PC Penafiel

ÍNDICE
SUMÁRIO ...................................................................................................................... 1
2. CONTEXTUALIZAÇÃO ......................................................................................... 3
3. OBJETIVOS .......................................................................................................... 5
4. PÚBLICO-ALVO ................................................................................................... 6
5. METODOLOGIA .................................................................................................... 7
6. IMPACTO ............................................................................................................. 9
7. RECURSOS ......................................................................................................... 10
7.1 Materiais .......................................................................................................... 10
7.2 Humanos ......................................................................................................... 11
8. PARCERIAS ......................................................................................................... 12
9. FINANCIAMENTO .............................................................................................. 13

PROGETAA
(PROJETO DE GESTÃO EMOCIONAL
E TREINO DE ATLETAS E AGENTES
DESPORTIVOS)
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do projeto: PROGETAA
Coordenadora do projeto: Marisa Sousa
Contacto telefónico: 915392282
E-mail: marisat.sousa@gmail.com
ODS A INTEGRAR NO PROJETO

SUMÁRIO
O «PROGETAA» (Projeto de Gestão
Emocional e Treino de Atletas e Agentes
Desportivos) pretende colmatar o que
consideramos ser a maior lacuna da
formação das crianças e jovens no
desporto: a educação emocional e
psicológica. A influência e importância das
emoções e do fator psicológico no desporto
é, hoje em dia, consensual entre a
comunidade científica e os agentes
desportivos. No entanto, continuamos a
falhar, enquanto sociedade, na hora de
equipar os nossos jovens de ferramentas
que lhes permitam gerir esses fatores e
desenvolver competências que os ajudem,
não só a potenciar o seu desempenho
desportivo, mas, acima de tudo, a
tornarem-se indivíduos emocional e
psicologicamente mais saudáveis,
fomentando neles valores como a empatia,
o respeito e a humildade e desenvolvendo a
autoconfiança.
Estando provado que os atletas que
apresentam maior rendimento e sucesso
desportivo são aqueles que estão
equipados de capacidades de gestão
emocional mais desenvolvidas, não
podemos mais esperar que essas
capacidades surjam fruto do acaso ou do
trabalho isolado e autodidata do atleta. É
tempo de apoiar os nossos jovens numa
altura tão difícil quanto aquela que vivemos
e que apenas veio exacerbar os problemas
emocionais e psicológicos já tão presentes,
normalmente, durante a pré-adolescência e
adolescência.
PROGETAA | | Marisa Sousa 1

Quase que como num efeito avalanche,
trabalhar competências como o
autoconhecimento, a autoestima, a
autoconfiança ou a motivação irão afetar
positivamente o desenvolvimento do atleta
e, por conseguinte, toda a equipa em que
está inserido, aumentando a eficácia dos
treinos e melhorando a compreensão e
comunicação treinador-atleta. Do ponto de
vista dos clubes e treinadores, esta é uma
mais-valia que os irá diferenciar de outras
equipas, ajudando na captação e fidelização
de atletas nesta altura tão difícil para todos.
Procuramos ajudar a fomentar valores nos
nossos jovens que lhes permitam crescer de
forma mais saudável, na esperança de que
se possam tornar adultos responsáveis,
tolerantes, confiantes e compassivos,
enquanto se desenvolvem como atletas.
Este projeto surgiu, assim, com o intuito de
projetar jovens atletas para outro patamar,
trabalhando não só diretamente com eles,
mas com os restantes agentes desportivos e
na forma como ambos se inter-relacionam.
“A influência e importância das
emoções e do fator psicológico no
desporto é, hoje em dia, consensual
entre a comunidade científica e os
agentes desportivos.”
PROGETAA | Marisa Sousa 2

2. CONTEXTUALIZAÇÃO
Numa altura em que o tema da saúde
mental é cada vez mais abordado,
continuamos, enquanto sociedade, a falhar
na altura de o tornar uma prioridade,
principalmente no que diz respeito aos
nossos jovens.
A adolescência representa, por si só, uma
etapa de vida desafiante, turbulenta e
repleta de alterações físicas, psicológicas,
cognitivas e sociais. Esta é uma fase de
extrema importância no desenvolvimento
do indivíduo, moldando, muitas vezes, a sua
personalidade, valores e princípios.
É, por isso, nesta fase que grande parte dos
problemas emocionais e psicológicos se
desenvolvem. Na verdade, estudos indicam
que 20% das crianças e adolescentes têm,
pelo menos, uma perturbação mental e
quase 31% dos jovens têm sintomas
depressivos, a maioria moderados ou
graves, sendo o suicídio a principal causa de
morte em crianças e jovens, em Portugal. 1
Mais ainda, o contexto da pandemia veio
exacerbar todos estes sentimentos. A
Organização Mundial de Saúde revelou que
sintomas de ansiedade provocados pela
pandemia afetam, hoje, cerca de 90% da
população jovem mundial. 2
São vários os profissionais de saúde mental
que reconhecem que as crianças e jovens
vivem uma altura de grande sofrimento. O
isolamento, o escasso contacto físico e
interação social, e a incerteza que reina há
já vários meses vêm dificultar um processo
já por si difícil.
Apesar de todos estes apelos, as estratégias
postas em prática para colmatar o problema
são escassas. Neste sentido, o projeto
«PROGETAA» foi criado na esperança de
trazer aos nossos jovens algumas
ferramentas que lhes permitam lidar com
todas estas condicionantes.
A decisão de construir este projeto no
contexto desportivo está relacionada com
vários fatores, nomeadamente com o
ambiente mais relaxado que este
proporciona – o que não se verifica no
contexto escolar convencional – permitindo
que os atletas estejam mais predispostos a
trabalhar outras áreas para além das
técnico/táticas (ex: sociais, psicológicas e
emocionais).
Por outro lado, é urgente atuar na área do
desporto, visto que este é causador de
grandes emoções. Para alguns autores,
incluindo Cruz (1996) e Dias (2005), o
desporto apresenta-se com características
únicas que despoletam variadíssimas
emoções, influenciando positiva ou
negativamente o desempenho do atleta.
Já em 1983, Oetting
atribuía às emoções um
papel fundamental,
reconhecendo-lhes a
capacidade para
diminuir ou intensificar o
rendimento de um atleta.
No entanto, apesar de inúmeros estudos
demonstrarem já a debilidade dos jovens na
área emocional, no contexto desportivo, até
hoje pouco foi feito para os equipar de
competências que lhes permitam
reconhecer e gerir as suas emoções,
melhorando, em última instância, não só a
sua performance, como os sentimentos de
autoestima, autoeficácia e confiança
necessários para atingirem o seu potencial
1
Dados do Projeto de Prevenção do Suicídio
Juvenil +CONTIGO
2
Relatórios da World Health Organization
sobre o impacto do COVID-19
PROGETAA | Marisa Sousa 3

enquanto seres humanos mental e
fisicamente saudáveis.
Por conseguinte, a formação surge, na
nossa opinião, como paragem quase
obrigatória para este tipo de projetos,
tendo em conta que acolhe crianças e
jovens em idade crítica no desenvolvimento
de valores, princípios e personalidades.
Todos deveríamos olhar o desporto de
formação como “uma entidade cultural
insubstituível no papel de agregador das
diferenças e como local de cultivo de
valores humanos e sociais, educativa e
pedagogicamente relevantes” (Bento,
1999).
Apesar de se apresentar como uma
atividade lúdica, o desporto acaba por ser
fonte de grande stress. Não só por ser
encarado pelo atleta como uma importante
área de realização na sua vida, mas também
por existir uma forte e constante avaliação
social das suas capacidades, por uma
sociedade com critérios muitas vezes
subjetivos e pouco especializados.
Não tendo sido o caso até então,
consideramos que iniciativas como esta
devem, urgentemente, integrar o plano de
qualquer equipa de desporto de formação,
pois este é o palco ideal – e acima de tudo,
essencial – para aplicar um projeto de
gestão emocional.
EMO
ÇÃO
Para além da necessidade de desenvolver a
capacidade de lidar com as
imprevisibilidades do próprio jogo, é
essencial conseguir gerir a interação com
todos os agentes intervenientes (dirigentes,
equipas técnicas, outros atletas, equipas de
arbitragem, e até mesmo o público
presente), pois esta irá afetar diretamente
o bem-estar do atleta e o seu desempenho.
Desde que, num dos seus primeiros
estudos, Zizzi, Deaner e Hirschhor (2003)
concluíram que a inteligência emocional
contribui (sendo até essencial) para o
sucesso dos atletas, e mais tarde, Latimer et
all (2008) afirmaram que este tipo de
inteligência pode, de facto, ser trabalhado
com atletas, treinadores e pais de atletas,
ficou claro que esta deveria ter sido
encarada como uma prioridade no desporto
de formação.
PROGETAA | Marisa Sousa 4

3. OBJETIVOS
Os principais objetivos
deste projeto passam por:
• Introduzir a atletas e outros agentes
desportivos os conceitos de Inteligência
Emocional e Gestão Emocional no
desporto;
• Explicar-lhes a importância e influência
das emoções no comportamento do atleta
e no seu desempenho desportivo;
• Fornecer ferramentas de gestão
emocional aos atletas, para que possam
lidar com todos os intervenientes do
treino/jogo;
• Facilitar a compreensão e comunicação
entre atletas e equipa técnica, dirigentes,
pais, encarregados de educação ou outros
adultos envolvidos no contexto desportivo;
• Ajudar atletas a atingir o seu potencial
desportivo e humano.
Subsequente e consequentemente a tudo
isto, ao potenciar o rendimento do atleta ao
nível individual, este projeto irá exponenciar
o rendimento coletivo da equipa, afetando
positivamente a sua prestação em treino e
competições em que possam participar
PROGETAA | Marisa Sousa 5

4. PÚBLICO-ALVO
O «PROGETAA» foi criado para ser aplicado
em escalões de formação, com atletas entre
os 12 e os 17 anos de idade, das diversas
modalidades de desporto coletivo
existentes no Distrito do Porto, como por
exemplo Futebol, Andebol, Basquetebol,
Voleibol, entre outros.
Enquanto Coach Desportiva, a
coordenadora deste projeto ficará
responsável por coordenar com os
restantes elementos da(s) equipa(s)
técnica(s) onde for integrada, participando
nos treinos e jogos, e contribuindo com
exercícios integrados, mas também treinos
específicos para a equipa. A sua intervenção
irá ajudar no estabelecimento de objetivos
e planos a desenvolver durante os treinos e
jogos, podendo assim adaptar o trabalho
psicológico ao trabalho desenvolvido pelos
treinadores, mas também individualmente
com cada atleta, sempre que necessário.
No entanto, a função de um coach
desportivo não passa apenas por trabalhar
com os atletas, mas com treinadores, pais e
dirigentes desportivos, tendo sempre como
premissa ajudar a equipa. Por um lado,
ajudar o atleta a compreender-se a si e aos
outros, para que possa atingir o seu
potencial (humano e desportivo). Por outro,
ajudar o treinador a compreender
comportamentos dos atletas, as suas
ansiedades, dúvidas, desejos e
preocupações. Por fim, o coach irá,
igualmente ajudar a potenciar a interação e
colaboração de todos os intervenientes dos
treinos/jogos, criando iniciativas para
partilha de experiências e conhecimento
com dirigentes, pais, encarregados de
educação ou outros adultos envolvidos no
contexto desportivo.
É, nesta fase, importante reforçar que o
coach desportivo não pretende substituir
ou retirar protagonismo ou autoridade ao
treinador. Pelo contrário, o trabalho de um
coach desportivo apenas será possível
quando integrado junto de um treinador de
grande competência, que compreende e
potencia a integração de uma equipa
pluridisciplinar ao seu serviço.
PROGETAA | Marisa Sousa 6

5. METODOLOGIA
Para garantir a eficácia deste projeto, será
necessário assegurar dois pontos principais:
a) integração total da
coordenadora na equipa
técnica da equipa,
permitindo-lhe observar e
prestar assistência
durante todos os treinos e
jogos;
b) integração de uma
sessão de treino extra com
os atletas, para trabalho
específico de gestão
emocional, com
regularidade mínima de
um treino mensal,
podendo este ser realizado
no espaço de treino
habitual, mas também,
por vezes, noutros
contextos.
Numa primeira fase, será essencial reunir
com toda a equipa técnica e dirigentes de
forma a coordenar esforços, mas também
para compreender a estratégia do clube
para os seus escalões, bem como os valores
e princípios pelos quais se regem e querem
transmitir, potenciando assim uma
interdependência entre as dimensões
educacional, clínica e organizacional,
essencial para o sucesso deste projeto.
Depois de criado um plano metodológico
interno, será altura de conversar com os
pais e encarregados de educação, de forma
a apresentar o projeto e integrá-los no
mesmo, pedindo a sua colaboração.
O primeiro trabalho com os atletas
consistirá na observação da dinâmica de
treino/jogo, das reações dos mesmos, do
modelo de comunicação treinador-atleta,
bem como da relação treinador-atleta,
identificando comportamentos a destacar
(positiva ou negativamente).
Após essa contextualização, será tempo de
planear, organizar e liderar as sessões de
treino específico, que deverão ter a duração
de 60 a 90 minutos. Durante estas sessões,
os atletas irão realizar exercícios e
atividades de reflexão, team building e
gestão emocional, sempre com uma
componente física, de forma a promover a
motivação e interesse dos intervenientes.
Simultaneamente, a coordenadora será
parte integrante das restantes sessões de
treino, com a finalidade de continuar o
processo de observação, assistindo os
atletas, individual ou coletivamente,
sempre que considere necessário, de forma
a potenciar a sua compreensão,
concentração, motivação, foco,
autoconfiança ou espírito de equipa. Por
outro lado, irá ajudar o treinador a perceber
a forma como é percecionado pelos atletas,
e encontrar estratégias que possam ajudar
na realização/cumprimento das metas
estabelecidas entre o treinador e o atleta.
A par deste trabalho, a coordenadora
poderá considerar essencial a realização de
sessões individuais, de duração relativa e
que poderão acontecer em contexto de
treino ou fora dele.
A avaliação do estado emocional dos
atletas, bem como da sua evolução ao longo
do tempo, será efetuada através de
relatórios mensais, tendo por base o
trabalho de observação, o resultado de
PROGETAA | Marisa Sousa 7

testes e questionários, o registo de escalas
e fichas, e a realização entrevistas/conversas.
Esses relatórios irão permitir identificar os
objetivos alcançados e definir pontos a
melhorar e estratégias para o futuro.
Como referido anteriormente, a integração
da coordenadora na equipa, garantindo-lhe
acesso total aos atletas, como qualquer
outro membro da equipa técnica (treinos,
jogos, instalações, etc.), é fulcral para
conquistar a confiança de todos e, assim,
alcançar evolução e resultados efetivos.
Este programa deverá, idealmente, ser
iniciado ainda em pré-época, tornando
possível o acompanhamento do(s) grupo(s)
ao longo de toda a temporada. Uma época
desportiva será, portanto, a duração
mínima para um projeto desta natureza,
baseado nos dados que indicam que 80%
dos programas de desenvolvimento de
jovens atletas considerados eficazes
implicaram a interação com os mesmos por
um período nunca inferior a nove meses,
realizando-se, pelos menos, 10 sessões de
atividades (Catalano et al., 2002). Não
obstante, a probabilidade de produzir
resultados mais eficientes será proporcional
ao tempo passado com a equipa. Por outro
lado e como referido acima, é de salientar a
urgência e importância do desenvolvimento
de competências emocionais no contexto
de pandemia que vivemos, de forma a
minimizar o seu impacto, tanto no desporto
como no atleta.
PROGETAA | Marisa Sousa 8

6. IMPACTO
São já muitos os estudos que demonstram a
importância das emoções no desporto e a
influência que estas podem ter na
performance do atleta. É, igualmente,
consensual na comunidade científica e
desportiva, que os atletas que apresentam
maior rendimento e sucesso desportivo são
aqueles que estão equipados de
capacidades de gestão emocional mais
desenvolvidas.
Na opinião de treinadores, atletas e outros
agentes desportivos (dirigentes, árbitros,
juízes, etc.), o aspeto psicológico é
considerado como a última fronteira no que
respeita à preparação dos atletas, ao qual
atribuem entre 50% a 70% de importância
na obtenção do sucesso competitivo. No
entanto, quando questionados sobre o
tempo despendido a desenvolver estas
características, verificou-se que este
ocupava apenas 5% do treino do atleta.
Não será, por isso, difícil imaginar o quanto
conseguiremos potenciar o rendimento de
um atleta ao criar proporcionalidade entre
a influência do treino psicológico e o tempo
dedicado ao mesmo. Não obstante, o
impacto deste projeto está, em grande
parte, dependente do compromisso e
disponibilidade de toda a equipa e clube,
criando espaço para que estas
competências sejam desenvolvidas, no diaa-dia
do jogador.
O «PROGETAA» irá permitir aos atletas
desenvolverem as competências
psicológicas necessárias ao rendimento
desportivo, sendo elas: autoconhecimento,
autoestima, autoconfiança, gestão de
stress, controlo da ativação, controlo da
atenção, controlo do pensamento,
motivação, competências de relação
interpessoal, capacidade de comunicação,
organização pessoal.
Desta forma, será possível observar uma
melhoria do rendimento do atleta a nível
individual, mas também da equipa como um
todo, potenciando a sua performance,
espírito de equipa, coesão e resiliência.
Apesar de inserido num contexto
desportivo, antevê-se que este projeto e o
desenvolvimento das competências acima
referidas tenha um grande impacto na vida
do atleta, dotando-o de características que
lhe permitirão atingir o seu potencial como
ser humano, em todos os aspetos da sua
vida, contribuindo para que este seja um
indivíduo emocional, mental e
psicologicamente mais saudável.
Junto do treinador, esta será mais uma
ferramenta à sua disposição para melhorar
a comunicação e relação treinador-atleta,
potenciar o tempo de treino e elevar o nível
de compromisso e desempenho da equipa.
Ao trabalhar aspetos
como a concentração, o
foco e a ativação, seremos
capazes de otimizar o
treino, tornando-o mais
proveitoso e motivador
para todos e criar um
ambiente mais saudável e
rentável, o que se refletirá,
com certeza, nos jogos ou
competições a integrar.
Não obstante, apesar de lhe ser
reconhecido mérito, o treino psicológico é
ainda escasso nos escalões de formação e
surge, por isso também, como uma maisvalia
para os clubes, neste momento tão
desafiante por que estão a passar.
Num artigo da Rádio Renascença, pode lerse
que «a pandemia está a provocar um
PROGETAA | Marisa Sousa 9

impacto sem precedentes na formação dos
jovens atletas, em Portugal, em todas as
modalidades.» Um estudo recente do jornal
"O Jogo" aponta para menos 173.991
crianças e jovens inscritos nas cinco
principais federações desportivas, andebol,
basquetebol, futebol, patinagem e voleibol,
menos 79% em relação à época passada.
Por conseguinte, apresentar este como um
fator diferenciador pode ser decisivo no
momento da escolha de clube pelos atletas
e seus pais/encarregados de educação.
7. RECURSOS
7.1 Materiais
Tal como referido anteriormente, este
projeto consistirá numa ferramenta extra à
disposição da(s) equipa(s) em que for
inserido e, por isso, grande parte dos
materiais utilizados serão aqueles que se
encontram já disponíveis nos clubes, tal
como campo de treino/jogo, restantes
instalações, bolas, cones, coletes, bases,
etc.
No entanto, para a realização das sessões
de treino específico poderá ser necessário o
uso de outros materiais didáticos e/ou de
registo, tais como quadros brancos,
computador, tablet, projetor, colunas,
entre outros. Caso sejam necessários, estes
serão requisitados aos clubes que os
possuam. Na eventualidade da requisição
não ser possível, a coordenadora do projeto
poderá procurar o seu empréstimo ou
aluguer junto de outras entidades,
nomeadamente da Câmara Municipal ou
Junta de Freguesia.
Sempre que a coordenadora considere
necessário ou em períodos em que as
condições impeçam ou dificultem a
realização das atividades no campo de
autoconhecimento,
autoestima,
autoconfiança,
gestão de stress,
controlo da
ativação, controlo
da atenção,
controlo do
pensamento,
motivação,
competências de
relação
interpessoal,
capacidade de
comunicação,
organização
pessoal.
PROGETAA | Marisa Sousa 10

treino/jogo habitual, o treino específico de
gestão emocional terá de ocorrer em
contexto de sala com cadeiras e mesas,
disponibilizadas pelo clube.
Relativamente aos materiais utilizados para
os registos do trabalho de observação,
testes, questionários, escalas, fichas e
entrevistas, esse será fornecido pela própria
coordenadora do projeto.
7.2 Humanos
Este projeto será conduzido pela
coordenadora do projeto – Marisa Sousa –
que irá assumir o papel de Coach
Desportiva, integrando a(s) equipa(s)
técnica(s). Como parte da(s) mesma(s),
ficará singularmente responsável por todas
as funções deste projeto, funções essas já
anteriormente definidas.
Não obstante, o desempenho dessas
mesmas funções estará sempre
dependente da colaboração de todos os
agentes desportivos, nomeadamente do
treinador principal, que surge como fator
decisivo para o sucesso do projeto.
Relativamente às características que
conferem à coordenadora do projeto a
competência para adotar as funções
mencionadas, salientamos que a mesma
possui a seguinte formação:
Curso: “Duplo mestrado em
Psicologia e Inteligência
Emocional infanto-juvenil”
Entidade de ensino: ESNECA
Business School
Curso: “Sport Psychology
Coaching”
Entidade de ensino: The Open
University
Curso: “Mental skills training for
sport and health”
Entidade de ensino: The
Manchester Metropolitan
University
Curso: “The Science of Training
Young Athletes”
Entidade de ensino: University of
Florida
Curso: “Psychological aspects of
sport injury”
Entidade de ensino: The Open
University
Curso: “Certificação Internacional
em Coaching”
Entidade de ensino: ALLCAN
A estas formações juntaram-se muitas
outras nas áreas da Psicologia do Desporto,
Burnout e Overtraining, Distúrbios
emocionais e Bem-estar infanto-juvenil.
Relativamente à sua experiência
profissional, a coordenadora assumiu as
funções de Consultora do Treinador,
auxiliando o Treinador Principal da equipa
Sub-13 do Clube Desportivo de Sobrado, na
época 2019/2020, bem como o Treinador-
Adjunto da equipa Sub-17 do Futebol Clube
de Parada na época 2020/2021.
PROGETAA | Marisa Sousa 11

8. PARCERIAS
Ao construir este projeto integrado no
contexto desportivo e de formação, tornouse
claro que uma parceria com a Câmara
Municipal de Penafiel seria a simbiose
perfeita.
fundamentais para encontrar clubes e
equipas onde este projeto melhor se
enquadre, permitindo-nos ajudar de forma
mais eficaz o maior número possível de
jovens.
Este município tem sido um exemplo no que
diz respeito à valorização do desporto,
assumindo-o como instrumento essencial
para a saúde e qualidade de vida dos seus
cidadãos. Em ano de pandemia, Penafiel
não o esqueceu e, fazendo jus às várias
medidas implementadas para minimizar o
impacto da pandemia junto de famílias,
empresas e instituições, continuou a
apostar em áreas como a do desporto.
Consideramos, por isso, que uma parceria
com uma entidade tão prestigiada
constituiria uma grande mais-valia para este
projeto, garantindo aos jovens do município
o acesso a uma iniciativa única, que lhes
permitirá desenvolver-se mental e
emocionalmente, no contexto desportivo,
potenciando o seu desempenho enquanto
ser humano e atletas.
Ao apostar nas nossas crianças e jovens, o
concelho comprometer-se-ia a
disponibilizar materiais e infraestruturas,
quando requisitadas, que garantam a
realização das atividades necessárias ao
projeto (dispositivos tecnológicos, salas de
reuniões, etc.).
Por outro lado, o investimento financeiro
desta entidade seria essencial para pôr em
marcha um projeto ambicioso, mas tão
necessário perante a realidade que
vivemos.
Por último, mas não menos importante,
solicitamos que a entidade Camarária sirva
de intermediária na procura e escolha de
estabelecimentos desportivos onde este
projeto possa ser aplicado. Sabemos que a
sua notoriedade e conhecimento são
acesso a uma
iniciativa única,
que lhes permitirá
desenvolver-se
mental e
emocionalmente,
no contexto
desportivo.
PROGETAA | Marisa Sousa 12

9. FINANCIAMENTO
De forma a tornar este projeto viável,
principalmente perante os efeitos da
pandemia nas entidades desportivas,
revelou-se necessário recorrer a potenciais
parceiros para sustentar os custos inerentes
ao mesmo.
Fazendo referência ao ponto 6. Impacto,
relembramos a importância da
implementação deste projeto junto dos
nossos jovens. Acreditamos ser
responsabilidade de todos e,
especialmente, do estado e autarquias
locais, providenciar ferramentas aos nossos
jovens para que se possam desenvolver de
forma saudável física, mental e
emocionalmente.
Por conseguinte, listamos, abaixo, os itens
que justificam a orçamentação relativa à
implementação do projeto «PROGETAA»
para a época a iniciar (2021/2022).
Consideramos a duração de uma época será
o mínimo essencial para potenciar os
resultados e avaliar o impacto deste projeto
nos jovens, no entanto, relembramos que a
probabilidade de produzir resultados
eficientes será proporcional ao tempo
passado com a equipa e, por isso, poderá
surgir a necessidade de reavaliar o projeto e
sua orçamentação finda a temporada
desportiva 2021/2022, a fim de garantir a
continuação do mesmo.
Atividades sujeitas a orçamentação:
• Recursos Humanos
o Assistência Técnica
o Formação
o Consultoria
• Despesas de deslocação
o Treinos
o Jogos
o Reuniões
• Recursos Materiais
o Equipamento de treino
o Material de registo
o Câmara de vídeo para
efeitos de observação
o Microfone sem fios para
avaliação individual
o Outros recursos tecnológicos
Valor total do financiamento: 6300€
Consideramos este financiamento essencial
para nos permitir alcançar o nosso maior
objetivo:
Dotar os nossos jovens de competências
que lhes permitam atingir o seu potencial,
não só como atletas, mas enquanto seres
humanos, contribuindo para que sejam
indivíduos emocional, mental e
psicologicamente mais saudáveis.
Sublinhamos, por fim, o facto da
orçamentação ter sido projetada sem o
conhecimento concreto do número de
equipas ou clubes nos quais procederemos
à sua implementação, podendo os valores
sofrer alterações tendo em conta esse fator.
PROGETAA | Marisa Sousa 13

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Instituto de Educação e Psicologia, Universidade
do Minho.
Dias, C. (2005). Do stress e ansiedade às
emoções no Desporto: Da importância da sua
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Latimer, A. E., Rench, T. A., & Brackett, M. A.
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groups. In M. R. Beauchamp & M.A. Eys (Eds.),
Group dynamics in exercise and sport
psychology (pp. 3-21). New York: Routledge.
Oetting, E. R. (1983). Manual for sports motion
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Fort Collins: Colorado State University.
Zizzi, S. J., Deaner, H. R., &Hirschhor, D. K.
(2003). The relationship between emotional
intelligence and performance among college
baseball players. Journal of Applied Sport
Psychology, 15, 262-269.
Créditos imagens:
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