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Este trabalho é um redesign de uma publicação da revista feita em 2000
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Reformador
2000 anos
Juvanir Borges de Souza
A
Humanidade chega ao termo de dois
milênios de uma Era cujo início coincide
com a vinda, à Terra, de seu Governador
Espiritual. Mais alguns meses e estaremos
no esperado terceiro milênio da Era Cristã.
A ocasião é propícia à meditação e à esperança.
Recordemos o passado multimilenar
da vida do homem neste Planeta. Somos todos
testemunhas vivas de um pretérito de
múltiplas existências, com idas e vindas, renascimentos
e mortes, constituindo acervos
individuais que se somam em bilhões.
Cada um de nós caminhou lentamente
da ignorância para o conhecimento relativo,
carregando paixões e concepções
que fomos abandonando ou cultivando pelos
caminhos das reencarnações sucessivas.
Nos dois milénios que ora terminam, vivemos
em diferentes lugares, cultivamos sentimentos
que subsistiram ou se apagaram, erramos, retificamos,
contraímos novos compromissos, trabalhamos,
sofremos, repetimos enganos e acertos.
Nesses vinte séculos de experiências variadas
em todos os campos de suas atividades,
os homens construíram e destruíram impérios,
criaram civilizações, cultivaram tradições,
usos e costumes que desapareceram
no confronto com novas formas de vivência.
Grandes religiões do Oriente, de origem
milenar, subsistiram até nossos
dias, pela força de algumas de
suas concepções. O Cristianismo nasceu,
expandiu-se no Ocidente, mas não resistiu
às injunções dos homens, que não o
entenderam em sua significação espiritual.
Atravessamos uma Idade, denominada Medieval,
com mil anos de duração, que se
impôs pelas suas criações sociais, pela ignorância,
pela continuação de velhos abusos
humanos, por guerras religiosas e pelo
surgimento de nova religião — o Islamismo.
As ciências e as artes foram, sem dúvida,
cultivadas, principalmente a partir
do século XVI, com o Renascimento.
Mas o obscurantismo prevaleceu até nossos
dias, favorecido por religiões, filosofias
e autocracias cerceadoras da liberdade
de pensamento e de consciências.
A Igreja, já dividida, sofreu nova contestação
com a Reforma no século XVI.
A liberdade de pensamento encontrou grandes
defensores a partir do século XVI, mas
somente à custa de sacrifícios e de sangue
conseguiu triunfar parcialmente, com a Revolução
Francesa em fins do século XVIII.
A escravidão humana, de triste memória
em todos os tempos, somente
foi proscrita em fins do século XIX,
justamente com a libertação dos escravos
negros no “Coração do Mundo”, o último
bastião da escravatura no mundo.
Chegamos, finalmente, ao século
XX, que se finda, com suas luzes,
sua civilização globalizada, responsável
por tantas facilidades materiais, ao
lado de tantas violências, misérias morais,
egoísmos e incompreensões,
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