BP 795 FEVEREIRO 2021
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Brasil
Presbiteriano
O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial
da Igreja Presbiteriana do Brasil
Ano 62 nº 795 – Fevereiro de 2021
IPB Live Nordeste
Conselho Presbiteriano de Capelanias do SC/IPB
Com a missão de impulsionar a IPB para um atuação estruturada e
qualificada em seus serviços de Capelania, o Conselho Presbiteriano
de Capelanias (CPC) do SC/IPB está com nova diretoria eleita.
Confira na página 4.
CE 2021 – CNA
No dia 13 de janeiro, a Confederação
Nacional dos Adolescentes
(CNA) realizou a Reunião
da Comissão Executiva com
participação online de 31 Confederações
Sinodais de Adolescentes.
Confira as decisões e
próximos passos da adolescência
presbiteriana na página 10.
A Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação (APE-
COM) da IPB realizou dia 23 de janeiro uma transmissão ao vivo por
6 horas ininterruptas direto de João Pessoa, na Paraíba, para todo o
país. O evento contou com a presença de músicos locais e entrevistas
de líderes dos nove estados. Página 8
Convocação CE-2021
Por ordem do Presidente do SC/IPB, Rev. Roberto Brasileiro Silva, a
Comissão Executiva do SC/IPB foi convocada para reunir-se no dia
15 de março de 2021, às 13 horas e 30 minutos, no templo da IP
Central de Campinas, SP. Página 13
Campanha de oração da APMT
Mobilize sua igreja a orar e a planejar
programações anuais com
o tema de 2021 em prol dos missionários
da APMT. Saiba mais
sobre a Campanha Anual de
Oração e o tema “Colhendo em
Tempos de Crise” na página 5
2
Brasil
Presbiteriano
Fevereiro de 2021
S
EDITORIAL
ociólogos têm se dedicado
a explicar as vantagens
sociais da religião,
o que acaba se aplicando a
agrupamentos humanos em
geral.
Uma comunidade harmoniosamente
focada verá crescer
a motivação e o envolvimento
de seus membros,
nas áreas física e emocional.
Tais motivação e envolvimento
impulsionarão iniciativas,
desencadearão projetos,
atrairão participantes,
envolverão os omitidos e
varrerão para segundo plano
diferenças menores.
Conquanto muito se possa
fazer online, como de fato
tem sido feito, com a proximidade
física o resultado é
outro. Haverá uma indispensável
percepção mútua de
posturas, gestos, expressão
corporal e facial, olhares e
tom de voz. Um falecido
JORNAL BRASIL PRESBITERIANO
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Nome do titular
Bom e agradável
ex-presidente da República
disse certa vez que preferia
cheiro de cavalos a cheiro de
gente. Preferências estranhas
à parte, porém, nada substitui
o aroma dos irmãos na fé.
A proximidade física,
durante a execução de projetos
e tarefas comuns, bem
como a mútua consciência
disso, produzem uma “cumplicidade”
abençoada. O
envolvimento físico e emocional
será compartilhado de
modo consciente, o que fortalece
o grupo como o encarar
uma tela de computador
não consegue fazer.
Seria necessário a sociologia
nos apresentar as vantagens
da vida em comunhão,
presencialmente, como
Corpo de Cristo? Não sabemos
da solidariedade e senso
de pertencimento resultantes,
bem como da valorização
de nossa identidade cristã
e denominacional, além
da inspiração que se traduz
em animação, entusiasmo e
ação?
Os filhos da Aliança precisam
crescer e se desenvolver
no âmbito da Aliança. A formação
começa em casa, cada
pequeno de olho nos pais,
seus primeiros discipuladores.
A formação continua no
ambiente da igreja, em que
outros adultos participarão
do discipulado e será desenvolvido
o senso de povo de
Deus.
Algumas mudanças ensejadas
pela atual pandemia
vieram para ficar. O home
office dá conta de muitos
trabalhos, sem a sofrida viagem
de ida e volta à empresa
todos os dias, com tempo e
dinheiro gastos no processo.
Não precisamos renovar
tanto o guarda-roupa, podemos
usar em casa roupas
CEP
UF
Telefone
Quantidade de assinaturas
Validade
Código de segurança
mais em conta e de acordo
com um novo e mais despojado
dress code. O horário
de trabalho pode ser mais
flexível em certos casos,
com melhor aproveitamento
de tempo e energia e maior
aproximação dos familiares.
A distribuição de tarefas
domésticas pode ser repaginada
de modo mais justo,
com participação de todos
e sem tanta exploração da
rainha do lar.
Os encontros presenciais
são insubstituíveis – e serão
realizados quando permitidos
e observados os protocolos
–, mas parte do planejamento,
administração e
educação têm espaço para
trabalhos online. A sabedoria
aproveitará o melhor dos
dois mundos. Afinal, “Como
é bom e agradável viverem
unidos os irmãos!” (Sl
133.1).
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Brasil
Presbiteriano
Ano 62, nº 795
Fevereiro de 2021
Rua Miguel Teles Júnior, 394
Cambuci, São Paulo – SP
CEP: 01540-040
Telefone:
(11) 3207-7099
E-mail: bp@ipb.org.br
assinatura@cep.org.br
Órgão Oficial da
www.ipb.org.br
Uma publicação do Conselho
de Educação Cristã e
Publicações
Conselho de Educação Cristã e
Publicações (CECEP)
Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente)
Domingos da Silva Dias (Vice-presidente)
José Romeu da Silva (Secretário)
Alexandre Henrique Moraes de Almeida
Anízio Alves Borges
Hermisten Maia Pereira da Costa
Misael Batista do Nascimento
Walcyr Gonçalves
Conselho Editorial do BP
Fevereiro 2020 a fevereiro 2022
Cláudio Marra (Presidente)
Anízio Alves Borges
Ciro Aimbiré Moraes Santos
Clodoaldo Waldemar Furlan
Hermisten Maia Pereira da Costa
Jailto Lima do Nascimento
Natsan Pinheiro Matias
EDITORA CULTURA CRISTÃ
Rua Miguel Teles Júnior, 394 – Cambuci
01540-040 – São Paulo – SP – Brasil
Fone (11) 3207-7099
www.editoraculturacrista.com.br
cep@cep.org.br
0800-0141963
Superintendente
Haveraldo Ferreira Vargas
Editor
Cláudio Antônio Batista Marra
Editores Assistentes
Eduardo Assis Gonçalves
Márcia Barbutti de Lima
Produtora
Mariana dos Anjos Esteves
Edição e textos
Gabriela Cesario
E-mail: bp@ipb.org.br
Revisão
Mariana dos Anjos Esteves
Gabriela Cesario
Diagramação
Aristides Neto
Impressão
Brasil
Fevereiro de 2021 Presbiteriano
3
GOTAS DE ESPERANÇA
Um mundo em convulsão
Hernandes Dias Lopes
O
apóstolo Paulo
disse que nos últimos
dias, os tempos seriam difíceis
(2Tm 3.1). A palavra
“difíceis” é a mesma usada
para descrever o furioso
endemoninhado de Gadara.
O mundo está em convulsão.
Há uma inquietação
global. Há um desassossego
entre as nações. Uma
horda de “gafanhotos” sai
do abismo para atormentar
os homens (Ap 9.1-
11). Essa angústia entre as
nações pode ser vista nos
seguintes fatos:
Em primeiro lugar, uma
pandemia global. O ano
2020 ficará nos anais da
História como um tempo
em que o mundo parou
por causa de um vírus. As
colunas de sustentação da
sociedade ficaram abaladas.
Os poderes econômicos,
políticos e científicos
não tiveram uma resposta
rápida e eficaz para sanar
esse mal que ceifou mais
de um milhão de pessoas
em todo o mundo. Países
ricos e pobres enfrentaram
a carranca da crise. A
morte visitou palácios e
choupanas, ricos e pobres,
doutos e analfabetos,
jovens e velhos, crentes
e ateus. Bastou um vírus
para jogar por terra toda a
soberba humana e colocar
de cócoras os poderosos.
Hoje, vivemos a corrida na
aplicação de uma vacina
eficaz para erradicar esse
mal. Porém, os temores teimam
em assustar a todos,
pois não se tem certeza da
plena eficácia desses imunizantes.
“A sociedade
aplaude o que
deveria reprovar
e reprova
o que deveria
promover. Chamam
luz de
trevas e trevas
de luz”.
Em segundo lugar, uma
inversão de valores. A
sociedade hodierna não
apenas tolera o mal, mas
o promove. Não se trata
apenas de acomodação a
uma ética flácida e situacional,
mas o que se vê é
uma inversão de valores.
A sociedade aplaude o que
deveria reprovar e reprova
o que deveria promover.
Chamam luz de trevas e
trevas de luz. Um exemplo
dessa inversão de valores
foi a aprovação da lei
do aborto, recentemente
na Argentina. Multidões
foram às ruas comemorar
a cultura da morte. A
sociedade que fala hipocritamente
em direitos
humanos, luta bravamente
para defender ovos de tartaruga,
mas sem qualquer
pudor, drapeja suas bandeiras
celebrando a morte
de seres humanos privados
do mais sagrado de todos
os direitos, o direito à vida.
Aborto é assassinato com
requinte de crueldade. É
transformar o sacrário do
ventre materno num patíbulo
de tortura. É arrancar
do ventre um ser humano,
criado à imagem e semelhança
de Deus, como se
fosse uma verruga pestilenta.
Ah, o sangue dos
inocentes clama aos céus!
Em terceiro lugar, uma
marcha rumo ao ateísmo
cultural. A sociedade contemporânea,
em nome do
Estado laico, quer estabelecer
um Estado ateu. Os
valores cristãos estão sendo
tripudiados. Os símbolos
cristãos estão sendo eliminados.
Os princípios judaico-cristãos
estão sendo
perseguidos. O conceito de
família, conforme instituída
por Deus, está sendo
atacada com rigor desmesurado.
A intolerância com
a fé cristã é notória. Uma
onda de Cristofobia percorre
o mundo. Cristãos
estão sendo perseguidos
em todo o mundo e em
todos os níveis. A intolerância
com a fé cristã é
vista até mesmo nos países
outrora chamados cristãos.
Essa intolerância, não raro,
é notada nos palácios, nos
parlamentos, nas cortes, na
grande mídia, no teatro e
na literatura.
Em quarto lugar, uma
radicalização política intolerante.
O mundo caminha
para uma radicalização
intolerante. Estamos
perdendo a capacidade de
dialogar com os diferentes
e respeitar opiniões diversas
das nossas. Até mesmo
a maior democracia do
mundo flerta com uma
espécie de guerra civil. O
idealismo da política está
se desfigurando. Usa-se
o poder para manipular.
Compra-se apoio político
para se perpetuar no poder.
Expedientes heterodoxos e
nada republicanos são usados
para auferir vantagens
pessoais. Populismo e ditadura
são o sonho de consumo
de líderes que amam
a si mesmos e o poder em
vez de amar o povo para
servi-lo.
Em quinto lugar, uma
apostasia galopante. Não
é apenas o mundo que está
em convulsão. A igreja,
também, em larga escala,
mundo a fora, ruma
para uma apostasia muito
perigosa. Denominações
inteiras sucumbiram ao
liberalismo teológico e se
desidrataram. Outras, renderam-se
ao sincretismo
religioso e se perderam nos
labirintos de um misticismo
tosco. Há aquelas que, por
amor ao lucro, entregaramse
à teologia da prosperidade.
E não poucas são as
igrejas que se acomodaram
a uma ortodoxia morta.
Uma palavra de gratidão
Pela graça de Deus, no dia 17 de janeiro de
2021, completei 39 anos de ministério. Sou
grato a Deus pelo privilégio de servi-lo nesses
anos como pastor na Primeira Igreja Presbiteriana
de Bragança Paulista (1982-1984), na
Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória (1985-
2021) e na Igreja Presbiteriana de Pinheiros
como pastor colaborador (2011-2021). Tenho,
ainda, servido ao Senhor como Diretor Executivo
de Luz para o Caminho desde 2010.
Hernandes Dias Lopes
Nesse mundo em convulsão,
é preciso erguer a voz
e dizer que a única esperança
para esta geração é o
evangelho de Cristo. E só
uma igreja viva e cheia do
Espírito Santo pode pregar
o evangelho com autoridade
e poder.
O Rev. Hernandes Dias Lopes é
o Diretor Executivo de Luz para o
Caminho e colunista regular do Brasil
Presbiteriano.
4
Brasil
Presbiteriano
Fevereiro de 2021
Hinologia e História
Tragédia no mar
Felicidade com Jesus
A
Caleb Soares
história desse hino envolve
Horatio Gattes Spafford
(1828-1888), um sofrido presbiteriano
dos Estados Unidos que,
depois da morte de um filho,
sofreu duro golpe pela perda das
quatro filhas em um só dia.
Advogado de
renome em Chicago,
Spafford
já havia sofrido
duro revés
com o incêndio
devastador
naquela cidade
em 8 de outubro
de 1871. Dois anos depois,
decidiu que sua família passaria
as férias em algum lugar
da Europa e escolheu a Inglaterra,
sabendo que seu amigo,
o célebre evangelista Dwight
L. Moody, estaria pregando na
região. A necessidade de cuidar
de seus negócios o fez enviar
sua família primeiro: sua esposa
Anna Tubena Larsen e suas
quatro filhas Annie, Margaret,
Elizabeth e Tanetta. Em 21 de
novembro de 1873, enquanto
atravessavam o Atlântico no
vapor Ville du Havre, a embarcação
chocou-se com outro
navio e foi a pique, tirando a
vida de 226 pessoas, inclusive
as quatro filhas de Spafford.
Ele recebeu a fatídica notícia de
sua esposa, que lhe enviou telegrama
ao chegar à Inglaterra:
"Salva sozinha". Spafford então
viajou à Inglaterra e passou pelo
local da morte de suas filhas. De
acordo com Bertha Spafford,
filha nascida após a tragédia,
ele foi para sua cabina onde
compôs a letra do famoso hino
"It Is Well with My Soul" (Tudo
está bem com minha alma).
O missionário batista William
Edwin Entzminger (1859-1930)
o traduziu para o português com
o título “Aflição e paz” (Novo
Cântico nº 108).
A melodia, composta por
Philip Paul Bliss, foi intitulada
Ville du Havre, nome do navio
acidentado.
Spafford faleceu em 16 de
outubro de 1888, por malária,
tendo sido sepultado em Jerusalém,
onde trabalhava com a
esposa em uma missão.
O Rev. Caleb Soares é doutorando em
Ministério, professor e historiador.
Aflição e paz
Se paz a mais doce me deres gozar,
se dor a mais forte sofrer;
Oh, seja o que for tu me fazes saber,
Que feliz com Jesus sempre sou!
Sou feliz, com Jesus,
sou feliz com Jesus meu Senhor!
Embora me assalte o cruel satanás
e ataque com vis tentações;
Oh, certo eu estou apesar de aflições,
Que feliz eu serei com Jesus!
Meu triste pecado por meu Salvador,
foi pago de um modo cabal;
Valeu-me o Senhor, oh, mercê sem igual,
Sou feliz graças dou a Jesus!
A vinda eu anseio do meu Salvador,
em breve virá me levar;
Ao céu onde vou para sempre morar,
Com remidos na luz do Senhor!
Capelania Hospitalar
CPC – Conselho Presbiteriano de Capelanias do SC/IPB
T
Eleny Vassão
endo como sua missão
impulsionar a IPB
para uma atuação estruturada
e qualificada em seus
serviços de Capelania e com
a visão de ser referência aos
capelães presbiterianos na
seleção, supervisão e aporte
institucional para o desempenho
do ministério de
Capelania, e para lidar com
questões afeitas ao tema no
âmbito da IPB, o CPC, iniciado
em julho de 2014, tem
como finalidade, segundo
seu Regimento Interno:
I. Representar a IPB junto
a órgãos e instituições públicas
ou privadas para tratar
de assuntos pertinentes
a Capelania; II. Cadastrar
Capelães, órgãos e instituições
de capelania que mantenham
vínculo com a IPB;
III. Credenciar e descredenciar
os capelães com vistas
ao exercício de Capelania
no âmbito da IPB ou fora
dele, mediante parecer da
Comissão Examinadora;
IV. Promover, recomendar
e incentivar cursos para a
capacitação básica e aprimoramento
contínuo de
capelães e equipes de Capelania,
ouvida a JET; V. Colaborar
com a organização de
Capelanias; VI. Promover
ou apoiar encontros que
visem intercâmbio de experiências
relacionados ao
Serviço de Capelania, sob a
inspiração da fé reformada;
VII. Assessorar Presbitérios,
Sínodos e órgãos da IPB na
elaboração de atividades de
Capelania; VIII. Promover
parcerias com órgãos e instituições
afins, no âmbito da
IPB ou fora dele; IX. Prestar
ou viabilizar assistência aos
capelães e respectivas famílias,
com o objetivo de cooperar
com eles no cumprimento
de suas atribuições;
X. Coordenar a atuação das
diversas áreas de Capelania
na prestação de ajuda
em situações emergenciais
e catastróficas causadas por
desastres; XI. Difundir a atividade
de Capelania a fim
de promover sua expansão.
Para o biênio de 2021-
2022, uma nova Diretoria
do CPC foi eleita, ficando
assim: Presidente: Capelã
Eleny Vassão P. Aitken;
Vice-presidente: Rev. Alexandre
Antunes; Secretário:
Rev. Alex Thomas de
Almeida; Tesoureiro: Rev.
Elioenai P. Bandeira. Muitos
novos projetos e eventos
para a IPB neste novo ano.
Aguardem!
Eleny Vassão é Capelã Hospitalar da IPB, Fundadora
e Diretora da Geral da ACS
Brasil
Fevereiro de 2021 Presbiteriano
5
Missões Transculturais
Campanha de oração da APMT 2021
Mobilize sua igreja a orar e a planejar programações anuais com o tema de 2021 em prol dos
missionários da APMT
Aguinaldo Melo
2020: “O ano perdido”, “O ano
que não começou”, “O ano que não
existiu”, “O ano em que o mundo
parou”, “O ano em que a Terra
parou”, “O ano que não aconteceu”,
“O ano do Juízo”.
Se você buscar as referências a
2020 é mais ou menos isso que vai
encontrar, mas a despeito de todas
essas alcunhas, e de tudo que aconteceu
e está acontecendo, a APMT
seguiu sob a boa mão de Deus, que
nos conduziu e guardou em meio à
intensa adversidade.
Vários dos nossos missionários
foram infectados: alguns com sintomas
graves, com internação hospitalar,
outros com sintomas mais
brandos e alguns quase assintomáticos.
Alguns deles perderam
familiares bem próximos. Nosso
Escritório Geral, na cidade de São
Paulo, ficou fisicamente fechado
de março a agosto de 2020. Nossas
metas foram revistas e recalculadas.
Vários missionários que estavam
indo ao campo, ou vindo de lá, ficaram
retidos em face do fechamento
de fronteiras. Vários deles se “reinventaram”
dando uma nova face
ao andamento de seus projetos. Foi
assim que vivenciamos cada dia na
total dependência do Senhor e buscando
nele as soluções para cada
situação. Foi fácil? Não, obviamente,
contudo nós aprendemos lições
profundas do que vem a ser, de fato,
vivermos de fé em fé.
Para 2021, o tema da Campanha
Anual de Oração ficou assim
definido: “Colhendo em Tempos
de Crise”. Simbolicamente, retrata
com maestria o que imaginamos
que sucederá neste novo ano. O
versículo chave para a Campanha
está no salmo 126, verso 5: “Os que
com lágrimas semeiam, com júbilo
ceifarão”. Nessa verdade está posta
a nossa esperança.
Uma grande benção que já colhemos
foi e tem sido o grande envolvimento
das nossas queridas irmãs
da Confederação Nacional das
SAFs (CNSAFs). Essas mulheres
têm sustentado a obra missionária
em oração, intercedendo por
nossos missionários madrugadas a
fora. Elas têm investido na obra
missionária, não medindo esforços
para levantar ofertas generosas
para aqueles que estão servindo em
diferentes campos missionários, no
Brasil e em contexto transcultural.
Queremos honrá-las, reconhecer
o grande esforço de cada sócia, e
louvar a Deus pela mobilização de
mulheres de todo o Brasil, levantando
e enviando uma "Oferta muito
especial de Natal", que alegrou e
surpreendeu cada missionário. Que
cada um de nós venha a aprender
com a dedicação incansável das
nossas Auxiliadoras, que têm investido
tempo, amor e serviço para
que o evangelho se espalhe até os
confins da terra.
Queremos encorajar você a envolver
os irmãos e irmãs, inclusive
crianças e adolescentes, a planejarem
programações a fim de se lembrarem
dos missionários da APMT,
orar por eles, por seus filhos, por
seus projetos, pela saúde, pelo sustento,
pelos que estão ouvindo a
Palavra através deles, por proteção
contra o mal, por ânimo, por
sabedoria... enfim, são muitos os
motivos de oração. Converse com
os líderes das sociedades internas,
dos departamentos, com os irmãos
do Conselho, da Junta Diaconal,
dê ideias, seja a voz das missões
transculturais na sua família e na
sua igreja.
Se sua igreja não recebeu o cartaz
dessa Campanha e outros materiais
de divulgação que a APMT envia
todo começo de ano para as igrejas
cadastradas no nosso banco de
dados, solicite e preencha o cadastro
da sua igreja junto à APMT
pelo e-mail informativos@apmt.
og.br. Prontamente enviaremos os
materiais.
Quando unimos os nossos esforços,
contando com a assistência
do Espírito Santo, nos tornamos
imbatíveis! Lembrei-me agora dos
“Valentes de Davi”: que grupo, que
ousadia, que destemor e que dedicação.
Corramos, pois, com perseverança,
a carreira que nos está
proposta, olhando firmemente para
o Autor e Consumador da fé, Jesus!
Pelos, ainda, não alcançados.
O Rev. Aguinaldo Melo do Nascimento é
Secretário de Atas da Diretoria da APMT
6
Brasil
Presbiteriano
Fevereiro de 2021
No Brasil e no mundo
Aconteceu em fevereiro
1566 – Fundação do Rio de Janeiro
1542 – Uma expedição de 50 homens de Francisco de Orellana
descobre o rio Amazonas.
1546 – Martinho Lutero morre no dia 18 de fevereiro de 1546. O
responsável pelo início da Reforma Protestante e pela tradução
da Bíblia para o alemão desafiou o poder da Igreja Católica ao
divulgar, em 1517, suas 95 teses sobre as indulgências.
1811 – Nascimento do pianista polonês Fryderyk Franciszek
Chopin
1846 – Fim da Guerra dos Farrapos na Região Sul do país
1867 – Inauguração da primeira Estação da Luz, em São Paulo,
para servir de parada da São Paulo Railway, estrada de ferro entre
Jundiaí e Santos responsável pelo escoamento da produção de
café. Outra estação maior surgiria em 1901.
1871 – Fim da Guerra do Paraguai, com a morte de Solano López
1894 – Lançamento da pedra angular do Edifício Mackenzie, no
bairro do Higienópolis, em São Paulo.
1895 – Rev. John Rockwell Smith chega a São Paulo com três
estudantes, marcando a transferência do Seminário Presbiteriano
de Nova Friburgo para a capital paulista.
1896 – Ocorre dia 22 a primeira apresentação do Cinematógrafo
dos irmãos Lumière.
1922 – De 11 a 18 de fevereiro um grupo de escritores, artistas
plásticos, arquitetos e músicos participam da primeira Semana de
Arte Moderna brasileira.
1941 – O Dia da Mulher Presbiteriana começou a ser comemorado
a partir do Primeiro Congresso Nacional das SAFs, realizado
em 1941, na IP do Riachuelo, Rio de Janeiro, RJ. A data escolhida
foi uma homenagem à Dna. Cecília Rodrigues Siqueira, Secretária
Geral do Trabalho Feminino. O Supremo Concílio de 1954,
reunido em Recife, PE, atendendo ao pedido da Confederação
Nacional do Trabalho Feminino, oficializou, então, o 2º domingo
de fevereiro como o Dia Nacional da Mulher Presbiteriana.
1941 – Ocupação do primeiro campo da Junta Mista de Missões
Nacionais, em Tanabi, SP, na Alta Araraquarense.
1945 – A Força Expedicionária Brasileira (FEB) venceu no dia 5 a
Batalha de Castelnuovo, na Itália, derrotado os nazistas.
1945 – Conferência de Yalta (Crimeia): Roosevelt, Churchill e Stalin
tratam dos problemas derivados da 2ª Guerra Mundial e estabelecem
suas respectivas zonas de influência na Europa.
1967 – No primeiro domingo de fevereiro é comemorado pela primeira
vez o Dia do Homem Presbiteriano. A data foi estabelecida
em setembro de 1966, durante o 1º Congresso Nacional dos Homens
Presbiterianos em Campinas, SP.
1991 – Instalação do Seminário Presbiteriano Brasil Central, em
Goiânia, no dia 4 de fevereiro.
1994 – Brasil, Portugal e cinco nações africanas constituem em
Brasília a Comunidade da Língua Portuguesa.
2020 – Segundo matéria da Agência Brasil, a infecção provocada
pelo novo coronavírus passou a receber o nome oficial de Covid-19
em fevereiro de 2020. O nome é um acrônimo do termo
"doença por corona vírus" em inglês – coronavirus disease 2019.
No Brasil e no mundo
5 casos em que as vacinas ajudaram
a conter epidemias
T
odos os anos, Médicos Sem Fronteiras
(MSF) vacina milhões de pessoas,
prevenindo doenças como meningite,
sarampo e febre amarela. As estratégias
de vacinação têm um papel fundamental
no controle de epidemias em diversos
países. No entanto, milhares de pessoas
no mundo ainda morrem de doenças que
podem ser prevenidas por vacinas.
Conheça 5 campanhas realizadas para
vacinar populações em risco:
1. Febre amarela – República
Democrática do Congo
Em 2015 e 2016, durante o maior surto
de febre amarela em mais de 30 anos, a
MSF mobilizou 100 equipes de 16 pessoas
em partes de Kinshasa, capital da
RDC, para vacinar 760 mil pessoas. A
febre amarela pode ser prevenida por uma
vacina extremamente eficaz, segura e
acessível, que produz imunidade em 99%
das pessoas vacinadas.
2. Sarampo – Mali
Em setembro de 2020, na região de
Timbuktu, norte do Mali, MSF e o Ministério
da Saúde realizaram uma campanha
de vacinação contra o sarampo que imunizou
mais de 50 mil crianças com idades
entre seis meses e 14 anos. A vacinação
foi feita em três etapas em 12 das 19
zonas de Timbuktu.
3. Ebola – República Democrática do
Congo
Pacientes do 11º surto de Ebola na RDC
se beneficiaram do progresso científico
que tem sido feito nos últimos anos, com
as vacinas e os tratamentos agora disponíveis.
De acordo com a OMS, mais de
40 mil pessoas foram vacinadas com a
vacina rVSV-ZEBOV. MSF ajudou na
vacinação dos profissionais de saúde da
linha de frente.
4. Doença pneumocócica – Sudão do
Sul
Em 2013, MSF iniciou uma campanha
com a vacina conjugada pneumocócica
(PCV) no campo de refugiados de Yida,
no Sudão do Sul. Cerca de 10 mil crianças
com menos de dois anos de idade foram
vacinadas até 2014. Foi a primeira vez
que a PCV foi usada em um contexto de
refúgio.
5. Meningite – Níger
Equipes de emergência de MSF apoiaram
o Ministério da Saúde do Níger em
uma campanha de vacinação contra a
meningite, em abril de 2017, nas regiões
de Niamey, Tahoua, Dosso e Tillabéry.
Mais de 350 mil pessoas com idades entre
dois e 20 anos foram vacinadas.
Adaptado de Release Médicos sem Fronteiras
Brasil
Fevereiro de 2021 Presbiteriano
7
Teologia e Vida
O Senhor cuida dos Presbíteros da Igreja
O
Hermisten Costa
Senhor vocaciona
os seus ministros e
também os capacita concedendo-lhes
graça para realizarem
a sua obra. Aliás,
Deus sempre age assim. Ele
não chama pessoas supostamente
capacitadas. E
mesmo que fossem, quem
as teria capacitando antes
senão o próprio Deus?
Deus não nos veste com
faixas e títulos que para
nada mais servem senão
para exibir a nossa vaidosa
fragilidade. A nossa suficiência
vem de Deus. Isso é
graça abundante (2Co 3.5/
1Co 3.5; 4.7). Em síntese,
Deus torna os seus escolhidos
competentes para
realizarem a obra por ele
designada. Isso não significa
perfeição ou a impossibilidade
de quedas e evidente
fragilidade durante o
processo.
Calvino sabia disso. Por
volta de 1556, escreveria:
“É Deus quem nos equipa
com o Espírito de poder.
Pois aqueles que, por
outro lado, revelam grande
força, caem quando não
são sustentados pelo poder
do Espírito de Deus” (As
Pastorais, São Paulo: Paracletos,
1998, [2Tm 1.7], p.
204).
Dentro do propósito apostólico
de fortalecer e consolidar
as igrejas a fim de que
o evangelho não caísse no
esquecimento e as igrejas
seguissem estruturadas com
seus ofícios ordinários, a
sua agenda envolvia já na
primeira viagem missionária
a eleição de presbíteros.
A rapidez do processo
descrito pode ser explicada
pela conversão de muitos
judeus que, certamente,
estavam familiarizados
com as Escrituras do Antigo
Testamento e, também, pelo
trabalho missionário judaico
entre os pagãos. Lucas
narra: “[...] tendo anunciado
o evangelho naquela
cidade e feito muitos discípulos,
voltaram para Listra,
e Icônio, e Antioquia [..] E,
promovendo-lhes, em cada
igreja, a eleição de presbíteros,
depois de orar com
jejuns, os encomendaram
ao Senhor em quem haviam
crido” (At 14.19-23).
Os presbíteros foram eleitos
entre os que criam no
Senhor. Foi uma votação
popular (At 14.23). A vocação
divina é confirmada
pela igreja. Essas são duas
facetas que caminham juntas
de modo inseparável.
Eles, como todos os demais
crentes, foram confiados ao
Senhor da Igreja. Os presbíteros
terão responsabilidades
espirituais maiores
(At 20.28), contudo, não
são autônomos; continuam
sendo do Senhor.
Somente o Senhor pode
nos confirmar em nosso trabalho
e ofício. É ele quem
dirige e preserva a igreja.
A igreja deve agradecer e
interceder por seus presbíteros.
Os presbíteros devem
orar pela igreja, reconhecendo
a sua total incapacidade
em conduzir o povo
de Deus sem a bênção do
Senhor. Orar é expressar
a convicção de nossa total
incapacidade e, ao mesmo
tempo, total confiança no
Senhor. Portanto, os presbíteros
devem buscar instrução,
discernimento e amparo
no Senhor, a quem foram
confiados.
Aqui está um grande
conforto para a igreja e,
em especial, para os presbíteros
e líderes em geral.
Permaneçamos no âmbito
de nossa vocação. A nossa
esfera é anunciar a Palavra,
alimentar e cuidar do rebanho.
No entanto, não temos
autoridade para ultrapassar
a Palavra, nem dispomos
de poderes para converter
ninguém. Não queiramos ir
além do que nos foi proposto
e confiado. Somos
pregadores e testemunhas.
O sobrenatural desta missão
pertence a Deus que
revela já de início o seu
poder ao transformar pecadores
em pregadores. Sem
essa compreensão, corremos
o risco de nos esgotarmos
em nossas ansiedades
criadas pela falta de
compreensão do evangelho
“Deus torna os seus
escolhidos competentes
para realizarem a
obra por ele designada.
Isso não significa
perfeição ou a impossibilidade
de quedas
e evidente fragilidade
durante o processo”.
de Deus, do que somos e
de nossa missão. A Grande
Comissão não falhará;
ela está totalmente sob a
autoridade e poder do Deus
Trino.
Um dos graves problemas
com os quais nos deparamos
em todas as esferas
em nosso país é a falta de
autoridade moral. Quando
o desleixo, a corrupção e
os abusos são cometidos
em todas as esferas, num
primeiro momento podemos
ter uma justa indignação.
Com o passar do
tempo e o agravamento da
situação, essa indignação
inicial tende a assumir a
postura de revolta individual
e coletiva ou, ainda
que não necessariamente de
modo excludente, a ironia
e o deboche, terminando,
não raramente, em indiferença.
Nesse processo, quer
de forma coletiva e pública,
quer mais sutilmente, de
modo velado, o desrespeito
às autoridades constituídas
se torna comum.
Na questão eclesiástica
local, pelo fato de estarmos
muito próximos de nossos
irmãos, onde a sua vulnerabilidade
se torna mais
evidente, podemos perder
a dimensão da nobreza e
responsabilidade de seu ofício,
nos tornando críticos
e levianos, pouco ou em
nada nos lembrando de orar
por eles. Paulo promoveu a
eleição de presbíteros em
cada igreja. A igreja deveria
votar com apurado senso de
reverência, confiando esses
homens ao Senhor, conscientes
de sua responsabilidade
na condução da igreja.
A vocação para um ofício
eclesiástico não significa
a deificação de alguém,
antes, a graça do chamado
na vida de um pecador que,
como os demais irmãos,
está em busca de uma maior
obediência a Deus. Oremos
e honremos nossos oficiais.
O Rev. Hermisten Maia Pereira
da Costa é pastor-auxiliar da 1ª
IP São Bernardo do Campo, São
Paulo, SP, ensina teologia no JMC,
é membro do CECEP, do Conselho
Editorial da Cultura Cristã e do Brasil
Presbiteriano.
8
Brasil
Presbiteriano
Fevereiro de 2021
Eventos e celebrações
IPB Live Nordeste apresenta os trabalhos da IP na região
Evento contou com a presença de músicos locais e entrevistas de líderes dos nove estados
A
Matheus Santos
Agência Presbiteriana
de Evangelização
e Comunicação
(APECOM) da Igreja Presbiteriana
do Brasil (IPB)
realizou dia 23 de janeiro
a IPB Live Nordeste, com
transmissão ao vivo por 6
horas ininterruptas direto
de João Pessoa, na Paraíba,
para todo o país. Na música,
o evento contou com
a presença dos cantores
locais João Manô, Banda
Rumo ao Sertão, Socorro
Teles, Banda Tulipa e Juliana
Tavares. E com a preleção
dos Revs. Roberto Brasileiro
(presidente do SC/
IPB), Rosther Guimarães,
Hernandes Dias Lopes,
Ronaldo Lidório, Lutero
Rocha, Marcos Aurélio
Marques Vieira e Arival
Dias Casimiro.
Kátia Valeska, membro
da IP Primeiro de Maio, no
Sertão da Bahia, assistiu a
live com sua família. Ela
conta que foi um momento
mais que especial: “Achei
maravilhosa, pois o Nordeste
é uma região pioneira
e a visão [da APECOM] foi
evangelística e importante,
pois deu visibilidade aos
projetos presbiterianos que
são desenvolvidos aqui.
Agradeço aos organizadores
por esse investimento
a serviço do Reino e
por terem escolhido nossa
região”.
Banda Tulipa na abertura da live
Para o líder e vocalista
da Banda Rumo ao Sertão,
Presbítero Jerônimo
Gusmão, foi um sentimento
de pertencimento participar
da live: “Significou
uma grande oportunidade
para mostrarmos não só o
nosso talento musical, mas
a evangelização através
da música, e essa contextualizada
à nossa região e
que abre um espaço muito
grande para a expansão do
evangelho. E com a escolha
da nossa região, sentimos
parte da nossa igreja, nos
sentimos acolhidos e apoiados
pela IPB”.
Durante toda a IPB Live
Nordeste, um QR-Code
ficou disponível na tela
para doações para o “Projeto
Somos todos Missionários
da IPB”, que destina
seus valores arrecadados
de forma igualitária para
a APMT, JMN, PMC e
APECOM.
O conselheiro da APE-
COM, Rev. Vandi Brito,
roteirizou todo o evento. O
pastor explica que foi um
momento de gratidão, pois
tem raízes presbiterianas na
região: “Foi uma oportunidade
que produz em mim
profunda gratidão. Sou a
quarta geração de presbiterianos
no Nordeste. Meu
tataravô, Rev, Juventino
Marinho, foi ministro presbiteriano,
meu bisavô, Rev.
Josibias Marinho, idem.
Apresentar o desenrolar de
uma história que está ligada
com a minha é um privilégio
que só me faz agradecer
a confiança que foi depositada
em nosso time”.
O executivo da APE-
COM, Rev. Rodrigo Leitão,
Fotos Reprodução
conta que foi um momento
singular: “Foi fantástico! A
IPB Live Nordeste é mais
um marco para a gente mostrar
um pouquinho daquilo
que a IPB tem feito para
expansão do Reino no Brasil
e, especificamente neste
caso, no Nordeste. A gente
pôde conhecer histórias de
pessoas que têm de fato
vivido a essência do evangelho
e que estão sendo
instrumentos nas mãos de
Deus no alcance daqueles
que precisam da graça do
Senhor Jesus Cristo”.
Rev. Vandi Brito e Rev. Rodrigo Leitão durante a live
Matheus Santos é repórter da Rádio IPB
Brasil
Fevereiro de 2021 Presbiteriano
9
C
Celebração
om o objetivo de
produzir e distribuir
material literário necessário
para a educação e crescimento
da IPB, foi organizada
a 25 de fevereiro de
1948 a Casa Publicadora
Presbiteriana, que passou
a ser a Casa Editora
Presbiteriana (CEP). Seus
primeiros dirigentes foram
Boanerges Ribeiro (presidente),
Armando Azevedo
(secretário) e João Lupion
Filho (tesoureiro). A CEP
é hoje amplamente conhecida
e respeitada no mercado
com o nome fantasia
Editora Cultura Cristã.
A proposta de criação de
uma editora própria para
a denominação surgiu em
02.01.1946, na cidade de
Pederneiras, SP, durante
uma reunião do presbitério
de Bauru, SP. Naquela
ocasião, por iniciativa do
Rev. Boanerges Ribeiro,
foi aprovado e encaminhado
ao Supremo Concílio
documento propondo a
fundação de uma editora
que publicasse e distribuísse
a literatura necessária
para a denominação. Dois
anos após o envio do documento,
foi lançada oficialmente
a editora da IPB.
Reformando a igreja no Brasil por meio da literatura
Os 73 anos da Casa Editora Presbiteriana
Com um acervo de mais de 600 títulos – em 36 áreas diferentes – e três milhões de volumes
publicados, a editora oficial da igreja cresce e vem ganhando destaque no país, bem além dos
limites do meio denominacional e reformado.
Indispensável para disponibilizar
aos membros
da denominação e às igrejas
em geral um material
com linha teológica sadia,
a CEP tem lançado títulos
que a destacam das
demais editoras evangélicas.
A Vida de Miguel
Torres, do Rev. Júlio
Andrade Ferreira, antigo
historiador da IPB, foi a
sua primeira obra, seguida
do Sistema Presbiteriano.
Atualmente, a Bíblia de
Estudo de Genebra e a
Bíblia de Estudo Herança
Reformada, bem como
As Institutas de João
Calvino (em duas diferentes
coleções), diversas
teologias sistemáticas
de notáveis autores,
Comentários do Novo e
do Antigo Testamentos,
a Enciclopédia Bíblica
Cultura Cristã (uma
obra com cerca de seis
mil páginas de informações)
e dicionários bíblicos
são boas amostras
do rico acervo. Todas as
publicações são resultado
dos esforços a fim de fornecer
às igrejas material
de apoio para ensino de
qualidade. Ainda mais,
a Editora é responsável
pela edição e distribuição
da SAF em Revista, da
revista Servos Ordenados,
para oficiais da igreja;
de toda a literatura oficial
da denominação,
como a Confissão de Fé,
o Manual Presbiteriano e
demais publicações determinadas
pelo SC.
A fim de proporcionar
o crescimento na área
educacional cristã, a CEP
também publica um currículo
completo de material
de Escola Dominical para
crianças e adultos, Escola
Bíblica de Férias, Culto
das Crianças, material de
apoio para pequenos grupos,
classes de catecúmenos
e discipulado.
Uma autarquia da IPB, a
Casa Editora Presbiteriana
é conduzida pelo CECEP
(Conselho de Educação
Cristã e Publicações, ver
quadro ao lado) eleito pelo
SC, e seu Editor é assessorado
pelo Conselho
Editorial (ver quadro). A
Diretoria Executiva está a
cargo do Presb. Haveraldo
Ferreira Vargas e o Editor-
Chefe é o Rev. Cláudio
Antônio Batista Marra,
jornalista responsável
pelas publicações.
Presb. Haveraldo Ferreira
Vargas, Superintendente
Rev. Cláudio Marra, Editor
Conselho de Educação Cristã e Publicações
(CECEP)
Presidente – Clodoaldo Waldemar Furlan
Vice-presidente – Domingos da Silva Dias
Tesoureiro – José Romeu da Silva
Hermisten Maia Pereira da Costa
Misael Batista do Nascimento
Walcyr Gonçalves
Alexandre Henrique M. de Almeida
Anízio Alves Borges
Conselho Editorial
Presidente – Cláudio Marra
Felipe Fontes
Heber Carlos de Campos Jr.
Hermisten Maia Pereira da Costa
Joel Theodoro
Misael Batista do Nascimento
Tarcízio José de Freitas Carvalho
10
Brasil
Presbiteriano
Fevereiro de 2021
Forças de Integração
N
o dia 13 de janeiro
de 2021, a Confederação
Nacional dos Adolescentes
(CNA) realizou
a Reunião da Comissão
Executiva com participação
online de 31 Confederações
Sinodais de Adolescentes,
das 41 existentes
em todo o Brasil.
A CE 2021 da CNA foi
realizada de modo diferente
dos outros anos.
Devido à pandemia causada
pelo Covid-19, toda
a reunião aconteceu por
meio de plataforma online
e recursos de redes sociais
(do Telegram), desde o
envio de documentos por
parte das Confederações
Sinodais, passando pelas
reuniões das comissões de
trabalho, votação e a própria
reunião em si.
Podemos afirmar com
toda segurança que a Tecnologia
da Informação
apresentou grande relevância
para o evento, já
que, por motivos de segurança
na área sanitária,
viagens dos delegados e
outras necessárias precauções
não poderíamos
estar todos presentes em
um só lugar (como desejado).
Assim, utilizamos o
Google Meet como sala de
reunião tanto para debater
os assuntos, quanto para
mantermos nossa comunhão
federativa. Já para
a tomada de decisões por
votos secretos o aplicativo
CE 2021 – Confederação Nacional de Adolescentes
“Grandes coisas fez o Senhor por nós, e, por isso, estamos alegres” (Sl 126.3).
Comissão Executiva CNA 2021
Telegram nos serviu bem,
através de enquetes com
votos anônimos. Inclusive,
sugerimos estas plataformas
no ano passado às
federações de adolescentes
para realização de seus
respectivos congressos e
eleições anuais no ano de
2020. Fica aqui também
a dica para nossas Confederações
Sinodais realizarem
seus Congressos
até julho deste ano utilizando
a mesma tecnologia
disponível sem deixar de
observar o que preceitua o
GTSI – Guia de Trabalho
das Sociedades Internas.
Os representantes sinodais
que ali estavam,
ipb3
tiveram de se empenhar
bastante antes e durante
a CE 2021 para cumprir
todas as tarefas, análise de
relatórios, planejamento e
metas a serem alcançadas.
A executiva teve como
pauta alguns assuntos
muito importantes. Dentre
eles, destacamos o congresso
nacional (NaUPA)
que deverá acontecer em
2022. Planejamos em conjunto,
recebendo sugestões
de datas, locais e
valores sonhados. Além
disso, foram analisados os
relatórios de cada Sinodal
virtualmente representada.
Somos muito gratos a
Deus por nos proporcionar
esse momento épico
de reunião, mesmo em
tempo tão difícil devido
à pandemia. Louvamos a
Deus por todos os líderes
adolescentes tão dedicados
que participaram online
nos dois períodos do
dia, planejaram trabalhos,
projetaram sonhos, discutiram
propostas, oraram
juntos, cresceram na palavra.
Sola Deo Gloria!
Equipe da Diretoria da CNA
IPB3, a rádio dos Stênius, Borges, Camargos, Cabrais, Kerrs, Zazos, Kuhlmanns,
Bomilcares, Alexandres, Melinas, Posellas, Kiltts, Mesquitas, Veigas, Crombis,
Pimentas, Diamansos, Vianas, Valentes, Venâncios, Zemuners, VPCs e
todos que fazem música cristã evangélica brasileira de qualidade.
IPB3. Opção pelo Brasil. Confira, ipb.org.br/radio.
artmendes
Brasil
Fevereiro de 2021 Presbiteriano
11
Forças de Integração
Finanças e Fé
“Minha é a prata, e meu é o ouro, diz o
Senhor dos Exércitos” (Ag 2.8).
O
Renata Gerhardt
início de um novo
ano geralmente traz
a ideia de recomeços, de
repensar metas, erros e
acertos do ano anterior. E,
na vida espiritual, muitas
vezes isso não é diferente.
Alguns de nós iniciamos o
ano com a meta de ler a
Bíblia toda, outros podem
ter traçado objetivos de
começar o culto doméstico
ou então de assumir
novos cargos em suas igrejas
locais, congregações ou
instâncias maiores.
Esse sentimento de recomeço
é muito bom, pode
nos fazer refletir e, em
alguns casos, cumprir boas
metas, mas é importante
compreendermos que nossa
fé não estará depositada em
um ano ou em ciclos que
se encerram ou se iniciam,
mas em Cristo que governa
todo esse tempo e hora.
E quando juntamos
nossa fé a novas perspectivas,
metas e sentimentos
de mudança, e entregamos
esses planos em oração ao
Senhor, esse poderá ser o
ponto crucial para os recomeços
e as mudanças de
forma eficaz.
Por que iniciamos um
texto sobre finanças falando
sobre metas, planejamento e
esse sentimento de recomeço?
Essa introdução se justifica,
pois esse texto é um
convite a repensar seu planejamento
financeiro e seu
orçamento à luz da Palavra
de Deus.
Quantas vezes você já pensou
que precisava melhorar
sua vida financeira e que
aquele ano seria diferente,
mas, ao final, percebeu que
tinha as mesmas dívidas, os
mesmos financiamentos no
cartão de crédito e o décimo
terceiro não deu nem para
cobrir as despesas de final e
início de ano?
Sua organização financeira
deve fazer parte de sua
vida espiritual.
"Se o nosso orçamento
não glorificar a Deus
e não testificar a
sua grandeza, ele
envergonhará ao
seu Senhor".
Temos a tendência de
desvincular a vida financeira
da vida espiritual, porque
fomos ensinados que
dinheiro é algo material,
que o amor ao dinheiro é
pecado e que ganância não
é uma virtude do cristão.
De fato, todas as afirmativas
anteriores são verdadeiras,
entretanto, nos esquecemos
de um dos principais
princípios bíblicos quando
o assunto é dinheiro: “Ao
Senhor pertence a terra e
tudo o que nela se contém,
o mundo e os que nele habitam.
Fundou-a ele sobre os
mares e sobre as correntes
a estabeleceu” (Sl 24.1-2).
Quando entendemos que
tudo pertence ao Senhor,
caminhamos para compreender
que inclusive nossos
bens pertencem a Deus.
Ageu 2.8 nos lembra de que
toda a prata e o ouro são do
Senhor. Podemos incorrer
no erro, ao ler essa passagem,
de aplicar esse princípio
apenas aos recursos que
estão na igreja, às ofertas,
aos dízimos, ou seja, acreditamos
que o “dinheiro do
Senhor” é o dinheiro que
está na obra, e o que está em
nossas mãos é nosso. Essa
deve ser a primeira mudança
de pensamento: Pertence
ao Senhor toda a prata e
ouro que administramos!
Deus confiou os seus bens
ao homem para os administrar
e guardar desde que o
colocou no Jardim, e essa
ordem se estende até nós.
A parábola dos dez talentos
é um exemplo claro sobre
administração e confiança
de Deus em seus servos
para uma boa gerência
do seu dinheiro e o convite
para sermos servos bons e
fiéis.
O princípio da mordomia
cristã – a compreensão de
que somos apenas administradores
do dinheiro que é
do Senhor – nos direciona a
uma responsabilidade ainda
maior com o que Deus nos
confiou. Um servo bom
e fiel busca agradar a seu
Senhor e jamais aplicará
mal esses recursos. "[...]
quer comais, quer bebais ou
façais outra coisa qualquer,
fazei tudo para a glória de
Deus” (1Co 10.31).
Se o nosso orçamento
não glorificar a Deus e
não testificar a sua grandeza,
ele envergonhará ao
seu Senhor. Sendo assim,
mantenha o foco em buscar
a glória de Deus e administração
dos seus bens aqui
na terra.
Renata Gerhardt é Tesoureira da
Confederação Nacional da Mocidade
(CNM)
12
Brasil
Presbiteriano
Fevereiro de 2021
Púlpito
A Pregação Expositiva na Vida do Pastor e da Igreja
Vivemos numa era de pragmatismo. Vale o
que funciona. Muitos pregadores deturpam
a passagem que deveriam expor com fidelidade.
Diante disso, desejo mostrar algumas
razões por que a pregação expositiva é fundamental
à vida da Igreja do século 21.
André Silvério
1. A pregação expositiva
alimenta e fortalece
a igreja de Cristo (2Tm
3.14-17). Sem a Palavra
de Deus, a igreja fica desnutrida
e suscetível a todo
vento de doutrina. Quando
a pregação não é o centro
da igreja, outras coisas
serão, como a música, a
fraternidade, a ação social
e tantas outras coisas, que
têm a sua importância, mas
não são centrais.
2. A pregação expositiva
produz o verdadeiro
crescimento. É pela pregação
fiel que os pecadores
entenderão a mensagem
do evangelho, se arrependerão
e confessarão Jesus
como Senhor. O pregador
expositivo sabe que a Palavra
nunca volta vazia para
Deus, porque ela é o poder
de Deus para salvação dos
pecadores (Rm 1.16-17).
3. A pregação expositiva
abre portas para a ação do
Espírito Santo. Ouvindo
fiéis exposições das Escrituras,
as pessoas serão tocadas
em alguma área de sua
vida e buscarão conselhos
pastorais, seja para consolação,
exortação ou instrução.
A pregação expositiva abre
a porta dos corações pela
ação soberana do Espírito.
4. A pregação expositiva
ajuda os crentes a refletirem
de forma lógica. Na
medida em que o pregador
expositivo examina a
passagem diante dos seus
ouvintes – o seu contexto,
a gramática e a teologia –,
eles perceberão ser capazes
de descobrir verdades no
texto além de uma mera
leitura superficial.
5. A pregação expositiva
trata de problemas delicados
no seio da igreja. Pregar
sobre um determinado
problema não é errado, mas
as pessoas serão tentadas a
pensar que o pastor prega
sermões por encomenda. O
caminho é pregar expositivamente
através das passagens
da Bíblia, e deixar que
elas toquem naturalmente
nos problemas.
6. A pregação expositiva
dá à igreja uma visão do
todo acerca da revelação
de Deus. Todo pregador tem
as suas passagens e temas
prediletos e, se não for cuidadoso,
acabará girando
sempre em torno deles. O
pregador expositivo sabe
que seu compromisso não
é com suas preferências, e
sim com as Escrituras.
7. A pregação expositiva
cativa os ouvintes. Na
medida em que o compromisso
do pregador é com
o texto bíblico, os ouvintes
sempre desejarão voltar
no domingo seguinte para
ouvir o que Deus tem a
dizer. As pessoas ficarão
desejosas de saber o que
vem adiante, mesmo que
elas conheçam as histórias.
8. A pregação expositiva
ajuda a formar uma escola
de líderes expositores.
Na medida em que os líderes
– presbíteros, diáconos
ou professores de Escola
Dominical – são educados
a expor um texto bíblico, é
isso que eles farão quando
tiverem de ensinar na igreja.
9. A pregação expositiva
trata o próprio coração
do pregador. Como disse,
todo pregador tem suas passagens
e temas prediletos,
mas, na medida em que ele
caminha pelas passagens
da Bíblia, Deus trata o seu
coração. O pregador expositivo
precisa vibrar com suas
descobertas, para que a sua
igreja vibre com sua pregação.
Se a pregação não fizer
sentido para o pregador,
dificilmente fará sentido aos
ouvintes.
10. A pregação expositiva
ajuda a remir o tempo
de preparo do pregador.
Se ele usar o método lectio
continua (exposição
sequenciada – o que recomendo
com ênfase!) poupará
muito de seu tempo, porque
não terá de ficar escolhendo
semanalmente uma
passagem (o que é muito
difícil!), bem como investir
um tempo considerável no
seu estudo contextual.
A minha oração é para
que Deus levante uma nova
geração de pregadores
expositivos – comprometidos
com a pregação fiel das
Escrituras – que alimentarão
a Igreja de Cristo com
Palavras de vida eterna.
Amém!
O Rev. André Silvério é pastor da IP de Vila
Formosa, São Paulo, mestre e doutorando em
teologia pastoral e professor de Homilética e
Pregação no Seminário JMC, SP.
Trechos e Frases
“Em semelhante calamidade pública, o que
sofreram os cristãos que, no tocante à fé, não
reverta a seu progresso?”
Agostinho de Hipona, A Cidade de Deus,
2ª edição, Petrópolis, RJ; Vozes, 2014. 3ª
reimpressão, 2019, Cap. IX.1.
“Conquanto a educação fosse uma arma
poderosa na causa protestante, não era a
única nem a mais importante. Os pregadores
protestantes conheciam seu assunto, mas,
mais importante, eles conheciam Jesus Cristo
como seu Senhor e Salvador pessoal. Lutero
era o homem que ele era porque sua vida
havia sido transformada pelo poder de Deus,
e isso, em vez de qualquer conhecimento ou
brilhantismo em particular, permitiu-lhe manter
a cabeça e os ombros acima de seus contemporâneos
acadêmicos e mudar o curso da
História. Como seus colegas reformadores,
ele usou seu aprendizado ao máximo, mas
fez isso a serviço de um evangelho que ultrapassava
os limites da razão humana e trazia
o selo autêntico do Espírito Santo de Deus.”
Gerald Bray, Fazendo Teologia com os Reformadores,
em preparo pela Cultura Cristã.
“[...] a igreja de nossos dias tem-se inclinado
a ceder diante da aspiração do homem por
integração, felicidade e segurança no mundo
como ele é. Ela tem pregado o evangelho
sob as vestes do neopaganismo, cujo valor é
estritamente utilitário. A religião nos é útil, nos
dá paz e conforto mental, a única esperança
para a democracia, e a única coisa capaz
de dar apoio ao status quo e de nos fazer
felizes.”
G.E. Wright em O Deus que Age, São Paulo,
SP; ASTE, 1967, p.28.
Brasil
Fevereiro de 2021 Presbiteriano
13
Legislação e Justiça
Art. 17 do CD: Prescrição ou Decadência?
O art. 17 do Código de Disciplina diz que
“Só se poderá instaurar processo dentro do
período de um ano a contar da ciência da
falta” e o parágrafo único informa que “Após
dois anos da ocorrência da falta, em hipótese
alguma se instaurará processo”.
A
George Almeida
final, esse dispositivo
versa sobre prescrição
ou decadência?
Penso que o instituto
adequado é a decadência,
dadas algumas peculiaridades
resultantes do preceito:
a ação nasce simultaneamente
ao direito à pretensão
punitiva; a inércia gera
a extinção do próprio direito
à persecução penal, e
não apenas da ação com
esse objetivo, como ocorre
na prescrição; o fenômeno
atinge a todos, e não apenas
determinadas pessoas;
o direito à pretensão punitiva
(direito potestativo)
somente pode ser exercido
com o concurso da vontade
de um órgão julgador; uma
vez feita a provocação, o
órgão julgador pode conhecer
de ofício; as partes não
podem renunciar ao prazo;
os prazos são peremptórios.
O que ocorre, no caso da
pretensão punitiva eclesiástica,
é a perda (caducidade,
perecimento) do um direito
potestativo (pretensão punitiva),
pelo decurso do prazo
fixado em lei (CD).
O Direito Penal secular, no
qual o Código de Disciplina
da IPB é inspirado, pode ser
aplicado analogicamente:
“Art. 103 – Salvo disposição
expressa em contrário,
o ofendido decai do direito
de queixa ou de representação
se não o exerce dentro
do prazo de 6 (seis) meses,
contado do dia em que veio
a saber quem é o autor do
crime, ou, no caso do § 3º
do art. 100 deste Código,
do dia em que se esgota o
prazo para oferecimento da
denúncia”.
Com efeito, os prazos do
art. 17 do CD são peremptórios
e fatais, não se prorrogam,
nem se interrompem
ou suspendem. A expressão
utilizada pelo legislador,
especialmente no parágrafo
único – “em hipótese alguma
se instaurará processo”
– demonstra que nem
mesmo as faltas praticadas
contra menores e vulneráveis
poderão ser alvo de
sanção após dois anos da
ocorrência do fato.
Assim, o ofendido decai
do direito de queixa e o
terceiro decai do direito de
oferecimento da denúncia,
se não o exerce dentro de
um ano da ciência da falta
ou de dois anos da ocorrência
desta.
Em relação ao marco inicial
para a fluência do prazo
decadencial, é importante
notar que a ciência mencionada
no texto legal traduz
certeza, não bastando mera
suposição. Portanto, somente
com a consolidação do
conhecimento da falta é que
inicia o prazo decadencial.
Quanto ao momento
de ocorrência da falta, é
necessário saber se esta
constitui ato consumado,
pretérito, ou se é ato continuado.
No primeiro caso, o
fato será o marco inicial. Na
segunda hipótese, o último
ato será o marco inicial do
prazo decadencial.
O Presb. George Almeida é presbítero na IP de
Brotas, em Salvador, Presidente do Sínodo Central
da Bahia (SCH), 4º Secretário da Mesa do SC/IPB
e Relator da Comissão Permanente do Manual
Presbiteriano.
Por ordem do Presidente do SC/
IPB, Rev. Roberto Brasileiro Silva,
a Comissão Executiva do SC/
IPB foi convocada para reunir-se
no dia 15 de março de 2021, às
13 horas e 30 minutos, no templo
da Igreja Presbiteriana Central de
Campinas, SP. A presente convocação
se estende até o dia 19 de
março de 2021, às 14 horas.
Os documentos que serão examinados
nesta reunião deverão
ser encaminhados à Secretaria
Executiva do SC/IPB SGAS
906 Conjunto A lote 8, Asa Sul
- Brasília/DF. Tel.: 61 3247-
Convocação CE-2021
7703, A/C Rev. Dalzir, até o dia
13 de fevereiro de 2021 (data da
postagem).
Os membros do CE que estão
sendo convocados para a reunião,
terão as despesas de viagem,
estadia e alimentação custeadas
pela Tesouraria do SC/
IPB. Vale ressaltar que a hospedagem
será no Hotel Meliá Campinas,
e o home list está a cargo
do Rev. Dalzir Rodrigues, na SE,
contato pelo fone (061) 3247-
7703 / 3247-7705.
Para ressarcimento do valor
da passagem área, os membros
do CE devem encaminhar comprovante
de compra e formulário
de prestação de contas (disponível
para download no site:
www.tesourariaipb.org.br), poderá
ser enviada à Tesouraria SC/
IPB, via e-mail (tesouraria.sc@
ipb.org.br). Aqueles que possuem
crédito de passagens não
utilizadas em razão do cancelamento
da CE-2020 deverão utilizá-los
na aquisição das novas
passagens.
Que Deus abençoe e capacite
todos os oficiais que estarão presentes
no CE/SC 2021.
14
A Igreja e o Evangelho
Brasil
Presbiteriano
Inclusão e Discipulado
Fevereiro de 2021
E
Sandra Salum Marra
m nossa época, a ideia
de inclusão adquire um
viés simpático e abre largas
portas para movimentos
sociais em prol da transformação
das condições de
vida de diversos grupos da
sociedade, reconhecidos
como marginalizados. Não
se pode negar que o fascínio
exercido pelo ideal de
inclusão sobre o imaginário
popular é bastante explorado
pelos setores políticos e
midiáticos, que, com estratégias
de marketing, vestem
a roupagem de combate em
favor dos fracos e oprimidos,
assumindo o já corriqueiro
discurso da tolerância,
muitas vezes, em seu
próprio benefício.
Segmentos da sociedade,
impulsionados pela ideia de
inclusão, passaram então a
fomentar políticas que projetam
uma imagem harmonizada
com essa tendência,
promovendo práticas que se
propõem a minorar direta
ou indiretamente os efeitos
da exclusão.
Nosso objetivo não é avaliar
a validade de tais práticas
e talvez correr o risco
de chegar ao ponto de rejeitá-las.
Por outro lado, não
podemos deixar de ignorar
ou negligenciar o fato
de que, como parte dessa
dinâmica social contemporânea,
acontece o fenômeno
religioso do “evangelho da
inclusão”.
O que é isso que tem
sido anunciado como
“evangelho”, senão uma
nova maquiagem em
velhas heresias? Em sua
época, a respeito do chamado
Evangelho Social,
Richard Niebuhr denunciou
esse embuste dizendo que
"um Deus sem ira trouxe
homens sem pecado a um
reino sem julgamento por
meio da ministração de um
Cristo sem cruz”.
O cerne do falso evangelho
encontra-se exatamente
na distorção do que a
Palavra de Deus diz sobre
a pessoa e a obra de Jesus
Cristo. Verdadeiramente
atentos ao que acontece
ao nosso redor, não vamos
agora nos consumir em
tentativas para “resgatar o
verdadeiro evangelho”. A
mensagem de Cristo não
necessita ser “resgatada”,
pois não é algo que se dilui,
se perde ou que se pode
impedir de ser anunciado.
Ela é sempre a mesma
semente lançada e que
brota segundo os desígnios
de Deus.
Portanto, sem distrações,
sem a pretensão de defendermos
um alvo inatingível,
eterno e extraordinário
como a mensagem do
evangelho, vamos nos concentrar
no que Cristo fez
e no que deseja que façamos.
Fieis ao seu chamado,
devemos fazer discípulos:
pessoas que, como nós,
creem que ele é seu Senhor
e Salvador.
E para não deixar de falar
sobre inclusão, busquemos
na Bíblia a correta perspectiva.
Sejamos gratos a Deus
por sua Palavra na qual nos
identificamos como incluídos.
Primeiramente, por nos
mostrar que fazemos parte
do grupo dos rebeldes, dos
inveterados praticantes do
mal, afiados desde a Queda
nas práticas destrutivas
que levam à morte. Isto é,
somos incluídos entre os
que a Bíblia chama de pecadores.
O grupo que abrange
pessoas de todas as épocas
e lugares, homens, mulheres,
heterossexuais, homossexuais,
brancos, amarelos,
negros, ricos, pobres, carnívoros,
veganos, vegetarianos,
cultos, iletrados, etc.
Todos pecaram e carecem
da glória de Deus. A humanidade
inteira é portadora
do vírus letal do pecado e
está irremediavelmente perdida
e condenada.
Em segundo lugar, agradeçamos
a Deus por nos
ter chamado pela pregação
da sua Palavra e nos ter
incluído na família da fé.
Pecadores que se arrependem
do seu pecado e confessam
que Jesus, por sua
morte, nos livra da condenação
e permite que, adotados
por graça, sejamos
incluídos na herança da
vida eterna.
Discipulado com esse tipo
de inclusão, só na Bíblia.
A Professora Sandra Salum Marra é
membro da IP Vila Mariana, SP.
Missões
IPB inicia atuação em Bento Gonçalves, RS
“[…] igreja do Deus vivo, a coluna e
firmeza da verdade” (1Tm 3.15).
O
Rio Grande do Sul
tem uma nova Igreja
federada à IPB. Nos dias 09
e 10 de janeiro foram iniciadas
as atividades em Bento
Gonçalves no Dall’Onder
Vittoria Hotel.
O culto de Ação de Graças
contou com a presença
de pastores e líderes da IP
de Canoas, do Presbitério
Vale dos Sinos e do Plano
Missionário Cooperativo,
parceiros da plantação do
trabalho na cidade que é
considerada um importante
polo industrial e turístico da
Serra Gaúcha.
O evento contou com
momentos de louvor e adoração
por meio de músicas,
leitura bíblica e orações,
assim como exposição
bíblica do Rev. Diego
Outeiro Bogacki, pastor na
IP de Canoas, RS.
As programações do trabalho
em Bento Gonçalves
são de responsabilidade
do Presb. Antônio Manoel
Querino Jr., e acontecem
aos domingos com Culto
Solene às 09h e Escola
Bíblica às 10h10, na Rua 13
de Maio, 800, Cidade Alta,
e com Estudo Bíblico online
todas às quartas-feiras.
Acompanhe @ipb.bg
no Instagram e facebook.
combr/ipbbentogoncalves
para mais informações ou
entre em contato através do
e-mail bento@ipb.org.br e
telefone (54) 9914-2642.
Ore pelo desenvolvimento
e atuação da IP de Bento
Gonçalves. Soli Deo Gloria.
Brasil
Fevereiro de 2021 Presbiteriano
15
Falecimentos
Rev. João Maria Soares Lemos
“Preciosa é aos
olhos do Senhor
a morte dos seus
santos” (Sl 116.15)
O
Rev. João Maria Soares
Lemos foi chamado
às mansões celestiais em 20
de janeiro do corrente ano.
Nascido no estado do Pará
(21.01.1943), faleceu prestes a
completar 78 anos de idade,
deixando um exemplo de dedicação
ao Reino de Deus.
Serviu por muitos anos como
missionário em vários campos
espalhados pelo Brasil, antes de
ser ordenado ao Sagrado Ministério
(21.01.1979), sendo então
escansou em Cristo no
dia 17.01.2020 o Rev.
Augustinho Pires de Oliveira
Junior, aos 31 anos de idade,
vítima de Covid-19. Ministro
presbiteriano formado pelo
Seminário Presbiteriano Brasil
Central – Extensão Rondônia
(2017), Pastor eleito na IP
Nova União, RO, e tesoureiro
do Presbitério Central de
Rondônia. Estando no último
ano de Mestrado em Teologia
Sistemática no Centro de
Pós-Graduação Andrew Jumper,
atuava como professor
de Teologia Sistemática no
Seminário em que se formou,
planejando seguir com Doutorado
na mesma área. Rev.
Augustinho, um apaixonado
pelo que foi dotado por Deus,
designado como pastor na IP
de Itapipoca, CE. No início de
1984, começou a visitar a IP de
Parambu, CE, ministrando atos
pastorais na igreja local e em
suas congregações, uma semana
a cada mês. Logo, se tornou
conhecido da população local
como Pastor Lemos. Em 1985,
em companhia de sua esposa
Vera Lúcia e seus filhos Tércio
Levi e Lucy Evelyn, se mudou
em definitivo para Parambu,
assumindo o pastorado da igreja
local.
Seu pastorado em Parambu
foi marcante, destacando-se
a conversão e o batismo de
inúmeras pessoas, a construção
do atual templo, a formação
da Comissão Presbiteriana
de Assistência aos Flagelados
(COPAF) para atender as vítimas
da severa seca daqueles
dedicado no pastoreio e na
vida acadêmica, exímio expositor
das Sagradas Escrituras,
esposo e pai zeloso, dedicado
e amoroso, pastor afincado e
sempre presente, filho bondoso
e carinhoso, professor
exigente e aplicado, e acima
de tudo excelente amigo. De
um humor aguçado, seu riso
fácil era contagiante. Pregou
o Reino e agora vive na glória
em Cristo Jesus. Deixa a
dias, a criação da Escola Rev.
João Maria Soares Lemos “O
Cantinho do Saber”, a idealização
da Festa da Colheita
como programação de ação
graças pela safra, a apresentação
do programa radiofônico
“Luz para o Caminho”, o envio
de quinze jovens para estudar
no Instituto Bíblico do Norte
(Garanhuns, PE) e de oito rapazes
para estudar no Seminário
Teológico do Nordeste (Teresi-
Rev. Augustinho: legado de ensino, amor e dedicação
D
Jefté Alves de Assis
Marcony Jahel
esposa Daniela e suas duas
filhinhas Ana Luíza (5 anos)
e Sofia (3 meses), familiares,
além de uma imensurável
quantidade de amigos. Quando
informada sobre o falecimento
de seu pai a pequena
Ana demonstrou todo o ensinamento
de seu amado pai, e
disse: “Chora não, meu papai
está no céu, e um dia vamos
todos estar com ele”. Que esse
legado de ensino, amor e dedicação,
reverbere em nosso dia
a dia. Até breve irmão! Tentarei,
com a graça de Deus,
dar continuidade aos nossos
planos. Obrigado por estar
conosco esse tempo!
O Rev. Marcony Jahel – colega
de turma e de ordenação do Rev.
Augustinho – é pastor da 3ª IP de
Ouro Preto do Oeste em Rondônia e
professor no Seminário Presbiteriano
Brasil Central, na área pastoral.
na, PI), entre os quais me incluo.
Foi presidente de presbitérios e
sínodo por várias vezes, além
de ter sido eleito vice-prefeito
da cidade em 1992. Em meados
de 2012, após 28 anos de
ministério local, o Rev. Lemos
deixou o pastorado da IP de
Parambu, acompanhado de um
grupo dissidente, para formar a
IP Renovada Nova Vida – sem
vínculos com a IPB.
Nos últimos cinco anos,
lidou com enfermidades que
debilitaram seu organismo. No
primeiro dia do corrente ano,
F
foi internado em Fortaleza com
diagnóstico de Covid-19, vindo
a falecer quase três semanas
depois. Fica a grata recordação
de um pastor abnegado,
um marido amoroso, um pai
dedicado, um amigo presente,
um indivíduo carismático, um
pregador vibrante, um evangelista
incansável, um homem
visionário, um verdadeiro instrumento
de Deus que impactou
incontáveis vidas.
Presb. Luiz Eduardo
nos braços do Pai
Matheus Santos
O Rev. Jefté Alves de Assis é
Capelão do Seminário Teológico do
Nordeste
aleceu no último dia 18 de
janeiro, aos 64 anos, o Presbítero
Luiz Eduardo dos Santos,
da Primeira IP de Bauru (PIPB),
no centro-oeste paulista, por complicações
com a Covid-19. Luiz
Eduardo estava internado em um
hospital privado da cidade com os
pulmões comprometidos e com a
função renal prejudicada. Ele deixa
sua esposa, Alaise, filhos, nora e
genros e netos e netas.
Deixa também um legado sobre servir. O Presb. Eduardo
gostava de ajudar nos mais diferentes campos da igreja,
desde as partes técnicas até a administração. Envolvia-se,
inclusive, com todas as sociedades, grupos caseiros, coral,
projetos e eventos, principalmente da Creche Bom Samaritano
– escola de ensino infantil mantida pela PIPB, na qual ele
era o presidente – e com seu semblante sempre risonho, era
um contador de histórias, principalmente aquela de quando
foi alcançado pelo Senhor Jesus.
Agora, ficam as saudades e os pedidos de orações de consolo
sobre a família, mas na confiança de que o Presb. Luiz Eduardo
está nos braços do Pai. "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele
que crê em mim, ainda que morra, viverá" (Jo 11.25).
Matheus Santos é jornalista da Rádio IPB
16
Brasil
Presbiteriano
Fevereiro de 2021
FALECIMENTOS
Parte o primeiro missionário de Vencedores
O
Alexandre da Silva
siander Schaff da
Silva nasceu em
07.03.1943 em Lavras,
MG, quinto filho do saudoso
Reverendo Jacob
Silva (1907-1987), de tradicional
família presbiteriana
e pastor emérito da
IP de Santo Amaro, SP.
Em 1962, serviu na 2ª
Divisão de Infantaria,
onde, como sempre contava,
aprendeu a dirigir
num velho Jeep do exército.
Dizia que gostava de
pegar a estrada e foi o que
veio a acontecer. No final
dos anos 60, trabalhando
na Sepal, tornou-se amigo
de Jaime Kemp, o missionário
batista fundador
de Vencedores por Cristo.
Osiander e jovens presbiterianos
das igrejas de
Santo Amaro e São Caetano
do Sul integraram
as primeiras equipes de
Vencedores e o querido
Zizão – como era conhecido
– tornou-se o primeiro
missionário brasileiro de
VPC em tempo integral.
Com isso, viajou por muitas
partes do Brasil evangelizando,
pregando, ensinando,
liderando e discipulando
jovens. Marcou
a todos com sua alegria
constante e com mensagens
bíblicas e desafiadoras,
sempre comprometido
com o reino de Deus e o
desejo de servir a Igreja
de Cristo.
Bacharel em Teologia
pela Faculdade Teológica
Batista de São Paulo
(1974), licenciou-se em
Filosofia pela Universidade
de Mogi das Cruzes, SP
(1975). Serviu em Vencedores
até a 31ª equipe, foi
ordenado pelo Presbitério
de Piratininga e assumiu o
pastorado da IP de Santo
Amaro (1979-1987). Ensinou
Introdução e Análise
do Novo Testamento no
JMC (1984-1988), participou
do treinamento ministrado
pelo Instituto Haggai,
em Cingapura (1987)
e pastoreou as igrejas Central
de Goiânia, Central de
Anápolis e a IP do Setor
Bueno, em Goiânia.
De 2005 a 2013 atuou
na Secretaria de Educação
do Distrito Federal e em
todo tempo espalhou a boa
Osiander e Márcia Schaff da Silva
palavra, combateu o bom
combate.
Osiander foi casado com
Márcia durante 52 anos,
teve três filhos, Alexandre,
Janice e Guilherme, noras,
genro e netos.
Faleceu pouco antes de
completar 78 anos, dia
26.01.21, às 12h35, em
Anápolis, vitimado pela
COVID-19.
Glorificamos a Deus por
sua vida e legado na vida
de tantos que pastoreou
e discipulou. Fica nosso
carinho e saudades.
Alexandre da Silva é o filho
primogênito de Osiander e Márcia.
PROJETO SARA
O que Deus espera de nós?
"Que mais se podia fazer ainda à
minha vinha, que eu lhe não tenha
feito?" (Is 5.4).
M
Raquel de Paula
ais um ano de vida
Deus está nos concedendo,
com saúde, alegria
e paz. Mesmo durante
a pandemia, desfrutamos
das bênçãos do Senhor, que
está no alto e sublime trono,
e está conosco, sustentando
cada família conforme sua
soberana vontade, bondade
e misericórdia. O fato é que
neste texto de Isaías, temos
uma parábola da vinha má,
que não dava uvas boas: um
alerta para todos nós.
O PROJETO SARA tem
o objetivo de conscientizar,
despertar e estimular
as mulheres da Igreja Presbiteriana
do Brasil a orarem
diariamente por seus
maridos. A família é um
presente de Deus para desfrutarmos
comunhão, amor,
paz, alegria, desafios, dificuldades
que o nosso Pai
celestial permite vivermos
para nos unirmos, edificando
um lar para glória de
Deus.
Vamos listar quantas
bênçãos desfrutamos em
família e dar graças a Deus
por tudo. Que este ano seja
mais um ano de vida cristã
em oração, ouvindo a Palavra
de Deus e caminhando
com Cristo.
Por vezes, esperamos
mais de Deus... Mas o que
Deus espera de nós?
Que o nosso planejamento
para 2021 seja repleto
de adoração e serviço na
família, na igreja, no trabalho,
na vizinhança. Que
Deus fique satisfeito conosco
e com nossas ofertas (Gn
4.4).
“Que darei ao Senhor
por todos os seus benefícios
para comigo? (Sl 116.12)
Raquel de Paula é membro da IP
Praia Grande, São Paulo
Brasil
Fevereiro de 2021 Presbiteriano
17
Isolamento e esfriamento
"“Não deixemos de congregar-nos, como é
costume de alguns” (Hb 10:25).
N
Gildásio dos Reis
Retorno dos cultos presenciais
estes tempos de Covid-
19, estamos sofrendo
enorme impacto em várias
áreas, inclusive na vida da
igreja. Com as medidas restritivas,
no início de março de
2020, tivemos de fechar nossos
templos e suspender as
atividades presenciais. Veio
o desafio de continuar dando
assistência espiritual aos
membros. Tivemos de inovar
e a tecnologia, desde então,
tem sido nossa grande aliada
no pastoreio. Fomos nos
adaptando ao “novo normal”.
Estudos, reuniões, aconselhamentos
e várias outras práticas
pastorais tiveram de ser
feitas online. Tivemos grandes
benefícios no uso da tecnologia
para o enfrentamento
desses desafios impostos pela
doença, não há dúvidas. E há
um consenso entre os pastores:
muitos desses recursos
continuarão sendo utilizados,
mesmo depois da pandemia.
Mas – falando especificamente
do culto público solene
– a tecnologia tem suas
limitações. Isso porque há
elementos apropriados para o
culto, conforme Deus orienta
em sua palavra, que não
podem ser satisfatoriamente
atendidos nos chamados
“cultos virtuais”, como por
exemplo a correta administração
dos sacramentos. As
transmissões pela internet
podem ser mais confortáveis,
mas não podem nos suprir
completamente. Somos seres
reais de carne e osso e por
isso não conseguimos nos
satisfazer com o virtual. Uma
reunião online nunca poderá
substituir o culto público e
presencial.
O “culto virtual” foi uma
providência divina apenas
provisória (CFW, Capítulo V,
1) por causa das circunstâncias
impostas pela doença.
Mas, completadas as etapas
da vacinação e uma
vez imunizada a população,
deveremos voltar ao normal.
E isso é urgente e necessário,
porque temos uma
ameaça muito perigosa nos
rondando. O esfriamento na
fé. Uma pesquisa realizada
pelo Instituto Barna (USA),
revelou dados preocupantes
sobre a evasão de membros
durante a pandemia. Nesse
período em que as igrejas
permaneceram fechadas,
constatou-se que um em
cada três cristãos nos Estados
Unidos parou de assistir
aos cultos na internet, e que
32% não frequentam mais
nenhuma igreja. 1 Os números
aqui no Brasil podem não ser
muito diferentes disso.
Sabemos que muitas igrejas
já estão funcionando e
seguindo todos os protocolos
de segurança para evitar o
contágio do coronavírus. Não
obstante, há cristãos que,
apesar de irem ao trabalho
pegando transporte público,
irem ao supermercado, padaria
e a tantos outros lugares,
não retornaram aos cultos
presenciais, e usam a pandemia
como desculpa.
Precisamos nos lembrar do
alerta feito pelo em Hebreus
10:25: “Não deixemos de
congregar-nos, como é o costume
de alguns”. Tal advertência
não se deu por não
terem internet que possibilitasse
a conexão à distância,
mas porque nada substitui a
comunhão presencial.
Precisamos nos preparar
para esse retorno às atividades
presenciais. Urge a
retomada integral de nossa
dedicação à igreja do Senhor
Jesus. Supliquemos a Deus
que haja um despertamento
em nosso coração que restaure
o amor pelas coisas de
Deus e um santo desejo pela
adoração em espírito e em
verdade (Jo 4.24).
Que o Senhor nos
abençoe!
___________________________
1
One in Three Practicing Christians Has
Stopped Attending Church During COVID-
19 – Barna Group
O Rev. Gildásio J. B. dos Reis é
Presidente do Sínodo de São Paulo,
pastor da IP do Parque São Domingos
(SP) e Capelão na Universidade
Presbiteriana Mackenzie
Meditações
“Confiai-vos ao SENHOR e vinde ao Seu
santuário...” 2Cr 30.8
Frans Leonard Schalkwijk
N
o original, essa frase na
carta do rei Ezequias
diz: “Dá ao SENHOR a tua
mão!” Um sinal de profunda
confiança, como de crianças.
Mas as circunstâncias do
apelo não eram tão boas! É
que a cruel Assíria estava se
expandindo para o sul, ameaçando
as dez tribos no norte
de Israel.
Dá ao Senhor a tua mão
Nessa situação, Ezequias,
o jovem príncipe de 25 anos,
assumiu o trono em Jerusalém.
Isso depois de dezesseis
anos de idolatria sob o governo
do seu pai Acaz. Mas Ezequias
tinha decidido que seria
diferente. Começou a limpar
o país e restaurar o culto
no templo do SENHOR. Foi
uma época de avivamento
real, um sopro do Espírito
Santo sobre o povo de Deus.
Já no segundo ano, o rei
convocou o povo para celebrar
a festa da Páscoa, que
havia sido negligenciada por
muitos anos. Nessa carta oficial
se encontra o apelo: “Dá
ao SENHOR a tua mão!”
Mensageiros saíram do palácio
real para todas as cidades
de Judá, mas também para o
reino de Israel. Infelizmente,
ali só houvera reis idólatras,
de sorte que profetas haviam
avisado que o julgamento
viria! Mas, por enquanto, era
tempo de salvação, pois o
rei enviou esse convite no
ano 727 antes de Cristo, e a
queda de Samaria só ocorreu
cinco anos mais tarde. Era
um último grande apelo antes
do julgamento!
Mas, claro, ninguém sabia
que seria a última campanha
de evangelização, e
quase ninguém atendeu a
essa mensagem urgente. Até
zombaram. Somente algumas
famílias vieram para
o sul, inclusive algumas da
tribo de Aser, longe de Jerusalém
(2Cr 30.11). Será que
foi assim que a família da
profetisa Ana se salvou da
deportação (Lc 2.36)?
Tenho certeza de que
meus pais teriam atendido
ao apelo desse rei piedoso.
Que bênção ter pais crentes
(Pv 14.26). E que responsabilidade
para pais incrédulos.
Dá ao SENHOR a tua mão,
e confie nas Suas promessas!
Ele te salvará, tu e a tua casa,
pois a promessa é para você
e para seus filhos (At 2.39)!
Ainda hoje é o dia da salvação
(Hb 3.15)!
De Meditações de um Peregrino, de Frans
Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã,
2014.
18
Brasil
Presbiteriano
Fevereiro de 2021
Homenagem
Presbítero Emérito Hélio Miranda
Presbítero Hélio anda com Deus desde o dia de seu
encontro com Cristo, a quem decidiu seguir, confiante
nas palavras do Mestre aos seus discípulos:
“Eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28.20).
A caminhada continua e, enquanto isso, por meio
dele, o Senhor graciosamente abençoa vidas.
O
Hélio – assim todos
o chamam – nasceu
a 7 de maio de 1934 (87
anos). Aos 22 anos abraçou
a fé e foi batizado a 27 de
julho de 1956, tornando-se
membro ativo da igreja.
Foi eleito Guia Leigo na
Igreja Metodista da Fazenda
Fortaleza, no Divino, MG,
e em 1958 mudou para
Muriaé, onde serviu como
Superintendente da ED na
Casa de Oração.
A dedicação continuou:
foi líder de mocidade, presidente
do Conselho, presidente
do IBAP e Presidente
da Associação das Igrejas
Evangélicas de Muriaé
coordenando os recebimentos
ordinários de donativos
oriundos dos EUA.
Autodidata, Hélio ainda
aprecia uma boa leitura para
se preparar para as mensagens
evangelísticas.
Em 1958, instalou-se
em Muriaé como comerciante
do ramo de carnes,
mas após 24 anos mudou
para São Paulo, tornando-se
membro da IP da Penha em
1982. A partir de 1983, por
duas vezes consecutivas foi
eleito Presidente da UPH,
eleito diácono e cooperava
com congregação, além de
ter sido Presidente da Confederação
de Homens Leste
Paulistana.
Entre tantas atividades,
Hélio participou de congressos
e encontros nacionais,
atuou como conferencista
ou pregador em campanhas
evangelísticas nas igrejas da
região.
Transferindo-se em 1989
para o Rio de Janeiro, foi
recebido pela IP do Meier,
tendo servido ali como Presidente
da UPH e líder do
Departamento de Evangelização.
Pessoas conheceram
a Cristo através da sua pregação,
missionários foram
despertados ou enviados
através dos seus desafios
e ovelhas foram cuidadas
com dedicação.
Mudou-se para Macaé
(1996) e tornou-se membro
da Igreja Presbiteriana
daquela cidade. Ali foi
Professor da ED e Vice
-Presidente da Federação
dos Homens do Norte
Fluminense.
Em 1998, de volta a
Muriaé, a Igreja Presbiteriana
o acolheu e ele serviu
como presbítero por 5 mandatos.
Foi Vice-Presidente
do Conselho, presidiu a
UPH por vários anos e atualmente
é seu Conselheiro,
acumulando experiências
que têm sido úteis para o
seu ministério.
Culminando essa jornada,
a igreja lhe conferiu o
título de Presbítero Emérito
(16.06.2019).
O Presbítero Emérito
Hélio Miranda está casado
Hélio Miranda (direita) recebe
seu Diploma de Emerência do
pastor da Igreja, Rev. Antônio
César.
há 66 anos com Nelcina e
o casal tem 4 filhas: Meire,
Samara, Zilma e Kátia (filha
do coração), todas casadas e
que lhes deram 8 netos e 7
bisnetos.
Hélio continua servindo
com zelo, dedicação e muito
carinho. É digna de nota a
história de lutas e vitórias
vivenciadas por esse irmão
tão querido que, pela graça
de Deus, deixa uma marca
indelével na nossa riquíssima
história presbiteriana.
Caminhada cristã
odas as manhãs, quando
venho para esse tempo
de meditação, corro sério
perigo. Que perigo? Achar
que devo escrever uma mensagem
de qualquer forma,
como para cumprir um compromisso
e oferecer algo que
venha de mim mesma. Se
não estiver em total quietude
A doce e mansa voz do nosso Senhor
“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus.”
Salmos 46.10
T
Zuleika Schiavinato
de alma para sentir a voz do
Senhor e transmitir somente
o que vem dele é necessário
que cale a minha voz e
a minha escrita. A voz do
Senhor é delicada e mansa,
suave como o cicio do vento
e não se consegue senti-la
quando há ventos fortes dentro
de nós.
Podemos nos aquietar em
Deus porque ele tem sob seu
domínio os vendavais que
nos assolam. Devemos nos
aquietar em Deus porque
ele está cuidando de todas
as demandas que gritam por
nós.
Se confessamos que somos
do Senhor, que lhe pertencemos
por direito de criação
e redenção, ele se compromete
a guiar nossos passos.
Assim diz a Palavra: “Quando
te desviares para a direita
e quando te desviares para
a esquerda, os teus ouvidos
ouvirão atrás de ti uma
palavra, dizendo: Este é o
caminho, andai por ele” (Is
30.21).
Minha oração hoje por
mim e por vocês é que estejamos
sempre com a mente e
o coração quietos para ouvirmos
a doce e mansa voz do
nosso Senhor. Que sejamos
obedientes ao que ele disser.
Que confiemos nele mesmo
que seja preciso avançar no
escuro, pois ele mesmo sempre
será a Luz a iluminar o
caminho de seus filhos.
Ouça a voz do Salvador:
“Eu sou a luz do mundo;
quem me segue não andará
nas trevas; pelo contrário,
terá a luz da vida” (Jo 8.12).
Pai amado, aquieta nossa
alma, faz nosso coração
ouvir a tua voz e conduze-nos
pelos teus benditos
caminhos! Oramos em nome
de Jesus. Amém!
Maria Zuleika Schiavinato, esposa,
mãe, avó e autora, é membro da IP de
Pinheiros, em São Paulo, SP.
Brasil
Fevereiro de 2021 Presbiteriano
19
Igreja Perseguida
A
Portas Abertas divulga a Lista Mundial da Perseguição 2021
perseguição ocorre
quando cristãos e
suas comunidades sofrem
pressão e/ou violência por
razões relacionadas a sua
fé em Jesus, levando-os
a ceder aos detentores do
poder em seu ambiente.
A estimativa é que mais
de 340 milhões de cristãos
enfrentam algum tipo de
perseguição no mundo, o
que frequentemente ocorre
em contextos conturbados,
difíceis e desestabilizados,
como guerras, tensões étnicas,
religiosas e ideológicas,
conflitos políticos e sociais,
corrupção, degradação
ambiental e desastres naturais,
pobreza, problemas
psicológicos severos, doenças
e violência doméstica.
A primeira Lista Mundial
da Perseguição (LMP) foi
publicada pela Portas Abertas
em 1993. A pesquisa
foi criada com o intuito de
monitorar e medir a perseguição
aos cristãos no
mundo, porém, Portas Abertas
já investigava a situação
da Igreja Perseguida desde
1970.
O departamento de pesquisa
de Portas Abertas
desenvolveu uma metodologia
própria para o processo
de elaboração da LMP. Ao
longo dos anos, a metodologia
sofreu algumas atualizações
para aumentar a
credibilidade, objetividade,
transparência e qualidade
acadêmica. Desde 2014, a
Mais de 340 milhões de cristãos perseguidos atualmente no mundo
pesquisa da LMP é auditada
pelo Instituto Internacional
pela Liberdade Religiosa
(International Institute for
Religious Freedom – IIRF).
Como é feita a pesquisa
da Lista Mundial da
Perseguição?
A pesquisa de países onde
os cristãos são mais perseguidos
é feita por meio de
uma série de procedimentos
desenvolvidos por Portas
Abertas nos anos 1990 e
que foram aprimorados ao
longo dos anos. A metodologia
é composta por um
sistema de três passos para
monitoração integral de
hostilidades contra cristãos
ao redor do mundo. São
eles:
● Análise global de países
– combina informações
de fontes como Freedom
House, Pew Forum e Departamento
de Estado dos Estados
Unidos com resultados
da internet e de outras buscas
sobre manifestações de
perseguição.
● Investigação – os
primeiros sinais de alerta
emitidos pela análise global
exigem mais pesquisas.
Investiga-se por meio de
algumas ferramentas, dentre
elas, uma versão menor
do questionário LMP. Se a
necessidade de pesquisas
mais aprofundadas se tornar
evidente, a versão completa
do questionário é usada.
● Questionário LMP –
enviado a especialistas e
contatos-chave dos países
investigados, consiste em
uma pesquisa formulada
com base no “conceito das
esferas”, uma metodologia
desenvolvida para permitir
comparar os níveis de
perseguição entre países,
apesar de realidades políticas
e demográficas muito
diferentes.
Confira o Mapa da Lista
Mundial da Perseguição na
imagem abaixo. Ore pela
Igreja Perseguida.
Adaptado de Portas
Abertas (https://www.portasabertas.org.br)
20
Brasil
Presbiteriano
Boa Leitura
Fevereiro de 2021
Ensino e discipulado – Paul Jehle
2016 | R$ 60,80 (promo)
Sabia que a educação no lar a na igreja caminham lado a
lado? Para alguns pode parecer óbvio, mas é sempre importante
reforçar, afinal, quando mais e mais pessoas fundamentarem
suas opiniões e premissas na Palavra de Deus – na
Bíblia –, o exemplo de educação piedosa de nossos filhos
voltará a ser visto no nosso país.
Em Ensino e Discipulado, Paul Jehle oferece uma orientação
bíblica para pessoas que vivem em um tempo no qual
as nações do mundo estão flutuando sem clareza de direção.
Igrejas que preparam os pais e ajudam aqueles que, por
uma razão ou outra, não têm praticado esses princípios, servirão
como exemplo também para quem não compartilha de
uma fé religiosa. É hora de (re)descobrir a educação no lar e na
igreja como estratégia de Deus para o discipulado das nações.
Ministério Feminino na Igreja Local – J. Ligon Ducan e Susan Hunt
2009 | R$ 26,40 (promo)
As autarquias e forças de integração compõem partes
essenciais da IPB. O ministério feminino merece atenção de
toda liderança da igreja para que os dons, talentos e missão
de Deus sejam cumpridos.
Em Ministério Feminino na Igreja Local encontramos um
guia profundamente bíblico e totalmente prático (com ricos
exemplos de experiência pessoais dos autores) que beneficia
não somente a liderança feminina, mas também os pastores
que orientam as irmãs à frente do trabalho em suas igrejas.
Invista em sua liderança. Vale a pena a leitura.
Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963
Entretenimento
e reflexão
O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes filmes e séries aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.
Safety
(2018)
Um filme para emocionar toda
família (experiência própria!). O
filme disponível no Disney Plus é
inspirado na história real de Ray
McElrathbey, jogador de futebol
americano. Sim, é um daqueles
sobre esporte, emoções e superações.
No decorrer do drama biográfico
vemos como o jogador universitário
enfrenta alguns desafios: tirar boas
notas para manter sua bolsa na
faculdade, conquistar seu espaço
no time principal e a confiança do
treinador Tommy e cuidar de seu
irmão de 11 anos que, após problemas
familiares e a mãe presa,
passa a morar escondido em um
quarto da universidade de Jay.
É claro que um filme da Disney
nos entrega mais emoções e cenas
de encher os olhos do que uma
história que se aprofunda em questões
sociais e dramas complexos,
afinal, é uma empresa (e agora
plataforma de streaming) voltada
para um público amplo, com foco
nas crianças.
Mas não se preocupe, você
encontrará frases atraentes e
lições importantes durante a história,
entre elas que realmente há
amigos que são mais chegados
que irmãos, um pouco de altruísmo
e esperança. Uma boa pedida para
os tempos atuais.
Voices of Fire - Novas Vozes do Gospel
(2020)
Os corais americanos (assim como os realities
de novos talentos) são famosos, isso é um fato. Na
série documental produzida por Pharrell Williams
(vencedor de onze Grammys!) para o Netflix, podemos
acompanhar as audições e formação de um
coral de MUITO talento e histórias emocionantes.
Vale ressaltar que além de acompanhar os bastidores
das audições, o telespectador ainda conta
com a possibilidade de conhecer um pouco mais
sobre o modelo vocal dos gospel estadunidenses,
assim como a história de oito solistas do Voice of
Fire. Essa dica é para quem curte músicas e histórias
inspiradoras. Ah! Como sempre recomendamos
por aqui, lembre-se sempre de buscar momentos
de reflexão baseado em nossa fé reformada e bom
divertimento.
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