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Seguro Nova Digital - 10ª edição

Exaustivamente é repetida a frase: se puder, fique em casa. A suposição “se” serve para alguns poucos. Outros muitos correm riscos necessários. O ônibus lotado até o teto é apenas um dos problemas enfrentados pela população de baixa renda. O que dizer dos hospitais, polos de contaminação da covid-19? Seria menos pior se a única doença mundial neste momento fosse a pandemia. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, neste ano 270 mil pessoas morreram por complicações cardiovasculares. Milhares de casos de câncer são descobertos diariamente no país, isso sem contar outras complicações de saúde que todos os anos batem recorde. Hoje, o medo está em ter que ir ao hospital. O problema não está em ir, mas sim em ter que ficar. É por isso que a Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada grande remédio para combater o já grande número de contágios. Muito antes debatida pela ANS para combater os desperdícios na saúde suplementar, a Atenção Primária à Saíde (APS) ganhou um novo propósito: de garantir um atendimento de qualidade, sem ter que ir ao hospital. Consultórios com bem menos gente e até atendimento por videochamadas são características desse meio que inibem à exposição. A 10ª edição desta revista se dedica a relatar grandes mudanças do mercado segurador para combater o coronavírus. Todos os entrevistados contribuíram para trazer a melhor informação a corretores, seguradores, resseguradores, segurados e outros milhares de profissionais que contribuem para o desenvolvimento do setor. Boa leitura! 

Exaustivamente é repetida a frase: se puder, fique em casa. A suposição “se” serve para alguns poucos. Outros muitos correm riscos necessários. O ônibus lotado até o teto é apenas um dos problemas enfrentados pela população de baixa renda. O que dizer dos hospitais, polos de contaminação da covid-19? Seria menos pior se a única doença mundial neste momento fosse a pandemia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, neste ano 270 mil pessoas morreram por complicações cardiovasculares. Milhares de casos de câncer são descobertos diariamente no país, isso sem contar outras complicações de saúde que todos os anos batem recorde. Hoje, o medo está em ter que ir ao hospital. O problema não está em ir, mas sim em ter que ficar. É por isso que a
Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada grande remédio para combater o já grande número de contágios.

Muito antes debatida pela ANS para combater os desperdícios na saúde suplementar, a Atenção Primária à Saíde (APS) ganhou um novo propósito: de garantir um atendimento de qualidade, sem ter que ir ao hospital.
Consultórios com bem menos gente e até atendimento por videochamadas são características desse meio que inibem à exposição.

A 10ª edição desta revista se dedica a relatar grandes mudanças do mercado segurador para combater o coronavírus. Todos os entrevistados contribuíram para trazer a melhor informação a corretores, seguradores, resseguradores, segurados e outros milhares de profissionais que contribuem para o desenvolvimento do setor.

Boa leitura! 

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N O V A D I G I T A L

E G U R O

S

10ª EDIÇÃO

AGO/2020

SEGURO

RURAL

ATINGE PATAMAR HISTÓRICO

Novo CEO da Berkley Brasil Seguros conta

os próximos passos da companhia

Home office aumenta exposição virtual das empresas

App da Caixa planeja vender seguros



S E R G I O V I T O R

Jornalista

svitor@seguronovadigital.com.br

MTB 89.595

F E R N A N D A D E O .

E O L I V E I R A

Relações Públicas

foliveira@seguronovadigital.com.br

B E A T R I Z C H A V E S

Designer

beatrizchavesreis@gmail.com

SERIA MENOS PIOR SE A

ÚNICA DOENÇA MUNDIAL

FOSSE A PANDEMIA

Exaustivamente é repetida a frase: se puder, fique em

casa. A suposição “se” serve para alguns poucos. Outros

muitos correm riscos necessários. O ônibus lotado até o

teto é apenas um dos problemas enfrentados pela

população de baixa renda. O que dizer dos hospitais, polos

de contaminação da covid-19? Seria menos pior se a única

doença mundial neste momento fosse a pandemia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, neste ano

270 mil pessoas morreram por complicações

cardiovasculares. Milhares de casos de câncer são

descobertos diariamente no país, isso sem contar outras

complicações de saúde que todos os anos batem recorde.

Hoje, o medo está em ter que ir ao hospital. O problema

não está em ir, mas sim em ter que ficar. É por isso que a

Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada grande

remédio para combater o já grande número de contágios.

Muito antes debatida pela ANS para combater os

desperdícios na saúde suplementar, a Atenção Primária à

Saíde (APS) ganhou um novo propósito: de garantir um

atendimento de qualidade, sem ter que ir ao hospital.

Consultórios com bem menos gente e até atendimento por

videochamadas são características desse meio que inibem

à exposição.

E G U R O

S

N O V A D I G I T A L

A R E V I S T A O N L I N E D O M E R C A D O D E S E G U R O S

Telefones: (11) 99586-0545 / (11) 95116-0272

Email: contato@seguronovadigital.com.br

Website: http://seguronovadigital.com.br/

Dica:

Leitor, os títulos em azul e imagens

com este ícone

acesso a hiperlinks.

possuem

A 10ª edição desta revista se dedica a relatar grandes

mudanças do mercado segurador para combater o

coronavírus. Todos os entrevistados contribuíram para

trazer a melhor informação a corretores, seguradores,

resseguradores, segurados e outros milhares de

profissionais que contribuem para o desenvolvimento do

setor.

Boa leitura!

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E N T R E V I S T A

10

E X C L U S I V A C O M

L U C I A N O C A L H E I R O S ,

N O V O C E O D A B E R K L E Y

B R A S I L

S E G U R O S

C Y B E R

14

H O M E

O F F I C E A U M E N T A

E X P O S I Ç Ã O V I R T U A L D A S

E M P R E S A S

M O V I M E N T A Ç Õ E S

30

A S T R O C A S D E C A R G O S

E D E C O M P A N H I A S D O S

P R O F I S S I O N A I S D E

S E G U R O S

E V E N T O

12

K U A N T T A C O N S U L T O R I A

P R O M O V E M E G A E V E N T O

O N L I N E

C A P A

18

S E G U R O A G R O

A T I N G E P A T A M A R

H I S T Ó R I C O

I N O V A Ç Ã O

32

S E G U R A D O R A

P R E G A C A U T E L A C O M

O S E G U R O A U T O P A Y

P E R U S E


cenário

BERKLEY BRASIL SEGUROS REGISTRA CRESCI-

MENTO DE 40% NAS VENDAS DE SEGURO AMBI-

ENTAL

A Berkley Brasil Seguros,

membro de um dos maiores

grupos seguradores dos

Estados Unidos, anuncia a

emissão de mais de R$ 1

milhão em prêmio emitido neste

ano. Klaus Barretta, diretor de

Liability da Berkley Brasil

Seguros, comenta: “Somos

uma seguradora especializada

neste segmento, usamos toda

a nossa expertise nacional e regional de subscrição com mais de 21 anos de

experiência em riscos ambientais. Como sabemos, o tema sustentabilidade e

preocupação com o meio ambiente deixou de ser uma tendência há muito tempo e

tornou-se uma obrigação das empresas e dos cidadãos com a sociedade”.

VENDAS

SEGFY ESTENDE SEU

LEQUE DE SERVIÇOS E

AJUDA CORRETORES

A AMPLIAR SUAS

VENDAS

Se reinventar no mercado é uma tendência para

as empresas, mas fazer isso mantendo ao seu

lado seus clientes é a grande dificuldade neste

processo. O processo demanda mudanças e

novas estratégias de dentro para fora e é

necessário se estruturar para que essa mudança

ocorra naturalmente e sem efeitos colaterais aos

clientes.

Um grande exemplo de sucesso deste

processo, é a Segfy. A startup curitibana vem se

desgarrando da imagem de ser apenas um

software de gestão e multicálculo para se tornar

um braço direito do corretor de seguros. São

diversas estratégias internas traçadas pela

empresa, para que a mudança fosse sentida

positivamente pelos clientes.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 5


cenário

PASI REALIZA PESQUISA INÉDITA PARA AVALIAR BEM

ESTAR DE COLABORADORES EM MEIO À PANDEMIA

@SEGUROPASI

O PASI, Primeiro Seguro Popular do Brasil,

realizou entre seus colaboradores uma pesquisa

inédita para entender como eles

estavam lidando com os desdobramentos do

Home Office. As perguntas foram feitas a

funcionários de diversos setores da

companhia. O objetivo era entender como

estava o clima da equipe, se o mesmo

engajamento e energia eram mantidos após

alguns meses de trabalho remoto.

“Queríamos compreender como estava

funcionando o engajamento das lideranças

junto às suas equipes e poder ouvir a atuar

junto aos nossos colaboradores neste

momento de tantas incertezas”, explica

Fabíola Oliveira, Gerente Administrativo e

Pessoal do PASI.

ARGO SEGUROS ESTIMA

CRESCIMENTO EXPONENCIAL

EM PROTEÇÃO PARA BICICLETAS

Maior seguradora de bicicleta do

Brasil projeta crescimento de até

40% nas vendas. "Por sermos

especializados nesse segmento,

conseguimos formatar novos

produtos, como o Bike Mulher, que

foi especialmente criado para as

ciclistas, além dos acordos com os

fabricantes e lojas de bicicleta, por

exemplo", conta Vanessa Oliveira,

Head de Consumer Lines da Argo

Seguros.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 6


AXA AMPLIA ACEITAÇÃO DE RISCO DO CONDOMÍNIO

FLEX

A AXA no Brasil anuncia melhorias na

aceitação de risco do produto Condomínio

Flex. A partir de agora, os condomínios

podem contratar o Seguro enquanto ainda

não têm CNPJ. No primeiro ano de

contratação, basta que tenham ATA

registrada em cartório para poder contar

com a proteção, até que obtenham todos os

documentos.

“Foi uma construção conjunta da AXA

com os corretores. Nossos parceiros vieram

até nós indicando a necessidade de ampliar

essa aceitação, que garante uma oferta

mais competitiva para o corretor e traz mais

valor para o cliente. De fato, este é um

ótimo benefício para que os condomínios

contem com o seguro e a proteção da AXA

enquanto organizam toda a situação

documental” afirma Clóvis Silva,

superintendente de Massificados da AXA no

Brasil.

COFACE AMPLIA

PORTFÓLIO DE SERVIÇOS

A Coface, seguradora de crédito

francesa, está oferecendo novos

serviços ao mercado, por meio da

Coface Serviços. Em um momento de

turbulência econômica, no qual muitas

empresas estão receosas de fazerem

novos negócios, a Coface disponibiliza

opções que pode ajudar muito na

tomada de decisões. “Nosso propósito é

agregar valor aos nossos clientes”,

afirma a CEO da Coface no

Brasil, Marcele Lemos.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 7


cenário

TOKIO MARINE

ALCANÇA A MARCA

DE 2 MILHÕES DE

VEÍCULOS SEGU-

RADOS NO BRASIL

Graças a um amplo portfólio de

produtos e oportunidades flexíveis de

venda para uma base de mais de 30

mil Corretores, a Tokio Marine acaba

de se consolidar como a Seguradora

com a terceira maior frota protegida do

mercado, o equivalente a 2 milhões de

veículos. A Companhia passou de 1

milhão para 2 milhões de veículos

segurados em seis anos e continua

imprimindo um ótimo ritmo de

crescimento à carteira de automóveis

em 2020, mesmo com a pandemia.

“Esse número cresceu 10% em

2019 e vem mantendo o ritmo mesmo

diante da recessão que o mundo

experimenta esse ano, com 7% de au-

mento até julho. Verificamos um

aumento de 100 mil novos veículos

segurados durante a quarentena e

avaliamos que esse movimento é

resultado de uma sólida estratégia de

investimento na carteira”, afirma

Marcelo Goldman, Diretor Executivo

de Produtos Massificados da Tokio

Marine.

GBOEX ANUNCIA NOVO CALENDÁRIO DE SORTEIOS

DA PROMOÇÃO MENSALIDADE PREMIADA

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) influenciou também no adiamento dos

sorteios das extrações da Loteria Federal. Por isso, o GBOEX – Previdência e Seguro de

Pessoas alterou o calendário da Promoção Mensalidade Premiada, que retorna com

premiações em setembro.

A edição deste ano, da promoção, iniciou-se em março, com novo formato. Todos os

meses, três associados da empresa são contemplados com um cartão-presente no valor

de R$ 1.500,00. As novas datas estão disponíveis para consulta no regulamento, no site

do GBOEX, em Portal do Associado.

A promoção é planejada exclusivamente para os clientes dos planos individuais de

pecúlio. Até 31 de dezembro, ainda é possível se inscrever.

Mais Informações: 0800.541.2483

Certificado de autorização SECAP nº 01.007338/2020.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 8



NOVO CEO DA BERKLEY BRASIL SEGUROS

PROMETE RELACIONAMENTO ESTREITO COM

OS CORRETORES

entrevista

Luciano Calheiros aposta na capacitação dos parceiros de vendas para

tornar a sociedade mais atraída pela indústria de seguros

Sergio Vitor Guerra

A Berkley Brasil Seguros, membro um dos

maiores grupos seguradores dos Estados

Unidos anunciou recentemente a chegada

de Luciano Calheiros como CEO da

operação da companhia no Brasil. O

executivo, que possui 25 anos de

experiência no mercado, definiu duas

metas iniciais: planejar o retorno gradual

dos colaboradores ao escritório e definir

estratégias para facilitar o cotidiano dos

corretores de seguros.

Em sua primeira entrevista após chegar

à companhia, o executivo também avaliou

as ações da Susep que buscam flexibilizar

o funcionalismo do mercado segurador,

tornando-o transparente e mais acessível.

SEGURO NOVA DIGITAL - NESTE

PERÍODO DE PANDEMIA, A BERKLEY

BRASIL SEGUROS SEGUIU ATENDENDO

ÀS EXPECTATIVAS DO MERCADO COM

SEUS LANÇAMENTOS DE PRODUTOS.

COMO VOCÊ PRETENDE DAR

CONTINUIDADE A ESSAS

MOVIMENTAÇÕES?

Luciano Calheiros CEO da Berkley Brasil Seguros

Luciano Calheiros – Sempre acompanhei

a Berkley. É uma seguradora que atingiu

um patamar importante no mercado

global. Por isso, pretendo permanecer,

junto com a equipe, diversificando

produtos. Daremos continuidade a

proteções que tenham aderência à nova

realidade de mundo, entendendo as

mudanças do consumidor para

disponibilizar seguros apropriados.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 0


SND – QUAIS SÃO AS PRIMEIRAS

ESTRATÉGIAS QUE SERÃO ADOTADAS

PARA ENCARAR ESTE

MOMENTO CONTURBADO?

LC – Estão definidos dois pilares estratégicos.

Atualmente, toda a equipe opera de maneira

remota e mantém bons números. Porém, o ser

humano é social por natureza, e a Berkley,

prezando por isso, seguirá recomendações do

Governo de São Paulo e do Ministério da

Saúde para voltar gradualmente e com

segurança ao escritório. O segundo pilar é

definir operações mais eficientes a fim de

oferecer soluções que facilitem o cotidiano

dos corretores de seguros e,

consequentemente, promover proteções mais

acessíveis para os clientes.

SND – EM TEMPOS DIGITAIS, QUAL É O

NÍVEL DE RELEVÂNCIA DO ATENDIMENTO

HUMANIZADO?

LC – O papel consultivo de um corretor muda

tudo. Cada vez mais esse profissional se

transforma em especialista. Isso faz toda a

diferença, pois permite o desenvolvimento de

outras carteiras com base nas necessidades

do consumidor atual.

SND – NO SEU PONTO DE VISTA, O TEMA

‘SEGUROS’ AINDA É UM TABU NO BRASIL?

“A PENETRAÇÃO DE SEGUROS

JÁ EXISTE EM ALGUNS POUCOS

SEGMENTOS, MAS AINDA

SND – A BERKLEY É UMA SEGURADORA

ESPECIALISTA E VEM AMPLIANDO SUA

ATUAÇÃO EM SEGURO DE EVENTOS.

COMO VOCÊ ENXERGA O POTENCIAL

DESSA CARTEIRA?

LC – A companhia tem um grande viés de

inovação. Com certeza, o Seguro de Eventos

tem potencial no mercado e possibilita que o

corretor aumente suas oportunidades de

venda. A Berkley tem a característica de ouvir

seus parceiros. Muitos produtos vieram da

demanda dos profissionais. Mesmo assim,

queremos continuar crescendo nos seguros

que somos especialistas: Transporte, Seguro

Garantia e Responsabilidades em geral.

SND - QUAL SERÁ O NÍVEL DE

IMPORTÂNCIA QUE A SUA GESTÃO DARÁ

PARA OS CORRETORES DE SEGUROS?

LC – Eles (corretores) são nosso principal

canal de distribuição. Desta forma,

oferecemos capacitação em meio a um

ambiente competitivo. Sempre buscamos

simplificar o trabalho dos profissionais com o

intuito de melhor prepará-lo para iniciar suas

vendas, identificando, inclusive, nichos ainda

pouco explorados.

SND – O QUE DEVE SER FEITO, ENTÃO,

PARA MUDAR ESSA CULTURA?

PRECISA AVANÇAR MUITO”.

LC – Um dos principais pontos é trazer maior

flexibilidade nas leis do mercado. Ressalto o

trabalho que a Susep vem fazendo nos

últimos anos, passando por uma

reorganização. A nova gestão, inclusive, tem o

olhar de popularizar a contratação de seguros.

Essa inovação deve passar em todos os

aspectos. O esforço para dar transparência ao

mercado é essencial para acabar com

qualquer tipo de má impressão que o

consumidor tenha com a indústria. O mercado

de seguros oferece um retorno financeiro

muito grande à sociedade.

SND - COM O CRESCIMENTO NO NÚMERO

DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS É

POSSÍVEL DESENVOLVER PRODUTOS

ESPECIAIS PARA ESSE PÚBLICO?

LC – Para criar proteções especificamente

para esse público é necessário que o corretor

ouça as dores dos seus clientes. A partir

disso, os produtos serão desenhados para o

perfil de cada empresa, desenvolvendo

soluções com base nas dificul-dades da

pequena e da média empresa.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 1


evento

RELACIONAMENTO COM CONSUMIDOR PÓS-COVID FOI

TEMA DE DEBATE NO WORKSHOP DA KUANTTA

4ª edição do Corretor do Futuro reuniu especialistas do mercado segurador

em gigante evento virtual

A Kuantta Consultoria promoveu nos dias

25 e 27 de agosto o 4º Workshop Corretor

do Futuro. O evento totalmente online

reuniu players do setor para debaterem

em torno do tema “Transformações do

Mercado de Seguros Pós Covid”. No

painel destinado ao relacionamento com o

cliente, o entrevistado Julio Pauzeiro,

Business & Adviser da Meta Brasil,

destrinchou os principais motivos para o

corretor de seguros se adaptar às novas

formas de atendimento.

O executivo, que tem 30 anos de

experiência no mercado, fez um alerta aos

corretores sobre sua participação na vida

dos segurados enquanto a apólice estiver

vigente. “O mercado segurador é

altamente relacional. Por isso, o

profissional engajado que mantém seu

relacionamento ativo com o cliente

certamente será bem-sucedido. Não dá

para abandonar sua carteira por achar

que sem o contato físico o inibirá de ter

um relacionamento próximo do

consumidor”.

Devido ao avanço do atendimento

digital, as reuniões e consultas

presenciais diminuíram significativamente

nos últimos anos. Entretanto, Pauzeiro

considera que é preciso unir a tecnologia

com a humanização de modo a entregar a

melhor experiência ao consumidor. É

necessário, então, entender como

trabalhar os dois. As seguradoras também

apresentam soluções digitais de relacionamento,

que auxiliam o cotidiano dos

parceiros de vendas. Nesse sentido, o

executivo relatou que nem todas as

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 2


Julio Pauzeiro, Business & Adviser da Meta Brasil

companhias estão preparadas para

esse equilíbrio.

A Meta Brasil atua há 15 anos

no mercado segurador desenvolvendo

soluções de comunicação

digital para seguradoras e

corretoras. Com o avanço da covid-

19 no país, a companhia mostrouse

preparada. “Quando a pandemia

chegou, já tínhamos muitas

ferramentas na nossa operação.

Atualmente, são 42 clientes, sendo

que alguns deles vieram neste

momento tão complicado”,

destacou o executivo.

FLEXIBILIZAÇÃO DA SUSEP

Sobre as mudanças promovidas pela atual gestão da autarquia, o executivo entende que falta

ouvir mais a categoria, estabelecendo uma conexão mais próximas com os corretores de

seguros. “Qualquer relação pouco democrática é prejudicial. Faltou diálogo da Susep e o

mercado perde com essa distância”, observou o executivo. “Nesse tempo”, continua, “a

autarquia cometeu certas heresias como dizer que o consumidor paga 59% de comissão em

certos seguros”.

Pauzeiro se refere ao caso em que a autarquia federal disse, em entrevista ao Valor, que a

taxa de corretagem chega a 59% com o seguro garantia. O caso serviu de justificativa para que

a Susep implementasse a Resolução 382/20, que passou a valer a partir de 1º de junho sob

medida educativa. Um dos pontos polêmicos é expor o montante da comissão dos corretores

antes de formalizar o acordo com o segurado.

4º WORKSHOP CORRETOR DO FUTURO

O evento contou com um formato inédito, reunindo jornalistas da imprensa especializada, que

entrevistaram grandes profissionais do setor. Arley Boullosa, CEO da Kuantta Consultoria,

explicou a importância de compartilhar conhecimentos para auxiliar os corretores a caminhar

com seus negócios. “O evento não aconteceria em 2020 devido à pandemia, mas muitos

corretores e pessoas próximas insistiram para que fizéssemos online e acabei sendo

convencido a fazer, apesar de achar que o corretor está sendo bombardeado demais com lives

e está ficando repetitivo e cansativo. Por outro lado, a Kuantta tem um jeito diferente de fazer as

coisas e acredito que possa agregar, se fizermos com as pessoas certas e no modelo

adequado”.

Boullosa acredita que é muito importante o corretor ter acesso a conteúdos que sejam

relevantes e possam ajudar em um momento tão crítico. “Temos muita gente boa no mercado

que pode contribuir com suas experiências e boas práticas”.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 3


destaque

HOME OFFICE EXPÕE O

RISCO A OPERAÇÕES

Sergio Vitor Guerra

DAS EMPRESAS

Com equipamentos domésticos, colaboradores

estão expostos a ataque

hacker, e seguro cibernético torna-se

ferramenta importante nessa ocasião

A preocupação das empresas na proteção

dos dados tem aumentando perante ao

risco eminente de se tornarem vítimas de

crimes virtuais. O motivo surgiu devido à

disseminação da covid-19 no país que

resultou na necessidade do isolamento

social. Em suas residências, os colaboradores

acessam a interface das

companhias por meio de dispositivos

vulneráveis a ações dos hackers,

causando prejuízo financeiro e moral às

organizações.

O reflexo disso foi a intensificação da

procura pelo seguro cibernético durante

esta pandemia. A proteção tem como

premissa garantir a cobertura para

despesas decorrentes de violação de

privacidade e de confidencialidade. “O

home office foi uma atividade essencial

por conta do atual momento. Desse modo,

o seguro cyber é fundamental para as

corporações que contam com seus

colaboradores trabalhando de casa”,

explica Fernando Vieira, Gestor da Vieira

Corretora de Seguros.

Assim como ocorre em outros eventos

importantes para a história mundial, os

criminosos aproveitam os temas atuais

para ludibriar os usuários. A Organização

Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre as

mensagens de e-mail suspeitas, que

tentam tirar proveito da emergência da

covid-19. Segundo pesquisa exclusiva da

Fortinet, empresa norte-americana que

desenvolve e comercializa software,

produtos e serviços de cibersegurança, o

Brasil sofreu 2,6 bilhões de tentativas de

Fernando Vieira, Gestor da Vieira

Corretora de Seguros


destaque

ataques cibernéticos de janeiro a junho

deste ano. De acordo com a companhia,

as ações se intensificaram no último

trimestre com a chamada “Força Bruta”,

que são as tentativas sistemáticas de

adivinhar uma credencial enviando

diferentes nomes de usuário e senhas

para acessar um sistema.

Vieira observa que o controle da

segurança das operações à distância é

ainda mais importante. “Todo o controle

de gestão de software se tornou essencial,

porque aumentou os riscos de ataques em

grande escala”. A Viera Corretora de

Seguros dispõe de um atendimento

especializado nesse nicho. “Estamos ao

dispor dos nossos segurados e até mesmo

das empresas que possuem interesse em

obter mais detalhes sobre a modalidade

de seguro”, destaca o executivo.

Dados recentes da CNseg mostraram

que o seguro Compreensivo Riscos

Cibernéticos registrou aumento de 148,7%

em sua arrecadação na comparação de

junho deste ano e o mesmo período de

2019. Desse modo, o resultado de 2020

para o produto é mais que o dobro

daquele observado no primeiro semestre

do ano passado.

esse novo cenário. “Muitas tiveram que se

adaptar, estabelecer diretrizes. Quando

estamos no escritório temos uma rede

segura e profissionais de segurança da

informação que oferecem todo o respaldo

necessário, o que pode não acontecer no

trabalho remoto”.

O fato de alguns profissionais

trabalharem com computadores pessoais

traz uma exposição maior e aumenta

ainda mais os riscos de ataques virtuais.

“Quando os funcionários usam o mesmo

dispositivo para trabalhar e se comunicar

com o mundo externo, há uma exposição

dos dados corporativos”, salientou o

especialista. A exposição ficou maior nos

últimos anos após milhares de as

organizações adotarem o modelo home

office integral aos seus colaboradores.

“Grande parte das empresas operam

100% remotamente. É uma realidade

atual. Os riscos cibernéticos já vinham

aumentando muito e, agora, essa

realidade só piora”, analisou.

DESPREPARO É FATAL

A AIG Seguros, pioneira nesse nicho de

proteção no Brasil, observou aumento

exponencial na procura por esse seguro

na companhia. A ENS abordou, numa

recente live conduzida pela diretora de

Ensino Técnico da Escola, Maria Helena

Monteiro, o tema com o head de Financial

Lines pela AIG, Flávio Sá. O especialista

explicou que parte das empresas não

estava totalmente preparada para encarar

Flávio Sá, da AIG

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 5


O aprimoramento de proteções

combatentes a ataques virtuais é

responsável por livrar todos os anos

milhões de empresas da falência. Mesmo

assim, a vulnerabilidade dos sistemas

empresarias ainda preocupa. O CEO da

Pentagonal Seguros, Bernard Biolchini,

esclarece que “mesmo as empresas e as

pessoas estando sempre alerta ninguém

está livre de um ataque”.

Biolchini explica, ainda, que esse tipo

de seguro passa pelo desafio da

dificuldade de produção de uma tipologia

previsível dos riscos existentes.

“Seguradoras e clientes estão sujeitos à

criatividade dos perpetradores de

malwares, ransomwares, spywares, dentre

outras expressões que cada vez mais

comumente entram no vocabulário desse

universo”.

“NINGUÉM ESTÁ LIVRE

DE UM ATAQUE”

Bernard Biolchini, CEO da Pentagonal Seguros

CORRETOR CAPACITADO

Mesmo na pandemia, a AIG busca

capacitar os corretores de seguros por

meio dos seus treinamentos semanais na

plataforma AIG LAB. O relacionamento

com os profissionais neste momento é

importante, inclusive, para a distribuição

do seguro cibernético no país. Desde

março, foram registrados mais de 15 mil

acessos de corretores parceiros. A

tendência é capacitar mais profissionais do

que no ano passado, quando cerca de

1.500 foram impactados com os

treinamentos presenciais.

“O que estamos encontrando cada vez

mais é uma junção das habilidades das

pessoas que buscam uma qualificação

técnica também em segurança

cibernética. Então, vemos o profissional

de gerenciamento de risco buscando

entender de gerenciamento de crise”,

destacou Flávio Sá.

Esse mercado está em crescimento e

oferece oportunidades aos corretores de

seguros. Para ser competitivo é preciso

estar capacitado e dominar o assunto,

que a cada época fica mais complexo

devido à inteligência e os aparatos

técnicos dos criminosos.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 6


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Buscamos parceiros com foco no crescimento

qualitativo e quantitativo, para competir em um

mercado dominado por corretoras nacionais e

internacionais de grande porte.

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21 3861-0909


SEGURO RURAL PROSPERA

EM MEIO À PANDEMIA

PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA DO SETOR E INVESTIMENTO FEDERAL

CARTEIRA SUBIR 25,2% NO PRIMEIRO SEMESTRE

FIZERAM

Sergio Vitor Guerra

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 8


capa

ais um nicho do mercado de

seguros é visto carinhosamente

pelos corretores. MO agronegócio, importante pilar de

sustentação da economia brasileira, ganha

notoriedade dentro do segmento segurador.

O avanço da covid-19 no país diminuiu o

poder de compra dos trabalhadores rurais,

que precisaram manter seus equipamentos

funcionando com o intuito de cultivar e

extrair alimentos.

"A proteção aos equipamentos agrícolas

suporta muito o produtor em caso de

imprevistos em uma máquina no momento

da colheita, por exemplo. Por se tratar,

normalmente, de um item caro, porém

determinante na rapidez a na realização da

colheita, o seguro é fundamental para repor

ou, eventualmente, permitir que o segurado

tenha recursos para arrendar algum outro

para finalizar aquele trabalho. Não ter um

seguro, em um caso como esse, pode

significar um prejuízo.", destaca a diretora

executiva de Negócios Corporativos e

Saúde da Allianz Seguros, Karine Barros.

Dada a importância desse setor para o

desenvolvimento econômico, o governo

brasileiro se esforça em subsidiar as

produções agrícolas. Conforme a

Resolução nº 74, o orçamento aprovado

no Programa de Subvenção Rural (PSR)

de 2020 é de R$ 955 mi.

Mesmo com a já prevista retração no

mercado, os prêmios do Seguro Rural

cresceram 25,2% no primeiro semestre

deste ano. Joaquim Neto, presidente da

Comissão de Seguro Rural da FenSeg,

explica que o aumento da subvenção do

governo federal foi um dos responsáveis

em manter o setor funcionando

normalmente durante a pandemia.

De acordo com o especialista, o evento

climático no Rio Grande do Sul e o

aumento do valor das commodities

também fizeram a diferença na demanda

do seguro. “Ao observar as perdas dos

produtores gaúchos, os agricultores de

outras regiões tiveram maior interesse no

seguro. Além disso, o aumento do valor

das commodities, como é a soja e o milho,

Karine Barros, da Allianz

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 9


capa

despertaram o interesse dos produtores em

fazer seguro das suas plantações”, analisa.

O investimento de R$ 955

mi no PSR em 2020 é o

maior da história

Joaquim Neto, da FenSeg

O PSR também incentiva o

desenvolvimento do mercado segurador no

país. O programa atrai novas empresas, o

que aumenta a concorrência e ampliando o

quadro de produtos. No início, em 2005,

quatro seguradoras atuavam no país. Já no

ano passado, 14 companhias estão

habilitadas a operar nesse segmento.

Apetite dos corretores

Karine conta que o seguro rural é um

nicho importante, mas com pouca

penetração. Os corretores de seguros,

por sua vez, se interessam pelo

segmento cada vez mais. A Allianz,

segundo a executiva, organiza

treinamentos semanalmente com os

parceiros a fim de trabalhar seus

conhecimentos sobre a proteção. “A

seguradora promove treinamentos com

os corretores em cada regional, com a

participação média de 40 profissionais”.

A companhia se destacou nesse

segmento em 2019, quando cresceu

18%, enquanto a média do mercado foi

de 15%. “Nossa estratégia é de vender

sempre pacotes completos de cobertura.

O corretor precisa se sentir confortável

em comercializar o seguro agro da

Allianz e o cliente com total respaldo.

Por isso, buscamos oferecer produtos

bastante compreensivos”, pondera

Karine.

A executiva relata, também, que a

seguradora enxerga um segmento de

grande relevância e gerador de grandes

oportunidades para os profissionais. “O

produtor deve entender que o seguro é

um investimento, junto com todos os

outros que ele faz”.

Reflexos da pandemia

Por causa do seguro rural, não é

possível dizer que o mercado segurador

foi afetado integralmente pela pandemia.

Joaquim Neto esclarece que a produção

agrícola está numa crescente, com

saldo na balança comercial devido a

suas exportações. “O agricultor tem

conseguido atender todo esse mercado,

exceto para culturas de frutas, hortaliças

e flores, que houve retração. Nesses

casos os produtores têm pouco costume

de contratar esa proteção.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 0


capa

Com o primeiro semestre animador, o

especialista projeta contínuo crescimento

até o fim do ano, levando em consideração

que o agricultor tem se empenhado a

trabalhar com tecnologia, desenvolvendo

sua produção com base nas novas

ferramentas de trabalho.

Do valor total a ser liberado, R$ 280

milhões serão destinados para a

contratação de apólices para as culturas

de inverno, como o milho segunda safra e

trigo; R$ 535 milhões para as culturas da

soja, milho primeira safra, arroz, feijão e

café; R$ 70 milhões para as frutas; R$ 10

“A continuidade do crescimento só será

possível com muito trabalho. A FenSeg

tem uma comissão técnica composta por

14 seguradoras que atuam no mercado de

seguro rural. Todas as companhias têm

participado ativamente de grupos de

trabalho a fim de dar continuidade a esse

crescimento”, finaliza Neto.

Investimento recorde

O Ministério da Agricultura publicou no dia

23 de junho o cronograma de liberação do

orçamento PSR 2020. Serão disponibilizados

R$ 955 milhões para subvencionar a

contratação pelos produtores, o que

representa mais que o dobro do valor

executado no ano passado e recorde histórico

milhões para a modalidade de pecuária;

R$ 10 milhões para a modalidade de

florestas e R$ 50 milhões para as demais

culturas.

“Com esse apoio do governo federal

será possível fomentar a contratação de

aproximadamente 220 mil apólices,

proporcionando a cobertura de 15 milhões

de hectares", ressalta o diretor do

Departamento de Gestão de Riscos da

pasta, Pedro Loyola.

Outro destaque é a destinação do

orçamento exclusivo de R$ 50 milhões

para a contratação de apólices de grãos

nos meses de setembro e outubro nas

regiões Norte e Nordeste.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 1


mobilidade

SEGURO INÉDITO NO BRASIL DEVE ATENDER

MILHARES DE PESSOAS DIARIAMENTE

Idealizador do projeto espera atender a expectativa do mercado e vislumbra uma sociedade mais

protegida

O

interesse por seguro intermitente

no Brasil pode abrir um leque de

proteções inovadoras. Esse modelo na

carteira de seguro auto é a mais

popular até o momento, ideia

comprada, inclusive, por algumas

seguradoras. A Generali, por exemplo,

deixou o Auto Tradicional para dedicar

o investimento apenas no Pay Per

Use, juntamente com a Thinkseg.

Embora as atenções já estejam

voltadas à proteção de veículos, uma

nova oportunidade surge que pode

revolucionar o setor de seguros.

Desenhado pelo professor da ENS e

membro da ANSP, Antonio Camano, o

SegMobili é um seguro de acidentes

pessoais para usuários de transportes

alternativos, individuais não poluentes,

compartilhados ou não com cobertura

por morte acidental, por invalidez total

e permanente por acidente.

O especialista explica que, assim

como o seguro auto intermitente, o

segurado paga pelo tempo que está

usando a proteção, ou seja, assim que

sair de casa ou quando estiver em um

lugar de maior movimentação. “O

objetivo é de proteger as pessoas e

não o bem material. Esse seguro

inovador é desenvolvido para quem

anda de patinete, skate, faz corridas

de rua e até passageiros de ônibus”.

"Acredito que o SegMobili irá desmitificar a

ideia de que contratar seguros é algo

burocrático e demorado. Por essa razão,

busco parceiros que acreditem no potencial

que esse projeto poderá proporcionar ao

mercado segurador. Para operacionalizar essa

ferramenta, preciso que o parceiro desenvolva

um APP que seja prático e intuitivo para que o

interessado possa contratar seguros na

modalidade "pay per use" ou "on demand",

detalha o executivo.

Essa proteção inovadora pode atender milhares

de pessoas em diferentes cidades. Em São Paulo,

por exemplo, geralmente a demanda diária no

município é de 9 milhões de usuários de transporte

público municipal. Ou seja, entendendo a

importância de ter um seguro e pagar pouco por

isso pode alavancar o desenvolvimento do mercado

no país.

Contato: antoniocamano@segmobili.com.br

WhatsApp: (11) 96073-5678

Antonio Camano, membro da ANSP

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 2


ENVIE UMA MENSAGEM PARA:

FOLIVEIRA@SEGURONOVADIGITAL.COM.BR

E G U R O

S

N O V A D I G I T A L


artigo

SEGURADORAS E A

INCONSTITUCIONALIDADE DA

CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA

SOBRE O SALÁRIO - MATERNIDADE

Renan Pereira*

Todos os anos, milhares de mulheres

engravidam em empresas seguradoras.

Com esse foco, num tema de grande

importância, em 04 de agosto de 2020,

o Supremo Tribunal Federal declarou a

inconstitucionalidade da incidência de

contribuição previdenciária patronal

sobre o salário-maternidade. O

entendimento foi firmado pela nossa

Suprema Corte através do julgamento

do RE 576.967 (Tema 72 da

repercussão geral), assim decidindo:

“DECISÃO: O Tribunal, por

maioria, apreciando o Tema 72 da

repercussão geral, deu provimento

ao recurso extraordinário, para

declarar, incidentalmente, a

inconstitucionalidade da incidência

de contribuição previdenciária

sobre o salário maternidade,

prevista no art. 28, §2º, da Lei nº

8.212/91, e a parte final do seu §9º

, alínea a, em que se lê "salvo o

salário-maternidade", nos termos

do voto do Relator, vencidos os

Ministros Alexandre de Moraes,

Ricardo Lewandowski, Gilmar

Mendes e Dias Toffoli (Presidente),

que negavam provimento ao

recurso. Foi fixada a seguinte tese:

"É inconstitucional a incidência da

contribuição previdenciária a cargo

do empregador sobre o salário

maternidade". Plenário, Sessão

Virtual de 26.6.2020 a 4.8.2020.”

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 4


Por maioria de votos e, em julgamento

realizado através de sessão virtual, a

decisão acima mencionada possui efeitos

erga omnes e servirá de base para que as

empresas busquem a recuperação e

compensação dos créditos previdenciários

que incidiram sobre a folha de pagamento

nos últimos cinco anos, de acordo com o

art. 173 do Código Tributário Nacional.

Isto porque, conforme sabidamente

mencionado pelo ministro relator Luís

Roberto Barroso, a Lei n. 8.212/91, em seu

art. 22, I, estabelece que a contribuição é

incidente sobre verbas destinadas a

remunerar o trabalho e outros ganhos

habituais, constituídos sob a forma de

utilidades e adiantamentos decorrentes de

reajuste salarial, resultante do serviço

prestado, tempo à disposição ou de

convenção ou acordo coletivo.

Por outro lado, de encontro ao disposto

pelo ilustre ministro, a Constituição da

Republica trata do tema em questão em

seu artigo 195, com a seguinte redação: “a

seguridade social será financiada por toda

a sociedade, de forma direta e indireta”,

mediante contribuições sociais

provenientes do empregador incidentes

sobre a “folha de salários e demais

rendimentos do trabalho pagos ou

creditados, a qualquer título, à pessoa

física que lhe preste serviço, mesmo sem

vínculo empregatício”.

Já no §4º do referido artigo, há a

determinação de que a criação de outras

fontes objetivando garantir a manutenção

ou expansão da seguridade social deve ser

somente por meio de lei complementar,

embora, a União estivesse criando, através

de lei ordinária, nova fonte de custeio.

Sendo certo que no período de licençamaternidade

a prestação dos serviços é

interrompida e não ocorre o recebimento

de valores a título de salário

remuneração, o benefício em questão não

pode compor a base de cálculo da

contribuição social sobre a folha de

salário, surgindo uma oportunidade de

gerar receita e caixa para o

empresariado, que deixará de contribuir

sobre verba mencionada, e ainda poderá

recuperar os créditos pagos nos últimos 5

(cinco) anos.

No que concerne à aplicação prática do

julgado, trazemos a tona a Lei

10.522/2002, que em seu artigo 19,

consigna expressamente a dispensa da

Procuradoria Geral Da Fazenda Nacional

(PGFN) em contestar, contrarrazoar ou

interpor recursos nas hipóteses em que

ação versar sobre tema decidido, em

sede de repercussão geral ou recurso

repetitivo, pelo Supremo Tribunal Federal.

Com a declaração de

inconstitucionalidade e com a dispensa de

recursos por parte da Procuradoria, as

empresas poderão reduzir a sua carga

tributária em valores expressivos, neste

cenário pandêmico que assola todo o

mundo. Sendo a compensação

administrativa dos créditos uma

alternativa totalmente viável e

segura, evitando a morosidade do

Judiciário e recuperando receita de forma

eficiente.

Renan Pereira é advogado da

BMS Projeto & Consultoria

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 5


novidade

Governo estuda, ainda, ofertar microcrédito e cartões dentro do aplicativo

APP CAIXA TEM PREPARA VENDA DE SEGUROS

Sergio Vitor Guerra

Mais de 90 milhões de poupanças sociais

foram criadas para pessoas de baixa renda

receberem as parcelas do auxílio

emergencial. Para seguir seu plano de

expansão, a Caixa enxergou uma

oportunidade de ofertar a esse público

seguros, microcréditos e cartões dentro do

app Caixa Tem. O plano do banco público é

manter essas contas abertas póscoronavírus.

Segundo o presidente do banco, Pedro

Guimarães, a ferramenta é um banco digital

destinado a pessoas de baixa renda. Os

pagamentos do Bolsa Família, inclusive,

serão feitos dentro da plataforma. Entre as

novidades, o microcrédito é a mais

avançada, segundo Guimarães. “Serão

oferecidos empréstimos entre R$ 100, R$

200 e R$ 300 para os brasileiros de baixa

renda”, explica.

O banco anunciou, em 12 de março, o fim

do processo de IPO. Isso porque, à época,

a pandemia do coronavírus avançava no

mundo, causando incertezas no mercado

financeiro. "Tudo é uma questão do impacto

econômico e social da pandemia, e existe

zero chance de abrirmos capital para

vender a qualquer preço. Só faremos o

IPO quando o mercado precificar o que

achamos que vale”, disse Guimarães.

Com a prorrogação da abertura de IPO,

no entanto, os executivos da Caixa

encontraram no app ‘Caixa Tem’ uma

nova maneira de vender seguro. Desse

modo, a expectativa é que a área de

seguros da companhia levante mais de

R$ 10 bilhões com a operação.

Durante o processo, a Caixa anunciou

duas joint ventures: uma com a Tokio

Marine, que toma conta da carteira de

seguro habitacional, e a outra com a Icatu

Seguros, para vendas de serviços de

capitalização.

Guimarães não deu detalhes sobre a

oferta de seguros ou cartões. Hoje, o

Caixa Tem já oferece um cartão de débito

digital que pode ser usado em compras

online e também em compras

presenciais, aproximando o celular das

maquininhas de cartão. Ao todo, 67,5

milhões desses cartões de débito virtuais

foram emitidos na pandemia pelo Caixa

Tem.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 6


PARA VENDER

FEITO PARA

EMPRESÁRIOS QUE

SABEM QUE TEMPO É

DINHEIRO!

REGULA LIGHT

A Linha Light foi criada para

corretores que querem crescer

a sua carteira de seguros

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SEUS SEGURADOS

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legislação

MODERNIZAÇÃO DO SEGURO DE RISCOS

MASSIFICADOS VEM EM BORA HORA, DIZ CNSEG

Flexibilização do segmento foi um dos temas principais da Conjuntura CNseg Nº 27

CP 16/2020, que dispõe sobre os

princípios e diretrizes gerais para

cobertura de grandes riscos mas- Asificados classificada pela CNseg "um dos

mais importantes avanços no modelo

regulatório dos seguros de danos". O tema

foi destaque da 27ª edição da Conjuntura

CNseg. De acordo com Solange Vieira,

Superintendente da Susep, nos seguros de

grandes riscos "o porte econômico e a

capacidade técnica das partes demandam

menos intervenção regulatória".

Proposta pela autarquia federal, a CP

16/2020 distingue a regulação de seguros

para Cobertura de Riscos Massificados e

para a cobertura de Grandes Riscos. De

acordo com a CNseg, a iniciativa vem em

bora hora, pois pretende simplificar os atos

infralegais, gerando maior transparência

do mercado.

Embora a proposta ganhe relevância

este ano, o seu processo teve início em

2018, ou seja, antes da atual gestão da

autarquia federal. A proposta revisa a

Circular nº 256/2004, que disciplina os

contratos de seguros de danos, mas ainda

de acordo com o plano de regulação

vigente à época. A Susep relata que o

debate volta à tona graças a um amplo

trabalho do corpo técnico da autarquia,

com participação do mercado

supervisionado a fim de entender os

principais entraves do mercado de grandes

riscos.

A FenSeg tem um papel relevante na

ascensão desse debate. O presidente da

Federação, Antonio Trindade, comemorou

os avanços realizados em torno desse

tema nos últimos meses. “A FenSeg tem

papel destacado nesse debate. Estamos

atentos e sensíveis à necessidade de

mudanças. Como representante de um

segmento em constante evolução, a

entidade busca oferecer respostas de alto

nível às demandas do mercado, em

sintonia com temas de interesse público.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 8


legislação

SUSEP APOSTA NO ILS,

MODELO QUE ESTIMULA

INVESTIMENTOS

INTERNACIONAIS

Batizada de Investimentos Ligados a Seguros, implementação da norma pode tornar o mercado

brasileiro um polo da América Latina, segundo especialista

O Insurance Linked Securities (ILS)

apresenta uma série de mudanças nas

regras de investimento internacional no

mercado segurador brasileiro. O método,

que é uma das principais apostas da Susep

para este ano, é comumente adotado em

outros países, sendo uma nova alternativa

para a transferência de riscos de seguros e

resseguros.

Com a queda na taxa de juros, essa

pode ser uma nova opção de investimento

exterior. “O ILS não foi uma invenção

brasileira. Percebe-se uma qualidade

técnica muito grande dos profissionais da

Susep em construir e adaptar essa norma

no país”, destacou João Marcelo dos

Santos, presidente da Academia Nacional

de Seguros e Previdência (ANSP). Na noite

da última quinta-feira, 6, a academia

promoveu uma live para discutir justamente

as mudanças da regra de investimentos.

Costumeiramente, a resseguradora se

capitaliza pelo acionista privado ou uma

emissão de ações. Já com o ILS, ela poderá

emitir uma dívida cujo o fluxo de caixa está

está associado a um contrato de

resseguro que fez com a seguradora. Não

havendo sinistros durante o prazo de

exposição, o investidor recebe de volta o

capital investido, mais um retorno

adicional a fim de recompensar o risco

assumido. Em contrapartida, caso ocorra o

sinistro, o investidor não recebe o retorno.

Por isso, a Susep propõe que o título seja

destinado a investidores profissionais.

“A Susep adotou todas as regras numa

norma, as quais serão seguidas pelo

ressegurador. Essas regras são para

nichos muito específicos e, por isso, é

melhor segregar, o que dá mais segurança

ao investidor”, comentou Santos.

Em entrevista ao Valor Econômico, a

Superintendente da Susep, Solange

Vieira, destacou que “o ILS irá permitir que

as seguradoras possam reduzir seus

riscos e custos de captação. Desse modo,

isso possibilita melhores preços para o

consumidor, favorecendo o

desenvolvimento do mercado brasileiro”.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 9


ovimentações

THB Brasil apresenta gerente de Specialty

A THB Brasil, empresa especializada em Gestão de Riscos,

Consultoria de Benefícios e Corretagem de Seguros e Resseguros

apresenta Edson Pierezan como novo gerente de Specialty da

companhia na região sul do Brasil. O executivo possui mais de 20

anos de experiência no atendimento e prospecção de grandes

contas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

O novo diretor de Tecnologia da DELPHOS

A DELPHOS vai contar com um novo talento em seu time de TI.

Contratado para ficar à frente da Diretoria de Tecnologia, que

desde 2019 era acumulada pela presidência, Nei Ogawa é a

aposta da prestadora de serviços para comandar toda a equipe

dessa área, coordenando as demandas internas e externas

relativas à operação de tecnologia voltada aos negócios da

empresa.

Reforço conhecido na Regula Sinistros

A executiva Bruna Garcia, fundadora da Megaluzz Negócios,

ingressa na Regula Sinistros como a nova diretora de Recursos

Humanos. Filha de corretores de seguros, Bruna constrói sua

carreira de maneira totalmente independente no setor há 17 anos.

Agora, na Regula Sinistros, sua expectativa é contribuir

positivamente para o crescimento do mercado de seguros

Ezze Seguros segue investindo em expansão

A EZZE Seguros, seguradora 100% nacional, segue investindo em

seu time de profissionais para crescer e conquistar o mercado. A

empresa acaba de contratar João Duarte, executivo com mais de

15 anos de experiência, 11 deles dedicados ao mercado

segurador, atuou em importantes players do mercado como:

Berkley Seguros, Tokio Marine, Invest Seguradora, Mutual

Seguros, Fairfax, entre outras.

Passagem de sucesso na Amil

Fabio Almeida se despede do cargo de diretor de Vendas e Pós-

Vendas da Amil. A posição será ocupada interinamente por

Rodrigo Rocha, atual Chief Growth Officer do UnitedHealth Group

Brasil. Na empresa há 14 anos, o executivo tem vasto

conhecimento no mercado de planos de saúde.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 0


aquisições

WIZ ADQUIRE 40% DA CORRETORA DO BMG

POR R$ 89,9 MILHÕES

A Wiz Soluções acaba de formalizar

a compra de 40% da CMG, a

corretora de seguros do BMG. Será

criada uma nova empresa que terá

exclusividade na distribuição de

seguros no balcão do banco mineiro

durante duas décadas. O acordo

representa o valor de R$ 89,8

milhões, sendo uma parcela fixa de

R$ 44,8 milhões e um variável

estimado em R$ 45 milhões.

Em entrevista ao Valor Investe, o CEO da Wiz, Heverton Peixoto, disse que o acordo

será benéfico para as duas partes. "É uma transação estratégica para nosso movimento

de diversificação e não poderíamos ter encontrado um parceiro mais ideal. O BMG é um

banco sólido, moderno, com uma cultura dinâmica e um time inovador".

HDI E ICATU LANÇAM SEGURO DE VIDA VOL-

TADO PARA PMES

A HDI Seguros e a Icatu Seguros, duas

das maiores seguradoras do Brasil,

anunciam o lançamento do HDI Vida

PME, o primeiro produto desenvolvido

em parceria pelas duas empresas. A

solução, voltada para pequenas e

médias empresas com, no mínimo, três

e, no máximo, 499 funcionários, oferece

coberturas básicas, adicionais e

assistências que, somadas, contemplam

até 14 opções de benefícios extras.

De desenho flexível, o produto permite uma combinação de coberturas e assistências

para que cada empresa tenha uma proteção ideal atendendo às suas necessidades. O

processo de contratação é ágil e simplificado, não há necessidade de fazer propostas

individuais ou Declaração Pessoal de Saúde (DPS), basta apenas preencher a proposta

de contratação. Durante a vigência da apólice, a empresa também não precisa atualizar

mensalmente a base de funcionários - uma outra facilidade deste lançamento.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 1


HDI SEGUROS É CAUTELOSA

COM SEGURO AUTO

INTERMITENTE, E GENERALI

APOSTA NO SEGMENTO

Sergio Vitor Guerra

Quinta maior seguradora de

automóvel do país

estuda modalidade, mas garante

que não está

nos planos por enquanto

O seguro auto intermitente vem acalorando

os debates desse novo mundo de proteções

para veículos. Algumas companhias já

investem no diferente modelo de seguro

auto, o pay per use, mas de maneira tímida.

A HDI

Seguros, por exemplo, ainda estuda de qual

forma deve aplicar essa modalidade, ou até

se realmente vai adicionar esse tipo de

proteção à sua carteira.

“Temos um time de matemáticos na HDI e,

até o momento, ainda não enxergamos como

esse modelo de proteção de automóvel pode

realmente

ser mais barato que o tradicional”,

explicou Murilo Riedel, presidente da

seguradora, no programa ‘Mesa Redonda do

Seguro’, promovido pelo canal do CQCS

no Youtube, no dia 30 de julho. Além disso,

o executivo vê uma grande implicação na

modalidade ‘liga e desliga’ do pay-peruse.

Isso porque,o segurado pode

esquecer de ligar sua proteção ao sair de

casa ou de desligá-lo depois que voltar.

Outra implicação constatada pelo

executivo foi o desapontamento do

segurado ao perceber que o seguro

intermitente não compensa tanto assim.

Riedel esclareceu que o seguro auto

tradicional já faz o cálculo, por perfil, de

quanto e como o segurado utiliza seu

veículo. Desse modo, as companhias

precificam o serviço de forma alinhada

com o cliente.

“Precificar o seguro pelo momento de

exposição pode deixá-lo até mais caro

que o tradicional, que já tem um cálculo

matemático muito preciso do segurado"

salientou Riedel. Por isso, ele acredita

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 2


Murilo Riedel, presidente da HDI Seguros

FASE DE ESTUDOS

que o consumidor pode se frustrar ao

esperar que o seu seguro por minuto

traga economia financeira em larga

escala. “Talvez o cliente pague mais

caro e com menos conforto que uma

proteção tradicional ofereça”.

Riedel lembra, ainda, que mesmo

estando na garagem, o veículo está

exposto ao risco, seja ele de pequena

ou de grande proporção. “Não existe

período de exposição ao risco. As

pessoas devem entender que a

modelagem do seguro tradicional de

hoje já traduz o quanto seu veículo está

exposto”.

Embora considere a modalidade pouco acessível neste momento, Riedel reconhece que

a HDI estuda a possibilidade de implementar, mas com cautela. “É um produto que está

na prateleira para a gente pensar. No passado, quando o cálculo do seguro era mais

simplificado, talvez o pay per use fizesse mais sentido. Entretanto, nós temos um grande

compromisso com a simplicidade e com a transparência. Não queremos que o

consumidor tenha uma expectativa não entendida e que tenha a percepção de que foi

lesado”.

OUTRO PONTO DE VISTA

A Generali anunciou recentemente que

deixaria de comercializar o seguro auto

tradicional. Em parceria com a Thinkseg,

insurtech fundada em 2016, a seguradora

permanece apostando no segmento, mas na

modalidade pay-per-use. Com o avanço da

Covid-19 no país, ambas as empresas viram

a demanda por esse modelo de seguro

crescer.

Para o brasileiro médio a porta de entrada

do universo securitário é a necessidade de

proteger seu bem maior: o carro. Pelo

menos foi assim desde quando as

condições de compra dos veículos ficaram

mais atrativas e grande parte da população

adquiriu pela primeira vez um meio de

transporte particular.

"Percebemos que a maior demanda

está vindo de pessoas no momento da

renovação do seguro auto tradicional”,

disse o CEO do Grupo Thinkseg, André

Gregori. Para o executivo, esse modelo

está caindo no gosto do brasileiro, pois

dispõe de processos que tornam a

proteção mais barata. “O PPU cobre

acidentes, furto e roubo, de acordo com

os valores previstos na tabela Fipe”,

completou.

EXPANSÃO NO SEGMENTO

O Grupo Thinkseg concluiu aquisição de

30% da plataforma digital de seguro auto

Compare em Casa (nome em português),

que tem sua sede em Londres e atua por

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 3


enquanto na Argentina, México e Brasil. A

transação marca o início da expansão

internacional do Grupo, neste primeiro

momento, pela América Latina e, em

seguida, pela Europa. Pioneira no

desenvolvimento do seguro Pay Per Use

no Brasil, a Thinkseg também foi a

primeira insurtech a fazer uma aquisição

interna no País, em meados de 2018,

quando adquiriu a plataforma

digital de seguros, chamada Bidu e uma

participação relevante no Cilia Tecnologia.

“Com mais esta aquisição, é possível

levar todos os produtos da Thinkseg,

incluindo o seguro auto Pay Per Use aos

mercados internacionais, começando por

Argentina e México. Depois, avançaremos

para Chile e outros países da América

Latina e Europa”, afirma Gregori.

Na transação, o marketplace de seguros

e produtos financeiros Bidu, que integra o

Grupo Thinkseg, cedeu sua carteira de

renovação de seguro auto à

Compareemcasa, passando a ter 40 mil

itens em sua carteira após a operação.

Atualmente, na plataforma digital

Bidu, são negociados

diferentes seguros, entre

eles: automóvel,

residencial, vida e

viagem, além de linhas

de crédito pessoal,

imobiliário e automotivo.

"Estamos ativando um escritório

da Thinkseg em

Portugal, com o sócio do grupo,

João Audi.

Ele se mudou para lá, para iniciar nossa

operação na Europa. A pandemia

aumentou a velocidade da digitalização em

todos os continentes, com muita força no

setor de seguros”, completa Gregori.

Além disso, o grupo também deixou a

carteira de residencial, segundo o CEO,

Andrea Crisanaz, por conta da estratégia

de diversificação e parcerias estabelecida

há alguns anos. “Em 2017, abrimos a

divisão de negócios de massificados,

deslanchamos parcerias com BMG,

Agibank e Pine, além de redes de varejo e

outras empresas. Com o avanço da nova

estratégia, nossa carteira de seguro auto

assumiu características de nicho. E a

residencial ainda é muito pequena”.

A Compareemcasa é uma plataforma

digital de comparação de preço e venda de

seguro de carro 100% online, com

produtos de 31 seguradoras que

respondem por 70% do mercado de

seguro auto na Argentina. É a maior

plataforma deste segmento que faz

comparação digital, com tecnologia e inteligência

artificial.

A perspectiva da plataforma é

atingir um mercado em torno de

André Gregori, da Thinkseg

em 10 mercados em

desenvolvimento no mundo

Há a estimativa de 1 carro

para cada 7 pessoas na

América Latina, em

comparação com 0,86 por

pessoa na América do Norte

ou economias desenvolvidas.

S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 4


QUER FICAR

POR DENTRO

DAS

NOTÍCIAS DO

MERCADO?

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