram a
construção destas filosofias de policiamento.
administrativas do território, a partir do século XVI.
Em 1791 a Maréchaussée foi rebatizada de Gendarmerie.
Em Paris, no ano de 1667, é criado por Luis
XIV o ofício de tenente de polícia para representá-lo
nas tarefas relativas à administração geral da cidade.
Monet cita uma série de atribuições do tenente: “Ele
zela pela segurança pública, organiza a repressão
da criminalidade, toma as disposições necessárias
para evitar os incêndios e as epidemias ou limitar os
efeitos das inundações causadas pelas cheias do Sena.
Ela manda guardar os mercados e tomar medidas que
facilitam o abastecimento cotidiano da capital. Atento
ao movimento das populações flutuantes manda vigiar
os hotéis e os quartos de aluguel, e acompanha o
“estado da opinião” através do controle das gazetas e da
livraria: cabe a ele impedir a distribuição dos panfletos
e dos libelos, e de um modo geral acompanhar de perto
os procedimentos de toda uma gama de suspeitos,
considerados como adversários ao mesmo tempo, do
Trono e do Altar “judeus, protestantes, jansenistas...”
Na França a unidade do reino é forjada através
de uma sistemática anexação das periferias pelo centro,
muitas vezes realizada por meio da força. Dessa forma,
se faz necessária a demonstração de força por parte do
Estado, assim, foi-se criada inicialmente, no período da
Guerra dos Cem Anos, a Maréchaussée, uma organização
militar para proteger as retaguardas dos exércitos em
deslocamento, empreendendo busca aos desertores e
cuidando dos territórios sob seu domínio. Era composta
por corpo de cavalarias que realizavam cavalgadas nas
grandes estradas. Com o passar do tempo esses corpos,
que exerciam a função policial nas zonas rurais vão se
sedentarizando e se organizando com base nas divisões
12
O constable (policial) deve ser civil e cortês com as pessoas de qualquer classe ou condição... Ele deve ser
particularmente atento para não interferir desastradamente ou sem necessidade, de modo
a não arruinar sua autoridade... Ele deve lembrar que não existe nenhuma
qualidade tão indispensável como uma aptidão perfeita para conservar seu sangue-frio”.
Robert Peel
Foto: http://historianovest.blogspot.com.br/2010/07/ideologia-da-seguranca.html
O modelo de polícia francês é caracterizado
pela ostensividade e por ser de caráter mais reacionário
e menos preventivo. Esse modelo foi concebido com o
intuito de se monitorar a sociedade ao mesmo tempo em
que se reprime a criminalidade. Por trás dos cavaleiros
da Maréchaussée, o Estado se mostra de forma quase que
onipotente, demonstrando que ele tem força para se
impor sobre seus súditos
Quanto à Inglaterra, não é novidade a oposição
ferrenha dos ingleses a tudo o que vinha da França e,
quanto ao modelo de policiamento não foi diferente.
Eles repudiavam um policiamento baseado no sistema
militar francês e afirmavam
que o cidadão confiava
mais num criminoso
inglês do que num tenente
de polícia parisiense!
Entretanto, eles tinham
um duplo problema,
era preciso constituir
policiais ostensivos,
para serem controlados
pelo público, entretanto
eles não deveriam se
parecer com os policiais
franceses, com uniformes
militares e armamento
ostensivo. Assim, em 29
de setembro de 1829,
uniformizados de sobrecasaca e cartola e munidos
unicamente de um curto cassetete e um par de algemas,
entra em funcionamento a Metropolitan Police na
cidade de Londres, sendo que, após trinta anos de
funcionamento, esse modelo foi expandido para toda a
Inglaterra.
Na Inglaterra, desde o século XII os poderes
da monarquia no âmbito judiciário são fortalecidos, de
forma que, diferentemente do que ocorreu na Europa
continental, houve uma relativa equivalência de poder
entre a monarquia e os senhorios de terras, porém, ao
invés de se digladiarem, esses diferentes centros políticos
estabelecem uma política de colaboração mútua. O
consequente fortalecimento do poder central em todas
as jurisdições locais foi contrabalançado pelo respeito
aos direitos legais ou costumeiros dos senhores de
terras, tendo a negociação e o compromisso como regra
na resolução dos conflitos, o que dá uma característica
ímpar à Inglaterra.
Monet cita em sua obra um trecho do discurso
de Robert Peel, então ministro do Interior, incentivador
do estabelecimento da Metropolitan Police, proferido
no momento da instauração desta força: “O constable
(policial) deve ser civil e cortês com as pessoas de qualquer
classe ou condição... Ele deve ser particularmente
atento para não interferir desastradamente ou sem
necessidade, de modo a não arruinar sua autoridade...
Ele deve lembrar que não existe nenhuma qualidade tão
indispensável como uma aptidão perfeita para conservar
seu sangue-frio”.
O modelo inglês se baseia na redução dos
enfrentamentos e na sensibilização das novas camadas
operárias urbanas para os valores sociais da nova
conjuntura social, visando uma legitimação da polícia.
Esta deve ser aceita pela comunidade de forma
espontânea e não imposta na base da força física,
apenas. Esse modelo dá mais ênfase à prevenção.
Quanto ao Brasil, como se pode perceber, é
adotado um modelo de policiamento inspirado no
francês, entretanto, somos um dos poucos países do
mundo que se tem notícia de ter uma polícia militar
zelando pela segurança da sociedade civil.
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS
FORÇAS POLICIAIS NO BRASIL
A Colônia Portuguesa na América como era
de se esperar, tinha seu funcionamento aos moldes da
Metrópole. Em Portugal, até o início do século XVI
não havia uma força militar permanente, ocorrendo
recrutamentos apenas em períodos de conflitos, sendo
dissolvidos logo após o término do litígio.
No Brasil os donatários, ao receberem suas
capitanias, deveriam criar uma força miliciana com fins
de proteger suas posses, auxiliando a Coroa Portuguesa
no papel de preservação do território colonial. Eles
possuíam o título de Capitão pela Coroa Portuguesa e
mantinham sob suas ordens o comando das armas de
sua jurisdição, assim como também eram responsáveis
por recrutar moradores de suas capitanias para servirem
em tempo de guerra.
Foto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tom%C3%A9_de_sousa.jpg
Chegada de Tomé de Sousa à Bahia, trazendo consigo toda a sua comitiva e o primeiro contingente
militar do oficial Brasil, composto por aproximadamente 400 homens.
13
O primeiro contingente militar oficial no Brasil
foi composto por aproximadamente 400 homens com
o objetivo de assegurar a autoridade do Governador
Geral no exercício de suas funções que compreendiam,
dentre outras, o comando de todas as forças armadas,
defesa contra exploradores estrangeiros e eventualmente
criminosos da própria colônia, construção de navios,
armar e preparar militarmente os contingentes de
colonos e ainda instalar fortificações.
As capitanias tinham seu próprio governante,
sua pequena milícia e seu próprio tesouro, geralmente
com grandes territórios e com povoamento concentrado
no litoral. O Brasil do século XVI se constituía num
amontoado de regiões mais ou menos autônomas,
pouco povoadas e sem maiores relacionamentos.
Uma característica muito marcante da
organização militar privada do período colonial foi
a falta de unidade, tanto no tempo como no espaço,
sendo constituída de forma fragmentada de acordo com
as condições coloniais dos núcleos de povoamento, e
mobilizada de forma irregular e eventual, norteada em
razão das conquistas, expansões e defesas do território.
A referência mais remota sobre uma autoridade
policial constituída se dá na figura do Almotacé,
responsável pela fiscalização da exatidão dos pesos e
medidas, taxação dos preços, distribuição de gêneros
alimentícios além de exercer a função de polícia da
cidade e de zelar pela limpeza pública; sendo assistidos
pelos alcaides-pequenos e meirinhos.
De uma forma geral, as tropas militares no Brasil
Colônia eram organizadas em 1ª, 2ª e 3ª linhas, sendo as
de 1ª linha, tropas regulares (pagas) responsáveis pela
defesa do território contra investidas do inimigo externo
ou interno; de 2ª linha, tropas auxiliares (constituídas em
Milícias, a partir de 1796) focadas na segurança interna
da colônia e eram reserva das tropas de 1ª linha, e de
3ª linha, as Ordenanças, destinadas à manutenção de
segurança local e não deviam ser deslocadas (precursora
das atuais polícias militares). Entretanto, todas essas
três tropas realizavam o papel que hoje são dos policiais
militares, realizando prisões e escoltas de prisioneiros,
transporte do tesouro real, dentre outras.
a. Tropas de 3ª linha: Ordenanças
Criada em Portugal pelo Alvará Régio de 8 de
janeiro de 1508 por Dom Manuel e estendida para todo
o reino português por Dom Sebastião através da Lei
das Armas de 9 de dezembro de 1569, as Companhias
de Ordenanças eram compostas por todos os homens
válidos com idades entre 20 e 65 anos, exceto os
sacerdotes, magistrados, deficientes físicos ou mentais.
Eram tropas voluntárias e estavam organizadas nas vilas
e cidades, incluindo seus arraiais e povoados.
Cada Ordenança era comandada por um Capitão-
Mor (equivalente do posto de Coronel, atualmente)
tendo o Sargento-Mayor (equivalente ao posto de Major,
atualmente) como seu substituto imediato. A partir das
Ordenanças as tropas se subdividiam em Companhias
que tinha a sua hierarquia composta da seguinte forma:
Estado
Maior
Oficiais de
Patente
Oficiais
inferiores
Tropa
1 Capitão (de Companhia)
1 Alferes
1 sargento
1 Meirinho
1 Escrivão
10 Cabos de Esquadra
250 Soldados (10
esquadras x 25 soldados)
No Brasil, norteado pela filosofia do “estado
de polícia” prussiano do séc. XVIII as Ordenanças e
as Milícias foram amplamente utilizadas como meio
“disciplinador” da sociedade.
Em 1758 foi extinto os cargos civis de Meirinhos
e Escrivães das Companhias, sendo substituídos por
dois sargentos. Em 1827 foi a vez da extinção da função
de Capitão-Mor das Ordenanças, sendo as Ordenanças
subordinadas aos Juízes de Paz; e por fim, em 1831
foi extinta as Ordenanças e criada a Guarda Municipal
Permanente.
b. Tropas de 2ª linha: Auxiliares e Milícias
As tropas Auxiliares surgiram em Portugal em
1645 no cenário de restauração do trono português
após o período de unificação das Coroas Portuguesa e
Espanhola entre 1580 e 1640. Tinham como função a
manutenção da segurança do território e constituíam,
juntamente com as tropas de 1ª linha e as Ordenanças
as forças militares da Metrópole Portuguesa e suas
colônias.
Sua estrutura militar era inspirada da
espanhola, dividida em terços com cerca de 600
homens subdivididos em 10 companhias. Cada terço
era comandado por um mestre-de-campo que tinha o
treinamento de seu efetivo realizado por homens das
tropas de 1ª linha. Entretanto, não havia remuneração
pecuniária para nenhum de seus componentes, o que
levava a Coroa a oferecer honrarias aos seus oficiais
como recompensa pelos seus serviços.
14
Em 7 de agosto de 1796 todos os Corpos de
Auxiliares foram renomeados Regimentos de Milícias,
em Portugal e no Brasil, mas sem grandes alterações em
suas funções. Em 1824 as Milícias foram convertidas
em tropas de 2ª linha (reserva) do Exército, sendo
formalmente extintas e substituídas pela Guarda
Nacional em 1831.
c. Tropas de 1ª linha: Regulares
Essa tropa é a antecessora do nosso atual Exército.
Tem origem estimada em 1549, com a chegada de Tomé
de Sousa e era composta por Terços de Infantaria,
Regimentos de Cavalaria e Terços de Artilharia. Seus
membros eram remunerados e atuavam no combate aos
ataques externos e internos contra a Colônia.
Até o início do século XIX, em Portugal, não
havia instituições policiais profissionais militarizadas,
isso veio a ocorrer a partir da criação da Guarda Real da
Polícia de Lisboa, em 1801, inspirado nas maréchaussée
francesa.
O grande marco para o processo de estruturação
do sistema de segurança profissionalizado no Brasil se
deu com a vinda da Família Real portuguesa em 1808,
quando se criou a Intendência Geral da Polícia da Corte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tropas_brasileiras_1825.jpg
Embarque das tropas em Praia Grande para
expedição contra Montevidéu.
Obra de Jean Baptiste Debret.
e do Estado do Brasil nos mesmos moldes da que tinha
em Portugal, com o intuito de disciplinar os costumes
do povo brasileiro e organizar os espaços da cidade do
Rio de Janeiro.
Em 1809 foi criada a Divisão Militar da Guarda
Real de Polícia, (a precursora da Polícia Militar do
Rio de Janeiro), composta por três companhias de
infantaria e uma de cavalaria, com efetivo recrutado
preferencialmente nos regimentos de infantaria e
cavalaria de linha da guarnição da Corte, subordinadas
ao Governador das Armas da Corte e ao Intendente
Geral da Polícia. O serviço realizado pela Guarda Real
se dava por meio de patrulhas rondantes com o objetivo
de surpreender qualquer infrator.
Mesmo com o retorno da Família Real a
Portugal, essa estrutura permanece e paulatinamente são
criados corpos de polícias militarizadas nas províncias,
se constituindo nas atuais polícias militares dos estados
federados.
Na Bahia, a criação do seu corpo de polícia está
intimamente ligada à causa da Independência. Após
as lutas independentistas que culminaram na expulsão
dos portugueses do Brasil, houve a permanência de
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tropas_brasileiras_1835.jpg
Terceiro Batalhão do Exército
Brasileiro em São Cristóvão,
Rio de Janeiro”. Obra datada
de 1835.
15
diversos batalhões ociosos na província baiana e coube
ao 3º Batalhão de 1ª Linha, composto por membros de
classes heterogêneas e por libertos, e ao 4º Batalhão, a
responsabilidade da segurança e manutenção da ordem em
Salvador.
Entretanto, o 3º Batalhão se rebelou contra o
Comandante das Armas da época, o Brigadeiro Felisberto
Gomes Caldeira, assassinando-o em 25 de outubro de
1824. Após isso o 3º Batalhão foi extinto e, para exercer
as suas funções foi criado, provisoriamente, em 1º de
janeiro de 1825 pelo Comandante das Armas da Bahia,
o primeiro Corpo de Polícia. A criação definitiva se deu
por meio de Decreto Imperial de 17 de fevereiro de 1825,
sendo um corpo composto por um Estado Maior e duas
Companhias de Infantaria.
Esse primeiro corpo de polícia foi aquartelado
inicialmente no Convento de São Bento, com efetivo
de 238 homens e comandado pelo oficial português
Major Manoel Joaquim Pinto Paca, era responsável pela
manutenção da lei e da ordem pública e por garantir a
aplicação das posturas municipais. Teve suas primeiras
atuações na contenção de tumultos civis e militares devido
às reações anti-lusitanas; contra motins de escravos, dentre
outros.
complexos e dependentes, sobretudo, da sociedade na qual
estão inseridos. É a comunidade, enquanto cidadã, quem
define a face da polícia. Se há uma polícia eficaz, íntegra,
honesta, isto é reflexo do ambiente de convívio, uma vez
que a polícia faz parte da sociedade; ela não é um corpo
estranho ao meio, antes, seus profissionais são recrutados
das comunidades locais e já adentram nas corporações
militares com concepções previamente influenciadas pelo
meio em que vivem.
Espera-se que um dia ao se falar em “polícia”
o cidadão não apenas veja um estereótipo, mas sinta-se
representado na figura do policial. É sabido que para isto
a polícia também tem que evoluir mais, ser mais técnica,
humana, entretanto, paralelamente, a sociedade também
tem que ser mais consciente de seus direitos e deveres,
sendo menos tolerante com o crime e mais atuante na
defesa de seus direitos.
Assim, entende-se que segurança pública só se faz
com a participação de todos, uma vez que a integração
social é um dos meios mais importantes para vencermos
a criminalidade.
O clima na Bahia era de muita efervescência
política e consequente oposição aos portugueses, assim,
em meio a esse sentimento, em 28 de fevereiro de 1830, o
Presidente da Província José Egydio Gordilho Barbuda foi
assassinado. No ano seguinte, após diversas sublevações
por parte de alguns militares e de membros do Corpo
de Polícia, foi extinto o Corpo de Polícia, deixando as
funções de policiamento de Salvador a cargo das Guardas
Municipais pagas.
Em 23 de junho de 1835, o Vice Presidente
Manoel Antonio Galvão por meio de Lei nº 29 reorganizou
o Corpo de Polícia sob a denominação de Guarda
Policial. Esse corpo policial acompanhou o processo de
desenvolvimento da sociedade baiana e se tornou o que
hoje conhecemos por Polícia Militar da Bahia.
O sistema de segurança pública brasileiro atual
contempla seis corporações policiais, três da esfera
federal e três da estadual, que são a Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícia
Militar dos Estados, Corpo de Bombeiros Militares dos
Estados e Polícia Civil.
Uniforme das praças do Corpo de Polícia da Bahia
Saiba mais...
MONET, Jean-Claude. Polícias e Sociedades na Europa;
Tradução de Mary Amazonas Leite de Barros – 2ª Ed. São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
Imagem Digitalizada.
Como pode-se perceber, a noção de polícia
e o processo de construção desta são extremamente
16
“O 9º Batalhão representou minha vida, tudo o
que eu tenho, a minha família dependeu desta
Unidade. Agradeço ao 9º Batalhão por ser o
cidadão que sou hoje”.
Cb PM RR Celso Antônio das Virgens
“O 9º Batalhão foi pra mim, quando cheguei, um esteio, foi um
apoio, porque eu tive algumas dificuldades aqui... eu tive alguns
momentos que eu, inclusive sofri ameaça, e fui muito respaldado
pelo batalhão. Então o batalhão pra mim, foi uma referência de
segurança e tranquilidade, foi um contingente para o desempenho
do meu trabalho sem dissolução de contiguidade.”
Dr.Manoel Augusto Figueira
“O Batalhão representou tudo na minha vida, eu
devo muito ao Batalhão pelo que eu tenho hoje...”.
Sgt PM RR Mário Roberto Alves
de Carvalho
“Quanto ao 9º Batalhão ser Unidade
Escola? Isso é um bom sinal, um sinal de
desenvolvimento, é cultura...”
José Amaral Menezes (JMenezes)
“A polícia tem hoje uma independência muito grande
de trabalho, a cidade reconhece que a atuação da
polícia, tanto civil como militar, tem melhorado demais
em Conquista, na sua atuação, na sua presença, na
sua participação com a comunidade. As ligações dos
comandos das polícias com a direção da política local
tem sido muito segura, e de interesse da coletividade.”
José Pedral Sampaio
“O Batalhão pra mim foi como um professor...
um educador... foi tudo na minha vida porque
foi onde eu tirei o sustento pra criar os meus
filhos...”.
Sgt PM RR Agnaldo Teixeira de Santana
17
“É louvável, a recente atribuição do 9º Batalhão
na formação e capacitação de policiais, pois,
auxilia o policial em sua formação, mantendo-o
próximo de sua comunidade.”
Sgt PM RR Deraldo Belarmino de Sousa Neto
“O Batalhão, a começar pela 2ª Companhia
Independente, até os idos de 1990 foi a minha
vida... minha e de minha família... Eu tenho
minha família criada, graças a Deus e graças a
Polícia Militar da Bahia.”
Sgt PM RR Raimundo Mendes Ribeiro
“As experiências promovidas pelos oficiais,
praças e funcionários civis do 9º Batalhão me
tornou um oficial mais confiante de mim, mais
próximo da tropa e do cidadão”.
Cel PM Inácio Paz de Lira Jr.
“O Batalhão ajudou muito Conquista a crescer.”
Sgt PM RR Odilon Gonçalves Rocha
“Trabalhar no 9° Batalhão para mim foi
motivo de orgulho e aprendizado, foi de
onde tirei grandes lições de vida e amigos
inseparáveis”.
Dr. João Carlos Ferraz de Oliveira
Médico do 9° BPM
“O 9º Batalhão representa um degrau do meu aperfeiçoamento,
profissional, intelectual e fator de aprimoramento na minha vida
pessoal. Contribuiu, sobremaneira, para que escolhesse essa cidade
para fixar residência da minha família e rogar a Deus para que
minhas gerações vindouras sejam também importantes e produzam
para esta terra, que através, dos seus ilustres edis, representantes
da comunidade conquistense, me escolhessem como conterrâneo,
conferindo a mim o honroso título de Cidadão Conquistense.”
Ten Cel PM Jorge Ubirajara Pedreira
“O 9º Batalhão representou para mim a régua e o compasso, ali
começou toda a minha evolução profissional e maturidade como ser
humano, cheguei Aspirante a Oficial e sai Tenente Coronel. Prestei
serviço com dedicação exclusiva aos interesses da comunidade que
buscava incessantemente a paz e a segurança pública através de nossas
ações. Hoje estou convicto que tudo valeu a pena.”
Cel BM RR Djalma Duarte Santos
18
“O 9º BPM, não somente em meu comando, mas nos dos que
me antecederam e os que vieram após, sempre foi uma unidade
operacional classe A, que merecia atenção pelo alto escalão da
Corporação, por sua incontestável importância regional. (...) Sua
atividade se fazia tão importante, seu empenho era tão grande, que
nos momentos de adversidade, toda a comunidade se juntava para
abraçar o desafio, naquela que era uma demonstração inconteste
de confraternização e respeito entre ambos.”
Ten Cel PM RR Jonas Leite Ferreira Filho
“Considerando que sou contrário à criação
indiscriminada de companhias independentes,
consequentemente discordo das atribuições dadas a alguns
batalhões. Entendo que as Unidades deveriam continuar
responsáveis pela atividade operacional permanecendo com
as companhias orgânicas e distribuídas no terreno. Essa
situação não impediria que as OPMs formassem seus Cabos
e Soldados.”
Cel PM RR José Luiz Ventura Mesquita
“O 9º Batalhão não pode ser outra coisa a não
ser a minha vida...”
Sgt PM RR José Lisboa Oliveira
“O batalhão pra mim foi tudo, me ensinou
dignidade, me ensinou a honra de ser oficial, me
ensinou a tratar os companheiros com lealdade...
me ensinou a ser homem.”
Maj PM RR Ramon Campelo de Queiroz
“Os tantos exemplos de relevantes
serviços prestados à comunidade
conquistense pelo 9º BPM permitem-nos
assegurar que a sua presença é certa e
segura para a PAZ, condição primeira para
a qualidade de vida desta população.”
Murilo Mármore
“Essa nova atribuição ao 9º Batalhão para a grande responsabilidade de educar, formar e
capacitar pessoas, homens e mulheres para as múltiplas ações do papel de polícia mostra a
todos nós que a função da Polícia Militar vai além do trabalho ostensivo. Que o 9º Batalhão
está atento e comprometido em formar profissionais que tenham uma atitude de policiamento
cada vez mais diferenciada e qualificada, resultando numa maior interação entre a polícia e a
comunidade e estabelecendo uma relação de confiança e cooperação entre ambas.”
Guilherme Menezes - Prefeito Municipal de Vitória da Conquista
19
M E M
POLÍCIA MILITAR EM VITÓRIA DA CONQUISTA: UMA HISTÓRIA DE RECIPROCIDADES
GALERIA DE COMANDANTES DO 9° BATALHÃO
OFICIAIS DO 9° BPM QUE ALCANÇARAM O COMANDO GERAL DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
20
Ó R IA
OFICIAIS DO 9° BPM QUE ALCANÇARAM O POSTO DE CORONEL PM
COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA
GUARDIÕES DA MEMÓRIA
FORMATURA DE SOLDADOS NO 9º BATALHÃO. AGOSTO DE 1982
Polícia Militar em Vitória da Conquista:
Uma história de reciprocidades.
21
Por Nivan Santos
22
Quem passa por uma viatura da Polícia Militar e vê os policiais realizando uma
abordagem, ou apenas fazendo o policiamento ostensivo, geralmente não faz ideia do processo
de desenvolvimento da Polícia Militar em Vitória da Conquista. É disto que trata esse texto,
mostrando que você, leitor, faz parte desta história.
Ao ser analisada a história de Vitória
da Conquista, observa-se que a estrutura da
segurança pública na cidade foi aperfeiçoada. Isto
ocorreu em conformidade com as demandas do
município, de forma que se pode afirmar que toda a
estrutura policial presente até aqui é resultante das
mudanças nas estruturas urbanas e sociais da terra
conquistense.
Quanto à Polícia Militar, o registro oficial
mais remoto versando sobre a presença de uma
estrutura policial no município conquistense
remonta à década de 1920. Nesse período o
policiamento estava subordinado ao 2º Batalhão de
Infantaria, sediado em Salvador.
A cidade de Conquista até a década de
1930 era predominantemente agrária, com menos
de 8.000 moradores. A área geográfica do núcleo
urbano era determinada pelo curso do “Córrego
da Vitória” (rio Verruga), atual Rua 7 de setembro,
constituindo-se na área das atuais praças Tancredo
Neves e Barão do Rio Branco. Toda a vida
citadina era coordenada pelos grandes fazendeiros,
detentores do poder político local.
Todos os órgãos públicos ou eram
controlados diretamente ou sofriam forte influência
dos latifundiários locais, estando a polícia incluída
nesse caso. Conquista, principalmente até a primeira
metade do século XX, era considerada uma terra de
pistoleiros, um “açougue humano”, como declara
Menezes. O município de Conquista neste período
era considerado uma terra de coronéis em que suas
famílias dominavam soberanamente sobre toda
a pequena comunidade paupérrima presente no
aglomerado urbano.
O sistema de segurança da cidade neste
período, era composto pela Delegacia, Guarda
Municipal e Polícia Militar. A Delegacia era
composta pelo delegado (geralmente escolhido
entre os aliados políticos do prefeito), e por cerca
de três a quatro policiais militares destinados a
auxiliar o delegado. A Guarda ou Polícia Municipal
era composta pelo seu comandante (escolhido da
mesma forma que o delegado) e tinha em torno
de seis guardas. Quanto à Polícia Militar, havia
um destacamento (pequena estrutura policial) no
edifício onde hoje funciona a Prefeitura Municipal
de Vitória da Conquista, com uma quantidade
estimada de seis policiais presentes na cidade.
Todo o sistema de segurança pública
girava em torno do poder municipal. Entretanto,
o funcionamento desta estrutura era um pouco
diferente do que se vê hoje, uma vez que, a maior
autoridade policial sobre a cidade recaía na figura
do delegado de polícia. A Guarda Municipal era
responsável pelo patrulhamento ostensivo diurno
e noturno da cidade. O destacamento da Polícia
Militar dava maior ênfase na manutenção da
segurança dos municípios vizinhos.
A ocorrência policial mais constante no
município conquistense até a primeira metade do
século XX era o homicídio, quase sempre realizado
por pistoleiros a mando de figuras proeminentes da
cidade. Neste período, havia muitas mortes no seio
das famílias ricas da cidade motivadas geralmente
pela defesa da “honra”. Quase toda a discórdia
entre estes indivíduos era resolvida “à bala”, como
nos afirma Menezes.
A estrutura de segurança local pouco
combatia esta modalidade criminosa em
consequência da precariedade de seu efetivo, de
sua estrutura de funcionamento e, principalmente,
por sua dependência do poder local. Testemunhas
Polícia Militar e Vitória da Conquista:
um crescimento notável
Fotografias do final do século
XIX retratando a antiga Rua
Grande, atuais Praça Tancredo
Neves e Barão do Rio Branco
(à direita). O policiamento da
cidade estava sediado onde
atualmente funciona a Prefeitura
Municipal (à esquerda). Neste
edifício funcionava a Companhia
de Polícia, Delegacia e Cadeia
Pública.
Foto: Acervo do Museu Regional
oculares afirmam que era comum alguns membros da elite
local oferecer proteção à pessoas suspeitas de cometerem
crimes no município, o que na prática, impossibilitava a
polícia de alcançar o infrator da lei.
Estes são aspectos do cotidiano conquistense no
final do século XIX e início do século XX. São características
comuns às diversas localidades do interior da Bahia e do
Brasil. Quanto à Polícia Militar da Bahia, esta, neste mesmo
período, teve sua atuação moldada pelo combate às constantes
revoluções e revoltas que eclodiram no Brasil, como a guerra
de Canudos em 1896/97; Movimento Revolucionário de
1924; Revolução de 1930; Revolução Constitucionalista
de 1932, em São Paulo; campanhas contra o Cangaço e
principalmente contra Lampião, dentre outras.
Em 1936 houve a transferência da sede do 2º Batalhão
de Infantaria para a cidade de Ilhéus, com a denominação
2º Batalhão de Caçadores (2º BC/I), subordinando o
policiamento do destacamento da cidade de Conquista
à Ilhéus, entretanto, não se tem notícias, até o presente
momento, de que esta mudança interferiu diretamente na
estrutura policial conquistense.
Durante a década de 1930, em decorrência das
diversas campanhas de caráter nacional, a estrutura logística
da polícia em Conquista sofreu diversas alterações, sendo
sede da 3ª Cia do 2º Batalhão entre os anos 1936-1938,
enquanto no mesmo período a cidade de Jequié sediava a 2ª
Cia do 2º Batalhão. A partir de janeiro de 1939, por causa de
modificações estratégicas no combate ao cangaço, a 3ª Cia foi
transferida à cidade de Canavieiras, deixando o policiamento
de Conquista subordinado à 2ª Cia, em Jequié.
A área urbana de Conquista começou a se expandir a
partir da primeira metade do século XX, graças às construções
de novas rodovias como a Ilhéus-Lapa, e principalmente a
BR 116. Tais fatores alavancaram a imigração, o comércio,
o nascimento de algumas indústrias, enfim, iniciou-se uma
mudança definitiva na estrutura político-social conquistense.
Dessa forma, o núcleo e população urbana começam
a crescer em detrimento da rural graças à migração e ao
fortalecimento do comércio, fatores que contribuíram para
que a comunidade citadina se desvencilhasse gradativamente
do cabresto eleitoral dos grandes latifundiários, uma vez que
as atividades econômicas da cidade passam a se diversificar,
dependendo cada vez menos dos fazendeiros de gado.
Essa “nova sociedade conquistense” foi auxiliada
pelo parcelamento da terra durante as décadas de 1940,
1950, 1960, reduzindo ainda mais o poder da tradicional elite
latifundiária, pois, esses novos habitantes, por manterem
uma relação de menor dependência da elite local, começam
a dinamizar, de certa forma, as relações comerciais e
consequentemente políticas.
O conhecimento sobre essa conjuntura social
é importante para o entendimento do processo de
desenvolvimento da estrutura policial conquistense, por se
constatar que de acordo as exigências da cidade, a Polícia
Militar respondeu com modificações em sua estrutura
logística e de pessoal.
A partir da década de 1940 a estrutura policial regional
começa a se polarizar em torno de Conquista, iniciando em
1943, com a transferência da sede da 2º Cia do 2º Batalhão
da cidade de Jequié para Conquista, juntamente com todo
o seu efetivo e estrutura logística, invertendo a situação de
subordinação do policiamento entre estas localidades.
A Polícia Militar em Vitória da Conquista passa
a enfrentar um volume maior de problemas a partir do
momento em que as relações sociais mantiveram relativa
independência dos grandes fazendeiros locais. Ruy Medeiros
afirma que em 1956 o historiador e político Leôncio Basbaum
ao passar por esta cidade observou que era isolada no que
diz respeito à comunicação, que a comunidade se encontrava
num estado de desolação e miséria, com mendigos por toda
a parte. Ele também afirma que boa parte da população
andava descalça, com roupas velhas, rasgadas e raramente
limpas.
23
Foto: Acervo do Museu Regional
Esta é a descrição da comunidade conquistense
num período em que os sertanejos, fugindo da forte seca
que assolava a região, migraram para Vitória da Conquista na
esperança de dias melhores, a cidade, no entanto, não tinha
condições de receber essa grande quantidade de desalojados.
A população urbana no município cresceu rapidamente,
partindo, segundo Medeiros, de 8.644 habitantes em 1940,
para 19.463, em 1950, e para 48.712, em 1960.
Dessa forma, pode-se entender a razão das
modificações empreendidas no policiamento conquistense a
partir da década de 1940. É de se esperar que com o aumento
populacional de aproximadamente 125% entre 1940 e 1950
e de 150% entre 1950 e 1960, as relações sociais tivessem
grandes modificações, implicando em maiores atenções por
parte das forças de segurança local.
A partir dos anos 1960, graças à dinamização da vida
urbana, a zona residencial localizada no centro de Vitória da
Conquista começa a migrar para a periferia, perdendo espaço
para o setor de comércio e serviços.
Foto:www.tabernadahistoriavc.com.br
Em 1961, devido às demandas da sociedade
conquistense, a 2ª Companhia sediada nessa cidade,
subordinada diretamente ao 2º Batalhão de Polícia, em
Ilhéus, foi elevada à condição de “2ª Companhia de Policia
Autônoma de Vitória da Conquista (2ª Cia P-A/VC)”, se
tornando independente do referido Batalhão, o que conferiu
maior autonomia ao policiamento local. Em 1963 houve a
mudança da sede do quartel para a Avenida Brumado, onde
atualmente se encontra o 9º Batalhão.
Vale ressaltar que essa mudança de localização da
sede da Companhia, se dá em decorrência da antiga estrutura
não satisfazer as necessidades do policiamento local, pois,
neste mesmo edifício funcionava a Companhia da Polícia
Militar, a Delegacia e a Cadeia Pública. A princípio, a escolha
da localização da nova sede se deu em decorrência da
disponibilidade de lotes.
Ao se percorrer hoje as ruas dos Bairros Brasil e
Ibirapuera, o cidadão pouco imagina que há 40 anos não
havia quase nenhuma construção nestas regiões, quando se
instalou a 2ª Companhia na atual Avenida Brumado. O que
se via era muita vegetação nativa, a energia elétrica atendia até
o Convento Nossa Senhora de Fátima (Seminário), havendo
um gerador fornecido pela Prefeitura Municipal para atender
ao quartel.
A recém-criada 2ª Cia P-A/VC teve organização
própria, nos termos da legislação vigente, sendo-lhe conferida
a responsabilidade sobre o policiamento de 42 localidades,
possuindo, para tanto, um efetivo de aproximadamente
189 homens. Em dezembro de 1961 esta Companhia
Inauguração de Chafariz no bairro Alto Maron
durante a gestão de Pedral Sampaio, em 1963.
24
Criação da 2ª Companhia de Polícia Autônoma de Vitória da Conquista
A 2ª Companhia do 2º Batalhão de Ilhéus sediada em Vitória da Conquista,
alcançou a sua independência do citado Batalhão em 26 de setembro de 1961
passando a ser denominada “2ª Companhia de Policiamento Autônoma de Vitória
da Conquista (2ª Cia P-A/VC)”. Até então, sua sede permanecia na Praça Joaquim
Correia, onde atualmente funciona a Prefeitura Municipal. Entretanto, o município
já se empenhara em construir uma nova sede para a Companhia desde janeiro de
1961, por meio de convênio com o Governo do Estado da Bahia.
O prédio ficou pronto em 1962 e em visita oficial, o Maj PM Nivaldo Lins da Costa,
através do Boletim Geral Ostensivo nº 253 de 14 de novembro de 1962, afirma que
“o Quartel recém construído tem acomodações para alojar até um Regimento” além
de citar a ausência de muros e de alojamentos. Há também uma preocupação em se
relatar a distância da Companhia até o centro da cidade e o índice de edificações nas
proximidades.
Quando José Pedral assume a Prefeitura Municipal
em 1963 ainda faltava todo o mobiliário da 2ª Cia P-A/
VC, sendo realizada uma comissão para tal finalidade.
Assim, a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista
auxiliou na compra de todos os móveis necessários, sendo
estes entregues em agosto de 1963, mês provável de
transferência da sede da Companhia para o prédio recém
construído.
Logo em seguida, em setembro de 1963 o Município
decreta a desapropriação dos terrenos próximos ao antigo
quartel, na Praça Joaquim Correia, para que fosse possível
a transferência da sua sede para este local. Essa iniciativa
foi idealizada pelo então prefeito José Pedral visando a preservação da arquitetura antiga da cidade, sendo
adquiridos durante sua gestão diversos prédios históricos, como o prédio da Câmara de Vereadores, casa de
Dr. Régis Pacheco, etc.
O fato curioso, e que o próprio José Pedral relata com um certo humor, que foi ele quem auxiliou a instalação
do Quartel na Avenida Brumado, sendo, meses após, detido nesta mesma Companhia, em decorrência de
discordâncias ideológicas com o golpe militar recém instaurado no Brasil, que duraria pouco mais de 20 anos.
Após oito anos em funcionamento, a 2ª Cia P-A/VC foi extinta para dar lugar ao 9º Batalhão em resposta
às demandas da cidade de Vitória da Conquista.
Foto: Nivan Lima
“Quando eu assumi a prefeitura, estava sendo terminada a
obra do quartel lá da Avenida Brumado. Eu ainda ajudei a
terminar a obra e mobiliei todo o prédio. (…) Quando eu
tava mobiliando o prédio, eu fui preso... lá! Eu talvez tivesse
sido o primeiro preso a entrar lá!... inclusive não tinha luz,
não tinha energia, eu tinha conseguido no Ministério uns
motores, pequenos motores, que eu peguei... seis ou sete para
os diversos distritos aqui de Conquista. Nós botamos um
motor lá nesse prédio, é... então eu acho que eu fui o primeiro
preso lá nesse quartel; fazia um frio horrível e, dois ou três
dias depois eu tava lá, tomando banho ali, no mato. Ali era
mato completamente...”
José Pedral Sampaio
25
Sede da 2ª
Companhia de
Policia Autônoma de
Vitória da Conquista,
inaugurada em 1963
onde atualmente se
encontra a sede do 9º
Batalhão.
Foto: 9º Batalhão
recebeu reforço de 134 homens, mantendo um efetivo de
aproximadamente 323 policiais distribuídos em toda a região
sob sua jurisdição.
O efetivo real para os municípios atendidos pela
2ª Companhia era muito pequeno, incluindo o efetivo de
Vitória da Conquista, além disto, havia problemas como falta
de viaturas, de armamento para os policiais, que geralmente
iam trabalhar desarmados, ou para quem possuía, fazia uso
da própria arma. O tipo de policiamento realizado era o
policiamento ordinário a pé nos locais de maior concentração
de pessoas, como a região do centro da
cidade.
A década de 60 foi marcada por
mudanças no poder político municipal e no
regime político nacional. Inicialmente, em
1962 houve a ascensão de um “novo” grupo
político liderado por José Fernandes Pedral
Sampaio, opositor ao poder local. Este grupo
demonstrava alinhamento com as concepções
políticas do então presidente da república
João Goulart, além de também representar
essa nova comunidade conquistense que não
tinha “sangue azul”.
Mesmo não sendo filiado a partidos
comunistas, as concepções ideológicas e ações
do então prefeito José Pedral, provocaram
reações por parte do grupo político
derrotado, de forma que, quando eclode o
Golpe Civil-Militar de 1964, expoentes deste
grupo, como os então vereadores Gil Moreira
e Orlando Leite, clamaram por interferência
do novo regime político em Vitória da Conquista, o que se
concretizou, independentemente de aclamação da oposição,
segundo nos declara José Pedral, em 5 de maio de 1964 com
a chegada da força-tarefa do Exército Brasileiro, comandada
pelo então Capitão Antônio Bendochi Alves Filho.
A chegada do Capitão Bendochi à Vitória da
Conquista foi acompanhada por um clima de muito terror,
havendo diversas delações por parte de opositores ao então
26
“No dia 2 de
julho de 1971,
por meio do
Decreto nº
22.442 é criado
o 9º Batalhão de
Polícia Militar
de Vitória da
Conquista.”
prefeito José Pedral, o que facilitou o trabalho deste oficial,
de forma que em 6 de maio de 1964, começaram as prisões
por motivações políticas. Nos primeiros dias foram presos
diversas personalidades, como Franklin Ferraz Neto (juiz
trabalhista), Gilson Moura e Silva (radialista) Hugo de Castro
Lima (médico), José Fernandes Pedral Sampaio (prefeito),
Péricles Gusmão Regis (vereador), dentre outros.
O Capitão Bendochi utilizou um ônibus estacionado
na Praça Barão do Rio Branco como quartel-general e
centro de triagem, de onde, após constatar alguma possível
irregularidade, os presos eram encaminhados
para a 2ª Companhia de Polícia Militar, onde
atualmente funciona o 9º Batalhão. A partir
de então, após interrogatório os presos eram
encaminhados para quartéis do Exército
em Salvador para darem prosseguimento ao
Inquérito Policial Militar (IPM).
Com a chegada do Exército, a Polícia
Militar continuou realizando suas funções
policiais ostensivas, enquanto as diligências
de caráter político-ideológico eram realizadas
exclusivamente pelo Exército. Houve, porém,
situações em que militares do Exército
realizaram patrulhas de policiamento
ordinário com soldados da Polícia Militar em
diversas regiões da cidade.
No dia 2 de julho de 1971, por meio
do Decreto nº 22.442 é criado o 9º Batalhão
de Polícia Militar de Vitória da Conquista (9º
BPM/VC), aproveitando a área física da 2ª
Companhia de Polícia Autônoma, que fora
extinta, tendo todo o seu efetivo e atribuições transferidos
para o recém-criado Batalhão, que, por ter estrutura maior,
passou a atender 58 localidades. Para tanto, foram criadas
inicialmente duas companhias de polícia para dar suporte ao
policiamento da sede e aos destacamentos sob sua jurisdição.
A criação do 9° Batalhão foi anunciada em manchete
no jornal O Sertanejo, de 3 de julho de 1971. Segundo o
jornal, a criação do 9° batalhão contou com a presença de
Foto: 9º Batalhão
A Polícia Militar expande suas
estruturas físicas, logísticas
e de pessoal em resposta ao
crescimento populacional,
geográfico e econômico de
Vitória da Conquista.
autoridades civis e militares, como o Cel. João Crisóstomo,
chefe do Estado Maior, o Cel. Carlos Alberto Ponze,
representante do Comando Geral da corporação, o prefeito
Nilton Gonçalves, além de vereadores, promotor e juiz de
direito, autoridades eclesiásticas e da sociedade em geral.
A década de 70 foi marcada pelas inovações e
aperfeiçoamentos no policiamento conquistense. Iniciouse
a primeira turma de recrutas em agosto de 1971; foi
implementada uma frota de viaturas modernas, pois, o
quartel possuía até meados da década de 70, apenas quatro
viaturas, um Jeep Kaiser, dois Jeeps Willis e uma Kombi,
assim, em 31 de janeiro de 1975 foi inaugurado o serviço
de rádio patrulha, contando com três veículos novos (VW
Fusca), e central de operações com instalações e mobiliário
necessários.
Instalação do 9º Batalhão em 2
de julho de 1971. Observa-se a
passagem de comando do Maj PM
Ayrson para o Maj Diógenes. Na
Guarda-Bandeira, da esquerda
para a direita, o Ten PM José
Saldanha, o Asp Of PM Ramon
Campelo seguido pelo 3º Sgt
PM Salusto Santos. Após essa
cerimônia o Asp Of PM Ramon
Campelo foi promovido a 2º Ten
PM.
Um tipo de policiamento marcou profundamente
Vitória da Conquista, foi o policiamento realizado por duplas
de policiais a pé em todo o centro da cidade e adjacências,
conhecidas como “Cosme e Damião”. Era um policiamento
ostensivo preventivo que transmitia uma sensação de
segurança muito grande à comunidade, de forma que até os
dias atuais, os antigos moradores se recordam deste momento
com muita nostalgia, aclamando pelo retorno deste tipo de
policiamento.
A cidade de Vitória da Conquista, a partir dos anos
70, vivenciou a ploriferação da cultura cafeeira, fomentada
pelo governo federal através do Plano de Renovação e
Revigoramento da Cafeicultura, uma vez que as regiões
produtoras tradicionais, como São Paulo e Paraná, estavam
enfrentando problemas com as geadas e a ferrugem (doença
do café). Isso possibilitou um novo ciclo de prosperidade
que a cidade soube aproveitar, de forma que, quando a
cultura cafeeira entrou em crise na década de 80, já havia
estruturado um setor de serviço que, paralelamente ao
comércio, sustentaram a economia, mantendo o município
em posição de destaque no cenário estadual.
A criação do 9º Batalhão foi manchete nos
principais meios de comunicação de
Vitória da Conquista.
Arquivo Público Municipal de Vitória da Conquista.
No cenário nacional, estava-se vivendo os momentos
finais do regime militar no início da década de 80, assim, as
polícias já iniciavam o processo de “reaproximação” com
a sociedade, uma vez que as filosofias que norteavam o
trabalho policial começavam a ser modificadas.
Assim, esta característica refletiu diretamente nas
ações do 9º Batalhão que, em 1984 cria a sua Banda de
Música. Entretanto, desde os anos 60, o quartel mantinha
uma fanfarra composta por instrumentos de percussão e
cornetas que realizava apresentações em paradas militares
e desfiles cívicos, auxiliando, principalmente, as escolas da
cidade.
A criação da Banda de Música denota uma
democratização do acesso ao serviço da polícia, pois, a
partir de então a sociedade passa a procurar a polícia não
27
O então Sd 2ª Cl PM Isaías Oliveira
Mendonça realizando policiamento
de trânsito na atual Praça Caixeiros
Viajantes, no início da década de
1980.
Foto: 9º Batalhão
apenas em busca de segurança, mas também visando acesso
ao entretenimento, à cultura. Um fator que diferenciou a
antiga fanfarra da recém-criada banda de música, foi que esta
tem em sua estrutura de funcionamento, instrumentos de
sopro e percussão, que possibilitam a execução de qualquer
composição musical, permitindo a apresentação desse
conjunto nos mais variados eventos, como formaturas civis
e militares, concertos acústicos, dentre outros. A banda de
música continua em operação, e desde a sua criação tem
realizado apresentações em Vitória da Conquista, região
norte de Minas Gerais assim como em toda a região sudoeste
e parte da região oeste da Bahia.
Um dos maiores marcos da aproximação da polícia
com a sociedade após o período de redemocratização, se deu
com o ingresso das mulheres na Corporação, em 1989, sendo
que em Vitória da Conquista, as primeiras policiais femininas
chegaram no ano de 1996, representando as mudanças nas
diretrizes de policiamento, de forma que se passasse a imagem
de uma polícia menos truculenta e mais preocupada com a
prevenção. Essas primeiras policiais enfrentaram algumas
resistências no âmbito interno quanto a sua aceitação,
mas, paulatinamente provaram para a corporação e para a
sociedade que são imprescindíveis no serviço policial militar.
Foto: Ivete de Oliveira
O efetivo feminino do 9º
Batalhão atualmente corresponde a 32%
do quantitativo total, sendo 4 capitãs, 6
sargentas, 15 soldadas e 7 funcionárias
civis, totalizando 32 mulheres, que atuando
nas mais variadas áreas do batalhão,
contribuem para a manutenção da
segurança pública de Vitória da Conquista.
Após 20 anos de funcionamento,
a estrutura física do 9º Batalhão não era
mais suficiente para atender as demandas da sociedade
conquistense, assim, entre aos anos 1992 e 1998, com grande
impulso na administração do então Ten. Cel. Djalma Duarte,
foram realizadas reformas completas em suas instalações
físicas, com a criação de salas de aulas, ampliação do auditório,
cozinha, dentre outras.
Em 1998 se inicia uma nova fase de parcerias
norteadas pelo princípio do policiamento comunitário. A
Polícia Militar em parceria com a Universidade Estadual do
Sudoeste da Bahia implantou em Vitória da Conquista o
programa Polícia Cidadã, cabendo à referida Universidade
o oferecimento de cursos direcionados às relações públicas
e humanas, ética e cidadania, desenvolvendo paralelamente
pesquisas de caráter sócio-antropológico nos bairros da
cidade, subsidiando assim, o trabalho policial.
Esse projeto foi implantado, porém, contando com
grande deficiência de efetivo no Batalhão, não permaneceu
por muito tempo, entretanto, os valores incutidos nos
policiais durante sua vigência foram de grande importância
para o estabelecimento de um modelo de segurança pública
mais próxima da comunidade.
Primeiras policiais femininas
de Vitória da Conquista, em
1996. Da esquerda para a
direita, Sd Eleneide Alves
Araujo, Andrehea Santana de
Souza, Adriana Botelho, Ivete
de Oliveira, Valéria Vieira
Farias, Maria da Conceição
Gomes Oliveira e Maria Gorete
Silva Costa.
28
Banda de Música Maestro Walter de Santa Rosa – 30 anos
de serviços prestados à sociedade baiana
A Banda de Música do 9º
Batalhão ganhou as formas atuas
a partir de 1984. Entretanto, desde
1965 existia uma pequena fanfarra
na então 2ª Cia (precursora do 9º
Batalhão) que acompanhava a
tropa do quartel e algumas escolas
em cerimônias cívico militares.
Essa fanfarra era composta
por aproximadamente 8 (oito)
policiais: os Soldados Raimundo
Moreira de Brito, Agnaldo Teixeira
de Santana, Vanderlino Reis César,
Rivelino Alves de Sousa, Teodoro
José da Cunha, Raimundo Alves
de Souza e Carlos Maurício da
Conceição.
Em 1983 o 2º SGT PM Walter
De Santa Rosa foi transferido
para o 9º Batalhão, e assumiu
Maestro Walter de Santa Rosa diante da
fanfarra do 9° Batalhão em 1983.
o comando da fanfarra, sendo
promovido a 1º SGT PM após
dois meses de sua transferência.
Este maestro foi um dos mais
expressivos que já passaram pela
Banda de Música, participando
ativamente do primeiro e único
(até então) Curso de Formação de
Soldados Especialistas Músicos da
PMBA (QPMP-4) a ser realizado
em Vitória da Conquista.
A fanfarra foi transformada em
Banda Marcial em 08 de agosto
de 1984, data da formatura dos 11
Soldados-músicos que reforçaram
o efetivo e contribuíram para o
aperfeiçoamento da
estrutura musical
presente. O que
diferencia uma
fanfarra de uma
banda marcial
é que aquela é
composta por
cornetas, cornetões
e instrumentos de
percussão, o que
limita bastante
a execução de
melodias mais
elaboradas, Fanfarra do 9° Batalhão na década de 1970.
diferentemente da
banda de música que é composta
merecendo destaque a obra “Bolero
por instrumentos de sopro
de Havel” de autoria do compositor
(Saxofone, Trompete, Clarineta,
e pianista francês Maurice Havel,
Tuba, Trombone, dentre outros)
provocando aplausos e diversos
e de percussão, o que
elogios dos participantes do
lhe garante toda a
evento.
flexibilidade para tocar Após 30 anos de efetivo
inúmeras composições serviço desse conjunto musical,
musicais.
houve o ingresso da primeira
Desde então mulher em suas fileiras, a Sd 1ª Cl
a Banda de Música Pm Roseane Dutra Queiroz Santos.
do 9º Batalhão vem Atualmente a Banda conta com 21
desempenhando músicos: o maestro Sub Tenente PM
seu papel de Gilberto Dutra, seguido pelo 1º Sgt
agente agregador, PM Aroldo Lemos e pelos Sds 1ª Cl
aproximando a polícia
da sociedade e viceversa,
PM Wellington Cruz, Ivan Barbosa,
Marcos Santos, Silvano Pinheiro,
realizando Joel Andrade, Giltemberg Bomfim,
apresentações musicais Sidney de Oliveira Santos, Roseane
em parte da região Dutra, Melquisedeque da Silva,
oeste e em toda a região Maicon Santos, Marcelo Azevedo,
sudoeste da Bahia. Uma Evaldo Alves, Davydson Paiva, Eber
de suas maiores apresentações foi de Brito, Cleuton de Senna Bispo,
realizada no Centro de Cultura José Lucas Rodrigues, Roberto
Camilo de Jesus Lima, um concerto Cirqueira, Márcio Gusmão, Ângelo
no qual foram executadas diversas
Leonardo de Astrê.
composições populares e clássicas
Banda de Música Maestro Walter de Santa Rosa, 2014.
29
O século XXI inaugurou uma era de inovações
tecnológicas na sociedade conquistense, provocando maior
dinamismo nas comunicações e integrando em tempo real
os acontecimentos locais com o resto do mundo. Neste
novo contexto, observa-se que uma parcela cada vez maior
de cidadãos passaram a ter acesso a meios de comunicação e
entretenimento, como computadores, máquinas fotográficas
e filmadoras digitais, celulares, dentre outros, possibilitando
que as ações dos órgãos públicos e principalmente da polícia
passassem a ser acompanhadas em tempo real pela sociedade.
Assim, a polícia começa a perceber a necessidade
de aprimorar a sua forma de atuação, já que as relações
sociais mudaram, se tornando mais complexas, exigindo do
9º batalhão a consequente especialização do policiamento.
Em 2001, percebendo que a criminalidade começava a se
proliferar nas escolas, necessitando de intervenção “cirúrgica”
por parte da polícia, com foco no público alvo dos locais de
ensino: crianças e adolescentes. Foi criada a Ronda Escolar,
um pelotão composto por policiais com perfis adequados para
esse tipo de serviço. Essa ronda é realizada até os dias atuais
pela 77ª e 78ª Companhias Independentes em escolas das
redes pública e privada.
Paralelamente a essa revolução tecnológica e de
acesso à informação que a sociedade conquistense passou
a experimentar, os criminosos começaram também a se
especializar utilizando os recursos tecnológicos existentes, o
que dificultou o trabalho policial.
Por isso, foi criada em 2004, a Companhia de Ações
Especiais do Sudoeste e Gerais (CAESG), com fito no
emprego de pessoal com treinamento diferenciado e melhor
armamento objetivando combater principalmente quadrilhas
especializadas em roubos a bancos, pois, essas formações
criminosas utilizavam e utilizam em abundância armamentos
com alto poder de transfixação, exigindo da polícia um grupo
de policiais treinados para esse tipo de embate.
Em 2006 o 9º Batalhão implanta o INFOCENTRO,
em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
do Estado da Bahia (SECTI). Esse serviço consistiu na
disponibilização de acesso à internet e de cursos de informática
para os policiais e membros da comunidade, obtendo sucesso
imediato, com mais de 20.000 participantes em pouco mais de
um ano de funcionamento.
No ano de 2007 foi criada mais uma ferramenta de
importância ímpar para a segurança pública de Vitória da
Conquista, o Sistema de Vídeo Monitoramento. Essa foi uma
inovação pioneira no interior do Estado, como resposta às
dificuldades encontradas no policiamento do centro da cidade,
com uma área bancária e comercial extensa, sendo implantado
em parceria com o poder público municipal, entidades e
iniciativa privada, que resultou na redução de vários crimes,
como a “saída bancária”, roubo a transeuntes, de veículos,
de malotes, etc. Entre os anos de 2010 e 2013 o Sistema
de Vídeo Monitoramento ficou sob a responsabilidade da
77ª Cia, passando para o recém-criado Centro Integrado de
Comunicação (CICOM) em março de 2013.
Os anos de 2008, 2009 e 2010 foram marcados por
capacitações e projetos sociais promovidos pelo 9º Batalhão
em parceria com diversas instituições de ensino de Vitória
da Conquista. Foram implementadas ações como o Projeto
30
Foto: Evany Segunda
Primeiras policiais femininas
formadas no 9º Batalhão
As primeiras policiais femininas formadas no 9º
Batalhão compuseram o Curso de Formação de
Soldados do ano de 1999. Foi uma turma de 35
alunos, composto por homens e mulheres.
Esta foi também a primeira turma em que foi
exigido o certificado de conclusão do Ensino
Médio para ingresso na Corporação.
Foi um curso focado no policiamento
comunitário, sendo dispensado aos alunos soldados
um tratamento voltado para o relacionamento
interpessoal entre Polícia e cidadãos.
Vida Saudável, em parceria com a Faculdade de Tecnologia
e Ciências (FTC) e com a Faculdade Independente do
Nordeste (FAINOR), que propunha ao policial a busca
pelo equilíbrio entre sua vida pessoal e profissional, sendo
oferecido suporte psicológico e incentivado a prática de
atividades esportivas.
Dentre os diversos projetos sociais desempenhados
pelo 9º Batalhão voltados para a sociedade conquistense,
destaca-se o Programa Educacional de Resistência às
Drogas (PROERD), um projeto de caráter preventivo, que
desenvolveu ações educacionais de combate às drogas e à
violência em escolas públicas e particulares por policiais
militares capacitados para desenvolver atividades lúdicas
em sala de aula, com técnicas e métodos de ensino infantil,
noções de toxologia, tendo como público-alvo crianças com
faixa etária entre 9 e 12 anos. Este projeto foi expandido
para diversas cidades circunvizinhas sendo capacitadas mais
de 10.000 crianças entre os anos de 2009 e 2010.
Em 2008 foi promovido pelas Instituições de
Segurança Pública sediadas em solo conquistense em
conjunto com a Prefeitura Municipal, Conselho de
Segurança, e a Faculdade Independente do Nordeste
(FAINOR), o 1° Encontro de Atores da Segurança Pública
de Vitória da Conquista que contou com diversas oficinas
de capacitação além de palestras voltadas para a temática do
evento, sendo contemplado um público aproximado de 600
participantes entre civis e militares.
Central de Vídeo Monitoramento, criada em 2007
O crescimento do comércio conquistense exigiu
atenção especial da polícia, sendo que em 2008, a partir de
doações dos comerciantes, foram adquiridos uma viatura
nova (Fiat Uno) e Postos de Observação Móvel, o que
possibilitou a implantação da Patrulha Comercial, com
atuação direcionada para o centro comercial da cidade e
Shopping Conquista Sul.
Em 2009 a Polícia Militar da Bahia
muda a atribuição principal do 9º Batalhão,
conferindo-lhe a incumbência de exercer as
atividades de ensino, instrução e capacitação
de forma regionalizada, constituindo as 77ª,
78ª, 79ª e 80ª Companhias Independentes para
atuarem na área operacional delegada antes ao
9º Batalhão.
Tal modificação veio a ocorrer
definitivamente em maio de 2010, ficando as
77ª e 78 ª CIPMs responsáveis respectivamente
pelas zonas leste e oeste de Vitória da
Conquista; a 79ª e 80ª CIPMs, respectivamente,
pelas cidades de Poções e Cândido Sales e suas
regiões.
Dessa forma, investido de sua nova
missão, o 9° Batalhão começou a fomentar a
pesquisa científica, intensificando a promoção
e participação em eventos públicos que tenham
a segurança pública em sua temática, como
o Congresso Transdisciplinar de Segurança
Pública (CONSEG) evento que teve como
proposta a reflexão de forma conjunta
em busca de soluções para o problema da
Segurança Pública.
Em abril de 2011, foi promovido sob a coordenação
do 9° batalhão, através de parcerias com o Conselho de
Segurança de Vitória da Conquista e com a Faculdade
Independente do Nordeste, o Curso de Capacitação para
Elaboração de Projetos em Segurança Pública, na tentativa de
capacitar seu pessoal e oferecer às recém-criadas companhias
independentes de policiamento e aos batalhões da região
o suporte necessário para a promoção da investigação
científico-social, através da proposição de estratégias eficazes
de policiamento.
Todas essas alterações na estrutura policial da
cidade de Vitória da Conquista e região são resultado de
modificações na estrutura social dessas comunidades.
Em 2009 a Polícia
Militar da Bahia
muda a atribuição
principal do 9º
Batalhão, conferindolhe
a incumbência de
exercer as atividades
de ensino, instrução
e capacitação de
forma regionalizada,
constituindo as
77ª, 78ª, 79ª e
80ª Companhias
Independentes para
atuarem na área
operacional delegada
antes ao 9º Batalhão.
Foto: Acervo do 9º Batalhão
Atualmente Vitória da Conquista se tornou
um polo educacional de destaque nacional,
atraindo um grande número de migrantes,
que veem neste município a possibilidade
de adquirir formação técnica e acadêmica de
qualidade.
Os cursos policiais em núcleos
regionalizados, como no 9º Batalhão, estão
possibilitando a formação de profissionais
mais sincronizados à comunidade na qual
pertencem, fazendo valer o princípio da
polícia cidadã, na qual os policiais são
formados e atuam nas comunidades onde
moram, facilitando o diálogo entre a polícia
e a sociedade.
Um fator muito importante no perfil
policial contemporâneo é o seu acesso à
educação e à informação. Os concursos
públicos para a carreira policial estão cada
vez mais concorridos, e as exigências para
o ingresso na Corporação também estão
maiores a cada novo concurso. Atualmente
o 9º batalhão conta com 92 policiais, dentre
os quais 55% tem formação superior, 14%
possuem cursos técnicos, além de termos 8% do efetivo com
especialização nas mais diversas áreas.
Durante os primeiros três anos de funcionamento
como unidade-escola, o 9º Batalhão formou 349 Soldados,
113 Cabos, 110 Sargentos, além de oferecer cursos de
Aperfeiçoamento de Sargento para 90 policiais, e, tem sido
ofertado o Curso de Técnicas e Táticas Policiais Militares
31
Programa Educacional de Resistência às Drogas - PROERD
Foto: Edna Nolasco
1ª Sgts. Alice e Rosa com crianças
demonstrando o slogan do programa.
Um dos projetos sociais
desenvolvidos pelo 9º Batalhão que
mais se destacou, foi o PROERD
– Programa Educacional de
Resistência às Drogas e a Violência
- visto que a polícia percebeu
que na atualidade mostram-se
acentuados problemas motivados
pela pressão de diferentes grupos
sociais, no qual crianças e
adolescentes enfrentam desafios
complexos, pois de forma diretiva
são apresentadas influências
negativas em vários seguimentos.
Mediante a esta realidade, tornouse
essencial fulcrar esforços que
agregassem fatores de proteção
na escola, família e comunidade
geral. Buscou-se fortalecer
o desenvolvimento bio-psicosocial
do estudante nos níveis
em que poderiam incidir o risco
de envolvimento com drogas ou
práticas da violência.
O Programa educacional de
Resistência as Drogas - PROERD
consiste na adaptação brasileira
do programa norte – americano
DARE – Drug Abuse Resistance
Education, surgido em 1983. No
Brasil, o programa foi implantado
em 1992, pela Polícia Militar do
Estado do Rio de Janeiro, e hoje é
adotado em todo o Brasil.
Em Vitória da Conquista, o
programa começou a ser aplicado
em 2005, a partir da formação
da primeira turma de instrutores
nesta cidade, com o então Tenente
Rodrigues, e as 1º Sargentos
Ivaneide, Rosa Prado, e Sd Julito
Costa. Em 2007 foi constituída
a segunda equipe de instrutores
no 9º Batalhão, composta pela 1º
Tenente Cícera, 1º Sargento Alice
Santana, e os Soldados de 1ª Cl
PM Herling Conceição e Evany
Segunda. Estes profissionais
atenderam inclusive às cidades
circunvizinhas como Barra do
Choça, Brumado, Anagé, Caraíbas,
Cândido Sales, Encruzilhada,
Condeúba, Mortugaba, Piripá e o
distrito Vila do Café, formando
entre os anos de 2005 a 2010, cerca
de 10.000 crianças e adolescentes,
desenvolvendo trabalho preventivo
extensivo também aos pais e à toda
sociedade.
Este programa está sendo
reimplantado no 9º Batalhão sob
a chefia do Cap PM Rodrigues,
com equipe composta pelas 1ª
Sgt PM Alice Santana e Rosa
Prado, e pela Sd 1ª Cl PM Evany
Segunda. Estima-se que em 2014
aproximadamente 4.000 crianças e
adolescentes sejam contemplados
pelo PROERD. O público que
não for contemplado será assistido
com palestras, que envolverão os
pais e professores, essenciais para
o desenvolvimento do Programa.
Da esquerda para a direita: 1ª Ten Cicera, Sd 1ª Cl PM Evany e 1ª Sgt
Ivaneide em formatura do PROERD em Vitória da Conquista, 2008.
32
Sd 1ª Cl PM Evany Segunda em formatura do PROERD em
Mortugaba, 2010.
Primeira turma do Curso de Formação de Soldados do 9º Batalhão, em 2010, após sua conversão em Unidade-Escola.
Foto: Gabriel Lima
(CTTPM) com a capacitação de aproximadamente 350
homens. Ao todo foram formados e capacitados 1012
policiais em Vitória da Conquista entre maio de 2010 a maio
de 2014.
Dessa forma, pode-se observar o grande salto de
desenvolvimento econômico, social, demográfico que o
município de Vitória da Conquista tem realizado nas últimas
décadas. Hoje, apesar das dificuldades, esta cidade se constitui
num importante polo de saúde, segurança, educação, além de
possuir uma das economias mais sólidas e pujantes de toda a
Bahia. A Polícia Militar procurou responder às necessidades
dessa comunidade, se aperfeiçoando e aprendendo
juntamente com o cidadão a melhor maneira de oferecer
segurança pública.
Muitas coisas ainda precisam ser melhoradas no seio
policial-militar, como a modernização do plano de carreira,
principalmente das praças, que aguardam, atualmente, em
torno de 20 anos para serem promovidos de soldado a cabo
(apesar de todo o esforço do Cel PM Alfredo Braga de Castro,
Comandante da Corporação, em resolver esse problema);
difusão para todo o efetivo das técnicas de utilização de
armamento com menor poder letal, dentre outros. No
tocante à comunidade, esta necessita de maior participação
direta no processo de promoção da segurança pública, não
sendo conivente com o crime; auxiliando as forças policiais
com informações que viabilizem a prisão de criminosos e a
desarticulação de pontos de venda de drogas, etc.
Entretanto, já é possível se constatar através da
história, que a polícia e a sociedade conquistense avançaram
muito, aumentaram seu nível de escolaridade, de educação,
se modernizaram, e, sem dar margem à aceitação de práticas
criminosas, estão aprendendo a valorizar a tolerância, o
respeito mútuo, estando cientes de que a segurança pública
se faz com a participação de todos, cidadãos civis e policiais.
33
Galeria de Comandantes do 9º Batalhão
MAJ PM DIÓGENES PEDREIRA COHIM MOREIRA - 02.07.1971 / 29.12.1971
O 1º comandante do 9º Batalhão nasceu em Mairi, município localizado na microrregião
de Itaberaba, no dia 3 de abril de 1938. Foi o oficial que auxiliou a organização das instalações
do 9º Batalhão, respondendo pelo comando desta unidade desde o dia 2 de julho
de 1971 até 29 de dezembro de 1971. Serviu em diversas unidades policiais como o 1º
Batalhão, Colégio da Polícia Militar, Quartel do Comando Geral, além de ser nomeado
delegado regional em diversos municípios do estado da Bahia.
MAJ PM WILLY JOÃO FONSECA DE CARVALHO - 30.12.1971 / 20.08.1972
Nascido em 19 de junho de 1935 no município de Salvador, foi incorporado no Colégio
Interno da Polícia Militar em 19 de abril de 1956, sendo matriculado no Curso de
Formação de Oficiais em 1 de fevereiro de 1957. Em 2 de outubro de 1954 foi promovido
a Aspirante a Oficial, Serviu em unidades como o 4º, 5º, 7º, 8º Batalhões, Departamento de
Ensino, Quartel do Comando Geral, sendo comandante do Comando de Policiamento da
Capital. Foi delegado de policia em Vitória da Conquista entre 9 de dezembro de 1971 e
16 de fevereiro de 1972. Foi o 2º Comandante do 9º Batalhão, respondendo pelo comando
desta Unidade entre 28 de dezembro de 1971 a 20 de agosto de 1972.
TEN CEL PM CARLOS SINFRÔNIO DE ALMEIDA - 21.08.1972 / 15.03.1973
Este foi o primeiro Tenente Coronel a comandar o 9º Batalhão. Nasceu no município de
Esplanada em 16 de janeiro de 1926. Foi incorporado no dia 13 de setembro de 1945 como
Soldado PM, sendo promovido a Cabo PM em 23 de outubro de 1948, a 3º Sargento PM
em 9 de novembro de 1954 e 2º Sargento PM em 21 de maio de 1956. Em 1 de fevereiro
de 1957 foi matriculado no Curso de Formação de Oficiais, sendo promovido a Aspirante
Oficial PM em 3 de outubro de 1959. Serviu em diversas unidades policiais como o 4º e 5º
Batalhões de Caçadores, 5º, 6º Batalhão de Polícia, Comando de Policiamento da Capital,
Quartel do Comando Geral. Em 2 de julho de 1972 foi promovido a Tenente Coronel e
em 21 de agosto de 1972 assumiu o comando do 9º Batalhão, situação esta que perdurou
até 15 de março de 1973. O 3º Comandante desta unidade foi um policial muito ligado ao
ensino, sendo instrutor e instrutor chefe de diversos cursos de formações oferecidos pela
Polícia Militar.
MAJ PM AYRSON ALVES DOS SANTOS - 15.03.1973 / 17.08.1973
Nascido em 7 de outubro de 1932 na cidade de Ilhéus, ingressou na corporação em 27 de
março de 1953. Chegou a Vitória da Conquista no mês de abril de 1968 para comandar a
2ª Companhia de Polícia Autônoma de Vitória da Conquista permanecendo nessa função
até a criação do 9º Batalhão em 2 de julho de 1971. Após a criação deste Batalhão, foi
nomeado seu subcomandante interino, além de também ser nomeado delegado desta
cidade, entretanto, após 2 meses na função, em setembro de 1971, o então Cap PM Ayrson
pediu exoneração do cargo de delegado. Foi instrutor-chefe do primeiro curso de formação
de soldados do 9º Batalhão, em agosto de 1971, subcomandante na gestão do Ten Cel
Carlos Sinfrônio de Almeida, sendo nomeado comandante interino do 9º Batalhão em 15 de
março de1973, situação que perdurou ate 17 de agosto de 1973. Após esse período, passou
a responder pelo Subcomando novamente na administração de seu sucessor o Ten Cel Pm
Elísio Pires Rebouças. Serviu em unidades como a Escola de Formação de Graduados
e Soldados (atual CFAP), 7º Batalhão de Polícia Militar, Quartel do Comando Geral,
Academia de Polícia Militar.
34
TEN CEL PM ELISIO PIRES REBOUÇAS - 17.08.1973 / 05.01.1978
Nasceu em Jequié no dia 5 de novembro de 1928 e incorporou na Polícia Militar em 30
de março de 1949. Em 4 de julho de 1973 foi promovido ao posto de Tenente Coronel
e em 17 de agosto do mesmo ano assumiu o comando do 9º Batalhão de Polícia Militar
permanecendo nesta função por pouco mais de 4 anos. Serviu em diversas unidades como
o Quartel do Comando Geral, Comando de Policiamento da Capital.
TEN CEL PM EDMUNDO GUEDES - 05.01.1978 / 06.06.1979
Natural de Salvador, nasceu em 2 de junho de 1937, sendo incorporado às
fileiras da Polícia Militar do Estado da Bahia em 27 de abril de 1959, na então Escola de
Formação de Oficiais (EFO). Foi promovido a Aspirante Oficial em 21 de setembro de
1960. Dentre as unidades em que serviu, destaca-se o Quartel do Comando Geral (QCG),
Escola de Formação de Oficiais (EFO), Casa Militar do Governador, Departamento de
Ensino, além dos 6º e 7º Batalhões de Polícia. Assumiu o comando do 9º Batalhão em 5 de
janeiro de 1978 permanecendo nesta função até o dia 6 de junho de 1979.
MAJ. PM JOSÉ LUIS VENTURA MESQUITA - 06.06.1979 / 16.04.1982
Nasceu em 21 de novembro de 1944, natural de São Sebastião do Passé, foi
incorporado em 12 de setembro de 1963. Durante sua vida profissional este oficial
trabalhou em Unidades como o Quartel do Comando Geral, Batalhão de Polícia/Choque,
Casa Militar do Governador, Comando do Policiamento da Capital, 3º Batalhão de Polícia.
Foi nomeado comandante interino do 9º Batalhão por Decreto de 29 de maio de 1979,
havendo sua assunção em 06 de junho de 1979, permanecendo nesta função até o dia
16 de abril de 1982. Por meio de Decreto do dia 20 de fevereiro de 1988, o Coronel PM
José Luiz Ventura MESQUITA, foi nomeado Comandante Geral da Polícia Militar da
Bahia, chegando assim, ao ápice da carreira policial militar. O Cel Mesquita permaneceu
respondendo pelo comando da corporação até o dia 15 de março de 1991, quando pediu
exoneração do cargo.
CEL PM FRANCISCO MENEZES MOREIRA - 16.04.1982 / 08.09.1983
Natural de Miguel Calmon nasceu em 28 de abril de 1933. Foi incorporado em
31 de março de 1956. Serviu em Unidades como o Quartel do Comando Geral, Escola
de Formação de Oficiais, Escola de Formação de Graduados e Soldados, Comando do
Policiamento da Capital, 1º, 2º e 7º Batalhões de Polícia Militar. Em 16 de abril de 1982 o
então Tenente Coronel Moreira assume o comando do 9º Batalhão. Em 14 de julho de 1983
foi promovido a Coronel PM, sendo exonerado das funções de Comandante do 9º Batalhão
por Decreto de 17 de agosto de 1983 e nomeado Comandante do Comando de Policiamento
da Capital em 18 de agosto de 1983.
35
TEN CEL PM KLEBER FRANCISCO PEDREIRA - 08.09.1983 / 25.11.1987
Nasceu em 4 de outubro de 1931 no município de Salvador. Foi incorporado nas fileiras
da Polícia Militar da Bahia em 6 de março de 1958. Serviu em Unidades como o Departamento
de Apoio Logístico, Quartel do Comando Geral, 3º, 7º Batalhões. Assumiu o
comando do 9º Batalhão no dia 8 de setembro de 1983, permanecendo nesta função até o
dia 25 de novembro de 1987, sendo transferido para a reserva remunerada logo após sua
exoneração do cargo de comandante do 9º Batalhão.
TEN CEL PM JONAS LEITE FERREIRA FILHO - 25.11.1987 / 31.10.1989
Natural de Salvador, nasceu em 21 de fevereiro de 1947, sendo incorporado em 19 de
março de 1964, a contar 1 de abril de 1964. Foi promovido a Aspirante Oficial em 5 de
outubro de 1967, sendo transferido para a 2º Companhia de Polícia Autônoma em Vitória
da Conquista (2ª Cia P-A/VC) acompanhando o processo de criação do 9º Batalhão. Uma
vez criado esta Unidade, foi instrutor do primeiro curso de soldados, em 1972. Em janeiro
de 1984 é nomeado Subcomandante do 9º Batalhão. Em 25 de novembro de 1987 o Ten Cel
Jonas é nomeado Comandante desta Unidade, administrando-a até 31 de outubro de 1989.
Serviu em várias Unidades Policiais como a Academia de Polícia Militar, Departamento de
Apoio Logístico, 2º, 6º Batalhões de Polícia.
TEN CEL PM IVAN DOS LÍRIOS ROCHA -31.10.1989 / 20.09.1991
Nasceu em 19 de fevereiro de 1946 na cidade de Salvador. Foi incorporado em 31 de
agosto de 1965, a contar 17 de março de 1965. Serviu em unidades como o 6º, 7º, 8º
Batalhões de Polícia, Batalhão de Guarda, Quartel do Comando Geral, Colégio da Polícia
Militar, Departamento Pessoal, Comando do Policiamento do Interior. Em 31 de outubro
de 1989, após ser exonerado do cargo de comandante do 8º Batalhão, O Ten Cel PM Ivan
dos Lírios Rocha assume o comando do 9º Batalhão, permanecendo nesta função até o dia
20 de setembro de 1991 para assumir a função de Subchefe da Casa Militar do Governador
do Estado.
TEN CEL PM ANTÔNIO JOSÉ DE SOUZA FILHO - 20.09.1991 / 05.05.1993
Natural de Alagoinhas, nasceu em 8 de setembro de 1947. Foi incorporado na Polícia
Militar da Bahia em 4 de janeiro de 1966, a contar de 17 de março de 1965. Serviu em
Unidades como o Quartel do Comando Geral, Departamento de Apoio Logístico, Batalhão
de Choque, 5º, 8º, 17º Batalhões de Polícia. Em 20 de setembro de 1991 o então Ten Cel
PM Souza Filho, assume o comando do 9º Batalhão, permanecendo nesta função até o dia
05 de maio de 1993, assumindo em seguida a chefia do Gabinete do Comando Geral. Em 04
de janeiro de 1995 foi nomeado Comandante Geral da Polícia Militar da Bahia cargo que
exerceu até o dia 25 de novembro de 1998.
36
TEN CEL PM RENATO FONSECA RIBEIRO - 05.05.1993 / 11.01.1994
Natural de Villa de Barro Vermelho nasceu em 12 de novembro de 1947. Foi incorporado
em 1º de abril de 1968. Serviu em diversas unidades como a Academia de Polícia Militar,
Quartel do Comando Geral, Departamento de Finanças, Departamento de Pessoal,
Companhia de Policiamento Feminino, 6º, 7º Batalhões de Polícia. Assumiu o cargo de
Comandante do 9º Batalhão em 5 de maio de 1993 permanecendo nele até o dia 11 de
janeiro de 1994.
TEN CEL PM DJALMA DUARTE SANTOS - 11.01.1994 / 29.11.2000
Natural de Nova Canaã nasceu em 24 de maio de 1948. Foi incorporado em 1 de maio
de 1971, a contar de 1 de março de 1971. O Ten Cel PM Duarte teve sua vida policial
praticamente toda no 9º Batalhão, logo após sua promoção a Aspirante Oficial, em
dezembro de 1973 foi transferido para esta Unidade, servindo em diversos setores desta
OPM até alcançar o comando, em 11 de janeiro de 1994, permanecendo comandante do
9º Batalhão até o dia 29 de novembro de 2000, após pouco mais de 6 anos de assunção ao
comando.
CEL PM NIVALDO NASCIMENTO DOS ANJOS - 29.11.2000 / 24.04.2002
Nascido em 18/09/1953 na cidade de Salvador, incorporou-se na Polícia Militar da Bahia
em 1/03/1972, aos 18 anos de idade. Serviu em unidades como o 10º e o 7º Batalhões,
Academia de Polícia, Departamento de Apoio Logístico. Em 29/11/2000 assumiu o
comando do 9º Batalhão, sendo seu 15º comandante, gerindo esta Unidade até o dia 24 de
abril de 2002.
TEN CEL PM JOSÉ BONIFÁCIO SANTOS CASTRO - 24.04.2002 / 17.02.2004
Natural de Mata de São João nasceu no dia 10 de setembro de 1954. Foi incorporado em 1 de
março de 1972. Serviu em diversas unidades, como o Quartel do Comando Geral, Academia
de Polícia Militar, 2º, 14º, 15º Batalhões de Polícia. Assumiu o comando do 9º Batalhão em
24 de abril de 2002 permanecendo nesta função até o dia 17 de fevereiro de 2004.
37
TEN CEL PM ESMERALDINO CORREIA SANTOS - 17.02.2004 / 26.01.2007
Natural de Vitória da Conquista, nasceu em 9 de fevereiro de 1953. Foi incorporado em
1 de março de 1971. Serviu em unidades como o Colégio da Polícia Militar, Quartel do
Comando Geral, Academia de Polícia Militar, Comando de Policiamento do Interior, Comando
de Policiamento Regional Sul, 1º, 3º, 7º, 12º, 16º Batalhões de Polícia. Assumiu o
comando do 9º Batalhão em 17 de fevereiro de 2004, permanecendo nesta função até o dia
26 de janeiro de 2007.
TEN CEL PM INÁCIO PAZ DE LIRA JÚNIOR - 26.01.2007 / 19.04.2010
Natural de Paulo Afonso, nasceu em 2 de maio de 1961. Foi incorporado em 6 de dezembro
de 1982, a contar de 8 de abril de 1980. Dentre as Unidades que o Cel PM Lira serviu,
destacamos algumas, como o Quartel do Comando Geral, Academia de Polícia Militar,
Casa Militar do Gabinete do Governador, Departamento de Ensino. Assumiu o comando
do 9º Batalhão em 26 de janeiro de 2007, sendo efetivamente o último comandante desta
Unidade enquanto operacional, passando o comando para o seu sucessor no dia 19 de abril
de 2010, um mês antes de se efetivar a mudança de atribuição do 9º Batalhão. Em 21 de
abril de 2012 foi promovido a Cel PM.
TEN CEL PM JORGE UBIRAJARA PEDREIRA - 19.04.2010 / 17.06.2011
Nasceu em 4 de fevereiro de 1960, no município de Itapetinga. Foi incorporado em 8
de abril de 1980, sendo promovido a Aspirante Oficial em 29 de janeiro de 1982. Serviu
em diversas Unidades como a Academia de Polícia Militar, Departamento de Pessoal,
Esquadrão de Polícia Montada, Quartel do Comando Geral, 2º, 5º, 6º, 8º 10º, 17º Batalhões
de Polícia Militar. Assumiu o comando do 9º Batalhão em 19 de abril de 2010, efetivando
a transição do 9º Batalhão Operacional para o 9º Batalhão-Escola. Permaneceu no
comando desta Unidade até 17 de junho de 2011.
TEN CEL PM GILMAR CARVALHO PEREIRA - 17.06.2011 / 19.04.2013
Natural de Salvador, nasceu em 2 de agosto de 1955. Foi incorporado em 20 de março
de 1973. Durante sua vida profissional serviu em Unidades como a Academia de Polícia
Militar, Quartel do Comando Geral, Comando de Policiamento da Capital, 4º, 8º, 16º,
19º Batalhões de Polícia. Assumiu o comando do 9º Batalhão em 17 de junho de 2011,
exercendo essa função até a sua morte, devida a complicação pós-cirúrgicas, em 19 de abril
de 2013 na cidade de Salvador.
38
OFÍCIAIS DO 9º BATALHÃO QUE ALCANÇARAM O COMANDO
GERAL DA CORPORAÇÃO.
CEL PM JOSÉ LUIS
VENTURA MESQUITA
06.06.1979 / 16.04.1982
CEL PM ANTÔNIO JOSÉ
DE SOUZA FILHO
20.09.1991 / 05.05.1993
CEL PM ALFREDO
BRAGA DE CASTRO
06.05.2011 /
OFICIAIS QUE POR AQUI PASSARAM E ALCANÇARAM O ÚLTIMO POSTO DA
CORPORAÇÃO
CEL PM RR CARLOS
SINFRÔNIO DE ALMEIDA
CEL PM RR EDMUNDO
GUEDES
CEL PM RR JOSÉ LUIS
VENTURA MESQUITA
CEL PM RR FRANCISCO
MENEZES MOREIRA
CEL PM RR IVAN DOS
LÍRIOS ROCHA
CEL PM RR ALÍRIO DE
OLIVEIRA
39
CEL PM RR ANTÔNIO
JOSÉ DE SOUZA FILHO
CEL PM RR JOSUÉ
ALVES BRANDÃO
CEL PM RR PÉRICLES
DE OLIVEIRA
CEL PM RR IVO SILVA
SANTOS
CEL BM RR DJALMA
DUARTE SANTOS
CEL PM RR PEDRO
NASCIMENTO BOA
VENTURA
40
CEL PM NIVALDO
NASCIMENTO DOS
ANJOS
CEL PM RR NELSON
ADAMS BARBOSA
PELERINI
CEL PM ALFREDO
BRAGA DE CASTRO
CEL PM RR
ESMERALDINO
CORREIA SANTOS
CEL PM ANTÔNIO
FERREIRA FONTES
CEL PM INÁCIO PAZ DE
LIRA JÚNIOR
CEL PM PAULO CEZAR
OLIVEIRA REIS
CEL PM PAULO
FAUSTINO DA SILVA
41
No exercício de servir ao cidadão, a morte é um risco iminente que juramos enfrentar mesmo que isso custe
a nossa própria vida. Alguns de nós foram forçados a pagar esse alto preço em decorrência da natureza de seu
trabalho policial. A eles e a suas famílias somos gratos e rendemos nossas mais sinceras homenagens.
Sd PM Edgar Santos Mota
Nascimento: 20/01/1949
Morte: 05/05/1975
Sd PM Leocácio de Almeida
Nascimento: 09/12/1930
Morte: 31/08/1979
Sd PM Romilson Azevedo Silva
Nascimento: 15/04/1951
Morte: 31/08/1979
Sd PM João Carlos M. da Silva
Nascimento: 27/12/1957
Morte: 26/04/1980
Sd PM Fernando F. de Oliveira
Nascimento: 10/04/1957
Morte: 11/10/1981
Sd PM Manoel N. da Silva
Nascimento: 15/01/1935
Morte: 16/04/1982
Sd PM Osvaldo Oliveira
Nascimento: 08/08/1937
Morte: 26/08/1982
Sd PM Renildo C. Rosa
Nascimento: 10/05/1962
Morte: 05/10/1983
Cap PM Lauro de Souza Novato
Nascimento: 11/02/1945
Morte: 25/09/1984
42
Sd PM Agnaldo P. da Silva
Nascimento: 12/02/1958
Morte: 04/02/1985
Sgt PM Edvaldo V. A. da Silva
Nascimento: 04/05/1952
Morte: 09/05/1986
Sgt PM Jorge Conceição
Nascimento: 24/04/1949
Morte: 15/06/1987
Sd PM Antônio M. dos Santos
Nascimento: 30/09/1959
Morte: 05/07/1988
Sd PM Raimundo J. de S. Pitiá
Nascimento: 08/05/1958
Morte: 13/04/1989
Sd PM Hilton B. da Silva
Nascimento: 08/07/1964
Morte: 15/12/1989
Sgt PM José de Lima Costa
Nascimento: 04/07/1957
Morte: 05/12/1990
Sgt PM Antônio C. S. Cavalcante
Nascimento: 04/05/1961
Morte: 05/12/1990
Cb PM Joselito G. da Silva
Nascimento: 18/10/1959
Morte: 13/06/1995
Sd PM Paulo César G. da Silva
Nascimento: 03/11/1971
Morte: 13/06/1995
Sgt PM Deriosdete S. Cardoso
Nascimento: 20/08/1968
Morte: 05/02/2004
43
Imagens Históricas
Passagem de Comando entre o Maj PM Ayrson A. dos
Santos (Comandante sucedido) e o Ten Cel PM Elisio
Pires Rebouças (Comandante Sucessor) em 17 de
agosto de 1973.
Tropa do 9º Batalhão se dirigindo ao desfile
cívico em comemoração à Independência
percorrendo a hoje Avenida Regis Pacheco.
Meados de 1970.
Passagem de Comando entre o
Ten Cel PM Elisio Pires Rebouças
(Comandante sucedido) e o Ten Cel
PM Edmundo Guedes (Comandante
Sucessor) em 05 de janeiro de 1978.
44
Estado-Maior da Administração do Ten Cel PM Edmundo
Guedes, no final da década de 1970. Primeira fileira, da
esquerda para a direita, o Cap Jonas, Ten Cel Guedes e o
1º Ten Alírio; segunda fileira, à partir da esquerda, 2° Ten
Saldanha, 2º Ten Ramon, 2º Ten Enéias (à retaguarda), 2º Ten
José Carlos, 2º Ten Esmeraldino Correia, 2º Ten Elias Luz;
terceira fileira à partir da esquerda, 2º Ten Maia, 2º Ten
Boa Ventura, 2º Ten Julio Silva, 2º Ten Ivo, 2º Ten Nivaldo;
quarta fileira à partir da esquerda, 2º Ten Exídio Correia, 2º
Ten Fernandes.
Visita do Comandante Geral do Polícia Militar
da Bahia à Vitória da Conquista. Da esquerda
para a direita observa-se o então Prefeito
Municipal Raul Ferraz, o Cel Filadelfo Reis
Damasceno (Comandante Geral) e o Ten Cel
PM Edmundo Guedes, 1978.
Desfile cívico comemorativo à Independência.
Em destaque a frota de viaturas do 9º Batalhão,
3 Wolksvagen Fusca e uma Kombi. Segunda
metade da década de 70.
45
Passagem de Comando entre o Ten Cel PM
Edmundo Guedes (Comandante Sucedido)
e o Maj PM José Luis Ventura Mesquita
(Comandante Sucessor) em 06 de junho de
1979.
Policiais pertencentes ao destacamento da
Polícia Militar da cidade de Poções em finais
dos anos 1970.
Policiais verificam os equipamentos da recémchegada
viatura VW Fusca, na ocasião de sua
entrega formal ao 9º Batalhão, em 1975.
46
Pelotão de Trânsito em forma sob o comando
do então Sgt PM João Brasileiro de Oliveira na
atual Avenida Brumado, em frente à guarda do
quartel na década de 1970.
Em destaque, ao centro, vê-se o então 2º Ten
PM Alfredo Braga de Castro (atual Comandante
Geral) em atividade física com a turma de
soldados do 9º Batalhão em 1982.
Turma de soldados de 1982 praticando atividade
física nas dependências do 9º Batalhão. Ao
fundo pode-se observar viaturas do Corpo de
Bombeiros, gerido pelo 9° Batalhão.
47
Cel PM Francisco Menezes Moreira proferindo
seu discurso de despedida em decorrência de estar
transmitindo o Comando do 9º Batalhão ao Ten Cel
PM Kleber Francisco Pedreira em 08 de setembro de
1983.
Entrega da segunda frota de viaturas do 9º
Batalhão em 1982.
O então Ten PM Lira realizando estudo sobre
a disposição do policiamento nas áreas de
Vitória da Conquista. Meados da década de 80.
Festividade promovida pelo 9º Batalhão para
os familiares dos policiais militares. Década
de 1980.
48
Banda de Música em 1985 na área cívica do 9º
Batalhão. Na primeira fileira da esquerda para a
direita: 3º Sgt Álvaro Gandra; Sd 2ª Cl Constâncio
Silva Filho; Sd 2ª Cl Onedino Morais; Sd 2ª
Cl Gilberto Dutra, Sd 2ª Cl Edelsuíto; Sd 2ª Cl
Deividson Novais; Sd 2ª Cl Cleber Oliveira; Cb
Ataíde; 3º Sgt Moisés Pitta. Segunda fileira da
esquerda para a direita: Sd 2ª Cl Alfredo Moreira;
Sd 2ª Cl Deusdeth Filho; Cb Roberto Cerqueira;
Sd 2ª Cl Albino Filho; Sd 2ª Cl Armando Budera;
Cb Roque Machado; Sd 2ª Cl Pedro da Silva; Sd 2ª
Cl José Marcolino; Sd 2ª Cl José Erasmo; Sd 2ª Cl
Luciano Nunes; Sd 2ª Cl Ademir Rocha.
Policiamento Ostensivo realizado na região
bancária do Bairro Brasil. Da esquerda para
a direita o então Sd PM Claudio dos Santos
acompanhado pelo Sd PM Alves, 1994.
Sd 1ª Cl Ivete de Oliveira, componente da primeira
turma de Pfens (policiais femininas) a chegar no
9º Batalhão, realizando policiamento ostensivo de
trânsito, 1997.
Formatura da primeira turma de soldados
composta por homens e mulheres do 9º
Batalhão. Pode-se observar ao fundo que o
quartel passava por reformas em sua estrutura
física, 1999.
49
1° Sgt PM Odilon Gonçalves Rocha
Filho de Martiniano Rocha e Dona Maria Osana
da Rocha, nasceu em 6 de abril de 1920 na cidade de
Encruzilhada. Ingressou na Polícia Militar da Bahia
em 11 de agosto de 1952.
Chegou em Vitória da Conquista na década de
50, sendo empregado no serviço de comunicações da
2ª Companhia Autônoma de Vitória da Conquista,
com a função de chefe de Estação de Radiotelegrafia,
uma vez que era sargento especialista.
Transferido para o 9º Batalhão, continuou
desempenhando as suas funções no serviço de
rádio desta Unidade, entretanto, de acordo com seu
Prontuário, o Sgt Odilon foi elogiado pelo então
comandante do quartel, o Major Ayrson Alves
dos Santos, justamente por sua capacidade de
desempenhar bem todas as missões que lhe eram
delegadas, inclusive as de caráter operacional.
Atualmente, com seus 94 anos, é o policial mais
antigo que se tem notícia em Vitória da Conquista.
50
Maj PM Ivan Pereira das Neves
O Major Ivan Neves é um profissional com extensa carreira profissional e, chegando aos seus 39
anos de serviço policial é o atual subcomandante do 9º Batalhão. Filho de Pedro Fernandes das Neves e
DonaUbaldina Silva das Neves, nasceu no município de Cachoeira em 10 de junho de 1955.
Sua carreira policial se iniciou em 1975, ano que ingressou no Curso de Formação de Soldados no 5º
BPM/Salvador, em 1978 alcançou a graduação de 3° Sargento. Sua carreira como oficial se iniciou em 1982
quando foi matriculado no Curso de Formação de Oficiais, sendo promovido a Aspirante Oficial em 21 de
dezembro de 1984.
A partir de então, em 02 de julho de 1985 foi promovido a 2° Tenente, em 02 de julho de 1987 a 1°
Tenente, em 21 de setembro de 1993 alcançou o posto de Capitão e, em 26 de julho de 2006 foi promovido a
Major. Tem trabalhado em Unidades como o 4°, 6°, 13° Batalhões além de ter sido subcomandante das 20ª e
10ª Companhias Independentes.
Em 17 de maio de 2012 foi transferido do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP)
para ser o subcomandante do 9º Batalhão na administração do Tenente Coronel Gilmar Carvalho Pereira,
cargo esse que ocupa, até então, na administração do Tenente Coronel Ivanildo da Silva.
Ao longo de seus 39 anos de serviço, o Major Ivan Neves tem constituído família ao lado de sua esposa,
Dona Miriã Batista Silva das Neves, e teve três filhos:Queila, Jésua e Ivan Júnior; dois genros, Anderson e
Robson; além de ter alcançado a dádiva de ter, até o momento, 2 netos – Matheus e Davi.
51
1° Ten PM Pedro Alberto Souza Santos
O Tenente Pedro Alberto é o policial com maior tempo de serviço, dentre aqueles que fizeram carreira no
9º Batalhão. Filho de Claudionor Guilherme Santos e Dona Anatalice Souza Santos, nasceu em 17 de março
de 1958 na cidade de Iguaí.
Ingressou na Polícia Militar da Bahia em 01 de janeiro de 1978, no Curso de Formação de Soldados
realizado no 9º Batalhão. Em 17 de dezembro de 1982, após ser aprovado no Curso de Formação de Sargentos,
no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), foi promovido a 3° Sargento. Alcançou a
graduação de 2º Sargento em 23 de dezembro de 1985 e de 1º Sargento em 06 de setembro de 1995, ano em
que foi condecorado com a Medalha do Mérito Marechal Argolo – Visconde de Itaparica por bons serviços
prestados à Corporação.
No ano de 2006 foi iniciado um novo ciclo em sua vida profissional ao ser matriculado no Curso de
Formação de Oficiais Auxiliares, sendo nomeado 1º Tenente em 01 de março de 2009 à contar de 15 de
dezembro de 2006.
Ao longo de sua carreira profissional o Tenente Pedro Alberto tem dedicado quase toda a sua vida
profissional ao 9º Batalhão, tendo trabalhado no 19° Batalhão em Jequié, e na 77ª Companhia Independente
em Vitória da Conquista.
Foi condecorado por onde trabalhou com o título de “Policial Padrão” por diversas vezes, constando em
sua ficha de assentamento vários elogios em reconhecimento aos seus serviços prestados. Atualmente ele é o
comandante da Seção de Material, Patrimônio, Transportes e Segurança deste Quartel.
No decorrer de seus 36 anos de efetivo serviço, o Tenente Pedro Alberto constituiu sua família ao lado de
sua esposa, Dona Graciete de Oliveira Souza, e teve três filhos: Laís de Oliveira Souza; Vinícius de Oliveira
Souza e Maria Luíza de Jesus Santos.
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Capitão PM Valdomiro Rodrigues Silva
O Capitão Rodrigues é o terceiro policial com mais tempo de serviço no 9º Batalhão. Filho de Manoel
Matias da Silva e Dona Edite Rodrigues da Silva, nasceu em 19 de maio de 1961 na cidade de Vitória da
Conquista.
Ingressou na Polícia Militar da Bahia em 01 de setembro de 1980 ao ser matriculado no Curso de Formação
de Soldados do 9° Batalhão. Em 13 de outubro de 1983 o então Soldado Valdomiro Rodrigues foi matriculado
no Curso de Formação de Sargentos Combatentes, sendo promovido a 3° Sargento no dia 9 de outubro de
1984, 2° Sargento em 7 de setembro de 1990 e elevado a 1º Sargento por meio da Lei 7.145 de 19 de agosto
de 1997, que reorganizou a estrutura hierárquica da Polícia Militar da Bahia.
Em 2002 foi matriculado Curso de Formação de Oficiais Auxiliares, iniciando um novo ciclo em sua
carreira profissional. Alcançou a promoção a 1° Tenente em 27 de dezembro de 2002 e a de Capitão em 26 de
novembro de 2011 à contar de 14 de novembro de 2011.
Em sua carreira policial, tem se dedicado à promoção de projetos educacionais dentre os quais se destaca
o Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD). Este oficial foi o pioneiro na implantação deste
programa formando a primeira equipe de trabalho no 9º Batalhão composta pelo sargentos Ivaneide, Rosa e
Julito. Atualmente é coordenador na reimplantação do PROERD nesta Unidade.
O Capitão Rodrigues é um profissional com larga experiência no serviço policial, tendo servido em
Unidades como o Batalhão de Polícia Rodoviária, 8ª CIPM/Itapetinga, Colégio da Polícia Militar/Vitória
da Conquista, CIPE Sudoeste (antiga CAESG), CIPE Mata Atlântica, sediada em Nova Viçosa. Entretanto,
tem dedicado boa parte de sua vida policial a serviço do 9° Batalhão, sendo agraciado com diversos elogios
em sua ficha de assentamento em decorrência da qualidade do serviço prestado à sociedade. Atualmente está
coordenando o Programa de Educação e Resistencia às Drogas (PROERD).
Ao longo de seus 34 anos de carreira, o Capitão Rodrigues constituiu sua família ao lado de sua esposa,
Dona Necy Souza Rodrigues e teve dois filhos: Ana Isabel Souza Rodrigues e Asafe Souza Rodrigues.
53
Subtenente PM Haroldo Oliveira Bittencourt
O quarto policial mais antigo do 9° Batalhão nasceu em 4 de outubro de 1956 em Vitória da Conquista,
sendo filho de João Correia Bittencourt e Maria Oliveira Freitas.
Sua carreira policial se iniciou em 8 de junho de 1981, quando foi matriculado no Curso de Formação
de Soldados no 9° Batalhão. Em 5 de abril de 1984 foi matriculado no Curso de Formação de Sargento
Combatente, no Centro de Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), sendo promovido a 3° Sargento no mesmo
ano. Em 11 de dezembro de 1995 alcançou a graduação de 2° Sargento; foi elevado a 1º Sargento por meio da
Lei 7.145 de 19 de agosto de 1997, e, em 21 de março de 2009, chegou à graduação de Subtenente.
O Subtenente Haroldo trabalhou no 17° Batalhão/Guanambi e no 9° Batalhão Unidade em que dedicou
quase toda a sua vida profissional. Neste Quartel ele trabalhou em diversas Companhia e Destacamentos
da Polícia Militar (pequenos grupamentos de policiais responsáveis pela segurança de cidades com poucos
habitantes), percorrendo locais como Brumado, Paramirim e Presidente Jânio Quadros.
Durante seus 33 anos de serviço, o Subtenente Haroldo constituiu sua família ao lado de sua esposa, Dona
Rosimeire Santos Bittencourt e teve três filhos: Haroldo Oliveira Bittencourt Junior, Ranier Santos Bittencourt
(Sd 1ª Cl PM) e Isaiane Santos Bittencourt.
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CARTAS
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Conhecendo o 9º Batalhão
Através da portaria n.º 060 - CG/13, expedida pelo
Exmº Sr Alfredo Braga de Castro, Comandante Geral da
PMBA, o 9º Batalhão de Polícia Militar, tem a sua Organização
Estrutural e Funcional adequada a sua nova função de
Batalhão Escola, estabelecida na Lei 11.356, de 06 de Janeiro
de 2009 em seu art. 17, sendo assim, temos no quadro de
organização da unidade, além do Comando e Subcomando,
cargos e funções distribuídos em três grandes setores, são
eles:
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1. Comando;
2. Subcomando;
3. Coordenação de Apoio Administrativo, Financeiro
e Licitações;
4. Coordenação de Desenvolvimento Educacional;
5. Coordenação de Cursos.
Desta forma, vamos conhecer seção por seção do
nosso quartel:
Comando
Tem por missão o planejamento, assessoramento,
coordenação, execução, avaliação e controle das atividades
administrativas, competindo-lhe a representação do
Comandante Geral da Polícia Militar nos eventos ocorridos
em sua área de competência; coordenação do planejamento,
da programação e da gestão orçamentária do Quartel; apoiar
o Comando Geral na definição das políticas da Corporação,
no que concerne à sua área de atuação; prestar contas ao
Comandante Geral do cumprimento das metas definidas
para as organizações subordinadas, na periodicidade definida
por aquela autoridade, e extraordinariamente, caso algum
fato assim o determine.
Atualmente o Comandante do 9º Batalhão é o Ten
Cel PM Ivanildo da Silva.
Subcomando
Função exercida pelo Maj PM Ivan Pereira das
Neves tem por missão o auxilio ao comandante na perfeita
execução de suas funções.
Seção de Missões Especiais (SME)
Tem por função planejar, controlar, coordenar,
orientar e avaliar as atividades de produção de conhecimento
no âmbito do estabelecimento de ensino; propor medidas
corretivas às falhas detectadas na segurança orgânica; analisar
dados e informações coletadas com a finalidade de assessorar
o Comando no processo decisório; produzir conhecimentos
que possibilitem ao Comando planejar o emprego da unidade
para a manutenção da ordem e segurança pública, na sua área
de responsabilidade; apoiar os demais órgãos do Sistema de
Inteligência da Polícia Militar – SIPOM.
É chefiada pelo Cap PM Igor de Santana, sendo
assessorado pelo Sd 1ª Cl PM Claudio Amaral Pereira.
Coordenação de Apoio Administrativo e
Financeiro e Licitações (CAAFL)
É responsável pelo recebimento e distribuição de
todas as correspondências dirigidas ao Batalhão e controlar o
fluxo das mesmas; pela promoção de licitações para compras,
obras, serviços e alienações; pela elaboração de empenhos
das licitações realizadas e suas respectivas autorizações
de pagamentos; pelo controle de frequência de pessoal e
lançamento das alterações funcionais de todo o pessoal do
Batalhão, além de confeccionar, controlar e expedir todos os
expedientes desta Unidade.
É Chefiada pela Cap PM Cícera Patrícia Azevedo
Santana, auxiliada pelos Sds 1ª Cl PM Juivânia Silva Soares,
Paulo Sérgio Ferreira Sotero, Lisiane Lemos Queiroz e
Matheus Soares Matos.
Seção de Recursos Humanos, Secretaria e
Protocolo (SRHSP)
Realiza, dentre outras atividades, a organização e
atualização do cadastro de pessoal da Unidade; registra a
movimentação e afastamento do pessoal policial-militar e
civil do Quartel; procede às solicitações dos processos de
reserva e reforma, encaminhando-os ao Departamento de
Pessoal da Corporação; realiza a confecção, publicação e
lançamento dos Boletins Internos Ostensivos;
É Chefiada pela Cap PM Sandra Santos Vieira
e composta pelos 1ª Sgt PM Eliete Vasconcelos Castro
Santos e Givaldo Dias da Silva, e pelas Sds 1ª Cl PM Ivete
de Oliveira Santos, Rita de Cássia Botelho Oliveira, Getúlio
Oliveira Silva e Márcia Regina Souza.
Seção de Gestão Orçamentária, Financeira
e Licitações (SGOFL)
É responsável pela elaboração de cronograma de
aquisição de material e proceder à suas alterações; organizar
e manter atualizado o cadastro de fornecedores e catálogos
de especificação de material; atender as requisições de
material oriundas das diversas repartições e Unidades sob
responsabilidade logística do 9º Batalhão.
É chefiada pelo Cap PM Igor de Santana e composta
pelos Sds 1ª Cl PM Jorgevaldo Lemos Batista, Robson Pereira
de Oliveira, Cristiane Vieira Viana e Felipe Borba de Barros.
Seção de Material, Patrimônio,
Transportes e Segurança (SMPTS)
Chefiada pelo 1º Ten PM Pedro Alberto Souza
Santos, tem por função o recebimento, conferência e guarda
do material adquirido; efetuar o controle físico-financeiro
do material estocado; elaborar balancetes mensais e balanço
anual de material; promover o cadastramento e tombamento
dos bens móveis e imóveis do Batalhão, bem como o controle
de sua utilização; inspecionar, periodicamente, as condições
de conservação e uso dos bens móveis e imóveis da Unidade;
realizar inventários periódicos dos bens patrimoniais sob
sua responsabilidade; zelar pelo cumprimento das normas
e instruções relativas ao patrimônio; proceder alienação
de bens, quando autorizado, por desuso, obsolescência ou
situação antieconômica, procedendo a sua baixa.
É incumbida também da manutenção de equipamento
e automóveis do 9º Batalhão além de zelar pela segurança
da Unidade, fiscalizando o acesso e as saídas de pessoas e
automóveis, bem como realizando policiamento em toda a
área do Batalhão e casa do comandante, diuturnamente.
Além de seu comandante, compõe a seção os 1º
Sgt PM Adelice Santos Sande, Ailton Veloso Santos, Nilton
Pires do Prado, Onedino José de Morais, Renan Santos
Souza e Braz Ferraro, Cb PM Lourenço Lessa de Oliveira
e pelos Sds 1ª Cl PM João Tavares da Silva, Cristiano Meira
Santos, Ricardo da Silva Simões, Milton Ferraz de A. Júnior,
Jarmes Brito Oliveira, Jean Oliveira, Renato da Silva, Sergio
Luiz Santos Souza, Gilberto Silva Nascimento, José de Brito
Neto, Edirialdo Matos Santos, João Fagner Matos L. Souza,
Marcone Rogério Ato, Manoelber de Amorim Barreto,
Washington Luis Teixeira Silva, Eloneide Alves da Silva,
Clebson Dias Cardoso e Ricardo Santos Souza.
Setor de Qualidade e Telemática (SQT)
Tem por função a coordenação e execução de
atividades que visem difundir e sedimentar o emprego
eficiente e eficaz da ferramenta Qualidade Total da Unidade;
controla a correta utilização e manutenção dos equipamentos
audiovisuais sob sua responsabilidade; coordena e uniformiza
a elaboração de quaisquer recursos produzidos pelo corpo
docente, a fim de serem utilizados nas aulas, visitas e
outras atividades de ensino; providencia a alocação dos
recursos materiais existentes, disponibilizando-os durante
as atividades curriculares, festividades, solenidades e outros
eventos realizados; propõe ao chefe da UDE a aquisição
de modernos recursos de ensino, mantendo atualizado
seu patrimônio; propõe ao chefe da UDE a aquisição de
livros, revistas e periódicos, mantendo atualizado o acervo
da biblioteca da Unidade; coordena, controla e mantém em
condições de pronto emprego todo o parque de telemática
da Unidade; elabora cronograma de aquisição de material
e precede a suas alterações; organiza e mantém atualizado
o cadastro de fornecedores e catálogos de especificação
de material; atende as requisições de material oriundas das
diversas repartições do quartel, além de receber, conferir e
guardar o material adquirido.
É chefiada pelo o Cap PM Alberto Leandro do
Nascimento, e auxiliada pelo Sd 1ª Cl PM Antônio Carlos
Soares Santos.
Setor de Saúde e Formação Sanitária
(SSFS)
Setor planejado com o objetivo de desenvolver
ações médicas e de odontologias preventivas e corretivas dos
policiais e seus familiares.
Como o novo organograma do 9º Batalhão foi
publicado no dia 08 de agosto de 2013, e prevê um Capitão
do serviço de saúde como seu Chefe, este setor ainda
não foi devidamente implantado. Entretanto, o serviço
odontológico funciona subordinada à Coordenação de
Apoio Administrativo, Financeiro e Licitações.
Serviço Odontológico
Realiza atendimentos odontológicos nos policiais
militares e seus familiares, além de atender aos alunos do
Colégio da Polícia Militar. É composto pelo Sd 1ª Cl PM
Jamilson Lacerda, e tem como odontólogas as Dras. Ivana
Prates, Margareth Magalhães e Emília Daniela.
Banda de Música (BM)
Chefiada pelo Sub Tenente Gilberto Soares
Dutra, trabalha auxiliando o comandante do Batalhão no
estreitamento das relações com a sociedade utilizando a
música como instrumento principal. É um conjunto musical
composto por, além de seu comandante, 18 músicos: pelo
1º Sgt PM Aroldo Lemos e pelos Sds 1ª Cl PM Wellington
Cruz, Ivan Barbosa, Marcos Santos, Silvano Pinheiro, Joel
Andrade, Giltemberg Bomfim, Sidney de Oliveira Santos,
Roseane Dutra, Melquisedeque da Silva, Maicon Santos,
Marcelo Azevedo, Evaldo Alves, Davydson Paiva, Eber
de Brito, Cleuton de Senna Bispo, José Lucas Rodrigues,
Roberto Cirqueira, Márcio Gusmão, Ângelo Leonardo de
Astrê.
Corregedoria Setorial e Ouvidoria (CSO)
Assessora o Comandante na formulação de ações
voltadas para orientação e disciplina dos integrantes do
Batalhão, bem como na averiguação da responsabilidade
criminal, administrativa ou disciplinar do efetivo desta
Unidade, além de elaborar pareceres sobre os resultados das
apurações realizadas no Quartel, além de também assessorar
o Comando com vistas à promoção do exercício da cidadania,
recebimento, encaminhamento e acompanhamento de
sugestões, reclamações e denúncias dos cidadãos relativas à
prestação de serviço realizado pelo Batalhão.
É chefiada pelo Cap PM Alberto Leandro do
Nascimento e assessorado pelo Sd 1ª Cl PM Gilberto Silva
Nascimento.
Setor de Comunicação Social e Cerimonial
(SCSC)
Chefiada pela Cap PM Cícera Patrícia Azevedo
Santana, é responsável por assessorar o Comando nos
assuntos referentes à comunicação social, organização de
eventos, incentivo e promoção de atividades socioculturais,
recepção de autoridades, convidados e visitantes.
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Setor de Aprovisionamento (SA)
É responsável pela execução das atividades de
aquisição, alienação de material e contratação de serviços
do setor, bem como pela administração de todo o material
de sua responsabilidade, competindo-lhe a direção dos
trabalhos do Rancho da Unidade; receber, guardar, conservar
nas melhores condições; receber todo o material do rancho
e zelar pela sua guarda e conservação; zelar pela disciplina e
higiene do pessoal da cozinha.
É chefiada pelo Sub Ten PM Enio Frederico Barbosa
Estrela, auxiliado pelos Sds 1ª Cl PM Clebson Dias Cardoso
e Vítor de Souza Rios juntamente com os funcionários
civis Milton Cândido de Oliveira, Ilda Ferreira Rocha, Alice
Almeida Dutra, Miralva Oliveira dos Santos Novaes, Letícia
Moraes Silva Pereira e Maria Isabel Chácaraz Dias.
do Ensino, diretrizes para a melhoria do Ensino para os
Quadros de Praças; disponibilizar meios e participar da
realização de estudos e pesquisas para o aprimoramento
do Ensino; subsidiar o Departamento de Ensino na
realização de pesquisas para verificação de possíveis causas
de anormalidades na aprendizagem; elaborar o registro das
atividades escolares desenvolvidas por cursos e por alunos;
proceder ao registro das atividades relativas ao exercício do
magistério pelo corpo docente.
É chefiada pela Capitã PM Valdomira Santos da
Silva Conceição e composta pelas 1ª Sgt PM Maria Alice de
Santana, Rosa Maria do Prado Valério e pelos Sds 1ª Cl PM
Daniela Cristina de S. Lima Leite e Roberta Oliveira Ataíde
Barreto, Evany Silva de Oliveira Segunda e Naianne Almeida
Dias Trindade.
COORDENAÇÃO DE CURSOS (CC)
É chefiada pelo Cap PM Alberto Leandro do
Nascimento, na sua composição se encontram as Companhias
e Pelotões de Alunos dos Cursos de Aperfeiçoamento, de
Especialização e de Formação, todos ora chefiados pela Cap
PM Patrícia Gomes Santana, auxiliada pelo 1º Ten PM Pedro
Alberto Souza Santos, além das 1ª Sgt PM Márcia Maria
F. Prates e Vânia da Cruz Silva e dos Sd 1ª Cl PM Rubem
Ribeiro Costa, Antônio Carlos Soares Santos, Adrihana
Santana de Sousa, Nivan Lima Santos.
Tem por missão manter a disciplina, executar as
atividades de campo extracurriculares e cívico-militares,
conforme planejamento da CDE e calendário anual de
atividades; zelar pela pontualidade e assiduidade dos seus
subordinados; inteirar-se do planejamento anual de ensino
e do calendário de atividades. Para orientar todo o corpo
discente; colaborar com o processo pedagógico, dando
suporte moral e disciplinar à tropa escolar; elaborar e
fiscalizar o cumprimento das atividades rotineiras da CC,
em consonância com o estabelecido pela CDE; aplicar
punições escolares, conceder elogios e dispensas, dentro
dos limites legais de sua competência; elaborar e fazer
cumprir as escalas de serviço do emprego operacional do
corpo discente, conforme planejamento da CDE; conceder,
por delegação, ao corpo discente, permissão para afastar-se
do município sede; inspecionar periodicamente as salas de
aula, alojamentos e instalações sanitárias das Companhias
de Alunos; providenciar suporte material, para alimentação,
acomodação, transporte e atendimento médico para o corpo
discente, quando em emprego ordinário ou extraordinário;
comandar a tropa escolar nas solenidades cívico-militares e
atividades de campo.
COORDENAÇÃO DE
DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL (CDE)
Tem por função a promoção do desenvolvimento do
Ensino pertinente aos conhecimentos técnico profissionais
da atividade policial-militar; elaborar, divulgar e acompanhar
o planejamento do ensino das matérias pertinentes à área
de sua competência; propor ao Departamento de Ensino
estudos e pesquisas que viabilizem a melhoria da qualidade
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DADOS ESTATÍSTICOS
Atualmente o 9º Batalhão conta com um efetivo de 92 policiais militares e 9 funcionários civis do Estado
e do Município. O efetivo policial tem uma média etária de 37,6 anos e 13,47 anos de serviço. Destes, 47% detém
formação acadêmica superior, 8% possuem especializações em suas respectivas áreas, 14% possuem cursos técnicos,
28% possuem nível médio, e 3% possuem formação de nível fundamental.
Ao dividirmos o efetivo policial-militar por sexo, observamos a ordem de 32% feminino e 68% masculino, essa
proporção aumenta para as mulheres nas funções de chefia, com 40% feminino e 60% masculino, e reduz nas funções
de execução, 26% mulheres e 74% homens.
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Após a mudança efetiva de atribuição do 9º Batalhão, ocorrida em maio de 2010, esta Unidade formou 3 (três)
turmas do Curso de Formação de Soldados – CFSd, com 349 policiais; 6 (seis) turmas do Curso de Formação de Cabos –
CFCb, com 113 policiais; 3 (três) turmas do Curso Especial de Formação de Sargentos – CEFSgt, (convocados de acordo
o tempo de serviço) com 90 profissionais; 1 (uma) turma do Curso de Formação de Sargentos – CFSgt, (convocados
por concurso) com 20 policiais; 3 (três) turmas do Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos – CAS, com 90 policiais; 1
(um) ciclo do Projeto de Técnicas e Táticas Policiais Militares – PTTPM, com efetivo de 350 policiais, formando um total
de 1012 profissionais capacitados e aperfeiçoados no 9º Batalhão em 3 anos de trabalho. Além disto, esta Unidade
está formando um público de 126 homens e mulheres no Curso de Formação de Soldados com formatura prevista para
setembro de 2014.
O 9º Batalhão detém atualmente um efetivo experiente e capacitado, está passando por reformas estruturais,
como criação e ampliação de salas de aula, modernização das instalações físicas, ampliação de alojamentos, tendo
como foco o oferecimento de cursos de capacitação e aperfeiçoamento com maior qualidade que, consequentemente,
refletirá no policiamento ostensivo junto à sociedade.
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9° Batalhão em obras 9° Batalhão em obras
Foto: Nivan Lima
Foto: Nivan Lima
Paralelamente aos serviços de Ensino, Instrução e Capacitação, é oferecido aos policiais militares de todas as
Unidades de Vitória da Conquista e Região, assim como aos seus familiares, o serviço odontológico gratuito. Entre 2012
e 2013 foram realizados 7.369 procedimentos, como se observa na tabela abaixo:
QUANT. PROCEDIMENTO QUANT. PROCEDIMENTO
1.167 Exames clínicos 990 Aplicações tópica de flúor
731 Restaurações de amálgama 812 Orientações de higiene oral
84 Extrações de permanente 77 Urgências clínicas
135 Selantes 62 Suturações
959 Limpeza 164 Radiografias
14 Microabrasões 108 Restaurações ionômeros
32 Encaminhamentos para especialistas 56 Curativos
20 Acessos à câmara pulpar 04 Drenagens de abscessos
128 Evidenciações de placa bacteriana 1.436 Restaurações de resina foto
60 Remoções de pontos 13 Cimentações
84 Curetagens subcutânea 141 Restaurações provisórias
79 Extrações de dentes 11 Pulpotomia
TOTAL DE
PROCEDIMENTOS
7.369
Entre maio de 2012 a junho de 2013 foi desenvolvido no 9º Batalhão, em parceria com a Faculdade de
Tecnologia e Ciências (FTC) e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) o projeto
“Desenvolvimento de um modelo de avaliação, promoção e suporte à saúde mental do policial militar baiano na
formação de soldados e sargentos”. Para a consecução deste projeto, foi criado o Centro de Avaliação Psicológica do 9º
Batalhão (CAP).
Este projeto envolveu três policiais militares do 9º BPM, a Coordenadora (Profª Mayra Ribeiro) e um total de
5 psicólogos voluntários e 9 estagiários do curso de Psicologia da FTC- Vitória da Conquista.
O trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de um modelo de avaliação, promoção e suporte à saúde
mental do policial militar baiano na formação de soldados, cabos e sargentos, através da atuação de uma equipe
interdisciplinar de saúde e segurança no 9º Batalhão, com foco no estresse, suas comorbidades e o equilíbrio
psicológico/psicodinâmico do policial.
Foram aplicados baterias de testes psicológicos nos Cursos de Formação de Soldados, Cabos e Sargentos. Esta
bateria foi composta por testes de personalidade, atenção sustentada, atenção nivelada, de inteligência, de estresse e
de ansiedade, sendo computados 1248 testes aplicados e avaliados.
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Policiais que compuseram o Centro de Atendimento Psicológico
(CAP). Da esquerda para a direita o Sd 1ª Cl PM Milton Ferraz,
a 1ª Sgt PM Ivaneide Rosa e o Sd 1ª Cl PM Nivan Lima.
Foto: Nivan Lima
As psicólogas Thamires Souza Lima e Gracianny Bittencourt
Machado aplicando testes psicológicos em turma de Alunos
Cabos.
Foto: Nivan Lima
Após a vigência do contrato com a FAPESB, foi extinta a atuação deste projeto no 9º batalhão, transferindo
todos os seus pacientes em atendimento para a clínica de psicologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Os policiais militares que demonstraram um alto nível de estresse e ansiedade durante os Cursos de Formação
avaliados serão convidados (voluntariamente) a passar por acompanhamento psicológico junto à clínica de psicologia
da UFBA a fim de evitar futuros adoecimentos mentais.
E, por fim, o 9º Batalhão está reativando o PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à
Violência) contando com 4 policiais, o Cap PM Valdomiro Rodrigues Silva, as 1ª Sgts PM Maria Alice de Santana, Rosa
Maria do Prado Valerio, e a Sd 1ª Cl PM Evany Silva de Oliveira Segunda. Este projeto está focado no atendimento às
crianças da rede municipal de educação com previsão de aplicação em 10 escolas com público estimado de 700 alunos
no 2º semestre de 2014.
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P E R S P E C T I V A S
Trabalhamos com o objetivo de oferecer à sociedade baiana e conquistense a melhor
sensação de segurança pública possível. No passado atuávamos na linha de frente, com viaturas
e homens nas ruas garantindo ao cidadão a sua tranquilidade, hoje, fomos realocados para um
local estratégico, o de formação e capacitação de policiais.
Desde que assumi o comando do 9º Batalhão em maio de 2013, tenho, juntamente com
todos os componentes desta Unidade, trabalhado para proporcionar primeiramente um ambiente
de trabalho mais seguro e agradável, através de reformas na estrutura física, implantação de
ações voltadas à otimização do trabalho, pois, a nossa administração entende que conseguimos
produzir melhor quando estamos todos bem.
O próximo passo visa oferecer capacitação aos nossos policais nas mais diversas áreas
tais como ensino, administração pública, informática, dentre outros. No tocante à comunidade
conquistense, estamos elaborando ações conjuntas com diversos órgãos públicos, visando
melhorar a qualidade de vida social, além de estarmos trabalhando no sentido da integração
interinstitucional com as Polícias Técnica, Civil e Ministério Público com foco na celeridade
de ações conjuntas além de possibilitar maior transparência nas ações desenvolvidas pela PM.
Um dos nossos principais e mais prazerosos desafios é o fortalecimento do policiamento
comunitário em Vitória da Conquista, pois, entendemos que ele atua diretamente na prevenção,
no estreitamento das relações entre PM e comunidade. Para tanto, pretendemos promover o
alinhamento dos programas Polícia Ensina (com a participação da Banda de Música, grupo de
teatro atuando diretamente em escolas de Vitória da Conquista), o Programa de Educacional de
Resistência às Drogas e à Violência (PROERD), ao Programa Pacto Pela Vida.
Estamos trabalhando com vistas a ampliar os canais de comunicação com a comunidade,
além de viabilizar programas sociais que promovam esporte, cultura, arte e cidadania às
comunidades assistidas pelos nossos programas sociais, objetivando o afastamento de nossos
jovens da criminalidade e das drogas.
Assim, os desafios são imensos, mas a vontade e a força para superá-los são maiores ainda.
Contamos com o apoio da sociedade conquistense para o estabelecimento de uma segurança
pública cada vez mais humana, preventiva e eficaz, pois, “JUNTOS, SOMOS FORTES!
UNIDOS, SOMOS A PMBA FORTE!”
Ten Cel Pm Ivanildo da Silva
Comandante do 9º Batalhão
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Resenhas da Caserna
DE FUSCA, NÃO!!!
Na década de 70, no 9° Batalhão, foi expedida a ordem de prisão administrativa de um policial que havia
infringido o Regulamento Disciplinar da Corporação. Um Tenente, responsável pelo policiamento do dia incumbiu uma
guarnição de realizar a prisão do companheiro.
Ao chegar na residência do policial apenado, a guarnição o encontrou embriagado, porém, não esboçou (a
princípio) nenhuma resistência acerca da ordem de prisão, porém, quando ele saiu de casa que viu a viatura, logo
protestou:
- Eu vou preso, sem problema, agora, DE FUSCA, NÃO! Só aceito sair preso se for de Veraneio!
A guarnição, perplexa com a exigência, entrou em contato com o Tenente que dera a ordem de prisão e relatou
a situação. Não se sabe a razão, mas o Oficial determinou que eles voltassem ao quartel e permutassem o Fusca pela
Veraneio.
Realizada a permuta, o policial detido foi levado ao quartel e, ao descer da Veraneio, cambaleando, se dirige ao
Fusquinha utilizado primeiramente, acaricia o teto do carro, e sussurra:
- Não te disse que eu não sou homem de vir preso num Fusca!!!
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CESTA DE 3 PONTOS
A Banda de Música do 9° Batalhão (Maestro Walter de Santa Rosa) estava realizando uma apresentação musical
em uma escola da cidade de Vitória da Conquista cujo público era composto por crianças com faixa etária de 10 anos,
em média.
Na Banda existe um instrumento chamado Tuba, grande e com uma campana (boca) muito grande e voltada para
cima. Próximo à banda estavam alguns garotos conversando e observando este instrumento, quando de repente um dos
meninos arremessa uma banda de tijolo na direção do instrumento, como se fosse uma bola de basquete e o mais incrível
é que a criança realizou uma “cesta de 3 pontos”!
O tijolo ficou preso dentro do instrumento e deu o maior trabalho para o policial desobstrui – lo!
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ALVOROÇO NO QUARTEL
Em meados dos anos 70, foi autorizado pelo
comandante do 9° Batalhão que os oficiais que não
residissem em Vitória da Conquista pudessem ficar alojados
no Quartel.
Numa determinada noite, durante a madrugada,
os oficiais alojados acordam ouvindo o som de pessoas
correndo e grande gritaria, quando de repente eles ouviram
a voz do Oficial responsável pelo policiamento do dia:
- Pega! Não deixem ele fugir! Não atirem nele!
Ouvindo isso, todos se levantaram rapidamente,
alguns foram até seus armários e pegaram suas armas,
apagaram as luzes externas do alojamento e saíram em
formação tática, cobrindo todos os flancos quando de
repente observaram o Tenente Oficial-de-dia e os soldados
da guarda correndo desesperadamente atrás de um novilho
(boi jovem)!
Após a captura do animal, os alojados foram
conversar com o Oficial-de-dia para saber como o bovino
havia entrado no Batalhão e se surpreenderam em saber que
o animal pertencia a ele e que estava preso dentro de seu
carro, estacionado no pátio do quartel!
INUSITADA INCINERAÇÃO
Em cerimônia de incineração das bandeiras
inservíveis estavam toda a tropa do 9º Batalhão em forma,
à frente estavam diversos oficiais em posição de respeito
a tal ato solene, quando um policial, devido ao seu bom
comportamento e tempo de serviço, foi chamado para ter
a honra de promover a incineração.
O policial saiu de forma, embebeu as bandeiras
com álcool com o máximo de cuidado e zelo, enquanto
isso todos estavam ansiosos para o início da incineração,
a Banda de Música estava pronta para tocar mais um
música, mestre de cerimônias, fotógrafo, todos estavam
com suas atenções voltadas para o incinerador.
De repente, passa-se o fósforo ao PM que, com
todo o esmero e cuidado, acende-o e o lança sobre o
incinerador. Quando a chama entra em contato com as
bandeiras ouve-se uma explosão acompanhada pelo
lançamento de uma bandeira em chamas em direção aos
Oficiais e à tropa em forma.
Foi uma correria só!
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