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Arte e Vida... Vida e Arte

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ARTE PARA VIDA

Arte e Vida são apresentadas num diálogo recíproco

e significante. As obras de arte sacra que consubstanciam

formas de sentir a Vida, são integradas

numa narrativa expositiva onde a sua matriz

religiosa se esbate e é sobrelevada pelos conceitos

de Vida, transversais a toda a humanidade e temporalmente

incessantes.

As formas artísticas corporizam e denunciam sentimentos,

a origem da vida humana, o sentido de

família, a solidariedade e a partilha, as injustiças,

os momentos de felicidade e de angústia, num percurso

existencial terreno que é necessariamente

finito.

Propõe-se um caminho pela arte, complementado

pelas palavras de poetas e de personalidades

de referência, que se pretende participativo, capaz

de despertar sentimentos e de mostrar a grandeza

do ser humano, motivando para a reflexão sobre

os valores da Vida e para que cada um individualmente

e na relação com o outro faça da vida uma

obra de arte.

Seminário Maior de Viseu

16.Maio a 31.Julho 2009

2ª a 6ª 10.00h–12.30h . 14.30h-17.30h

Sábado p/ marcação

tel. 232 467 360

www.diocesedeviseu.pt/bensculturais

Promotor

Fundação D. José da Cruz Moreira Pinto

Centro de Apoio à Vida

Organização

Departamento dos Bens Culturais

Comissário

Maria de Fátima Eusébio

Museologia e Expografia

José Ribeiro Gomes

Conservação e Restauro

Carla Roçado

Apoios

e x p o s i ç ã o

Produção Gráfica

100SÍVEL design

Montagem

Manuel Magalhães

Carlos Santos

Pedro Leitão


A génese da Vida humana

Está representada por um conjunto de estatuária

que celebra a maternidade da Virgem. De pedra

de Ançã, dos séculos XV e XVI, são peças reveladoras

dos valores estilísticos e formais que,

de forma repetitiva, caracterizaram a escultura

mariana produzida por oficinas regionais para

os espaços religiosos da diocese. A incorporação

de elementos como a rosa e a romã remetem-nos

para a simbólica medieval que se perpetuou em

algumas realizações posteriores.

O sentido da Família

O episódio da Adoração dos Magos, figurado na

pintura da escola de Vasco Fernandes, e as ligações

afectivas evocadas por imagens como a de

São José, dos finais do séc. XVII, com panejamentos

estofados com preciosismo, que sustenta

com ternura o Menino adormecido, ou a do conjunto

escultórico em animado diálogo com Santa

Ana, a Virgem e o Menino, do século XVIII, celebram

naturalmente os valores da Família.

A solidariedade e a partilha

A escultura de São Brás, reveladora de que o

calcário de Ançã foi o material eleito para a estatuária

quinhentista, complementada por uma

pintura a óleo sobre madeira, e as imagens da

Rainha Santa (séc. XVI), de São Francisco (séc.

XVII) e de São Nuno de Santa Maria (séc. XX)

dão expressão visual a qualidades como a assistência

ao outro, o espírito de partilha e a solidariedade.

O termo da Vida terrena

A piedade suscitada por duas esculturas de Nossa

Senhora das Dores, uma de terracota e outra

de madeira, dos séculos XVII e XVIII, e pela escultura

de Cristo Crucificado, de marfim, remete-nos

para as relações complexas entre o sofrimento,

a Vida e a morte.

As virtudes orientadoras

A exuberância e o dinamismo barroco das três

virtudes cardeais – a Justiça, a Temperança e a

Fortaleza – potenciam a um exercício de reflexão

sobre a importância da Vida e dos valores que

devem ser amplamente cultivados para se Sentir

a Vida em toda a sua dimensão.

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