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Revista Fácil - Edição 206

Medo do Covid-19 aumenta complicações cardiovasculares

Medo do Covid-19 aumenta complicações cardiovasculares

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Dor no peito atenção total

Foto Google

Em Pernambuco, este cenário

não foi diferente. Segundo

a Sociedade Brasileira de

cardiologia (SBC), o Estado

registrou um crescimento de

85% no número de mortes por

doenças cardiovasculares no

período de pandemia, perdendo

apenas para o Amazonas que

registrou 94% no número de

óbitos. Também houve aumento

de 88,7% nos óbitos em

domicílio causadas por doenças

cardiovasculares inespecíficas,

que provocaram morte súbita.

Os casos passaram de 3.619,

entre março e maio de 2019,

para 6.829 no mesmo intervalo

de 2020.

no número de mortes súbitas desde março deste

ano, quando iniciou o contágio pelo novo Coronavírus.

Isso porque o medo de contrair o vírus

provocou uma diminuição na procura pelos atendimentos

médicos, acarretando um aumento do

número de mortes, em casa, decorrentes de doenças

mal controladas como a hipertensão, diabetes

e dislipidemias. Com isso, o número de pessoas

que morreram por doenças cardiovasculares no

primeiro trimestre de 2020 foi 32,17% maior em

comparação ao mesmo período de 2019.

“Família de médicos cardiologistas e hemodinamicistas do

MedInterv / Real Cardiologia, Heitor Albanez de Medeiros,

Heitor Medeiros e Tieta Albanez (esquerda p direita) enfatiza

que o medo de contrair o Covid-19 fez com que as pessoas

não saíssem de casa, mesmo as sintomáticas. E isso

fez aumentar as doenças cardiovasculares, que são as que

mais matam no mundo inteiro.

De acordo com a cardiologista

e hemodinamicista da MedInterv/Real

Cardiologia, Tieta Albanez, o medo de

contrair o Covid-19 fez com que as pessoas não

saíssem de casa, mesmo as sintomáticas. E isso fez

aumentar as doenças cardiovasculares, que são as

que mais matam no mundo inteiro. Pessoas com

dor que estavam quase enfartando, preferiram

não se dirigir às emergências pelo medo do rápido

contágio do vírus. “Agora que acabou a quarentena,

mesmo sem uma vacina definida, o ideal é que as

pessoas procurem seus cardiologistas e voltem a

fazer os exames para que essa estatística de mortes

súbitas em casa não aumente”, alerta.

Para a doméstica, Rosineide Galdino, de 46 anos,

descobriu na pandemia que precisava conviver

com a hipertensão

e para isso o uso

contínuo de remédios

para controlar

a pressão arterial

passou a fazer parte

da sua rotina. “Eu

senti muita dor de

cabeça e dor no

pescoço, mas, mesmo

com receio do

contágio do Coronavírus,

decidi procurar

um médico que

me encaminhou

para um cardiologista”,

relata.

“Rosineide Galdino descobriu

na pandemia que

precisava conviver com a

hipertensão”

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FÁCIL | Lazer e Negócios NE

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