Guabiroba em mim [e-book]
O e-book "Guabiroba em mim: cartografias de uma artista caminhante" Vol.1 é um recorte da pesquisa intitulada " Cartografias artística de uma caminhante: a Guabiroba cabe em mim, na cidade e na arte contemporânea" desenvolvida entre setembro de 2017 a março de 2020, sob orientação da Profa. Dra. Eduarda Azevedo Gonçalves, no Programa de Pós graduação - Mestrado em Artes Visuais ( PPGAVI), na linha de de pesquisa em Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano, área de concentração Arte Contemporânea, sob orientação e com apoio financeiro e concessão de bolsa durante 09 meses da FAPERGS.
O e-book "Guabiroba em mim: cartografias de uma artista caminhante" Vol.1 é um recorte da pesquisa intitulada " Cartografias artística de uma caminhante: a Guabiroba cabe em mim, na cidade e na arte contemporânea" desenvolvida entre setembro de 2017 a março de 2020, sob orientação da Profa. Dra. Eduarda Azevedo Gonçalves, no Programa de Pós graduação - Mestrado em Artes Visuais ( PPGAVI), na linha de de pesquisa em Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano, área de concentração Arte Contemporânea, sob orientação e com apoio financeiro e concessão de bolsa durante 09 meses da FAPERGS.
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aprimoram e lapidam os sentidos da busca singular por mostrar e se
mostrar na deambulação da estética e da composição do lugar.
Sérgio Britto já compunha que “é caminhando que se faz o
caminho” e, dito de outra forma aqui, o caminho que se esboça nas
imagens e nos mapas constituídos por Adriane indica o tanto que
trilhou, por onde andou ou onde esteve. A materialização destes
deslocamentos em registros só existe a partir da profundidade da
relação que a artista cria com aquilo que seu olho vê e seu corpo sente.
Nas páginas em branco, concretizam-se trajetos que uem com o sentir:
imaginados, tracejados e percorridos.
No instante em que se debruça sobre a cartogra a sentida,
elaborada, criada a partir da conexão mais sutil e do vivido, em
integração com a arte e com a emoção, Adriane compõe desenhos que
se fazem enquanto se imagina e se coloca na paisagem de seu bairro.
Enquanto o corpo se encontra no trajeto, no mapa a acompanhar, a
percepção captura o signi cado e a arte o transforma em caminho
descrito, movimento que esquematiza a cartogra a emocional de
Giulliana Bruno. No mesmo sentido, Madeleine de Scudéry é quem
intui e mostra a construção de um mapa que segue uma narrativa
afetiva a partir da paisagem pela qual a personagem de seu romance se
desloca. Portanto, é pela emoção de Adriane que se materializa o
registro cartográ co visível e possível de observação, e que ela se narra
e relata o panorama em que se transcende e se entende.
O mapa se molda, se faz e se constrói conforme a intuição e a
afeição conduzem os passos desta artista caminhante que se propõe a
sentir, a experienciar e a concretizar o caminho. A circulação de um
espaço a outro e entre espaços permite que Adriane vá traçando linhas
que ligam estes pontos, con gurando o que Rebeca Solnit chama de
história do caminhar, um movimento permeado por um desejo de ser
uma mulher a fazê-lo sozinha, frequentando o espaço público como
uma experiência individual, única.
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