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REVISTA MAIO 2020

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PALAVRA DO PRESIDENTE

Dedicação e

criatividade

O

distanciamento social indicado por

autoridades em saúde do mundo todo

como fundamental para desacelerar o

ritmo de transmissão do coronavírus, e assim

evitar que sistemas de saúde entrem em

colapso por falta de leitos e equipamentos, tem

obrigado a sociedade buscar novas soluções

para questões profi ssionais e do cotidiano.

Cumprindo à risca as restrições e normas

sanitárias de combate à pandemia implantadas

pelo Poder Público, a Associação dos

Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São

José do Rio Preto tem trabalhado para honrar

o compromisso de promover atividades que

contribuam para o aprimoramento profi ssional

de nossos associados.

O sucesso do ciclo de palestras online e

totalmente gratuitas “Valores na Engenharia:

Um Olhar Ético sobre a Tomada de Decisões

na Profi ssão para 2020” nos deu segurança

de que encontramos o caminho para garantir

ao associado oportunidade de ampliar o

conhecimento.

Realizado entre os dias 16 e 18 de abril pela

divisão de Agronomia da associação, o ciclo

de palestras online reuniu 1,5 mil inscritos

entre universitários e profi ssionais da área.

O público teve oportunidade de acompanhar

alguns dos principais nomes do

empreendedorismo e da agronomia nacional.

Os palestrantes e os temas abordados você

pode conferir na reportagem que trazemos

nesta edição.

Outra informação importante reportada nesta

publicação do mês maio é com relação a

alteração do dia das eleições do sistema

Confea|Crea, também motivada pela

pandemia do novo coronavírus. A reportagem

traz a deliberação da Comissão Eleitoral

Federal na íntegra.

Destaque também para o fato de que, no início

do mês, por meio de um decreto presidencial,

a construção civil foi incluída no rol de

atividades essenciais durante a pandemia.

Estima-se que o setor seja responsável por 2

milhões de empregos com carteira assinada

em todo o Brasil.

Importante ressaltar, no entanto, que no Estado

de São Paulo e na cidade de São José do Rio

Preto, desde o início das restrições sanitárias

de combate à pandemia, a construção civil já

aparecia na lista de serviços e atividades que

não precisariam ser paralisadas.

O momento atual pede cuidados extremos

com a saúde de todos, o que não nos impede

de trabalhar com máximo respeito à vida,

dedicação ímpar e criatividade.

Mantenham as mãos sempre limpas, usem

máscara sempre que tiverem de sair de casa.

Uma ótima leitura.

Cesar Antonio Vessani

Presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos

e Agrônomos de São José do Rio Preto

03


ÍNDICE

• 03 - Palavra do Presidente

• 06 - Ciclo de Palestras on line

• 10 - Engenharia Clínica

• 12 - Patrimônio Histórico

• 18 - Eleições CONFEA | CREA

• 22 - Isolamento Social

• 24 - Atividade Essencial

REVISTA

DA SOCIEDADE

Engenheiro Civil

Paulo Henrique da Silva

1º Vice-Presidente

Engenheiro Civil

Lucas Tamelini

1º Secretário

Engenheiro Agrônomo

Carlos Henrique Ravacci Pires

1º Tesoureiro

Arquiteto

Marco Antônio Miceli

Diretor de Sede

Engenheiro Civil

Antônio Carlos Carvalho

Diretor Cultural

Composição nova diretoria biênio

janeiro 2019 - dezembro 2020

Diretoria

Engenheiro Civil

Cesar Antonio Vessani

Presidente

Engenheiro Agrônomo

Maurício Tucci Marconi

2º Vice-Presidente

Engenheiro Eletricista

Fábio Henrique dos Reis

2º Secretário

Eng. Metalurgista e de Segurança

Ricardo Scandiuzzi Neto

2º Tesoureiro

Engenheiro Civil

Rogério C. Azevedo Souza

Diretor de Esportes

Engenheiro Civil

Renato Luis Grollla

Diretor Social

Expediente

Diretor de Produção

Vergílio Dalla Pria Jr.

Diretor de Arte

Damião Alves

Diretor de Jornalismo

Marcelo Ferri | MTB: 39.205/SP

Colaboração

Michelle Monte Mor | MTB: 31.925/SP

Fotografia

Editora

Impressão

Gráfica São Sebastião

Distribuição

Editora

Tiragem

15.000 exemplares

Publicação mensal

Mídias Sociais

socengriopreto

sociedade.engenheiros

04

Revista da Sociedade

A Revista da Sociedade é uma publicação mensal

da RP Industria Gráfica e Editora em Parceria da

Associação do Engenheiros, Arquitetos e

Agrônomos de São José do Rio Preto.

Associação dos Engenheiros

Rua Raul Silva, 1417, Nova Redentora

CEP 15090-260

São José do Rio Preto/SP

www.sociedadedosengenheiros.com.br

Fone: (17) 3227-7000

RP Indústria Gráfica e Editora

Rua Ângelo Fabrini, 377 - Jardim Urupes

São José do Rio Preto/SP - CEP 15051-325

Fone: (17) 3215-0700

(17) 99775-3383


05


AGRONOMIA

Ciclo de palestras online reúne 1,5 mil inscritos

Associação promoveu encontros virtuais com os maiores especialistas

em Agronomia e em empreendedorismo no Brasil

Com apoio do Crea-SP, a Associação dos

Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de

São José do Rio Preto, por meio da Divisão

Técnica de Agronomia, e a Agrovi se uniram

para promover o primeiro ciclo de palestras

online “Valores na Engenharia: Um Olhar Ético

sobre a Tomada de Decisões na Profi ssão para

2020”.

Totalmente gratuito e voltado para profi ssionais

de agronomia e estudantes universitários, o

evento foi realizado nas noites dos dias 16 e 17

de abril, quando teve início às 19h30, e no dia

18, ocasião em que começou às 8h30.

O ciclo de palestras online contou com cerca de

1,5 mil inscritos, além dos espectadores que entraram

diretamente no link da página do evento

no Facebook.

Os encontros virtuais foram transmitidos ao vivo,

mas continuam disponíveis. Para quem perdeu

ou quer rever alguma palestra, basta acessar a

seção de vídeos na página do evento no Facebook.

A iniciativa teve como objetivo oferecer uma

nova ótica sobre a profi ssão do agrônomo, por

meio de palestras e bate-papos com alguns dos

maiores especialistas em empreendedorismo e

agronomia do cenário nacional e também com

representantes do Crea-SP e da Associação

dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de

São José do Rio Preto.

Com carga horária aproximada de 11 horas, o

ciclo de palestras online rendeu aos universitários

e profi ssionais que solicitaram uma certifi -

cação da associação. “O evento teve um sucesso

maior do que esperávamos. Tivemos muita

participação do público e pretendemos trabalhar

06


AGRONOMIA

mais com este modelo de palestras, porque o

resultado foi surpreendente”, afi rma Maurício

Tucci Marconi, organizador.

Confi ra quem esteve por lá e alguns dos temas

abordados:

16 de abril

Crea-SP

(Presidente em exercício Lenita Secco Brandão)

Associação do Engenheiros de Rio Preto e Divisão

Técnica de Agronomia

(2º vice-presidente Maurício Tucci Marconi)

Crea Jovem

(Coordenadora Karla Borelli Rocha)

Empreendedorismo como Opção de Carreira

(Consultor de negócios do Sebrae-SP Guilherme

Nunes Tresso)

Cuidados de Higiene em Tempos de Coronavírus

(Doutor Roberto Figueiredo, conhecido

como Dr. Bactéria)

17 de abril

José Carlos Semenzato

(Empresário proprietário da SMZTO Holding de

Franquias)

Oportunidades na Engenharia

(Engenheiro Leonardo Ribeiro, da Alfa Laval)

Empreendedorismo e Sustentabilidade no Turismo

Rural

(José Fernandes, proprietário da Rede dos Sonhos

Hoteis Fazenda)

Vantagens do Loteamento de Lazer

(Empreendedor imobiliário Luiz Botino, da Terras

Brasil Empreendimentos Imobiliários)

O Papel do Agrônomo no Desenvolvimento Turístico

de Áreas Naturais e de Preservação

(Vice-prefeito de Ibitinga, Frauzo Ruiz Sanches)

18 de abril

Desafi os e Oportunidades para as Empresas do

Agro em Tempos de Coronavírus

(Doutor Marcos Fava Neves, professor da US-

P|FGV)

Oportunidades do Agronegócio

(André Seixas, proprietário da Verdeplan)

Case de Sucesso na Agronomia

(Engenheiro Rodrigo Mian)

Tecnologia a Favor da Agronomia

(Djéssica Matte e Luiz Paviani Neto, especialistas

do Grupo AGTech)

Inovação voltada para Empreendedorismo e

Tecnologia

(Liszeila Abdala, professora da Fatec)

07


EM BREVE


ENGENHEIROS E ESTUDANTES DE

ENGENHARIA: AGORA É A HORA!

Para maiores

informações:

sociedade.engenheiros

socengriopreto


ENGENHARIAS

Engenharia Clínica

Responsável pelos parques tecnológicos de hospitais,

área ainda é pouco conhecida até entre profissionais de saúde

Engenharia clínica é a área responsável

pelo planejamento, gestão e

gerenciamento de parques tecnológicos

de hospitais e clínicas médicas.

O engenheiro clínico atua desde o

planejamento e seleção dos equipamentos

a serem adquiridos até o momento de

descartá-los. É quem faz a tomada de preços,

o recebimento do aparelho, a realização

de testes e as manutenções preventiva e

corretiva, entre outras ações necessárias

para garantir o uso seguro da máquina.

É um mercado de trabalho ainda em expansão

no Brasil. É uma área pouco conhecida até

em hospitais. “Muito pouco se sabe sobre

a Engenharia Clínica e sua importância,

apesar de sermos cada vez mais submetidos

a exames realizados por máquinas”, diz

Rodolfo Fernandes More, profi ssional da

área.

Empresário consultor de Engenharia Clínica,

More, 42 anos, natural de São Paulo e

criado no interior do estado, formou-se em

Engenharia de Produção Mecânica, no ano

2000, na Universidade de Marília, cidade

onde cresceu, e depois especializou-se em

Engenharia Clínica na Unicamp.

O campo de atuação da engenharia clínica

é bem vasto. Além de gerenciar tecnologia

de hospitais, o profi ssional pode atuar

na indústria, seja no processo criativo ou

produtivo. Pode também atuar na parte de

assuntos regulatórios. “Quando envolve

registro dos produtos junto aos órgãos

sanitários, por exemplo”, explica More.

A cadeia do plano de gerenciamento de

tecnologias de saúde é repleta de subáreas,

que podem ser exploradas isoladamente.

Planejar a compra e selecionar o equipamento,

10

por exemplo, envolve conhecimento em

análise de investimento e retorno, de como

comprar e de quem comprar, entre outras

coisas.

Em outro exemplo, quem sabe elaborar

um descritivo técnico encontra campo para

trabalhar em órgãos públicos, na função de

escrever editais de licitação.

“Rotinas que envolvem manutenção,

preventiva, corretiva, calibração, ensaios

meteorológicos, suporte técnico, políticas de

descarte, de reuso de reaproveitamento. São

todas subáreas da engenharia clínica que

rendem uma infi nidade de possibilidades de

atuação”, diz More.

Quanto à remuneração, o início da carreira

é difícil. Mas apesar de ser uma área

ainda pouco explorada no Brasil, é comum

encontrar no mercado de trabalho gerentes

de departamento de engenharia clínica que

ganham na faixa de R$ 15 mil a R$ 20 mil

mensais.

Como é a atuação nessa área ainda pouco

conhecida até entre hospitais no Brasil?

Tem o lado bom que é o potencial de

crescimento muito grande. Mas também

tem essa coisa do desconhecimento,

principalmente de quem contrata, que

atravanca. No entanto, através das ações

fi scalizatórias dos conselhos de engenharia,

tem tudo para evoluir.

Como se deu a escolha pela profissão?

Não procurei a profi ssão, fui conduzido a

ela. Quando comecei a cursar Engenharia

de Produção Mecânica, minha ideia inicial


ENGENHARIAS

era trabalhar com mercado fi nanceiro. Os

bancos estavam contratando engenheiros.

Mas, coisas foram acontecendo e quando

percebi, estava dentro de um hospital, em

meio a um projeto de pesquisa, e acabei

me apaixonando pela área hospitalar da

engenharia e optei por seguir.

Trabalha onde atualmente?

Tenho uma empresa de consultoria, a Uaná.

Presto serviços em todo o Brasil. Já atuei em

projetos nacionais e internacionais, além de

dar suporte para hospitais.

O que você faz especificamente?

Atuo especificamente em toda parte de

planejamento, gestão e gerenciamento de

parque tecnológico de hospitais. Desde

o planejamento e seleção dos ativos, dos

equipamentos que vão ser comprados, toda

parte de recebimento, aceitação, testes,

manutenções.

Faço o acompanhamento completo dos

equipamentos. O que fazer, como usar

de forma segura. Atuo desde a decisão de

compra até o descarte.

O que é necessário para ser bem sucedido

na área?

É necessário estudar, estudar, estudar e

estudar mais um pouco. Manter-se atualizado

o tempo todo. Participar de feiras, congressos,

colocar efetivamente a mão na massa. Falo

que não basta conhecer tecnicamente. É

preciso saber como funciona, conhecer e

entender as variáveis dos processos, dos

projetos. É aliar muito conhecimento técnico

com muita vivência prática.

Qual a importância do profissional de

engenharia clínica para a sociedade?

Se eu tivesse de escolher outro nome para

a profi ssão de engenheiro clínico, seria

engenharia de segurança do paciente.

Hospitais e clínicas com serviços de

engenharia clínica estruturados garantem

que médico, operador e pacientes tenham

um equipamento seguro para usar. Não

adianta ter a melhor estrutura, os melhores

profi ssionais e equipamentos doentes.

As pessoas precisam ser examinadas por

equipamentos confi áveis, que entreguem o

melhor daquilo que foram projetados para

fazer. O engenheiro clínico é quem garante

que esses equipamentos não causem mal ao

paciente.

É tão importante quanto os profissionais

de saúde?

O engenheiro clínico é tão importante quanto

os profi ssionais habilitados e treinados

para fazer o diagnóstico do paciente. Afinal,

são as máquinas que dão suporte para o

diagnóstico.

Hoje em dia somos submetidos a cada vez

mais exames de todos os tipos e temos de

cobrar mais desses lugares sobre como

estão seus equipamentos.

A quinta geração da internet móvel (5G)

vai impactar na engenharia clínica de que

maneira?

Cada vez mais os equipamentos médicos

são dependentes da internet. Com o 5G vejo

campo aberto e cada vez maior relacionado

à telemedicina. Tratamentos e consultas à

distância e outras novas maneiras de praticar

medicina. Vamos poder ver simulações, por

exemplo. Chamo a atenção também para a

cirurgia robótica à distância.

Com certeza a engenharia clínica é uma área

que tem muito a evoluir com a nova internet.

11


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

MERCADÃO PASSA POR UPGRADE

Kedson Barbero, presidente do Comdephact, fala sobre a revitalização do prédio e

o trabalho de resgate do patrimônio histórico

Inaugurado em 19 de julho de 1944, o Mercado

Municipal de São José do Rio Preto – SP

passa por um processo de revitalização e

readequação. As obras começaram em março

e a previsão é de que sejam concluídas em

dezembro, ao custo de algo em torno de R$

4,3 milhões.

O prédio esteve fechado para o público entre os

dias 23 de março e 8 de abril, obedecendo ao

plano municipal para contenção do Covid-19.

Durante esse período as obras continuaram

e em ritmo mais acelerado, possibilitando a

manutenção da previsão inicial.

Criado para ser entreposto comercial de

atacado e varejo, o Mercadão dispõe de 1.688

metros quadrados e cerca de 100 instalações

comerciais, entre boxes e bancas, que mesmo

em meio à reforma continuam funcionando,

com restrições sanitárias devido à pandemia.

Patrimônio Histórico da cidade desde 2004,

a edifi cação traz estilo Art Decô, arquitetura

usual da época de sua construção e encontrada

também em outros prédios da área central.

Em 2007 o Mercadão consolidou-se como um

dos principais cartões postais de São José do

Rio Preto ao ser eleito pela população uma

das “Sete Maravilhas do Município”.

O projeto de reforma e revitalização foi

concebido pelas secretarias municipais

de Obras e de Planejamento. Já o projeto

executivo é de responsabilidade da Breza

Arquitetura.

Kedson Barbero, arquiteto e presidente do

Comdephact (Conselho Municipal de Defesa

do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e

Turístico), afi rma que o objetivo, com a obra, é

resgatar a função social do espaço, o estímulo

empreendedor dos permissionários e, de

quebra, valorizar a vocação turística de São

José do Rio Preto.

Ao lado da também arquiteta Rosely Seno,

Kedson presta assessoria técnica à reforma e

revitalização do prédio histórico.

12

“Não trato como reforma, mas sim como

revitalização. Estamos promovendo o resgate

da arquitetura Art Decô, acompanhada de

novas tecnologias”, diz Kedson. “O que está

sendo feito pode ser chamado ainda de Retrofi t,

que é quando se preserva as características

originais do edifício, adequando-o às normas

vigentes de segurança e conforto ambiental”,

explica.

Além de manter as características originais

do edifício, outro grande desafi o da

revitalização e adequação do Mercadão, de

acordo com Kedson, é tocar as obras com

o estabelecimento em pleno funcionamento.

“Existe a necessidade de manter o conforto

dos permissionários e dos clientes”.

Sobre o que o público pode esperar do “novo”


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Mercadão, Kedson afi rma que a atração será

uma espécie de oásis no centro de São José

do Rio Preto. “Será um importante fragmento

da revitalização de todo o Centro Histórico,

do resgate da identidade comercial da região

central.

O resgate do que Kedson chama de

“identidade comercial da região central” é

resultado do trabalho desenvolvido pelo

Comdephact, conselho municipal consultivo

que, desde os anos 1970, tem a função de

avaliar possibilidades de tombamentos pelo

Patrimônio Histórico de bens materiais e

imateriais da cidade.

Além de avaliar, outra atribuição do

Comdephact é fi scalizar os bens tombados.

“Carregamos a responsabilidade de ter de

cobrar o poder público e a sociedade civil

quanto à conservação desses bens tombados,

além de fornecer orientação técnica”, diz

Kedson.

Na presidência do conselho, Kedson tem

incentivado a pesquisa do Patrimônio

Histórico do município, por meio de parcerias

com faculdades de arquitetura da cidade.

Foi através desse trabalho conjunto que o

Comdephact viabilizou estudos para revitalizar

a estação ferroviária, do centro histórico, o

prédio que abriga a Secretaria de Cultura, a

Galeria Bassit, o Hospital Egas Muniz, entre

alguns outros.

Arquiteto e Urbanista desde 1999, quando

formou-se na hoje extinta Faculdade de

Arquitetura e Urbanismo Dom Pedro 2º, em

São José do Rio Preto, Kedson teve o nome

indicado à presidência do Comdephact em

2017, após o falecimento da então presidente

Denise Farina.

Integrante do Comdephact desde 2006,

quando foi indicado pela Sociedade

dos Engenheiros, atual Associação dos

Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São

José do Rio Preto – SP, Kedson representa

o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil) no

conselho. Seu mandato segue até julho de

2022.

A Revista da Sociedade conversou com

Kedson sobre a revitalização do Mercadão

e sobre o trabalho de resgate do patrimônio

histórico. Confi ra os principais trechos da

entrevista.

Formou-se onde? Tem especializações?

Quais?

Sou formado pela Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo Dom Pedro 2º, em São José do

Rio Preto, e tenho especializações em Gestão

Ambiental e Auditoria, Avaliações e Perícia de

Engenharia, essa última em andamento.

13


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

O que o levou a escolha da arquitetura

como profissão?

Eu era uma criança quando meus pais

perceberam minha aptidão para atuar na área.

Quando adolescente, trabalhei na marcenaria

da família. A partir daí fi z meus os primeiros

projetos, o que infl uenciou diretamente na

minha decisão de trabalhar com arquitetura e

urbanismo.

Quando chegou ao Comdephact?

Foi em 2006. Tive oportunidade de participar

como conselheiro por indicação da Sociedade

dos Engenheiros (hoje Associação dos

Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de

São José do Rio Preto). Desde então venho

participando ativamente.

Como funciona o Comdephact?

Nosso papel é avaliar as demandas de bens

materiais e imateriais, para que possam,

ou não, serem tombados pelo Patrimônio

Histórico.

Também somos órgão fi scalizador, com

responsabilidade de cobrar poder público

e sociedade civil sobre a conservação dos

bens tombados, além de fornecer orientação

técnica.

É importante entender que o Comdephact é

um conselho consultivo e não deliberativo.

Qual o papel do presidente do conselho?

Meu papel é incentivar a pesquisa do

Patrimônio Histórico do município. Para isso

foram fi rmadas parcerias com faculdades de

arquitetura da cidade, para as quais, aliás, dei

aulas de História da Arte e Arquitetura, com

conteúdo voltado à valorização do Patrimônio

Histórico.

Quais frutos foram colhidos dessas

parcerias?

Já conseguimos viabilizar vários estudos

importantes sobre as revitalizações da estação

ferroviária, do centro histórico, do edifício da

Secretaria de Cultura, da Galeria Bassit, do

Hospital Egas Muniz, entre outros. Creio que

essa iniciativa seja o diferencial desta gestão.

14


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Como chegou à presidência do

Comdephact? Fica até quando?

Participo ativamente do conselho desde

2006 e nesse período tive oportunidade

de aprender muito, inclusive auxiliando os

antigos presidentes em seus mandatos. Creio

que foi esse histórico que levou à indicação

do meu nome para presidência em 2017, para

substituir Denise Farina, que infelizmente

faleceu.

O mandato é de três anos, podendo ser

renovado por mais três anos, o que foi feito.

Portanto, fi co até julho de 2022 na presidência

do conselho, que é formado por representantes

da sociedade civil organizada e represento o

IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil).

O trabalho do Comdephact mantem algum

tipo de relação com órgãos estaduais e

federais de preservação do patrimônio

histórico?

Existem patrimônios na cidade que são

tombados pelas esferas estadual e federal.

A Swift, por exemplo, é tombada pelo

Departamento de Patrimônio Histórico da

Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Já a estação ferroviária passa pelo processo

de validação de tombamento no IPHAN

(Instituto do Patrimônio Histórico Nacional).

Nosso papel é auxiliar estes órgãos na

fi scalização dos bens, além de dar orientação

técnica aos proprietários desses imóveis

tombados.

Como avalia a cidade na questão da

preservação do patrimônio histórico?

Atualmente estamos auxiliando no processo

de revitalização do Mercadão, do Asilo de

Engenheiro Schmitt e das estações ferroviárias

de São José do Rio Preto e do distrito. Além

disso estamos sempre fi scalizando os bens

tombados e incentivando a preservação dos

bens que ainda não se encontram tombados.

Na linha frente desse trabalho, posso afi rmar

que, atualmente, São José do Rio Preto é

uma das cidades mais preocupadas com a

preservação e valorização do seu patrimônio

histórico, além do resgate de suas raízes.

Posso amparar minha afi rmação em exemplos

como as revitalizações do Calçadão, do

Mercadão, da Praça do Cruzeiro, do Cristo

Redentor da Vila Maceno. Além disso temos a

futura revitalização da estação ferroviária e o

Trem Caipira, o grande responsável por esse

trabalho de resgate.

15


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

O Mercadão foi construído quando?

O prédio é da década de 1940 e sua arquitetura

Art Decô é bastante emblemática. Pode ser

também identifi cada em outros prédios da

área central.

Desde então passou por quantas reformas?

Quando foi a última?

O prédio foi inaugurado no dia 19 de julho

de 1944. Desde então passou por duas

reformas. A última, de acordo com o que tenho

conhecimento, aconteceu no fi nal da década

de 1990.

A obra atual tem como objetivo resgatar a

função social, estimular o empreendedorismo

dos permissionários e valorizar a vocação

turística do município.

Quais os motivos para a reforma atual?

Não trataria como reforma neste momento,

mas como revitalização. Ou seja, o resgate

da arquitetura Art Decô, acompanhada

de novas tecnologias para valorização do

patrimônio histórico. A revitalização também

pode ser chamada de Retrofi t, que é quando

se preserva as características originais do

prédio, adequando-o às normas vigentes de

segurança e de preservação ambiental.

Concluindo a resposta, vários fatores motivaram

a intervenção atual, como: necessidade de

adequações do prédio; valorização da estima

dos comerciantes locais; valorização do centro

histórico da cidade; valorização do Mercadão

como marco turístico e cultural e símbolo do

desenvolvimento econômico do município.

O que será readequado?

Todo prédio todo passará por adequações

que visam melhorar a qualidade dos

serviços e a valorizar a arquitetura. Serão

feitas adequações nas partes de elétrica, de

hidráulica, de gases, de acessibilidade, nos

banheiros, no sistema de ar condicionado

central. Os pisos e revestimentos serão

substituídos e vão resgatar a identidade

16


PATRIMÔNIO HISTÓRICO

da década de 1940. Além disso tudo, serão

readequados todos os boxes de atendimento,

estacionamento e também haverá um deck

para alimentação.

Qual o principal desafio da obra do

Mercadão?

Além de manter as características originais

do edifício, é fazer toda a adequação com o

mercado em funcionamento, minimizando o

desconforto para permissionários e clientes.

Qual a previsão de término da reforma e

qual o custo?

As obras serão fi nalizadas no mês de dezembro

de 2020. O custo é de aproximadamente R$

4,3 milhões.

O que o público pode esperar do “novo”

Mercado Municipal?

Pode esperar uma espécie de oásis no

centro de São José do Rio Preto. Será um

dos importantes fragmentos da revitalização

de todo o centro histórico e de resgate da

identidade comercial da região central. Será,

sem dúvida, um dos pontos turísticos mais

visitados da cidade, disponibilizando muito

conforto aos seus usuários.

“O novo Mercadão será uma

espécie de oásis no centro de

São José do Rio Preto. Será um

dos importantes fragmentos da

revitalização de todo o centro

histórico e de resgate da

identidade comercial da região

central.”

17


COMUNICADO

ELEIÇÕES DO SISTEMA CONFEA/CREA TEM NOVA DATA

Devido à pandemia, parte do calendário eleitoral foi alterado; data limite para

quitação de débitos também foi prorrogada

Devido à pandemia, parte do calendário

eleitoral foi alterado; data-limite para

quitação de débitos também foi

prorrogada

Devido à pandemia do novo coronavírus, a CEF

(Comissão Eleitoral Federal) promoveu alterações

no calendário eleitoral do sistema Confea (Conselho

Federal de Engenharia e Agronomia) | Crea

(Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia)

e Mutua (Caixa de Assistência dos Profi ssionais do

Crea).

Antes programadas para 3 de junho, as eleições

foram transferidas para 15 de julho, a partir das 8h

até as 19h.

O documento com as mudanças, publicado no dia 7

de maio pelo Confea, traz ainda um novo prazo para

que profi ssionais quitem eventuais débitos e, assim,

fi quem aptos a votar. A data-limite foi estendida para

15 de junho.

Outra mudança é com relação à votação. Neste

ano terão de ser usadas cédulas de papel e a

apuração será manual. Com isso, a homologação

dos resultados também vai demorar mais.

Confi ra abaixo o texto na íntegra da deliberação da

CEF sobre as mudanças.

DELIBERAÇÃO CEF Nº 90/2020

A Comissão Eleitoral Federal (CEF), conforme

previsto no Regimento do Confea (Resolução nº

1.015, de 30 de junho de 2006), e de acordo com as

suas competências estabelecidas no Regulamento

Eleitoral para as eleições de presidentes do Confea

e dos Creas e de conselheiros federais (Resolução

nº 1.114, de 26 de abril de 2019), reunida nesta

data, e Considerando que neste exercício de 2020

ocorrerão Eleições Gerais do Sistema Confea/Crea

e Mútua, para os cargos de Presidentes do Confea

e dos Creas, Conselheiros Federais (BA, TO, MA,

PR e RS) e Diretores Gerais e Administrativos das

Caixas de Assistência dos Profi ssionais dos Creas,

cujo pleito ocorrerá em 3 de junho de 2020, conforme

Calendário Eleitoral aprovado pela Decisão Plenária

nº PL-1880/2019;

Considerando a Declaração de Emergência em

Saúde Pública de Importância Internacional pela

Organização Mundial da Saúde em 30 de janeiro

de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo

novo coronavírus (SARS-COV-2);

Considerando a Portaria nº 188/GM/MS, de 4 de

fevereiro de 2020, que Declara Emergência em

Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN),

em decorrência da Infecção Humana pelo novo

coronavírus (2019-nCoV);

Considerando a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro

de 2020, que dispõe sobre as medidas para

enfrentamento da emergência de saúde pública de

importância internacional decorrente do coronavírus

responsável pelo surto de 2019, e os Decretos nº

10.282, de 20 de março de 2020 e nº 10.288, de 22

de março de 2020, que a regulamentam;

Considerando o Decreto Legislativo nº 6, de 2020,

que reconhece a ocorrência do estado de calamidade

pública, nos termos da solicitação do Presidente da

República, e a Portaria nº 454, de 20 de março de

2020, do Ministério da Saúde, que declarou, em

todo o território nacional, o estado de transmissão

comunitária do coronavírus (Sars-Cov-2);

Considerando que a pandemia em decorrência da

Infecção Humana pelo novo coronavírus (Sars-

Cov-2) causa enorme impacto na sociedade

brasileira, cujos refl exos deletérios espraiam-se nos

campos social, político, geográfi co, econômico e

jurídico, visto que a crise e a insegurança social a

todos afeta;

Considerando as notas ofi ciais da CEF publicadas

nos dias 19/03, 24/03, 02/04 e 14/04 de 2020, no

sentido de informar a comunidade profi ssional

do Sistema Confea/Crea e Mútua, inclusive os

candidatos que disputam cargos eletivos, acerca dos

fatos relativos à pandemia do Coronavirus (Sars-

Cov2) e suas possíveis consequências ao processo

eleitoral em curso;

Considerando que o pleito eleitoral, previsto para

ocorrer em 3 de junho de 2020, atrai dezenas de

milhares de profi ssionais às mesas eleitorais em

todo o país para exercer o direito de voto nos seus

representantes, podendo causar aglomerações;

Considerando que as Mesas Eleitorais são

compostas por até 4 (quatro) mesários, a quem

compete, entre outras atribuições, receber os votos

18


COMUNICADO

dos eleitores, manter a ordem no recinto de votação

e apurar os votos, em caso de votação manual em

cédula de papel;

Considerando a necessidade de adoção de

medidas para a redução do potencial de contágio

da Sars-Cov-2 e para a preservação da saúde dos

profi ssionais registrados no Sistema Confea/Crea e

Mútua;

Considerando o Ofício nº 759/2020/CONFEA,

pelo qual a CEF solicitou às Comissões Eleitorais

Regionais documentos/informações a respeito de

decretos estaduais e municipais, em vigor, relativos

às medidas gerais e preventivas frente à pandemia

do Novo corona vírus (SARS-CoV-2) bem como a

situação atual da cessão das urnas eletrônicas junto

à Justiça Eleitoral;

Considerando as informações acerca de diversas

decisões que vêm sendo tomadas em âmbito

estadual e municipal em todo o país, com restrições

à locomoção de pessoas, inclusive com decretação

de lockdown em alguns locais;

Considerando a necessidade de preservar a

segurança e a saúde da comunidade profi ssional da

Engenharia, Agronomia e Geociências, bem como

de todos os colaboradores dos Creas envolvidos no

processo eleitoral 2020;

Considerando o Relatório Técnico subscrito por

diversos especialistas, publicado em 6/4/2020 e

atualizado em 8/4/2020, na Revista da Sociedade

Brasileira de Medicina Tropical, no qual se afi rma

que “embora o Brasil esteja tentando implementar

medidas para reduzir o número de casos, com

foco principalmente no distanciamento físico, é

esperado um aumento nos casos do SARS-COV-2

nos próximos meses. Vários modelos matemáticos

mostraram que o vírus estará potencialmente em

circulação até meados de setembro, com um pico

importante de casos em abril e maio” (disponível em

https://doi.org/10.1590/0037-8682-0167-2020);

Considerando o disposto no art. 19, IV, do

Regulamento Eleitoral, pelo qual compete à CEF

“atuar em âmbito nacional como órgão decisório,

deliberativo, disciplinador, coordenador, consultivo

e fi scalizador do processo eleitoral, podendo intervir

nas Comissões Eleitorais Regionais, a qualquer

tempo, de modo a assegurar a legitimidade e a

moralidade do processo eleitoral”;

Considerando o plano anual de trabalho da Comissão

Eleitoral Federal (CEF) para o exercício 2020,

aprovado pela Deliberação CEF nº 3/2020 (0295179)

e pela Decisão CD nº 25/2020 (0303235), no qual

“as metas da CEF 2020 consistem em promover

uma atuação institucional ética e imparcial, voltada

ao interesse público, com base nos princípios que

norteiam a Administração Pública, em especial o

da efi ciência, e na busca contínua da melhoria da

segurança dos procedimentos eleitorais”;

Considerando a Decisão Plenária nº PL-1880/2019,

que aprovou o Calendário Eleitoral, fi xando o dia

3 de junho de 2020 para as Eleições Gerais do

Sistema Confea/Crea 2020, na qual constou, como

uma das motivações do ato, as “eleições ofi ciais

no país, nos dias 4 e 25 de outubro, em primeiro e

segundo turnos, respectivamente, motivo pelo qual

a cessão de urnas e sistema de votação específi co,

por empréstimo, em eleições parametrizadas pela

Justiça Eleitoral deve ocorrer fora do período dos

120 (cento e vinte) dias anteriores e 30 (trinta)

dias posteriores à realização de eleições ofi ciais,

consoante disciplina a Resolução nº 22.685, de 13

de dezembro de 2007, do Tribunal Superior Eleitoral

(TSE)”;

Considerando, portanto, que qualquer alteração na

data das Eleições Gerais do Sistema Confea/Crea

2020 torna inviável a cessão de urnas eletrônicas e

sistema de votação específi co, por empréstimo, pela

Justiça Eleitoral;

Considerando que nas Eleições do Sistema Confea/

Crea e Mútua as urnas eleitorais sempre foram de

responsabilidade dos Creas;

Considerando o disposto no art. 54, do Regulamento

Eleitoral, pelo qual “a votação e a totalização dos

votos, a critério do Plenário do Confea, poderão ser

feitas: I - por urnas convencionais, mediante cédulas

19


COMUNICADO

ofi ciais e apuração manual; II - por urnas eletrônicas,

disponibilizadas pela Justiça Eleitoral; ou III - por

meio da rede mundial de computadores (internet)”;

Considerando o Calendário Eleitoral, aprovado pela

Decisão Plenária nº PL-1880/2019, no qual são

discriminadas todas as fases e prazos do processo

eleitoral, desde a data de divulgação do Edital de

Convocação das Eleições pela CEF, publicado

no Diário Oficial da União - DOU e disponibilizado

no sítio eletrônico do Confea, em 3 de fevereiro

de 2020, até a data de divulgação pela Comissão

Eleitoral Federal do edital contendo os resultados

homologados pelo Plenário do Confea das Eleições

2020, em 29 de junho de 2020;

Considerando que, nos termos do art. 27, do

Regulamento Eleitoral, são considerados inelegíveis

“os detentores de cargo, emprego ou função,

remunerada ou não, no Confea, no Crea ou na

Mútua que não se desincompatibilizarem em até

03 (três) meses antes da data da eleição” (VII) e

“os dirigentes, administradores, superintendentes,

presidentes ou membros de diretoria de entidades

de classe registradas e homologadas no Sistema

Confea/Crea que não se desincompatibilizarem em

até 03 (três) meses antes da data da eleição” (VIII);

Considerando o disposto nos artigos 39 e 40, do

Regulamento Eleitoral, pelos quais “a campanha

eleitoral tem como fi nalidade apresentar e debater

propostas e ideias relacionadas às fi nalidades e

aos interesses do Sistema Confea/Crea”, sendo

“permitida a partir do dia seguinte ao término do prazo

para registro de candidatura, conforme Calendário

Eleitoral”, ressaltando-se que “o candidato ou chapa

cujo registro esteja sob análise poderá efetuar

todos os atos relativos à campanha eleitoral, até o

julgamento pelo Plenário do Confea”;

Considerando que todos os registros de candidatura

apresentados para os cargos de Presidente de Crea,

Conselheiros Federais (BA, TO, MA, PR e RS) e

Di retores Gerais e Administrativos das Caixas de

Assistência dos Profi ssionais dos Creas já foram

julgados pelas Comissões Eleitorais Regionais

e Federal, em primeira e segunda instâncias

administrativas, respectivamente, encontrandose

pendentes de julgamento eventuais recursos

interpostos ao Plenário do Confea, de acordo com o

Calendário Eleitoral aprovado pela Decisão Plenária

nº PL-1880/2019;

Considerando que todos os registros de candidatura

apresentados para o cargo de Presidente do Confea

já foram julgados pela Comissão Eleitoral Federal e

não houve interposição de recursos ao Plenário do

Confea;

Considerando, portanto, que todos os atos praticados

até então no âmbito do processo eleitoral 2020 pelas

Comissões Eleitorais Regionais e Federal bem

como pelos Plenários dos Creas e do Confea são

juridicamente perfeitos, pois completaram o ciclo

necessário à sua formação, válidos, pois adequados

aos requisitos estabelecidos pela ordem jurídica

vigente, e efi cazes, pois emanam seus efeitos

próprios sem depender de qualquer condição (Lei de

Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB);

Considerando o art. 2º, da Lei nº 9.784, de 1999, pelo

qual “a Administração Pública obedecerá, dentre

outros, aos princípios da legalidade, fi nalidade,

motivação, razoabilidade, proporcionalidade,

moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança

jurídica, interesse público e efi ciência”;

Considerando que, nos termos do art. 3º, do

Regulamento Eleitoral, “o calendário eleitoral

será proposto pela CEF e aprovado pelo Plenário

do Confea”, de modo que qualquer alteração no

Calendário Eleitoral, inclusive no tocante à data da

eleição, deve ser aprovada pelo Plenário;

DELIBEROU:

Propor ao Plenário do Confea:

1 – Alterar a Decisão Plenária nº PL-1880/2019,

fi xando o dia 15 de julho de 2020 para as Eleições

Gerais do Sistema Confea|Crea 2020, e ajustando

o Calendário Eleitoral aprovado, conforme abaixo

especifi cado:

a) A data-limite para quitação de eventuais débitos

pelos profi ssionais para fi ns de ser considerado

eleitor, atualmente em 4 de maio, passa a ser em 15

de junho de 2020, mantidas as demais considerações

do referido item;

b) A data em que se realizará a votação, pelo voto

direto e secreto dos profi ssionais aptos a votar, com

início às 8h (oito horas) e término às 19h (dezenove

horas), atualmente em 3 de junho, passa a ser em 15

de julho de 2020, mantidas as demais considerações

do referido item;

c) A data-limite para as Comissões Eleitorais

Regionais encaminharem à CEF, por meio eletrônico,

o mapa geral de apuração e a ata fi nal da eleição,

atualmente em 8 de junho, passa a ser em 20 de

julho de 2020, mantidas as demais considerações do

referido item;

d) A data-limite para a Comissão Eleitoral Federal

consolidar os dados e informações, encaminhando

ao Plenário do Confea a proposta de homologação

dos resultados das Eleições 2020, atualmente em

23 de junho, passa a ser em 7 de agosto de 2020,

20


COMUNICADO

mantidas as demais considerações do referido item;

e) A data-limite para o Plenário do Confea homologar

os resultados das Eleições 2020, atualmente em 26

de junho, passa a ser em 14 de agosto de 2020,

mantidas as demais considerações do referido item;

e

f) A data de divulgação pela Comissão Eleitoral Federal

do edital contendo os resultados homologados pelo

Plenário do Confea das Eleições 2020, atualmente

em 29 de junho, passa a ser em 17 de agosto de

2020, mantidas as demais considerações do referido

item.

2 – Manter inalterados todos os demais itens e

subitens do Calendário Eleitoral aprovado

pela Decisão Plenária nº PL-1880/2019, inclusive

quanto à fase de recursos ao Plenário do Confea

dos julgamentos dos registros de candidatura no

âmbito do processo eleitoral 2020, bem como as

considerações, orientações e referências contidas

no Calendário Eleitoral que não sejam confl itantes

com a presente decisão.

3 – Declarar a efi cácia de todos os atos administrativos

até então praticados no âmbito do processo eleitoral

2020 pelas Comissões Eleitorais Regionais e Federal

bem como pelos Plenários dos Creas e do Confea.

4 – Declarar a efi cácia de todas as decisões acerca

dos julgamentos dos registros de candidatura no

âmbito do processo eleitoral 2020 realizados pelas

Comissões Eleitorais Regionais e Federal para

os cargos de Presidente de Crea, Conselheiros

Federais (BA, TO, MA, PR e RS) e Diretores Gerais

e Administrativos das Caixas de Assistência dos

Profi ssionais dos Creas e Presidente do Confea.

5 – Determinar que a votação e a totalização dos votos

deverão ser feitas por urnas convencionais, mediante

cédulas ofi ciais e apuração manual, cabendo às

Comissões Eleitorais Regionais a responsabilidade

por garantir a integridade das urnas, resguardando a

inviolabilidade de seu conteúdo.

6 – Orientar os Creas a providenciarem as urnas

convencionais, preferencialmente mediante

empréstimo de urnas de lona da Justiça Eleitoral, em

quantidade sufi ciente para atender todos os locais de

votação, considerando inclusive as urnas de voto em

separado e as urnas sobressalentes necessárias.

7 – Informar os(as) candidatos(as) e chapas

registradas no processo eleitoral 2020 que a

campanha eleitoral continua permitida a todos,

mesmo para aqueles com registro de candidatura

indeferido, mas ainda pendente de recurso

administrativo, desde o dia 7 de março até o dia da

eleição, 15 de julho de 2020, inclusive na internet,

de acordo com as disposições constantes do

Regulamento Eleitoral, com a recomendação de que

sejam observadas as orientações das autoridades

competentes quanto às medidas de proteção

para enfrentamento da emergência de saúde

pública de importância internacional decorrente do

coronavírus (SARS-COV-2), em especial evitandose

aglomerações.

8 – Estabelecer que as desincompatibilizações

efetivadas no prazo fi xado pelo Calendário

Eleitoral para concorrer nas Eleições 2020 serão

automaticamente prorrogadas, independente de

solicitação do(a) interessado(a), visando se adequar

à presente decisão, com a ressalva de que os

detentores de cargo, emprego ou função, remunerada

ou não, no Confea, no Crea ou na Mútua bem como

os dirigentes, administradores, superintendentes,

presidentes ou membros de diretoria de entidades

de classe registradas e homologadas no Sistema

Confea/Crea que optarem por retornar aos seus

respectivos cargos antes da data da eleição, 15 de

julho de 2020, poderão incorrer em inelegibilidade

superveniente.

9 – Determinar à Gerência de Comunicação que

promova ampla divulgação da presente decisão, em

todos os meios de comunicação institucionais do

Confea.

10 – Determinar às Comissões Eleitorais Regionais

que notifi quem, por e-mail, conforme o caso, todos

os(as) respectivos(as) candidatos(as) e chapas

registradas no processo eleitoral 2020 acerca da

presente decisão, inclusive seus procuradores, se

houver, prestando os esclarecimentos e orientações

a respeito, sempre que necessário.

11 – Esclarecer que, diante da complexidade e

imprevisibilidade do cenário crítico vivenciado em

todo o país, a Comissão Eleitoral Federal poderá

adotar novas deliberações acerca do processo

eleitoral 2020.

12 – Os casos omissos serão resolvidos pela

Comissão Eleitoral Federal, salvo aqueles de

exclusiva competência do Plenário do Confea.

21


ISOLAMENTO SOCIAL

Atividades para crianças em tempos de pandemia

Guia gratuito de professora da Ufscar traz ideias voltadas ao desenvolvimento

integral de crianças de 0 a 5 anos

A

pandemia de coronavírus (Covid-19)

tem levado governos de vários países

a exigir que as pessoas fiquem em

casa para evitar que o problema se agrave

ainda mais.

Lugares que acreditavam já ter passado

pelo pico de contágio da doença, como

Alemanha e China, resolveram afrouxar

as regras de isolamento social e dias

depois voltaram atrás, após registrarem

aumento considerável no número de novos

infectados.

Especialistas em infectologia acreditam

que, até que seja encontrada a vacina, a

humanidade terá de conviver por vários

meses entre períodos de quarentena e

de tentativas de retomada das atividades

econômicas e sociais.

Para tornar o isolamento social favorável

ao desenvolvimento físico, cognitivo e

emocional de bebês e crianças e também

saudável para a relação entre familiares e

fi lhos, por meio de atividades e brincadeiras

em casa, a Ufscar (Universidade Federal

de São Carlos) lançou o guia “Atividades

para familiares realizarem com os filhos em

casa”.

Elaborado por Mirela Figueiredo, docente

do DTO (Departamento de Terapia

Ocupacional) da UFSCar), em parceria

com Ana Luiza Alegretti, supervisora do

pós-doutoramento de Figueiredo realizado,

atualmente, na Universidade do Texas em

San Antonio (EUA), o material foi criado

a partir da recomendação de isolamento

social frente à pandemia e para que essa

condição de distanciamento possa ser

saudável para as famílias brasileiras.

“O isolamento é necessário, mas ele não

precisa ser de privação e sofrimento.

Podemos usufruir desse momento dentro

de nossas casas para autoanálise e para

transformar nossas formas de pensar e fazer.

O guia oferece sugestões de atividades que

os familiares podem realizar com os fi lhos

em casa sem ter um brinquedo ou recurso

específi co”, descreve Mirela.

Além de favorecer a continuidade da

estimulação e aprendizagem que as

crianças estavam recebendo na escola, as

práticas também visam o fortalecimento do

vínculo familiar e o entendimento sobre a

atual conjuntura, a partir de brincadeiras, da

alegria e do prazer.

O guia apresenta atividades indicadas

para diferentes faixas etárias, entre bebês

e crianças até 5 anos de idade. A docente

O isolamento é necessário,

mas ele não precisa ser de

privação e sofrimento.

22


ISOLAMENTO SOCIAL

da UFSCar destaca, por exemplo, a leitura

de livros infantis junto com os filhos. “Por

meio de histórias infantis é possível ensinar

e aprender uma infinidade de temas,

como regras, limites, sentimentos, perdas,

valores, crenças, entre outros, e estimular a

imaginação, o simbolismo e a criatividade”,

defende a docente da Ufscar.

Além da leitura, as histórias contidas

nos livros podem levar a práticas de

desenho, recortes, colagem e encenação,

favorecendo o desenvolvimento físico,

cognitivo e emocional.

Para crianças com idades entre 4 e 5

anos, a professora sugere a elaboração

de um calendário manual que ajuda na

orientação temporal e na organização da

rotina. Para bebês até um ano, ela indica

exercícios voltados ao desenvolvimento

neuropsicomotor. Um deles é colocar os

bebês acordados de barriga para baixo e

para cima, conforme detalhado no guia.

E se a difi culdade é segurar as crianças em

casa no período da quarentena, Figueiredo

recomenda que os pais devem explicar com

sinceridade, sensibilidade e criatividade

o que está acontecendo. “É claro que

as crianças têm uma capacidade de

compreensão diferente dos adolescentes,

adultos e idosos. Com criatividade,

sensibilidade e conhecendo as diferentes

reações dos fi lhos, os pais devem explicar

sobre a doença, sua gravidade e sobre como

se prevenir. Só com essas explicações é

que elas aceitarão permanecer em casa”,

conclui.

O material está disponível para download

gratuito no link https://bit.ly/3bsY1NY.

23


TRABALHO

Construção civil é decretada atividade essencial

Decreto presidencial inclui setor entre atividades que não podem parar

durante a pandemia de coronavírus no Brasil

24


TRABALHO

A

construção civil foi incluída no rol de

serviços e atividades essenciais durante

a pandemia do novo coronavírus no

Brasil. A decisão foi tomada por meio de decreto

presidencial, assinado no último dia 7.

O funcionamento do setor, no entanto, deve

obedecer às determinações do Ministério da

Saúde.

No entanto, importante lembrar que, no dia 15

de abril, o STF (Supremo Tribunal Federal)

reconheceu a autonomia de Estados e

municípios nas decisões que objetivam

desacelerar o ritmo de transmissão da

doença e, assim, evitar que o sistema de

saúde entre em colapso.

Mas, diferente de outras decisões do

gênero tomadas pelo governo federal, a que

incluiu a construção civil entre as atividades

essenciais no Brasil não deve enfrentar

contestações por parte da maioria dos

governadores e prefeitos.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, estados

de maior expressão para o setor no Brasil e

onde os governos têm adotado posição crítica

às decisões federais sobre a pandemia, os

canteiros de obras continuaram funcionando

sem maiores entraves.

Preocupação

Quem manifestou preocupação com

a inclusão da construção civil entre as

atividades essenciais foram auditores-fi scais

e procuradores do trabalho, que desde o

início da crise do coronavírus defendem a

paralisação de obras.

A alegação é de que medidas como o uso

de máscaras e disponibilização de álcool

gel não garantem a saúde da categoria, já

que o vírus é altamente contagioso, mesmo

em indivíduos sem sintomas, o que torna o

controle no ambiente trabalho extremamente

difícil.

Já o Sinduscon-SP (Sindicato da Construção

25


TRABALHO

Civil do Estado de São Paulo) argumenta

que é possível manter os canteiros de

obras em funcionamento, considerando

que a segurança do trabalho é algo muito

valorizado na construção civil e que a

introdução das exigências que a pandemia

trouxe foi facilmente incorporada pelo setor.

Atividade essencial

O argumento principal utilizado pelas

entidades patronais e pelos governadores

para manter a construção civil em

funcionamento é o de que o setor seria uma

atividade essencial.

No Estado de São Paulo, por exemplo, o

governador João Doria determinou que a

construção civil está no mesmo patamar de

atividades como segurança e serviços de

saúde.

Ao fazer o anúncio das atividades excluídas

da quarentena no estado, Doria afi rmou que

o funcionamento das indústrias, incluindo

a da construção civil, era possível pela

inexistência de um atendimento ao público.

Em São José do Rio Preto – SP, o decreto

municipal 18.571 reconhecendo o estado de

calamidade pública no município devido à

pandemia, assinado em 24 de março pelo

prefeito Edinho Araújo, já trazia a construção

civil entre as atividades que não seriam

paralisadas.

Para a Procuradoria do Trabalho, manter

os trabalhadores de canteiros de obras em

atividade viola o dispositivo constitucional

que garante a redução dos riscos inerentes

ao trabalho.

Estima-se que a construção civil seja

responsável no país por 2 milhões de

empregos com carteira assinada

Acordos para diminuir riscos

Diante do funcionamento das obras,

sindicatos de trabalhadores têm feito

acordos com as entidades empresariais

buscando diminuir os riscos nos canteiros.

O Sindicato dos Trabalhadores nas

Indústrias da Construção Civil de São Paulo

fez um acordo de diminuição dos riscos nos

canteiros com o Sinduscon-SP, entidade

que reúne as empresas de construção civil

no estado.

O acordo com o sindicato patronal prevê

uma série de medidas de higienização

e mudanças nas rotinas das obras. No

canteiro, os trabalhadores devem ter a

temperatura medida logo em sua entrada

para verifi car casos de febre.

As obras devem ter álcool em gel e

equipamentos de proteção como máscaras

disponíveis, e além disso os trabalhadores

devem ser separados durante as refeições

para diminuir o risco de contágio. Já as

jornadas de trabalho foram fl exibilizadas

para que os trabalhadores não peguem

transporte público em horários de pico.

Segundo o sindicato dos trabalhadores, as

empresas têm cumprido o acordo em cerca

de 80% dos casos, e o sindicato tem mantido

um diálogo constante com o Sinduscon

buscando aprimorar os procedimentos. O

sindicato patronal informa que, até agora, a

iniciativa foi bem sucedida.

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