Artes Participativas
Em expressões culturais estabelecidas, como artes visuais, literatura, teatro, arquitetura, ópera, balé, performance, circo, esportes, cinema, fotografia, escultura, publicidade, jornais, rádio e televisão, a mesma estrutura de mídia pode ser encontrada. A comunicação é unidirecional; Como espectador, devo agradecer e receber. Mas o caráter autoritário e passivo da cultura espetacular é cada vez mais questionado. Conceitos como interatividade e participação estão na moda, mas existem dúvidas sobre como eles devem ser compreendidos. Artes Participativas introduz uma visão da vida artística e cultural que dissipa essa confusão. A participação requer que a fronteira entre o emissor e o receptor do mundo cultural seja reavaliada e dissolvida. Artes Participativas foi escrito por membros do coletivo sueco Interacting Arts, orgulhosamente trazido para a língua portuguesa pelo NpLarp em parceria com Editora Provocare, com tradução do pesquisador Tadeu Rodrigues Iuama (doutor em Comunicação pela UNIP).
Em expressões culturais estabelecidas, como artes visuais, literatura, teatro, arquitetura, ópera, balé, performance, circo, esportes, cinema, fotografia, escultura, publicidade, jornais, rádio e televisão, a mesma estrutura de mídia pode ser encontrada.
A comunicação é unidirecional;
Como espectador, devo agradecer e receber.
Mas o caráter autoritário e passivo da cultura espetacular é cada vez mais questionado. Conceitos como interatividade e participação estão na moda, mas existem dúvidas sobre como eles devem ser compreendidos.
Artes Participativas introduz uma visão da vida artística e cultural que dissipa essa confusão. A participação requer que a fronteira entre o emissor e o receptor do mundo cultural seja reavaliada e dissolvida.
Artes Participativas foi escrito por membros do coletivo sueco Interacting Arts, orgulhosamente trazido para a língua portuguesa pelo NpLarp em parceria com Editora Provocare, com tradução do pesquisador Tadeu Rodrigues Iuama (doutor em Comunicação pela UNIP).
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durante um show ou subirmos no palco de teatro gritando
“Hamlet – Não!”, estaremos em violação dos acordos prevalecentes
daquelas mídias específicas. Tais crimes contra
o protocolo são geralmente punidos com alguma forma de
redução da posição social, tais como definir o perpetrador
como um barulhento turbulento ou chamar a polícia.
Toda estrutura midiática constitui uma relação: quem
produz estímulos para quem? Ser capaz de controlar a
forma dos estímulos significa ter uma forte influência na
experiência do receptor. Em outras palavras, as relações midiáticas
são sempre relações de poder. Os meios de comunicação
estruturados como uma comunicação unidirecional
são assimétricos – e autoritários.
A menos que os produtores de arte redefinam os acordos
midiáticos, eles são tão irrevogavelmente apanhados
dentro dos limites de uma estrutura de poder predefinida
quanto seu público. Ignorantes – ou indiferentes – os produtores
se tornam manipuladores cegos, déspotas ignorantes
que nem podem ver o trono em que estão sentados. Um
produtor desse tipo está em posição de poder em relação
ao consumidor, mas também é dominado pela estrutura
da própria mídia. Assim, uma compreensão das estruturas
midiáticas é crucial para quem procura redefinir suas relações
de poder imanentes.
Os acordos de uma mídia específica podem ser mais ou
menos restritos em relação aos papéis de produtor e consumidor,
como os estímulos podem ser distribuídos dentro
dos limites da mídia e quais tipos de estímulos podem ser
considerados parte dela. Hoje, a maioria dos tipos de mídia
que são imediatamente reconhecidos como mídia tem
uma estrutura rígida, restritiva e orientada ao espectador,
em que os papéis, bem como a transferência e seleção de
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