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Inspirar Eletro 2021 Vl. Mariana

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Fisioterapeuta Carina Q. Mesquita

ELETROTERAPIA:

APLICABILIDADE

CLÍNICA NA

UROGINECOLOGIA


TÓPICOS DO MÓDULO

Anatomia

Neurofisiologia da Micção

Disfunções AP

Fisiologia Contração Muscular

Bases da Eletroterapia

EE na Uroginecologia

Casos Clínicos

Aula Prática


ANATOMIA FUNCIONAL

DO ASSOALHO PÉLVICO


MÚSCULO DO ASSOALHO PÉLVICO

DIAFRAGMA

PÉLVICO

Levantador do

ânus

DIAFRAGMA

UROGENITAL


Petros e Ulmestem, 2007; Petros e Ulmstem, 1990


MAP INERVAÇÃO

Petros e Ulmstem, 2007; Petros e Ulmstem, 1990


MAP INERVAÇÃO

Músculo

Nervo

M. Levantador do ânus N. Sacral (S3-S4) e N. Pudendo

(S2-S4)

M. Coccígeo (isquicoccígeo) N. Sacral (S3-S4)

M. Esfíncter externo do ânus N. Pudendo (S2-S4)

Mm. Transverso e Superficial do Períneo

M.Isquiocavernoso

N. Pudendo (S2-S4)

N. Pudendo (S2-S4)

M. Bulboesponjoso N. Pudendo (S2-S4)

M. Esfíncter Interno do Ânus N. Pudendo (S2-S4)


MAP INERVAÇÃO

Petros e Ulmstem, 2007; Petros e Ulmstem, 1990


Funções do Músculos do Assoalho Pélvico:

✓Suporte de orgãos pélvicos e abdominais

✓Estabilização de tronco (sacro e coccix)

✓Preservar e/ou reduzir o ângulo anorretal

✓Servir de apoio ao reto durante a evacuação

✓Contrações dos esfincteres nas AVD´s

✓Inibição do detrusor - fase de armazenamento

✓Relaxamento vesical/anal na fase de esvaziamento

✓Auxílio na expulsão durante o parto

✓Ação na atividade sexual


ASSOALHO PÉLVICO - CONSTITUIÇÃO

Tipo de fibras

Atividade

contrátil

Predomínio de

células

Ação

Constituição

Fibras tipo I

(70%)

Lenta e

prolongada

Mitocôndria

Alto conteúdo

de mioglobina

(vermelhas)

Manutenção do

tônus visceral

Metabolismo

oxidativo

✓ Pequeno

diâmetro

✓Unidade

motora

menores

Fibras tipo II

(30%)

Rápida e forte

Retículo sarco

plasmático

Baixo conteúdo

de mioglobina

(brancas)

P intra

abdominal -

Continência

Metabolismo

glicolítico

✓Liberação de

íons cálcio

✓Grande

diâmetro

Bourcier, 2004, Douglas, 2000


Disfunções do Assoalho Pélvico

✓ Prolapsos Genitais : parede anterior, parede posterior,

útero e cúpula vaginal

✓ Constipação Intestinal: contração paradoxal do

puboretal e anismo

✓ Incontinências: urinária e fecal

✓ Dor genito pélvica/penetração


CONDIÇÕES BÁSICAS PARA MANTER

A CONTINÊNCIA URINÁRIA


SENSIBILIDADE VESICAL


MECANISMO ESFICTERIANO DA URETRA

- Intrínseco

- Extrinseco


GRADIENTE DE PRESSÃO ENTRE A

URETRA E A BEXIGA

Pressão uretral > Pressão vesical

no repouso e durante atividade física


SUPORTE DO COLO DA BEXIGA E

URETRA PROXIMAL

ASSOALHO PÉLVICO: MÚSCULOS, FASCIAS E LIGAMENTOS

INTEGRIDADE DA INERVAÇÃO


NEUROFISIOLOGIA

DA MICCÇÃO


CENTROS NERVOSOS DA MICÇÃO

CÓRTEX

CEREBRAL

NÚCLEOS

DA BASE

TÁLAMO

HIPOTÁLAMO

S. LÍMBICO

SUBSTÂNCIA RETICULAR

PONTOMESENCEFÁLICA

CEREBELO

SNC

MEDULA

SACRAL S2 S4

BEXIGA E

URETRAL

MEDULA

T10 L2

S.N.

PERIFÉRICO


VIA MOTORA

AUTÔNOMA

VIA MOTORA

SOMÁTICA


SN Autônomo e Micção

Estimulação SN Simpático

Contração Receptores

Alpha e Relaxamento

Receptores Beta

Enchimento Vesical

Jesus et al, 2007


SN Autônomo e Micção

Inibição SN Simpático

Relaxamento

Receptores Alpha e M.

Lisa uretra

Esvaziamento Vesical

Jesus et al, 2007



NEUROFISIOLOGIA DA

CONTRAÇÃO MUSCULAR


FISIOLOGIA DA CONDUÇÃO NERVOSA

Os neurônios possuem propriedades de condução que os

tornam essenciais para o funcionamento adequado do SN

Quando em repouso, o neurônio (axônio) encontra-se no

estado polarizado

internamente com cargas

negativas e externamente cargas positivas,

apresentando assim um potencial de repouso

Houssay, 1980


Passagem de carga elétrica de um

ponto a outro do corpo provocando

modificações fisiológicas pelo

deslocamento de íons

É o ato de produzir um estímulo,

com a finalidade de aumentar a

função orgânica ou a resposta de

um determinado tecido


FISIOLOGIA DA CONDUÇÃO NERVOSA

neurônio excitado

Modificação elétrica

na membrana

Propagação elétrica de ponto-aponto

(por diferença de potencial)


FISIOLOGIA DA CONDUÇÃO NERVOSA

A velocidade de condução do impulso

nervoso (o potencial de ação propagado)

depende diretamente do diâmetro da fibra

e da presença ou não da bainha de mielina

(neurônios mielinizados ou amielinizados)

Bydlowskie Bydlowski, 2000


TIPO A ALFA E DELTA

TIPO C

MIELINIZADAS

NÃO MIELINIZADAS

GROSSO DIÂMETRO

PEQUENO DIÂMETRO

DOR AGUDA –RÁPIDA-

BEM DEFINIDA

DOR LENTA – DIFUSA -

PERSISTENTE

Modulação da dor se dá principalmente pela liberação de

opióides endógenos (‘’fármacos produzidos pelo corpo’’) :

ENDORFINA, DINORFINA, ENCEFALINAS


FISIOLOGIA MUSCULAR

As fibras musculares são excitáveis a semelhança

das células nervosas, porém, diversamente destas

não são especializadas na condução de um

impulso, mas sim, na contração celular, de modo

que sua atividade leva aos diversos movimentos,

desde os finos delicados, até os poderosos e mais

grosseiros, mediante o desenvolvimento de tensão

e encurtamento

Bydlowskie Bydlowski, 2000


FISIOLOGIA MUSCULAR


FISIOLOGIA DO M.

ESQUELÉTICO

✓Impulso chega no músculo

✓Neurônio libera Acetilcolina

✓Se liga a membrana sarcoplasmática

✓Liberação do cálcio

✓Cálcio se liga a miosina e actina

✓Encurtamento do sarcômero

✓Contração


CONTRAÇÃO MUSCULAR

A energia para a contração muscular é suprida por moléculas

de ATP produzidas durante a respiração celular

O ATP atua tanto na ligação da miosina à actina quanto em sua

separação, que ocorre durante o relaxamento muscular

Quando falta ATP, a miosina mantém-se unida à actina,

causando enrijecimento muscular (rigor mortis)

Braz e Marques, 2005


O pontencial de ação gerado pelo

estímulação elétrica é idêntico ao

potencial de ação que seria gerado

por meios fisiológicos naturais

Braze Marques, 2005


ELETROTERAPIA:

PRINCÍPIOS E

APLICABILIDADE CLÍNICA


ELETROFISIOLOGIA

Conceito Básicos em Eletricidade

Formas básicas de energia na ciência física pode

produzir efeitos sobre os tecidos biológicos

Home e Trevor,2003


ELETROFISIOLOGIA

Passagem de carga elétrica de um ponto a outro do corpo

provocando modificações fisiológicas pelo deslocamento de

íons

É o ato de produzir um estímulo, com a finalidade de

aumentar a função orgânica ou a resposta de um

determinado tecido


ELETROFISIOLOGIA

Carga Elétrica

Os tecidos biológicos são condutores, porque os íons são livres para

moverem-se quando expostos às forças eletromotrizes

-Bons condutores: músculo e nervo

-Condutores ruins: gordura e pele

Home e Trevor,2003


EFEITOS FISIOLOGICOS DA CORRENTE ELÉTRICA

Ação Vasodilatadora

A corrente elétrica impede a secreção de

noradrenalina produzindo vasodilatação passiva,

produzida pela histamina


EFEITOS FISIOLOGICOS DA CORRENTE ELÉTRICA

Ação Ionizante

Ocorre nas correntes unidirecionais que

produzem aumento da permeabilidade da

membrana celular além do fenômeno da

eletrolise, em que os íons são atraídos pelo polo

oposta da sua carga


EFEITOS FISIOLOGICOS DA CORRENTE ELÉTRICA

Efeito Excitomotor

Como o músculo é um tecido excitável, a

resposta ao estímulo elétrico = contração


EFEITOS FISIOLOGICOS DA CORRENTE ELÉTRICA

Efeito Analgésico

Atuação direta mecanismo das comportas

Produção substâncias endógenas (endorfinas)


EFEITOS FISIOLOGICOS DA CORRENTE ELÉTRICA

Efeito Cicatrizante

Corrente elétrica favorece a recuperação

tecidual:

✓Estimula produção de ATP das células

✓Aumenta a síntese de proteínas

✓Revitaliza a área lesionada


Princípios Eletro-físicos

Corrente elétrica

movimento de partículas carregadas através de um

condutor em resposta a um campo elétrico aplicado

Condução

quantidade de carga passando por um plano condutor

por unidade de tempo (Ampère -A)


ELETROFISIOLOGIA

TIPOS DE CORRENTE

Corrente contínua

sentido permanece constante e unilateral ao

longo do tempo


ELETROFISIOLOGIA

Corrente Alternada:

Fluxo de partículas carregadas é contínuo, ininterrupto e bidirecional

A polaridade da voltagem não é bem definida podendo mudar de

direção

Home e Trevor,2003


ELETROFISIOLOGIA

Corrente Pulsada

Fluxo uni ou bidirecional de partículas carregadas interrompido

por um período

Home e Trevor,2003


ELETROFISIOLOGIA

Fases

Corrente alternada e pulsada

Bifásica

Monofásica : Galvânica

Home e Trevor,2003


ELETROFISIOLOGIA

Monofásica :

uma fase para cada pulso ou

seja, a polaridade do eletrodo

será sempre a mesma

Home e Trevor,2003


ELETROFISIOLOGIA

Bifásica:

diferentes polaridades em

cada pulso

Home e Trevor,2003



ELETROFISIOLOGIA

Correntes de Baixa Fequência

Até 1000Hz

TENS

FES

FARÁDICA

GALVÂNICA

DIADINÂMICA

MICROCORRENTE


ELETROFISIOLOGIA

Correntes de Média Fequência

De 1000Hz a 100 KHz

INTERFERENCIAL

2000-4000HZ

RUSSA

2500 Hz


ELETROFISIOLOGIA

Correntes de Alta Frequência

Maiores que 300 KHZ

ONDAS CURTAS

27MHZ

MICROONDAS

2450 MHZ


CORRENTES APLICADAS NA

UROGINECOLOGIA

Corrente Alternada

✓Bifásica

✓Simétrica

✓Retangulares

✓Baixa frequência

✓Balanceada

Cestár, et al, 2016


ELETROFISIOLOGIA


ELETROFISIOLOGIA

Amplitude/ Intensidade

✓Representa a intensidade da corrente

(velocidade de fornecimento de elétrons)

✓Quanto maior a amplitude maior será a velocidade do fluxo de

elétrons

✓Expresso em miliampéres (mA ou µA)

✓Aplicação clínica: máx tolerada com aumentos intra e inter

sessões


ELETROFISIOLOGIA

Duração do pulso = “largura de pulso”

✓É o tempo desde o início da primeira fase de um pulso até o final da última fase

do mesmo

✓A duração do pulso em geral é expressa em microssegundos (µs) ou

milisegundos (ms)

1000 µ = 1 ms

✓Quanto maior a largura do pulso, maior o tempo de passagem da corrente

Aplicação clínica:

✓Considera-se que pulsos inferiores a 50 microsegundos (μs) são ineficazes para

a ativação do nervo

✓Por outro lado, pulsos de duração superior a 500μs são menos confortáveis para

o paciente


ELETROFISIOLOGIA


ELETROFISIOLOGIA

Frequência:

✓Número de pulsos por unidade de tempo

✓A frequência é medida em Hertz (Hz): 1ciclo/seg =

1Hz

✓Frequência são um dos critérios para definição

dos conceitos de “tonificação” e de “ sedação”


ELETROFISIOLOGIA

Além de parâmetros descritos, temos o TEMPO DE

SUBIDA (TS) e o TEMPO de DESCIDA (TD)


ELETROFISIOLOGIA

Efeitos da eletricidade no corpo humano

A sensibilidade do organismo a passagem de corrente

elétrica inicia em um ponto conhecido como Limiar

de Sensação e que ocorre com uma intensidade de

corrente de 1mA para corrente alternada e 5mA para

corrente contínua


ELETROFISIOLOGIA

Efeitos da eletricidade no corpo humano

Existe apenas uma diferença na sensação provocada por

correntes de baixa intensidade; a corrente continua de valores

imediatamente superiores a 5 mA que é o Limiar de Sensação,

cria no organismo a sensação de aquecimento ao passo que a

corrente alternada causa a sensação de formigamento, para

valores imediatamente acima de 1 mA


CORRENTE DE BAIXA FREQUÊNCIA

Muitos artigos de pesquisas não colocam as

informações relativas aos parâmetros usados,

isso dificulta a reprodução do trabalho ou

mesmo a tradução dos resultados do trabalho

publicada para a prática clínica


CORRENTE DE BAIXA FREQUÊNCIA

✓Intensidade: mA= miliamperes

✓ Largura de Pulso: μs= microssegundos

✓ Frequência: Hz= pulsos por segundos

McDonoughe Kitche, 2003


CORRENTE DE BAIXA FREQUÊNCIA

Corrente Elétrica

A= duração da fase

B= largura de pulso

A

D

C= tempo de subida do pulso

E

F D

C

D= tempo de descida do pulso

E= repouso

B

(intervalo interpulsos)

F= carga da fase McDonoughe Kitche, 2003


CORRENTE DE BAIXA FREQUÊNCIA

Objetivos:

✓Estimular as fibras aferentes e eferentes do nervo pudendo

✓Estimular as fibras motoras do MAP

✓Analgesia


ELETROFISIOLOGIA

Eletrodos

Quanto menor o tamanho do eletrodo –maior

resistência da pele à passagem da corrente e vv

A quantidade de gel entre a pele e o eletrodo e o

acoplamento podem ser elementos de restrição a

passagem de corrente elétrica


ELETROFISIOLOGIA

Efeitos da eletricidade no corpo humano

Existe apenas uma diferença na sensação provocada por

correntes de baixa intensidade; a corrente continua de valores

imediatamente superiores a 5 mA que é o Limiar de Sensação,

cria no organismo a sensação de aquecimento ao passo que a

corrente alternada causa a sensação de formigamento, para

valores imediatamente acima de 1 mA


ELETROESTIMULAÇÃO NA

UROGINECOLOGIA


EENM NA UROGINECOLOGIA

Eletroestimulação é a aplicação de corrente elétrica

que estimula a víscera pélvica ou o suprimento de sua

inervação, seu objetivo é induzir diretamente a

resposta terapêutica ou passar a modular as

disfunções do trato urinário inferior, do intestino e

sexuais

International Continence Society, 2002


EENM NA UROGINECOLOGIA

BORS, 1952 – EE no MAP

1960 - primeiras utilizações

CALDWELL et al., 1963 – técnica de estimulação fecal e

vaginal resultados satisfatórios (70% sucesso)

McGuire, 1983 – EE transcutânea no tratamento das

disfunções vesicais (BH/ retenção)

Melhor entendimento da fisiologia da micção

aumentou o interesse do uso da EE


TRATAMENTO DE DISFUNÇÕES DO ASSOALHO PÉLVICO

Treatment:

First-Line Treatments: Behavioral Therapies

Second-Line Treatments: Pharmacologic Management

Third-Line Treatments: Neuromodulation e Botulinum toxin


ICS 2020/21


ICS 2020/21


EENM NA UROGINECOLOGIA

A EE vem sendo relatada pela sua eficiência

no tratamento da IUE, IF, urge-incontinência

e IUM, com taxas de cura que variam de

30% a 50% e a melhora dos sintomas

que variam de 55% a 91%


TEORIA

EENM NA UROGINECOLOGIA

TOMADA DE DECISÃO EM ELETROTERAPIA

APRENDIZADO

EFEITOS EFEITOS EFEITOS

FÍSICOS FISIOLÓGICOS TERAPÊUTICOS

PACIENTE

TOMADA DE DECISÃO CLÍNICA

Modelo Bidirecional de eletroterapia –Walson, 2000


EENM NA UROGINECOLOGIA

OBJETIVOS

✓Promove o aumento da pressão uretral através da

contração da musculatura do assoalho pélvico

✓ Hipertrofia das fibras musculares

✓ Neovascularização

✓ Reinervação de músculos parcialmente denervados

✓ Analgesia

✓ Inibição da contração do detrusor

FALL et al., 1991; BENT et al.,1993 ; Castro, 2002


EENM NA UROGINECOLOGIA

P intra-uretral pela estimulação

direta dos nervos eferentes para a

musculatura peri-uretral

Aumento fluxo sanguíneo músculos

peri-uretrais e MAP

Rovner et al, 2002


EENM NA UROGINECOLOGIA

É necessário que a inervação do n. pudendo esteja

preservada pelo menos parcialmente para que haja

condução do estímulo nervoso


EENM NA UROGINECOLOGIA

Indicações

✓Hiperatividade vesical

✓Incontinências

✓Bexiga hiperativa

✓Conscientização perineal

✓Incontinência neuropática

✓Disfunções sexuais femininas e masculinas

✓Analgesia


EENM NA UROGINECOLOGIA

Contra -indicações:

✓Gravidez confirmada ou suspeita

✓DIU cobre

✓Prolapsos severos

✓Lesões ou infecções urinárias, vaginais e/o anal

✓Diminuição da função cognitiva

✓Período menstrual

✓Câncer de colo uterino, reto, gênito-urinário

✓Esterilização de materiais


EENM NA UROGINECOLOGIA

Fortalecimento

do AP

Homens

Neuromodulação

Mulheres

Analgesia

Crianças

Grosse e Sengler, 2002; McDonough e Kitche, 2003; Johnson, 2003


EENM NA UROGINECOLOGIA

✓ Quando utilizar?

✓ Paciente tem falta de conscientização da

musculatura do assoalho pélvico?

✓Fraqueza de músculo?

✓Parâmetros deverão ser diferentes?

OBJETIVO


EENM - FES

FORTALECIMENTO DO MAP


EENM - FES

FORTALECIMENTO DO MAP


SONDAS

VAGINAIS IBRAMED QUARK

MIOTEC


IBRAMED

SONDA ANAL

MIOTEC

QUARK


POSICIONAMENTO DOS

ELETRODOS


POSICIONAMENTO DOS

ELETRODOS


Isso controla a função secretora do neurônio

que libera neurotransmissores na fenda

sináptica


EENM - FES

Objetivo

Tempo do pulso

Frequência

Intensidade

Ciclo ativo (Ton: Toff)

Subida e descida (rampa)

McDonoughe Kitche, 2003


EENM - FES

Quais cuidados devo ter para trabalhar com

foco em fibras rápidas?

Tempo de sustentação?

Quando usar tempo de subida ou descida?


EENM NA UROGINECOLOGIA

Eletrodiagnóstico adaptado

✓Qual é o nervo?

✓Mesma frequência 3x: 35 ou 50Hz

Caso 1

LP: 250µs

I: até atingir o motor

C: Paciente não sentiu nada?


EENM NA UROGINECOLOGIA

Caso 2

LP: 500μs

I: Até atingir o ponto motor

C: Paciente não sentiu nada?


EENM NA UROGINECOLOGIA

Caso 3

LP: 750μs

I: Até atingir o ponto motor

C: Paciente não sentiu nada?

C: Lesão parcial do nervo pudendo


EENM NA UROGINECOLOGIA

Caso4

LP: 1ms

I: Até atingir o ponto motor

C: Paciente não sentiu nada?

C: Lesão total do nervo pudendo

C: Eletroneuromiografia


VAGINAL

EENM - FES

FIBRAS

VERMELHA

S

FIBRAS

BRANCAS

35 - 50 - 80

FALL et al., 1991; BENT et al.,1993; WILSON et al., 1997


ANAL

FALL e LINDSTROM., 1994, Mahony et al, 1994, BO, 1998,

Norton et al, 2006

EENM - FES

FIBRAS

VERMELHA

S

FIBRAS

BRANCAS

30 - 40 - 50


VAGINAL

EENM - FES

FIBRAS

VERMELHA

S

FIBRAS

BRANCAS

200 - 500 - 1ms


ANAL

EENM - FES

FIBRAS

VERMELHA

S

FIBRAS

BRANCAS

200 - 400 - 750

FALL e LINDSTROM., 1994, BO, 1998, Norton et al, 2006


EENM NA UROGINECOLOGIA

Ambulatorial / Domiciliar

Técnica:

Decúbito Dorsal / Posição Ginecológica ou DL

Maior Superfície de Contato Possível: Eletrodo e a Área a ser Estimulada

Sempre orientar paciente

Latejar ou arder sinalizam uma intensidade muito alta ou posição

inadequada do eletrodo


EENM - FES

1) Duração do pulso

EENM

400 a 1000 μs

Recrutamento de fibras

Tempo do pulso

Distância eletrodo

Calibre do nervo

McDonoughe Kitche, 2003


EENM - FES

2) Frequência

40 a 70Hz

3) Intensidade (A)

Ganho de força muscular

Linearmente relacionado com nível de força muscular

Linearmente relacionado a intensidade da EENM e resultados finais

da força muscular


4) Ciclo útil

EENM - FES

É a relação entre o tempo de estimulação e o tempo total de

tratamento

Ton\Toff : 1:3 músculo atrofiado X Fadiga

1:2 músculo em ganho de força

1:1 músculo normal

5) Tempo de aplicação (T total)

10 a 30 minutos

3s:9s

5s:10s

10s:10s

6) Duração do tratamento: até 6 meses


EENM NA UROGINECOLOGIA

Quanto mais breve for uma largura de pulso, mais

elevada deverá ser a intensidade para ser eficaz

A largura de pulso é o elemento determinante para o tipo

de recrutamento desejado

Larguras breves de pulso

favorecem o recrutamento

sensitivo

Marques, 2011


EENM NA UROGINECOLOGIA

Diferença entre as contrações

VOLUNTÁRIA

Recrutamento via principio do tamanho

(TI precede TII)

Despolarização assincrônica

Unidade motoras individuais são ativadas

de modo sincrônico e hierarquico

Frequência de disparo varia com o

esforço

Efeitos se estendem além da

contração muscular

ELETRICAMENTE ELICIADA

Tipo II é recrutado preferencialmente

Despolarização sincrônica

Unidades motoras de um mesmo tamanho

e a uma mesma distância do eletrodo são

ativadas

Frequência de disparo determinada pela

frequencia do estimulador

Efeitos localizados nos

Músculos ativados


EE baseado em evidências

As taxas de cura e melhoria foram relatados

entre 30-50% e 60-90%

EE x treinamento funcional do MAP

Cinesioterapia padrão ouro para IUE

Gameiro e Amaro, 2005


Reflexão sobre a clínica

Existe uma ativação seletiva do tipo II

A EE tem preferência por iniciar com esta fibra, pois o corpo celular

do neurônio é maior

Fibras do tipo II recrutadas em alta intensidade porém fadigam com

facilidade por conta do rápido esgotamento e lenta substituição de

adenosina trifostato

Por esse motiva deve ter intervalos entre as contrações

Fibras do tipo I recrutadas em baixa intensidade

Porém na contração voluntária as fibras mais exigidas são as do Tipo I


Reflexão sobre a clínica

Conscientização Perineal

Largura de Pulso inversamente proporcional a Intensidade

Ton curto/Toff longo (1:3)

Rampa de subida e descida

Evolução: aumento do Ton e intensidade, e diminuir Toff e

alterar rampas

Acrescentar exercícios domiciliares


Reflexão sobre a clínica

Prolapso leve

Qual tipo de fibra?

Largura de Pulso e Frequência

Prioridade Fibras lentas e intermediárias (Tipo I)

longo On/ OFF 1:2

Intensidade moderada

Tempo de aplicação de até 15 min

Evolução: aumenta on e acrescentar exercícios funcionais


Reflexão sobre a clínica

IUE

Prioridade Fibras Fásicas

Curto On/ longo OFF (1:3)

Aumenta Intensidade – máx tolerada da paciente

Evolução: aumenta intensidade e acrescentar exercícios

funcionais

Tempo de aplicação de até 10 min


The American College of Sports Medicine recomenda que, em geral,

o tempo para ganhar hipertrofia muscular pode ser de pelo menos 5

meses com potencial para novas melhorias após esse período

A Fisioterapia é recomendada pelo menos 10/12 sessões

Não há grandes mudanças na função do músculo nas primeiras seis

semanas de treinamento

O tratamento depende de ambas as parte: terapeuta e paciente


EENM NA

UROGINECOLOGIA

Busca sistemática de 2000 a 2017 com resultado de 424 artigos e selecionados 8:

Conclusão:

A cinesioterapia é indicada como primeira escolha

Já a eletroestimulação pode ser indicada para indução da contração passiva,

favorecendo melhor funcionalidade e consciência muscular e potencializada quanto

associada a treinos perineais


EVIDÊNCIA DA EV PARA

TRATAMENTO DA BH


ELETROESTIMULAÇÃO

INIBIÇÃO DA URGÊNCIA

Mahony et al.(1977)

Reflexo inibidor períneo-detrusor

Reflexo pelo qual a contratibilidadedo detrusor

pode ser inibida em resposta

a uma contração voluntária nos

músculos do assoalho pélvico


EENM NA UROGINECOLOGIA

Complicações

Incidência de 0 a 14%

✓Irritação local

✓Dor

✓Infeccções

✓Sangramento

YAMANISHI,T.; YASUDA,K., 1998


Não houve consenso nos parâmetros aplicados

Parâmetros aplicados:

✓ Frequência: 30-80 Hz

✓ Largura de Pulso: 500µs a 1 ms

✓ Tempo de tratamento 20 - 30 minutos

✓ Frequência de tratamento: 4 a 12 semanas, 2 vezes por semana


ELETROESTIMULAÇÃO

INIBIÇÃO DA URGÊNCIA


NEUROMODULAÇÃO

É a reorganização de uma atividade neural através de uma entrega direcionada de

um estímulo, tais como estimulação elétrica, agentes químicos ou magnética,

para locais específicos do cérebro ou medula, com a finalidade de

reverter/recuperar a função do órgão.

Processo que influencia as sinapses neuronais para deixa mais rápidas e eficientes

Estímulos elétricos são capazes de ativar fibras

nervosas periféricas, sensitivas e do sistema

nervoso autônomo e produzir efeitos como

fortalecimento muscular, reparação tecidual,

ativação circulatória, modulação neural, entre

outros


Lindstrom et al, (1983) Fall e Lindstrom (1991) foram os primeiros autores a estudar a

resposta neurofisiológica da eletroestimulação e por meio de estudos experimentais em

gatos observaram o efeito da corrente elétrica no nervo hipogástrico

Fall e Lindstrom, 1994 estudavam o TENS supra púbica para alívio da dor na cistite intersticial

e encontraram também redução da frequência urinaria e aumento da capacidade vesical

O trato urinário inferior é sensível a ação de opióides endógenos como diminuição da

pressão do detrusor e elevação da pressão uretral e capacidade vesical

TENS é capaz de ativar receptores muscarínicos, principalmente M1 e M3

Marques, et al, 2009


MECANISMO DE AÇÃO

Seu mecanismo ainda não é bem esclarecido, mas acredita-se que ocorra

uma ativação dos reflexos inibitórios pelos aferentes do nervo pudendo e a

ativação de fibras simpáticas nos gânglios pélvicos e no músculo detrusor

Eriksen e cols, em 1989, relataram que o efeito da eletroestimulação sobre a

instabilidade vesical decorre do restabelecimento de mecanismos inibitórios,

com normalização do equilíbrio entre os neurotransmissores adrenérgicos e

colinérgicos


TENS

INIBIÇÃO DA URGÊNCIA

EE – baixa frequência

Ativação reflexogência do n. hipogástrico

Inibição dos estímulos excitatórios do n. pélvico

Relaxamento do m. detrusor

Van Balker et al, 2004; Arruda et al, 2000,Chiarapa et al, 2007


TENS

No caso da BH, Lindstrom et al, (1983) Fall e Lindstrom (1991) foram

os primeiros autores a estudar a resposta neurofisiológica da

eletroestimulação e por meio de estudos experimentais em gatos

observaram o efeito da corrente elétrica no nervo hipogástrico

O nervo hipogástrico (SN Simpático –fase de enchimento) provoca na

bexiga, um relaxamento ß-adrenérgico da musculatura lisa vesical

Essa ação de relaxamento ß-adrenérgico pela EE foi confirmada

Grosse& Sengler, 2002


TENS

INIBIÇÃO DA URGÊNCIA

FREQUÊNCIA

5 - 10 - 20

FALL e LINDSTROM., 1994, BO, 1998, Chiarapa et al, 2007


TENS

INIBIÇÃO DA URGÊNCIA

LARGURA DE PULSO

200 700

FALL e LINDSTROM., 1994, BO, 1998, Chiarapa et al, 2007


TENS

INIBIÇÃO DA URGÊNCIA

Duração do procedimento – 15 - 30 min

Frequência do tto – 1 a 3 x na semana

Duração do tto – 3- 6 meses


TENS

INIBIÇÃO DA URGÊNCIA

As taxas de cura e melhora foram relatadas entre 20-45% e 55-91%

respectivamente

Parâmetros observados

✓Redução da noctúria

✓Redução do número de protetores

✓Redução de episódios de perda

✓Primeiro desejo miccional

✓Aumento da capacidade cistométrica máxima

✓Melhora da qualidade de vida


NEUROMODULAÇÃO

TRANSCUTÂNEA

NEUROMODULAÇÃO

PERCUTÂNEA


EENM NA UROGINECOLOGIA

Neuromodulação

“ ...transforma o mecanismo de

controle

para um estado mais funcional”

Vodusek, 1992


EENM NA UROGINECOLOGIA

Neuromodulação

Colocação de 4 eletrodos nas raízes

nervosas sacrais (S2-S4)

È uma alternativa reversível indicada

para pacientes com disfunções

miccionais e/ou intestinais crônicas

com ineficiência de tratamentos anteriores


Treatment:

First-Line Treatments: Behavioral Therapies

Second-Line Treatments: Pharmacologic Management

Third-Line Treatments: Neuromodulation e Botulinum toxin


A neuromodulação sacral é a aplicação de impulsos elétricos que

despolariza as fibras da raiz nervosa de S3 que modula o funcionamento do

sistema neuronal que controla a micção e a evacuação

Ao estimular eletricamente os nervos sacrais que carregam sinais do

assoalho pélvico para o cérebro (aferente), InterStim é capaz de restaurar a

disfunção urinária intestinal do paciente para padrões mais normais

Reorganiza a ação ou expressão dos neurotransmissores

ou receptores para reverter ou recuperar

a função do órgão


Indicação

Incontinência fecal

Incontinência por urgência

Bexiga hiperativa / HD

Constipação intestinal

Dor pélvica crônica

Retenção Urinária

Cistite intesticial

Não é indicado para IUE, HPB


Fase teste (I) 50% ou mais de melhora dos

sintomas

IMPLANTE DEFINITIVO (Fase II)


IDEAL:

Intensidade abaixo de 2.0

Referida no trajeto do nervo

Melhora dos sintomas

Sem ou mínima sensação da corrente


Estudos apontam que houve melhora dos sintomas em

pacientes com HV de 60 – 70% com diminuição significativa da

CNI na cistometria

Cerca de 52% de pacientes com IU obtiveram melhora acima

de 90%

A Neuromodulação constitui hoje em um dos mais excitantes e

velozes campos da medicina, trabalhando através da

alteração/modulação do sistema nervoso por estímulos

elétricos


Variante Parâmetro Programação inicial

Amplitude 0 – 10.5 mA 3.5 mA

Frequência 2 – 30 Hz 14 Hz

Largura de pulso 60 – 450 mseg

210 mseg

Ciclo On/off continuo continuo

Taxa de sucesso de 50 a 80% de melhora dos sintomas


EENM NA UROGINECOLOGIA

Neuromodulação Parassacral

Mais uso pediátrico

No trajeto da raiz nervosa

Eletrodos posicionados na região da terceira vértebra sacral

1 a 3 vezes na semana com aplicação de 30 minutos durante 3 meses

Intensidade : tolerável pelo paciente

Recomendações:

Crianças, dças neurológicas, lesões cutâneas MMII

Associar contrações dos MAP durante a terapia


Parâmetros utilizados

Parâmetros utilizados:

Frequencia : 10Hz

Largura de Pulso: 200µs

Tempo: 30 min

Duração: 1-3 vezes/semana de 4 a

12 semanas

Intensidade : tolerável pelo

paciente

Lordelo et al, 2009; Barroso et al, 2011, Veiga et al, 2012

Frequencia : 10 HZ

Largura de pulso: 700 µs

Tempo: 20 minutos

Durante da terapia 1-3

vezes/semana de 4 a 12 semanas

Estudos demostram melhora de 73%

onde

63% mantiveram após 3 meses do

fim do tratamento

Saraiva, 2009



Nepomuceno, et al, 2013 em dissertação de mestrado 26 crianças com BHN

G1 18: oxibutinina via oral por 10 semanas

G2 8: TENS parassacral por 30 sessões com F.10Hz e P. 700µs 3 x por semana

por 20 min

Resultados

EUD antes e após, diário miccional

TENS melhorou a continência 87,5% com redução de 7 para 4 o número de

fraldas/dia ; melhora da sensibilidade vesical 85,7%

Oxibutinina 66,6% com redução 5 para 4 numero de fraldas/dia ,

sensibilidade vesical 16,7%, melhora CCM


ELETROESTIMULAÇÃO DO

NERVO TIBIAL

Fall et al. em 1980 utilização da estimulação elétrica nervosa

transcutânea em região supra púbica para tratamento de sintomas

irritativos da bexiga

Em 1983 McGuire et al. eletrodos adesivos para eletroestimulação

transcutânea do nervo tibial

Cooperberg e Stoller em 1987 ajustaram a técnica para utilização

de eletrodos percutâneos

Em acupuntura os chineses utilizam o

ponto conhecido por eles como “sanyinjiao” ou

“spleen-6” (SP-6) para o tratamento de problemas

urinários


NERVO TIBIAL

ELETROESTIMULAÇÃO DO

NERVO TIBIAL

N. misto (L4-S3)

Inervação parassimpática e autônoma da bexiga (S2-S4)

Proveniente de uma ramificação do nervo isquiático que

projeta se na mesma região sacral medular do centro sacral

da micção


Amarenco et al. 2003: EENTP

13 esclerose múltipla

9 Parkinson

15 lesão espinhal

7 Idiopático

F: 10 Hz e LP: 200 µs

I: abaixo no nível motor e

modo contínuo

Aumento da capacidade

cistométrica e retardo da

primeira contração nãoinibida

do detrusor

Vandonick et al., (2003)

EENTP (agulha): 10 homens e 25 mulheres com

Urge-incontinência e polaciúria

Duração: 12 sessões sendo 1x/semana por 30 min

Parâmetros: FR = 20Hz com 200 microsegundos

Sucesso subjetivo: 22 (63%) das perdas

24 (69%) episódios de urina

16 (46%) curados – sem perda

11 (31%) frequência urinária com padrão normal

20 (57%) noctúria

64% usavam absorvente – após tratamento 47%


EENTP

10 cm

A técnica consiste em posicionar um eletrodo lateral e posteriormente ao maléolo

medial e o outro na face medial da perna, cerca de 10 cm acima

O correto posicionamento dos eletrodos é confirmado por meio da observação de

contrações rítmicas de flexão do hálux


ELETROESTIMULAÇÃO DO

NERVO TIBIAL

Parâmetros padronizados de alguns

estudos:

F: 10 – 20 Hz LP: 200 – 250 µs

I: abaixo do motor

Finazzi –Agro et al, 2010 em pesquisa randomizada tratou 35 mulheres

com BH em 12 sessões 1 vez na semana. Taxa de sucesso de 71%



ELETROESTIMULAÇÃO DO

NERVO TIBIAL

✓Duração do tratamento: 10 a 12 semanas

✓Frequência do tratamento: 1 a 3 vezes por semana

✓Tempo de estimulação: 20 a 30 minutos

Contra Indicação:

Perda de sensibilidade periférica

Lesões cutâneas na região dos eletrodos

Histórico de dermatites de contato ou irritações cutâneas

Marca passo

van Blaken et al, 2004


ELETROESTIMULAÇÃO DO

NERVO TIBIAL



Estudo prospectivo e randomizado com 57 mulheres

G1. Oxibutinina: 13

G2. EENT: 22

G3. Exercícios: 22

12 sessões de tratamento

Resultado:

Houve melhora dos sintomas urinários na qualidade de vida, sendo os três tratamentos estatisticamente

semelhantes entre si, demonstrando que são terapêuticas viáveis e eficazes para o cuidado de mulheres com

sintomas de bexiga hiperativa em curto prazo.



Ambas modalidades

terapêuticas promovem

melhora nos sintomas da

BH e na qualidade de vida

da paciente sem haver

diferença estatística


58 mulheres idosas randomizadas, todas receberam uroterapia aplicação de 30 min 2x por semana por 8

sessões

G1: (25) TENS tibial F. 10 Hz P. 200µs

G2: (25) Parassacral F. 10 Hz P. 700µs

Ambos os tratamentos são eficazes na melhora dos sintomas pelos ICIQ-SF e no teste do absorvente

No diário, o G1 reduziu o número de noctúria , urgência e urge-incontinência e G2 diminuição de noctúria

Não houve diferença significativa entre os grupos, porém, o grupo de EENT apresentou melhora em mais

variáveis comparado ao grupo de eletroestimulação parassacral.



A ETNTP pode ser considerada como uma

alternativa no tratamento da BUHN por ser um

procedimento relativamente barato, não

invasivo, livre de efeitos colaterais

farmacêuticos e que vem mostrando bons

resultados nos recentes trabalhos31,32,35.

Porém, são necessários estudos do tipo ensaio

clínico randomizado para recomendar a sua

aplicação com base em evidências, o que não

impede seu uso na prática diária


Neuromodulation – a therapeutic option for

refractory overactive bladder. A recent literature

review (1988-2018)

Jacek et al, 2019

• 1ª neuromodulação datada de 1954 com estimulo cerebral na dor

• 1988 neuromodulação sacral para disfunções do trato urinário inferior

Divide em: T-SNS: estimulação nervosa transcutânea sacral

P-SNS : estimulação nervosa percutânea sacral

T-PTNS: estimulação percutânea do nervo tibial posterior

P-PTNS: estimulação transcutânea do nervo tibial posterior


Segundo a Guideline Development Group e a National Collaborating Centre for

Women’s and Children’s Health a Estimulação nervosa transcutânea sacral é a

menos efetiva

Eletroestimulação transcutânea do nervo tibial posterior encontrou artigos que

comparavam com oxibutinina e resultados significativos sem diferença entre os

grupos porém com qualidade limitada de evidência

Eletroestimulação percutânea do nervo tibial posterior encontraram artigos com

melhor nível de evidência onde comparados com grupo controle houve melhora

significativa e artigos comparando com tolterodina onde encontraram resultados

similares, porém o fato de usar agulha em todas as sessões era um incomodo


Compararam com eletroestimulação

transvaginal sem diferença significativa entre os

grupos

Eletroestimulação nervosa percutânea sacral

efetiva a longo prazo em paciente com bexiga

hiperativa, retenção urinária, incontinência fecal


COMO ESCOLHER A VIA DE ESTIMULAÇÃO?

• Teste Neurológico

• Eletrodiagnóstico

• Metais no MMII

• Lado do acometimento

• Vascularização MMII


Eletroestimulação Nervosa Transcutânea (TENS)

Principal Indicação

✓Analgesia

✓Relaxamento Muscular

JOHNSON, 2013


Eletroestimulação Nervosa Transcutânea (TENS)

A TENS é um gerador de pulsos balanceados que envia

impulsos elétricos através da pele

É um aparelho de baixa frequência do tipo bidirecional e

assimétrico, que pode variar de 9Hz a 160Hz

Apresenta como principal efeito a analgesia

Ferreira & Payno, 2002


Eletroestimulação Nervosa Transcutânea (TENS)

Mecanismo de ação

✓O efeito analgésico desse procedimento é explicado pela teoria

“Gate Control” – Teoria das Comportas

✓A estimulação das fibras aferentes de grosso calibre, pela

estimulação da TENS, inibe a transmissão sináptica nas de

transmissão finas, responsáveis pela experiência da dor

✓O estímulo nociceptivo (dor) não chega aos centros superiores

(comporta fechada)

Salgado, 1999; van der Spank et al, 2000


VIA DA DOR

TRATO

ESPINOTALAM

CORNO ICO

DORSAL DA

MEDULA

ESPINAL


O ESTÍMULO DA DOR PERCORRE AO TÁLAMO por meio de fibras rápidas e lentas ( A e C)

A fibra A “chega” primeiro seguida da fibras C

As fibras C utilizam substâncias P que é um modulador da dor, responsável por manter a

“comporta” aberta

Quando estimulamos as fibras rápidas, estimulamos a liberação de endorfinas,

bloqueando a substancia P e consequente “fechamento” da comporta



Eletroestimulação Nervosa Transcutânea (TENS)


Eletroestimulação Nervosa Transcutânea (TENS)

Indicações:

Lombalgias em gestantes

Algias pélvica

Disfunção sexual

Pós operatório de cirurgia


Eletroestimulação Nervosa Transcutânea (TENS)

Contra-indicações e Efeitos Colaterais

•Pode ocorrer irritação na pele ao redor dos eletrodos

•Alguns autores referem interferência do aparelho com

uso do cardiotocógrafo

Thomaz et al, 1988


Eletroestimulação Nervosa Transcutânea (TENS)

A TENS é um método não-invasivo de atenuação ou

abolição da dor e não apresenta riscos para a mãe e feto:

é instantaneamente reversível, de fácil administração

Stewart, 1979


PARÂMETROS

Analgesia de dores agudas

✓ TENS “convencional”

✓ T: 80-100 µs

✓ F: 100 – 150 Hz

✓ Amplitude: limiar sensitivo

✓ Tempo de aplicação 20 a 30

minutos

Analgesia de dores crônicas

✓ TENS acupuntura

✓ T: 150-300 µs

✓ F: 2-10Hz

✓ Fibrilação

✓ Tempo de aplicação 20 a 30

minutos


Total de 1.494 estudos, destes 21 estudos

foi incluído após a leitura na íntegra

EE nas DSF tem sido utilizada para o tratamento da

dor, utilizando-se a TENS e para o fortalecimento

dos MAP com o FES.

Na presente revisão, 7 estudos utilizaram a EE

para tratar as DSF, aplicando no tratamento do

vaginismo, da dispareunia e da vestibulite vulvar.

Reporta-se que a TENS é um método simples,

eficaz e seguro para o tratamento das desordens

de dor vulvar e do vestíbulo.

A TENS combinada com o TMAP é capaz de curar

completamente a dispareunia e a dor vulvar

devido à episiotomia.

Foi encontrado corrente de baixas frequências,

entre 10 e 50Hz, com uma duração de 50 e 100ms.

Para o tratamento da dor vulvar, as correntes são

aplicadas através de eletrodos de superfície,

colocados na região perineal, ou por eletrodos

intracavitários

O artigo sida ainda TMAP, BFB, terapia manual,

terapia comportamental, acupuntura e terapia

combinada causando impacto positivo na função

sexual e na qualidade de vida das mulheres

acometidas pela disfunção.



F. 100Hz e 100 µs

30 min


Autor/Ano Recurso Fisioterapêutico Resultados/ Conclusão

Chao

et al, 2006

Duplo cego, randomizado no

trabalho de parto

TENS acupuntura em 4 pontos

(N=52)

Placebo (N=53)

Melhor resultado no controle da

dor no grupo de estudo,

diminuição na administração de

analgésicos

Recomenda se posicionamento na regiaõ paravertebral – nível T10

e L1 (invervação do útero e cérvix) e outro par em S2 e S4

(inervação do canal do parto e assoalho pélvico)

F: 50 a 100Hz e L. 100µs


ELETRODO DE SUPERFÍCIE


CASOS CLÍNICOS

1.

Paciente MN, 52 anos, G5 PN4 PC0 A1, com queixa de perda

urinária quando faz esforço físico (tosse, sobe escadas e agacha)

e sensação de bexiga baixa. Na avaliação fisioterapêutica: força

grau 0.

Qual o provável diagnóstico? E o tratamento fisioterapêutico?


CASOS CLÍNICOS

2.

Paciente DSF, 77 anos, G2 PN2 A0 estenose lombar com dor

irradiada para MMII, Ca de pulmão bilateral com lobectomia em

uso de oxigênio continuo, lesões de pele nos MMII bilateral,

artrose em ombro ESQ. Queixa de perda de fezes quando tem falta

de ar, queixa se de hemorróida e urgência miccional, em uso de

absorvente e noctúria de 1 x. Paciente se recusa a fazer avaliação

física.

Qual o diagnóstico? Qual é a conduta da fisioterapia?


CASOS CLÍNICOS

3.

Paciente ARFN, 50 anos, médica apresenta soiling aos esforços, G2

PN1 PC1 A0, na manometria ano retal apresenta hipotonia de EAI e

EAE e sensibilidade diminuída. Na avaliação física:

P. 2 E.3 R.4 F.6 E:A C:P T:P

Qual é o diagnóstico? E o tratamento da fisioterapia?


CASOS CLÍNICOS

4.

LGC, 11 anos, estudante, ativa em esportes. Sintomas de urgência, urge

incontinência e perdas a grande esforços, ingesta hídrica de 3lt água dia,

enurese em uso de retemic. US pélvico sem alterações. Já fez 10 sessões de

parassacral com poucos resultados

Qual é o diagnóstico da fisioterapia? Conduta da fisioterapia?

US renal de vias urinárias antes:

Vol. pré miccional: 113 ml

Vol. Pós miccional ausente

US renal de vias urinárias após 6 sessões:

Vol. pré miccional: 260 ml

Vol. pós miccional: ausente


CASOS CLÍNICOS

5.

Paciente LHF, 35 anos, casada, empresária G1 PC1 A0, perda

urinária aos grandes esforços, falta de desejo sexual,

tabagista, praticante de atividade física:

P. 3 E. 5 R. 5 F. 7 E.P C.P T.P com uso de musculatura acessória

abdominal e respiração

Qual é o diagnóstico ? E o tratamento da fisioterapia?


CASOS CLÍNICOS

6.

JPGAG, 34 anos trabalha em uma corretora

Há 3 anos com pedra no rim e colocação de duplo J, fez abcesso no ânus com

drenagem e sequela de abertura do esfíncter e correção cirúrgica em dez/2019

Queixa: soiling há 1 ano com perda de gases.

Nega atividade física, ingesta hídrica de 750ml dia

FI: 1-2 vezes ao dia e esvaziamento incompleto

P2 E4 R6 F8 EA CP TP e pouca pressão de expulsão

Qual é o diagnóstico ? E o tratamento da fisioterapia?


CASOS CLÍNICOS

7.

JMP, 76 anos, aposentado

Em jan/2020 realizou a cirurgia de prostatectomia por Ca de próstata

Queixa: uso de absorvente noite, fralda durante o dia, gotejamento pós

miccional durante movimentos, urgência

FU 3-4 x dia com jato forte

Noctúria 2 x noite, ingesta hídrica 800ml dia e 3 latas de cerveja á noite

FI. 1 x dia ressecado e uso de fitoterápico. P2 E3 R4 F6 EP CP TP

Qual é o diagnóstico? E o tratamento da fisioterapia?


DOMINGO


ESTERILIZAÇÃO DE

ELETRODOS


Classificação de Artigos

• Artigo crítico: entram em contato com tecido

estéril ou com o sistema vascular alto risco de

causar infecção

• Artigo semi crítico: contato com pele não

intacta ou com mucosa íntegra

• Artigos não críticos: contato com pele íntegra


•Descontaminação: eliminação parcial ou total de microrganismos de materiais

ou superfícies inanimadas.

•Anti-sepsia: eliminação de microrganismos da pele, mucosa ou tecidos vivos,

com auxílio de anti-sépticos, substâncias microbiocidas ou microbiostáticas.

•Assepsia: métodos empregados para impedir a contaminação de determinado

material ou superfície.

•Limpeza: remoção mecânica e/ou química de sujidades em geral, (oleosidade,

umidade, matéria orgânica, poeira, entre outros) de determinado local.

•Desinfecção: eliminação de microrganismos, exceto esporulados, de materiais

ou artigos inanimados, através de processo físico ou químico, com auxílio de

desinfetantes.

•Esterilização: destruição de todos os microrganismos, inclusive esporulados,

através de processo químico ou físico.

Todo o processo de limpeza deve ser centralizado em um local especial, uma

sala de tratamento de materiais. Após cada atendimento, todos os materiais

utilizados devem ser levados para a sala de materiais, para seu adequado


Artigos semi críticos

• Limpeza: remoção de gel, óleo, sangue,

gordura, secreção

• Desinfecção: detergentes enzimáticos anti

desencrostante

• Esterilização: eliminação de microrganismo

através de métodos físicos ou químicos



ESTERILIZAÇÃO

✓ Material

termo sensível ou não (teflon)

✓Eletrodo usado no mesmo paciente ou não

✓Serviço inserido em complexo hospitalar

✓ Autoclave

Organização Mundial da Saúde


ESTERILIZAÇÃO

✓Lavar em água corrente com detergente neutro

✓Deixar imerso em solução de detergente

enzimático –por 5 min (INDIVIDUALMENTE)

✓Cuidado com o cabo do eletrodo

✓Lavar novamente o probe em água corrente

✓Secar

Organização Mundial da Saúde


ESTERILIZAÇÃO

O ideal é que o paciente compre seu eletrodo

Eletrodo utilizado no mesmo paciente lavar com

detergente neutro e gaze em água corrente

Organização Mundial da Saúde


ACHADOS NA

LITERATURA


ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO DAS

DISFUNÇÕES SEXUAIS


ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO DAS

DISFUNÇÕES SEXUAIS


ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO DAS

DISFUNÇÕES SEXUAIS


ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO

PÓS PROSTATECTOMIA

Autor/Ano Recurso Fisioterapêutico Resultados/ Conclusão

Marchiori

et al, 2010

G1: exercícios 30 contrações

diárias, BF e EE

G2: exercícios do assoalho

pélvico

O retorno da continência

variou entre 42 dias do G1 e

76 dias do G2, concluindo

que a fisioterapia antecipou

o retorno da continência

Mariotti

et al, 2009

12 sessões com BF 15’e FES

20’

G1: tratamento

G2: orientação de exercícios

Houve uma diferença

significante entre os grupos

p<0.05


ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO

PÓS PROSTATECTOMIA

Intervenções encontradas na literatura pesquisada dos estudos

randomizados sobre fisioterapia pós-prostatectomia


ELETROTERAPIA NOS DISTURBIOS

MICCIONAIS NA INFÂNCIA

Autor/Ano

Recurso

Fisioterapêutico

Resultados/

Conclusão

Lordelo

et al, 2010

G1:EE parassacral+ TC

(21pctes)

G2:EE escapular (falsa

estimulação) + TC (16

pctes)

Considerando

sucesso inicial 63%

no grupo teste e no

grupo controle zero


ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO

DA BEXIGA HIPERATIVA

Autor/Ano

Resultados/Conclusão

Arruda

et al, 2008

EE x Oxibutininax Cinesio

Estudo urodinâmico normal em 12

(57,1%), urgência 11(52,4%), urge

incontinência, noctúria, aumento na

capacidade cistométricaem todos os

grupos

Gimenez

et al, 2008

Bexiga Hiperativa Neurogênica

pós AVE –uso EENTP

Estudo não controlado com

seguimento de 6 meses de 31 mulheres

Primeira avaliação após 12 sessões de

30 min. Unilateral 28 curadas e após 6

meses 26 permaneceram curadas e 1

ano 25 permaneceram curadas


ELETROTERAPIA NO TRATAMENTO

DA INCONTINÊNCIA FECAL


ELETROTERAPIA NAS DISFUNÇÕES

URINÁRIAS E DA EVACUAÇÃO

Autor/Ano

Resultados/ Conclusão

Findlay

et al, 2010

Uso da EE do nervo tibial posterior no

tratamento da incontinência fecal –estudo

não controlado –obteve resposta

satisfatória urgência fecal

McClurg

et al, 2009

Esclerose múltipla

Exercicios vs. Exercicios+ EE

O grupo com exercícios + EE obteve

melhora da performance em 9 semanas

(diário miccional, padtest, escala

oxfordpara força e EMG com 9; 16; 24

semanas)


Falta de Consenso nos Parâmetros

Trem (largura) de Pulso

Intensidade

Ton; Toff

Avaliar a

integridade

muscular

Frequência

Planejamento do tratamento

Planejamento de

tratamento

(Low e Reid, 1990; Bonder-Macleod e Snyder-Mackler, 1993; Delito et al, 1995; Douglas,

2000; Bydlowski e Bydlowski, 2000; McDonough e Kitche, 2003)


A literatura não aponta efeitos adversos na

EENT e parasacral somente hiperemia no

local pelo aumento da circulação

Amarenco et al, 2003

Aderência ao tratamento

A EV por ser uma técnica mais

invasiva e por vezes gerar efeitos

adversos, leva a diminuição da

aceitação ao tratamento

A EV pode causas dor, irritação

sangramento ou infecção

urinária

Arruda, et al, 2007, Yamashi et al, 2000

comparada a outras técnicas


TODAS AS MODALIDADE TERAPEUTICAS

FORAM BENÉFICAS

A UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS TRANSCUTÂNEAS

✓ TEM MAIS ADERÊNCIA

✓ SEM EFEITOS COLATERAIS

✓ BAIXO CUSTO


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carinaqm@globo.com

11 99903 - 4252


ROTEIRO DE AULA PRÁTICA

Teste da EENT com flexão de hálux

EE Parassacral

EEIV/anal

Teste de largura de pulso

Teste de frequência

Teste de intensidade

Teste Ton e Toff

Teste de rampa

Contração sustentada e rápida

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