apostila
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
1
2
Sobrecarga:
Qualquer equipamento elétrico ou eletrônico possui seus
limites técnicos. Quando a intensidade de corrente elétrica
ultrapassa o valor permitido pelos cabos e equipamentos de
proteção chamamos de sobrecarga. Nesse caso, os disjuntores
e DPS’s são responsáveis por interromper a passagem dessa
corrente imediatamente.
Curto Circuito:
Um curto-circuito ocorre quando uma corrente elétrica com
força acima do normal passa por um circuito elétrico com
intensidade elevada, sofrendo uma queda e criando uma
descarga que pode danificar esse circuito. Também acontece
quando dois pontos carregados de um circuito entram em
contato por acidente. (Cabos derretidos por sobrecarga
continuada e desprotegida, ao entrarem em contato, podem
causar um curto circuito.
Carga Instalada:
Carga instalada é a somatória das potências nominais dos
equipamentos elétricos instalados em uma Unidade
Consumidora, ou de todos os pontos de consumo de uma
instalação, expressa em Watts (W) ou Quilowatts (kW).
Energia Excedente:
Certos circuitos magnéticos absorvem dois tipos de energia,
a ativa e a reativa. A energia ativa é que efetivamente realiza
trabalho, por exemplo fazendo o eixo de um motor girar. A
energia reativa, por outro lado, não produz trabalho. Ela possui
um papel importante na produção de fluxo magnético,
necessário ao funcionamento destes mesmos circuitos.
O problema é que esta energia reativa precisa ser a menor
possível pois, quando excessiva, requer condutores de maior
seção, transformadores de maior capacidade, além de provocar
perdas por aquecimento e quedas de tensão. O resultado geral
é um aumento da demanda de energia e um fornecimento de
qualidade reduzida.
Para que as concessionárias de energia meçam a eficiência das
instalações de seus clientes, utilizam de um parâmetro
chamado fator de potência e, baseado nele, calculam uma
espécie de “multa” pela má utilização do sistema. No Rio de
3
Janeiro este valor consta na conta de energia como Encargo de
Capacidade Emergencial ou Energia Reativa Excedente.
A Resolução Normativa Nº 414 da ANEEL – Agência
Nacional de Energia Elétrica – prevê que consumidores do
grupo A (industriais e comerciais) sejam taxados caso
apresentem um fator de potência abaixo de 0,92. Ademais,
consumidores do tipo B (residenciais) também estão sujeitos
à multa, apesar da medição de fator de potência ocorrer de
forma facultativa.
Grupo A:
Consumidores atendidos em alta tensão, acima de 2300 Volts,
como indústrias, shoppings e alguns edifícios comerciais. Eles
têm seu faturamento dividido em 3 partes:
1 - Demanda contratada, quantidade de energia fixa disposta
em contrato prévio com a concessionária, que deve ser
integralmente paga, seja utilizada ou não durante o período de
faturamento.
2 – Consumo Fora de Ponta, consumo de energia nos horários
não considerados como “horários de pico”.
3 – Consumo Na Ponta, consumo que ocorre durante os
horários de pico definidos pela concessionária, onde a tarifação
da energia se torna mais cara momentaneamente.
Grupo B: Unidades consumidoras atendidas em baixa tensão.
Seu faturamento ocorre de maneira única e independente do
horário de consumo.
Compensação:
Sistema no qual a energia injetada pela Unidade
Consumidora com micro ou mini geração distribuída é cedida à
distribuidora local e posteriormente compensada com o
consumo de energia elétrica dessa mesma unidade
consumidora ou de outra unidade consumidora de mesma
titularidade. Esse sistema é também conhecido pelo termo em
inglês net metering. Nele, um consumidor de energia elétrica
instala pequenos geradores em sua unidade consumidora
(como, por exemplo, painéis solares fotovoltaicos e pequenas
turbinas eólicas) e a energia gerada é usada para abater o
consumo de energia elétrica da unidade. Quando a geração for
maior que o consumo, o saldo positivo de energia poderá ser
4
utilizado para abater o consumo em outro posto tarifário ou na
fatura do mês subsequente. Os créditos de energia gerados
continuam válidos por 36 meses. Há ainda a possibilidade de o
consumidor utilizar esses créditos em outra unidade (desde que
as duas unidades consumidoras estejam na mesma área de
concessão e sejam do mesmo titular).
Diagrama:
O diagrama de níveis de energia é uma ajuda importante para
a compreensão dos processos de emissão e de absorção de
energia pelo átomo. Para o átomo de hidrogênio, no modelo
de Bohr, o diagrama de níveis de energia é mostrado na figura.
A dimensão vertical é usada para representar o valor da energia
do estado estacionário. A cada estado estacionário, associamos
uma linha horizontal. A separação entre duas linhas horizontais
é proporcional a sua diferença de energia.
SM04.14-01:
Definir diretrizes que devem ser seguidas visando o
fornecimento de Energia Elétrica em Baixa Tensão aos
consumidores de energia elétrica situados na área sob a
concessão da Coelba.
SM04.14-01-001:
Estabelecer as condições para o fornecimento de energia
elétrica para as unidades consumidoras individuais em tensão
secundária de distribuição.
5
SM04.14-01-011:
Fornecer orientações básicas e os requisitos técnicos para as
novas conexões ou alterações de conexões existentes, de
unidades consumidoras que façam a adesão ao sistema de
compensação de energia com micro geração distribuída.
ANEEL 482/2012
687/2015:
Tem como objetivo reduzir as barreiras para a conexão de
centrais de geração com fontes renováveis de pequeno porte.
Além da adaptação das regras de conexão ao porte desses
acessantes, a norma busca viabilizar economicamente,
aumentar o público alvo e melhorar as informações na fatura.
Nr 10:
Esta norma estabelece requisitos e condições mínimas
objetivando a implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em
instalações elétricas e serviços com eletricidade.
Nr 35:
Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas
de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o
planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir
a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade.
3. Definições Técnicas
Microgeração:
A Microgeração de Energia Distribuída é caracterizada por
uma central geradora de energia elétrica, com potência
instalada menor ou igual a 75 kW e que utilize fontes
de energia renovável, como a energia solar fotovoltaica,
conforme regulamentação 482/12 da ANEEL, conectada na
rede de distribuição por meio de instalações de unidades
consumidoras. Ou seja, a microgeração de energia solar é todo
e qualquer sistema de energia solar fotovoltaica conectado à
rede que seja menor que 75kWp.
Minigeração
6
A Minigeração de Energia Solar é uma central geradora de
energia solar fotovoltaica, com potência instalada superior a 75
kW e menor ou igual a 5 MW.
Qual a diferença entre Microgeração e Minigeração?
Na microgeração de energia solar o sistema fotovoltaico tem
uma potência de até 75kW e na Minigeração de energia solar o
sistema fotovoltaico possui uma potência entre 76 e 5MW.
Projeto/Dimensionamento para unidades pertencentes ao
“Grupo A”:
A potência a ser instalada é limitada de acordo com a
Demanda Contratada do cliente. Essa potência, em CA, deve ser
menor ou igual ao valor de demanda da unidade. O cliente
também pode refazer o seu contrato e alterar o valor de
demanda.
Instalações em condomínios:
Esse tipo de empreendimento exige concordância dos
condôminos comprovada em ATA, assinada pelo Síndico
vigente, onde o mesmo irá representar o condomínio nas
assinaturas necessárias. Também existe a possibilidade de
produzir individualmente, mas não há permissão para produzir
energia “por fora” e dividir entre os moradores.
Geração Compartilhada:
É uma modalidade da geração distribuída criada pela Aneel
em 2015 que possibilita a união de dois ou mais consumidores
(CPF ou CNPJ) para o compartilhamento da energia gerada por
um sistema, desde que este e todos os participantes estejam
dentro da mesma área de concessão da distribuidora.
Tipos de Tensão: É um termo em engenharia elétrica utilizado
para identificar as considerações de segurança de sistema
de geração, distribuição e utilização de energia elétrica baseado
no valor de tensão elétrica utilizado.
Baixa Tensão - para valores inferiores a 1000 V
Média Tensão – para valores entre 1000 V e 72,5 kV
Voc – Tensão de Circuito Aberto: Máxima tensão entre os
terminais de um módulo.
7
Icc – Corrente de Curto Circuito: Corrente máxima que um
módulo fotovoltaico pode fornecer.
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE
NOME
TENSÃO ELÉTRICA
POTÊNCIA ELÉTRICA
CORRENTE ELÉTRICA
ENERGIA ELÉTRICA
(CONSUMO)
POTÊNCIA MÁXIMA QUE UM
PAINEL PODE FORNECER
UNIDADE DE MEDIDA
VOLTS (V) Kilovolts (kV)
WATTS (W)
AMPERES (A)
QUILOWATT-HORA (KWH)
QUILOWATT PICO (Kwp)
Irradiância Solar:
A radiação solar é refletida, absorvida ou dispersa
pela atmosfera da Terra devido à ação de átomos,
moléculas, íons, gases dissolvidos e partículas em
suspensão (gotas de água, poeira, cinzas de vulcões
...). Moléculas tais como oxigénio (O 2 ), ua (H 2 0),
dióxido de carbono (CO 2 ) e ozono (O 3 ) têm um
impacto forte porque absorvem a radiação solar em
gamas largas (chamadas bandas de absorção)
Comprimento de onda .
Além disso, nas aplicações de irradiância solar, as
faixas de comprimentos de onda envolvidas devem ser
levadas em consideração, que podem ser muito
diferentes em cada caso. O resultado é que a
irradiância solar direta na superfície da Terra, em um
dia claro em que o Sol está no zênite, é reduzida para
cerca de 1.050 W / m². É a relação entre potência e área da
região de incidência. Expressa por W/m².
Irradiação Solar:
Existem vários tipos medidos de irradiação solar.
• Irradiação solar total
• Irradiação normal direta
• Irradiação horizontal difusa ou radiação
difusa do céu
• Irradiação horizontal global
A irradiação solar total é uma medida da energia solar
em todos os comprimentos de onda por unidade de
área incidente na atmosfera superior da Terra. A
8
perpendicular à luz solar recebida é medida. A
constante solar é uma medida convencional da
irradiação solar total média à distância de uma
unidade astronômica.
A irradiação normal direta, ou radiação de feixe, é
medida na superfície da Terra em um determinado
local com um elemento de superfície perpendicular ao
Sol. Exclui radiação solar difusa (radiação dispersa ou
refletida por componentes atmosféricos). A
irradiância direta é igual à irradiância extraterrestre
acima da atmosfera menos perdas atmosféricas devido
à absorção e dispersão. As perdas dependem da hora
do dia (comprimento do caminho da luz na atmosfera
de acordo com o ângulo de elevação solar), cobertura
de nuvens, teor de umidade e outros conteúdos. A
irradiância na atmosfera também varia com a época
do ano (porque a distância ao sol varia),
A irradiação horizontal difusa ou a radiação difusa do
céu é a radiação na superfície da Terra proveniente da
luz espalhada pela atmosfera. É medido em uma
superfície horizontal com radiação de todos os pontos
do céu, excluindo a radiação solar do disco
solar. Quase não haveria irradiação horizontal difusa
na ausência de atmosfera.
A irradiação horizontal global é a irradiância total do
sol em uma superfície horizontal na Terra. É a soma da
irradiância direta (depois de considerar o ângulo do
zênite solar do Sol z) e da irradiância horizontal
difusa.
Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede:
Chamado de On-Grid ou Grid Tie, se aplica ao sistema de
geração conectado à rede de distribuição da concessionária.
Nesse tipo de sistema o consumidor consome energia da rede
quando o sistema está com sua produção zerada ou não atinge
a demanda de consumo. Caso o sistema solar gere mais que se
consome, é injetado na rede o restante gerando um crédito
com validade de 60 meses.
9
Sistema Fotovoltaico não Conectado à Rede:
Chamado de Off-Grid, se aplica ao sistema de geração que
não está conectado à rede de distribuição da concessionária.
Geralmente usa um banco de baterias. Podem ser usados para
alimentar diretamente (sem passar pelo inversor)
equipamentos de corrente contínua.
Dimensionamento Sistema Solar:
Ao pegarmos os dados do cliente e tirarmos uma média
anual de consumo, escolhe-se placas que associadas tem uma
produção próxima, igual, ou superior à dessa média de
consumo. Exemplo:
Uma residência tem 400kWh de consumo por mês. Se
pegarmos uma placa de 335W de potência máxima e com
eficiência de 15%. Ela irá produzir 50.25 kWh por mês, sendo
necessário 8 painéis fotovoltaicos.
400/50.25= 7.96 placas
Levando em consideração condições ideais de exposição a
irradiância.
Medidor Bidirecional:
O medidor de energia bidirecional é um componente do
sistema fotovoltaico que tem a função de medir o consumo de
energia elétrica.
10
Ele funciona, basicamente, registrando a energia consumida
da concessionária (direta), e registrando a energia injetada na
rede da concessionária (reversa). Dessa forma, acontece a
compensação dos créditos na sua conta.
A ANEEL sugere que seja feita a substituição do medidor
tradicional para o medidor bidirecional que lê tanto a energia
gerada quanto a energia consumida.
Mas, nos casos dos consumidores de baixa tensão, é possível
utilizar dois medidores unidirecionais, um para a energia
gerada e outro para a energia consumida.
Inversor:
Equipamento responsável por
converter a tensão contínua
produzida pelos painéis solares em energia alternada. E
também tem a função de anti-ilhamento, que ocorre caso haja
a queda de tensão na rede elétrica pública (apagões), o inversor
é desligado automaticamente, garantindo a segurança de
pessoas que possam entrar em contato com o sistema
fotovoltaico (como técnicos de manutenção), bem como a
segurança dos equipamentos e do sistema como um todo.
Células de Silício Monocristalino
A célula de silício monocristalino é historicamente as
mais usadas e comercializada como conversor direto de
energia solar em eletricidade e a tecnologia para sua
fabricação é um processo básico muito bem constituído.
A fabricação da célula de silício começa com a extração do
cristal de dióxido de silício. Este material é desoxidado em
grandes fornos, purificado e solidificado. Este processo
atinge um grau de pureza em 98 e 99% o que é
razoavelmente eficiente sob o ponto de vista energético e
11
custo. Este silício para funcionar como células fotovoltaicas
necessida de outros dispositivos semicondutores e de um
grau de pureza maior devendo chegar na faixa de 99,9999%.
Para se utilizar o silício na indústria eletrônica além do alto grau
de pureza, o material deve ter a estrutura monocristalina e
baixa densidade de defeitos na rede. O processo mais utilizado
para se chegar as qualificações desejadas é chamado "processo
Czochralski". O silício é fundido juntamente com uma pequena
quantidade de dopante, normalmente o boro que é do tipo p.
Com um fragmento do cristal devidamente orientada e sob
rígido controle de temperatura, vai-se extraindo do material
fundido um grande cilindro de silício monocristalino levemente
dopado. Este cilindro obtido é cortado em fatias finas de
aproximadamente 300mm.
Após o corte e limpezas de impurezas das fatias, deve-se
introduzir impurezas do tipo N de forma a obter a junção. Este
processo é feito através da difusão controlada onde as fatias de
silício são expostas a vapor de fósforo em um forno onde a
temperatura varia entre 800 a 1000 o C.
Dentre as células fotovoltaicas que utilizam o silício como
material base, as monocristalinas são, em geral, as que
apresentam as maiores eficiências. As fotocélulas comerciais
obtidas com o processo descrito atingem uma eficiência de até
15% podendo chegar em 18% em células feitas em laboratórios.
Células de Silício Policristalino:
As células de silício policristalino são mais baratas que as de
silício monocristalino por exigirem um processo de preparação
das células menos rigoroso. A eficiência, no entanto, cai um
pouco em comparação as células de silício de monocristalino.
12
O processo de pureza do sílicio utilizada na produção das células
de silício policristalino é similar ao processo do Si
monocristalino, o que permite obtenção de níveis de eficiência
compatíveis. Basicamente, as técnicas de fabricação de células
policristalinas são as mesmas na fabricação das células
monocristalinas, porém com menos rigores de controle.
Podem ser preparadas pelo corte de um lingote, de fitas ou
depositando um filme num substrato, tanto por transporte de
vapor como por imersão. Nestes dois últimos casos só o silício
policristalino pode ser obtido. Cada técnica produz cristais com
características específicas, incluindo tamanho, morfologia e
concentração de impurezas. Ao longo dos anos, o processo de
fabricação tem alcançado eficiência máxima de 12,5% em
escalas industriais.
Célula Fotovoltaica:
A célula solar, ou célula fotovoltaica, é o dispositivo elétrico
responsável por converter a energia da luz do sol diretamente
em energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico.
Existem diversos tipos de células fotovoltaicas, que são
classificados pelo material e refinamento usado. Os principais
tipos de células fotovoltaicas são produzidos em silício,
podendo ser cristalino, monocristalino (mono-Si), policristalino
(multi-Si) e silício amorfo (a-Si).
Tradicionalmente, são usadas 36, 60 ou 72 células
fotovoltaicas interligadas em série para montar uma placa
solar fotovoltaica (também chamada de painel solar
ou módulo fotovoltaico), equipamento responsável pela
geração de energia elétrica provinda do sol, chamada de
energia solar fotovoltaica.
13
Módulo Fotovoltaico:
Módulo fotovoltaico é termo técnico para placa solar ou
painel solar. O módulo fotovoltaico é composto por 36 a 72
células solares produzidas normalmente por silício e é
utilizado para a captação da luz do sol, com a função de
converter a luz solar em energia elétrica fotovoltaica.
As células do módulo fotovoltaico são responsáveis pela
geração da energia solar, já que causam o efeito fotovoltaico
que absorve a energia da luz solar para que a corrente elétrica
percorra o caminho necessário entre duas camadas em um
direção oposta.
.
Painel Fotovoltaico:
O painel solar (placa solar fotovoltaica) é o equipamento
essencial para se gerar energia fotovoltaica, o qual é composto
por células fotovoltaicas fabricadas a partir de materiais
semicondutores, como o silício, que absorvem a luz do sol e
geram energia elétrica pelo efeito fotovoltaico.
A placa solar funciona quando os fótons atingem as células
fotovoltaicas, fazendo com que alguns dos elétrons que
circundam os átomos se desprendam e migrem para a parte
da célula de silício que está com ausência de elétrons, criando
uma corrente elétrica, chamada de energia solar fotovoltaica.
14
A geração de corrente elétrica pelos painéis solares ocorre
quando os fótons (partículas de luz solar) colidem com os
átomos do material do painel solar, provocando assim o
deslocamento dos elétrons. Este fluxo de elétrons cria uma
corrente elétrica, ou o que nós chamamos de Energia Solar
Fotovoltaica.
Módulos Fotovoltaicos em Série:
Os módulos fotovoltaicos ligados em série constituem
aquilo que normalmente se designa por fileiras. É importante
realçar que na associação de módulos fotovoltaicos devem ser
utilizados módulos do mesmo tipo, de forma a minimizar as
perdas de potência no sistema. Na conexão série as tensões dos
módulos se somam e a corrente que percorre os módulos é a
mesma.
Módulos Fotovoltaicos em Paralelo:
Nesse tipo de associação as tensões dos módulos se
mantém e a corrente que percorre os módulos se somam.
Orientação e Inclinação dos módulos:
Painéis instalados no hemisfério sul do planeta devem estar
com a face voltada para o NORTE. A sua inclinação para o
mesmo hemisfério varia de 0° a 15° dependendo da localidade.
Norte geográfico tem cerca de 20° de diferença do norte
15
magnético, ou seja, uma bússola apontaria para o Norte
magnético com essa defasagem angular.
Conectores MC4:
São conectores elétricos de contato único comumente
usados para conectar painéis solares.
Transformadores:
Equipamentos utilizados para
transformação de energia elétrica através de
aumento ou redução de tensão elétrica.
Usados quando a tensão fornecida pela
concessionária não pode ser utilizada para
ligar o inversor.
Por exemplo: de 380V para 220V
Aterramento Elétrico:
É um dos pontos mais
importantes da instalação e tem a
finalidade de “escoar” para a terra as
cargas elétricas indesejadas
causadas por surtos ou falhas. O
aterramento da microgeração deve
ser interligado com o da Unidade Consumidora.
Eletroduto:
São tubos que carregam a fiação de uma instalação elétrica
e têm como função proteger os condutores contra corrosões e
ações mecânicas, evitar curto-circuitos, super aquecimento,
evitar choques elétricos e ainda funcionam como condutores de
proteção.
Controlador de Carga:
Controladores de carga foram desenvolvidos com a principal
finalidade de controlar a carga das baterias, assim eles
trabalham para manter a carga das baterias em níveis seguros,
16
fazendo a gestão tanto das cargas que estão entrando como das
cargas que estão saindo da bateria.
Alguns controladores controlam somente a carga que está
entrando nas batarias, não fazendo o controle da carga de saída
que está sendo drenada da bateria.
Para saber quando se deve usar um controlador de carga é
simples, sempre que houver a necessidade de uma bateria no
sistema de geração fotovoltaica, será imprescindível um
controlador de carga.
O Controlador de carga, tem a função de controlar algumas
variáveis durante a carga e descarga da bateria, alguns mais
sofisticados utilizam dados meteorológicos para maximizar o
carregamento da carga.
Os principais controles que são feitos pelo aparelho, é o
controle da tensão (voltagem) que será utilizada para carregar
as baterias e a corrente (amperagem) para isso.
Sombreamentos:
Quando são instaladas, as placas fotovoltaicas estão
preparadas para receberem luz solar em toda a sua extensão.
Isso pode ser comprometido com a interferência das sombras
de árvores e vegetações, prédios vizinhos, entre outras coisas.
Esse fenômeno é chamado de sombreamento do sistema
fotovoltaico.
Efeitos de Sombreamento:
As sombras causadas nas células fotovoltaicas geram
efeitos negativos. Como sua geração energética é diretamente
proporcional à incidência de luz solar, qualquer diminuição na
área de absorção reduz drasticamente a eficiência. Um bom
funcionamento do painel precisa de um bom planejamento,
desde o nascer até o pôr do sol.
Outro ponto mais delicado é a danificação das placas. Quando
apenas uma parte do painel fotovoltaico está recebendo luz
solar, o pedaço sombreado acaba realizando um efeito
contrário: os raios de sol, absorvidos na parte funcionante, são
dissipados como calor no local sombreado. Em bem pouco
tempo, isso pode danificar gravemente todo o sistema.
17
Monitoramento:
Os inversores instalados possuem aparelhos que são
passíveis de conexão WI-FI. Caso exista conexão WI-FI
disponível no local de instalação, o inversor pode ser conectado
à rede de internet, onde enviará os dados de produção e
monitoramento geral para a plataforma específica do
fabricante, que poderá ser acessada pelo cliente.
Limpeza:
Ao decorrer do tempo, impurezas como poeira reduzem a
capacidade de captação da luz dos módulos. A limpeza pode ser
feita com água, sabão neutro ou material específico para asseio
de vidros e uma vassoura, tentando impor muito peso sobre os
painéis.
Estrutura:
Cada superfície de instalação dos painéis necessita de uma
estrutura específica seja telhado, solo etc. Exemplo: telhados
podem ter telhas coloniais, de fibrocimento ou metálicas.
Diodos de Desvio:
São dispositivos eletrônicos que permitem a passagem de
corrente elétrica em apenas um sentido e usados para diminuir
os problemas causados pelo sombreamento parcial em
módulos fotovoltaicos conectados em antiparalelo a um
conjunto de células ou ao próprio módulo.
Caso 1- Sem sombreamento e sem diodos: Nesse caso a
geração ocorre de forma natural com boa intensidade de
corrente a depender do nível de irradiância incidente.
Caso 2 – Com sombreamento e sem diodos: No momento em
que uma das células e sombreada ou danificada a mesma passa
a limitar a corrente gerada pelas outras células, gerando
18
aquecimento e diminuindo a quantidade de energia gerada
pelo conjunto.
Caso 3 – Sem sombreamento e com diodos: A partir do
momento em que são instalados os diodos de desvio a corrente
flui normalmente pelas células caso nenhuma delas seja
sombreada ou apresente defeito. Assim toda a corrente passará
pelas células e os diodos acabam não interferindo no conjunto.
Caso 4: Com sombreamento e com diodos: Nota-se o efeito dos
diodos de desvio quando a célula é sombreada ou apresenta
defeito, pois a corrente é desviada pelo diodo aproveitando
assim a geração das demais células que estão em perfeito
funcionamento.
Influência da Temperatura: A temperatura tem influência
sobre a tensão. Em temperaturas mais baixas a tensão aumenta
e em temperaturas mais altas a tensão diminui.
19
Perdas por Mismatch: Uma das principais fontes de perdas em
um sistema fotovoltaico é o mismatch (também chamado de
incompatibilidade ou descasamento) entre as quantidades de
energia geradas por dois ou mais módulos dentro de um arranjo
fotovoltaico. Exemplos de fontes de mismatch: sujeira, poeira,
incompatibilidade das placas, projeto (os módulos devem ter
mesma inclinação e orientação, strings conectadas no mesmo
MPPT precisam ter o mesmo comprimento).
TAXA MÍNIMA DE ENERGIA
Pela Resolução nº 414 de 2010 da ANEEL, a taxa mínima a ser
paga em uma conta de luz apresenta diferentes valores de
acordo com os padrões de ligação (MONO/BI/TRI).
Quando o padrão é monofásico, o consumidor paga a taxa
mínima equivalente a 30kWh.
Quando o padrão é bifásico, o consumidor paga a taxa mínima
equivalente a 50kWh.
Quando o padrão é trifásico, o consumidor paga a taxa mínima
equivalente a 100kWh.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
CORRENTE CONTÍNUA
Dispositivo de Proteção Contra Surtos – DPS:
Tem a finalidade de limitar sobretensões a
níveis adequados aos equipamentos e desviar
altas tensões provenientes das descargas
atmosféricas.
StringBox:
Equipamento de proteção que isola o
sistema de produção de energia
fotovoltaica, com o propósito de impedir
o risco de propagação de acidentes
elétricos, como os curtos-circuitos e os surtos elétricos.
20
Chave Seccionadora:
Uma chave seccionadora é um
interruptor de desativação que tem a
capacidade e interromper a energia para
um circuito elétrico ou a um grupo de
circuitos elétricos. As chaves seccionadoras, também chamadas
de interruptores de desconexão, são usadas em uma grande
variedade de configurações, e são empregadas como
dispositivos de segurança que desenergizam circuitos para que
as pessoas possam trabalhar com eles de forma segura.
Fusíveis:
São dispositivos de proteção
contra sobrecorrente que rompem
seu filamento ao serem percorridos
por uma corrente maior que a
especificada nominalmente.
CORRENTE ALTERNADA
Disjuntores:
Equipamentos utilizados para a proteção dos condutores e
circuitos elétricos com intuito de desligamento de um circuito
quando ocorre uma sobrecarga ou curto circuito
Disjuntores Termomagnéticos: Atuam na proteção do circuito
contra sobrecargas e curto circuito;
Disjuntores DR (diferencial Residual): Atuam na proteção
contrafuga de corrente elétrica dos circuitos.
21
Padrão de Entrada:
É o conjunto de instalações composto de caixa de medição,
sistema de aterramento, condutores e outros acessórios
indispensáveis para que a concessionaria faça a sua ligação.
Compreende o poste auxiliar, o ramal de entrada, a caixa de
medição, o disjuntor de entrada e o aterramento.
O Padrão de Entrada indicado para o seu imóvel vai depender
do tipo de ligação, que pode ser Monofásica, Bifásica ou
Trifásica, e do local adequado para sua instalação, que pode ser
em poste, pontalete, muro ou parede.
22
Ramal de Entrada:
Conjunto de condutores e acessórios instalado pelo
consumidor entre o ponto de conexão e a medição ou proteção
de suas instalações de utilização.
Demanda Contratada:
Demanda contratada é o valor de demanda de energia que a
unidade consumidora irá utilizar dentro dos seus processos de
consumo de energia elétrica. O somatório das cargas instaladas
operando no mesmo intervalo de tempo, expresso em
quilowatts (kW), é denominado “DEMANDA”, ou seja, é a
capacidade máxima que é exigida do Sistema Elétrico em
determinado momento.
Este conceito de demanda contratada se aplica a unidades
ligadas à alta tensão (Grupo A) e é utilizado como parâmetro no
contrato de fornecimento de energia elétrica da unidade
consumidora. Isto traz um compromisso do consumidor de alta
tensão em se manter dentro dos limites de demanda
contratada especificada em contrato. Evitando-se assim que
haja uma sobrecarga no sistema por falta de planejamento por
parte do consumidor em relação à sua demanda contratada de
energia.
Tensão de Fase e Tensão de Linha:
Tensão de linha é aquela tensão medida em uma fase
com relação a tensão de outra fase, ou seja, a tensão de linha é
diferença de potencial entre duas fases. Desta forma a tensão
de linha também é conhecida como tensão fase-fase.
23
A tensão de fase é aquela tensão medida de uma fase em
relação ao neutro, ou seja, a tensão de fase é diferença de
potencial entre fase e neutro.
Sistema Monofásico:
Em um sistema monofásico a rede dispõe de dois
condutores elétricos, sendo um condutor de fase e um
condutor neutro, de forma com que a tensão elétrica deste
sistema nas instalações elétricas seja de 127V ou 220V,
podendo variar de acordo com a concessionária de energia
elétrica.
127/220
Fase-
Neutro
127
Sistema Bifásico:
O sistema bifásico possui como característica a existência de
três condutores elétricos sendo entregues ao estabelecimento,
dois condutores de fase e um condutor neutro, de forma com
que a tensão de fase e linha pode variar entre 127/220V ou
220/380V, dependendo da concessionária de energia.
127/220
Fase-Neutro
Fase-Fase
127V
220V
Sistema Trifásico:
No sistema trifásico, a rede elétrica dispõe de quatro
condutores, três condutores de fase (R, S, T) e um condutor
neutro. Assim como no sistema bifásico, as tensões de fase e
linha podem variar entre 127/220V ou 220/380V e em algumas
situações os sistemas trifásicos fornecerem em média potências
de até 75KW (75000W), muito usado em indústria e comércios.
O sistema trifásico é composto por três ondas senoidais
balanceadas, que são defasadas entre si em 120 graus, de forma
equilibrada, o que torna o sistema trifásico mais eficiente se
24
compararmos com três sistemas monofásicos isolados, pois
isto permite a flexibilidade entre dois níveis de tensão.
127/220
Fase-Neutro 127
Fase-Fase 220
220/380
Fase-Neutro 220
Fase-Fase 380
Dimensionamento P.E: Primeiro se realiza um levantamento
de potência (quantidade de potência por equipamento do
consumidor) para saber qual será o disjuntor de entrada.
25
26