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Este trabalho é um redesign de uma publicação da revista feita em 2000
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Reformador
Questões acerca da natureza do Espiritismo — VII
A pesquisa científica espírita
Silvio Sene Chibeni
Encerrando a série, o presente artigo
ressalta a necessidade de se prosseguir
no desenvolvimento das pesquisas
científicas espíritas ao longo das linhas
traçadas pelo próprio programa espírita de
investigação iniciado por Kardec, em integração
com os outros aspectos do Espiritismo.
Q u e s t ã o :
Algumas pessoas alegam que a ênfase religiosa
tem prejudicado os aspectos científicos
da doutrina, propondo um “Espiritismo
não-religioso” ou “laico”. Dizem que a pesquisa
espírita tem sido relegada a segundo
plano, ou que praticamente não existe.
O que caracterizaria uma pesquisa científica
espírita? Seria um ramo separado da ciência
ou uma postura diferenciada dentro dos ramos
atuais? O que poderia ser feito para incentivar
o desenvolvimento dessa pesquisa?
R e s p o s t a :
Como foi ressaltado no terceiro
artigo desta série, a genuína religião
está na busca e cultivo de princípios
morais capazes de nos colocar em harmonia
com o plano da Criação, transformando-nos
gradualmente em seres felizes que espalham
felicidade ao seu redor. Assim entendida, a religião
integra-se naturalmente à ciência espírita,
pois que é esta que de determina as consequências
globais das ações humanas a curto e longo
prazos, formando a base experimental sobre a
qual a razão operará para identificar os preceitos
de conduta que nos aproximem da felicidade.
Ver, portanto, antagonismos ou tensões
quaisquer entre a religião e a ciência espíritas
constitui evidência de pouco estudo e pouca reflexão
sobre a verdadeira índole do Espiritismo.
Infelizmente, o despreparo e os atavismos de
muitos indivíduos que colaboram de boa vontade
nas fileiras espíritas fazem com que certas
práticas pouco condizentes com a pureza
doutrinária se implantem em diversas instituições,
e acabem mesmo divulgadas em palestras,
livros e periódicos ditos espíritas. Quem
compreende essa situação deve trabalhar para
modificá-la. Mas a via para isso é ado esclarecimento,
do estudo, do convencimento pela
razão e pelo amor, jamais os anátemas ou, o
que é ainda pior, o repúdio daquilo que se supõe
ser o “aspecto religioso do Espiritismo .
E provável, aliás, que essa “rejeição do bebê
com a água do banho” tenha pesado muito
no declínio e virtual extinção do movimento
espírita em países europeus a partir, digamos,
do início do Não se pode mutilar um
corpo doutrinário integrado, como o é o Espiritismo,
sem arcar com efeitos drásticos,
seja qual for a área em que o tenhamos atingido.
(Em movimento oposto ao indicado na
questão, pode-se querer desprezar as bases
científicas do Espiritismo, e as consequências
não seriam melhores.)
A esse respeito, são expressivas as palavras
do presidente da Union Spirite Française
et Francophone, Roger Perez, em
recente entrevista concedida ao jornal paranaense
Universo Espírita (ver referências).
Perguntado sobre se teria uma explicação
para o quase desaparecimento
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