12.09.2020 Views

Magazine Article ▪️ Interior Design ▪️ Guilty

Specialised magazine article - Interior Design Project - Commercial/Retail There is a lot of history in this project, the history of a place. From one of the oldest bookstores in the country to a multidisciplinary space that gathers several universes. This is the dream to materialize, the story to be told. Copyright © 2018 by Óscar Figueiredo All rights reserved. No part of this publication may be reproduced, distributed, or transmitted in any form or by any means, including photocopying, recording, or other electronic or mechanical methods, without the prior written permission of the publisher. omfigueiredo@hotmail.com

Specialised magazine article - Interior Design Project - Commercial/Retail

There is a lot of history in this project, the history of a place.
From one of the oldest bookstores in the country to a multidisciplinary space that gathers several universes.
This is the dream to materialize, the story to be told.

Copyright © 2018 by Óscar Figueiredo
All rights reserved. No part of this publication may be reproduced, distributed, or transmitted in any form or by any means, including photocopying, recording, or other electronic or mechanical methods, without the prior written permission of the publisher.
omfigueiredo@hotmail.com

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.


EDITORIAL

Somos ambivalentes por natureza, somos certeza e

dúvida, erro e acerto. Na essência, somos todos

Pessoa, Fernando Pessoa.

É pela sua “realidade” genial que nasce este projeto

de design de interiores.

Um verdadeiro desafio, embora apelidá-lo assim

pareça demasiado redutor, mais ainda quando, o que

está em causa, é a materialização de um sonho

antigo criando cenários para histórias do futuro.

Há muita história neste projeto, a história de um lugar.

De uma das mais antigas livrarias do país a um

espaço multidisciplinar que agregue os universos da

lingerie, do erotismo e dos chás afrodisíacos. É este o

sonho a materializar, a história que se irá contar.

Óscar Figueiredo

1


A Localização: sítio, pré-existência e

descrição física do espaço

O espaço, em plena baixa de Lisboa, situado entre as

ruas Áurea e dos Sapateiros, carrega em si um valor

cultural imensurável. Mais do que ter albergado uma

das mais antigas livrarias do país, foi a primeira sede

do Modernismo em Portugal e casa mãe da revista

“Orpheu”.

O espaço foi alvo de várias intervenções

desadequadas ao longo dos anos, pelo que restam

poucas marcas do passado, à exceção de alguns

elementos estruturais, típicos da arquitetura

pombalina. Mas neste lugar não conseguimos ficar

indiferentes à presença intangível de Fernando

Pessoa, José de Almada Negreiros e Mário de Sá-

Carneiro.

O espaço divide-se, atualmente, por três áreas

distintas mas contíguas. Duas salas em cada uma

das entradas - rua Áurea e rua dos Sapateiros - e um

espaço central, a partir do qual também se acede às

instalações sanitárias e arrecadação.

A junção de movimento, de fluxo narrativo e de som

permite criar uma experiência mais estimulante e,

acima de tudo, emocional, cativando o espectador

desde a primeira cena, conduzindo-o subtilmente

através de momentos de ironia dramática. Quem não

gosta de uma boa história? Assista e “deixe-se

sonhar”.

https://youtu.be/kCnNlGcEWXk

Toda a solução de design, desde o layout espacial, às

texturas e à paleta de materiais, é centrada na

dimensão religiosa - uma abordagem conceptual

fortemente inspirada numa das temáticas prediletas

de Fernando Pessoa.

Os elementos religiosos servem de referências

dramáticas a cada um dos espaços, tornando-se

protagonistas metafóricos. Símbolos reinterpretados

que assumem novas funções e que marcam e

determinam a sua envolvente. Este dramatismo

assumido, justifica que os restantes elementos de

fundo se unam, assumindo a diferença entre o novo e

o antigo, transmitindo de uma forma quase intrínseca

o nível de sofisticação pretendido.

É fácil deixarmo-nos levar por esta temática e

recorrer, sem pudor, a hipérboles e metáforas.

Estamos perante um equilíbrio difícil de alcançar,

construir cenários estimulantes sem ferir

susceptibilidades, nomeadamente dos espíritos mais

sensíveis.

Pretende-se um espaço conceptual e disruptivo,

capaz de despertar as naturais inquietudes de cada

um, exatamente como conseguia Fernando Pessoa.

Um confronto direto entre libido e crença, conferindo

expressão máxima aos clichês “Pecado Original” e

“Fruto Proibido”.

A Inspiração: desenvolvimento do conceito,

ambiente e tendências

Assumindo uma estratégia de comunicação

diferenciadora, recorremos ao storytelling, em jeito de

curta metragem, para transmitir o ponto de partida de

todo o processo criativo. E se este tipo de abordagem

já não é novidade como suporte de comunicação

final, não deixa de surpreender quando utilizado para

transmitir a dimensão inspiracional do projeto. À força

da fotografia, naturalmente estática, mais imediata e

lacónica - discutível - quisemos associar o vídeo com

o seu carácter dinâmico e polivalente. 2


Pretende-se, acima de tudo, que o Design, marcante

e ousado, comunique, mantendo o importante diálogo

com o passado do edifício, proporcionando aos

visitantes uma viagem verdadeiramente estimulante e

cosmopolita.

Branding: identidade corporativa

Uma solução de design para comércio é muito mais

do que criar um espaço memorável. Trata-se de criar

um vínculo sólido entre uma marca e os seus

consumidores. O desafio é conseguir transmitir a

mensagem da marca através do design, sem nunca

perder de vista os objetivos, auxiliando de forma

efetiva no sucesso do negócio.

E sem uma história para se construir, mesmo as mais

impressionantes das lojas pode parecer vazia.

Assim, e tirando partido daquela que é a nossa

história, desenvolvemos uma solução de

comunicação simples mas impactante, evidenciando

uma forte relação entre o negócio e o conceito de

interiores.

No que diz respeito ao nome, principal elemento da

marca, a dimensão da religião e do pecado é

traduzida de forma concreta na palavra Guilty -

culpado(a) - colocada em jeito de pergunta

provocadora, e desconstruída logo de seguida com o

sub-nome don’t blame yourself, como que a assumir

a responsabilidade do pecado.

Já para o desenvolvimento do logótipo, optou-se pela

ausência de símbolos - o símbolo é a própria marca -

e pela identificação das três áreas de negócio,

underwear, erotic shop e bar.

Através de um lettering mais clássico e da utilização

das cores preto, branco e dourado, foi possível

chegar a uma solução flexível, depurada mas, acima

de tudo, sofisticada.

Existem outros fatores, não menos importantes, em

todo o processo de desenvolvimento da identidade

corporativa, nomeadamente o target de clientes e as

marcas a representar ao nível dos espaços de

underwear e erotic shop.

O posicionamento estratégico de negocio, em termos

de publico alvo, é o segmento de luxo pelo que a

escolha das marcas foi, naturalmente, criteriosa.

A escolha recaiu em marcas de alta costura no

segmento da underwear e nigthwear,

internacionalmente reconhecidas.

Carine Gilson, para underwear e nightwear feminino,

e Cadolle para erotic underwear, casa icónica

fundada em 1889 e responsável pela invenção do

soutien.

Para homem foi escolhida a representação da Derek

Rose, empresa também ela centenária, especializada

em underwear e nightwear de luxo.

Para além da exclusividade que aportam, estas

escolhas vêm, acima de tudo, preencher um gap de

mercado, não só ao nível da cidade de Lisboa mas

de todo o país.

3


Com o objetivo de tornar o espaço ainda mais

exclusivo, as opções ao nível da abrangência da

erotic shop foram, também elas, maturadas. A

existência de uma sex shop tradicional na rua dos

Sapateiros - a ocupar o magnífico animatógrafo do

Rossio - e a imagem estereotipada, tradicionalmente

associada a estes espaços, colidiriam com o conceito

do espaço. A opção por comercializar brinquedos

sexuais não seria, certamente, o caminho.

Assim, à lingerie erótica associa-se uma pequena

livraria erótica. E parece quase natural esta opção,

fazendo jus, quer ao autor, que serve de mote

inspiracional, quer ao legado da antiga livraria

Rodrigues. Mas é mais do que isso, esta opção

traduz-se na criação da primeira erotic bookshop do

país, preenchendo assim mais um gap de mercado.

E finalmente, à lingerie e aos livros, juntamos o

universo dos chás afrodisíacos que extravasam as

paredes da erotic shop e ganham expressão maior no

bar, cuja principal temática será a apresentação de

cocktails exclusivos, tendo por base estas infusões.

A função e localização de cada uma das vertentes

de negócio teve, em grande medida, uma

justificação económica. O fluxo de transeuntes,

nomeadamente turistas, o fluxo de tráfego

automóvel, a envolvente sócio-económica e

concorrencial, foram alguns dos aspetos que

determinaram, não só a abrangência das atividades

económicas, como a respetiva redistribuição

programática.

Assim, na entrada pela rua Áurea temos o espaço

dedicado à venda de lingerie, aquela que será a

atividade core e que, simultaneamente, servirá de

catalisador para os restantes espaços. Na zona

central o espaço dedicado à erotic shop, e pela

entrada da rua dos Sapateiros o bar.

As Funções: programa, organização e

áreas

A proposta elabora a divisão de um piso com um

programa de valorização de três espaços

comunicantes, para comércio e serviços.

Ocupando uma área total de 129 m 2 , o novo espaço,

à semelhança do anterior, distribui-se por 3 espaços

principais.

Os espaços de maior dimensão em cada um das

entradas – rua Áurea e rua dos Sapateiros - e um

espaço central que une todos os espaços formando

um corredor longitudinal - através do qual se faz a

distribuição interior.

A construir

A demolir

Planta a demolir/proposto

Escala 1:200

1

2

3

5

4

1 Espaço Underwear: 55,6 m 2

4 Zona de Funcionários e Copa: 8,3 m 2

2 Erotic Shop : 13,13 m 2

5 Instalações Sanitárias: 9,2 m 2

Escala 1:100

Planta da proposta e quadro de áreas funcionais

4


O Conceito, a Geometria, as Cores e os

Materiais:

A partir da rua Áurea, e atravessando as centenárias

portas em arco, temos um espaço amplo de pé direto

elevado. A presença do mármore Estremoz branco e

do latão, imprimem, de imediato, um cunho

sofisticado ao ambiente.

Aqui não existe o típico protagonismo dado à zona de

balcão, diluído da sua função com as atuais

dinâmicas dos espaços comerciais. O layout foi

trabalhado para protagonizar um jogo dinâmico entre

dois volumes, em oposição à linearidade do espaço

de exposição que percorre todo o comprimento da

loja.

Entre estes dois volumes - que são espaços de

armazenamento - integralmente revestidos a espelho

gris, surge o primeiro set. Uma zona de exposição,

marcada centralmente por uma zona de estar, cujos

protagonistas são as poltronas Saba e a luminária de

suspensão Tom Dixon. Será neste espaço que serão

expostas as principais peças de cada coleção. A

encimar estes volumes, dois dressers desenhos pelo

autor especificamente para o projeto.

Os expositores em latão, vidro e espelho - estruturas

tubulares de fixação ao piso e laje - inspirados nas

formas curvas das janelas vitrais, imprimem leveza e

deixam a lingerie assumir o protagonismo.

A forrar a parede um sistema de cortinas estilo Wave,

sobre calhas, que podem circular e ocultar o espaço

expositivo após horário de fecho. Desta forma, tornase

possível utilizar esta entrada para acesso aos

restantes espaços.

E antes mesmo de contornar este primeiro set,

deparamo-nos com um momento inesperado. Luzes

de néon, estrategicamente colocadas entre

expositores, reproduzem, de forma invertida, o nome

da marca e brincam com o reflexo do espelho que

reveste o volume oposto. Caso para dizer “Let the

games begin”.

Segue-se a zona dos vestiários. Aqui foram utilizados

dois arcos em pedra – de influência barroca mas

contemporâneos do edifico - resgatados a tempo de

um prédio vizinho, também alvo de profundas

intervenções. A manifesta falta de bom senso de uns,

traduziu-se num ganho adicional para o projeto.

Continuando o percurso, e na passagem para o

espaço seguinte, destacam-se os painéis de espelho

- que emolduram o vão e percorrem todo o pé-direito

da divisão - e que nos remetem para as imponentes

portas dos templos religiosos.

A inscrição “The Chapel”, em latão, colocada no vão,

revestido no mesmo material, anuncia o que se

segue.

A Capela. O espaço central onde habitualmente se

diz que mora a virtude. Aqui destaca-se o teto curvo -

geometria tão característica na arquitetura religiosa

europeia - e o revestimento em latão. O ambiente

monumental é ainda mais reforçado pelo patamar

elevado, situado à esquerda, que remete

metaforicamente para um lugar central de

celebração.

5

6

2

Concept Board: 1. Luminária de suspensão MIRROR

BALL GOLD MEGA PENDANT SYSTEM, Tom Dixon.

2. Portas de armário revestidas a veludo, Bespoke 3.

Poltrona GEO, Saba. 4. Mesa GUBI 2.0, Gubi. 5.

Mesa de Altar Séc. VXIII em Pau Santo entalhado,

autor desconhecido, Cabral Moncada. 6. Luminária

de mesa LUMIÈRE XX 25 th . 7. Sofá NEWMAN,

Munna. 8. Pufe GEO, Saba.

1

8

4

4 5

2

Tableware: 1. Bar Set BARBELL, Jonathan Adler. 2.

Tea Bowl GEORGIA , Jonathan Adler. 3. Tea Set

UNDRESSED, Pols Potten. 4. Bar Set BARBELL,

Jonathan Adler. 5. Bases de Copos COCKTAIL,

Jonathan Adler.

7

3

3

1

5


Este espaço é dominado por uma luminária de

suspensão circular, em luzes néon, que reproduz

palavras relacionadas com a dimensão da culpa e do

pecado, peça criada pelo autor especialmente para

este projeto.

Destaca-se também a vitrine de vidro cilíndrica,

equipada com sistemas de ventilação. Pormenor

cénico fulcral, um spot expositivo dinâmico a que

ninguém ficará indiferente. À direita, a parede do

fundo é totalmente revestida a espelho, fazendo-nos

acreditar que este espaço é maior do que na

realidade é. Os dois nichos pré-existentes, opostos e

simétricos, reforçam o carácter cénico-religioso e são

agora utilizados como espaços de exposição, sob os

quais foram colocados dois pequenos sofás,

estrategicamente colocados como potenciadores de

verdadeiros momentos de libertação e onde a

experiência da visita atinge o seu auge. Aqui

perdemo-nos a compreender e contemplar todos os

detalhes de uma estética depurada, de uma

simplicidade poética, quase etérea.

Neste ponto do percurso, a criação de expectativas é

inevitável, como se de uma peregrinação se tratasse.

Atravessando o segundo vão alcançamos o bar, um

espaço rectangular de cerca 42 m 2 , pontuado por

dois arcos em pedra, traços originais da antiga

estrutura e que imprimem ao espaço ordem,

equilíbrio e leveza, elevando-o à imagem de um

espaço salão. Uma porta e um vão, ligam o espaço

ao exterior enquadrando-o no tempo e na geografia

da cidade de Lisboa.

À direita, o acesso à zona de funcionários e

instalações sanitárias, com paredes totalmente

revestidas a espelho gris.

A zona de funcionários - cujo acesso é feito por

intermédio de porta pivotante oculta - com instalação

sanitária própria, cacifos e zona de refeições -

permite o acesso direto à copa de apoio ao bar.

Nas instalações sanitárias, uma zona de vanity

comum, e a instalação sanitária feminina adaptada

para mobilidade condicionada.

De regresso à sala, esqueçamos as metáforas e

reservemos o protagonismo para a peça maior, uma

mesa de altar oitocentista em pau santo. Colocada

centralmente sobre um patamar, consolida a

sensação de amplitude e projeção para o Divino e

assume agora a função de balcão de bar.

Atrás deste, uma estante em forma de cruz revestida

a latão. E este elemento, embora assumidamente

cénico, surge como resposta a um enorme desafio.

Seria fundamental encontrar uma solução que - sem

comprometer a leitura visual dos arcos em pedra, que

delimitam esta parede - permitisse a criação de

espaço expositivo de destaque e, simultaneamente,

enquadrasse e ocultasse a porta de acesso à copa -

sob o braço direito da estrutura.

Em oposição ao balcão de bar encontramos a zona

lounge, fortemente marcada pela textura despida,

quase inacabada de toda a parede norte. Algumas

das paredes foram lavadas a jato de água e despidas

de várias camadas de tinta até revelarem a origem.

As fissuras, algumas já grampedas no passado –

muito comum nas construções pombalinas - ganham

vida e expressão com a aplicação de folha de ouro,

conferindo ao espaço um ambiente “sofisticado

decadente”.

Obra em curso

Pormenor das físsuras

de parede grampedas

A abordagem utilizada no desenvolvimento do

conceito de design, permitiu, não só integrar o novo e

o antigo, como também reinterpretar materiais

históricos.

A opção por manter e evidenciar algumas das

texturas e materiais pré-existentes, para além de

prestar um tributo à história do local, permite que os

novos materiais se assumam e partilhem o

protagonismo.

Com uma paleta de espelho, mármore, latão e

veludo, reforça-se o carácter de sofisticação e

exclusividade dos espaços.

Materiais que com o passar do tempo, e com os

naturais sinais de desgaste, se transformam e se

revestem de maior personalidade.

Paleta de materiais e texturas, sentido horário:

Veludo, Espelho Gris, Reboco, Latão,

Mármore Estremoz Branco (ao centro)

6


Referência especial à geometria dos espelhos que

permitem exagerar o sentido de volume e espaço e,

simultaneamente, auxiliam na escassez de luz

natural.

Iluminação técnica

Light Shadow Adjustable Trim 4 Spots Optic Flood

White, Flos Architectural

Iluminação suspensa

Paleta de cores

A Iluminação: planta de tetos, distribuição e

luminárias

A luz, elemento essencial no design de interiores,

desempenha um papel preponderante neste projeto,

tendo sido pensada de forma a realçar a

expressividade de todo o espaço.

À iluminação técnica, dominante no espaço

underwear, associamos uma forte componente de luz

simbólica de carácter mais cénico e pontual.

Mirror Ball Gold Mega Pendant System, Tom Dixon

Ponto de luz

Foco embutido

Luminária de parede

Planta de iluminação

Escala 1:180

Mirror Ball Pendant Gold 25 cm, Tom Dixon

Iluminação de mesa e parede

Relativamente à temperatura da cor, a temperatura

máxima será de 4000k para a iluminação técnica, e

variações entre os 2700k e os 3000k para os

restantes tipos de iluminação.

Lumière XX 25 th,

Foscarini

Passpartout Parete,

Cini & Nils

7


Orçamento: investimento, quantidades e

fabricantes

O orçamento global do projeto é de 150.000,00€. O

valor da nossa proposta totaliza um valor total de

141.786,31€, a que corresponde uma margem de

aproximadamente 5%, fundamental para corrigir

desvios orçamentais.

Estrutura, divisórias e acabamentos (inclui

fornecimento e aplicação de materiais)

27.126,19€

Material sanitário

Upholstery

6.670,00€

45.789,12€

Mobiliário, equipamento e acessórios de decoração

35.095,00€

Mobiliário, equipamento e acessórios de decoração

27.106,00€

GUBI

Coffe Table

859€

TOM DIXON

Luminária Mirror

Ball Pendant 25

cm

400€

SABA

Armchair

3.260€

FOSCARINI

Luminária

Lumiere XX

765€

8


O Espaço: perspetiva, simulação 3D e

renderização

Entrada do espaço underwear. Aqui o layout foi trabalhado para protagonizar um jogo dinâmico

entre dois volumes em oposição à linearidade do espaço de exposição que percorre todo o

comprimento da loja.

Entre estes dois volumes - que são espaços de armazenamento - integralmente revestidos a

espelho gris, destacam-se a luminária de suspensão Tom Dixon e as poltronas Saba

Zona expositiva que se prolonga por todo o comprimento do espaço.

A forrar a parede um sistema de cortinas estilo Wave, sobre calhas, que podem circular e ocultar

o espaço expositivo após horário de fecho. Desta forma, torna-se possível utilizar esta entrada

para acesso aos restantes espaços.

9


Luzes de néon, estrategicamente colocadas entre expositores, reproduzem, de forma invertida, o

nome da marca e brincam com o reflexo do espelho que reveste o volume oposto.

Em destaque Dresser desenhado especialmente para o projeto e luminária de mesa Foscarini.

A inscrição “The Chapel”, em latão, colocada no vão, revestido no mesmo material, anuncia o

que se segue.

Zona dos vestiários. Aqui foram utilizados dois arcos em pedra – de influência barroca mas

contemporâneos do edifico - resgatados a tempo de um prédio vizinho, também alvo de

profundas intervenções.

10


Erotic Shop. Este espaço é dominado por uma luminária de suspensão circular, em luzes néon,

que reproduz palavras relacionadas com a dimensão da culpa e do pecado, peça criada

especialmente para este projeto.

Destaca-se também a vitrine de vidro cilíndrica, equipada com sistemas de ventilação.

A parede oposta é totalmente revestida a espelho, fazendo-nos acreditar que este espaço é

maior do que na realidade é. Os dois nichos pré-existentes, opostos e simétricos, reforçam o

carácter cénico-religioso e são agora utilizados como espaços de exposição, sob os quais foram

colocados dois pequenos sofás.

11


O bar, espaço pontuado por dois arcos em pedra, traços originais da antiga estrutura.

Uma antiga mesa de altar do séc. XVIII, em madeira de pau santo entalhado, assume o

protagonismo. Colocada sobre um patamar, assume a função de balcão.

Os pufes Saba, permitem uma maior desobstrução visual e, simultaneamente, aumentar o

espaço de circulação.

Perspetiva do espaço a partir da entrada pela rua dos Sapateiros.

Ao fundo, à esquerda, o acesso às instalações sanitárias e zona de funcionários.

12


Na zona lounge destaca-se a parede despida de textura até à sua camada original. As fissuras

foram assumidas e retocadas com folha de ouro, conferindo ao espaço um ambiente “sofisticado

decadente.

As luminárias de suspensão Tom Dixon reforçam o caráter cénico do espaço.

A estante em forma de cruz, desenhada para o projeto, reforça o caráter cénico e oculta, sobre o

braço direito, o acesso à copa e zona de funcionários.

Ao centro da estante, o bule e shaker, símbolos do espaço cuja principal temática será a

apresentação de cocktails exclusivos, tendo por base fusões afrodisíacas.

13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!