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Maçonaria em Destaque - Edição de Setembro 2020

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GLMMG

Porque hoje, quando vemos uma reforma tributária,

sempre tem uma compensação de uma isenção

tributando mais outro setor – sempre o estica e

puxa – sempre assim, fazem graça com um segmento

que parece que vai desenvolver mais, e na outra face

tiram de um outro setor para compensar, o que nunca

leva a queda efetiva da carga tributária brasileira,

podemos ter a reforma que for hoje, mas ela não vai

acarretar em diminuição da carga média no Brasil.

Serão simplesmente, simplificação, universalização

(como a CPMF - Contribuição Provisória sobre

Movimentação Financeira), mas redução da carga

tributária só será possível no dia que tivermos uma

reforma administrativa decente, um Estado menor

(para não dizer mínimo), mas com eficiência – é fazer

mais com menos – é o Estado ganhar eficiência, e estar

menos presente naquilo que ele não precisa estar

presente.

Só vamos conseguir cobrar menos imposto no

dia em que o custeio do Estado for menor. E o custeio

do Estado só é menor se

a gente apoiar medidas como

estas do Governo Federal e do

governo de Minas.

Entrevistador: Ainda,

dentro da pergunta anterior,

quero ressaltar sobre os

privilégios, uma coisa que incômoda

a sociedade.

Sabemos que existem

algumas classes que vivem

num mundo “rosa”, num

mundo que difere, que tem

uma distância (um abismo)

que separa uma grande parte

do funcionalismo de um outro

grupo concentrado e com

muito privilégio.

Então, eu pergunto

qual é o nível de sensibilidade

do Governo de se discutir

isso? Porque fica todo mundo

perguntando – todo mundo

quer mudanças, que não

se aumente tributos e que se

gaste menos – será que há

um ambiente de conversa?

Será que a equipe econômica

do Governo tem falado sobre

isso? Porque é uma coisa que angustia a todo cidadão.

Fernando Passalio: A grande maioria dos

servidores não está no rol destes privilegiados, a

grande maioria dos servidores ganham salários módicos.

Mas existem classes sim, que ganham muito

mais que ganhariam se estivessem na iniciativa privada,

com a vantagem de que na iniciativa privada

teriam que “performar” muito mais do que eles “perfomam”

hoje no Estado.

A gente consegue identificar isso muito nos

demais Poderes – Legislativo e no Judiciário – como

férias de dois meses, etc.

Acho que isso parte por um movimento que

a sociedade é quem tem que ajudar o Parlamento a

tomar coragem e mudar esse tipo de Legislação.

O Parlamento é a base de tudo – escutamos

que estamos vivendo numa “Juristocracia” – é porque

o Parlamento não se coloca em “terrenos ásperos”.

"Só vamos conseguir

cobrar menos

imposto no dia

em que o custeio do

Estado for menor. E

o custeio do Estado

só é menor se a gente

apoiar medidas

como estas do Governo

Federal e do

governo de Minas."

É o Legislativo que muda uma Lei, que bota um juiz

para trabalhar como todo trabalhador.

É o Parlamento que vai, eventualmente, colocar

um promotor, um procurador para produzir (não

que eles não produzam), mas ficamos muito a cargo

do bom senso e da boa-fé do servidor, porque ele

produzindo ou não, muitas vezes ele vai ter o mesmo

rendimento daqueles que produzem.

Então, a gente tem uma grande maioria que

honra a categoria e um ou outro que infelizmente acabam

encostando nas regras do sistema. Quem muda

a Lei neste País é o Parlamento, então acho que a

sociedade tem que cobrar deste uma postura, uma

agenda Legislativa que possa minimizar estes abusos

que existem.

Entrevistador: Temos aqui também, uma

pergunta bastante emblemática, que é saber qual foi

o setor mais afetado com a crise (pandemia)? E o que

o Estado teria para oferecer para este setor?

Fernando Passalio: Vou citar

dois. Primeiro é o setor das

Escolas Particulares, desde o

Ensino Infantil, até o Ensino

Fundamental. Estes setores e

suas cadeias produtivas, como

o profissional do transporte, o

vendedor de uniforme, de material

escolar, etc., foram muito

prejudicados.

Outro setor é o de Eventos.

Infelizmente a parte de Eventos

foi muito censurada neste

momento de pandemia. Como

também, a Cultura e o Turismo

que cessaram suas atividades

totalmente há mais de seis

meses. Não há uma só reunião

de cúpula do Governo que a

Secretaria de Desenvolvimento

Econômico não levanta as

bandeiras destes setores para

que estes possam retornar de

forma gradual e responsável

suas atividades. Acho que em

breve teremos novidades.

Entrevistador: Finalizando,

e o Terceiro Setor? Ele tem

participado com o Estado de movimentos que visam

contribuir com o restabelecimento da normalidade e

da economia?

Fernando Passalio: Não. A maioria das OS-

CIPS (Organização da Sociedade Civil de Interesse

Público) e ONGS (Organizações não Governamentais)

chegam até o governo apenas para a prestação de

serviços. Não houve nenhum tipo de participação,

com exceção da COMUNITAS (www.comunitas.org),

que é uma ONG muito interessante, que nos procurou

para ajudar a formatar alguns indicadores e projetos.

Contamos muito foi com a ajuda das entidades

empresariais, associações comerciais, CDL’s, sindicatos

rurais, sindicatos comerciais e sindicatos industriais,

que foram muito presentes na construção

das soluções.

18 | www.glmmg.org.br

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