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DESCOLAR

A ESCOLA Planear a mudança

Cumprir o aluno_21

V Jornadas Pedagógicas da Profitecla



DESCOLAR

A ESCOLA

Cumprir o aluno_21

Planear a mudança

V Jornadas Pedagógicas da Profitecla


«Caminhando e cantando e seguindo a canção

Somos todos iguais braços dados ou não

Nas escolas, nas ruas, campos, construções

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Vem, vamos embora, que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora, não espera acontecer»

Geraldo Vandré

«Para não dizer que não falei das flores»

2


bibliografia

índice

AZEVEDO, Joaquim. Escolas profissionais: Aprendizagem assente no sistema modular - um balanço;

Comunicação à Conferência Nacional do Programa PETRA: Coimbra, 1991.

CABRAL, Ilidia; ALVES, José Ma as. Da construção do sucesso escolar, uma visão integrada:Fundação Manuel Leão,

2017

CANDEIAS António. Os Censos e as Esta s cas: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004

CHRISTENSEN, Calyton; HORN, Michael; JOHNSON, E. Cur s. Inovação na Sala de Aula: Bookman, 2011

FERNANDES, Domingos. Avaliação das aprendizagens: Desafios às teorias, prá cas e polí cas: Texto Editores, 2005

PROENÇA, M.Cândida et al.Revista Educar. Educação para todos: CNCCR/Parque escolar, 2010

GOLEMAN, Daniel: Inteligência emocional: Lisboa, Circulo de Leitores, 1996

GOLEMAN, Daniel et al: O Espírito Cria vo: Editora Cultrix, 1992.

GUILFORD, J. P. La naturaleza de la inteligência humana: Edicions Paidós, Barcelona, 1986.

GRANT Wiggins, MCTIGHE, Jay. Planejamento para a Compreensão: Alinhando Currículo, Avaliação e Ensino por

Meio da Prá ca do Planejamento Reverso: Kindle, 2019

NEGAS, Mário, CARVALHO, Luísa e SOUSA, Ivo: Inovação e Tecnologia: Uma Visão Mul disciplinar: Edições Silabo,

2020

PERRENOUD, Philippe. Avaliação - da Excelência à Regulação das Aprendizagens - entre duas lógicas: Artmed, 1999

VIAIS, Elisabete Ventura Roque . "Falar de peito aceso": ser professor hoje, entre a vocação e a agenda educa va

global: Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, 2017

Sistema Educa vo Nacional - OEI :Ministério da Educação

Lei de Bases do Sistema Educa vo: balanço e prospe va – Volume I: Conselho Nacional de Educação, 2017

Alfabe zação e Escola em Portugal nos Séculos XIX e XX LIVRO

Portugal - Programme for Interna onal Student Assessment : ME-GAE, 2018

Espacios de aprendizage ac vo: Steelcase Educa on, 2018

h ps://www.dge.mec.pt/sites/default/files/EInfancia/documentos/trabalho_por_projeto_r.pdf

h ps://www.cmmonline.com/ar cles/effec ve-training-goes-beyond-learning

h ps://psiconlinews.com/2015/05/teoria-das-inteligencias-mul plas-de-gardner.html

Bibliografia, Índice e colaboradores 3

# Introdução. Uma escola 5

# Histórico da escola. Função e evolução 7

# Como estamos? Ques onário a alunos e professores 11

# O Professor aprendiz. Caracterização 19

# A Sala de aula. Oficina de experiências 22

# Emoções. Escola de afetos 32

# Digitalização. Dimensão estratégica 39

# Avaliação. Competência 43

# IX Encontro Nacional Coordenadores. Conclusões 47

colaboraram:

Anabela Mano

Ana Catarina Fernandes

Ana Catarina Oliveira

Ana Ferro

Ana Filipa Arrojado

André Quinteiro

Bárbara Mar ns

Berta Carvalho

Carina Pereira

Carla Grande

Cris na Mou nho

Daniela Costa

Domingos Orlando Silva

Graça Marques

Hugo Sá

Isa Brandão

Joana Ferreira

Nuno Pinheiro

Nuno Ventura

Moisés Silva

Patrícia Ribeiro

Paulo Pereira

Pedro Castro

Rita Lobão

Serafim Gonçalves

Sérgio Pinto

Silvina Silva

Tânia Almeida

Tânia Arraiolos

Vanessa Figueiredo

Vera Carlos

* Agradecimento especial a

todas as Comissões

Execu vas dos polos

Revisão: Cris na Mou nho

Paginação: Pedro Castro

3


abordagens

?

digitalização:

dimensão

estratégica

avaliação:

competência

bibliografia

introdução:

uma escola

histórico:

função e

evolução

o professor:

caracterização

sala de aula:

oficina de

experiências

emoções:

escola

de afetos

como estamos?

tomar o pulso

à escola

Trabalho desenvolvido pelas equipas pedagógicas da escola e embaixadores do aluno_21

para as V Jornadas Pedagógicas da Profitecla.


#1

?

introdução:

Servimo-nos de uns escritos de Rubem Alves para iniciar estes apontamentos.

Nele sublinhamos apenas palavras. Nas entrelinhas, explicaremos o resto.

“As nossas escolas são construídas segundo o modelo das linhas de montagem

(1). Escolas são fábricas organizadas para a produção de unidades

biopsicológicas portadoras de conhecimentos e habilidades. Esses

conhecimentos e habilidades são definidos exteriormente por agências

governamentais (2) a que se conferiu autoridade para isso. Os modelos

estabelecidos por tais agências são obrigatórios (3), e têm a força de leis. (…) É

a igualdade que atesta a qualidade do processo (4). Não havendo passado o

teste de qualidade-igualdade (4A), elas não recebem os cer ficados de

excelência ISO-12.000.

(1) A escola sempre

tentou a

uniformização.

Propostas de ensino

globalizantes onde o

acesso fosse igual, a

matriz educacional

sistema zada, os

conteúdos

semelhantes e a

metodologia similar.

Tudo em nome da

democracia. E errou.

Não tornamos

preciso onde mora a

diferenciação. E esta

está na equidade, na

integridade e na

abertura à

sociedade. Não na

padronização das

escolas. Escolas

como a Bauhaus ou

a nossa Escola da

Ponte assim o

indiciam. Hoje,

temos inúmeras

escolas nos países

escandinavos que

seguem o “espírito

Bauhaus”, mas todas

são diferentes.

(2) O Estado –

Ministério – já não

pode ser o único réu

deste processo. A

Flexibilidade

curricular trouxe

esperança. É

necessário sentar

neste banco, as

escolas que não

evoluíram, os

gestores escolares

que não

iden ficaram, os

professores que não

compreenderam e os

funcionários que não

ajudaram. Hoje, não

há desculpa pela

falta de informação

que nos auxilie na

compreensão do

fenómeno. A escola

tem de mudar, os

alunos merecem-no.

(3) Modelos iguais

asseguram controlo.

Nem sempre

nega vo, mas que

coartam a

cria vidade. Cabe às

escolas merecerem a

mudança: porque

criaram alterna vas.

introdução:

5uma escola

(4) A qualidade só é

mensurável se

garan rmos eficácia

na aprendizagem,

medida na conquista

de capacidades e na

felicidade do aluno e

dos professores. É

para nós o

aluno_21. O aluno,

inserido num

processo em que

par cipa, o

professor na

dimensão exata para

que está preparado:

gerir o erro, criar

bene cio, provocar a

dúvida, gerar

felicidade(s).


As unidades biopsicológicas móveis são aquilo que vulgarmente recebe o

nome de "alunos".

Necessitamos abandonar a linha de montagem (5) de fábrica como modelo

para a escola e, andando mais para trás, tomar o modelo medieval da oficina

do artesão (…). O mestre estava a serviço dos aprendizes (6) e não os

aprendizes ao serviço dos mestres. O mestre andava pela oficina, dando uma

sugestão aqui, outra ali, mostrando o que não ficara bem, mostrando o que

fazer para ficar melhor (modelo maravilhoso de "avaliação"(7)). Trabalho

duro, fazer e refazer. Mas os aprendizes trabalham sem que seja preciso que

alguém lhes diga que devem trabalhar. Trabalham com concentração e

alegria, inteligência e emoção (8) de mãos dadas (9) “.

6

4.A) Diferenciação.

As escolas devem

procurar aditar

aprendizagem para

além dos conteúdos.

Mas não se trata de

adicionar MAIS ao

que já existe. É

selecionar o que é

essencial, prever o

complemento e

descobrir formas de

o aluno manter o

interesse e querer

saber mais, numa

a tude de

autoconhecimento.

Esta diferenciação é

a oportunidade de

verificarmos onde

devemos incidir os

nossos esforços,

para que o aluno

reforce todos os

campos da sua

aprendizagem. E

esta medida é

também contextual:

depende dos cursos,

dos recursos, dos

ambientes, do

contexto local.

Poderemos SOMAR,

mas

estrategicamente.

5) A diversidade

provoca. Es mula e

acrescenta. Apostar

na pluralidade das

opiniões, numa

escola com

incen vos, que

desafia o aluno, que

aproveita a sua

sensibilidade, que o

convoca para a

reflexão e

colaboração e que o

convida à

par cipação é

também o fito do

projeto aluno_21.

(6) A“metamorfose”

que se exige na

docência. O ímpeto

da transformação do

conceito de ensinar e

que transforma o

professor num

educador. Que

percebe o

profissional como o

técnico e o homem

que o encerra e não

descura esta ligação.

A pulsão para o

desafio que é hoje

trabalhar com

alunos. A perceção

que estes encerram,

a imaturidade num

caldeirão que junta

digitais, «overdoses»

de informação, uma

insana velocidade

nos acontecimentos

e a parca

disponibilidade para

ouvir. Não se é

professor porque

sim, nem porque se

quer. Há que

merecê-lo.

(7) A dificuldade

extrema. Conseguir

sair da alienação de

ter de valorizar o

trabalho produzido

segundo critérios

estabelecidos. A

«alienação da

quan ficação». Tudo

é di cil, mas se

criarmos nós os

critérios e

procedermos

integralmente à

observação do que o

aluno “é” e não só

“do que faz”, a

ambiguidade diminui

e a angús a

desaparece.

(8) Por fim, a

essência. A escola

tem de se

transformar num

espaço atraente,

alegre e sedutor.

Tem de premiar a

inteligência das

propostas, a

sagacidade dos

saberes oportunos,

o engenho dos

trabalhos cole vos.

E tem que aglu nar

as boas prá cas à

rede em que

vivemos, num

espaço encantado e

emocionalmente

par cipado. Como

Bloom traduziu

numa disciplina

biológica, o

envolvimento do

cogni vo, do afe vo

e do psicomotor…

(9) Porque como diz

Clarice Lispector “a

direção é mais

importante

que a velocidade”.

De mãos dadas,

sabendo o rumo,

trabalhando cole va

e colabora vamente.


#2

histórico

da escola

função e evolução

histórico:

função e

evolução

Ins tuições

religiosas

Ins tuições religiosas:

Alta Idade Média -

Santa Cruz de Coimbra

e Alcobaça.

Ensinar a ler, escrever e

a contar.

Estudos Gerais: D.

Dinis/séc. XIII.

Lisboa, em 1288,

transferidos para

Coimbra e de lá

novamente para Lisboa,

até se ter fixado

defini vamente em

Coimbra, em 1537, no

reinado de D. João III.

Impera o carácter

religioso. D. João III cria

o “Colégio das Artes”,

que nha a dupla

função: ensino das

artes e de preparação

para o ingresso na

universidade.

As Universidades

passam a ser

regulamentadas pelo

poder real.

Jesuítas: séculos XVI e

XVII.

Vão pra camente

monopolizar quase

todo o cenário

educa vo, com os

inúmeros colégios

criados em todo o país,

em que o ensino era

gratuito.

O único espaço onde

não conseguiram entrar

foi o da Universidade

de Coimbra. No séc.

XVIII, dá-se o seu

declínio, com o fim da

Ordem (subs tuída por

outras Ordens

religiosas: os Clérigos

de S. Caetano e a

Ordem de S. Filipe

Néri), nas reformas do

Marquês de Pombal.

Inicia-se a concorrência

entre os poderes da

Igreja e do Estado,

“começando este

úl mo a controlar

progressivamente a

educação formal,

lançando as bases de

um sistema educa vo

dirigido, financiado e

controlado pelo

estado”.

7


8

iluminismo

Marquês de Pombal:

ex nção da Companhia

de Jesus.

Sistema zadas

importantes reformas.

Criada a Aula do

Comércio e, em 1759, a

Diretoria Geral dos

Estudos (que culmina

com a reforma geral do

ensino em 1772).

Abrem-se Escolas

Menores em Portugal e

dá-se o início da

escolaridade nos países

de expressão

portuguesa.

O número de

professores e “mestres

de ler” é já de 837.

O primeiro país a criar

um imposto - o subsídio

literário - para

financiamento das

despesas com a

educação.

Modernização dos

conteúdos

programá cos e

metodológicos

tradicionais, e o

impulso dado ao ensino

cien fico, com a

criação das Faculdades

de Medicina e

Matemá ca.

o retorno

D. Maria I: o ensino

volta às mãos dos

religiosos.

Grande parte do ensino

elementar e médio é

ministrado nos

conventos. 1815 -

Criado o ensino

feminino, sendo

ins tuídos em Lisboa

lugares de “mestras de

meninas “.

liberalismo

Carta Cons tucional:

Revolução Liberal de

1820.

Assume-se que “há um

problema do ensino”.

“Regulamento Geral da

Instrução Primária”

(1835), a primeira

grande reforma do

regime cons tucional.

Criação do Conselho

Superior da Instrução

Pública .

Reformas da instrução

primária, secundária e

superior.

Na introdução da

ginás ca.

Aparecem os mestresescola

(bastava saber

ler e escrever) pela falta

de professores.

Criação dos liceus (um

em cada distrito e dois

em Lisboa).

Criação de Escolas do

Ensino Superior em

Lisboa e no Porto, para

além da que já exis a

em Coimbra.

Criadas duas escolas

especiais, a Escola

Politécnica de Lisboa e

a Academia Politécnica

do Porto.

Em 1884, a instrução

primária é dividida em

dois graus e organiza

as Escolas Normais de

formação de

professores.

Fundação de escolas

comerciais e industriais

e de escolas de

desenho industrial. A

inexistência de

professores

qualificados para este

novo po de ensino

leva à contratação, por

abertura de concursos

internacionais, de

professores

estrangeiros.

Em 1888, criados os

liceus femininos.

Em 1894, criação do

ensino infan l, de

adultos e para

deficientes.


#3

como estamos?

tomar o pulso à escola

como estamos:

tomar o pulso

à escola

«Enquanto ensino,

con nuo, busco e

reprocuro.

Ensino porque busco,

porque indaguei,

porque indago e

indago-me .

Pesquiso para

constatar, contatando

intervenho, intervindo

educo e educo-me .

Pesquiso para conhecer

o que ainda não

conheço e comunicar

ou anunciar a

novidade».

Paulo Freire

10

A procura de

indicadores que nos

precisassem «como

estamos» foi o primeiro

passo dado por esta

equipa, para podermos

operar os temas que

viríamos a desenvolver.

Seria, com a análise das

respostas produzidas

por alunos e

professores, que

melhor entenderíamos

o que estamos a fazer e

o que gostaríamos de

fazer. É claro que um

trabalho mais

exaus vo, que

equacionasse a

auscultação de outros

colaboradores,

famílias, an gos

alunos e parceiros

tornaria mais clarificada

a constatação, mas o

tempo (ainda) não o

permi u. Faremos,

pois, uma análise

criteriosa aos dados

disponíveis, tendo

sempre em

consideração que há

outros vetores da

escola que são

igualmente

importantes.

O Ques onário

disponibilizado a

alunos e professores

começou por

ques onar o

conhecimento prévio

do processo de

mudança a que

chamamos aluno_21.

No seu

desenvolvimento,

procuramos aferir

opiniões, constatar

intuições e reforçar

an gas referências.

Sabemos que a escola

se encontra num

processo evolu vo

posi vo, mas ainda

incipiente para o que

procuramos. Sabemos

que nem todos ainda

descobriram ou

reconhecem as

vantagens da

modernização e

atualização dos

processos educa vos,

mas também sabemos

ter um conjunto de

entusiastas que

aceitam o desafio.

Por fim, sabemos que

«educar é semear com

sabedoria e colher com

paciência».

Augusto Cury


república

A I República: A

ex nção das ordens

religiosas no ensino.

Laicismo: termina o

ensino da doutrina

cristã nas escolas

primárias; abolição, no

ensino superior, de

prá cas seculares e

disciplina de Teologia.

Acaba o “foro

académico”, que há

séculos privilegiava os

estudantes

universitários sobre

quem a jus ça

ordinária não nha

poder.

Analfabe smo -cerca

de 70% da população-

Reformas do ensino.

Uma das épocas mais

cria vas. A reforma do

ensino primário, (1911)

- João de Barros e João

de Deus “Car lha

maternal”.

Primeiros “Jardins

Escola”.

Em 1911, a criação das

Universidades de Lisboa

e do Porto.

Princípio da

coeducação: há

situações em que as

alunas podiam

frequentar os liceus

masculinos.

É criado o Ministério da

Instrução Pública, em

1913.

Estado Novo: A Escola

Nacionalista.

«Em casa, o chefe é o

pai; na escola, o

mestre e no estado, o

governo» era o lema

da forte doutrinação de

carácter moral.

Os programas são

reduzidos à

aprendizagem de base;

proíbe-se a

coeducação, reduz-se o

primário, ex ngue-se o

complementar e as

escolas normais

superiores. Criam-se

nas regiões rurais os

“postos de ensino”, com

regentes escolares.

O Critério de seleção é

comprovado pela

idoneidade moral e

polí ca. A lei nº 1969

de 1938 explicava o

princípio:» habilitar a

ler e escrever,

compreender os factos

simples da vida e a

exercer as virtudes

morais e cívicas, no vivo

amor a Portugal».

O combate ao

analfabe smo deixa de

ser considerado uma

prioridade, pois “a

leitura e a escrita

evitam a

“contaminação de

doutrinas perniciosas e

desestabilizadoras”.

Cria-se o Ministério da

Educação Nacional

(1936), a «Mocidade

Portuguesa» e a «Obra

das Mães».

É criada a Universidade

Técnica de Lisboa.

A Escolaridade

obrigatória é de quatro

anos (1956/masculino),

aumentada para seis e

estendida aos dois

sexos, em 1966.

Em 1964, ins tui-se o

Centro de Estudos de

Pedagogia Audiovisual.

Em 1967, cria-se o

ensino preparatório.

Em 1971, Veiga Simão

apresenta o Projeto do

Sistema Escolar e as

Linhas Gerais da

Reforma do Ensino

Superior, aprovado em

1973, a lei que permite

uma reforma do

sistema educa vo e

introduz o conceito de

democra zação, no

âmbito de um regime

polí co nacionalista e

conservador.

9


Para esta consulta,

consideramos a

totalidade de alunos e

professores:

Assim, nhamos na

escola 1869 alunos e

203 professores.

Desses responderam:

932 alunos (50%)

154 professores (76%)

Como em toda esta

aferição, estava

implícita a perceção da

escola em construção,

entendida no projeto

aluno_21, tentamos

perceber se o conceito

estava interiorizado.

Os resultados

apresentaram valores

Professores

240

222

128

285

211

Alunos

diferentes ente

professores e alunos.

Ouço falar, mas em

concreto não sei o que é.

Sei que é um propósito de

inovação escolar mas, na

especificidade, não tenho

conhecimento.

Sim. Compreendo e estou,

indiscu velmente,

envolvido.

Nunca ouvi falar.

É comum abordar-se o

tema, mas ainda há

muito por explorar.

ALUNOS:

De que forma a metodologia de trabalho, que te é proposta em aula, influencia na

tua aprendizagem?

Ajuda-me a diversificar capacidades.

Promove a minha autonomia e o meu sen do crí co.

Possibilita uma aprendizagem mais relacionada com

os meus interesses.

Es mula a minha cria vidade.

Prepara-me para assumir o meu papel enquanto

cidadão responsável e consciente dos meus deveres.

Mo va-me para saber trabalhar com os outros.

Prepara-me para desempenhar o meu papel

enquanto bom profissional.

Habilita-me a trabalhar com novas tecnologias.

Capacita-me para trabalhar num mercado cada vez

mais exigente.

Quais as a vidades que mais gostas de desenvolver em aula?

Trabalho de grupo.

Pesquisa de informação.

Preenchimento de guiões de exploração de

filmes/documentários.

Visitas de estudo.

Exploração de novas plataformas digitais.

Entrevistas.

Visualização de filmes/documentários.

Seleção e Organização de dados pesquisados.

Leitura e exploração de documentos.

Jogos educa vos.

11


Em que medida a tua escola, através de professores, psicóloga, funcionárias/os,

te prepara emocionalmente?

Pouco, sinto que ninguém se preocupa com os meus

problemas.

Suficiente, algumas pessoas mostram interesse em

ajudar-me a resolver os meus problemas.

Bem, a maior parte das pessoas mostra interesse

em compreender e ajudar-me a resolver os meus

problemas.

Muito bem, todas as pessoas mostram interesse em

ajudar-me a ser feliz.

Na tua opinião, a tua escola (através de professores, psicóloga, funcionárias/os...)

ajuda-te a reconhecer, gerir e promover as tuas emoções?

Pouco, sinto que quase ninguém me compreende.

Suficiente, sinto que na escola me compreendem,

mas não me conseguem ajudar a lidar com as

minhas emoções.

Bem. Na escola compreendem como me sinto e

tentam ajudar-me a gerir as minhas emoções.

Muito bem. Porque na escola compreendem as

minhas emoções, ajudam-me a gerir e a promovêlas,

de modo a encarar a vida de uma forma posi va

e confiante.

A escola considera importante o recurso às novas tecnologias. Na tua opinião, qual a

mais per nente:

Aulas mais mo vadoras.

Mais tarefas em equipa.

Trabalho mais autónomo.

Maior flexibilidade na gestão do tempo.

Facilitação da aprendizagem.

12

Que competências digitais sentes que a escola pode trabalhar mais con go?

Pesquisar e analisar informação online.

U lizar o Microso Office/Google Doc’s e outras

plataformas de par lha.

Ficheiros (converter, guardar, armazenar e par lhar

ficheiros).

Respeitar os direitos de autor na Internet.

Editar imagens e vídeos.

Criar um site e/ou blog e/ou canal.

Gerir a iden dade digital (segurança e privacidade).

Conseguir colaborar e fazer gestão de projetos.


14

PROFESSORES:

Quais são as estratégias que tens u lizado em aula que contribuem para a construção

de uma escola atenta ao futuro?

Aplicação da MTP (Metodologia de Trabalho por

Projeto).

Uso de novas plataformas digitais.

Trabalho colabora vo.

Valorização das emoções no contexto de aula.

Orientação da aprendizagem do aluno para

resolução de problemas e desafios pedagógicos.

Adequação dos conteúdos programá cos ao perfil

do Aluno à saída da escola.

Es mulo da cria vidade e espírito crí co.

Na tua opinião, o Professor na nova escola…

Éum mediador, através da desconstrução de ideias

pré-concebidas e da construção de aprendizagens

significa vas com os alunos.

Não é a única fonte de conhecimento, mas um

orientador da procura desse conhecimento.

Adequa o currículo, direcionando-o para as

competências.

Tem a capacidade de reorganizar e de reinventar o

espaço da aula, de acordo com os interesses dos

alunos.

É um potenciador da inteligência emocional dos

alunos.

É um impulsionador do uso de novas tecnologias.

Classifica o contributo que os ambientes criados e as a vidades dinamizadas têm

no desenvolvimento da gestão emocional na comunidade educa va.

Mínimo

Máximo

1 3.3 4

Quais são as competências digitais que consideras mais importantes que os alunos

desenvolvam na nossa escola para o mercado de trabalho e para a vida?

Pesquisar e analisar informação online.

U lizar o Microso Office/Google Doc’s e outras

plataformas de par lha.

Ficheiros (converter, guardar, armazenar e par lhar

ficheiros).

Respeitar os direitos de autor na Internet.

Editar imagens e vídeos.

Criar um site e/ou blog e/ou canal.

Gerir a iden dade digital (segurança e privacidade).

Conseguir colaborar e fazer gestão de projetos.


O professor dá a conhecer a todos os alunos os critérios que vai u lizar na avaliação

das a vidades e dos módulos/UFCD?

Sim

Não

Nem todos

Sentes-te parte integrante do teu processo de avaliação? O professor convida sempre

os alunos a fazer a autoavaliação dos trabalhos que desenvolvem?

Sim

Não

Nem sempre

Como observas o papel que o professor assume num processo de mudança?

O professor deve ouvir o aluno, mas

decide mediante o seu plano que foi definido

previamente.

O centro do projeto educa vo é o aluno e o

professor deve funcionar como um mediador deste

processo.

Considero que o papel do professor ficou

secundarizado na sala de aula.

Considero que o papel do professor é transmi r

Quais as ferramentas que consideras adequadas ao teu desenvolvimento?

Trabalho colabora vo.

Competências técnicas.

Integração da inteligência emocional.

Desenvolvimento profissional.

O percurso forma vo como uma viagem.

13


No processo de mudança, e para uma pedagogia eficaz, o papel da avaliação

necessita ser salvaguardado, para...

Determinar áreas de competência que se pretendem

desenvolver nos alunos e associar a estas processos

eficazes de aprendizagem.

Precisar quais os recursos necessários para a observação

dos domínios determinados, as metodologias de trabalho a

optar que elementos de recolha de informação definir.

Comunicar os critérios que o professor definiu para o

trabalho.

Definir a forma de intervir junto aos alunos através de

monotorizações que assentem em observações da

proa vidade, interação e aferição dos conhecimentos

prévios.

Quais as ferramentas que consideras adequadas ao desenvolvimento pessoal

do aluno_21?

Trabalho colabora vo.

Competências técnicas.

Integração da inteligência emocional.

Desenvolvimento profissional.

O percurso forma vo como uma viagem.

Qualquer projeto inovador no âmbito do aluno_21 deve ser desenhado em função...

...do professor, apenas.

...do aluno, que deve construir o próprio projeto.

...do aluno e do professor.

...do plano definido pela Direção Pedagógica.

Notas adicionais

O estudo elaborado deve ter em consideração que o diagnós co teve como amostra as sete

escolas, em conjunto, sendo di cil relacioná-lo com os contextos mais localizados.

No entanto, tomando como base a maioria das respostas, podemos concluir que há uma

consciência generalizada, nos alunos e professores, de que a «nova» escola deve reverter o

trabalho produzido pelos diversos interlocutores do processo educa vo, na figura do aluno.

De igual forma, os resultados apresentados já mostram uma escola direcionada num sen do

muito próximo daquilo que vemos refle do no Projeto Educa vo.

Consideramos, também, que esta aferição nos permite concluir que podemos, no futuro, entrar

num outro capítulo da proposta evolu va anunciada no aluno_21: o reverter as noções «do que

devemos fazer» nas prá cas efe vas «daquilo que vamos fazer». E esse é um passo mais

di cil!

16


Hierarquiza, por ordem de importância, as competências que devem ser

desenvolvidas nos alunos:

1. Estabelecer obje vos, traçar planos e concre zar projetos, com sen do de responsabilidade e

autonomia.

2. Desenvolver novas ideias e soluções, de forma imagina va e inovadora, como resultado da

interação com outros ou da reflexão pessoal, aplicando-as a diferentes contextos e áreas.

3. Interagir com tolerância, empa a e responsabilidade e argumentar, negociar e aceitar

diferentes pontos de vista, desenvolvendo novas formas de estar, olhar e par cipar na

sociedade.

4. Executar operações técnicas, segundo uma metodologia de trabalho adequada, para a ngir

um obje vo ou chegar a uma decisão ou conclusão fundamentada.

5. Dominar a capacidade perce vo-motora (imagem corporal, afinamento perce vo e

estruturação espacial e temporal).

Quais das seguintes competências digitais consideras que operacionaliza melhor?

Pesquisar e analisar informação online.

U lizar o Microso Office/Google Doc’s e outras

plataformas de par lha.

Ficheiros (converter, guardar, armazenar e par lhar

ficheiros).

Respeitar os direitos de autor na Internet.

Editar imagens e vídeos.

Criar um site e/ou blog e/ou canal.

Gerir a iden dade digital (segurança e privacidade).

Conseguir colaborar e fazer gestão de projetos.

Que instrumentos/processos de recolha para a avaliação usas para aferir os

conhecimentos/competências dos teus alunos?

Teste escrito/questão aula.

Trabalho individual /Trabalho de grupo.

Trabalho de pesquisa/inves gação.

Trabalho de projeto.

Exposição oral /Debate/Entrevista.

Prá ca simulada/A vidades experimentais.

Portefólio/Relatório de a vidade.

15


Feita a apresentação dos resultados , mostramos uma síntese do que de mais

significa vo foi re rado deste diagnós co:

Os alunos afirmam, na sua maioria:

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

que a escola essencialmente o prepara para o mercado de trabalho e lhe

desenvolve a autonomia e o sen do crí co;

que o que mais gosta de fazer são visitas de estudo e trabalhos de grupo.

que a escola preocupa-se com os seus problemas;

que, na escola, tentam ajudá-lo a gerir as suas emoções;

que a u lização da tecnologia mo va-os mais e que as aulas são mais

interessantes;

que a escola o deveria ajudar a fazer uma boa gestão das pesquisas e que

deveria orientar-se para trabalhos de projeto;

que a grande maioria dos professores comunica os critérios de avaliação,

antes das a vidades;

que 3/4 dos alunos são chamados a definir a sua própria avaliação.

que o professor deve ouvir o aluno essencialmente nas aulas e que ele é o

centro do processo educa vo;

que necessita noções de desenvolvimento profissional, aprender a

trabalhar colabora vamente e adquirir competências técnicas.

Os professores afirmam, na sua maioria:

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

Ÿ

que acreditam que a cria vidade e espírito crí co, bem como o trabalho

de projeto, são a base da escola futura;

que o professor já não é a única fonte de conhecimento, que deve ser um

mediador e que deve reinventar o espaço de aula a favor dos alunos;

valoriza em 3.3 (máximo 4) a importância dos ambientes criados para que

as a vidades dinamizadas fluam;

que considera importante os alunos saberem pesquisar e conseguir

colaborar em projetos;

que, estabelecer obje vos e concre za-los nos projetos, assim como

fomentar a responsabilidade e autonomia, é o que os alunos mais

necessitam;

que o saber pesquisar e conseguir colaborar/par lhar é o que valoriza nas

competências digitais;

que usa o trabalho individual e de grupo como principal ferramenta

avalia va,

que valoriza as áreas de competência;

que a valorização do trabalho colabora vo e a inteligência emocional são

fundamentais para uma criteriosa evolução da escola;

que qualquer projeto inovador se centraliza no aluno.

17


#4

o professor

aprendiz

o professor

caterização

18

Caraterização:

Há mais de 100 anos,

em Barcelona,

Francisco Ferrer, um

pedagogo inovador,

escrevia:

“Os meninos e meninas

deverão ter uma

liberdade insólita. Farão

exercícios, jogos e

relaxamentos ao ar livre.

Insis remos no equilíbrio

com o contexto natural e

com meio, na higiene

pessoal e social,

desaparecerão os

cas gos. Os estudantes

visitarão centros de

trabalho– e farão

excursões de exploração.

As redações e os

comentários dessas

vivências por parte de

seus protagonistas

converter-se-ão num dos

eixos da aprendizagem. E

isso será levado também

às famílias dos alunos,

mediante a organização

de conferências e debates

dominicais”.

Francisco Ferrer y

Guardia, no seu livro

“La Escuela Moderna”,

foi um dos pioneiros da

educação em liberdade

e fundou a Escola

Moderna, que

funcionou entre 1901 e

1909. Foi falsamente

acusado de ter

par cipado num

atentado; mas hoje

sabe-se que a acusação

visava minar o seu

trabalho educa vo.

O trecho citado é uma

prova de que não é fácil

trabalhar em educação.

Cem anos depois desta

experiência, ainda não

se cumpriu a inovação

escolar. Isto porque a

escola que pensa

pedagogia, que

fomenta o pensamento

livre, faz dos seus

laboratórios, museus,

bibliotecas e

mediatecas não um

cumprimento

legisla vo, mas um

bem precioso na

melhoria da

aprendizagem.

Ao longo dos úl mos

anos, o papel do

professor foi objeto de

análise sistemá ca no

campo do debate

pedagógico. Até porque

os contextos foram-se

alterando, a

experimentação

avaliada e a autonomia

implementada.

Fatores sociais,

económicos e

principalmente

polí cos determinaram

as ações.

Depois, as escolas, para

garan r respostas

adequadas,

introduziram alterações

estratégicas e, muitas

delas, falharam.


Por fim, a autonomia

nunca foi uma

reivindicação explícita

em toda a a vidade de

gestão escolar, nem

mesmo em todos os

docentes.

A transmissão

Ao longo da evolução

da função do professor,

a transmissão de

conhecimentos era um

dos motes pelo qual se

regia o ensino. A pouca

informação existente

poderá explicar este

facto. Refle a,

portanto, a dualidade

existente entre o

conhecedor e do

aprendente. O

professor, com o saber

acumulado transmi a,

numa cadeia direta ao

aluno, conteúdos, num

cenário de total

ausência crí ca do

aprendente. A base

eram os Modelos

ins tuídos, segundo os

quais se aprendia sem

altercações,

controvérsia ou

objeções. O professor,

dono do saber, era

amplificado na sua

função social com

ar cios de elevado

estatuto: domínio sobre

os pais, determinante

no sucesso do aluno ou

no revés do seu projeto

de vida e sabedor do

seu papel no escru nio

da progressão social

dos aprendentes.

Outro dos alicerces era

a clareza da sua

hierarquia em sala de

aula, com a colocação

do estrado, que o

diferenciava, do

assen mento social e

da instauração de um

processo avalia vo

(classifica vo),

impossível de ser

contestado e sem

necessidade de

fundamento.

Aspetos coexistentes:

Conteúdos duradouros,

estatuto social,

ignorância,

analfabe smo,

ausência de

comunicação, escola

nivelada pelos critérios

ins tuídos (saber

associado a captar,

decorar e expor) e a

aceitação de que “a

escola é só para

alguns…”

A emergência:

A escola é o espelho da

sociedade que integra

refle ndo, social,

económica e

poli camente as

idiossincrasias

existentes.

Desde os anos 50/60,

fruto das enormes

alterações sociais e

movimentações de

caráter social, que a

escola tem sido objeto

de análises sucessivas,

que visavam

compreender o papel

obje vo e

determinante da

função de

ensinar/educar.

A escola moderna

nasce no seio de um

movimento social e

cultural, com o obje vo

de assumir a

responsabilidade pela

educação dos filhos dos

homens, em

detrimento dos filhos

de algo.

Passa a haver a exata

noção da diferença

entre educação e

escolarização.

Da mesma forma, o

estatuto na progressão

da escolarização era

uma evidência em

termos de condição

social, sem que para

tal, se vesse que

evidenciar, na prá ca, o

conhecimento e a

prá ca do que se nha

estudado. O professor

da transmissão gozava

do estatuto de

construtor de sucessos.

19


O novo professor

aparece como

emergente face à

necessidade de

compreender a

alteração da

“paisagem” social.

A pressão da nova

sociedade começa por

interrogar-se sobre o

modo e eficácia das

metodologias há muito

ins tuídas, num jogo

complexo de relações

sociais e de alteração

das orientações

norma vas.

O professor sente-se

aprendiz, pois sente

que tem de perceber

antes de alterar seja o

que for. A emergência

torna-se o mote da

discussão. Há que

alterar, mas como?

A inovação:

A inovação pedagógica

passa por uma

mudança na a tude do

professor, que presta

muito maior atenção à

criação dos contextos

da aprendizagem para

os seus alunos.

É necessário iden ficar

se as ações propostas

nos cursos de formação

refletem a construção

e reconstrução dos

saberes. Para tal, vai

exigir-se que as

prá cas pedagógicas

em estudo e que se

apresentam com uma

20

proposta inovadora

estejam imbuídas de

cri cidade e de

cria vidade, tão

necessárias a um

processo de inovação.

O mundo hoje

disponibiliza

expediências múl plas

nos mais variados

campos - os alunos

estão tão a vos que

não têm tempo para

pensar sobre o que

estão a fazer.

Qualquer projeto

inovador deve estar

focado no aluno e

com eles ser

construído.

A Mo vação

A mo vação da

comunidade escolar é o

ingrediente catalisador

de cada inovação de

sucesso.

Por um lado, o

principal obstáculo no

caminho para que os

professores assumam

o papel de aprendizes

é sua inibição com

relação à

aprendizagem. (O

professor não consegue

ver-se no papel de

aprendiz, pois sempre

esteve no comando da

situação, como o

detentor de todo o

conhecimento.) Este

medo é mais sensível

quando o professor não

está mo vado para

proceder a

transformações na

forma como

desempenha a sua

função. E é aqui que se

coloca a eterna questão

da liderança. O

professor acha que

perdeu condição no

interior do grupo, mas

apenas se servia do

estatuto para o

pronunciar junto dos

alunos. Vai ser

necessária uma

afirmação de liderança,

baseada no

reconhecimento de

quem com ele interage

e nem sempre isso é de

fácil aceitação.

70% dos alunos dizem

gostar da escola.

58% não gostam da

comida dos refeitórios

35% não gostam das

aulas.

Rela vamente às

dificuldades mais vezes

sen das,

87,2% atribuem-nas ao

facto de a «matéria ser

demasiada»,

84,9% de a «matéria ser

aborrecida» e

82% de a «matéria ser

muito di cil».

Estado da Educação 2019,

Edição 2020


Aprender no interior

de contextos

inovadores, orientando

as ideias na tenta va

de saber como se

processa o ato de

aprender

(aluno/professor) é um

desafio constante.

Não havendo uma

definição única,

entendemos que só

com uma abordagem

do po de trabalho

colabora vo

alcançaremos o

essencial neste

processo.

Entendemos que o

professor deve

proporcionar situações,

nas quais o aluno

construirá o seu

conhecimento. Serão os

procedimentos

metodológicos a

determinar os fins que

orientam a educação,

no que diz respeito à

sua universalização,

igualdade de

oportunidades e

solidariedade.

A qualidade revê-se

numa formação que

impulsione a criação de

indivíduos racionais e

independentes, que

par cipem e adquiram

o gosto pelo saber, de

reflexão, cria vidade,

sen do crí co e

autocrí co.

A inovação não pode

ser vista como uma

a tude vanguardista

simplesmente – inovar

por inovar – mas sim

como um instrumento

de resposta às

transformações

aceleradas e constantes

da sociedade, em que o

professor precisa

exercitar “as suas

capacidades de

invenção”.

Professor

Transmissor

Professor

Emergente

Professor

Inovador

Analfabe smo %

M F T

1900 74.0

1910 70.0

1920 66.0

1930 62.0

1940 52.0

1950 40.0

1960 26.6 39.0 32.8

1970 19.7 31.0 25.7

1980 13.7 23.0 18.6

1990 7.7 14.1 11.0

2000 6.3 11.5 9.0

2010 3.5 6.8 5.2

Fonte: Censo (do Reino, Nacional e Ilhas)

Transmissão de conhecimentos.

(Transmissão em cadeia direta ao aluno

os conteúdos

Dualidade entre o conhecedor e o

aprendente.

Ausência crí ca do aprendente.

Aprender sem altercações

Clareza hierárquica na sala de aula

processo avalia vo classifica vo).

Reação à evolução e movimentações de

caráter social (filhos dos homens em

detrimento dos filhos de algo)

(Dúvida entre ensinar/educar e

educação e escolarização.

Ques ona-se a eficácia das

metodologias há muito ins tuídas.

O professor sente-se aprendiz, pois

sente que tem que perceber antes de

alterar).

Mudança na a tude do professor

Construção e reconstrução dos

saberes.

(Prá cas pedagógicas imbuídas de

cri cidade e de cria vidade.

Mo vação da comunidade escolar

como ingrediente catalisador do

sucesso.

Necessária afirmação de liderança do

professor, baseada no reconhecimento

de quem com ele interage).

21


#5

a sala de aula

oficina de experiências

sala de aula:

oficina de

experiencias

Pensar a escola a par r do seu centro nevrálgico

“Uma utopia é uma

realidade em

potência”.

Edouard Herriot

É importante

percebermos que o

sucesso escolar provém

de uma linha

estratégica que se

jus fica, mas não

garante esse mesmo

sucesso. Se o plano

teórico aponta

caminhos, a

operacionalização é

que lhe garante a

eficácia.

A sala de aula, coração

das escolas, é o padrão

garan do da avaliação

do processo. Não será a

única aferição, mas é,

de certeza, a mais

válida para uma real

es ma va da garan a

do sucesso dos

caminhos traçados.

A sala de aula que

22

falamos são os espaços

de aprendizagem

plurifacetados e não a

concepção clássica do

espaço sico mais

tradicional.

Veremos a sua

per nência na nova

perspe va da

construção dos

conhecimentos.

Em sala de aula há

múl plas dimensões de

interação com alunos,

neste domínio: uma

delas pode ser a par r

da observação e da

experimentação; a

par r de fontes de

informação

diversificadas, que

despoletem o poder

crí co e assegurem a

cria vidade inerente às

abordagens em causa;

outra, na organização

de projetos (sejam

resoluções de

problemas, desafios ao

aluno ou o simples

ques onar de “uma”

realidade...).

Temos ainda a

propensão para o

confronto de ideias,

como base do

desenvolvimento e

fundamentação do

conhecimento.

Esperamos, portanto,

uma combinação de

estratégias junto do

aluno, que assegurem a

promoção do trabalho

colabora vo, que

promovam o trabalho

individual sobre os

materiais em foco (que

podem ser os

conteúdos

programá cos,

rever dos para uma

posterior integração de

saberes) e es mulem

apresentações, que

definam momentos

relevantes na

comunicação do aluno,

perante o grupo.


Neste percurso, há

sempre na parte do

orientador/professor

um decisor, na forma

como concebe a

operação, analisa as

situações e os ritmos

de aprendizagem e que

define a estratégia a

seguir, valorizando

aquilo que considera as

maiores possibilidades

de evolução e sucesso

dos alunos.

Por outro lado, se

“ensinar é facilitar o

trabalho de aprender”,

então temos que

precisar muito bem

quando intervimos, de

forma a não

condicionar um dos

propósitos mais ricos

nas evoluções – a

autonomia.

Que ferramentas deve

o professor poder

servir-se para

fundamentar uma

estratégia compa vel

com o grupo a que

leciona?

a) Análise: níveis de

alunos, dificuldades

previsíveis,

potencialidades,

interesses dos alunos,

caracterís cas

contextuais do grupo.

b) Integração:

encadeamento

fundamentado das

Unidades de

aprendizagem

(módulos ou UFCD).

Não na a tude

sequencial de lecionar

estes conteúdos, antes

na sua combinação

lógica, ajustada em

projetos.

c) Colocação de

hipóteses: inventário

de possíveis estratégias

e a sua comparação e

até combinação face a

exemplos já concebidos

ou a sua potencialidade

numa determinada

situação.

d) Seleção: opções de

natureza didá ca,

gerando aprendizagens

efe vas.

e) Organização: Qual o

papel dos envolvidos?

Que finalidades? Que

instrumentos

organiza vos

necessitamos?

Metodologias:

Na construção do

sucesso escolar, tudo o

que fazemos na escola

tem o seu peso.

Hoje, a escola, como

está configurada,

trabalha em rede. E são

inúmeros os casos em

que o “efeito dominó”

se instala, com

repercussão em tudo o

que está planeado. Este

efeito pode ser,

obviamente, nega vo

ou posi vo. Em tudo o

que tradicionalmente

as escolas fazem e em

par cular no processo

avalia vo, estão

subjacentes as ideias de

sanção, opressão,

domínio, chantagem,

exclusão, premiação ou

hierarquização.

Por outro lado, a

facilidade de

propagação de

informações - sejam

falsas ou verdadeiras -

é indesmen vel e,

conforme cada um dos

casos, pode facilitar ou

destruir trabalho

arduamente iniciado.

Há, portanto, muito a

fazer internamente,

com «as pessoas que

habitam a escola».

Um projeto como o

aluno_21 requer um

olhar humano e

compassivo, inclusivo e

emancipador; daí que

queiramos que, por

exemplo, a avaliação

reflita um propósito o

mais justo possível.

Para tal, é necessário

saber “que aluno

queremos, afinal,

colocar no mercado e

qual a função da escola

na ajuda do seu

projeto de vida”.

A forma como o

fazemos é assim

determinante.

Se não criarmos

condições para que a

ação educa va crie

oportunidades de

desenvolvimento

23


pessoal, descubra e

promova os talentos

das pessoas e trabalhe

em domínios como a

autoes ma ou a

autorregulação do

processo cogni vo dos

alunos, então a escola

não cumprirá o seu

papel.

As aprendizagens em

rede proporcionam

prá cas, que vão

construindo o sucesso

escolar.

“A mudança de prá cas é

de ordem e de uma lógica

diferentes da mudança

legisla va; é um processo

complexo, que envolve

professores e não resulta

nem da simples vontade

destes, nem decorre

mecanicamente de

qualquer intervenção

exterior”

Ana Benavente

A mudança faz-se com

os professores. A escola

tem que criar

condições para que ela

se possa processar. Não

se faz por decreto. Não

se faz sem

envolvimento. O

sucesso da mudança

está associado ao

sen do e construção

que as pessoas que

nela par cipam

assumem.

Isolamento e/ou

colaboração?

Num estudo sobre o

assunto (Maria

24

Assunção Flores), há

uma divisão de

opiniões equilibrada

entre os professores

que dizem que

colaboram entre si, (e

afirmam a evolução

posi va), e o contrário.

As percepções não

podiam ser mais

antagónicas, pois estão

totalmente divididas.

Se há quem tende a

valorizar estas ações,

também há quem as

desvalorize ou admita

que existe uma certa

conflitualidade nas

relações entre colegas.

E, paradoxalmente, a

«Avaliação de

Docentes» e o

“casamento forçado

com a educação” são as

principais causas destes

conflitos, segundo o

estudo “gerando

injus ças e tensões”.

Também é referido que

a desmo vação é maior

em escolas de

ambiente urbano e que

os professores do

ensino secundário são

os que trabalham

menos

colabora vamente.

De igual forma, os que

acreditam nas

vantagens do trabalho

colabora vo apontam

como condições para

que a par lha, a

ar culação pedagógica

e a coadjuvação dentro

da escola prolifere ser

“fundamental apoiar a

construção de boas

relações e de um

ambiente de trabalho e

de convivência

saudáveis, que se

prende com o papel

das lideranças das

escolas”.

A tal forma está em

como enfrentar o

problema?

O que posso fazer para

tornar o local onde

trabalho um lugar

apela vo e de afetos?

Cabe a cada um olhar

para esta premissa e

descodificá-la naquilo

que é o seu dia-a-dia.

Em sala de aula, o

professor pode

recordar a Taxonomia

de Bloom:

Recordar (uso da

memória para produzir

definições, factos ou

listas) – Compreender

(construção de

significados a par r da

interpretação).

analisar

aplicar

criar

avaliar

compreender

lembrar


No trabalho de projeto,

estamos a implicar a

«negociação e o

consenso» e assim

permi r aos jovens

“moverem-se adiante

do seu próprio

desenvolvimento”.

Como fazê-lo?

Formulando o

problema ou as

questões a inves gar;

Definindo as

dificuldades a resolver,

“Todo o problema implica

um certo saber ou não

saber, ou seja, antever se

terá ou não solução e,

para isso, é preciso

experiência” (Munari);

Par lhando os saberes

que já se possuem;

Debatendo em grandes

e pequenos grupo;

Planeando, com a

flexibilidade e

mul plicidade de

possibilidades e não

orientados para a

unidirecionalidade.

Nessa planificação há

que ter em conta:

O diagnós co das

necessidades e

potencialidades do

grupo, que deve ser

dinâmico, porque se vai

reformulando mercê das

novas informações; a

previsão temporal do

projeto em função de

metas específicas.

Não há necessidade de

criar obje vos específicos

(embora o possamos

fazer). Poderemos

formular hipóteses,

intenções flexíveis e

adaptadas às

necessidades e interesses

dos alunos. Um po de

planificação não-linear

formula hipóteses amplas

“do que pode ser” e

analisa os obje vos

a ngidos, à medida que

os projetos se

desenrolam.

Elaboração de mapas

conceptuais: o que se vai

fazer, por onde se começa,

como se vai fazer;

Divisão de tarefas:

quem faz o quê?

Inventário de recursos:

Quem pode ajudar? Pais,

professores de diferentes

disciplinas, parceiros.

Exposição dos

Resultados: que podem

estar determinados no

tempo ou surgem

diretamente relacionados

com a cadência das ações.

É importante que o

processo de comunicação

convide o aluno a fazer as

suas próprias exposições.

Avaliação*ver capítulo 7.

Assim:

· os alunos devem par r

para o processo de

pesquisa, através da sua

própria experiência,

preparando, organizando,

selecionando e registando

a informação.

· aprofundam a

informação ob da,

discu ndo e

contrastando com as

ideias iniciais.

· fazem-se pontos de

situação (diários ou não)

A digitalização é uma realidade e não pode ser descurada na

educação. Para além das aplicações facilitadoras que

qualquer professor pode usar em sala de aula:

há necessidade de atualizarmos as matérias abordáveis (os

planos curriculares não sofrem alterações no tempo ideal).

teremos que forçosamente introduzir a digitalização nas

competências dos alunos nas áreas dos cursos (todos) que

operamos e nelas introduzir a vertente tecnológica que,

inques onavelmente, vai ser uma realidade.

e avaliações de processo

intermédias.

· Pode haver ajustes à

planificação inicial;

o que se pretende é a

criação das “oficinas de

criação e

experimentação” (a

metáfora da oficina do

artesão, de Rubem Alves)

onde o aluno aprende

fazendo, explorando,

errando, solucionando e

experienciando situações

diversificadas, de

diferentes dificuldades, de

dis ntas naturezas.

25


26

Aplicar (apreendido e

usado na construção de

produtos) – Analisar

(fragmentar o

conhecimento,

determinar as partes

que se interrelacionam)

– Avaliar (u lização de

critérios e padrões

através da verificação

crí ca) e Criar

(reorganização dos

elementos num novo

padrão ou estrutura).

Se os trabalhos que

iniciamos com os

alunos forem

perspe vados numa

dimensão que ressalve

a importância efe va

dos conhecimentos,

mais fácil se torna gerir

um programa, longo e

desatualizado e

orientarmo-nos para

uma seleção do que é

de compreensão

profunda e duradoura.

A natureza do exercício

que pretendemos fazer

com os alunos

determina a

metodologia adotada.

Há que fazer a

reinvenção da

gramá ca escolar.

“A curiosidade define a

espécie humana, a

reciprocidade

aprofunda necessidade

de responder aos

outros e de operar em

conjunto e a narra va

a va, a predisposição

para criar relatos da

nossa própria

experiência, como

obje vo de transmi r

essa experiência aos

outros” Jerome Bruner.

Num contexto

pedagógico associado à

eficácia das

aprendizagens, há que

definir prioridades, pois

vai ser impossível uma

abordagem

pormenorizada de

todos os assuntos

referentes a qualquer

conteúdo.

Dedicar o tempo

ao que é importante.

Familiarizar-se

importante

conhecer

Compreensão profunda

e duradoura

wigginns/McTighe, 2006

O tempo não o permite

nem é

verdadeiramente uma

«vantagem». Os alunos

devem ser despertados

para o

autoconhecimento,

para o aprofundamento

dos saberes. As bases

devem ser es muladas

em sala de aula, mas o

verdadeiro es mulo é

aquele que deriva no

interesse que os alunos

passam a ter pelos

temas propostos à

dicussão.

São também estes

fatores que

determinam a urgência

em trabalhar projetos.

Porque o interesse é

maior e os frutos são

mais evidentes. Mas

nessa evidência, há que

estar preparado para

faze-los. E esse é o

desafio dos

professores:

compreender, acreditar

e arriscar.

Por fim, avaliar.

Uma abordagem

pedagógica centrada

em problemas, ou “um

estudo em

profundidade sobre

determinado tema ou

tópico” (Katz e Chard) ou

ainda, “uma

metodologia assumida

em grupo, que

pressupõe uma grande

implicação de todos os

par cipantes,

envolvendo trabalho de

pesquisa, no terreno,

tempos de planificação

de dis nta natureza, e

intervenção, com a

finalidade de responder

aos problemas

encontrados” (Leite,

Malpique e Santos).


Mentoria é um

conceito que, em

contexto escolar,

integra a teoria de

inves gação no cul vo

de relações de

colaboração entre

jovens e/ou adultos.

Explica-se como o

apoio e incen vo à

melhoria das

aprendizagens e à

maximização do

potencial dos alunos,

na melhoria dos seus

desempenhos. O novo

papel do professor vem

determinar formas de

ensinar e de aprender

mais abertas,

informais e híbridas. A

mentoria não está

orientada apenas para

professores. Um aluno

que já realizou

determinada a vidade

é um potencial mentor

ou tutor dos que ainda

não a realizaram.

O Monitor do processo

é o professor. Nele

deveremos encontrar

um orientador que

investe no diálogo, na

formulação de

hipóteses, na resolução

em conjunto com os

alunos, na provocação

asser va, na

es mulação do

intelecto e no

reconhecimento

evolu vo.

Depois (e ao longo de

todo o processo) existe

a avaliação do

trabalho. Esta avaliação

não visa unicamente a

classificação, antes a

parametrização dos

critérios intrínsecos ao

processo avalia vo das

competências

demonstradas.

Pode ainda haver

necessidade de

coexis rem mais do

que um projeto, pois

houve a preocupação

de planear

miniprojetos de

recuperação ou

melhoria dos grupos

que neles estão a

trabalhar. Neste caso,

há que não perder a

unidade e faseamento

de cada um deles.

b) As pedagogias mais

efe vas incluem

sempre a interação

entre monitor e aluno.

O envolvimento deste

úl mo na definição dos

projetos resulta na

implicação do mesmo.

O trabalho de projeto

pretende cul var e

desenvolver no aluno a

crí ca, a vando

saberes, competências,

sensibilidade esté ca,

emocional, moral e

social, de forma a

haver uma

contextualização

integrada do currículo,

onde se avaliam as

competências, gerando

hábitos que se querem

duradouros, como a

capacidade de

imaginar, de prever, de

explicar, de pesquisar,

de inquirir.

Um projeto nunca será

neutro. Estão sempre

implícitos valores

subjacentes à escolha

de um determinado

tópico. É importante

que os alunos também

aprendam a ser

melhores cidadãos

através dos projetos, a

criarem sen do de

pertença, de

responsabilidade

mútua e de

solidariedade com os

outros, numa real

perspe va intercultural:

que aprendam a usar

recursos que sabem ser

limitados, que aprendam

a reciclar, a preservar o

ambiente que as rodeia, a

ter consciência dos

recursos limitados do

planeta, da nossa ação

enquanto cidadãos

intervenientes e

responsáveis, numa linha

de desenvolvimento

sustentável.

O aluno deve ter

presente não o

imedia smo e o

media smo das

decisões, mas fazer

escolhas informadas e

criteriosas.

27


APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETOS ou PROBLEMAS

1

“Método sistemá co de ensino, que envolve os alunos na aquisição de conhecimento e de

competências, por meio de um extenso processo de inves gação estruturado em torno de

questões complexas e autên cas e de produtos e tarefas cuidadosamente planeadas”

Ravitz, Hixson, English, & Mergendoller, 2012

Como fazer?

1. Ler atentamente o problema e esclarecer dúvidas.

2. Iden ficar problemas (dimensão social, psicológica ou biológica).

3. Explicar as questões levantadas, com base nos conhecimentos prévios (brainstorm).

4. Resumir as explicações – síntese.

5. Estabelecer obje vos de aprendizagem que levem o aluno ao aprofundamento e

complemento do estudo realizado.

6. Estudo individual respeitando os obje vos.

7. Debate em grupo - avanços no conhecimento, através da discussão e par lha.

Quanto

mais o

PROBLEMA

se aproximar

da realidade

melhor!

Resultados

da aplicação:

Pessoal:

aprendizagem,

raciocínio, retenção a

longo-prazo,

competências de

resolução de

problemas, orientação

para a aprendizagem

ao longo da vida.

Interpessoal:

colaboração,

resolução problemas,

aprendizagem

autorregulada.

Profissional:

planeamento e gestão

das tarefas, trabalho

autónomo.

28

MOTIVAÇÃO

CRIATIVIDADE

RACIOCÍNIO CRÍTICO

AUTOAPRENDIZAGEM

COLABORAÇÃO

EFICIÊNCIA


APRENDIZAGEM EM AMBIENTES DE DIFERENTES RECURSOS

2

Podemos atuar em sala de aula obedecendo a princípios que resultam da perceção dos recursos

que existem e maximizar a aprendizagem. Assim, podemos elencar um conjunto de etapas

capazes de promover um trabalho mais proficiente: método associado a ambientes preparados

para a múl pla funcionalidade de recursos (salas ACreditar), onde o aluno experiencia as

diferentes formas de aceder e processar a informação, trabalhando colabora vamente e

construindo respostas às dúvidas colocadas num processo cadenciado, monitorizado pelo

professor.

Como fazer?

1. Problema: tema a desenvolver pela turma. Não há explicação nenhuma sobre o

tema (formato que permita sempre a sua leitura - enunciado em papel, email do aluno,

projeção.)

2. Cenário ou situação: os alunos formulam hipóteses, planeiam estratégias de

resolução - (grupos de trabalho com 5/6 alunos, discutem entre si, planificando ações futuras).

3. Dúvida: proposta como um desafio, um jogo. - (grupos adaptam estratégia ao desafio

proposto pelo professor. A par r deste momento, o desafio/problema pertence aos alunos).

4. Meios: definição das ferramentas que necessitam para evoluir na pesquisa (a sala

do futuro dispõe de recursos finitos. Tem que haver negociação entre grupos para os u lizar. Os

alunos podem u lizar recursos pessoais e/ou consultas externas).

5. Resistência: es mulo para ques onar sempre o caminho tomado. Poderá haver

retrocessos, que não têm de ser vistos de forma nega va (o professor vai acompanhando

os grupos, apenas interferindo sempre que solicitado).

6. Proximidade: os caminhos que os alunos elegem têm que estar “ao seu alcance”,

não devem enveredar por caminhos irresolúveis ou incongruentes (o professor deve

orientar, procurando “fazer perceber” ao aluno que há caminhos ao seu alcance, mas deixar

que esse caminho seja desbravado pelos alunos).

7. Antecipação/Apresentação: fase que precede a resolução. Apresentação das

soluções encontradas. Deteção de erros com a anulação de alguns (grupos apresentam

o trabalho com as ferramentas de apresentação escolhidas pelos próprios e possíveis na sala de

aula. O professor gere os erros, alertando, mas nunca os anulando na totalidade).

8. Validação: redefinição do trabalho. A situação es mula os sen dos sociocogni vos

(com base na par cipação cole va, vão reformular o trabalho. O professor es mula os

restantes grupos a ques onar. A validação final não deve ser feita pelo professor).

9. Reexame cole vo: a discussão cole va ajuda os alunos a verificarem qual a melhor

abordagem e a que trouxe mais eficácia na compreensão do tema/problema (o

professor, que aqui tem papel decisivo, deve lembrar que as estratégias validadas devem

servir de exemplo para novas situações/problema futuros).

A

1

B

C

D

Espaço

A-mesas redondas

B-biblioteca

C-internet

DC-apresentações

2

3

Rotatividade

nas diferentes abordagens

os alunos devem passar

pelas 3 áreas de recursos:

discussão nas mesas redondas;

consulta de recursos editados;

consulta digital

Apresentações

os alunos utilizam os

recursos que puderem,

quiserem e que lhes

facilitará a comunicação

(não devem ser

impostos formatos).

29


COLABORAR - PLANIFICAÇÃO DE PROJETOS

3

Sempre que tocamos música, de câmara ou em orquestra, temos de fazer duas coisas muito

importantes ao mesmo tempo. Uma é exprimir-nos e a outra é escutar os outros músicos (...) A

arte de tocar música é a arte de simultaneamente tocar e escutar, sendo que uma reforça a

outra. Isto passa-se tanto a nível individual como cole vo: a execução é valorizada pela escuta e

uma voz é valorizada pela outra. Esta qualidade dialógica, inerente à música, foi a principal

razão que nos levou a fundar uma orquestra.

(Barenboim, 2009:70).

O Trabalho colabora vo torna a experiência mais enriquecedora, mais agradável. Permite um

conjunto de aprendizagens paralelas, que incidem de forma determinada na formação do

profissional que é, simultaneamente, pessoa e técnico. É de importância central o contributo

individual se, simultaneamente, a atenção es ver no cole vo. «É a ressonância da nossa voz

nos outros que dá sen do e qualidade à execução no cole vo. Como se o outro

fosse a caixa de ressonância do nosso próprio ser».

O trabalho de projeto é:

Ÿ uma alterna va às perspe vas “académicas” e “escolarizantes”.

Ÿ promove o desenvolvimento intelectual e, simultaneamente, dos professores, não apenas os

conhecimentos e capacidades, mas também “a sensibilidade emocional, é ca e esté ca».

Ÿ tende a dar sen do à aprendizagem, às experiências pessoais, na colocação de hipóteses,

na análise, na elaboração de conjeturas; no es mular da curiosidade ; na comprovação do

que perspe vamos; no incen vo empírico; na persistência da resolução de problemas.

Início

Avaliação A

Avaliação B

1 2 2 2

Mini projetos

de recuperação

Avaliação C

Redefinição

linha temporal

finalidades

Como fazer?

1. Enquadramento: há assuntos passíveis de determinar um projeto? Quais? Com

quem? - definir equipa de trabalho.

2. Calendário: linha temporal que possa ser definida previamente, resolvendo as

condicionantes dos intervenientes - rigorosa, mas não imutável.

3. Planificação/Abordagem: que metodologia? - definição do «modus operandi»,

porquê? Para quê? Que obje vos?

4. Meios: definição das ferramentas que são necessárias - adequadas e existentes.

O Trabalho com projetos poderá derivar, no futuro, em trabalho por projetos.

O calendário pode alterar, porque os ritmos de aprendizagem assim o indiciam e as

oportunidades o jus ficam. Alunos com dificuldades detetadas podem beneficiar de pequenos

trabalhos adicionais, que os (re)coloquem na evolução conjunta. A proximidade e a facilitação

não devem ser confundidas com in midade ou facili smo.

30

3A

3


#6

emoções

a escola de afetos

emoções:

escola

de afetos

A qualidade da minha vida depende da qualidade da minha comunicação.

Com quem? Comigo próprio! Anthony Robbins

«Os educadores, antes

de serem especialistas

em ferramentas do

saber, deveriam ser

especialistas em amor:

intérpretes de sonhos.»

Ruben Alves

As emoções e os

sen mentos estão

diretamente

relacionados, porque

uma emoção gera um

sen mento que, por

sua vez, pode originar

novas emoções. Uma

emoção é uma reação a

um es mulo e pode

derivar em experiências

subje vas. Um episódio

emocional pode

originar várias reações,

de acordo com a

maturidade emocional

de cada um, podendo

Emoção

explosão

Sentimento

implosão

ocorrer até reações

sicas, muitas vezes,

imediatas.

Também há uma

relação direta com a

comunicação, pois são

reconhecidas pelas

pessoas que estão

junto da pessoa

emo va. Mas um grupo

pode ter emoções

dis ntas a par r da

mesma origem ou

facto. Dependemos, em

termos emo vos,

daquilo que

construímos nos nossos

percursos e que, no

fundo, cons tui a nossa

personalidade.

Um sen mento é mais

complexo. As emoções

serão o percutor da

criação de sen mentos.

São sensações que se

vão construindo e que

até podem ser

facilmente escondidas

ou dissimuladas.

Entender a relação

entre as emoções e os

sen mentos será

crucial para o

autoconhecimento.

Os sen mentos não são

passageiros e, no caso

de serem nega vos,

podem ser causadores

de doenças, como é o

caso da depressão.

Nas emoções básicas

ou secundárias

encontramos o pânico

ou alegria, o medo, o

nervosismo, a vergonha

ou culpa, a calma ou

angús a, etc. Já os

sen mentos mais

comuns são o amor, a

felicidade, o ódio, a

inveja, a compaixão, a

deceção, bem como a

curiosidade, gra dão,

jus ça, medo, entre

muitos outros.

31


Inteligência

Emocional

(IE)

O contexto escolar

oferece ao aluno um

conjunto de es mulos

que produzem

emoções, que podem

desencadear

sen mentos que,

apesar de dis ntos, se

encontram

in mamente

conectados, e

conduzem,

inevitavelmente, o

aluno à gestão, pois

quer na escassez, quer

no excesso, as emoções

significam que algo

precisa de ser

trabalhado no nosso

interior.

A importância das

emoções no processo

de aquisição de

conhecimento do aluno

é um fator

determinante, uma vez

que o desempenho de

cada indivíduo está,

in mamente

relacionado com o seu

estado emocional. A IE

é, segundo Salovey &

John Mayer, «uma série

de ap dões que servem

a apreciação e

32

AUTOCONFIANÇA

AUTORREGULAÇÃO

AUTOMOTIVAÇÃO

EMPATIA

RELACIONAMENTO

INTERPESSOAL

ajustamento eficaz das

suas próprias emoções

e as dos outros». Por

essa razão, considerase

muito importante

trabalhar a educação

emocional na ESCOLA.

Pretende-se contribuir

para uma sociedade

onde cada um possa

viver de forma

harmoniosa e plena,

reconhecendo as suas

emoções e as do outro.

O aluno está em

constante evolução; é

um ser em devir, que

vai construindo na sua

inter-relação indivíduomeio

a sua

personalidade e,

consequentemente, a

forma de responder a

um ambiente que se

apresenta por vezes

ameaçador. Daí que se

torna impera vo

considerar toda a

informação que

transporta consigo,

como as suas

experiências pessoais,

família, cultura, sem o

segregar ou diferenciar.

Aprender a regular as

emoções é

fundamental para um

desenvolvimento

harmonioso dos

indivíduos e, é

reconhecendo essa

necessidade, que nos

propomos, enquanto

escola, a proporcionar

essas oportunidades

aos nossos alunos e

restante comunidade

educa va.Muitas vezes

negligenciadas,

maltratadas e até

ridicularizadas, eis que

as emoções ocupam

um relevo merecido na

aprendizagem. As

emoções conferem à

vida uma pincelada de

cor num mundo às

vezes demasiadamente

cinzento. Porque as

emoções são formas de

expressão que nos

orientam na vida, quer

pessoal quer

socialmente. São elas

que nos permitem,

muitas vezes, resolver

os problemas e desafios

quo dianos. É através

delas que as relações e

a comunicação se

estabelecem e poderão

melhorar.

A escola tem o dever de

ajudar a descobrir

afinal quem é o aluno e

que po de emoções

podem emergir e que

sen mentos «habitam

nesse aluno».


Mas como se

trabalham as emoções

numa escola?

Diariamente.

Observando e estando

atento às situações

“aparentemente”

irrelevantes, mas que

geridas do início podem

deixar de se

transformar numa

«bola de neve

emocional».

É fundamental

promover

competências de

gestão emocional nos

alunos, que os

capacitem para o

reconhecimento,

iden ficação e que lhes

permitam obter um

maior nível de

autoconhecimento, de

forma a que o mesmo

se reflita numa maior

facilidade de

estabelecer

relacionamentos

pessoais e sociais mais

saudáveis e

harmoniosos, bem

como numa maior

facilidade em

estabelecer obje vos e

melhores

desempenhos.

Se são nega vas, as

origens das

emoções/sen mentos

dos nossos alunos

podem ocorrer por

mo vos vários. Os mais

comuns são,

indiretamente, os de

ordem financeira,

(muitas vezes derivadas

do desemprego);

familiares (da

desestruturação das

famílias);

comportamentos

adi vos (do próprio ou

nos próximos);

adolescência (como

etapa de transformação

sica e mental – a

aceitação do corpo, da

sexualidade – os

relacionamentos) e o

baixo autoconceito.

Como operar?

David Goleman faz

algumas propostas: a

redução dos níveis de

ansiedade e stress nas

aulas; a promoção de

um melhor

relacionamento

interpessoal;

O modelo HighScope

proveniente dos Estados

Unidos tem

sensivelmente 50 anos e

está validado

cientificamente. O

desenvolvimento social

e emocional não nos é

apresentado na forma

de uma disciplina, mas

está integrado no

programa. Tanto a

formação dos

professores como o

modo de ensino tem

por base este tipo de

desenvolvimento.

o desenvolvimento da

empa a; uma melhor

capacidade na tomada

de decisões; e um

maior

comprome mento com

os obje vos e metas

escolares.

E a pergunta seguinte

será: E como se gere a

ansiedade e stress nas

escolas? E assim

sucessivamente, às

restantes premissas…

É esse o nosso

trabalho.

Na verdade, no

momento em que o

ambiente escolar

facilitar ao aluno o

respe vo espaço para

lançar um olhar mais

crí co sobre as suas

emoções, que lhe

permita iden ficá-las

com maior facilidade e

lhe proporcione a

oportunidade de

comunicá-las sem

preconceitos,

estaremos a dar os

passos certos para uma

escola que explora,

par lha e domina

emoções.

O mizar o meio da

educação para as

emoções só será

possível no momento

em que todos os

intervenientes da

comunidade escolar

encararem o processo

da gestão e da par lha

de emoções, ajudando

a comunidade

educa va a lidar com as

mesmas. Reside no

relacionamento

connosco, com os

33


outros, com o espaço,

com a dinâmica que faz

da escola um órgão

vivo da sociedade.

Assim, à escola

pertence o papel

fundamental no

desenvolvimento

cogni vo do aluno, mas

também na integração

do seu contexto socioemocional

no processo

educa vo,

maximizando o seu

potencial de

A FLOR

inicio das aulas.

ano 1.

O Manel vai feliz

e alegre para

a escola.

Parem, a

flor nao

e uma

qualquer

...tem de

ter

cinco

petalas

aprendizagem para o

sucesso futuro.

A gestão da educação

emocional pode e deve

ser feita inicialmente

através dos docentes,

devendo, contudo, ter

em atenção que estes

devem possuir

competências em

gestão das emoções.

Uma escola que

trabalha as emoções de

todos potencia o

desenvolvimento

hoje,

primeiro

dia de

aulas.

vamos

fazer um

desenho.

pessoal, ao melhorar as

competências de cada

um para saber lidar

com os outros,

possibilita um

sen mento de maior

segurança e

autoes ma,

incen vando todos a

trabalharem de forma

mais asser va,

fortalecendo a vontade

de tentar, de explorar,

de resis r e ultrapassar

dificuldades.

uma

flor!

Alto. as petalas

tem que ter a

mesma cor.

onde e que ja

se viu

terem

cor dife

rente?

inicio das aulas.

ano 2.

vamos

nova

fazer um

profes desenho.

sora.

ESTOU

PREOCUPADA,

MANEl...

porque nao

desenhas?

34

Manel,

se te

dissesse,

nao seria o

TEU desenho,

mas sim o

MEU desenho.

O Manel baixou a cabeca, pegou no

papel de desenho , nos lapis de

cores , tantas cores e fez o seu

desenho.

QUAL FOI O DESENHO QUE O

MANEL FEZ?


Devemos estar atentos

à individualidade de

cada aluno e irmos de

encontro às suas

necessidades,

potenciando a

mo vação, a

aprendizagem e a

confiança no meio

escolar, contribuindo

para a sua formação

integral e para o

desenvolvimento de

melhores cidadãos,

com sen do crí co,

tolerância e perceção

da diferença, de forma

complementar e

constru va.

Como se reinventa o

professor? Como se

ca va o aluno? Como

se exprime ou reprime

uma emoção?

Estas são questões

necessárias na busca de

uma resposta

premente, se

desejamos alunos mais

felizes, mais

autónomos, mais

comunica vos e

interven vos nas

questões da escola e do

mundo.

As questões que

devemos colocar

remetem sempre ao

PORQUÊ, às origens

dos sen mentos

nega vos. Sabemos

que, para além do

ina smo das emoções,

estas são desenvolvidas

pelas experiências com

o meio social, onde

essa plas cidade pode

toldar as emoções

numa interpretação de

sen mentos nega vos

sobre situações

específicas da vida em

sociedade.

Afinal, quando se

aprende a lidar com a

inteligência emocional,

descobre-se como

pensar, sen r e agir de

forma inteligente e

consciente, sem

permi r que os

sen mentos perturbem

o seu desenvolvimento.

A empa a,

a asser vidade e a

regulação emocional

de cada aluno afeta

diretamente a

sua relação com

os outros.

E quanto à

capacidade

de trabalhar

em equipa

ou de

resolver

conflitos?

Para que o

desenvolvimento da IE

ou seja, da capacidade

de reconhecer os

nossos próprios

sen mentos e os dos

demais, de nos

mo varmos e de gerir

adequadamente as

relações – seja feito de

forma harmoniosa e

natural, deve assentar

numa discussão sobre

as experiências de cada

um, gostos pessoais e

reações perante os

problemas..

Observando e estando atento às situações

“aparentemente” irrelevantes, mas que

geridas do início podem deixar de se

transformar numa «bola de neve emocional».

Habilmind-sistema online de análise dos fatores que influenciam

a aprendizagem dos alunos.

35


exercício 1

EMPATIA

Peça de teatro.

Reunir grupo de alunos. Cada um escolhe uma personagem e escreve o que a

sua personagem sente. Trocam-se as personagens e cada um lê o seu papel

na peça. Discutem-se no final as diferentes leituras de cada personagem.

Uma das formas mais importantes de transmi r e

receber informação é a u lização de linguagem não

verbal. Este jogo permite prestar atenção a

pequenos detalhes e sinais da linguagem não verbal,

porque estamos atentos à linguagem verbal.

Fazer jogos de mímica e o

uso de sen mentos ou

situações, em vez de

filmes ou verbos.

exercício 2

GESTÃO

HUMOR

Lista de pensamentos felizes... Use-a sempre que precisar!

É um exercício simples, fácil de fazer e com que podemos embalarmo-nos até

adormecer todos os dias. Torna mais acessível, nos momentos di ceis, a

quan dade de coisas boas que temos e a quan dade de pequenos gestos que

podem melhorar a nossa disposição.

Simples, fácil de fazer e podemos animar uma

viagem de carro, um momento de espera, uma

conversa ... Torna-nos mais atentos aos gostos dos

outros, às coisas que os fazem felizes e mais aptos a

lidar com os seus momentos de irritação ou tristeza.

Conheça a lista de

pensamentos felizes dos

outros... Use-a sempre

que precisar!

exercício 3

AUTO

CONHECIMENTO

Imagine o pior! Uma inundação, a sua casa em risco...

A salvo está a família e o animal de es mação, a polícia dá-lhe 20 minutos

para salvar quaisquer seis objetos. Escolha-os e perceba as razões da sua

escolha... mais importante, pense no que deixou para trás!

No dia em que a sua criança estragar uma cor na

para fazer uma magnífica colagem como prenda

para o seu aniversário lembre-se que as cor nas não

faziam parte das suas prioridades, mas as pequenas

recordações sim!

Este exercício permite-lhe

pensar nas coisas a que

dá valor e que considera

essenciais.

exercício 4

CONTROLO

IMPULSO

Ao pequeno almoço, liste cinco coisas que o vão irritar durante o

dia. Pode alterá-las? Pode melhorá-las ? Pode evitá-las?

Este exercício pode ser feito ao longo do dia, por escrito, rela vo à semana ou

ao mês, a uma pessoa ou a vidade. Par lhe os resultados.

36

Este exercício pode ser feito inicialmente com cada

pessoa nova que nos aparece ou cada acontecimento

que enfrentamos. Antes de fazer seja o que for ou

falar seja com quem for, experimente contar até dez.

Torna-nos mais atentos como pessoas.

Aquilo que o irrita hoje é igual

ao que escreveu antes? Como

evoluíram as irritações?

Melhorou alguma coisa?


COGNITIVO SOCIAL EMOCIONAL ÉTICO

Respeitar o outro

Planear/

tomar decisões

Concluír com lógica

Investir/compreender

soluções problema

Pensar criativamente

Estimular memória

Cooperar e colaborar

Comunicar com

clareza e coerência

Lidar com as regras

Colaborar para a

resolução de conflitos

Trabalhar em equipa

Competição saudável

Aprender o erro

Desenvolver

Autoconfiança

Ter responsabilidade

Lidar com o

ganhar e o perder

Fazer autoavaliação

Trabalhar autoestima

Pensar no outro

Ser tolerante

e flexível

Respeitar o outro

Agir positivamente

para o bem comum

Viver a diferença

Ser transparente

Educador 360

Por vezes, é necessário verificar onde reside verdadeiramente o problema.

Não basta investir na igualdade e na equidade. Terá que haver Justiça.

Desigualdade

no acesso

às oportunidades

Igualdade

ferramentas

distribuídas

uniformemente

e assistência

Equidade

ferramentas

personalizadas que

identicam

e abordam

a desigualdade

Justiça

equilibrar o sistema

para oferecer acesso

igual a ferramentas

e oportunidades

Como se manifestam as emoções?

A reação emocional começa com:

Expressão facial – 1 milésimo de

segundo após o aparecimento do

es mulo.

Reação fisiológica – ba mentos

cardíacos, sudação, aumento da

tensão muscular.

Recreated from Tony Ruth’s depiction of Shel Silverstein’s The Giving Tree

CURIOSIDADE:

“Em 1936, o ensino para quem nha deficiências,

criou uma disciplina para professores que se

chamava Psicologia e Pedagogia para

Anormais».

A terminologia adotada na época traduzia a

an tese do que agora chamamos Escola

Inclusiva.

37


#6

digitalização

dimensão

estratégica

digitalização:

dimensão

estratégica

Mais do que possuir o

«úl mo grito”

tecnológico e as

tecnologias mais

avançadas, a questão

fundamental será a de

se saber como rar

par do e rentabilizar,

num determinado

contexto, as tecnologias

disponíveis.»

Fernando A. Costa,

DGIDC/ME - Metas de

Aprendizagem área das TIC

Todos os processos de

mudança pressupõem

ritmos evolu vos que,

no seu decurso,

implicam avanços e

recuos, aceitação e

negação, confiança e

receios e o processo de

digitalização das

escolas, há muito nelas

imbuído, con nua a

merecer um olhar

indagador que, no ato

de uma fomentação

consciente, propague,

de forma equilibrada o

seu uso e potencie a

38

sua abrangência no

meio escolar.

Digitalizar a Escola é

colocar ao dispor da

comunidade escolar

ferramentas rápidas,

eficazes e intera vas

que pressupõe, no caso

dos professores, a

aplicação de

metodologias de ensino

diversificadas e

cria vas, promotoras

da inovação escolar.

A pandemia veio

evidenciar que a

ausência de tecnologia

nas escolas e em casa

põe em causa a

inclusão na educação,

expondo as

dificuldades dos

professores e das

famílias à adaptação a

esta realidade e

comprovando a

necessidade de

transformação do

ensino. No entanto,

esta mutação não deve

ser levada a cabo de

forma imponderada,

mas sim, acompanhada

de uma série de

pressupostos: a

aplicação de dinâmicas

mais intera vas e da

flexibilização de

conteúdos e de

prá cas em sala de

aula.

O ensino deverá

perspe var uma

aculturação no sen do

da educação cívica,

ambiental e de

competências

profissionais,

capacitando os alunos

com as ferramentas

necessárias para uma

integração ágil no

mundo profissional.

Na sociedade atual,

extremamente

compe va e exigente,

a escola terá de

apostar, fortemente, no

desenvolvimento das

competências, sem,


contudo, descurar os

valores cívicos, é cos,

deontológicos e morais,

assente em princípios

orgânicos de equidade

e de

complementaridade.

Com caracterís cas

muito próprias, a escola

sofre alterações

constantes e o desafio

é de acompanhá-la sem

a descaracterizar ou

desumanizar,

fomentando prá cas

transi vas e

agregadoras junto da

realidade escolar,

procurando encontrar,

de forma proporcional,

as melhores soluções

para os problemas e

adversidades sen das

pelos seus atores.

A Escola tem de dar

resposta a uma

curiosidade crescente e

adaptar-se a uma nova

forma de estar em

sociedade:

digitalmente. Não

passa só pela u lização

de computadores e

apresentações digitais

em sala de aula, mas

sim pela mudança de

a tude de toda a

comunidade escolar,

promovendo processos

educa vos mais

dinâmicos e intera vos,

centrados nas

necessidades prá cas

dos alunos, respeitando

a sua individualidade e

a construção do seu

projeto de vida.

A digitalização da

Escola é inevitável, uma

vez que a digitalização

dos nossos alunos já

aconteceu e os alunos

são o futuro da Escola.

Qual o entendimento

que o próprio aluno faz

da digitalização da

Escola?

O gosto que o aluno

tem rela vamente às

novas tecnologias está

direcionado para o

foco que pretendemos

para as nossas aulas

ou temos interesses

divergentes?

Como entender o

ponto de equilíbrio

entre o digital e o

papel?

Todos os alunos que

chegam às nossas

escolas têm perfil

aluno_21? Como

trabalhar esta

questão?

E os pais? E os EE?

Perceberão o projeto

de inovação?

Perceberão a

estratégia de

digitalização escolar?

Ar cular as

aprendizagens

essenciais, o perfil do

aluno à saída da

escolaridade

obrigatória e o valor

acrescentado que

pretendemos para os

nossos alunos, como

trabalhar isto em

termos de equidade e

não igualdade?

O aluno quer a

digitalização da Escola.

A Escola quer a

digitalização.

Prioridades

@

Adquirir

Conectar

licenças

especial atenção a alunos com

dificuldades económicas

@

Capacitar

docentes

em especial na u lização

pedagógica das ferramentas

Desmaterialização

documental

em especial dos manuais e

produção de materiais digitais

Direcionados para os

mesmos interesses ou

não, mo vados pelos

mesmos es mulos ou

não, cabe à escola e ao

professor redirecionar

o interesse, apresentar

novas potencialidades e

conduzir este processo

de forma equilibrada,

mantendo-o

interessante, tornando

o aluno ca vo do gosto

pela aprendizagem

através do método, da

estratégia, da inovação.

39


40

A Escola é, na sua

essência, o lugar

privilegiado do

conhecimento e, se há

conhecimento imutável

e inques onável,

também há

conhecimento em

constante mudança e

evolução e, por isso, é

função primordial da

Escola acompanhar

esta mudança e

contribuir de forma

a va para esta

evolução.

@

Mas não foi porque as

tecnologias entraram

na escola que esta

transformou a

sociedade, pelo

contrário, foi porque a

sociedade se

transformou e começou

a ficar dependente das

novas tecnologias, que

estas se tornaram uma

necessidade nas

escolas.

Digitalizar a escola não

significa romper para

sempre com

metodologias

“livrescas”, que tornam

o ensino tão agradável;

significa antes,

diversificar métodos.

Quando se fala do

potencial pedagógico

das ferramentas de

informação e

comunicação, sabemos

que, sejam quais forem

os instrumentos, elas

são basilares. Se essas

ferramentas são a

ardósia e giz, papel e

lápis ou computador,

projetor, tablet e

internet, estaremos

sempre a falar das

ferramentas das quais

nos vamos servir para

trabalhar no processo

de ensinoaprendizagem.

A proposta de

digitalização da escola

implica uma proposta

de adequação

curricular,

interdisciplinar e focada

em competências,

devendo vincular uma

reflexão e readequação

dos modelos de

avaliação a um trabalho

coopera vo mais

integrado e

colabora vo,

promovendo a

integração das

disciplinas em projetos

integradores, baseados

em questões e

problemas reais

significa vos.

Mais do que usar

tecnologia em sala de

aula, trata-se de uma

mudança sociocultural,

que demanda a adoção

de processos

educacionais cada vez

mais dinâmicos e

intera vos, flexíveis e

94% consideram que a aprendizagem personalizada é «importante».

84% é um dever preparar os alunos para um futuro digital.

77% esperam das escolas centros digitais de excelência nos próximos cinco

anos.

51% afirmam ser di cil acompanhar as mudanças tecnológicas, principalmente

pela cultura escolar ins tuída e pelas mudanças necessárias no corpo docente.

88% concordaram que melhorar a competência digital do pessoal docente era

uma prioridade.

fonte: Relatório 2017 da Fujitsu, “The road to digital Learning”. Auscultação 600 líderes de IT

prá cos.

O foco na o mização

de recursos deixa de

ser uma tendência para

se tornar uma

necessidade. O aluno,

enquanto ator central

do seu processo de

desenvolvimento

escolar tem, à distância

de um clique, acesso a

um sem-fim de

conteúdos que lhe

permitem construir o

seu próprio currículo,

nunca descurando o

papel orientador do

docente.


O que facilmente

observamos:

1. A maioria das salas de

aula foram construídas

para aplicar pedagogias

tradicionais, onde os

alunos, sentados

escutam passivamente.

2. O layout é inflexível e o

mobiliário com uma

flexibilidade limitada.

3. O acesso às

tecnologias varia entre

professores que a

convocam na integração

das dinâmicas.

4. Nem professores nem

alunos ram real par do

da disponibilidade das

tecnologias, porque falta

a sua integração dentro

das metodologias.

5. Necessidade de

reformular as TIC nas

escolas. No seu lugar,

serão os professores das

diferentes áreas a

integrá-las nas a vidades

que realizam.

6. A integração da

tecnologia obriga e

implica o aluno na

par cipação e criação

dos novos

conhecimentos.

«O nível global

de

qualificações

da população

adulta em

literacia digital

é mais baixo

do que a média

da Ue28. Em

2017, 50% da

população

portuguesa

não possuía

competências

digitais básicas

e 27% não as

nha na

íntegra.

A capacidade

dos estudantes

recordarem a

informação

ob da nas

aprendizagens

pra cas é 6 x

superior à

ob da pelos

meios

tradicionais».

Doc Shimon

Amar, presidente

41


#7

avaliação:

das competências

avaliação:

competência

A publicação do Perfil

do Aluno à Saída da

Escolaridade

Obrigatória, bem como

os Decretos-Lei 54 e 55

de 2018, alterou o

rumo da Educação,

deixando claro que

havia a necessidade de

uma nova interpretação

do fenómeno social,

polí co e económico

que o mundo

atravessava.

É claro que tal ímpeto

pela mudança não nos

dava certezas que ela se

iria processar. Tantas

vezes fomos brindados

com possibilidades

similares para o fazer,

sem que nada,

verdadeiramente,tenha

acontecido.

No domínio da

Avaliação há um claro

indício de uma ruptura

com o passado, em que

a avaliação se assumia

como norma va,

comparando os alunos

tendo como referência

42

as classificações. A

avaliação era um

número.

Ao aluno, passamos a

exigir competências

essenciais para que

possa , face à

efemeridade e

inconstância que se vive

mundialmente,

adaptar-se e crescer

profissionalmente.

O aluno, conhecedor

do seu «estado de

aprendizagem», num

processo de

permanente retorno e

inter-ação entre ele e o

professor verá que, na

conjugação de

sinergias, reside o

processo de construção

das aprendizagens.

Inclusive na sua própria

autoavaliação, processo

de autoregulação

fundamental.

Daí que, ambientes de

aprendizagem,

assumidamente

inovadores possam ser

es mulo para

abordagens

pedagógicas, assentes

na tecnologia e em

metodologias

diferenciadas.

Os Conhecimentos na

área do saber cien fico,

técnico e tecnológico,

bem como o

desenvolvimento de

competências na área

do relacionamento

interpessoal, em

contextos que

privilegiem a

colaboração, a

cooperação, a

interajuda e entreajuda,

é o que urge fazer na

escola.

E, se o fizermos,

estamos a verter, na

observação das

informações colhidas

nestas áreas,

referências para uma

melhor e mais justa

Avaliação.


Resumindo:

A avaliação é um

processo sistemá co,

com o objec vo de

determinar em que

medida os obje vos

educa vos são

a ngidos.(Gronlund)

É o ato de examinar o

grau de adequação

entre um conjunto de

informações e um

conjunto de critérios,

adequados a um

obje vo previamente

fixado, com vista a uma

tomada de decisão.

De Ketele

E são três as funções da

avaliação:

1. a regulação dos

processos de

ensino/aprendizagem ,

que se des na à própria

ação didá ca, no

sen do de lhe fornecer

informações úteis para

um funcionamento

mais eficaz.

2. a cer ficação, com o

obje vo de um

reconhecimento de

aprendizagens ou

validação de

competências, perante

terceiros.

3. a seleção e

orientação em que se

procura fundamentar

um prognós co sobre a

evolução futura do

aluno. (Cardinet)

De igual forma:

a) uma avaliação

forma va sustenta a

regulação do ensino e

aprendizagem;

b) uma avaliação

cer fica va sustenta a

garan a social das

aquisições feitas

através do ciclo de

estudos;

c) uma avaliação de

diagnós co e

prognós co sustenta as

decisões, quer de

seleção, quer de

orientação, em função

de uma antecipação do

futuro próximo do

aluno, em termos das

suas competências para

prosseguir

determinados níveis de

estudo subsequentes.

Esquema concetual de competência adaptado de «The future

of Educa on and Skills: OECD Educa on 2030, In: Global

competency for an world, OECD, 2016

Teoria das Inteligências Múl plas de Gardner

43


Ideia

do projeto

Definição

do projeto (1)

Redefinição (3)

Monitorização (2)

Momentos

avaliação

Redefinição

(3)

Autoavaliação (4)

participação do aluno

participação do professor

Momentos

avaliação

Monitorização (2)

definição das áreas de competência principais integrantes no projeto

(1) A definição do projeto envolve naturalmente a sua planificação (cronograma,

tipologia/codocência, objetivos critérios de avaliação. etc). O projeto pode ser delineado

como Trabalho colaborativo (entre professores, integrando um número de alunos específico,

mais que uma turma, etc.).

(2) A monitorização é uma das tarefas mais importantes do professor, mas também pode

envolver alunos num processo de tutoria entre elementos com níveis diferentes.

(3) Momentos de Redefinição são espaços importantes de auscultação e verificação do

trabalho produzido. Estes momentos, aliados a avaliações parciais, poderão indiciar

inflexões`ao planeamento inicial. Paralelamente, poderá haver necessidade de ativar miniprojetos

para alunos que necessitem de recuperar os níveis alcançados.

(4) A Autoavalição do aluno deve ser um processo de autorregulação. O objetivo é levar o

aluno a confrontar o seu desempenho com o que era esperado e agir para reduzir ou

eliminar essa diferença. O professor pode e deve ajudar o aluno nesta fase.

Os alunos

devem ser

envolvidos no

processo da sua

aprendizagem e

avaliação.

A informação

deve ser obtida

através de uma

diversidade de

estratégias,

técnicas e

instrumentos.

O feedback é

fundamental

para que a

avaliação possa

melhorar as

aprendizagens.

A autoavaliação

ajuda a

desenvolver

competências e

a superar as

dificuldades.

A avaliação

influencia

significativamen

te a motivação e

a auto estima

dos alunos.

44


Segundo as opiniões

dos embaixadores da

escola Profitecla, a

avaliação não pode

centrar-se nos

resultados e deve

variar o uso de técnicas

de recolha e análise de

dados. Os resultados,

sendo parciais e

fragmentados, muitas

vezes são

generalizáveis.

Aquilo que preconizam

é uma orientação na

monitorização dos

processos, através de

uma compreensão

global da informação e

chegar a conclusões

fundamentadas. Por

outro lado, a avaliação

centrada na ação vista

holis camente

(processos, produtos e

dinâmicas contextuais e

relacionais), torna

sustentáveis as

soluções para os

problemas emergentes.

O seu obje vo é

influenciar num sen do

posi vo as dinâmicas.

Devemos, então,

privilegiar o fator

envolvente associado à

aprendizagem como

impulso para a

Métodos

aprendizagem

passivos

Métodos

aprendizagem

participada

5%

10%

20%

30%

50%

75%

90%

valorização pessoal e

afastados da repressão

ou de fiscalização.

A racionalidade tornase

obrigatória nas

diferentes avaliações

profissionais e,

sobretudo, na

educação, «pois é este

conhecimento que pode

iluminar a é ca do agir

educa vo». (L. Amante &

Oliveira).

COMO APRENDEMOS?

Pirâmide de aprendizagem William Glasser

Quando lemos

Quando ensinamos os outros

Quando vemos e ouvimos

Quando demonstramos

Quando colaboramos

Quando fazemos

Quando ensinamos os outros

Consider using Bloom’s Taxonomy when creating learning objectives.

https://www.cmmonline.com/articles/effective-training-goes-beyond-learning

45


Impactos da pandemia nas diferentes áreas

dos cursos da Oferta Forma va da Profitecla

e adaptação futura.

1. Recolha junto das empresas informações como foi o processo de

adaptação durante o período pandémico e como irão atuar no póspandemia.

Acreditamos que as adaptações durante este período viabilizaram e até

potenciaram processos de atuação, redesenhando procedimentos e

apostando num processo de digitalização acelerado, mas estratégico.

Acreditamos, também, que o jogo concorrencial permi a detetar rapidamente

que «os outros iriam fazer o mesmo» e que as mudanças eram urgentes. E os

coordenadores fizeram esta auscultação antes do dia do Encontro.

2. No dia, foi realizada uma Reflexão sobre estes dados, canalizando-os,

depois de processados, em informações úteis para a escola.

Assim, as conclusões recolhidas determinaram algumas dimensões do

problema:

A. Dimensão pedagógica:

Redefinição das UFCD, passíveis de serem alteradas, apontando um conjunto

de conteúdos ligados à Segurança e Saúde/Epidemias e pandemias,

RGPD/Segurança Informá ca e Segurança no trabalho:

Ÿ Teletrabalho - dotar alunos de competências no âmbito da Organização de

eventos à distância (programação e equipamentos/recursos).

Ÿ Legislação Trabalho Remoto - informar sobre as caracterís cas,

obrigações e deveres deste novo paradigma laboral.

Ÿ HCCP - Higiene e Segurança no Trabalho, u lização e manuseamento de

EPI e EPC.

Ÿ Suporte Básico de Vida - formação transversal a todas as áreas, per nente

na conjetura atual.

Ÿ Marke ng Digital - gestão de conteúdos digitais / Social Media, em alguns

dos Cursos.

Ÿ Reforço nas medidas de trabalho (Higienização e normas a serem

respeitadas nos ERB).

Ÿ Novas aplicações no âmbito da digitalização e gestão documental.

Ÿ Readaptar o programa de TIC/acompanhar as novas exigências.

Ÿ Potenciar a u lização de plataformas eletrónicas.

Ÿ A flexibilidade de horários vai ser uma certeza em algumas áreas. A escola

deve ter isso em consideração.

Ÿ Os parceiros de estágio vão exigir testes ao vírus antes e durante o

Estágio.

Ÿ Gestão Emocional - dotar a comunidade educa va de competências e

capacidades para melhor superar situações de stress resultantes desta

nova realidade.

46


B. Dimensão orçamental:

Ÿ Fardamento dos alunos - obrigatório e em número superior (FCT).

Ÿ Recursos digitais extra para lecionar à distância conteúdos forma vos.

Ÿ Recursos materiais (consumíveis) a distribuir pelos alunos para lecionar

conteúdos à distância (kit básico).

Ÿ Obrigatoriedade de Bole m de vacinas e Plano dentário - Testagem dos

alunos (FCT).

Ÿ Inves mento em EPIs/locais de trabalho/laboratórios e informação.

Ÿ Inves mento em formação em áreas emergentes pós pandemia.

NÍVEL DE MUDANÇA DE ESTRATÉGIA _MERCADO

OPORTUNIDADES

Ÿ Haverá reforço de equipas de mão de obra (Cozinha, Padaria e

Pastelaria).

Ÿ Alimentação saudável - mudança de cartas e confeção de alterna vas

(cozinha mediterrânica)/(Cozinha, Padaria e Pastelaria).

Ÿ Emergência do serviço de entregas (dizem empresários) para a rea vação

do serviço de sala/(Cozinha, Padaria e Pastelaria)

Ÿ Atendimento cada vez mais personalizado em função de melhorias cada

vez mais solicitadas.

Ÿ Aparecimento de novos produtos,nas a vidades mais afetadas.

Ÿ Diferenças na atuação, mas maior atenção à importância da formação do

setor/(ADS/GER).

RELAÇÃO ESCOLA _MERCADO (PARCERIAS)

Ÿ Aprofundar uma ligação aos parceiros ligados à área social (Can nas) -

Perspe va de empregabilidade.

Ÿ Desenvolver parcerias com ins tuições que apostem na diferenciação nos

diferentes setores de a vidade e de acordo com o perfil do aluno.

Ÿ Estabelecer parcerias com en dades relacionadas com a digitalização e

gestão documental (formação/demonstração).

Ÿ Tendência de empresas ins tuírem o regime teletrabalho e/ou regime

misto, como estratégia em algumas das áreas.

33 coordenadores presentes

+ de 180 empresas consultadas

47


Concluindo:

«Ninguém ignora tudo.

Ninguém sabe tudo.

Todos nós sabemos alguma coisa.

Todos nós ignoramos alguma coisa.

Por isso aprendemos sempre».

Paulo Freire


Qualquer projeto inovador deve estar

focado no aluno e com ele ser

construído.

A Mo vação da comunidade escolar é o

ingrediente catalisador de cada inovação de

sucesso.

A inovação não pode ser vista como uma

a tude vanguardista – inovar por inovar –

mas sim como um instrumento de resposta

às transformações aceleradas e constantes

da sociedade, em que o professor precisa

exercitar “as suas capacidades de

invenção”.

profitecla

escola profissional

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